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  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta terça-feira, 15, no Palácio do Planalto, da entrega do Prêmio Jovem Cientista 2006, que contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Para o presidente, eventos como esse reúnem o que o Brasil precisa para se tornar uma nação próspera e desenvolvida, mas o grande desafio da sociedade é incentivar o jovem. “Existe um potencial enorme que precisa ser acionado com ações como o Plano de Desenvolvimento da Educação, o Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) e o ProUni (Programa Universidade para Todos). Uma geração mostra do que é capaz quando é estimulada”, explicou.

    Com o tema Gestão Sustentável da Biodiversidade: desafio do milênio, o prêmio, na sua 22ª edição, recebeu 1.751 inscrições em todo o país, sendo 268 na categoria graduado; 128 na categoria estudante do ensino superior e 1.355 na categoria estudante do ensino médio. O Prêmio Jovem Cientista é uma promoção do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

    Dos três primeiros colocados na categoria estudante ensino médio, dois são de escolas públicas: Jarbas Batista Silva Araújo, da escola Estadual Dom Vivaldo Monte, do Rio Grande do Norte, ficou em 2º lugar, e Andréia Evangelista dos Santos, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em 3º lugar. Em 1º lugar, ficou o aluno Felipe Arditti, da Escola Brasileira Israelita Chaim Nachman Bialik, de São Paulo.

    Haddad entregou o prêmio da 3ª colocada, Andréia Evangelista dos Santos, que participou com a pesquisa efeito do extrato aquoso de folhas da espécie exótica Leucaena leucocephala na germinação e no desenvolvimento de suas plântulas: uma alternativa para o seu manejo no Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Para Andréia, o prêmio é o reconhecimento da batalha por uma educação de qualidade. “O Cefet é uma boa escola e com o apoio dos meus pais, da minha orientadora e dos meus colegas pude desenvolver essa pesquisa.” Hoje, Andréia é bolsista integral do ProUni. Está cursando o primeiro semestre de engenharia de alimentos, no Centro Universitário de Belo Horizonte.

    Já para o estudante Jarbas Araújo o “prêmio é um estímulo e um incentivo, principalmente para os alunos de escolas públicas do Nordeste, de que é possível desenvolver pesquisas e obter resultados positivos”.

    Na categoria estudante do ensino superior foram premiados Ericka Patrícia de Almeida Lima-Verde (1º lugar, Universidade Federal da Paraíba); Guilherme Amstalden Valarini (2º lugar, Escola de Engenharia de Piracicaba –  SP) e Marcela Galvão Bernardini (3º lugar, Centro Universitário Positivo – Paraná). A química Milena Rodrigues Boniolo, com pesquisa sobre como a casca da banana pode contribuir para reduzir o efeito estufa, desenvolvida no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, de São Paulo, foi a 1ª colocada na categoria graduado.

    Gláucia Magalhães

  • Avanços mundiais em educação, ciência e cultura serão os temas da 33ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de 3 a 21 de outubro, em Paris. O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa do encontro nos dias 7 e 8 na mesa-redonda de ministros da educação que vai abordar o tema Educação para Todos, que é uma das prioridades da Unesco. Foram convidados representantes de todos os 188 países que compõem a Organização. Na ocasião, o ministro terá um encontro com o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, e com o diretor-adjunto de Educação, Peter Smith.

    A partir do dia 9, Fernando Haddad participa de uma série de eventos sobre o ano do Brasil na França. O primeiro compromisso é uma visita à Casa do Brasil, em Paris. No dia seguinte, participa de uma conferência dos ministros da educação da França e do Brasil sobre o tema Estado e Educação. Em comemoração ao ano do Brasil naquele país, o ministro lança no dia 10 o livro Diálogos entre França e Brasil: Formação e Cooperação Acadêmica. A publicação reúne uma coletânea de 51 textos de autores brasileiros e franceses que tratam das relações entre os dois países. Ainda no dia 10, Haddad assina um acordo com o ministro da educação francês para a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro, que vai permitir que doutorandos brasileiros e franceses tenham título reconhecido automaticamente nos dois países.

    Entre os dias 10 e 12, haverá cinco debates com especialistas e autoridades em educação sobre temas relacionados à cooperação acadêmica entre os dois países e à divulgação da língua portuguesa na França. A proposta é debater a língua falada no Brasil no campo da ciência, da literatura e do ensino, ao abordar o poeta Carlos Drummond de Andrade e a lusofonia (adoção da língua portuguesa como língua de cultura).

    Livro didático - Na terça-feira, 11, será realizada uma reunião sobre “Tecnologia social dos programas do livro”. Na ocasião, o coordenador dos programas do livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Alexandre Serwy, vai apresentar o programa de livro didático brasileiro para a Escola Nacional de Administração e para os Correios da França, que demonstraram interesse pela distribuição de livros no Brasil. O MEC é o maior comprador de livros do mundo. Anualmente, adquire 100 milhões de livros didáticos e 36 milhões de obras de literatura, com investimento em torno de R$ 500 milhões.

    Ainda no dia 11, em Paris, o ministro Fernando Haddad profere palestra sobre A Visão Sistêmica da Política Educacional Brasileira, no Centro de Estudos sobre o Brasil Contemporâneo, da Escola de Estudos sobre Ciências Sociais.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, participa em Scarborough, República de Trinidad e Tobago, nos próximos dias 10 e 11, da 4ª Reunião de Ministros da Educação, promovida pela Organização de Estados Americanos (OEA). O objetivo é analisar o andamento dos mandatos das Cúpulas das Américas, das reuniões ministeriais e as iniciativas desenvolvidas pelos hemisférios para preparar a próxima Cúpula das Américas, em Mar Del Plata, Argentina, no mês de novembro.

    O tema da reunião será A Qualidade da Educação para uma Cidadania Democrática e Produtiva. Haddad fará apresentação sobre o assunto Educação de Qualidade e os Fatores que Influenciam a Qualidade. Na palestra, o ministro abordará os principais itens da agenda de trabalho brasileira pela qualidade da educação, bem como os resultados do fórum hemisférico educacional, realizado em Brasília recentemente, com a participação de 22 países das Américas.

    Outros temas previstos na agenda são: Implementação do Programa Interamericano de Educação para os Valores e Práticas Democráticos; e Compartilhamento de Informação: Uma Perspectiva sobre a Expansão do Diálogo e Coordenação de Nossos Esforços. Participam do encontro: o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza; o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Hon Patrick Manning; o presidente da Comissão Interamericana de Educação, Daniel Gonzales Spencer; e representantes da Colômbia, Canadá, Argentina e México, entre outros países americanos.

    Histórico - A primeira edição do encontro aconteceu em 1998, na cidade de Merida, México, e a segunda, em Punta Del Este, Uruguai, em 2001. Na terceira reunião, na Cidade do México, em 2003, foram discutidas as iniciativas ministeriais em educação e marcada a análise dessas ações para 2005.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Foto: Júlio César Paes

    Cerca de 1,5 mil pessoas estiveram presentes na abertura da Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (1ª Confetec), no domingo, dia 5. O encontro estende-se até quarta-feira, 8, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Ao abrir a conferência, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou a necessidade de se dedicar boa parte da agenda do País à educação profissional e tecnológica. “Resgatar jovens que estão fora do ensino é uma tarefa da educação profissional e tecnológica”, disse Haddad. “Ao se qualificar profissionalmente, estudantes e trabalhadores aumentam suas chances de colocação no mercado de trabalho.”

    Segundo Fernando Haddad, quase dois milhões de brasileiros compõem o índice de evasão escolar e abandono dos estudos. “Espero que ao término desse encontro possamos ter encontrado um caminho de diálogo com essa juventude excluída e iniciar um trabalho de inclusão educacional e social”, afirmou o ministro.

    O titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Eliezer Pacheco, salientou que o próprio processo de preparação da conferência já representou um grande avanço, pois aumentou a interlocução entre os envolvidos na área. “Quase cem anos após essa modalidade de ensino ter sido efetivada, pela primeira vez será realizada uma conferência nacional de educação profissional”, disse. Pacheco afirmou ainda que os resultados do encontro consolidarão os avanços do ensino profissionalizante e tecnológico no Brasil.

    No primeiro dia do encontro contou com uma exposição de livros e com apresentações de dança e do Coral da Escola de Música de Brasília.

    Mais informações sobre o encontro e a programação completa estão na página eletrônica da Setec.

    Sophia Gebrim

     

  • Antônio Nazareno diz que os desafios do segundo mandato são consolidar os cursos e programas existentes e abrir os novos cursos com as verbas do Reuni (Foto: Julio Cesar Paes)O fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) da educação é uma das três tarefas que tem o MEC até a conclusão do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Os outros dois desafios, explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad, são a reestruturação da rede de hospitais universitários e a reforma do Sistema S.

    Na posse do reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Antônio Nazareno Guimarães Mendes, nesta quinta-feira, 29, Haddad disse que a desvinculação, hoje, retira cerca de R$ 7 bilhões anuais do orçamento da educação. Somados os valores, desde 1994, quando a DRU foi criada, a educação perdeu, nos últimos 14 anos, em torno de R$ 100 bilhões. A Proposta de Emenda Constitucional nº 96, que propõe o fim da DRU, tramita no Congresso Nacional e, se aprovada, vai aumentar as verbas da educação para todas as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    Sobre a reestruturação dos hospitais universitários, o ministro disse que o problema precisa ser enfrentado com energia e ousadia, porque não depende apenas de recursos. “É preciso repensar a pesquisa, o ensino e o atendimento”, disse. Mas Haddad mostrou confiança nas tarefas que vai realizar porque, segundo ele, tem o apoio e o aval do presidente da República.

    Ao reitor Nazareno, que assumiu o segundo mandato na Ufla, Haddad lembrou alguns avanços conquistados na agenda da educação superior pública, entre eles, o aumento das verbas de custeio das universidades, que triplicaram nos últimos cinco anos; e a liberdade para preencher vaga de professor aberta por aposentadoria ou transferência do titular, autorizada em portaria ministerial. Até o início de 2007, o reitor tinha que pedir autorização aos ministérios da Educação e do Planejamento para fazer o concurso para a vaga.

    Trajetória – Natural de Bom Sucesso (MG), Antônio Nazareno Guimarães Mendes, 49 anos, concluiu a graduação em agronomia, em 1980, pela Universidade Federal de Lavras; o mestrado em genética e melhoramento de plantas, em 1983, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo; e o doutorado em agronomia (fitotecnia, melhoramento genético e cafeicultura), em 1994, pela Ufla. Entre as atividades administrativas, foi vice-reitor da Ufla duas vezes: de 1996 a 2000 e de 2000 a 2004; em 2000 foi eleito reitor.

    A Universidade Federal de Lavras completa em setembro 100 anos de criação. Em 1908 nasceu como escola agrícola, depois passou a ser escola superior de agricultura e, em 1994, transformada em universidade. Até 1975 tinha apenas o curso de agronomia; e até 1997 ofereceu cursos na área de ciências agrárias. Hoje, tem cursos de ciências sociais aplicadas e na área das engenharias. São 15 cursos de graduação, 45 especializações, 19 mestrados e 15 doutorados e desenvolve 1.200 projetos de pesquisa. Tem sede em Lavras e campus em Turmalina, Campos Gerais, Belo Horizonte e Lavras.

    Dentro do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), criado em 2007, a Ufla receberá do MEC investimentos de R$ 24 milhões, até 2012. Com isso, o número de cursos de graduação passa dos 13 atuais para 20, em quatro anos. As matrículas também vão aumentar neste período, passando de quatro mil para 7.200.

    Ionice Lorenzoni

  • Em entrevista nesta quinta-feira, dia 19, a uma rede de emissoras de rádio do país, o ministro da Educação, Fernando Haddad, falou sobre o programa Universidade para Todos (ProUni), a expansão das universidades federais e tecnológicas e disse considerar o Fundo da Educação Básica (Fundeb) capaz de revolucionar a educação brasileira. “Quanto mais cedo a pessoa estuda, melhor é o desempenho escolar”, comentou. Ao contrário do atual Fundef, o Fundeb prevê investimento na educação infantil – além do ensino médio e de jovens e adultos.

    “Investir em educação é ter visão sistêmica. Creche e pré-escola são essenciais para a educação fundamental, assim como o ensino médio, associado à educação profissionalizante, qualifica profissionalmente os alunos”, afirmou. Para Haddad, o Fundeb beneficiará os municípios. “Eles têm um prazo de quatro anos para organizar a creche e a pré-escola. O fundo valoriza o professor e garante estrutura mínima para o aluno.” A proposta de ampliação do ensino fundamental para nove anos deve ser apreciada pelos parlamentares na próxima semana.

    O ministro ressaltou a importância do projeto de expansão universitária, que cria 42 campi e dez universidades, atendendo 68 municípios. Ele lembrou que houve também significativo aumento no orçamento de custeio e investimento nas instituições federais já existentes: R$ 543 milhões em 2004 para R$ 958 milhões este ano.

    ProUni — Segundo o ministro, o programa contribuiu para a inscrição recorde no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — 3 milhões de estudantes no ano passado — e para o melhor desempenho dos concluintes do ensino médio nas escolas públicas. “O jovem abraça a oportunidade porque é a chance de melhorar de vida. Os diferentes níveis de governo têm de garantir a oportunidade para as coisas acontecerem”, disse.

    O ProUni ofereceu 91.609 bolsas de estudo neste primeiro semestre de 2006. No próximo semestre, haverá novo processo seletivo para distribuição de cerca de 40 mil bolsas. “O governo deve apoiar os jovens com capacidade de progresso e dar condições de mantê-los no sistema educacional”, comentou Haddad.

    O ministro citou avanços na educação superior, como a produção científica — o Brasil está entre os 20 países com o maior número de trabalhos publicados —, a previsão de se formarem dez mil doutores em 2006; a implantação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que afere instituições, cursos e estudantes; o projeto Acelera, Amazônia, que prevê um fundo de apoio à mobilidade de pessoal e a participação das fundações estaduais de amparo à pesquisa da Região Norte; e a criação da Universidade Aberta do Brasil, que congregará instituições públicas na oferta de cursos de educação superior a distância.

    Haddad ressaltou a boa vontade do governo em dialogar com os professores e lembrou que Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro presidente da República a receber o colegiado de reitores universitários.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Salvaterra (PA) — O ministro da Educação, Fernando Haddad, promete uma nova etapa de relacionamento entre a União e os estados, notadamente das regiões Norte e Nordeste. Ele participa nesta terça-feira, 3, em Belém, de reunião de trabalho com os prefeitos das cidades do Pará.

    “Estamos revertendo um caso histórico de descaso com as regiões menos assistidas”, disse Haddad, nesta segunda-feira, 2, em Salvaterra, na Ilha de Marajó. O ministro defende também um plano de desenvolvimento da região que tenha a educação como eixo básico. “Já orientei o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e a Universidade Federal do Pará a atuar no sentido de favorecer os arranjos produtivos locais”, afirmou. “O potencial de desenvolvimento aqui é muito grande, desde que a União, o governo do estado e as prefeituras locais atuem em harmonia e firmem um compromisso.”

    Nunzio Briguglio

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  • Os municípios brasileiros devem cumprir metas de qualidade. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, essa pode ser uma forma eficiente de impulsionar o desenvolvimento educacional nos municípios que ainda tenham índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) abaixo da média nacional. De acordo com Haddad, os municípios receberão apoio de equipes do Ministério da Educação para elaborar planos de trabalho antes de serem cobrados pelas metas.

    O ministro participou nesta sexta-feira, 27, em Brasília, de debate com secretários de Educação de todo o País sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Na abertura da reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Haddad explicou que nenhum município será punido por não cumprir as metas. “Quando se pune um sistema educacional, está se punindo a criança que está matriculada nele”, afirmou. “Quando a meta não é cumprida, fazemos um diagnóstico para descobrir porque isso aconteceu, se a responsabilidade maior é do poder local, do poder central ou, eventualmente, de uma falha de diagnóstico, que precisa ser revista e repactuada.”

    As equipes técnicas do MEC iniciaram seu trabalho pela Região Nordeste, onde estão 820 dos 1.242 municípios com Ideb abaixo da média nacional (3,8). As equipes vão a campo e elaboram, com cada município, um plano de trabalho baseado nas metas de qualidade e nas diretrizes do Compromisso Todos pela Educação. De acordo com o ministro, são 21 equipes, mas o número será ampliado para que todos os municípios prioritários sejam atendidos.

    Na reunião do Consed também foram debatidos os programas Brasil Alfabetizado e Escola Aberta, com o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade do MEC, André Lázaro. Outro tema foi o apoio financeiro aos projetos do PDE, discutido com o secretário-executivo do MEC, José Henrique Paim, e com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Daniel Balaban.

    Cíntia Caldas

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu nesta quinta-feira, 8, a visita do presidente da Associação Brasileira de Livros (Abrelivros), João Arinos Ribeiro dos Santos, para tratar dos programas de distribuição de livros didáticos. Para Haddad, é necessário expandir a distribuição dos livros didáticos para o ensino médio.

    “Vamos pensar em uma emenda para ser encaminhada ao Congresso Nacional, a fim de sensibilizar nossos congressistas e viabilizar recursos”, disse o ministro. “Necessitamos, também, encontrar formas de reduzir os preços dos livros do ensino fundamental e melhorar o fluxo de informação entre as editoras e os professores, ampliando o espaço para a liberdade de escolha”.

    Uma solicitação do presidente da Abrelivros diz respeito ao processo de avaliação e seleção dos títulos dos livros didáticos. “As pequenas editoras não conseguem participar dessa avaliação. Precisamos fortalecer um processo com regras claras e prazos definidos, com um cronograma operacional que assegure clareza e segurança”.

    O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Henrique Paim, declarou: “Nossa preocupação é assegurar menor custo com melhor qualidade, em um processo transparente, onde a avaliação dos livros didáticos assegure os objetivos sociais e educativos da distribuição gratuita”.

    Segundo a Abrelivros, a tiragem média de um livro didático no país gira em torno de 12 mil exemplares. A aquisição média por aluno do ensino médio é de um livro por ano.

    Repórter:José Leitão

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu nesta segunda-feira, 16, a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros da Tunísia, Abdel Waheb Abdallah, para a formalização de acordo de cooperação na área de educação superior, pesquisa e tecnologia entre os dois países. O Brasil tem um acordo cultural com a Tunísia, em vigor desde 1970.

    Em setembro de 2003, o então embaixador da Tunísia no Brasil, Hassine Bouzid, encaminhou ao MEC minuta de proposta elaborada pelo Ministério do Ensino Superior, da Pesquisa Científica e da Tecnologia da República Tunisiana, de acordo de cooperação nas áreas do ensino superior, pesquisa, ciência e tecnologia a ser firmado entre Tunísia e Brasil.

    “O cenário atual é bastante promissor e desejamos estreitar os laços entre os países. Estamos seguros de que este dia irá marcar uma nova etapa nas nossas relações de cooperação”, disse Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    Desenvolvimento – O acordo prevê o incentivo ao desenvolvimento de diálogo intercultural; a promoção de seminários para pesquisadores de diferentes áreas, como agricultura, biotecnologia, meio ambiente e engenharias e o intercâmbio de professores visitantes. Segundo o chefe da Assessoria Internacional do MEC, Alessandro Candeas, “há 36 anos essa cooperação foi desenhada e não implementada. Agora, é o momento da efetivação”.

    O ministro Fernando Haddad disse que se sente à vontade para essa cooperação internacional por aspectos históricos e familiares. “O Brasil possui vocação natural para uma abertura para o mundo além das Américas e Europa”, disse. “Na área da educação as possibilidades são reais e promissoras. Vamos desdobrar essa reunião em ações concretas e ações cooperadas”.

    Repórter: José Leitão

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu no último dia 8 o embaixador da Coréia do Norte, Pak Hyok, primeiro representante do governo desse país no Brasil. Segundo Hyok, seu país tem grande interesse em cooperar com o Brasil em vários setores. Ele sugeriu a Haddad a assinatura de convênio na área educacional entre os ministérios da Educação dos dois países. Propôs, também, viagens de intercâmbio de informações e conhecimento dos sistemas educacionais do Brasil e da Coréia do Norte.

    O representante norte-coreano destacou que, após a conquista da independência, o país tinha apenas sete pessoas com nível universitário. Atualmente, três milhões já se graduaram, em uma população de 21 milhões de habitantes. Segundo Hyok, cada uma das 12 províncias tem uma universidade. “Durante a guerra (1950-1953), aplicou-se a política de educação básica gratuita. A prioridade do governo é a educação. Os prédios mais bonitos das cidades são as escolas”, disse o embaixador.

    Haddad afirmou que há interesse do MEC em conhecer o sistema educacional norte-coreano e pediu a Hyok a apresentação de uma proposta de acordo de cooperação educacional.

    Repórter: Aroudinan Martins

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, elogiou a postura “construtiva” do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que apresentou nesta terça-feira, 16, um conjunto de posicionamentos a respeito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), cujo anteprojeto está no Congresso Nacional.

    “Vamos passar estas sugestões à Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). Aquilo que for consensual será incorporado numa segunda versão do anteprojeto”, afirmou o ministro.

    A primeira sugestão refere-se ao aporte da União. O conselho de secretários gostaria que ele fosse determinado em 10% do valor total do Fundeb. “O valor dos recursos aportados pelo MEC já está neste patamar, a questão é definir se o recurso será estipulado em percentual ou num valor em reais”, disse Haddad. Para ele, trata-se mais de uma questão de métodos do que de uma divergência nos números.

    O anteprojeto prevê um aporte de recursos crescente até alcançar R$ 4,3 bilhões anuais em 2009. O orçamento total do Fundeb chega a R$ 50 bilhões anuais.

    O presidente do Consed, Gabriel Chalita, concorda que a aprovação do Fundeb trará maior qualidade para o ensino brasileiro. “O ministro Haddad entende, assim como eu, que os países que estão dando certo na educação, como Coréia, Espanha e Finlândia, fizeram uma revolução na educação básica.”

    Repórter: Sandro Santos

  • O ministro Fernando Haddad garantiu nesta quinta-feira, 20, durante entrevista coletiva a rádios do país, que o governo está comprometido com que a expansão educacional chegue a todos os estados. Ele mencionou que algumas unidades da Federação serão contempladas com instituições de ensino superior e outras com as de nível técnico. "Haverá estados que contarão tanto com novas instituições de nível técnico quanto de nível superior", observou.

    Haddad lembrou que esse objetivo será alcançado em 2007, pois boa parte dos recursos econômicos para concluir tal meta será reservada no orçamento para o próximo ano, proposta que o Executivo definirá nos próximos meses e será apreciada pelo Legislativo.

    Ressaltou que o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de ampliação da atuação das universidades foi condicionado a que esse processo se fizesse com atenção a uma atuação efetiva e uma presença permanente junto às comunidades do interior.

    "Muitas vezes, jovens saem do interior para estudar em universidades e faculdades nas capitais e não retornam mais às suas cidades natais, o que impossibilita esses novos profissionais de contribuir com o desenvolvimento de suas regiões de origem", explicou o ministro, a fim de justificar um dos propósitos da pretendida interiorização do ensino.

    Por outro lado, em relação à formação e aprimoramento daqueles que optaram por carreiras de nível técnico, Haddad declarou que no Executivo "estamos convencidos de que a educação de jovens e adultos deve ser oferecida de forma combinada à formação profissional".

    Ele sublinhou o empenho do governo em criar a infra-estrutura e destinar os recursos financeiros necessários para a criação e abertura de novos centros federais de educação tecnológica (Cefets), assim como a modernização dos existentes.

    O ministro lamentou que governos passados tenham editado decretos que impediam a criação e ampliação de Cefets e a oferta de vagas para estudantes nesses centros. Mas observou que o governo Lula reverteu esse quadro com a revogação dessas regras, assim como a elaboração de políticas efetivas para beneficiar o ensino profissionalizante.

    Repórter: Manuel Martinez

  • Foto: Júlio César PaesO ministro da Educação, Fernando Haddad, estará nesta sexta-feira, 20, no Rio de Janeiro, onde participa de palestra, debate e visita ao Colégio Pedro II. Pela manhã, às 9h, profere palestra para a comunidade acadêmica sobre os rumos e as demandas da educação superior no Brasil. A palestra será no Teatro João Theotonio (Rua da Assembléia, 10, subsolo, Centro).

    Ao meio-dia, Fernando Haddad participa de debate com o Fórum de Reitores do Rio de Janeiro (Forerj), na Universidade Cândido Mendes. A entidade reúne 25 instituições de ensino superior do estado.

    Concluindo a agenda, às 14h, o ministro vai conhecer as novas instalações de seis salas de aula da unidade do Colégio Pedro II no bairro do Realengo, Zona Norte da capital. Na unidade, estudam 500 alunos do ensino médio regular integrado à educação profissional. As salas de aula fazem parte da primeira etapa de um projeto que prevê a oferta de ensino fundamental e médio e educação profissional para jovens e adultos, escola integral, áreas de lazer, refeitórios e bibliotecas para três mil alunos. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Haddad conhece centenas de esculturas expostas na oficina de Brennand. (Foto: João Bittar)Recife — “A âncora da educação é a cultura”, diz o ministro da Educação, Fernando Haddad, que na quinta-feira, 5, fez visita à oficina Brennand, no bairro da Várzea, em Recife. A oficina-ateliê-museu abriga as obras do artista plástico e escultor pernambucano Francisco Brennand, autor das estátuas do Marco Zero da capital pernambucana.

    Num passeio pelo conjunto arquitetônico, composto por esculturas de barro e pinturas em cerâmica que revestem tanto paredes quanto o piso das diversas alas do museu, Haddad e Brennand conversaram sobre a ligação entre educação e cultura. Na visão do ministro, descolada da cultura, a educação não se fixa. Muito visitada por alunos da educação básica, a oficina tem espaço para aulas e palestras e um auditório com capacidade para 130 pessoas.

    Escultor manifesta desejo de ajudar com sua arte a melhorar a qualidade da educação em Pernambuco. (Foto: João Bittar)Contador de histórias, que misturam acontecimentos de sua vida com a própria história de Pernambuco, Brennand manifestou ao ministro o interesse em convênios entre o museu e instituições públicas de ensino. “O contato com a arte desperta nos alunos que nos visitam diariamente o desejo de seguir em determinadas carreiras, como a arquitetura, por exemplo”, conta o artista.

    No espaço que abriga o museu funcionava uma olaria do pai de Brennand, fundada em 1917. Quando a fábrica de tijolos e telhas foi abandonada, o artista resolveu transformá-la em museu, sem, no entanto, modificar a estrutura original. O antigo forno de queimar tijolos é, hoje, uma das saletas do museu. “Resolvi começar a reforma pelo forno, pois era o coração da fábrica, onde tudo se transformava”, explica Brennand.

    Há 36 anos, o artista vem acrescentando peças ao museu. Atualmente, são 1,8 mil, dispostas no interior, nos murais e no jardim.

    A pintura em cerâmica é um aspecto marcante na obra de Brennand. Ele conta que relutou em se iniciar nessa modalidade, pois havia um preconceito em relação às artes aplicadas. Para ele, a cerâmica era simples arte decorativa. Até o dia em que o também artista pernambucano Cícero Dias o levou a uma exposição de pintura em cerâmica em Paris, sem informá-lo quem era o autor. Depois de visitar a exposição e se encantar, Brennand descobriu que aquele trabalho era simplesmente de Pablo Picasso.

    O fascínio pela arte é tão grande que o artista pernambucano resolveu, recentemente, criar um espaço no museu para a realização de uma bienal de cerâmica no Brasil. “Em todo o lugar, há ceramistas que se desconhecem. Seria uma boa oportunidade de juntá-los”, sonha.

    No museu há também uma ala de quadros pintados por Brennand, chamada Accademia. As obras tendem ao expressionismo. Curiosamente, todas as esculturas produzidas por ele são previamente desenhadas e também acabam virando quadros. “Toda arte começa por um desenho”, explica.

    Aos 80 anos, Brennand diz que a oficina é sua vida. Sua casa, aliás, é muito próxima. “Não saio daqui por nada. Nem viagens de turismo eu faço”, afirma o artista. Não só o próprio criador, mas também os visitantes parecem não ter vontade de sair de lá. O espaço, que já tem até uma cafeteria, é usado por muitos que gostam de passar o dia aproveitando as belezas naturais do lugar e as obras de arte de Brennand.

    Letícia Tancredi

    Republicada com acréscimo de informações

  • Comemorar o bicentenário da independência do Haiti e reforçar a contribuição que o país deu ao mundo com a luta contra o colonialismo, escravidão e formação de um estado negro. Além disso, apoiar e contribuir com a campanha de arrecadação de donativos em benefício de uma das mais pobres nações do continente americano. Esses foram os objetivos do debate ocorrido hoje, 25, no auditório do Ministério da Educação. O evento fez parte da Semana da Consciência Negra, que acontece até amanhã, 26.

    Participaram do evento o encarregado de negócios da Embaixada do Haiti, Madsen Chèrubin, o primeiro-secretário da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, e a representante da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Renata de Melo. Segundo Madsen, a participação do Brasil no comando da missão de paz das Nações Unidas no Haiti mudou o paradigma tradicional de os Estados Unidos sempre estarem à frente. "A América Latina quer assumir um papel importante na construção de sua história", disse.

    A relação de simpatia e afeição que o povo haitiano tem pelo Brasil, em especial pelo futebol, contribui para a aceitação dos 1.200 militares brasileiros no país. É o maior contingente destacado para a missão que tem, no total, 2.800 militares de países como Argentina, Chile, Peru, China, Espanha e Paquistão. "Falta muito a se fazer, mas o Brasil contribuirá para a estabilização política e a reconstrução do nosso país", acredita Madsen.

    A preocupação de Renata de Melo é com a imagem veiculada sobre o Haiti, de ser um país devastado pela guerra e não como referência na luta contra o colonialismo e a escravidão. Outro ponto destacado foi que poucos sabem que o país tem intelectuais reconhecidos. "Há escritores haitianos com obras reconhecidas e que não devem aos clássicos contemporâneos".

    O representante do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, respondeu às objeções referentes à participação do Brasil no Haiti. Para ele, o Brasil ganha por atender ao dever de solidariedade e por liderar os países da América Latina na união de esforços para ajudar o Haiti. Além disso, o estreitamento de laços e a visão do mundo em relação ao Brasil melhoram. A imagem de país respeitoso contribui para o sucesso da missão.

    Eleição - As eleições para a escolha do presidente do Haiti serão em novembro de 2005. Até lá, as tropas continuarão em vigília. Outro ponto crítico no país é a educação. O índice de analfabetismo atinge 60% da população de oito milhões de habitantes em um território de 27.500 km².

    Os interessados em contribuir com a campanha de arrecadação de donativos devem procurar a Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do MEC no telefone (61) 2104-8320.

    Repórter: Irla Maia

  • Uma representação dos ministérios da Educação e das Relações Exteriores vai a Porto Príncipe, capital do Haiti, conhecer os sistemas de educação profissional, tecnológica e superior e identificar áreas onde a cooperação educacional Brasil-Haiti pode avançar.

    A missão, que é composta de representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Ministério das Relações Exteriores, estará no Haiti de 9 a 13 deste mês.

    De acordo com Elias Vieira de Oliveira, que representa a Setec na missão, além de conhecer o funcionamento dos sistemas educacionais, a representação quer identificar possibilidades para ampliar a cooperação. Na educação profissional e tecnológica, por exemplo, o Brasil pode contribuir com sua experiência de quase um século.

    Em novembro está prevista visita dos haitianos para conhecer o sistema educacional brasileiro e programas como o livro didático, merenda, transporte escolar, transferência de recursos. Com uma população de 7,5 milhões de pessoas, o Haiti é um dos países mais pobres das Américas. A expectativa de vida é de 51 anos e a taxa de desemprego é de cerca de 70% da população adulta.

    Sophia Gebrim

  • A TV Escola apresenta nesta terça-feira, 24, A Narrativa Fantástica, da série A Narrativa na Literatura para Crianças e Jovens. O programa fala de contos, desde os considerados clássicos, como os dos Irmãos Grimm e os de Andersen, até os contos da atualidade, como a saga de Harry Potter, o bruxinho famoso criado pela escritora J. K. Rowling. Às 19h, com reprise às 11h e 15h do dia seguinte.

    A fantasia manifesta-se em todos os gêneros de narrativa, sejam os populares, como mitos e lendas, sejam os literários, como as epopéias clássicas e os romances modernos. Também está presente em filmes e peças de teatro, em histórias em quadrinhos, novelas de televisão ou enredos de jogos eletrônicos.

    Neste segundo programa da série, pretende-se mostrar como trabalhar com os contos considerados clássicos, que podem colaborar para despertar o interesse pela leitura em crianças e jovens e, ainda, para incentivá-los a recriar essas histórias, com novos componentes, pois a imaginação é um limite nunca ultrapassado.

    Às 7h, 9h, 13h, 17h, e 21h, vão ao ar oito episódios da série É Tempo de Diversão, em que crianças mostram suas atividades de lazer na escola e os jogos que fazem parte de sua cultura. O Alto Tom Amarelo - Vincent Van Gogh vem às 12h e 23h. O programa faz parte da série Paletas e, com o auxílio de esboços, fotografias, cartas e quadros, contextualiza e analisa uma importante obra do pintor holandês Van Gogh.

    Para às 16h, está marcado O Papel dos Colegiados na Gestão Escolar, mostrando os diferentes tipos de colegiados que compõem uma gestão democrática. O tema é discutido a partir da experiência de um colégio de Goiás. Para fechar a grade da programação, Tempos de Rebeldia, que aborda as raízes do pensamento contestador, enfocando os tempos da boemia parisiense e o romantismo europeu do século XIX, às 20h.

    A TV Escola pode ser acessada pelos canais 27 (Sky), 237 (DirectTV) e 4 (Tecsat) e também por antena parabólica analógica e digital. As grades de programação estão disponíveis no portal do MEC. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O engenheiro eletrônico Hermano Tavares será o reitor pro tempore da Universidade Federal do ABC (UFABC), que está sendo criada em Santo André (SP) pelo MEC. Hermano tomará posse do cargo nos próximos dias, durante solenidade de lançamento da nova universidade e continuará pro tempore até que o estatuto e o conselho da UFABC sejam aprovados.

    O professor Hermano, 65 anos, estudou na Paraíba e em Pernambuco até 1959. É engenheiro eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), fez mestrado e doutorado na Universidade de Toulouse, na França, e trabalhou nas universidades federais da Paraíba e de Pernambuco, no ITA e na Escola de Engenharia de São Carlos/USP.

    Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde foi professor titular da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, trabalhou por 34 anos. Atuou intensamente na administração universitária participando de diversos colegiados e comissões, foi chefe de departamento, coordenador de pós-graduação, presidente da Associação de Docentes, diretor da Faculdade de Engenharia Elétrica e reitor (1998-2002). Aposentou-se, mas continuou trabalhando na Unicamp, como professor voluntário, até 2004.

    O reitor pro tempore da UFABC coordenou o Comitê Assessor de Engenharia Elétrica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); foi membro do Comitê Assessor do Acordo CNPq-Cefi (Centre d’Études et Formation d’Ingénieurs, França); coordenador do Comitê Técnico de Engenharia Elétrica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e presidente da Sociedade Brasileira de Automática.

    Lecionou mais de 120 disciplinas, orientou trabalhos de iniciação científica, teses de mestrado e doutorado e publicou cerca de 120 trabalhos científicos. Desde o início deste ano, é secretário municipal de educação em Campinas.

    Na opinião de Hermano Tavares, a criação da UFABC é importante porque a presença de instituições federais de ensino superior (Ifes) no estado de São Paulo é pequena. “Só temos a Universidade Federal de São Carlos e a Universidade Federal do Estado de São Paulo, em um estado que ocupa 3% do território nacional, 22% da população brasileira e 33% do PIB do país”, comenta. A seu ver, ao criar a UFABC, o MEC dá atenção para uma região de inegável produção para o país.

    Repórter: Susan Faria

  • A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) conclui neste sábado, dia 14, no campus do município de Jequié, a seleção dos candidatos ao curso de pós-graduação em relações étnico-raciais, história da África e cultura afro-brasileira. Dos 75 inscritos, a instituição vai escolher 50, com base no currículo, no projeto de pesquisa do candidato e na entrevista com a equipe de seleção. As aulas começam em 21 de março.

     

    A formação atende os requisitos e as diretrizes da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro 2003, que incluiu o estudo étnico-racial no currículo da educação básica. O curso da Uesb é uma especialização de 360 horas em antropologia, com ênfase na cultura afro-brasileira.

     

    De acordo com a coordenadora do projeto, Marise de Santana, professores e policiais do município, de cidades próximas e de outros estados concorrem às vagas. Segundo Marise, o aumento da procura de policiais pelo curso significa mudança de postura e abertura de oportunidades de trabalho na corporação. Com pós-graduação, eles também podem ensinar nos cursos internos de formação.

     

    No caso dos professores, têm prioridade na seleção os que lecionam nas redes públicas de estados e municípios que pediram a formação em história da África e cultura afro-brasileira nos planos de ações articuladas (PAR). A pós-graduação da Uesb é financiada pelo Ministério da Educação e gratuita para os alunos.

     

    Com quatro módulos presenciais e duração de 12 meses, o curso será ministrado uma vez por mês, de quinta-feira a domingo, em Jequié. No restante da semana, professores pesquisadores da universidade acompanharão os alunos na elaboração da monografia, que será apresentada ao fim da formação. O currículo compreende disciplinas como antropologia das populações de origem africana, história e cultura africana e afro-brasileira e diversidade lingüística.

     

    Os selecionados assumem o compromisso de prestar oito horas de trabalho mensais no Odeere, órgão de educação e relações étnicas da Uesb. A atividade, segundo Marise, será desenvolvida na comunidade de Pau Ferro, na periferia do município, ou no projeto Erê, que atende e orienta estudantes e comunidades sobre questões étnicas e história da África.

     

    Formação— Em 2008, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) selecionou, por edital, 25 instituições públicas de educação superior para a formação, com aperfeiçoamento ou especialização, em história da África e relações étnico-raciais. Outras duas universidades foram escolhidas para a produção de materiais didático-pedagógicos. O investimento nos cursos de formação é de R$ 3,6 milhões, distribuídos entre as instituições, em valores que vão de R$ 100 mil a R$ 150 mil, repassados pelo Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro).

     

    Ionice Lorenzoni

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