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  • O programa Salto para o Futuro, exibido nesta quarta, 20, às 20h, tem como tema música e educação. A produção vai ao ar pela TV Escola, órgão vinculado ao Ministério da Educação.

    Com apresentação de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, a atração tem como convidados Carlos Belém, diretor da Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; e o jornalista Hugo Suckman, curador do Museu da Imagem e do Som, também na capital fluminense. Os dois especialistas defendem que introduzir a música nas escolas estimula o desenvolvimento, aguça a sensibilidade, instiga a criatividade e amplia a integração dos alunos no desenvolvimento escolar.

    De acordo com os entrevistados, as formas de utilização da música em um projeto pedagógico são diversas. Vão desde a utilização das letras das canções em propostas de interpretação de texto em sala de aula até a prática das oficinas de música e experiência com a instrumentalização. “A oferta de cursos de música nas escolas estimula o uso dos sentidos pelos alunos e promove o respeito entre todos”, avalia Carlos Belém.

    A interação com os instrumentos, a descoberta de habilidades individuais desconhecidas e o princípio do “saber-fazer”, importante nessa fase de desenvolvimento pedagógico, revelam-se aspectos relevantes do uso da música do processo de ensino-aprendizagem. Para Hugo Suckman, a oferta de música nas escolas deve ser trabalhada da mesma forma que as demais expressões de linguagem.

    Salto para o Futuro é exibido todas as quartas, às 20h e, em tempo real, pelo portal tvescola.mec.gov.br.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • A secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, e o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) e secretário de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, são os convidados do programaSalto para o Futuro desta quarta, 28.  Exibida às 20h pela TV Escola, a atração estreia a temporada 2018 com foco no debate sobre as políticas educacionais a serem implementadas neste ano.

    Homologada pelo MEC em dezembro de 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação infantil e do ensino fundamental já está em andamento. Já a Base voltada especificamente para o ensino médio ainda se encontra em análise pelo CNE. Os convidados falam sobre esse tema e também abordam a Política Nacional de Formação de Professores. A apresentação do programa é de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro.

    Além de um novo cenário, a nova temporada de Salto para o Futuro traz como destaques maior interatividade e alguns episódios ao vivo durante o ano. O público poderá participar mais ativamente, enviando mensagens, sugestões e vídeos por meio do telefone (21) 97675.7432. “A ideia é ter o Salto como uma sala aberta que vai pensar e debater a educação com a participação de toda a sociedade”, informa Claudio Jardim, diretor de produção da TV Escola.

      Bárbara Pereira reforça que a nova temporada vai ampliar os debates sobre temas do cotidiano. “Como a escola não está apartada da sociedade, muitos desses temas influenciam o dia a dia das salas de aula e dos diversos espaços escolares”, explica. “Temas como saúde, comportamento, cultura, inclusão e políticas educacionais se somaram ao selo de qualidade do Salto, que sempre procurou refletir sobre metodologias e práticas educativas. “

    Histórico – Na grade da emissora há mais de 25 anos, Salto para o Futuro é a atração mais antiga da TV Escola. Estreou em 1991, antes mesmo da inauguração do canal, na antiga TV Educativa do Rio de Janeiro, com o nome de Jornal da Educação. Em 1992, o nome mudou para Um Salto para o Futuro e, numa época pré-redes sociais, tempo em que o e-mail ainda parecia um sonho distante, o programa chamou a atenção por investir na interatividade com os telespectadores. Em 1996, já renomeada como Salto para o Futuro, a atração passou a ser exibida pela TV Escola.

    Murilo Ribeiro lembra que Salto para o Futuro já nasceu interativo. “O programa tem a missão de acompanhar a educação brasileira e propor reflexões fundamentais para todos aqueles que, direta ou indiretamente, têm a ver com o cotidiano das escolas”, ressalta. ”É indispensável para quem quer pensar a educação do nosso país de forma comprometida com a defesa da escola pública de qualidade, que é o que todos nós buscamos, aquilo que acreditamos ser possível. ”

    O programa também pode ser assistido on-line, na página da TV Escola.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A criação do Sistema Nacional de Educação (SNE) ganha espaço no debate do Salto para o Futuro desta quarta. O SNE é considerado fundamental para que municípios e estados possam atuar de forma mais integrada e eficiente, em especial no que diz respeito à gestão dos recursos da educação.

    Produzido e exibido pela TV Escola, o programa desta semana é focado nos desafios do SNE, assunto que também será debatido em novembro deste ano, durante a 3ª Conferência Nacional de Educação (Conae), que tem o objetivo de acompanhar avanços, rediscutir estratégias e formular novas propostas de políticas públicas para a área da educação.

    “A Conae é um espaço fantástico de discussão e de construção de propostas para a educação e sua gestão”, ressalta a presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, Maria Ester Galvão de Carvalho, uma das convidadas do programa. Também participa desta edição o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima. Os dois convidados antecipam alguns dos pontos mais importantes que estarão na pauta do Conae 2018.

    "A conferência surge em um momento especialmente bom para reavivar e reacender as discussões em torno das metas educacionais de nosso país", reforça Aléssio. Entre os destaques desse evento, há uma programação especial dedicada ao acompanhamento da execução do Plano Nacional de Educação (PNE). Sancionado em 2014, o PNE tinha metas e estratégias voltadas para a melhoria da qualidade da educação pública brasileira.

    Salto para o Futuro é exibido todas as quartas, às 20h, com apresentação de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro. O programa também pode ser assistido, em tempo real, na página da TV Escola.  

    Assessoria de Comunicação Social

  • Duas experiências de sucesso são mostradas no programa Salto para o futuro desta quarta-feira, às 20h, na TV Escola. Ambas revelam estratégias utilizadas por profissionais que, em busca de novas formas de trabalhar com a matemática, têm obtido excelentes resultados nas escolas em que trabalham. Os professores Luiz Felipe Lins e Rodrigo Sacramento, autores dessas iniciativas, são os convidados desta edição de Salto para o futuro.

    Quando concluiu a graduação, Luiz Felipe Lins foi trabalhar na mesma escola em que havia sido aluno. Não demorou muito e descobriu que pouca coisa tinha mudado por lá: até os livros de matemática eram os mesmos do tempo de estudante. Foi quando percebeu que era preciso fazer algo diferente. Buscou cursos de formação continuada e, assim, redefiniu metodologias, estratégias e a própria postura de professor. Ao optar por essa mudança, ele foi parte de uma transformação ainda maior na relação entre os alunos da Escola Municipal Francis Hime, no Rio de Janeiro, e a matemática.

    A relação com os alunos também é um dos diferenciais de Rodrigo Sacramento. Professor de turmas do ensino médio, Rodrigo levou para as salas de aula o bom humor, traço marcante em sua personalidade. E deu certo. Ele conquistou alunos, pais e responsáveis, além de expandir a experiência para o YouTube, em um canal próprio chamado Plantão do Matemático.

    No último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil ficou na 65ª posição em matemática, com média de 377 pontos. O resultado é muito inferior à média de 490 pontos, obtida pelos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento econômico (OCDE), que promove a avaliação. O desempenho dos estudantes brasileiros nas avaliações internacionais aponta para a necessidade dessa mudança.

    Em maio, mês da matemática, o Salto para o Futuro compartilha as experiências dos educadores e apresenta estratégias inovadoras para quem trabalha com uma área do conhecimento que ainda é visto como um problema para milhares de estudantes brasileiros.

    Com apresentação de Bárbara Pereira e Murilo Ribeiro, Salto para o Futuro é exibido todas as quartas, às 20h, na TV Escola. O programa também pode ser assistido em tempo real, nos aplicativos e na página da emissora.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Salvador – As secretárias de educação Audacy Requião e Dilma Lopes eram diretoras de escolas de ensino fundamental em seus municípios até assumirem os novos cargos, em janeiro. Elas já conhecem a realidade das escolas de suas pequenas cidades, mas ainda não sabem muito bem como executar as ações previstas em seus Planos de Ações Articuladas (PAR), elaborados nas gestões anteriores.



    Assim como Audacy e Dilma, vários outros secretários – cerca de 400 – chegam nesta segunda-feira, 9, a Salvador, para conhecer os programas e ações do Ministério da Educação – além de sua própria realidade educacional. O encontro no hotel Pestana, no bairro do Rio Vermelho, será aberto esta noite e encerrado na sexta-feira, dia 13.


    Mirangaba, cidade a 380 quilômetros de Salvador, onde Dilma ocupa o cargo de secretária de educação, só tem uma creche. “Ainda não sei como podemos resolver isso com a ajuda do MEC. Tudo ainda está meio obscuro”, diz. Ela conta que no PAR de seu município há demandas por creches financiadas pelo Proinfância, mas que é preciso mais recursos para a construção novas unidades.



    A colega Audacy é secretária do município de Miguel Calmon, vizinho a Mirangaba. Lá, relata, há oito escolas de educação infantil. “Mas a estrutura física de todas compromete a qualidade do ensino”, afirma. Ela também quer mais recursos federais para a educação infantil de sua cidade.



    O diretor de articulação de programas da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Romeu Caputo, informa que é possível rever as demandas do PAR. “Caso seja uma pequena adaptação, como o aumento do número de creches, basta mandar um e-mail e uma justificativa ao ministério”, explica. O MEC analisa as alegações dos gestores e, caso a demanda seja compatível com a realidade do município, faz a alteração. Para fazer pequenas modificações no PAR, os gestores devem enviar mensagens a Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



    Se o gestor quiser mudar completamente uma demanda, como incluir ou retirar o pedido por formação de professores, será preciso refazer o diagnóstico local, com apoio das secretarias de educação e de técnicos das universidades públicas. “Nesses casos, precisamos monitorar os municípios”, diz Romeu.



    No encontro desta semana, Dilma e Audacy também querem entender melhor como funciona a Universidade Aberta do Brasil. “Faltam professores formados em matemática em Miguel Calmon”, justifica Audacy. Na palestra de abertura do encontro, a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, vai dar um apanhado geral de todos os programas e falar da importância do trabalho de cooperação entre os gestores locais e o Ministério da Educação. “O papel dos secretários é fundamental para garantir a qualidade da educação, porque eles são 5.563 pessoas. É preciso que conheçam o MEC, as políticas e projetos”, observou a secretária.



    Passo a passo para revisar o PAR



    Maria Clara Machado

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação, promove, neste ano, o 2º Prêmio Inep de Jornalismo – Avaliações e Estatísticas Educacionais. Até novembro, poderão concorrer reportagens ou séries de reportagens que melhor contribuírem para o entendimento da importância das avaliações e estatísticas desenvolvidas pelo Inep para o monitoramento e aprimoramento das políticas públicas de educação.

    Elaborada pelo Inep em parceria com a Organização de Estados Ibero-Americanos para Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), a premiação tem mudanças em relação à primeira edição. Agora serão duas categorias: Exames, avaliações e estatísticas da educação Básica; e Exames, avaliações e estatísticas da educação superior. Ambas premiarão os melhores trabalhos em cada meio, de modo a valorizar todas as plataformas de comunicação: mídia impressa, TV, rádio e internet. Outra novidade é a criação de um grande prêmio para a melhor reportagem de cada categoria, independentemente do meio em que for veiculada.

    Poderão concorrer matérias publicadas/veiculadas a partir de 14 de novembro de 2017, inscritas até as 23h59 de 19 de novembro de 2018. As inscrições serão de 1º a 19 de novembro e deverão ser feitas, exclusivamente, pelo Portal do Inep. O site do prêmio será lançado em breve, assim como o regulamento geral da premiação. Só poderão se inscrever jornalistas com registro profissional válido.

    Categorias– Na categoria Exames, avaliações e estatísticas da educação básica, podem concorrer reportagens sobre Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb); Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja); Censo Escolar; Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa); Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb); e Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Pesquisa Talis).

    Já a categoria Exames, avaliações e estatísticas da educação superior destina-se a reportagens sobre Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade); Censo da Educação Superior; Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes); e Indicadores de Qualidade da Educação Superior.

    Premiação – Lançado nas comemorações de 80 anos de fundação do Inep, em janeiro de 2017, o Prêmio Inep de Jornalismo é um reconhecimento à contribuição da imprensa brasileira para o entendimento das avaliações e estatísticas que pautam o monitoramento e o desenvolvimento das políticas públicas de educação. Em sua primeira edição, o prêmio teve 130 trabalhos inscritos, de 92 jornalistas diferentes. Foram três categorias: Avaliação da educação básica (72 inscrições); Avaliação da educação superior (17 inscritos) e Estatísticas educacionais (41 trabalhos), valorizadas com distinções de primeiro, segundo e terceiro lugares.

    O objetivo do prêmio é estimular e prestigiar trabalhos jornalísticos sobre educação, em especial aqueles que abordem os temas dos exames, avaliações e estatísticas educacionais, áreas de atuação do Inep. Serão distribuídos, no total, R$ 136 mil em prêmios. As melhores reportagens de cada categoria receberão R$ 12 mil, cabendo a cada um dos vencedores do Grande Prêmio o montante de R$ 20 mil. Todos os selecionados receberão troféu e certificado de participação. A solenidade de entrega será realizada em dezembro, na sede do Inep, em Brasília (DF).

    Assessoria de Comunicação Social

  • Ampliar o debate sobre os desafios da gestão na educação básica em todo o país foi o objetivo do seminário Pacto Federativo na Educação Brasileira: Desafios e Caminhos. O evento, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em parceria com o programa Todos pela Educação, foi realizado nesta terça-feira, 4, em Brasília. O ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou o trabalho em conjunto realizado por estados, municípios e a União na construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

    “Precisamos continuar trabalhando na construção de novos currículos a partir de um documento discutido em conjunto por estados, municípios e a União – que é a BNCC. Em cada estado a discussão foi feita em regime de colaboração. É isso o que precisamos olhar daqui pra frente: a educação como um conjunto porque, no final das contas, é uma rede pública só”, enfatizou o ministro.

    Durante todo o dia foram discutidos os principais caminhos que a educação deve seguir para continuar avançando. “Buscamos de fato avanços significativos na educação do Brasil, com melhoria do ponto de vista da aprendizagem”, destaca Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais do Todos pela Educação.

    Em seminário promovido pelo TCU, Rossieli Soares destacou o trabalho em conjunto na construção da Base Nacional Comum Curricular (Foto André Nery/MEC)Para o secretário de Controle Externo e Educação do TCU, Ismar Barbosa, há um esforço na tentativa de pautar a discussão de temas fundamentais das políticas públicas brasileiras. “O seminário se propõe a debater e enfrentar um dos principais desafios do país que é a baixa colaboração que existe entre as três esferas de poder. O que percebemos é que essa articulação precisa ser estimulada”, observa.

    Também participaram do evento os presidentes do TCU, Raimundo Carreiro, da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia, e do Senado Federal, senador Eunício Oliveira, além de entidades ligadas à área.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Exibido pela TV Escola, o programa Salto para o Futuro apresenta a série Aventura de Conhecer nesta semana. O objetivo da edição é discutir, entre outros temas, a falta e o excesso de informações, o conhecimento na escola, o tempo da informação e o do conhecimento.



    Os episódios vão ao ar até sexta-feira, 13, com 60 minutos de duração e tendo início sempre às 19h. Episódios apresentados até quinta-feira, serão reprisados nos dias seguintes às exibições, às 8h e 15h. Já o episódio de sexta-feira, o último da série, será reprisado na segunda-feira, no mesmo horário dos demais.



    Nesta terça-feira,10, será exibido o episódio Tempo da Informação, Tempo do Conhecimento: Velocidade, que reflete sobre as diferenças entre os processos de informação e de conhecimento. Na quarta-feira, 11, a série apresenta o programa Os Múltiplos Conhecimentos. O episódio trata do próprio conhecimento, sua natureza, suas formas e modos de manifestação, sua multiplicidade e valor.



    Quinta-feira,12, é a vez do programa Estações do Conhecimento. O episódio mostra a necessidade de espaços e projetos destinados às aprendizagens informacionais na escola, a necessidade de projetos e de profissionais preparados para atuar nesses espaços.



    Na sexta-feira, 13, finalizando a série, vai ao ar o programa A Busca do Conhecimento na Escola que mostra as diferenças essenciais entre o transmissivismo e o construtivismo pedagógico, tendo em vista situar a importância da pesquisa escolar, ou seja, da busca, seleção, organização e análise das informações nos processos de construção do conhecimento pelos aprendizes.



    A TV Escola pode ser sintonizada via antena parabólica (digital ou analógica) em todo o país. Seu sinal está disponível também nas tevês por assinatura DirecTV (canal 237) e Sky (canal 27).



    Veja a grade de programação da TV Escola.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira, 6, que estudantes dos cursos de medicina e de formação de professores poderão usar o Financiamento Estudantil (Fies) e pagá-lo com trabalho depois da formatura.

     

    Segundo Haddad, o ministério enviará ao Congresso Nacional, nas próximas semanas, um projeto de lei criando essa modalidade de uso do Fies por alunos das licenciaturas e da medicina. O projeto prevê que a cada mês trabalhado, o professor ou o médico quite 1% da dívida com o Fies. O prazo previsto para pagar é de oito anos e quatro meses.



    A medida, segundo o ministro, possibilita que jovens que hoje “têm medo” de tomar o financiamento estudantil, por preocupação de como quitar a dívida depois de concluir o curso, tenham a chance de pagar de outra forma, com trabalho. E para o país, disse ele, é a oportunidade de ganhar novos profissionais que estarão a serviço da educação pública básica e de médicos que vão prevenir doenças, promover a saúde, atender cidadãos que hoje não têm esses serviços básicos.



    Para Haddad, com a nova lei, que deverá receber atenção especial de senadores e deputados, se amplia a oportunidade dos jovens de chegar à educação superior: pelas universidades federais, que dobraram as vagas nos vestibulares; pelo ProUni, que dá bolsas integrais e parciais de 50% da mensalidade; e agora pelo Fies.



    O ministro da Educação falou nessa nova modalidade de pagamento do Fies durante a inauguração de quatro novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, em Linhares (ES).

     

    Assessoria de Comunicação Social

  • Uma carreta adaptada, com cerca de 30 metros de comprimento, mexeu com a curiosidade de alunos e servidores do campus Pelotas do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense. Em seu interior, produtos desenvolvidos pela Parker Hannifin, fabricante líder mundial de tecnologias e sistemas de movimento e controle. Nos dois dias em que ficou na instituição, a unidade móvel recebeu dezenas de visitas, a maioria de alunos e ex-alunos do curso técnico em mecânica.


    Batizada de Parker Road Show, a carreta carrega uma sala de reuniões, frigobar e um show room com o que há de mais moderno entre os 900 mil itens existentes na linha de produção da empresa. De acordo com Ricardo Siqueira, instrutor de treinamento da Parker, a exposição itinerante segue à risca um extenso calendário de visitas, que contempla praticamente todos os estados do país. “Nesses quatro anos de estrada, o caminhão já percorreu quase todo o Brasil diversas vezes, menos os estados do Acre e de Rondônia”, informa.


    Por ano, o instrutor calcula que são realizadas, em média, aproximadamente 100 visitas e mais de 300 palestras. Em Pelotas, por exemplo, foram três, dirigidas a alunos do curso técnico em mecânica oferecido pelo instituto federal. Os temas abordados foram tecnologias hidráulica, pneumática e de controle de fluidos. Também foram distribuídas apostilas de treinamento e dicas de downloads gratuitos de materiais didáticos que podem ser baixados do próprio sítio da Parker.


    “Ficamos satisfeitos com o interesse demonstrado pelos alunos, que acabaram sendo beneficiados com um importante certificado de participação. Além disso, o show room móvel possibilitou que eles se deparassem antecipadamente com componentes industriais existentes hoje no mercado de trabalho”, avalia o professor do curso técnico em mecânica, Aldrovando Gayer, que conheceu a Parker Road Show há seis anos, em São Paulo.


    Para o coordenador do curso técnico em mecânica, Rafael Leitzke, a demonstração de produtos e sistemas, além das palestras, foi extremamente importante, já que, segundo ele, Pelotas e região não são um pólo metalomecânico. “Diante disso, é necessário sair na frente e trazer aos nossos alunos o que há de novo no mercado”, explica.


    O coordenador adiantou que a unidade móvel da Parker foi apenas uma prévia do que virá pela frente. Conforme Leitzke, outras atividades serão realizadas em comemoração aos 55 anos do curso técnico em mecânica este ano.


    De acordo com o reitor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Antônio Carlos Barum Brod, a credibilidade da instituição foi um dos fatores responsáveis pela vinda da Parker Road Show a Pelotas. “Com certeza, a parceria é fundamental para o processo de formação de nossos alunos. Faz parte da qualidade educacional que oferecemos em nossos cursos”, afirma.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Sul-Rio-Grandense

  • Pelotas – A partir deste mês, a música novamente toma conta dos intervalos no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, campus Pelotas. Trata-se da 2ª edição do Momento Musical. Na primeira apresentação de 2009, o Grupo Rastrea animou a platéia e mostrou o  talento artístico dos alunos da instituição.


    Foram apenas 15 minutos, mas o suficiente para agradar o público. O local escolhido foi o saguão principal, próximo à cantina e ao espaço cultural, onde também fica localizada a biblioteca campeira. Aluna do curso técnico em eletrônica, Talita Gonçalves, aproveitou o intervalo para ouvir o som do Grupo Rastrea. “Curti muito a banda. É certo que estarei aqui nas próximas apresentações”, elogiou.


    De acordo com o coordenador de atividades extraclasses, professor Rony Soares Jr., as exibições ocorrerão uma vez por semana, sempre às quartas-feiras, em três momentos: das 9h45 às 10h, das 15h45 às 16h e das 18h30 às 19h. “Os alunos que tiverem interesse em se apresentar, basta procurar a Coextra. O espaço está aberto a todos”, comentou.


    O Momento Musical teve início em 2008. Para este ano, a diretora-geral do campus Pelotas, Gisela Loureiro Duarte, espera uma participação ainda maior dos alunos e que o evento se torne um dos destaques do calendário de atividades extraclasses. O reitor Antônio Carlos Barum Brod elogiou a iniciativa. Ele ressaltou que o apoio às atividades extraclasses tem sido uma das preocupações de sua gestão. “Procuramos sempre incentivar a integração da comunidade acadêmica e dar oportunidades para o surgimento de novos talentos”, disse.


    Assessoria de Imprensa do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense

  • Maria Filha e Xanda Miranda são servidoras do Ministério da Educação desde 2006No dia 28 de outubro é comemorado no Brasil o Dia do Servidor Público. A data, instituída através da criação do Conselho Federal do Serviço Público Civil, em 1937, celebra e homenageia todos os profissionais que atuam nas mais variadas áreas do Poder Público. Atualmente, o Ministério da Educação possui cerca de 1 mil servidores públicos efetivos.

    A paixão pelo tema da educação é o que alimenta o amor ao trabalho da jornalista Maria Filha, servidora do MEC desde 2006. Caçula de seis irmãos, a profissional vem de uma família de educadores. Na infância, foi aluna de três de suas irmãs. “Pelo ponto de vista de uma das minhas irmãs, eu pude acompanhar o debate da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, afirmou.

    Nascida em Luís Gomes (RN), Maria Filha chegou à capital federal em 1997, após ser aprovada em um curso de mestrado na Universidade de Brasília. Tomou posse no MEC em setembro de 2006. “Eu não me vejo trabalhando com outro tema. Quando falo em educação, falo com paixão e experiência de quem acompanhou de perto a cobertura de todas as edições do Enem, Sisu, Prouni e os marcos regulatórios da última década na área”, declarou ela, emocionada.

    Nos dez anos de estrada na comunicação do MEC, a servidora garante que nunca olhou no relógio esperando pela hora de ir embora. “A temática é inesgotável. O tema da educação é uma fonte que jorra; é envolvente. É um assunto que me toma. Às vezes tenho que me dar um basta, pois chego em casa e me pego com a cabeça no trabalho.”

    A coordenadora geral de Cooperação Federativa substituta do MEC, Xanda Miranda, alimenta a mesma paixão pelo que faz. Psicóloga e antropóloga, a paulistana justifica sua escolha pelo Ministério da Educação. “Eu cresci no meio da discussão da Constituição de 1988 e, ao mesmo tempo, no contexto de um movimento crescente na área de educação, uma discussão bastante fervilhante de direitos e possibilidades de cidadania e educação.”

    As políticas de educação escolar indígena foram o foco do trabalho de Xanda durante mais de uma década. “Atualmente essa bagagem me serve para trabalhar políticas de cooperação federativa, que abrangem um universo mais amplo, que são as questões do Plano Nacional de Educação (PNE)”, explica.

    Xanda celebra as oportunidades oferecidas no MEC. “Apesar das dificuldades, aqui temos uma perspectiva e possibilidades de trabalho muito interessantes para quem gosta da temática de educação. Há realmente uma preocupação com o tema, um engajamento com as temáticas finalísticas. O que fazemos, é por amor ao trabalho”, garantiu.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Na edição desta sexta, 10, Trilhas da Educação, programa produzido pela Rádio MEC, lembra o Dia do Estudante, data comemorada em 11 de agosto, trazendo como personagem uma mulher vencedora. É a história da gaúcha Locide das Graças Rosa de Lara, artesã que, hoje, comemora um novo capítulo em sua trajetória.

    Lúcia, como é chamada pelos amigos, tem 58 anos. Já atuou como doméstica, lavou e passou roupa no interior do Rio Grande do Sul e, durante mais de 20 anos, trabalhou em uma fábrica de calçados próxima à capital do estado, Porto Alegre.

    A vida para ela nunca foi fácil, mas lutar sem desistir sempre esteve em sua agenda do dia. Foi assim que, quando se encontrava em uma situação estável, veio mais um desafio: a crise no setor calçadista, nos anos 1990. Mais uma vez, Lúcia precisou arregaçar as mangas e procurar outro trabalho. 

    Àquela altura, quando as coisas pareciam não ter mais jeito, ela ficou sabendo da existência de um curso na modalidade EJA – Ensino de Jovens e Adultos. Não pensou duas vezes, batalhou, conseguiu uma bolsa de estudos ofertada por uma escola privada e começou a aprender a ler e cursar os ensinos fundamental e médio. “Fui aprendendo e fui indo, cheguei a passar noites estudando”, lembra.

    Dificuldades –  “Eu tinha profissão, sabe? ”, conta. “Só que eu não sabia ler e nem escrever. ” Mesmo com essa limitação, Lúcia não esmoreceu. Mãe de três filhos, precisava trabalhar duro para sustentar a família.  Foi assim que se formou artesã, mesmo sem ter tido base para leitura. Com o tempo, aprimorou sua arte e, ao ingressar no EJA, ganhou mais motivação para tocar a vida. Aos poucos, foi ficando para trás uma história toda pontuada por privações.

    “Pegar o ônibus era difícil, eu olhava um filme e não entendia”, relata. “Para mim foi uma grande vitória aprender, porque hoje as pessoas estão falando uma coisa e eu estou sabendo o que elas estão falando. Quantas vezes eu fui passada para trás e não via! Agora, quando eu vou à loja, olho a nota, já olho o meu troco, já vejo, né? Teve um dia em que a guria se enganou, eu fiz ela fazer duas, três vezes a conta, porque estava errada, ela depois pediu desculpas. ”

    Isso tudo faz parte de um passado que ela hoje rememora como etapa vencida. Graças a seus esforços, os tempos mudaram para melhor. “A dificuldade vem para tu cresceres, não para te diminuir”, ensina. Essa prática a levou a crescer ao ponto de, na formatura do curso do EJA, ter sido escolhida para oradora da turma. “Cheguei e fiz um discurso que tem tudo a ver comigo. ”

    O tempo da dificuldade ficou longe. “Eu era uma pessoa de quem hoje me lembro e não me conheço mais”, resume Lúcia. A lição que ela representa remete à força de vontade: “É a minha humildade e a minha honestidade que me trouxeram até aqui, porque se eu não sei uma coisa e tu disseres assim: ‘Lúcia, você vai ter uma oportunidade na vida de vencer honestamente’, eu vou. Foi isso que aconteceu. ”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. Também pretende ofertar cursos a dirigentes, gestores e outros profissionais da educação básica da rede pública.  Outro objetivo do programa é reduzir as desigualdades na oferta de ensino superior e desenvolver um amplo sistema nacional de educação superior a distância. Há polos de apoio para o desenvolvimento de atividades pedagógicas presenciais, em que os alunos entram em contato com tutores e professores e têm acesso a biblioteca e laboratórios de informática, biologia, química e física. Uma das propostas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) é formar professores e outros profissionais de educação nas áreas da diversidade. O objetivo é a disseminação e o desenvolvimento de metodologias educacionais de inserção dos temas de áreas como educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação patrimonial, educação para os direitos humanos, educação das relações étnico-raciais, de gênero e orientação sexual e temas da atualidade no cotidiano das práticas das redes de ensino pública e privada de educação básica no Brasil.

    Quantidade de polos da UAB por estado

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  • Dilma, ao anunciar novas medidas para erradicar a miséria, destacou o investimento em educação: “Nosso desafio é garantir escola de tempo integral, alfabetização na idade certa e creche para nossas crianças e jovens” (foto: Roberto Stuckert/PR)A presidenta da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira, 19, em Brasília, que a superação da miséria não se faz apenas por meio da renda, mas também da oferta de educação de qualidade e emprego. Dilma participou, de manhã, da cerimônia de anúncio de medidas do plano Brasil sem Miséria. Entre as ações citadas pela presidenta está a matrícula de 267 mil beneficiários do programa Bolsa-Família em 416 tipos de cursos técnicos por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

    Dilma Rousseff também anunciou a extensão da complementação de renda da Bolsa-Família para alcançar os últimos 2,5 milhões de beneficiários do programa que permaneciam em situação de extrema pobreza. Com isso, o governo federal atinge a marca da retirada de 22 milhões de brasileiros dessas condições, do ponto de vista da renda, nos últimos dois anos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

     

    “O Brasil sem Miséria é hoje o plano social mais focado, mais amplo e mais moderno do mundo”, disse a presidenta, durante a solenidade, que teve a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O plano Brasil sem Miséria, lançado em junho de 2011, inclui a ação coordenada de 18 ministérios com a meta de resgatar os brasileiros que ainda vivem em situação de extrema pobreza.

     

    Além do Pronatec, os programas Brasil Alfabetizado e Mais Educação, do Ministério da Educação, integram o plano. Atualmente, 17,7 mil escolas públicas de tempo integral atendem crianças de famílias beneficiárias da Bolsa-Família. “Nosso desafio é garantir escola de tempo integral, alfabetização na idade certa e creche para nossas crianças e jovens da Bolsa-Família”, enfatizou Dilma.


    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Lançamento do PDE 

     

    Excelentíssimo senhor presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, excelentíssimo senhor presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, excelentíssimo senhor presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, excelentíssima ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, em nome de quem cumprimento e homenageio os meus colegas de ministério presentes, sobretudo pela generosidade que tiveram em somar esforços junto ao MEC para o anúncio dessas medidas, uma boa parte das quais interministeriais como vocês puderam constatar, senhores senadores, senadoras, deputados, deputadas, educadores, reitores, diretores de Cefets, de escolas técnicas e agrotécnicas, secretários estaduais e municipais de educação, prefeitos e governadores presentes:

     

    Eu vou tentar em trinta ou quarenta minutos, foi o prazo destinado para essa apresentação, provavelmente fazer aquilo a que vou dedicar toda a minha vida. Que é explicar e ajudar a executar em qualquer circunstância, como professor ou como ministro o PDE. Para facilitar a exposição, eu gostaria de inicialmente fazer referências a uma série de medidas interministeriais que foram tomadas, nas quais eu não vou me deter por muito tempo, ao longo da apresentação, mas sem as quais este plano de desenvolvimento não seria o mesmo. Faço referência, por exemplo, ao esforço do Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Ministério das Comunicações. E se somar o Ministério da Educação que põe a tarefa de implantar nas escolas públicas os laboratórios de informática, que sem a conectividade que o Gesac vai propiciar, sem os conteúdos educacionais digitais que essa parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia vai propiciar, não teria a mesma serventia que terão em função desse arranjo de forças. Faço referência às portarias que foram assinadas com o Ministério da Saúde. Se queremos educação de qualidade, precisamos integrar as escolas públicas ao programa Saúde da Família, precisamos deflagrar, como fizemos com o Brasil Sorridente, o programa Olhar Brasil que vai garantir exames oftalmológicos para as crianças das escolas públicas e para os jovens e adultos do Brasil Alfabetizado.

     

    Se queremos a escola pública de tempo integral, temos que somar esforços com o Ministério da Cultura, o Ministério do Esporte, o Ministério do Desenvolvimento Social, para que possamos integrar as ações do governo federal e ajudar os municípios e os estados a integrarem as suas ações no âmbito local, para fazer com que a criança permaneça por mais tempo sob a responsabilidade da escola, em atividades extraclasse.

     

    Se queremos melhorar a infra-estrutura das escolas, precisamos somar esforços com o Ministério do Esporte e elencar critérios objetivos para construção de quadras poliesportivas, sobretudo naquelas localidades onde a infra-estrutura para a prática do desporto deixa muito a desejar.

     

    Se queremos uma educação de qualidade, precisamos contar com o BNDES, que acaba de aprovar créditos no valor de R$ 600 milhões, para, sendo generoso, renovar a frota de veículos escolares do Brasil. Eu digo sendo generoso, porque alguns veículos que estão deslocando as crianças das suas residências para as escolas são absolutamente inapropriados para isso. Nós precisamos e fizemos isso com a ajuda do Ministério das Cidades, com o Ministério do Desenvolvimento Econômico, a quem agradecemos a especificação de um veículo seguro para o transporte de crianças que vai possibilitar, com esses créditos do BNDES, a renovação de toda a frota circulante hoje no país em dez anos. Permitindo que ao final desse período, a frota que estiver sendo comprada agora tenha recursos de financiamento para sua contínua renovação.

     

    Nós não podemos conviver mais com crianças sendo transportadas em carroceria de caminhão, sendo transportadas em veículos sem a menor segurança para transporte de pessoas, quanto mais de crianças. Veículos que deveriam transportar cargas, muitas vezes sendo utilizados para fazer a criança chegar à escola. Isso tem que mudar, e mudar rapidamente no nosso país, se quisermos, como fizeram os países desenvolvidos, estabelecer um novo marco na educação brasileira, que inclui, evidentemente, a questão da locomoção, do acesso e da permanência das crianças na escola.

     

    Se nós pudéssemos sintetizar numa palavra, numa expressão o Plano de Desenvolvimento ora enunciado, eu diria que ele é a tradução legítima daquilo que eu e o ministro Tarso Genro, atual ministro da Justiça, e a nossa equipe que se mantém nos últimos três anos, fez questão, junto com os educadores de todo o país, de secretários municipais a reitores, defender como conceito estrutural do sistema educacional brasileiro, que vem a ser a visão sistêmica da educação.

     

    A visão sistêmica da educação que se traduz no compromisso do poder público, com todo o ciclo educacional, da creche à pós-graduação. E agora, neste dia, até mesmo com o pós-doutoramento nós estamos comprometidos, porque o Brasil perdia talentos para países desenvolvidos, porque formava doutores e não havia um programa de manutenção desses quadros de elevada competência técnica em território nacional. E graças ao ministro Sérgio Resende a ao presidente da Capes, Jorge Guimarães, nós estamos estabelecendo um programa que visa manter, mediante concessão de bolsas, o doutor colaborando com as instituições de ensino superior do país.

     

    Visão sistêmica que também se estabelece quando, pela primeira vez, nós anunciamos um programa para construção e expansão da rede de educação infantil, o Proinfância. No Brasil, nós ajudamos a construir escolas de ensino fundamental, de ensino médio, às vezes escolas técnicas, mas hoje  sabemos por todos os estudos internacionais, que se nós quisermos oferecer eqüidade no sistema de ensino, essa eqüidade se garante com a educação infantil. Essa eqüidade se garante fazendo a criança, sobretudo os filhos das famílias mais pobres do país, ter acesso à educação em tenra idade, para que as oportunidades sejam absolutamente equivalentes, e nós possamos oferecer a todos os brasileiros, rigorosamente, as mesmas condições e as mesmas oportunidades.

     

    Cito o Proinfância e o Programa de Pós-Doutorado da Capes e do NCT, para explicar o conceito de visão sistêmica que deve perpassar níveis, fases, modalidades e níveis de ensino.

     

    Nós também não abdicamos da intervenção do poder público em nenhum eixo que estrutura a educação. Da alfabetização de jovens e adultos, passando pela educação básica, profissional e tecnológica, até a educação superior, nós temos que estruturar o nosso sistema de ensino, de tal maneira a ampliar o horizonte educacional de todo brasileiro e de toda brasileira.

     

    Os pilares de sustentação desse projeto passam por financiamento adequado, passam por avaliação e responsabilização dos agentes públicos que comandam o sistema educacional, passam pela formação de professores e valorização do magistério e pela gestão e mobilização das comunidades.

     

    No campo da educação básica, o decreto mais importante que o presidente da República assina hoje é aquele que estabelece o plano de metas Compromisso Todos pela Educação. O que vem a ser esse plano de metas? Graças ao trabalho técnico elaborado pelo nosso instituto de pesquisas, o Inep, nós conseguimos conjugar dois indicadores que medem a qualidade da educação. O primeiro de fluxo e o segundo de desempenho nos exames nacionais de avaliação.

     

    Sobre fluxo, senhor presidente, eu gostaria de dizer que nós temos que desmontar duas indústrias que se criaram no país. De um lado a indústria da repetência, e de outro, a indústria da progressão automática. Nenhuma das duas nos interessa. Nós temos que criar um sistema desenvolvido de educação, pelo qual todos os alunos progridam, mas progridam aprendendo. Obtendo competências e habilidades compatíveis com a sua idade, para que nós não observemos mais o que tem sido a regra da criança chegar ao quarto ano, à quarta série do ensino fundamental sem aquelas competências mínimas para a sua idade, como saber ler e escrever, saber as operações matemáticas próprias da sua idade. Situação com a qual nós não podemos conviver mais. Queremos a progressão dos alunos, mas aprendendo de acordo com as suas possibilidades. Respeitada a sua idade, respeitado o seu sistema educacional, respeitadas até a cultura e a tradição da sua escola, mas sem perder de vista que o foco da escola é o aprendizado. É lá que se ensina, é lá que se aprende. E o resgate simples desse conceito talvez seja o conceito mais revolucionário desse plano de desenvolvimento da educacional. Fazer da escola o que ela nunca poderia deixar de ter sido, que é a igreja do saber. O local onde as crianças vão aprender, e vão se emancipar como indivíduos. É na escola, com ajuda das famílias, com a ajuda inestimada dos professores e dirigentes educacionais, com apoio dos governos locais e regionais, que essa construção se tornará possível.

     

    Eu gostaria de fazer uma referência à questão do financiamento. Nós estabelecemos um indicador de desenvolvimento da educação básica para todos os sistemas municipais do país. E o que se constata, senhores, é que não se encontra uma única cidade pobre, dentre aquelas com melhores indicadores de qualidade, não se encontra uma única cidade rica, dentre aquelas com os piores indicadores da qualidade. Portanto, àqueles que insistem em dizer que o volume de investimento na área da educação é o suficiente, a eles eu convido: estudem o trabalho e a radiografia feita pelo Ministério da Educação, pelo seu instituto de pesquisa, e vocês vão verificar que os municípios mais pobres desse país dependem, vigorosamente, da ação do governo estadual e do governo federal para promoverem a qualificação dos seus sistemas.

     

    O fato que nos chamou a atenção, é que dos mil municípios com os piores indicadores de qualidade, praticamente nenhum teve acesso a transferências voluntárias do FNDE. O que significa dizer que esses municípios muitas vezes sequer têm a capacidade técnica de responder a uma resolução do Ministério da Educação. E eu tenho dito, presidente, que se esses municípios não vêm a Brasília, se esses municípios não vêm ao MEC, é o MEC que tem que ir a esses municípios.

     

    Graças ao apoio da Unesco, oitenta consultores estão sendo contratados, e serão capacitados pelo Ministério da Educação, e farão uma verdadeira caravana da educação neste país, visitando cada um desses mil municípios, que o ministério quer ver atendidos daqui a doze meses. Nós estamos às vésperas do Dia Nacional da Educação, que é o dia 28 de abril. Nós estamos assumindo um compromisso de que no dia 28 de abril de 2008, daqui a um ano, no Dia Nacional de Educação, nós estaremos comemorando a assinatura de pelo menos mil planos de ação articulada plurianual com os municípios mais pobres deste país.

     

    Além disso, cada escola pública deste país também terá o seu indicador de qualidade. Esse indicador que vai variar de zero a dez, vai estabelecer metas para cada escola e para cada sistema educacional.

     

    Nós sabemos pela experiência que quanto pior a situação é relativamente mais fácil melhorar. Quem sai de um patamar muito elevado precisa fazer um esforço muito grande para conseguir uma melhora adicional. Quem sai de um patamar muito inferior, se contar com apoio técnico e financeiro da União, consegue despertar o seu sistema para a qualidade. Nós queremos, nos valendo do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), premiar as escolas que cumprirem as suas respectivas metas. De maneira que a escola, se tem um indicador de zero a dez em um ponto e a sua meta de um e meio para o ano de 2007, essa escola vai receber um adicional, não é punição, um adicional no seu PDDE, a partir de 2008, de 50% do valor.

     

    E se a escola for rural, não tendo feito a Prova Brasil, que é o exame aplicado em escolas públicas urbanas, todas receberão esse adicional. Porque no caso da educação no campo, antes de cobrar, senhor presidente, nós temos que estender as mãos. Nós temos que fazer chegar a essas escolas, por um bom tempo, os recursos financeiros necessários para equipá-las, para tornar a sua infra-estrutura digna do recebimento de professores e alunos, para garantir as condições mínimas e adequadas para que aquele estabelecimento receba digtitle_aliasnte o nome de escola pública. Nós precisamos garantir isso, independentemente de metas, porque a educação no campo será uma das prioridades do Ministério da Educação. E não é por outra razão que o Proinfo, que é o programa de laboratórios de informática, está sendo modificado e criado o Proinfo Rural. Se estamos falando em inclusão digital, temos que falar de inclusão digital também no campo, e não só na cidade. O transporte escolar com a ajuda do BNDES; o Brasil Alfabetizado, que vai recrutar professores da rede pública para se tornarem professores alfabetizadores, sobretudo no campo, onde está o brasileiro não- alfabetizado; e a parceria com o Ministério das Minas e Energia que se comprometeu a priorizar, no âmbito do programa Luz para Todos, a conexão de todas as escolas públicas à rede elétrica. O que vai ser possível com essa mudança e priorização que foi acatada pelo ministro Silas Rondeau. Nós temos ainda 1,5% das nossas crianças em escolas sem energia elétrica. São 18 mil escolas, o número assusta, mas é 1,5 % da matrícula. Mas nenhum aluno pode permanecer numa escola que não esteja minimamente equipada para receber equipamentos que o Ministério da Educação passa a destinar, como é o caso tanto dos laboratórios como do programa TV Escola e DVD Escola.

     

    Eu já me referi ao programa Mais Educação, que tem a intenção de aumentar a jornada, sob a responsabilidade da escola, das crianças das escolas públicas.

     

    A Provinha Brasil, que já foi discutida na imprensa no último mês. A idéia de que nenhum aluno possa chegar aos oito anos sem saber ler e escrever. Portanto, nós estamos rompendo com o ciclo que não tem solução. Um ciclo que apura as competências adquiridas pelo aluno só aos 10 ou 11 anos de idade, situação em que há pouco a se fazer. Nós temos que acompanhar o processo de alfabetização com todo respeito à idade da criança, mas a partir dos seis anos, para garantir que aos oito todos estejam alfabetizados, e aos dez todos sejam capazes de atender aos requisitos mínimos de qualidade, expressos nas matrizes dos exames de avaliação nacional.

     

    Dentro desse contexto, entra também em parceria com o Centec e o Itaú Cultural uma encomenda do presidente de muito tempo, a olimpíada Escrevendo o Futuro da Língua Portuguesa.

     

    A implantação, já referida pelo presidente, dos mil pólos da Universidade Aberta. Eu gostaria de divulgar, senhor presidente, que o segundo edital foi respondido por nada menos do que 800 municípios. Ou seja, no primeiro edital, nós tivemos 400 propostas, 300 das quais aprovadas e com previsão de início de atividade em 2007. No segundo edital, nós obtivemos a resposta de 800 municipalidades, para selecionar 200 pólos a cada ano. Daqui, até o final do seu mandato, para que nós tenhamos os mil pólos instalados. E cada professor de educação básica deste país filiado a uma universidade pública federal, estadual ou municipal. Garantindo a formação inicial e continuada permanente para o nosso magistério. O que evidentemente se soma à iniciativa de fixação do Piso Nacional do Magistério, que já se encontra no Congresso Nacional, e que certamente será aperfeiçoado pelos deputados e pelos senadores.

     

    O presidente também fez referência às ações no âmbito da educação especial, na construção das salas de equipamentos adequados para recepção desses alunos. Que são as salas de recursos multifuncionais. São 400 salas multifuncionais por ano. A eletrificação das escolas públicas, a que eu já me referi. A Gesac, a que eu já me referi.

     

    Editais de conteúdos digitais. Sobre isso eu gostaria de um breve esclarecimento. Muitas vezes um pesquisador faz um estudo e chega à conclusão de que um computador na escola não ajuda o desempenho, o que muito provavelmente é verdade. Mas nós temos hoje segurança em dizer que a inclusão digital na sua inteireza inclui o laboratório de informática, a conexão com a internet e o acesso a conteúdos digitais educacionais. Nós não temos mais a menor dúvida de que se impacta muito favoravelmente à qualidade da educação básica, como vai ser constatado a partir da divulgação de um estudo, que já está pronto, do Inep, demonstrando essa correlação. O Proinfância, que são as creches financiadas pelo governo federal. O programa A Caminho da Escola, que eu também já falei. O PDDE.

     

    No caso da alfabetização, nós estamos fazendo uma mudança muito significativa no desenho do Brasil Alfabetizado. O que nós queremos daqui para frente é que os professores da rede pública sejam os professores alfabetizadores.

     

    Do nosso magistério na zona rural, 62% estão em regime de 20 horas. É na zona rural que se encontra o público por excelência do Brasil Alfabetizado. Se nós conseguirmos recrutar esses professores da rede pública, e no contraturno formar uma turma de jovens e adultos de alfabetização, nós vamos garantir várias coisas simultaneamente. Pelo menos três. A primeira delas: fazer o Brasil Alfabetizado chegar àquele que mais necessita do programa. Em segundo lugar: remunerar mais adequadamente os professores que vão ser bolsistas da União, a partir da sua adesão ao programa. E em terceiro lugar, nós vamos permitir a capacitação desses professores, não apenas para a alfabetização de jovens, mas também para a alfabetização das crianças. Uma vez que é nessas mesmas localidades que a taxa de analfabetismo de crianças de 10 a 15 anos é superior a de todo o país. São três subprodutos importantes desse redesenho do Brasil Alfabetizado.

     

    A meta do Brasil Alfabetizado é credenciar 100 mil professores bolsistas, que receberão, em conta corrente própria desses professores, a bolsa prevista no programa.

     

    Na hora da educação profissional, presidente, o senhor fez menção a 150 cidades-pólo que serão anunciadas hoje. Eu quero lhe dizer, presidente, com toda a segurança, serão sete ministérios envolvidos na definição dessas cidades. Governadores, secretários estaduais, secretários municipais consultados para definição dessas cidades. O senhor poderá até ser, injustamente, acusado de ter esquecido algum município. Mas eu quero dizer que jamais alguém vai poder dizer que o senhor esqueceu do Brasil na área da educação profissional.

     

    O senhor assume a Presidência da República em 1° de janeiro de 2003, com 140 escolas técnicas instaladas. E eu lembro ao senhor que a primeira foi instalada em 1909 por Nilo Peçanha. De 1909 a 2002, o governo federal instalou 140 escolas técnicas no país. O senhor deixará como legado do seu segundo mandato, contando com o plano de expansão do primeiro, 354 escolas técnicas federais. São 64 escolas técnicas que ficarão prontas até 2007, e de 2008 até 2010, outras 150 escolas técnicas. Não, são 140 mais 214. Não estou tão bom na tabuada.

     

    Ainda no que diz respeito à educação profissional, nós estamos relançando o Proep, o Proep 2, que mantém o nome, mas muda o caráter do Proep 1. Que é o fato de estarmos apoiando as redes estaduais de educação profissional, sobretudo no que diz respeito à integração da educação de ensino médio com a educação profissional.

     

    Nós estamos remetendo para o Congresso Nacional o aperfeiçoamento da LDB. Nós queremos fortalecer o ensino médio propedêutico, mas por outro lado, o ensino médio integrado à educação profissional. Para isso, o Proep vai ajudar, mas o edital, lançado pela Seed, que cria uma espécie de universidade aberta do Brasil de nível médio integrada à educação profissional, vai permitir às escolas de ensino médio das periferias das grandes metrópoles um apoio da União que nunca tiveram. E nós vamos poder, nessas regiões metropolitanas, nas mesmas escolas de ensino regular, nos valermos desse equipamento, para à noite, à tarde, ou de manhã oferecer um complemento aos estudos da juventude, que vão permitir a ela uma formação geral, como é obrigação do ensino médio regular, mas também um acesso a uma profissão.

     

    E nós vamos, com isso, presidente, com toda certeza, verificar que os índices de desemprego dessa faixa etária vão cair drasticamente, porque tudo o que o jovem quer é trabalhar e para isso ele precisa de uma profissão.

     

    Além disso, nós estamos encaminhando, 30 anos depois de criada a Lei de Estágio, que é de 1977, do então ministro Ney Braga, uma reformulação completa das normas regulando o estágio. Gostaria de agradecer ao ministro Marinho, ao ministro Lupi, que assinam o projeto de lei, junto com o Ministério da Educação, encaminhado ao Congresso Nacional.

     

    Estágio é ato educativo. Estágio não é expediente de precarização de mão-de-obra no país, senhor presidente.

     

    Há vários projetos tramitando no Congresso Nacional, já fizemos uma compilação de todos os projetos, agregamos o trabalho feito pela comissão instituída pelo MEC e o Ministério do Trabalho e conseguimos chegar a um projeto de lei consensual para remetermos ao Congresso Nacional. Nós queremos promover o estágio, mas nós não queremos que o estágio seja um expediente de substituição dos trabalhadores. Nós queremos que os estudantes tenham a oportunidade de ingressar numa fábrica, num escritório, num hotel, aprender turismo, aprender contabilidade, aprender gestão, mas nós temos que tratar esses estudantes como tal. E as atividades do estágio têm que estar minimamente integradas aos currículos do ensino médio, se nós quisermos que esses alunos saiam com uma qualificação profissional.

     

    Nós estamos avançando muito na educação profissional ao integrá-la ao ensino médio, ao expandirmos a rede federal de educação profissional e, sobretudo, regulamentando a lei de estágio.

     

    Eu queria, antes de passar para a educação superior, finalizando a minha apresentação, fazer um agradecimento aos três conselhos Concefet - Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica, Coneaf - Conselho das Escolas Agrotécnicas e Condetuf - Conselho das Escolas Técnicas vinculadas às universidades federais, que representam todas as escolas técnicas, Cefets e escolas agrotécnicas do país, inclusive aquelas vinculadas às universidades. Nós, a muitas mãos, criamos um novo conceito pedagógico da educação profissional que é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Nós queremos, senhor presidente, que essas 150 novas escolas tenham um novo perfil acadêmico, um perfil que atenda à educação básica, um perfil que forme professores, sobretudo nas áreas de física, química, biologia e matemática para a rede pública de ensino regular e que tenha um compromisso com a educação tecnológica de nível superior, mas montada para os novos arranjos produtivos locais.

     

    Eu agradeço a participação dos diretores aqui presentes na formatação do decreto que cria um novo modelo de educação profissional que é o Ifet, e que eu tenho certeza que vai ser saudado por especialistas em educação profissional e por cientistas de todo o país que reclamam há muitos anos de um apoio mais enfático do governo federal na área da formação científica e da divulgação científica.

     

    Na área da educação superior, os desafios não são menores, nós, em parceira com a Andifes, eu cumprimento o reitor Paulo Speler, presidente da Andifes aqui presente, resolvemos encarar um desafio enorme, reitor, que é o de reestruturar do ponto de vista acadêmico as nossas instituições para que possamos cumprir esse desafio colocado pelo presidente da República de acolher um número muito maior de jovens brasileiros nas nossas universidades.

     

    Nós estamos criando um colchão orçamentário para cada instituição de 20% de seu orçamento total para financiar esses projetos de reestruturação e expansão, cujos objetivos centrais são flexibilidade curricular, aproveitamento de créditos, mobilidade estudantil, cursos noturnos, assistência estudantil para garantir a permanência dos jovens de baixa renda nas nossas universidades, uma visão mais larga do que é a graduação, evitar a profissionalização precoce dos nossos jovens para que eles possam ter uma formação geral robusta antes de escolher uma profissão.

     

    A Andifes teve um papel destacado na formatação desse decreto e eu tenho a certeza de que nos próximos anos nós vamos poder ampliar e muito o acesso à educação superior pública de qualidade da nossa juventude que vai contar, além da expansão da universidade pública federal, com mais bolsas do programa Universidade para Todos por uma simples modificação da lei do Fies.

     

    Eu quero esclarecer isso com alguma calma. Muitas instituições de ensino superior não aderiam aos inúmeros programas de refinanciamento de dívidas e nós fomos investigar a razão disso, por que instituições devedoras não aderiam a programas de refinanciamento de dívida ativa. E nós encontramos a resposta, é relativamente simples, essas instituições não podiam usar os títulos que recebem do financiamento estudantil para o pagamento de dívida passada, mas apenas de tributo corrente. O que essa lei encaminhada ao Congresso Nacional fará é permitir que as instituições possam usar os títulos que recebem do governo federal do Fundo de Financiamento Estudantil também no pagamento das suas dívidas pregressas que serão consolidadas a partir desse programa.

     

    Então, temos aí dois importantes programas que vão ampliar e muito o acesso à educação superior que será qualificada por esses dois programas como nós podemos verificar no último Enade, que demonstrou que os alunos do ProUni têm desempenho superior em todas as áreas analisadas do que o dos alunos pagantes, o que comprova a regra, clara ao Ministério da Educação, de que é possível, sim, compatibilizar acesso e qualidade na área educacional.

     

    Eu gostaria de dar em primeira mão, e agradeço aos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo por esse ato corajoso de confiança nas universidades federais. A área econômica resolveu reunir esforços junto com o Ministério da Educação para caminharmos um tema que é caro a nossa universidade, que é a questão da autonomia universitária. Presidente, reitor Paulo Speler, assinar um decreto que durante dois anos foi discutido no âmbito do governo, que é um decreto que recebeu a alcunha apropriada de faxina da Andifes, um decreto que remove uma série de penduricalhos que inibia o exercício da autonomia por parte das nossas instituições. E no bojo desse decreto um dado muito importante é de que todas as universidades federais vão contar, a partir de hoje, com um banco de professores, um banco de professores à prova de sucateamento, porque quando um professor se exonera ou quando um professor se aposenta nós criamos os mecanismos necessários para a reposição automática do corpo docente, evitando que as universidades passem pelo constrangimento sofrido no passado.

     

    Senhoras e senhores, é um conjunto de mais de 40 medidas, todos têm uma agenda, a hora do almoço se aproxima. Nós teremos a oportunidade de discutir detalhes pela imprensa, na Comissão de Educação do Senado, na Comissão de Educação da Câmara e no próprio Ministério da Educação de todas as questões que foram levantadas e argüidas por todos vocês que ajudaram na construção desse plano. O MEC, como sempre esteve, continuará aberto a sugestões e se nós pudermos aperfeiçoar o nosso trabalho, nós não relutaremos em admitir eventuais falhas para que esse plano possa ser abraçado por todo o país como um plano de Estado ou um plano de uma geração e não um plano de partido ou um plano de um governo. Muito obrigado, bom dia a todos.

     

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