Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • A coordenadora das Jornadas Literárias de Passo Fundo (RS) e doutora em teoria literária, Tânia Rösing, propôs nesta sexta-feira, 25, ao Fórum de Literatura na Escola, em Brasília, mudanças imediatas nos currículos de formação dos bibliotecários, “que é onde está a ferida”, e a formação inicial e continuada dos professores em leitura.

    Para Tânia Rösing, o bibliotecário precisa ser um animador cultural, o transformador da realidade, o catalizador das ações da escola. Para alcançar esse objetivo, ela sugere que o currículo dê ao estudante da graduação uma visão de trabalho com os alunos, os professores, coordenadores, diretores, servidores da escola e a comunidade e não apenas do espaço físico da biblioteca, como um cuidador de prateleiras de livros. Além da formação não dar respostas às necessidades das escolas públicas, a maioria delas não conta com um profissional. Quem cuida da biblioteca da escola, diz, é um servidor sem formação ou um professor em desvio de função, o que torna a biblioteca um dos espaços menos procurados.

    No caso dos professores, a formação em leitura tem hoje pouco peso e importância. Tânia Rösing sugere que o tema integre os cursos de formação inicial dentro das universidades e que seja parte dos cursos continuados. “O desafio é chegar a um professor com letramento literário”, porque é a leitura que forma platéias. O ideal de país, diz, é formar leitores literários em todas as áreas do conhecimento. “Professores, médicos, engenheiros que lêem são profissionais muito mais qualificados, mais completos, mais interessantes.”

    Militante do livro e da leitura, Tânia Rösing mostrou aos participantes do fórum uma foto do monumento A Árvore das Letras, que tem 13 metros de altura e está fincado numa praça no centro da cidade de Passo Fundo. Ela também disse que a população do município tem um dos índices mais altos de leitura do país, em média 6,5 livros por habitante ao ano, muito próximo dos índices da França e três vezes maior que a média brasileira.

    Conquista e frustração – A especialista em literatura infantil e professora da Universidade Federal de Goiás (UFGO), Maria das Graças Castro, apresentou um panorama do projeto Leia, Goiânia, desenvolvido na capital entre 2001 e 2004. O projeto partiu de uma pesquisa feita entre os moradores da cidade que apontou o esporte como a primeira opção de lazer e a leitura a segunda. Em quatro anos, uma parceria entre a UFGO e a prefeitura reformulou ou construiu 98 bibliotecas escolares, num universo de 154 escolas da rede.

    O projeto fez reforma da estrutura física, do mobiliário e dos acervos e a formação de bibliotecários e de professores. O novo acervo para as escolas de educação infantil, onde Maria das Graças diz que começa o gosto pela leitura, “só tinha livros bonitos, maravilhosos, de cair o queixo, de pegar, de morder, de experimentar”. Os estudantes da educação básica e de jovens e adultos também receberam tratamento adequado. Saíram da biblioteca os livros didáticos e os dicionários, que já estavam na sala de aula, e entraram a literatura, os livros de pesquisa de todas as áreas do conhecimento e livros teóricos para os professores. Os tipos de acervos foram compostos com no mínimo 480 títulos e no máximo 2.313.

    Hoje, com a mudança do governo local, explica Maria das Graças, as bibliotecas escolares voltaram a ser salas de leitura, mas na UFGO o projeto continua como curso de extensão para a comunidade. A professora sugere que o Ministério da Educação defina diretrizes para as bibliotecas escolares que ajudem a mudar a prática de grande parte das redes.

    Dados do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) apresentados no fórum indicam que o país tem um número razoável de bibliotecas, mas apenas 2% delas têm um bibliotecário responsável. Os dados do CFB mostram a distribuição das bibliotecas pelas regiões: Sudeste, 20.608 bibliotecas; Sul, 13.330; Nordeste, 12.266; Centro-Oeste, 3.544; e Norte, 3.194.

    Recomendações – Os participantes fizeram ao final do fórum uma série de recomendações aos ministérios da Educação e da Cultura, promotores do evento. Entre as recomendações destacam-se a reintrodução do estudo da literatura nas diretrizes das escolas da educação básica; e a criação de um guia para os professores onde a biblioteca seja o cérebro da escola e o professor o mediador da leitura.

    Ionice Lorenzoni

  • O debate de temas como a nova estrutura universitária é o propósito da 20ª edição do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação (ForGrad), que tem início no domingo, dia 20, e vai até terça-feira, 22, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Durante o encontro, também será abordada a natureza jurídica das instituições de ensino superior e os resultados de fóruns regionais realizados  em anos anteriores.

    Na abertura do encontro, diante de pró-reitores de todo o País, o secretário de educação superior, Ronaldo Mota, ministrará palestra sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a expansão da educação a distância no País.

    O fórum, que comemora 20 anos de atividades, tem como objetivo formular políticas e diretrizes básicas para o fortalecimento das ações comuns às pró-reitorias de todo País, além de  contribuir para a formulação e implementação de políticas públicas de educação superior de forma articulada com órgãos govertitle_aliasntais e outros segmentos da sociedade civil.  (Assessoria de Imprensa da SESu)

  • Os desafios da TV digital no Brasil são o tema do 9º Fórum Brasileiro de Televisão Universitária, que será promovido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), de 2 a 4 de novembro, em João Pessoa. Simultaneamente, será realizada a 2ª Mostra de Produção Televisiva Universitária Brasileira.

    O fórum tem o objetivo de facilitar a divulgação da produção científica em TV digital e também promover o intercâmbio entre pesquisadores, profissionais e estudantes que trabalham no desenvolvimento da TV digital brasileira. Com caráter educacional, o encontro dá continuidade às edições de Salvador (2004), Florianópolis (2003) e Campo Grande (2002), nas quais pesquisadores, profissionais e estudantes de todo o país e do exterior trocaram conhecimentos e experiências acadêmicas e científicas.

    A Mostra de Produção Televisiva é uma atividade de extensão universitária destinada a estimular o desenvolvimento de alunos, professores e funcionários das instituições de ensino superior e a favorecer a formação do profissional enquanto cidadão em resposta às demandas sociais.

    Mais informações sobre os eventos pelo telefone (11) 3675-3975.

    Repórter: Sonia Jacinto, com informações da assessoria de imprensa da UFPB.

  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) promove, de 26 a 28 de outubro, o Fórum Estadual Educação e Diversidade Étnico-Racial, em Porto Alegre.

    O evento vai discutir desde as ações educativas em comunidades negras empobrecidas de bairros periféricos, educação anti-racista no cotidiano escolar, até fatores de superação da violência escolar. A programação conta ainda com oficinas e mesas-redondas.

    O evento vai ocorrer no Instituto Espírita Amigo Germano (Rua Santana, 1.225, Bairro Santana).

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O terceiro encontro de representantes dos Fóruns de Educação de Jovens e Adultos ocorrerá durante os dias 21 e 22 de novembro, em Brasília. No evento, que tem início às 14h, no hotel Parthenon, serão debatidos e avaliados os programas do Brasil Alfabetizado. Participam do encontro os representantes dos fóruns estaduais e regionais do programa Educação de Jovens e Adultos.

    Lançado pelo governo federal em 2003, o programa Brasil Alfabetizado visa à inclusão educacional. As inovações do Brasil Alfabetizado englobam a ampliação do período de alfabetização de seis para até oito meses; aumento de 50% nos recursos para a formação dos alfabetizadores; estabelecimento de um piso para a bolsa do alfabetizador, aumentando a quantidade de turmas em regiões com baixa densidade populacional e em comunidades populares de periferias urbanas; implantação de um sistema integrado de monitoramento e avaliação do programa; e maior oportunidade de continuidade da escolarização de jovens e adultos, a partir do aumento de 42% para 68% do percentual dos recursos alocados para estados e municípios.

    Aprendizagem – Também será debatida a realização da Semana da Aprendizagem. Este evento já acontece em outros países e o Ministério da Educação pretende organizá-lo no Brasil, em abril de 2006. Com investimento de R$ 220 milhões, a meta do programa Brasil Alfabetizado para 2005 é atender 2,2 milhões de jovens e adultos.

    Repórter: Sandro Santos

  • Garantir que os jovens concluam a educação básica já com uma profissão. Com esse objetivo, o Ministério da Educação está incentivando a adoção, por parte dos sistemas de ensino, da educação profissional técnica de nível médio integrada ao ensino médio. O tema foi debatido no Fórum do Conselho Nacional de Diretores das Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais (Condetuf), nesta quarta-feira,28, em Brasília.

    O presidente do Condetuf, Genival Alves de Azeredo, destaca que a entidade é favorável à integração das modalidades, mas aponta a necessidade de haver uma adaptação curricular e pedagógica para não ocorrer uma superposição de disciplinas e conteúdos. Outra necessidade é adequar os cursos à demanda produtiva do país. “A formação integrada possibilita ao aluno uma formação mais completa. Ele sai da escola com uma visão de mundo e com uma habilidade profissional”, disse.

    Decretos – O Decreto nº 5.154, publicado pelo Ministério da Educação em julho de 2004, resgatou a possibilidade da oferta integrada das duas modalidades de ensino. Até 1997, as escolas federais ofereciam o curso técnico integrado, o que acabou depois da edição do Decreto nº 2.208, que provocou o rompimento desta oferta e determinou a obrigatoriedade dos cursos serem oferecidos separadamente nas instituições. A adoção do ensino integrado é opcional e as escolas poderão continuar a oferecer as duas modalidades separadamente, explica Alzira de Oliveira Reis e Silva, técnica da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e representante do ministério no Fórum do Condetuf.

    O Decreto nº 5.154 resgata um modelo de ensino que existiu no Brasil por 95 anos, desde a criação das 19 Escolas de Aprendizes Artífices pelo presidente Nilo Peçanha, em 1909. A integração foi extinta em 1997, pelo Decreto 2.208, contrariando a então recém-criada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. A LDB passou a prever a nova modalidade de ensino no Artigo 36, ao afirmar que “o ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas”.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • As rápidas transformações no mercado de trabalho vêm exigindo novas posturas de educadores, alunos e profissionais em atividade. Cidadãos pouco qualificados sofrem limitações que vão além do aspecto profissional, influindo em seus direitos e na formação de sua identidade. Estas e outras questões vão reunir educadores, políticos, empresários, profissionais de nível técnico e lideranças para analisar e discutir O Mercado de Trabalho e a Formação do Profissional de Nível Técnico no Contexto dos Avanços Tecnológicos.

    A troca de idéias ocorrerá no 2º Fórum Nacional de Ensino Técnico, que será promovido pela Federação Nacional dos Técnicos Industriais (Fentec) nos dias 22 e 23 deste mês, na Câmara Municipal de São Paulo. O evento tem o objetivo de mostrar que os profissionais de nível técnico podem se diferenciar no mercado de trabalho por meio de um ensino qualificado.

    O professor Antonio Ibañez Ruiz, secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, é um dos palestrantes. Ele nota que hoje há uma grande demanda no mercado de trabalho por algumas profissões que se tornaram necessárias por conta dos investimentos cada vez mais crescentes. “Eu diria que especificamente é o caso da siderurgia, da indústria naval, do petróleo, do gás e do turismo. São os setores que mais estão investindo.”

    Com relação a cursos, o secretário destaca a pequena oferta para gemologia (parte da geologia que trata das pedras preciosas), construção naval e pesca. Ibañez destaca que o momento é muito bom para o ensino técnico e profissional. “É o ensino que mais cresce, e isso prova que o tecnólogo (estudante de graduação em áreas técnicas) está se consolidando na praça como profissional que atende às necessidades de novas profissões e trabalhos específicos, com conhecimentos, concepções de habilidades e competências adquiridas nas escolas técnicas.”

    De acordo com Wilson Wanderlei Vieira, presidente da Fentec, o 2º Fórum Nacional de Ensino Técnico traz os resultados de fóruns regionais que aconteceram em vários estados. “Há muitas solicitações de adequação das grades escolares dos cursos técnicos ao perfil de profissional procurado pelo mercado de  trabalho. A exemplo da primeira edição do evento, que aconteceu em 2004, estamos esperançosos de colher bons frutos.”

    No primeiro semestre deste ano, houve encontros regionais em diversos estados brasileiros para identificar a situação local dos profissionais de nível técnico e o mercado de trabalho. Como resultado, foram elaborados manifestos com reivindicações e sugestões para melhoria do ensino técnico de cada região. No encerramento do fórum nacional, esses documentos serão analisados e seus pontos principais, agregados a um único manifesto.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Belo Horizonte (MG) será a sede, nesta quarta e quinta-feira, dias 3 e 4, do I Fórum Estadual de Ensino Técnico. O evento pretende discutir a melhoria desse nível da educação por meio de modificações nas grades curriculares dos cursos, de acordo com os avanços tecnológicos e as novas exigências do mercado de trabalho.

    A expectativa dos organizadores é reunir 300 participantes, entre representantes dos poderes Legislativo e Executivo, empresários do setor industrial, educadores e estudantes.

    Formação – O Ministério da Educação será representado pela diretora de Política e Articulação Institucional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Ivone Maria Elias Moreyra, que vai participar da abertura do encontro e também de um painel sobre formação profissional.

    O evento, promovido pela Associação de Ensino Técnico de Minas Gerais (AET-MG) e o Sindicato dos Técnicos Industriais de Minas Gerais (Sintec-MG), com apoio do Ministério da Educação, será realizado no Golden Tower Hotel, na Rua Rio Grande do Norte, 1.015, Savassi. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3337-3140.

    Repórter: Rodrigo Farhat

  • As câmaras temáticas do Fórum das Estatais pela Educação põem em debate, nesta quarta-feira, dia 9, os temas mestrado profissionalizante e cursos de especialização (lato sensu). O encontro tem início às 10h30, na Sala de Atos, no nono andar do edifício-sede do Ministério da Educação.

    O Fórum das Estatais pela Educação é um espaço de diálogo, discussão e busca de consenso. Os debates, realizados regularmente, têm como propósito definir um conjunto de ações para a solução de problemas e aproveitamento de oportunidades.

    Segundo o secretário-executivo do fórum, Ronaldo Mota, titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), as estatais são parceiras fundamentais para a constituição de um ambiente de pleno potencial articulador e executor na gestão pública. “Elas se constituem nos alicerces da conexão do Estado com a estrutura produtiva da nação”, afirmou. (Assessoria de Imprensa da Seed/MEC)

  • Os programas desenvolvidos pelo Ministério da Educação para elevar a qualidade da educação básica - a exemplo do Formação de Leitores nas Escolas, Pró-Formação, Fundamental de Nove Anos, a nova política dos dicionários e outros - foram detalhados nesta quinta-feira, 5, pela professora Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). A diretora do MEC foi uma das palestrantes no painel Aprendizagem e Cidadania, do 10º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, promovido pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Estes projetos são determinantes para alcançar a qualidade social da educação, disse a diretora. "Como a Política Nacional de Educação Infantil, incluindo o nosso trabalho proposto para este ano, que é o credenciamento e a integração das creches ao sistema de ensino", concluiu.

    Jeanete comentou que o programa de Formação de Leitores nas Escolas visa à criação de centros de leitura nas instituições de ensino. "Centros de leitura que propiciem a formação de alunos leitores, e vamos trabalhar também na formação dos professores como mediadores de leitura." Outro programa que está sendo implementado pelo ministério é a nova política dos dicionários, que agora são adequados aos níveis escolares e faixa etária dos alunos.

    Prioridade- Os programas de formação inicial e continuada foram abordados pela diretora como sendo os principais no conjunto de melhoria da qualidade do ensino. É o caso do Pro-Infantil, que visa à formação de cerca de 37 mil professores em exercício, que não têm a habilitação mínima exigida por lei. O programa será operacionalizado já em agosto deste ano, em seis estados, disse Jeanete.

    A professora também destacou o programa Pro-Formação, que tem a mesma linha e é voltado para a formação de professores de primeira a quarta série, do nível médio, na modalidade normal.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O Fórum das Estatais pela Educação vai debater, na próxima segunda-feira, dia 2 de maio, a criação da Fundação de Apoio à Universidade Aberta do Brasil, iniciativa conjunta do fórum, do Ministério da Educação e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

    O encontro, a partir das 9h, no Hotel Bonaparte, em Brasília, pretende constituir-se em um espaço de diálogo e articulação das políticas públicas de educação promovidas pelo governo federal, especialmente pelo MEC e por empresas estatais. As ações vão subsidiar políticas educacionais de inclusão e justiça social.

    O fórum propõe a criação de uma fundação, sem fins lucrativos, a Fundação de Apoio à Universidade Aberta do Brasil, a ser composta por representantes das empresas estatais e demais entidades e instituições. Segundo o titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, a fundação tem, entre outros objetivos, o de estruturar e implantar o programa de bolsas de pesquisa em educação aberta e a distância, que permitiria a consolidação de uma comunidade de pesquisadores em tecnologia da informação e comunicação aplicada à educação.

    A fundação também pretende articular a formação de consórcios de universidades públicas que atuem em todo o país, prioritariamente na modalidade a distância. Outro propósito é estabelecer estratégias para viabilizar a Universidade Aberta do Brasil.

    Consórcios - "A fundação, como iniciativa do fórum, possibilitará importante papel das empresas estatais no estabelecimento, financiamento e organização de futuros consórcios públicos a serem criados entre União, estados e municípios", destacou o secretário. "Serão proporcionadas atividades de ensino a distância em todo o território brasileiro."

    Ronaldo Mota salientou que entre os atributos da universidade aberta estão a base em educação a distância e tecnologias de informação e comunicação de aprendizagem flexível; a aprendizagem individualizada ou personalizada; a estrutura organizacional simples, pequena e ágil e o compromisso com a excelência e a eficiência. (Assessoria de Imprensa da Seed)

     

  • Representantes de escolas e lideranças caingangues, xoclengues e guaranis de Santa Catarina participam nesta terça-feira, 24, e quarta-feira, 25, em Itapema (Vale do Itajaí), do Fórum Políticas de Educação Escolar Indígena, promovido pela Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia do estado. O objetivo é elaborar documento com a proposta catarinense de regulamentação da educação indígena por meio da garantia de um currículo diferenciado, que amplie o acesso do aluno índio a uma educação específica, diferenciada, bilíngüe e intercultural e também garanta sua permanência na escola.

    O documento servirá como base para resolução a ser aprovada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) até o segundo semestre deste ano. A proposta resulta de debates realizados desde o ano passado entre instituições públicas e os povos indígenas do estado.

    Projeto — A proposta de resolução abrange a implementação de um projeto político-pedagógico com um currículo diferenciado e formação específica dos professores índios. De acordo com o Censo Escolar de 2004, as 29 unidades escolares indígenas reúnem 150 professores para cerca de 1,7 mil alunos. No calendário escolar, podem ser mantidas as 800 horas mínimas. No entanto, os dias letivos serão decididos conforme a necessidade de cada comunidade, Serão considerados os dias culturais e religiosos de cada etnia, respeitadas as especificidades.

    De acordo com o documento, as normas de organização escolar serão únicas para as três etnias do estado, mas devem respeitar o patrimônio cultural de cada uma. “Cada povo tem seu jeito de pensar, sua cultura, sua língua e formas de organização, como trabalho, lideranças, tempo, espaço e instâncias de decisões que precisam ser respeitados”, explicou a coordenadora do Núcleo de Educação Indígena da secretaria, Jane Motta. “Apesar de os povos indígenas compartilharem de algumas características comuns e do fato de as unidades escolares já terem avançado razoavelmente em Santa Catarina, cada povo tem sua própria identidade, modo de organização e sua visão de mundo específica.” (Assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina)

  • Certificação digital na educação e distribuição e inclusão digital por meio do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) foram os temas apresentados pelo Ministério da Educação no penúltimo dia do 8º Fórum Internacional de Software Livre (FISL8.0), que começou nessa quinta-feira, 12, e termina no sábado, 14, em Porto Alegre. O fórum, considerado um dos maiores eventos da área no mundo, tem como objetivo promover o uso e o desenvolvimento do software livre como alternativa de liberdade de expressão, econômica e tecnológica.

    Segundo o gerente de projetos de informática do MEC, Elmer Oliveira, o projeto de certificação digital vai permitir de forma simples e fácil que os programas existentes no país incorporem esta nova tecnologia em qualquer plataforma, em software livre. “O MEC deverá liberar, a partir de setembro, o programa gratuitamente para quem desejar implantar o certificado digital”, informou.

    Em relação ao ProInfo, o coordenador do programa da Secretaria de Educação a Distância do MEC, José Guilherme Ribeiro, apresentou os números, comparando-os com as ações mundiais desta natureza, justificando as escolhas de ação do ministério e apresentando a nova distribuição do sistema operacional educacional do ProInfo, que contém vídeos educacionais, textos literários de domínio público, entre outras vantagens.

    Ribeiro disse ainda que, desde 1997, quando o ProInfo iniciou suas atividades, cerca de 135 mil máquinas foram entregues pelo MEC a instituições públicas de ensino de todo o país, universalizando o atendimento a todas as escolas públicas de ensino médio. Ele apresentou, também, a estratégia do governo federal de, a partir deste ano, focar o atendimento nas escolas rurais e de ensino fundamental, que deverão ser atendidas totalmente até 2010. Somente este ano, 120 mil computadores vão ser adquiridos para compor 120 laboratórios destas escolas de informática.

    Fórum — O evento Software Livre Brasil reuniu instituições nacionais públicas e privadas, grupos de usuários, peritos em programação e ONGs. O projeto investe na produção e na qualificação a partir de um novo modelo de desenvolvimento sustentado e de uma nova postura, que insere a questão tecnológica em um mundo com inclusão social e igualdade de acesso aos avanços.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Alfabetização e Letramento foi o tema da segunda conferência magna realizada no 2º Fórum Nacional Extraordinário da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) nesta quarta-feira, 24, em Brasília. Telma Ferraz Leal, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e membro do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (Ceel), do Centro de Educação/UFPE, e Elvira Souza Lima, consultora em alfabetização e letramento, fizeram apresentações.

    Telma Ferraz Leal diferenciou os conceitos de alfabetização (processo de apropriação do sistema alfabético de escrita) e letramento (conjunto de práticas de uso de diferentes materiais escritos) e afirmou que o sucesso na aprendizagem da língua portuguesa depende do desenvolvimento de ambos. Segundo a professora da UFPE, há diferentes tipos de letramento, como o adulto que compra um jornal para que outra pessoa o leia para ele ou a criança que brinca de ler um livro para alguém: ambos não dominam a escrita, mas se relacionam com ela de alguma forma.

    A polêmica sobre o uso dos métodos sintético – parte do ensino da unidade menor (letra, fonema ou sílaba) para o todo; analítico – parte do sentido global da escrita (texto, frase) para unidades menores (palavras, sílabas, letras, fonemas); ou analítico-sintético (combinação dos dois métodos) –, segundo Telma, é uma discussão sem sentido. Para ela, o importante é que as unidades lingüísticas sejam objeto de reflexão na medida em que compõem o texto. O aluno precisa entender que a escrita tem relação com o som em um texto que faça sentido para ele. “Ser alfabetizado não é suficiente, é preciso tempo para consolidar a alfabetização. Para isso, é preciso trabalhar com leitura e escrita”, diz. Os textos devem ter relação com a vida do aluno para evitar estranhamento.

    Desempenho – Para Telma Ferraz, a polarização entre metodização ou desmetodização do ensino da língua portuguesa não encontra soluções para o mau desempenho no aprendizado apontado pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb/Inep 2003), segundo o qual 54% dos alunos de 4a série têm desempenho crítico ou muito crítico em leitura. O importante é garantir tempo para o aprendizado da relação entre sons e escrita (consciência fonológica), leitura e produção de texto. A qualidade dos materiais didáticos, da formação inicial do professor e de suas condições de vida e trabalho é fundamental para a qualidade do aprendizado da leitura e escrita.

    Para a consultora Elvira Souza Lima, na ampliação atual da alfabetização no Brasil, mais importante do que entender como a criança aprende é explicar o que acontece quando a criança não aprende. “A aquisição de leitura e da escrita está relacionada ao desenvolvimento da capacidade simbólica do ser humano. A escrita é realização relativamente recente na história da humanidade”. Segundo a consultora, leitura e escrita não se desenvolvem naturalmente, como a fala, e envolvem funções diferentes do cérebro. Ao contrário da fala, determinada geneticamente, leitura e escrita se aprendem. As dificuldades se devem, muitas vezes, ao fato de várias aprendizagens sobre o código escrito ficarem fragmentadas, não constituindo redes neuronais na memória.

    Memórias – A criança não faz relações entre diferentes conhecimentos que têm sobre a escrita e a leitura e não se alfabetiza. “Algumas memórias são imprescindíveis para desenvolver o conhecimento escolar, outras menos importantes”, diz. O desafio é saber desenvolver, com atividades pedagógicas e culturais, as redes de neurônios do cérebro para que o aluno faça as conexões para ler e escrever. Para Elvira, professores e especialistas têm potencial para fazer isso após conhecer o processo de desenvolvimento da criança. “Como funciona a memória, como ocorre o desenvolvimento da função simbólica, como o cérebro se desenvolve e como o processamento da linguagem ocorre no cérebro”, explica.

    A universalização do ensino e da escrita são fatos recentes na história. Se após a universalização da escola o Brasil enfrenta o desafio da universalização da escrita, diz Elvira, é positivo que muitos sistemas de ensino busquem com afinco a solução para as crianças que não aprendem: “O professor e o gestor brasileiros não desistem”, acredita. Mas o grande esforço dos profissionais da educação se ressente da ausência de registro das suas experiências. É fundamental, segundo ela, que os sistemas de ensino estimulem o registro pedagógico das experiências nas escolas, para que os profissionais da educação possam refletir sobre suas práticas e aprimorá-las.

    Adriana Maricato

  • O Senac São Paulo, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie, realiza na próxima terça-feira, 12, o 3º Fórum de Educadores com o tema Educadores: Inclusão e Exclusão. Professores das três instituições discutirão sobre os rumos da educação inclusiva, sensibilizando e mostrando como as escolas devem se preparar para receber alunos com deficiências.

    Segundo o educador Mário Costa Valle, um dos palestrantes do evento, para que a inclusão se concretize é preciso que as instituições educacionais tenham os recursos essenciais. "Se não existir preparação dos professores e dos funcionários, salas de apoio, intérprete da Língua Brasileiras de Sinais e profissionais multidisciplinares, entre outros, não haverá inclusão, somente inserção. A inclusão requer muito mais do que boa vontade", afirma.

    Práticas - A parceria entre as instituições do fórum - realizado desde 2004 - tem como objetivo reunir educadores, estudantes e pessoas interessadas em educação para promover discussões sobre práticas pedagógicas. Esses encontros contam com especialistas para debater temas atuais da área e ainda constituem um espaço para que os participantes possam expor conceitos, projetos, idéias e opiniões.

    O evento é gratuito e acontece no Senac Consolação, localizado à rua Dr. Vila Nova, 228. Informações e inscrições pelos telefones (11) 3236-2050 ou 3236-2080. ((Edmilson Freitas - estagiário de jornalismo/MEC)

     

  • A terceira conferência magna do 2o Fórum Nacional Extraordinário da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) nesta quinta-feira, 25, em Brasília, teve como tema as diretrizes curriculares nacionais de educação infantil e de ensino fundamental. Maria Beatriz Luce, membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE) e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Miguel Arroyo, professor titular emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e consultor do MEC, fizeram apresentações sobre o assunto.

    Maria Beatriz Luce mostrou a estratégia do CNE para a mobilização de secretarias de educação e escolas na revisão dos currículos do ensino fundamental: “Queremos impulsionar o movimento para ampliar o direito à educação e o dever com a educação”, disse. Segundo ela, as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e Ensino Fundamental serão revistas este ano. As diretrizes atuais estão defasadas – foram elaboradas após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases, de dezembro de 1996.

    A progressiva obrigatoriedade da matrícula das crianças de seis anos no ensino fundamental de nove anos a partir deste ano exige mudanças nos currículos de educação infantil – que irá até cinco anos de idade – e do ensino fundamental. “Incluir as crianças de seis anos é um desafio complexo do ponto de vista pedagógico”, afirma. Nesse processo de revisão, ela entende que a comunidade escolar deve ter papel protagonista.

    Currículo – Para Miguel Arroyo, o currículo é o núcleo central da escola e tudo – tempo, espaço, avaliação – gira em torno. Ele considera que os currículos são cientificistas – organizam informações de várias áreas de conhecimento – mas ignoram o fundamental, que são os tempos de vida dos educandos e as dimensões da educação – ética, estética, corpórea. “Quase todas as escolas têm projetos. Eles interrogam o currículo, mas, às vezes, não cabem nele e são marginalizados. E não faz sentido chegar nas escolas propondo repensá-los. O movimento que questiona o currículo existe na escola, precisamos captar a dinâmica para gerir sistemas de ensino”, afirma.

    Segundo Arroyo, é importante que a revisão das diretrizes curriculares se aproprie desta concepção dinâmica que considera não a organização de coisas – disciplinas, tempos, espaços, equipamentos, materiais – mas a administração de tempos de vida dos educandos. Os currículos para a infância, a adolescência e a juventude precisam, de acordo com ele, se basear nas características de aprendizado de cada fase da vida. “Um tempo não prepara o próximo, mas é vivido plenamente. Temos que trabalhar respeitando a especificidade de cada tempo”, acredita.

    Como exemplo da inadequação de currículos para cada tempo de vida, Arroyo cita o caso de um adolescente que não sabe escrever: em vez de ser retido em classe com crianças mais novas que estão aprendendo a ler e escrever, esse adolescente precisaria de um currículo para pessoas da sua faixa etária que precisam ser alfabetizadas. “Será que um currículo universal é a melhor forma para educar situações diferentes e a grande diversidade dos educandos?”, questiona Arroyo.

    Adriana Maricato

  • O Fórum Tecnologia para Educação será realizado nos dias 26 e 27, em São Paulo. O evento, organizado pelo International Business Communications (IBC), vai discutir e analisar novas tecnologias para educação e novas propostas do setor. Estarão reunidos executivos de instituições de ensino privadas, consultores da área de educação, profissionais especializados e acadêmicos, órgãos do governo e fornecedores de tecnologia para educação de todo o país.

    O fórum vai abordar as maiores dificuldades encontradas na gestão de instituições de ensino, programas para modernizar a educação com o auxilio das ferramentas tecnológicas, aumento da competitividade no mercado e eficiência administrativa.

    Os assuntos tratados estarão divididos em Panorama Internacional e Brasileiro do Setor de Educação, Tecnologia como Instrumento de Gestão do Negócio, Tecnologia como Instrumento do Processo de Ensino e Aprendizagem no Formato Presencial e a Distância.

    O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Ronaldo Mota, participará das discussões sobre o cenário da tecnologia na educação privada brasileira na seção Panorama Brasileiro. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A Coordenação de Informática e Telecomunicação (Ceinf/MEC) vai apresentar aos participantes do 8º Fórum Internacional Software Livre, entre os dias 12 e 14 deste mês, na Fiergs, em Porto Alegre (RS), o Certificado Digital da Educação. O entendimento é de que o uso de certificados digitais é praticamente imprescindível.

    Segundo o gerente de projetos da Ceinf, Elmer Oliveira, o projeto tem o objetivo de gerar soluções que permitam incorporar aos softwares existentes, de forma fácil e transparente, a tecnologia de certificação digital. “Sua meta é prover por meio do uso de software livre uma larga escala de disseminação da tecnologia de certificação digital”, destacou Oliveira.

    A iniciativa visa criar um centro de excelência em certificação digital, capaz de promover soluções em certificação digital, auditoria e homologação para os mais diversos níveis de sistemas, além de possibilitar o rastreamento, recuperação e validação de documentos assinados digitalmente.

    Fórum — Considerado o ponto de encontro para se discutir os aspectos relacionados ao uso de software livre, o Fórum Internacional Software Livre é um dos principais eventos mundiais da área. O número crescente de comunidades desenvolvedoras, empresas e entidades interessadas no tema reflete a importância da realização do fórum, que abrange o uso de aplicativos e sistemas de código aberto nas áreas de segurança, educação, economia, política, cultura e tecnologia. A programação terá palestras, oficinas, tutoriais e mostra de soluções.

    Em 2006, o fórum teve 5.339 participantes, de 24 países, e mais de 18.900 acessos à TV Software Livre de diferentes computadores. O crescimento da oitava edição, em relação ao ano passado, foi de 20,96%.

    Assessoria de Imprensa da Seed/MEC

  • Visite o hot site do eventoCinco temas estarão em discussão no 3º Fórum Educacional do Mercosul:

    Inclusão – Aspectos da inclusão referentes à educação penitenciária, indígena, do campo, de jovens e adultos, e de pessoas com necessidades especiais.

    Financiamento – Modelos de Parcerias Público-Privadas (PPPs), a ação de organismos multilaterais de financiamento (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, cooperação Andina e de Fomento), conversão de parte da dívida externa por investimentos em educação.

    Integração – Espaços inovadores para a educação intercultural, diversidade cultural, história e geografia dos países do bloco, estudo de línguas e literatura, educação cidadã.

    Aprendizagem – Educação em tempo integral, desenvolvimento integral da criança, educação e sustentabilidade, participação ativa de crianças e adolescentes na educação.

    Trabalhadores – As dimensões do direito à educação e valorização dos trabalhadores da educação pretendem ampliar o debate para além do movimento sindical: acesso, permanência e qualidade sociocultural da educação, experiências governamentais, formação continuada dos trabalhadores e relações educacionais.

    Ionice Lorenzoni

     

  • Visite o hot site do eventoA população nos presídios brasileiros chega hoje a 328 mil pessoas. Cerca de 70% delas não concluíram o ensino fundamental, e 10,5% são analfabetas. Para discutir a criação de políticas públicas educacionais com foco na reintegração do presidiário, os ministérios da Educação e da Justiça estão organizando o Fórum de Educação Prisional. O encontro integra o 3º Fórum Educacional do Mercosul, que começa na terça-feira, dia 21, e será encerrado na quinta, 23, em Belo Horizonte.

    “A maioria dos presos nunca freqüentou a escola ou teve a oportunidade de trabalhar. São ladrões de galinhas, que encontraram no crime uma forma de ascensão social”, explicou a coordenadora de reintegração social e ensino do Ministério da Justiça, Hebe Romano.

    Durante o fórum, serão definidas iniciativas destinadas a oferecer ao preso que não oferece risco à comunidade a chance de estudar e de ser capacitado para o mercado de trabalho. A intenção é evitar a reincidência criminal e o contato entre presidiários comuns e aqueles de alta periculosidade. As medidas, se implementadas, podem devolver o ex-presidiário ao convívio social e oferecer-lhe perspectivas de inclusão. 

    Apesar de a lei de execução penal determinar que todo presídio ofereça ensino à população carcerária, isso não ocorre. De acordo com o diretor de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Timothy Ireland, o fórum servirá para criar um sistema de ensino prisional vinculado à educação de jovens e adultos. “Hoje, não há um sistema de ensino, e a educação prisional se tornou fragmentada, a cargo de cada presídio”, afirmou.

    Segundo Hebe Romano, para educar os presos, além de salas de aula e professores capacitados, é necessário preparar os agentes penitenciários. “Muitos acreditam que estão ali para punir os presos e não entendem a importância da educação como forma de reinserção social”, disse.

    Integração — Outra meta do encontro é promover um intercâmbio entre as nações do Mercosul em relação às práticas de educação prisional. Além dos países participantes do evento — cinco membros e cinco associados —, outros quatro estão interessados em constituir uma rede interamericana de cooperação educacional. Essa rede será responsável pela elaboração de  políticas comuns entre os países, a partir das melhores experiências já implantadas na América Latina. Além disso, há interesse em trocar informações com os países da União Européia.

    Maria Clara Machado

     

Fim do conteúdo da página