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  • Um programa social que tem mudado a vida de agricultores das regiões do Vale do Açu, Mato Grande e Alto Oeste potiguar. Assim é o Projeto do Mel, um trabalho de apicultura sustentável executado há quatro anos pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet-RN) e sua fundação de apoio, a Funcern, com financiamento dos programas Fome Zero, do governo federal, e de Desenvolvimento e de Cidadania, da Petrobras.

    Neste mês de outubro, o projeto encerrou a sua segunda etapa, certificando cerca de 800 agricultores em cursos de apicultura, educação ambiental e boas práticas de fabricação na cadeia produtiva do mel.

    Desde que foi lançado, o Projeto do Mel atendeu a 12 municípios e cerca de 1.500 famílias, beneficiando diretamente seis mil pessoas. Agora, com a certificação, esses apicultores passarão a gerir o trabalho por meio de uma cooperativa, a Coopavale, criada durante a execução do projeto.

    Para o professor do Cefet-RN, Milton Aoqui, integrante da equipe técnica do Projeto do Mel, a vida dos novos apicultores mudou substancialmente. Para dar-lhes mais sustentabilidade, foi criada a cooperativa de agronegócio do Vale do Açu e uma usina de beneficiamento do mel 'sifada' (com o selo de qualidade do Ministério da Agricultura). Isso permite aos apicultores vender mel em qualquer lugar do mundo. A usina, que foi construída na Unidade de Ensino Descentralizada de Panguaçu, será transferida para Upanema (sul de Mossoró).

    Já nos assentamentos mais longínquos, foram construídas seis casas do mel para que os apicultores possam produzir em lugares próximos de suas moradias. Hoje também a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) compra parte desse mel para que seja distribuído nas escolas públicas do estado e em creches.

    “O objetivo do Projeto do Mel é dar aos apicultores uma complementação de renda, e esse objetivo foi atingido em sua plenitude”, disse Milton Aoqui.

    Ana Júlia Silva de Souza, com informações do Cefet-RN

  • O projeto Escolas de Fronteira, realizado conjuntamente entre a Argentina e o Brasil para integrar lingüística e culturalmente estudantes de algumas cidades fronteiriças dos dois países, está em expansão. Além de já envolver dez municípios argentinos e brasileiros, poderá ser ampliado ainda em 2006 para outros três países vizinhos: Bolívia, Uruguai e Paraguai.

    “Pretendemos ampliar o projeto este ano. O Uruguai manifestou que gostaria de participar e o Paraguai também quer seguir o modelo. Temos pensado também na Bolívia”, afirma a coordenadora-geral de Políticas de Formação do MEC, Roberta de Oliveira.

    A iniciativa, que ainda não tem data para ser oficializada com os três países, é fruto de um acordo assinado pelos governos argentino e brasileiro em 2003. No ano seguinte, o entendimento foi ratificado por representantes da Casa Rosada e do Palácio do Planalto. Isso permitiu iniciar a preparação de docentes que iriam interagir com estudantes da 1ª série das cidades de Uruguaiana e de Dionísio Cerqueira, pelo lado brasileiro, e das vizinhas Paso de los Libres e Bernardo de Irigoyen.

    Há dois anos, professores foram capacitados para realizar atividades extracurriculares com crianças que não fossem suas conterrâneas. Atualmente, uma ou duas vezes por semana, eles cruzam a fronteira para organizar eventos em que os estudantes ouvem textos e são motivados a dramatizar histórias e cantar na língua do professor.

    Oliveira explica que, como se trata de alunos no início da vida escolar, o professor estrangeiro se concentra em apresentar o novo idioma. “Não há aula de matemática nem geografia nem de nenhuma matéria específica. O objetivo é fazer com que as crianças, tanto da Argentina como do Brasil, aprendam a conversar e a se entender nos dois idiomas.”

    Ela conta que, no início, os alunos brasileiros tinham vergonha de falar. Pouco a pouco, porém, começaram a arriscar o ‘portunhol’ (mistura de português e espanhol). “Agora são capazes até de atuar em peças de teatro faladas em espanhol, com uma pronúncia que surpreendeu até os argentinos.”

    A estudante de Uruguaiana Débora Souza Silva, de seis anos, foi uma das atrizes da peça teatral apresentada no último dia de aula da sua turma na 1ª série em 2006. Com ótimo domínio do espanhol, a pequena Débora, filha de uma modesta família gaúcha, mostrou que tem condições de se aprimorar no idioma e até alcançar um futuro promissor.

    Ampliação – Neste ano, o projeto foi levado às cidades brasileiras de Itaqui, São Borja e Foz do Iguaçu, vizinhas dos municípios argentinos de La Cruz, Santo Tomé e Puerto Iguazú, respectivamente. Outra mudança foi a inclusão dos estudantes da 2ª série das dez cidades.

    Apesar de oficialmente estar voltado para meninos e meninas que dão os primeiros passos em sua aprendizagem, o Escolas de Fronteira também conta com atividades que envolvem outras séries. “Pelo menos uma vez por mês, professores brasileiros visitam escolas argentinas e vice-versa”, esclarece a coordenadora. Segundo ela, os educadores puderam ministrar aulas com temas mais profundos e abrangentes do ponto de vista dos conhecimentos gerais.

    Como exemplo, ela cita uma professora brasileira de educação física que saiu de Uruguaiana para ensinar a estudantes argentinos por que as escolas brasileiras dão tanta importância à prática do handebol feminino, modalidade que as mulheres do país vizinho conhecem pouco. Essa mesma educadora também organizou um amplo campeonato esportivo entre estudantes dos dois países. “As equipes eram misturadas para evitar a rivalidade e garantir maior integração”, explica Roberta de Oliveira.

    Essa ampliação informal permitiu o atendimento de pouco mais de três mil estudantes brasileiros do ensino fundamental. Em 2006, o projeto teve um orçamento de R$ 1,3 milhão do governo brasileiro, sem contar a contrapartida argentina.

    A coordenadora sublinhou que o Escolas de Fronteira, que teve origem em um acordo bilateral à margem do Mercosul, acabou por ser incluído no plano estratégico 2006-2010 do bloco.

    Manuel Martinez

  • O Ministério da Educação, em parceria com a empresa Nestlé Brasil, lança nesta terça-feira, dia 6, às 14h30, em Brasília, a nona edição do Projeto MEC-Nestlé de Valorização da Criança e do Adolescente. Estarão presentes à solenidade, no auditório do MEC (térreo), o ministro Fernando Haddad e o diretor de assuntos corporativos da Nestlé Brasil, Carlos Faccina.

    O projeto pretende estimular a leitura, a reflexão e o desenvolvimento do senso crítico com relação à própria cidadania de alunos da quinta à oitava série do ensino público de todo o Brasil. Para isso, promove um concurso nacional de frases que envolve escolas estaduais e municipais das regiões urbanas, rurais, indígenas e quilombolas.

    Este ano, serão distribuídos nas 46.330 escolas públicas do país kits didáticos com o Estatuto da Criança e do Adolescente, um cartaz e um caderno sobre valores humanos, tema dos trabalhos deste ano. O material servirá de base para que os professores criem oficinas, debates, trabalhos em sala de aula, gincanas e concursos internos para facilitar o entendimento de cada aspecto do tema e despertar o interesse do aluno pelo assunto e pela própria cidadania. Além disso, o exercício em sala de aula tem caráter formador e torna as crianças disseminadoras, em suas comunidades, das mensagens do estatuto. “Influenciamos os colegas, influenciamos as pessoas a escrever muito mais, a ler muito mais e a participar de concursos culturais, sabendo que se pode ganhar”, disse a professora Leani Grzegozeski, vencedora do Paraná no ano passado.

    Terminada a etapa de aprendizado, cada aluno deve escrever uma frase sobre o tema Os Valores Humanos na Concepção de Crianças e Adolescentes. As escolas elegerão a melhor e a enviarão, até o dia 29 de abril do próximo ano, à organização do concurso. Serão premiados 27 alunos e seus respectivos professores, um por unidade da Federação. Os ganhadores farão uma viagem, com todas as despesas pagas, a Brasília. Os certificados serão entregues em cerimônia que contará com a presença do presidente da República e do ministro da Educação.

    A distribuição dos kits nas escolas será feita de 2 a 15 de fevereiro do próximo ano. Nos dias 13 e 14 de junho, um júri formado por 12 profissionais ligados à educação, indicados pelo MEC e pela Nestlé, elegerá os vencedores. Os resultados serão divulgados em 19 de junho. (Assessorias de Comunicação Social do MEC e da Nestlé)

  • A partir desta segunda-feira, 16, cerca de 65 mil alunos de 235 escolas de ensino médio e fundamental de São Paulo começam a discutir a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e à Aids. A iniciativa do Ministério da Saúde e do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo vai possibilitar uma análise det25/01/2005 14:45

    A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) realiza até quinta-feira, dia 27, a reunião de apresentação dos novos representantes de área. A solenidade contará com a presença do ministro da Educação, Tarso Genro, do presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, e dos ex-representantes.

    Na abertura do evento, hoje, dia 25, Guimarães fará a entrega de placas de agradecimento aos representantes que encerraram o mandato. À tarde, o ministro da Educação, Tarso Genro, dará as boas vindas aos novos representantes.

    Debate - Hoje, ainda, o professor Emidio Cantídio de Oliveira Filho, integrante da comissão que trabalhou na elaboração do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), fará a apresentação do documento-síntese do PNPG de 2005-2010.

    Durante o encontro, serão discutidos temas como avaliação da pós-graduação, eleição dos representantes das grandes áreas, ação indutora da Capes e política de cooperação internacional. A reunião será realizada no auditório do edifício-sede, no andar térreo.

    Repórter: Edmilson Freitas

  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) atualizou, em sua página na internet, o formulário para a apresentação de propostas de instituições gestoras ao Projeto Escola de Fábrica. O projeto quer incluir jovens de baixa renda no mercado de trabalho. A meta é implantar, na primeira fase, 500 escolas dentro de empresas de diferentes segmentos da economia. O investimento do MEC será de R$ 25 milhões.

    O perfil do público beneficiado com o projeto também foi ampliado e agora é composto de jovens entre 16 e 24 anos, matriculados na rede pública regular do ensino fundamental ou médio. São também alvo do Escola de Fábrica, estudantes que terminaram a alfabetização no programa Brasil Alfabetizado ou que estejam matriculados ou ingressando na educação de jovens e adultos. Em ambos os casos, as famílias dos jovens devem ter renda inferior a um salário mínimo e meio.

    Os prazos para a entrega dos planos de trabalho, do projeto pedagógico e da documentação, pelos gestores, também foram redefinidos. A proposta deve ser enviada, por meio eletrônico, até 29 de abril, e, pelos Correios, até o dia 30. Os resultados dessa etapa serão divulgados até 5 de maio. A fase seguinte, de remessa da proposta pedagógica pela internet, deve ser feita até 19 de maio e, como na etapa anterior, o documento impresso deve ser enviado até o dia 20. Os resultados da avaliação da proposta pedagógica serão divulgados em 27 de maio. Veja tabela de datas.

    Propostas - As propostas devem ser remetidas para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O horário para o envio da versão eletrônica na data-limite para apresentação das propostas é 18h (horário de Brasília). O endereço para a remessa postal é: Projeto Escola de Fábrica, Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, bloco L, Anexo II, sala 100, CEP 70.047-900, Brasília, DF.

    As dúvidas quanto ao envio e preenchimento dos documentos poderão ser encaminhadas à equipe técnica do programa por correio eletrônico, ou pelos telefones (61) 2104-8176 e 2104-8122.

    Repórter: Rodrigo Farhat

     

  • O Ministério da Educação consolida o projeto Escola que Protege. O lançamento nacional foi transmitido via Embratel, por teleconferência, nesta segunda, 15, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O programa, que pretende prevenir e romper o ciclo da violência contra crianças e adolescentes no Brasil, passa a contar com o curso a distância Formação de Educadores - Subsídios para o Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes.

    "A inovação do Escola que Protege pretende criar uma institucionalidade onde, a partir da educação, estamos dialogando com os movimentos sociais, a saúde, a justiça, os direitos humanos, os ministérios e as secretarias estaduais e municipais de educação. O outro elemento é o foco do programa em torno da formação dos professores, que objetiva a queda dos tabus associados à violência", disse o secretário Ricardo Henriques, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    O projeto Escola que Protege, desenvolvido no formato piloto em 2005, está em fase de implementação em 84 municípios de 17 estados com abrangência nas cinco regiões. O curso tem como público-alvo os profissionais de educação da rede pública e da Rede de Proteção Integral - conselhos tutelares, conselheiros dos direitos da criança e do adolescente e interlocutores do projeto Escola Aberta.

    Curso - O curso Formação de Educadores será em junho a agosto, com carga de 60 horas a distância e 20 horas presenciais que serão ministradas pelas 20 universidades parceiras. Cada participante receberá um kit didático com um livro-texto e uma videoaula em VHS.

    Dados da Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância apontam que 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas, anualmente, de alguma forma de violência doméstica. Por ano, são 6,6 milhões de crianças agredidas, o que corresponde à média de 18 mil crianças atacadas por dia, 750 por hora, ou 12 crianças agredidas por minuto.

    No desenvolvimento e na implementação do projeto, a SECAD tem contado com a cooperação técnica da Partners of the Americas, por meio de sua equipe técnica e de seu braço operacional no Brasil,  o Instituto Companheiro das Américas.

    A Comissão Intersetorial de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, coordenada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, também auxilia o trabalho da Secad de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A partir de agosto, os alunos da 1ª série do ensino fundamental do Brasil e da Argentina, que participam do projeto-piloto de escolas bilíngües em áreas de fronteira no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, terão oito horas-aula de espanhol ou de português por semana. Desde março, quando o projeto começou, as turmas têm três horas de aula por semana na fronteira de Uruguaiana (RS) e Paso de Los Libres (Argentina) e seis horas de aula em Dionísio Cerqueira (SC) e Bernardo Irigoyen (Argentina).

    A experiência tem, entre outros objetivos, o de criar currículo comum para o ensino bilíngüe em zonas de fronteira. Segundo a secretária municipal de Educação de Uruguaiana, Denise Bibiano – cuja Escola de Ensino Fundamental Centro de Atendimento Integral à Criança participa do projeto –, professores e alunos fazem atividades com entusiasmo.

    Os estudantes do Brasil têm maior dificuldade de aprender o espanhol do que os argentinos de aprender o português. Os motivos, explica ela, são três: os argentinos recebem maior influência do Brasil por causa dos programas de TV e rádio vistos e ouvidos na fronteira, o que favorece o contato com a língua; os argentinos, no projeto, têm dois anos de escolarização e a maioria lê e escreve – na Argentina, o ensino obrigatório começa aos cinco anos, enquanto no Brasil é aos sete anos; e os alunos de Paso de Los Libres moram no centro da cidade, têm maior poder aquisitivo, enquanto que os brasileiros moram em bairros da periferia de Uruguaiana.

    Trocas – O processo de revezamento de professores brasileiros e argentinos nas escolas da experiência-piloto ocorre uma vez por semana em turmas da 1ª série do ensino fundamental. Nas escolas de Uruguaiana e Paso de Los Libres participam três professores brasileiros e três argentinos que trabalham com 150 alunos. Os estudantes trocam informações e fazem pesquisas sobre datas cívicas, comemorativas, cultura e festas tradicionais dos dois países. Este mês, os alunos vão pesquisar sobre a origem e como são as festas juninas no Brasil, algo que não ocorre na Argentina.

    Por motivos burocráticos, diz a coordenadora do projeto no Ministério da Educação da Província de Corrientes, Letícia Ortiz, os alunos dos dois países ainda não puderam atravessar a fronteira para participar das atividades e festas. “Só os professores do projeto têm mobilidade”, explica.

    Em 2006, o projeto nas quatro escolas vai ser estendido a estudantes da 1ª, 2ª e 3ª série do ensino fundamental. Para preparar a ampliação, de 2 a 5 de agosto, no Caic, em Uruguaiana, os ministérios da Educação dos dois países, coordenadores e professores participarão de seminário de formação e avaliação. Em pauta, debates sobre o modelo de escola bilíngüe em execução, vivência dos professores e a pedagogia do projeto.

    O projeto, com origem na declaração dos ministros da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina, Daniel Filmus, e da Educação do Brasil, Tarso Genro, firmada em Buenos Aires, em junho de 2004, prevê o estudo das duas línguas e a troca de experiências entre alunos e professores das escolas brasileiras e argentinas. Os objetivos são reforçar o aprendizado, uma vez que a maioria dos alunos das escolas de fronteira tem contato com a língua falada pelos países e fortalecer os laços de amizade no Mercosul.

    Escolas – Para facilitar o intercâmbio na experiência-modelo, Brasil e Argentina optaram por desenvolver o trabalho em escolas de municípios limítrofes. Assim, o Caic no município de Uruguaiana e a Escola Vicente Eladio Verón, de Paso de Los Libres, província de Corrientes, estão trocando informações. O mesmo modelo se desenvolve entre Santa Catarina e a província de Misiones, na Argentina. Lá participam a Escola Estadual Básica Theodureto de Faria Souto, em Dionísio Cerqueira (SC), e a Escola Mayor Juan Carlos Leonetti, município de Bernardo Irigoyen.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Escolas públicas de quatro municípios dos estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Roraima, que ficam na divisa com cidades do Uruguai, do Paraguai ou da Venezuela, vão ingressar, em 2009, no Projeto Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira. Ação bilateral Brasil-Argentina desde 2005, o projeto agora amplia sua abrangência e passa a ser uma ação dos países do Mercosul.

    Os novos municípios que vão participar do projeto no início do ano letivo de 2009 são Jaguarão (RS), que fará parceria com Rio Branco (Uruguai); Chuí (RS), com a cidade de Chuy (Uruguai); Ponta Porã (MS), com Pedro Juan Caballero (Paraguai); e Pacaraima (RR), com Santa Elena de Uiarén (Venezuela).

    O intercâmbio das novas escolas começa com estudantes do primeiro ano do ensino fundamental. O processo consiste no revezamento de professores brasileiros que vão às escolas das cidades da divisa e dos professores da Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela que vêm ao Brasil ensinar os estudantes. Os professores lecionam na língua do seu país, português ou espanhol. No primeiro ano, por exemplo, a aula com o professor estrangeiro envolve atividades lúdicas.

    A inclusão das novas escolas brasileiras no Projeto Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira será precedida de um diagnóstico sobre o nível de intercâmbio lingüístico. O Ministério da Educação quer saber qual a fluência que alunos, professores e pais têm da língua espanhola, se o conhecimento é apenas oral ou é também da escrita, levantar como eles têm acesso à língua (rádio, televisão, jornais). O diagnóstico será a base para construir o programa de intercâmbio. O levantamento será feito pelo Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Lingüística (Ipol), que tem sede em Florianópolis.

    Atualmente participam do projeto oito escolas brasileiras e sete da Argentina: uma escola de Uruguaiana (RS) com uma escola de Passo do Los Libres (Argentina); duas escolas de São Borja (RS) com duas de São Tomé (Argentina); duas escolas de Itaqui (RS) com uma escola de La Cruz (Argentina); uma escola de Dionísio Cerqueira (SC) com uma escola de Bernardo de Irigoyen (Argentina); e uma escola de Foz do Iguaçu (PR) com uma escola de Puerto Iguazu (Argentina). Participam diretamente do projeto 40 professores brasileiros e cerca de 850 estudantes do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental.

    Experiência - O projeto, que tem origem na declaração conjunta firmada em Buenos Aires, em junho de 2004, pelos ministros da Educação, Ciência e Tecnologia da Argentina, Daniel Filmus, e da Educação do Brasil, Tarso Genro, previa a troca de experiências entre alunos e professores de escolas públicas brasileiras e argentinas. Desde 2005, o projeto é desenvolvido entre os dois países. Em 2009 terá mais três países e maior número de escolas, alunos e professores. Os objetivos são reforçar o aprendizado, uma vez que a maioria dos alunos das escolas de fronteira tem contato com a língua falada pelos países vizinhos, e fortalecer os laços culturais e de amizade no âmbito do Mercosul.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com alterção de informações

  • Dentre as várias dificuldades geradas pela gravidez na adolescência, o abandono escolar é uma das mais difíceis de ser contornada. Normalmente, as meninas deixam definitivamente de estudar e se tornam dependentes de outras pessoas, além de não construir garantias para seu futuro ou de seus filhos.

    Para Cibele Dias, da organização não-governamental Viva Rio, a solução para o problema depende do apoio não só da família, mas da comunidade, das escolas e de vários outros setores da sociedade. “Quando a menina fica grávida, parece que tudo contribui para que ela não estude. A escola implica com o uniforme, que não pode deixar mostrar a barriga. O motorista não a deixa entrar no ônibus. O namorado a abandona. O pai ameaça bater. A professora e os colegas discriminam. Isso precisa mudar”, disse Cibele.

    Uma proposta de mudança é o projeto Ana e Maria, dedicado a mulheres de comunidades carentes. Marias são as adolescentes atendidas por profissionais de saúde. As Anas orientam e oferecem apoio emocional às moradoras de comunidades de baixa renda. O projeto atende meninas em várias comunidades do Rio de Janeiro.

    Segundo a psicóloga Priscila Aleksandrowicz, participante do projeto, a idéia é envolver a comunidade nesse processo e buscar o apoio da unidade familiar. A atuação das escolas também é fundamental. “É preciso criar condições para que essas meninas continuem estudando, oferecendo creches nas escolas ou simples cercadinhos nas salas de aula”, sugeriu Priscila.

    Cíntia Caldas

     

  • O consenso entre os participantes da Oficina de Avaliação do Projeto Gênero e Diversidade na Escola, que terminou nesta quinta-feira, 30, foi que a iniciativa de falar de gênero, relações étnico-raciais, sexualidade e orientação sexual – em um mesmo curso – teve resultado extremamente bem-sucedido. Segundo a coordenadora-geral de Articulação Institucional da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Rosiléa Wille, a oficina cumpriu muito bem a função de sensibilizar os professores e os fez refletir sobre suas próprias concepções, muitas vezes preconceituosas, em relação a temas como sexualidade e gênero, por exemplo.

    Uma das grandes qualidades da metodologia aplicada durante a oficina, explica Rosiléa, foi permitir o debate em grupo, por meio de fóruns de discussão, de forma intercalada e com reflexão individual, cujos conteúdos abordados e conclusões foram registrados em 'diários de bordo' escritos pelos professores. “Temas até então considerados tabus foram tratados por pessoas com diferentes formações e histórias de vida que, postos em diálogo, proporcionaram abordagens muito inovadoras”, avalia.

    Sensibilização – Para a professora Ambrosina Gomes da Conceição, da rede estadual do Rio de Janeiro, que participou da oficina como aluno cursista, a iniciativa evidenciou a possibilidade de se implantar as ações de sensibilização de professores e alunos para enfrentar questões de gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais nas escolas. “O curso permitiu que os professores percebessem as possibilidades de atividades que podem ser implantadas no ambiente escolar contra diversos tipos de preconceito existentes”, afirmou.

    Na opinião de Ambrosina, o que se percebe hoje é uma dificuldade dos professores de 5° a 8° série de lidar com tais assuntos, por falta de  conhecimento a respeito e, também, por não receber capacitação para enfrentá-los. “A questão da diversidade deve ser pensada nacionalmente, sem perder o foco local, pois cada estado e cada cidade possuem suas peculiaridades nesse aspecto.”

    Na próxima terça-feira, 5 de dezembro, a professora apresenta o trabalho Múltiplos Olhares, Várias Possibilidades: a Diversidade na Escola, no encontro Diferentes Diferenças: Caminhos de uma Educação de Qualidade para Todos, promovido pela Secad, que será realizado em Brasília (DF).

    Gênero e Diversidade na Escola – Participaram da Oficina de Avaliação do Projeto Gênero e Diversidade na Escola professores da rede pública dos municípios que fizeram o curso, professores on-line, que interagiram à distância, e membros das equipes de implementação e coordenação dos cursos nos locais. O curso, que utilizou a plataforma e-ProInfo (ambiente virtual de aprendizagem do Ministério da Educação), teve a carga horária de 200 horas/aula – 30 delas presenciais e 170 de ensino à distância.

    O Projeto Gênero e Diversidade na Escola, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2006, é iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM/PR), em parceria com o Conselho Britânico, Ministério da Educação – por meio da Secad e da Secretaria de Educação a Distância (Seed) –, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir/PR) e Centro Latino-Americano em Sexualidade e Diretos Humanos (Clam/IMS/Uerj).

    Cristiano Bastos

  • Começa em Porto Alegre (RS), na próxima quinta-feira, 18, a sexta edição da Oficina Introdução à Geografia Afro-Brasileira, do projeto Geografia Afro-Brasileira e Educação. O projeto é patrocinado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), e desenvolvido em parceria com o Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica (Ciga) da Universidade de Brasília (UnB). A oficina, que termina no dia 19, será realizada na Escola Estadual de Ensino Técnico Parobé, localizada na Av. José Loureiro da Silva, 945 – Centro.

    O objetivo do evento é ampliar as informações, discutir e fornecer elementos para o conhecimento e a interpretação das estruturas espaciais existentes na formação do Brasil e sua população, tomando por base os aspectos geográficos da herança africana no território brasileiro.

    “Essas oficinas vão ao encontro da aplicação da Lei Federal nº 10.639 e das Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, elementos esses da LDB”, disse a coordenadora-geral da Secad, Eliane Cavalleiro. Segundo Eliane, a ação também visa ao resgate do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino no Brasil. “É imperioso que crianças e jovens tenham um conhecimento mais consistente das culturas africanas na formação do povo brasileiro”, argumenta.

    O projeto Geografia Afro-Brasileira e Educação conta também com o apoio do Grupo dos Embaixadores Africanos no Brasil; da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec); Reitoria da UnB; Decanato de Extensão da UnB; Mapas Editora & Consultoria; Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e secretarias de estado da educação, entre outros.

    A ação também busca homenagear os 400 anos de fundação do Quilombo de Palmares e os 350 anos do nascimento de Zumbi. “Para este ano, foram escolhidas sete capitais de relevância para a temática dos quilombos no Brasil e que expressassem a diversidade étnico-racial regional do país. Dessa forma, preconizamos que resgatar a importância do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino do Brasil é uma premissa básica para a população passar a ter uma outra atitude de valorização das culturas africanas na formação do povo brasileiro”, disse Eliane.

    Em setembro, será a vez de Brasília receber a exposição A África, o Brasil e os Territórios dos Quilombos. O evento será de 14 a 25 de setembro, no Centro Cultural da Caixa.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O Ministério da Educação abre a estados, municípios, Distrito Federal, instituições de ensino superior e entidades sem fins lucrativos a oportunidade de apresentar projetos de incentivo à leitura dirigidos a jovens, adultos e idosos recém-alfabetizados ou em processo de alfabetização. Para este ano, o projeto de fomento à leitura dispõe de R$ 2 milhões e o prazo de apresentação das propostas é 17 de novembro. Outras informações pelo endereço eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    A Resolução nº 44, publicada no Diário Oficial da União dia 17, define que as propostas devem contemplar uma entre quatro linhas de ação: promoção do acesso à leitura; formação de leitores e mediadores de leitura; produção e distribuição de tecnologias educacionais de fomento à leitura, e pesquisa e avaliação sobre leitura.

    O formulário do projeto será definido e divulgado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC responsável pelo repasse dos recursos. Caberá à equipe técnico-pedagógica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) analisar os projetos, a partir de seis critérios relacionados na Resolução nº 44.

    Acesse o formulário com o plano de trabalho

    Acesse o comunicado da resolução

    Assessoria de Comunicação Social

  • Cursos de Direito de 14 universidades públicas e privadas em dez estados brasileiros estão mudando a prática de ensino e investindo em uma formação que estimule o contato do estudante com a realidade social de onde estuda. A iniciativa é do Programa Reconhecer, coordenado pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), com o objetivo de incentivar projetos, em cursos de Direito, que privilegiem a assistência de parcelas pobres da sociedade.

    Uma das exigências do programa é que as idéias implantadas nos cursos estejam voltadas para a prática de direitos humanos, de acordo com as necessidades da população local. Segundo a coordenadora do Reconhecer, Tatiana Tannús, além de ações práticas, o programa estimula a formação e qualificação de alunos de graduação.

    Em Santa Catarina, o professor Ildemar Egger coordena um projeto de recuperação de jovens infratores. A intenção é desenvolver ações multidisciplinares que envolvam, além do Direito, áreas como sexologia e história, explicou o professor. O programa oferece toda sexta-feira, pela manhã, desde julho, palestras sobre assuntos como doenças sexualmente transmissíveis e drogas e, na parte da tarde, ações culturais. Os alunos e professores participantes desenvolvem jogos interativos e organizam atividades utilizando dança de rua, hip-hop e grafite. Além dos alunos de Direito, dois estudantes do curso de Cinema estão realizando um documentário sobre o projeto que deve ser finalizado até fevereiro do ano que vem.

    Já na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a proposta é que professores e alunos deixem a sala de aula e avaliem, na prática, o sistema prisional de cadeias públicas da região. Os estudantes aplicam questionários em que os presos respondem questões sobre direitos humanos. O objetivo é verificar como os presidiários são tratados dentro das penitenciárias. Segundo o coordenador do projeto, professor Júlio Aguiar, o resultado é bastante satisfatório porque despertou nos alunos um grande comprometimento com a realidade prisional. Entre os dias 7 e 9 de dezembro, os participantes do programa vão apresentar os resultados do trabalho num seminário na universidade.

    Para mais informações acesse o sítio da UFOP ou a página eletrônica do programa.

    Repórter: Maria Clara Machado

  • O coordenador-geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de Ensino da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Arlindo Queiroz, afirma que a nova regra prevista no projeto enviado pelo Ministério da Educação à Casa Civil da Presidência da República vai garantir a participação da sociedade no ensino municipal. “Com a nova legislação, fica excluída a possibilidade de um ente da Federação determinar quem é o órgão normativo”, explica. “É assegurada a participação social, garantindo-se o princípio constitucional da gestão democrática”, explica.

    Ao avaliar o projeto que altera as regras dos conselhos municipais de Educação, Queiroz considera que a legislação atual não define claramente o órgão normativo dos sistemas de ensino em estados e municípios. Na prática, aponta, esta função é exercida pelo poder executivo local via secretarias de Educação.

    A proposta dá aos conselhos municipais as funções de responder consultas, sugerir políticas, mobilizar a sociedade, fiscalizar recursos e denunciar irregularidades. Para que o conselho municipal tenha a autonomia de aprovar regimentos, estatutos, autorizar cursos e deliberar sobre currículos da Secretaria de Educação é necessário uma definição em lei. A função normativa só será exercida quando houver sistema próprio de ensino no município.

    Repórter: Juliana Meneses

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    Projeto propõe maior participação de municípios na gestão da educação

  • O Ministério da Educação recebeu propostas de 31 instituições federais de ensino superior (Ifes) ao Projeto Incluir, da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). O projeto é destinado às universidades públicas que têm matrículas de alunos portadores de necessidades educacionais especiais.

    O MEC vai distribuir R$ 1 milhão para financiar nove programas ou projetos de ensino, pesquisa e extensão enquadrados em um destes eixos: acesso e permanência, inclusão e acessibilidade em todos os espaços acadêmicos, aquisição de equipamentos e reformas estruturais.

    Acesso – No edital de lançamento do Incluir, o ministério definiu duas vagas para programas de ações inovadoras para a garantia de acesso e permanência de estudantes na universidade.

    O recurso para cada um desses projetos é de R$ 150 mil. Outros R$ 700 mil foram destinados para sete projetos de aquisição de equipamentos ou promoção de reformas estruturais para a acessibilidade. Cada um dos selecionados receberá R$ 100 mil.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O projeto Interface, desenvolvido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e empresas estatais, foi apresentado e discutido hoje, 22, na quarta reunião do Fórum das Estatais pela Educação, realizada no Hotel Bonaparte, em Brasília.

    De acordo com o secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge, o projeto Interface ficará pronto na segunda quinzena de março e trará uma proposta de relação construtiva e inovadora de valorização da universidade pública. Segundo Jairo Jorge, "o projeto prevê uma relação na área de ensino - graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão das nossas universidades públicas com as empresas estatais. Ele visa ao atendimento da demanda das nossas empresas, mas também buscando o fortalecimento das universidades públicas".

    Dezenove das 21 empresas que compõem o Fórum das Estatais pela Educação, estavam presentes. Houve também discussões em torno de um balanço dos três programas que norteiam as reuniões do fórum: Brasil Alfabetizado, Escola Aberta e Escola de Fábrica. Os representantes das estatais apresentaram as ações que cada uma está desenvolvendo dentro do programa de desenvolvimento regional sustentável (DRS) voltadas para os três níveis dos projetos.

    Repórter: Sonia Jacinto

    Compõem o Fórum das Estatais as seguintes empresas:

    Banco da Amazônia (Basa); Banco do Brasil S/A (BB); Banco do Nordeste (BNB); Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Caixa Econômica Federal (CEF); Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE); Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf); Cobra Tecnologia S/A (Cobra); Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios); Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás); Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte); Energia Elétrica do Sul S/A (Eletrosul); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Financiadora de Estudos e Projetos (Finep); Furnas Centrais Elétricas S/A (Furnas); Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero); Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro); Usina Hidrelétrica de Itaipu (Itaipu Binacional); Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep); Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras); e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

     

  • Crianças, jovens e adultos com deficiência visual residentes nos estados de Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Sergipe e Espírito Santo terão, em 2006, a oportunidade de aprender as técnicas para orientação e locomoção independente, com cão guia, uso da bengala longa ou com guia vidente em casa e nas ruas.

    Para oferecer esta oportunidade às comunidades, a Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), em parceria com as secretariais de educação destes cinco estados e com a Associação Brasileira de Educação de Deficientes Visuais, vai formar 100 professores no início do próximo ano, por meio do Projeto Ir e Vir: orientação e mobilidade para deficientes visuais. O curso, que tem duração de 120 horas, das quais 80 são presenciais e 40 a distância, será oferecido para 100 professores, 20 em cada estado.

    De acordo com a assessora técnica da Seesp, Maria Glória Batista da Mota, os professores farão a parte presencial em 10 dias e depois retornam aos seus municípios para fazer a prática. As turmas serão de 20 professores videntes que farão o curso com tarjas nos olhos para vivenciar a realidade do deficiente visual. A Seesp dará todo o suporte técnico e pedagógico e fará a certificação dos professores.

    O curso, explica Maria Glória, tem o objetivo de formar professores videntes para trabalhar nas escolas e nas suas comunidades. Eles vão ensinar técnicas aos deficientes visuais, para que tenham autonomia de locomoção dentro e fora de casa. Aprenderão, por exemplo, como identificar móveis e objetos, como usar a bengala para andar na rua e até como sair com segurança junto com um vidente.

    Ir e Vir – O projeto Ir e Vir está em implantação desde 2004. Já receberam a formação os estados do Acre, Alagoas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Ceará, Paraíba e Tocantins

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Um grupo interministerial brasileiro visitará o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, esta semana, para acompanhar o projeto Laptop de Cem Dólares. A proposta do projeto é a fabricação de computadores portáteis simples e baratos, com financiamento do governo federal.

    A Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) pretende destinar os computadores a professores das primeiras séries do ensino básico. A proposta foi apresentada ao governo brasileiro em junho último pelo criador do projeto, Nicholas Negroponte, diretor do Media Lab, instituição ligada ao MIT.

    A coordenação do projeto está a cargo da Presidência da República. Além da Casa Civil e do Ministério da Educação, fazem parte do grupo interministerial os ministérios da Ciência e Tecnologia, do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e das Comunicações. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis-RS) promovem a Capacitação de Instrutores Surdos para uso do kit Libras é Legal, nesta quarta-feira, 27, e na quinta, 28, das 8h às 17h30, na sede da Fundação Catarinense de Educação Especial. O curso pretende formar multiplicadores do ensino de Libras para atuarem na rede de educação, dando continuidade à Política de Educação de Surdos de Santa Catarina e do Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC).

    Como forma de promover a integração social do surdo, com vistas também ao mercado de trabalho, a Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina ampliou em 2005, de sete para 14, os pólos de implantação da política. A capacitação será ministrada por dois professores surdos e um ouvinte, com 30 surdos selecionados no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que passarão a integrar os núcleos de Ensino e Difusão de Libras.

    O projeto Libras é Legal foi desenvolvido graças a um acordo de cooperação firmado pelos três estados da região Sul, por iniciativa da Feneis, por meio de ações que visam difundir a Libras junto a uma população estimada em 20 mil pessoas. O material didático, com edição inicial de 4.500 exemplares, teve a participação direta dos surdos, quer na definição de conteúdos, quer na produção das histórias, jogos e ilustrações.

    Composto por um minidicionário de Libras, manual do professor, dois jogos didáticos, cinco livros de histórias de surdos e um vídeo com a trajetória dos surdos, o kit sugere uma forma lúdica de aprendizagem e a possibilidade de informar sobre a legalidade da Libras. Embora reconhecida pela Lei Federal nº 10.436/2002, a Língua Brasileira de Sinais é encarada como um conjunto de gestos naturais ou mímica, utilizado pelos surdos na ausência de oralidade.

    Avaliação- Além de produzir os kits, o projeto pretende avaliar junto aos usuários (surdos, ouvintes e educadores) os benefícios conquistados. O recurso pedagógico tem patrocínio do Programa Petrobras Social e envolve a Fundação de Articulação para o Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiências e Altas Habilidades no Rio Grande do Sul, o Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação do Paraná e a Fundação de Educação Especial, em Santa Catarina. (Assessoria de Imprensa da Secretaria da Educação, Ciência e Tecnologia de SC)

  • A nona edição do Projeto Memória 2005, da Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Petrobras, prestará homenagem ao pernambucano Paulo Freire, um dos maiores educadores e pensadores do século XX. O projeto será lançado no dia 19 de setembro, em Recife (PE), com a inauguração de uma exposição de fotos e textos sobre vida e obra do educador, durante o Colóquio Internacional sobre Paulo Freire, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

    Ao nome do filósofo e educador Paulo Freire costumam estar relacionados sentimentos como indignação e coragem para transformar. Este pernambucano, nascido em 1921, revolucionou o método educacional brasileiro, propondo uma educação voltada para a conscientização. Freire acreditava que a educação só cumpriria a sua função fundamental, ou seja, a humanização de mulheres e homens, caso se transformasse em ferramenta de mudança social.

    A partir do próximo dia 19, a vida e a obra de Paulo Freire estarão registradas em textos e fotografias de uma grande exposição de painéis que circulará em cerca de 800 municípios brasileiros. O projeto ainda inclui um videodocumentário e livro fotobiográfico, que serão enviados a quase seis mil bibliotecas públicas do país, um kitpedagógico, com almanaque histórico e guia do professor, a ser distribuído a 18 mil escolas públicas, além de uma página eletrônica.

    Cultura – O Projeto Memória foi criado em 1997, pela Fundação Banco do Brasil, com o objetivo de valorizar a cultura e a história do país, a partir de homenagens a personalidades e fatos que ajudaram a construir a identidade nacional e fortalecer a cidadania.

    A partir de 2004, contando com a parceria da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Fome Zero, o projeto relembrou a vida e a obra de Josué de Castro e agora chega a Paulo Freire, criador de um método inovador de alfabetização de adultos. Nos primeiros anos, em parceria com a Odebrecht, o projeto homenageou Castro Alves, Monteiro Lobato, Rui Barbosa, Pedro Álvares Cabral, Juscelino Kubitschek de Oliveira e Oswaldo Cruz. Em 2001, realizou uma retrospectiva dos anos anteriores.

    Repórter: Cristiano Bastos

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