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  • Colchas, tapetes, almofadas, panos-de-prato, bolsas de palha de milho, toalhas com fitas e bordados de Brazlândia, Distrito Federal. Requeijão, queijo, peças de carne suína e também artesanato do assentamento Chico Mendes, no município de Arinos, Minas Gerais. Os produtos são fabricados por comunidades que são alfabetizadas e, simultaneamente, constituem cadeias produtivas e geram renda.

    As duas comunidades são ligadas ao projeto-piloto Alfa-Inclusão, apresentado por gestores, alunos e professores nesta segunda-feira, dia 4, durante o seminário Diferentes Diferenças: Caminho de uma Educação de qualidade para todos, que prosseguirá até sexta-feira, 8, na Academia de Tênis de Brasília. O projeto é uma parceria do MEC com a Fundação Banco do Brasil.

    “Tem sido uma grande honra a oportunidade de estudar. Nesse caminho, estou encontrando muitos objetivos”, afirmou o lavrador Geraldo Rafael Ramos, 53 anos, do assentamento Chico Mendes. O mineiro, recém-alfabetizado, destacou que sabia plantar e colher, mas não sabia transportar. Agora, Geraldo Rafael e outros colegas, além de aprenderem a ler e a escrever, comercializam as colheitas. As mulheres produzem e vendem artesanato.

    Eles contam com o apoio da professora Petronília Teixeira da Silva. Para conter a evasão, ela caminha longas distâncias na área rural, à procura dos alunos. “Vou além do que seria minha obrigação. Tenho aprendido muito também com os alfabetizandos”, disse.

    Na opinião do diretor do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Timothy Ireland, o momento é de celebrar a alfabetização no País, valorizar e respeitar as diferenças em comunidades tratadas, às vezes, como exóticas. O seminário apresenta experiências de alfabetização de grupos indígenas, movimento de mulheres, negros, trabalhadores do campo e  defensores do meio ambiente, por  exemplo.

    Segundo Ireland, em quatro anos, o Brasil Alfabetizado, programa criado pelo MEC em 2003, já alfabetizou 7,2 milhão de jovens e adultos.

    O Alfa-Inclusão teve início este ano, no assentamento Chico Mendes, em Arinos e em Brazlândia, com quatro turmas, num total de 90 alunos, quatro professores e dois consultores.

    Susan Faria

    Matéria republicada com correção de dados

  • Com um acervo de mais de 79.374 obras e um registro de 9,3 milhões de visitas, o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual do Brasil. São tantas as opções de leitura que surge uma dúvida: quais são as obras mais procuradas pelos internautas brasileiros? Na listagem, algumas surpresas. As dez obras mais procuradas são tão diversas quanto o acervo do portal.

    Em primeiro lugar, com quase meio milhão de acessos, A Divina Comédia, do escritor italiano Dante Alighieri reina absoluta como preferida dos que acessam o portal. O poema, de viés épico, é considerado a base da língua italiana moderna. O texto, escrito em toscano, data do século 14 e teve seus versos traduzidos para o português no século 19.

    Na segunda colocação entre os mais procurados, segue a obra Poemas de Fernando Pessoa. O poeta português também tem duas outra obras entre as mais acessadas. Mensagem, um dos textos mais célebres de Fernando Pessoa, ocupa a sétima colocação e Cancioneiro está em décimo lugar. O autor é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e alguns críticos o descrevem como um dos mais representativos autores do século 20.

    Ao contrário de Dante Alighieri e de Fernando Pessoa, a autora que escreveu a terceira obra mais acessada é brasileira e tem dois livros entre os mais procurados no Portal Domínio Público. A professora baiana Lenira Almeida Heck, autora dos livros infantis A Borboleta Azul, terceiro mais acessado, e O Peixinho e o Gato, que está na sexta colocação, tem motivos para comemorar. Seus livros desbancaram clássicos como Dom Casmurro, de Machado de Assis, que ocupa a nona posição.

    William Shakespeare, o mais renomado dos dramaturgos ingleses, tem duas obras entre as dez mais acessadas pelo público brasileiro. Engana-se quem pensa que Romeu e Julieta, sua obra mais famosa, seja a mais procurada. A Comédia dos Erros ocupa a quarta colocação entre as mais acessadas e em seguida, na quinta posição, está Romeu e Julieta. Nenhum outro dramaturgo é tão celebrado quanto Shakespeare. Muitos de seus textos e temas, especialmente os de teatro, são encenados corriqueiramente em diversos países do mundo.

    Por fim, em oitavo lugar, temos A Bruxa e o Caldeirão, de José Leon Machado. O autor aborda temáticas como a perda da memória cultural da sociedade moderna.

    Confira a lista das dez obras mais acessadas no portal.

    Ana Guimarães

  • Em 2003, quando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) passou a contemplar as comunidades indígenas com o Programa Nacional de Alimentação Escolar Indígena (Pnai), até este ano, a quantidade de alunos beneficiados aumentou 16%. Naquele ano, 115 mil alunos foram atendidos com refeições voltadas aos seus hábitos alimentares. Já em 2005, esse número saltou para 133.241 estudantes. Com um valor per capita/dia de R$ 0,34, o Pnai abrange 250 dias letivos, obedecendo ao calendário escolar das aldeias, que vai de fevereiro a dezembro, com intervalo na época da colheita. O orçamento do programa para 2005 é de R$ 11,3 milhões.

    Os municípios podem usar os recursos do programa na aquisição de produtos alimentares que beneficiem os alunos e sua família, procurando perpetuar a culinária da reserva indígena, que se baseia, predominantemente, em raízes e peixes. Com uma população de 35.503 alunos indígenas, o Amazonas é o estado com maior número desses estudantes, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 18.551 alunos.

    No município sul-mato-grossense de Caarapó, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve o Projeto Poty Reñoy, atendendo 800 alunos da reserva Te yikue, com uma população de 3 mil pessoas de 700 famílias da etnia guarani/kaiowa. Fora do horário escolar, as crianças vão para a sede do projeto, onde estudam a língua guarani, do pré-escolar até a 4ª série.

    Aulas - As crianças a partir da 5ª série, começam a ter aulas de língua portuguesa, língua inglesa, informática e artes. Eles continuam a ter aulas de guarani. O objetivo é resgatar a cultura indígena e evitar o abandono das salas de aulas, conta Ismael Guevara, secretário municipal de Educação. Há outras atividades, como práticas esportivas e aulas no viveiro, onde os técnicos agrícolas da secretaria municipal de Desenvolvimento Social ensinam o manejo e plantio de hortaliças e o reflorestamento das árvores.

    Para a alimentação, a secretaria utiliza as hortaliças colhidas no viveiro e conta com o leite de soja fornecido pela Secretaria de Ação Social de Caarapó. Segundo Ismael Guevara, para estimular a participação dos estudantes, está prevista a construção de açudes para o desenvolvimento da piscicultura na região, uma vez que o peixe é o principal alimento de sustentação das tribos.

    Repórter: Lucy Cardoso

  • Foto: Tereza SobreiraO diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA), José Antonio Castilho, convidou o Brasil para promover, com o órgão, uma capacitação em alimentação escolar de profissionais da América Latina e África. O convite foi feito ao ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quarta-feira, 9, na abertura do 2º Encontro Nacional de Experiências Inovadoras em Alimentação Escolar. “O Programa Mundial de Alimentos apóia a merenda escolar brasileira e convida o país a disseminar este trabalho”, afirmou Castilho.

    Para Haddad (foto), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) é reconhecido internacionalmente graças à forma como é implementado. “A merenda chega ao estudante por causa do envolvimento dos governos federal, estadual e municipal, comunidade escolar e local”, disse. Haddad lembrou que a iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de incluir o Pnae no Programa Fome Zero resgatou os investimentos à alimentação escolar, que estavam congelados há dez anos. “Isso nos permitiu reajustar o valor da merenda em 38,5%, além de aprimorar o controle e a gestão do programa.”

    O presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), Francisco Menezes, reforçou a importância do programa ao lembrar do acordo firmado em outubro, entre a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO/ONU) e o governo brasileiro. A parceria vai disseminar o modelo do Pnae, inicialmente, em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Haiti.

    Pnae – O Pnae é o maior projeto de alimentação escolar do mundo. O orçamento para 2005, de R$ 1,265 bilhão, prevê o atendimento a 36,4 milhões de alunos da educação fundamental, infantil, creches, comunidades indígenas e quilombolas e entidades filantrópicas. A nutricionista de Araxá (MG), Adriana Leite de Azevedo, conta que no seu município, muitas mães procuram a escola para pedir a receita das merendas. “Depois, contam que os filhos acharam mais gostoso a comida da escola”, revela.

    Participam do encontro em Brasília cerca de 500 pessoas de todo o país, entre gestores, professores, nutricionistas e merendeiras. O evento, que também comemora os 50 anos do programa, termina sexta-feira, 11.

    Ainda quarta-feira, 9, o presidente Lula entregou o prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escola, no Memorial JK. Na ocasião, foram premiados projetos desenvolvidos nas cidades de Araxá (MG), Pedra do Indaiá (MG), Florianópolis (SC), Concórdia (SC), Criciúma (SC), Porto Alegre (RS) e Dois Irmãos (RS).

    Repórter: Flavia Nery

  • Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) estão em Moçambique para apoiar o governo local na elaboração e implantação do programa de alimentação escolar daquele país do sudeste africano. A assistência brasileira envolve a elaboração do modelo do programa e a capacitação de nutricionistas, gestores, responsáveis pelo controle social e merendeiras.

    Nesta primeira viagem, os técnicos terão diversos encontros com autoridades locais, especialmente dos ministérios da Educação e Cultura, Agricultura, Saúde e Planejamento e Desenvolvimento. Além disso, haverá reuniões com agências da Organização das Nações Unidas (ONU) que colaboram com o setor de educação e com parceiros bilaterais e multilaterais do governo moçambicano. Nesses contatos, serão levantadas informações preliminares necessárias à elaboração do programa. Para conhecer a realidade moçambicana, a equipe do FNDE vai viajar dois dias pelo interior do país e visitar escolas de diversas províncias.

    A cooperação brasileira com países africanos de língua portuguesa é conseqüência de um memorando de entendimento assinado em outubro de 2005 entre o FNDE e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para disseminar o modelo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) brasileiro em países em desenvolvimento. Na época, foi firmada uma nota de intenções, pela qual o governo brasileiro comprometeu-se a cooperar na implementação de programas de alimentação escolar em Angola, Moçambique e Cabo Verde.

    A partir do levantamento da situação em cada um desses países, serão identificadas as experiências de municípios e estados brasileiros que mais se aproximem das realidades locais e verificada a viabilidade de sua adaptação e implantação no exterior. (Assessoria de Imprensa do FNDE)

  • A coordenadora-geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Albaneide Peixinho, vai apresentar nesta quarta-feira, 30, às 14h, na plenária do Conselho Nacional de Seguridade Alimentar e Nutricional (Consea), no auditório do Anexo I do Palácio do Planalto, o Projeto de Lei da Alimentação Escolar (PL 2.877/2008), que amplia o atendimento do Pnae para o ensino médio.

    Caso seja aprovado, mais de oito milhões de estudantes da rede pública também passarão a contar com a suplementação alimentar do governo federal. Atualmente, o programa coordenado e financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) atende 36 milhões de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, com orçamento anual de R$ 1,6 bilhão.

    O projeto de lei foi enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional em fevereiro deste ano, mas ainda depende da formação de uma comissão especial para começar a ser analisado. O projeto tem ainda um cunho social e econômico. O artigo 13 determina que no mínimo 30% dos recursos financiados pelo FNDE sejam utilizados na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar, “priorizando os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas”. E essa compra pode ser feita com dispensa de licitação, “desde que os preços sejam compatíveis com os vigentes no mercado local”. Com isso, além de incentivar a agricultura familiar e a economia de cada localidade, os estudantes vão poder manter seus costumes alimentares dentro da escola.

    O PL 2.877/2008 também dispõe sobre a ampliação do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate), que atualmente atendem apenas ao ensino fundamental e podem passar a abranger a educação infantil e o ensino médio.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O Brasil terá, a partir de dezembro, parâmetros próprios para avaliar o estado alimentar e nutricional da população escolar. Atualmente, são usados parâmetros norte-americanos, incompatíveis com a cultura alimentar brasileira. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), gestor do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), constituiu grupo de trabalho com o objetivo de analisar e avaliar os valores de referência de ingestão dietética, propondo sua adequação por faixa etária das séries escolares.

    Os valores de referência de ingestão dietética são utilizados no planejamento e avaliação de dietas para pessoas saudáveis. Eles incluem os valores de ingestão mínima necessária para atingir necessidades nutricionais do indivíduo e os limites superiores que, aparentemente, não oferecem riscos à saúde. “A adequação dos valores à alimentação escolar permitirá que os nutricionistas elaborem cardápios que atinjam 15% das necessidades nutricionais diárias das crianças em idade escolar, como determina o Pnae”, afirma a nutricionista Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do programa.

    Segundo a nutricionista Lorena Chaves, técnica do Pnae, “ao fazer o planejamento dietético da alimentação escolar baseado em metas para o consumo médio da população escolar, será possível diminuir a carência ou o excesso de energia e nutrientes, atuando-se na prevenção de doenças de caráter nutricional, como obesidade e desnutrição e anemia por falta de ferro”. O grupo é formado por técnicos do FNDE, do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Associação Brasileira de Nutrição e universidades Católica de Brasília, Federal de Viçosa e UnB.

    Pesquisa — O FNDE está envolvido, ainda, na elaboração da Pesquisa Nacional de Consumo Alimentar e Perfil Nutricional, que vai estudar o impacto do Pnae sobre o estado nutricional dos estudantes do ensino fundamental. Serão avaliados os cardápios elaborados pelas escolas, sua aceitabilidade e a adequação do consumo às necessidades nutricionais dos alunos. Também se buscará identificar a eficiência e a efetividade do programa.

    A pesquisa foi idealizada pelo FNDE e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e será executada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Participam do trabalho, ainda, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

    Repórter: Lucy Cardoso

  • Foto: Tereza SobreiraO Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) promoverá, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, no segundo semestre, pesquisa em todo o território brasileiro para avaliar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), no segundo semestre de 2005. O trabalho vai abordar aspectos como gestão, alimentação e nutrição, perfil da clientela e controle social. Também será traçado o perfil nutricional dos estudantes até 14 anos e seu consumo alimentar.

    “Com a pesquisa, poderemos saber se as normas do programa estão sendo cumpridas, qual o grau de aceitabilidade da merenda pelos escolares, o nível de participação dos nutricionistas e dos conselhos de alimentação escolar, entre outros dados”, afirmou o presidente do FNDE, José Henrique Paim Fernandes. “A partir dos resultados, vamos traçar os indicadores de eficiência, eficácia e efetividade do Pnae que nortearão as políticas públicas na área.”

    A realização da pesquisa é mais uma iniciativa do MEC para aperfeiçoar o programa da merenda escolar, que completa 50 anos este ano. Segundo Paim Fernandes, uma das medidas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao Pnae foi mudar seu paradigma, passando-o de programa assistencialista para programa social de garantia do direito humano à alimentação, conforme determinam normas e tratados internacionais assinados pelo Brasil. Com a mudança, foram definidos como novos princípios do Pnae a universalidade, a equanimidade, a continuidade, a descentralização e o estímulo ao controle social.

    “A partir dos novos princípios, foram estabelecidas as diretrizes a serem adotadas pelos estados e municípios na execução do programa, com base nas quais o FNDE faz o monitoramento e a auditoria das ações referentes à alimentação escolar”, disse a coordenadora-geral do Pnae, Albaneide Peixinho. Essas diretrizes são o respeito aos hábitos regionais e à vocação agrícola das regiões; o fomento do controle social; o envolvimento dos governos federal e estadual e da administração municipal em atividades de capacitação, formação de hábitos alimentares saudáveis e promoção da educação alimentar no âmbito escolar. (Assessoria de Imprensa do FNDE)

  • Foto: Tereza SobreiraCom o objetivo de trocar informações, fazer um balanço e traçar novas diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) promove a partir de quarta-feira, dia 9, na Academia de Tênis, em Brasília, o 2º Encontro Nacional de Experiências Inovadoras em Alimentação Escolar. Estão inscritas cerca de 500 pessoas de todo o Brasil, entre gestores, professores, nutricionistas e merendeiras. Também serão comemorados os 50 anos do programa. O encontro se estenderá até sexta-feira, dia 11.

    A nutricionista Albaneide Peixinho, coordenadora-geral do Pnae, afirma que o encontro será importante também para fortalecer o controle social das políticas públicas na área da alimentação escolar e garantir o direito dos alunos a uma nutrição adequada e saudável. Segundo Albaneide, a alimentação escolar contribui para melhorar a aprendizagem e o rendimento escolar.

    O Pnae é o maior projeto de alimentação escolar do mundo. O orçamento para 2005, de R$ 1,265 bilhão, prevê o atendimento a 36,4 milhões de alunos da educação fundamental, infantil (pré-escola), creches, comunidades indígenas e quilombolas e entidades filantrópicas.

    Programação — A abertura do encontro contará com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, e dos presidentes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), Francisco Menezes, e do FNDE, José Henrique Paim Fernandes. Logo após a solenidade, o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Daniel Balaban, falará sobre os 50 anos do Pnae e suas metas até 2007. Em seguida, o representante do Programa Mundial de Alimentação (PMA) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Antonio Castillo, fará uma exposição sobre as ações do PMA relacionadas à alimentação escolar.

    Serão apresentados ao plenário dois projetos de alimentação escolar considerados exemplares pelo FNDE — Alimentação Escolar: Construindo o Futuro Todos os Dias, de Araxá, Minas Gerais, e Merenda Regionalizada: um Incentivo para o Desenvolvimento Local, de Concórdia, Santa Catarina.

    Também na quarta-feira, 9, será entregue o prêmio Gestor Eficiente, no Memorial JK, a partir das 19h. Estará presente o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (Assessoria de Imprensa do FNDE)

  • A alimentação escolar é uma questão estratégica para o desenvolvimento das nações. Assim a presidente da Associação Brasileira de Saúde e Alimentação Escolar, Rosane Nascimento Silva, definiu a alimentação escolar, ao abrir, nesta segunda-feira, 29, em Recife (PE), o 3º Congresso Internacional de Alimentação Escolar para a América Latina.

    “Um sonho sonhado por muitos já começa a ser uma realidade’, disse, certa vez, um poeta. Conclamo todos os presentes a trabalhar com afinco para ajudarmos os países da América Latina, da África e da Ásia a desenvolverem seus programas de alimentação escolar, como forma de assegurar às crianças o direito humano à alimentação”, afirmou o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban, na abertura do encontro.

    A fundadora e presidente da Rede Latino-Americana de Alimentação Escolar e diretora executiva da Associação Americana de Alimentação Escolar e da Fundação para a Nutrição Infantil, Bárbara Belmont, lembrou a intenção quando foi criada a rede: unir líderes e organizações que se comprometessem a disseminar e defender o princípio do direito da criança à alimentação, trocar informações sobre o assunto e conhecer boas práticas desenvolvidas nos diversos países do continente americano. “Ao ver todos vocês aqui, sinto-me orgulhosa do trabalho desenvolvido e confiante nos resultados que teremos pela frente”, disse.

    Ensino médio – Participam do evento 600 especialistas em alimentação escolar, sendo 200 da América Latina e dos Estados Unidos. Eles irão conhecer e debater as experiências nessa área em países tão diversos quanto a Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Estados Unidos, Jamaica, México, Panamá e Brasil. Na manhã da terça-feira, 30, a ministra da Educação da Bolívia, Magdalena Cajias, vai expor a situação da alimentação escolar em seu país e falar sobre realidades políticas para o desenvolvimento de uma política para a alimentação escolar.

    Durante o evento, o presidente do FNDE lembrou, ainda, que o governo federal brasileiro está enviando ao Congresso um projeto de lei que pretende estender o Programa Nacional de Alimentação Escolar aos estudantes matriculados no ensino médio. Com a medida, seriam beneficiados todos os 42 milhões de alunos da educação básica, num investimento de R$ 2 bilhões em 2008.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Plenária do Conselho Nacional de Seguridade Alimentar e Nutricional (Consea), reunida em 30 de abril, decidiu pedir audiência com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para mostrar a importância do Projeto de Lei nº 2.877, deste ano, e a necessidade de indicação dos integrantes da comissão especial que o apreciará. O objetivo é apressar a tramitação do projeto, que amplia o atendimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para o ensino médio — abrange, hoje, a educação infantil e o ensino fundamental.

    Os representantes estaduais do conselho também vão montar uma estratégia para pressionar os deputados a agilizar a tramitação da proposta. “Precisamos definir estratégias para dar publicidade aos temas nos estados”, disse o presidente do Consea, Renato Maluf.

    Caso o projeto de lei seja aprovado, mais de oito milhões de estudantes da rede pública passam a contar com a suplementação alimentar do governo federal. O programa, coordenado e financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) atende 36 milhões de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, com orçamento anual de R$ 1,6 bilhão.

    O projeto tem cunho social e econômico. O artigo 13, por exemplo, determina que no mínimo 30% dos recursos financiados pelo FNDE sejam utilizados na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar, com prioridade para os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas. A compra pode ser feita com dispensa de licitação, desde que os preços sejam compatíveis com os vigentes no mercado.

    O projeto também dispõe sobre a ampliação do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate), que atendem o ensino fundamental e podem passar a abranger a educação infantil e o ensino médio.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O Ministério da Educação reservou R$ 3,3 milhões no orçamento de 2005 para ampliação, construção ou reforma dos alojamentos das escolas agrotécnicas federais (EAF), em todo o País. A dotação de recursos só foi possível graças ao incremento real de 24% no orçamento da rede federal.

    Com os investimentos, o diretor de Educação Profissional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Getúlio Marques Ferreira, acredita que as 36 escolas agrotécnicas poderão abrigar cerca de 3.000 novos estudantes a partir de 2006. Os investimentos começarão a ser feitos já no primeiro semestre de 2005.

    Getúlio Marques Ferreira explica que esses investimentos fazem parte de um pacote de medidas do Ministério da Educação para a valorização, fortalecimento e ampliação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, da qual fazem parte as escolas agrotécnicas federais.

    Recentemente, o ministro Tarso Genro autorizou a contratação de 800 novos professores para o quadro permanente das instituições, sem necessidade de dispensa dos temporários, para incrementar o quadro de magistério em toda rede de escolas federais com ensino básico e profissional, entre as quais as EAFs.

    O Ministro assinou, também, portaria em 2004 autorizando as EAFs a oferecerem cursos superiores de tecnologia, em caráter experimental. Após a autorização, a primeira escola a abrir um curso é a EAF de Salinas, em Minas Gerais, que formará tecnólogos em produção de cachaça. A EAF de Iguatu, no Ceará, e a EAF de Inconfidentes, em Minas, também receberam autorização e está oferecendo curso superior de tecnologia em irrigação e drenagem (em Iguatu) e gestão ambiental na agropecuária (em Inconfidentes).

    Leandro Marshall

  • O presidente da International Pediatric Sleep Association e professor do departamento de Neurologia do Desenvolvimento e Psiquiatria da Universidade La Sapienza, de Roma, Oliviero Bruni, dá o curso Medicina do Sono na Infância em Porto Alegre. As aulas serão ministradas no Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), até domingo, 28. O curso tem apoio da Escola de Altos Estudos, programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

    O curso teve início na segunda-feira, 22, com a participação de alunos do Brasil, Chile, Uruguai e Argentina. Ao final, as aulas estarão disponíveis em DVD para alunos e instituições interessados. Mais informações na página eletrônica da PUCRS.

    Oliviero Bruni tem diversos estudos publicados na literatura internacional e é autor de vários capítulos de livros, além de chefiar o departamento de Distúrbios do Sono na Infância da universidade italiana. “É um tema de fundamental importância, apesar de ser pouco abordado na formação médica”, diz a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da PUCRS e organizadora do curso, Magda Lahorgue Nunes. “Distúrbios do sono na faixa etária pediátrica são muito freqüentes”, conclui.

    A Escola de Altos Estudos foi criada em 2006, para estimular a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Por meio desse programa, a Capes fornece recursos a instituições brasileiras para que convidem professores e pesquisadores estrangeiros para ministrar cursos de excelência a estudantes de pós-graduação do Brasil. As inscrições ficam abertas o ano todo, em fluxo contínuo. No total, já foram apoiados 22 projetos.

    Fátima Schenini

  • A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) prossegue até sexta-feira, 23, com o curso ministrado pela professora de literatura francesa e teoria da literatura da Universidade de Tel Aviv, em Israel, Ruth Amossy, sobre o Ethos e a análise argumentativa. As aulas integram um dos 18 projetos selecionados para o programa Escola de Altos Estudos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes/MEC).

    De acordo com a professora da Faculdade de Letras da UFMG, Ida Lúcia Machado, que coordena o projeto, a presença de Ruth Amossy vem consolidar uma linha de pesquisas sobre a análise do discurso na pós-graduação. Ela explica que Amossy é a maior 'herdeira' da 'escola' de Chaïm Perelman, que colocou novamente em voga, no século XX, a tradição clássica dos estudos retóricos no mundo ocidental.

    Entusiasmada, Ida Machado diz que o programa Escola de Altos Estudos, mais que um programa, é um lugar onde foi ouvida (e compreendida) enquanto pesquisadora. “Os benefícios que esse programa poderá trazer são imensos”, acredita.

    Cooperação acadêmica ― O programa Escola de Altos Estudos foi criado em maio de 2006, para estimular a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Seu objetivo é possibilitar que professores e pesquisadores estrangeiros, com elevado conceito internacional, possam realizar cursos monográficos no Brasil, a fim de fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação das instituições brasileiras.

    As instituições que quiserem participar da Escola de Altos Estudos devem apresentar projetos que indiquem o professor estrangeiro a ser convidado, seu currículo, justificativa do convite, programa e período do curso a ser ministrado (com duração não superior a 120 dias), além de estimativa inicial de orçamento, entre outros pontos. As inscrições ficam abertas o ano inteiro. Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) deu início na quarta-feira, dia 1º, ao curso sobre doenças mitocondriais, com o apoio da Escola de Altos Estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). As aulas contam com a participação do professor Michio Hirano, da Universidade de Colúmbia, Estados Unidos.

    Hirano integra um grupo de pesquisadores com tradição no estudo das doenças metabólicas, em especial das encefalomiopatias mitocondriais, e  desenvolve pesquisas que elucidam importantes aspectos da fisiopatologia dessas doenças. “Os estudos de Michio Hirano resultaram em mais de cem artigos originais publicados em revistas científicas e em mais de 50 revisões do assunto, publicadas na forma de artigos de revisão, editoriais ou capítulos de livros”, disse João Pereira Leite, professor de neurologia da FMRP e responsável pelo curso.

    Segundo Pereira Leite, entre as contribuições mais recentes de Hirano estão a identificação do lócus genético, do defeito molecular e da alteração bioquímica associados à encefalomiopatia neurogastrointestinal mitocondrial (MNGIE) e a elucidação das causas bioquímicas e moleculares da deficiência primária da coenzima Q10.

    A Escola de Altos Estudos da Capes foi criada em 2006 para estimular a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Tem ainda o propósito de possibilitar a professores e pesquisadores estrangeiros com elevado conceito internacional a fazer cursos no Brasil para fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação das instituições brasileiras.

    As aulas da FMRP prosseguem até terça-feira, dia 7, com transmissão pela internet. As inscrições para a Escola de Altos Estudos ficam abertas ao longo do ano. Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Professores de universidades da França, do Chile, da Argentina e do Brasil vão participar da Primeira Escola de Verão em História Conceitual da Matemática, que a Universidade de Brasília (UnB) vai promover a partir do dia 18. O evento é financiado pelo programa Escola de Altos Estudos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    Apesar de contar com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), um dos mais importantes centros de matemática do mundo, o Brasil apresenta um dos índices mais baixos em relação à capacidade de aprendizado da disciplina. “A história da matemática pode nos ajudar a mudar esse quadro”, diz o professor Wilton Barroso Filho, coordenador do curso. “Deixamos de falar de uma disciplina rigorosamente técnica e exata e passamos a falar do ponto de vista das ciências humanas, buscando introduzir a noção de cultura matemática. Isso é feito em países como França e Itália há cerca de 200 anos.”

    As inscrições, gratuitas, estão abertas até sábado, 16. Portadores de diploma de graduação podem se inscrever. Estudantes de mestrado terão direito a quatro créditos. Mais informações na página eletrônica da Reitoria da UnB.

    A Escola de Altos Estudos foi criada em dezembro de 2006 para estimular a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu — mestrado, doutorado e pós-doutorado. A Primeira Escola de Verão em História Conceitual da Matemática é o 23º projeto aprovado pela Escola de Altos Estudos para 2008 e o 40º desde que o programa foi criado. “Como estamos em fevereiro, espera-se, este ano, que sejam duplicados os números de 2007, quando foram beneficiados 17 projetos”, diz o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes, Leonardo Barchini Rosa.

    O programa possibilita a instituições brasileiras convidar professores e pesquisadores estrangeiros de elevado conceito internacional a ministrarem cursos em todas as áreas do conhecimento. A Capes repassa recursos de até R$ 150 mil para cada projeto aprovado.

    As propostas podem ser apresentadas ao longo do ano.

    Fátima Schenini

  • A estudante cega Eduarda dos Santos Henrique Lima, nove anos, foi escolhida pela Rede Globo, entre várias alunas do Instituto Benjamim Constant (IBC), para ajudar a atriz Bruna Marquezini, que interpreta a personagem Flor, também cega, na novela América. Além de dar suporte à atriz, Eduarda, que estuda no IBC desde os quatro anos, deve contracenar com Bruna na novela.

    Estudante da segunda série do ensino fundamental, a carioca Eduarda disse estar gostando da nova experiência. Um de seus maiores sonhos é ser atriz. Bruna esteve no IBC para saber como se comportam os alunos da instituição, assistir aulas e conversar com Eduarda. "Está sendo fácil participar do processo. Não sei se a Bruna sente o mesmo", disse Eduarda. Ela afirma que gosta do IBC, onde assiste às aulas diariamente, pela manhã. À tarde, estuda música e faz natação, também no instituto.

    O IBC, referência nacional para cegos, com sede no Rio de Janeiro, atende 294 alunos até 20 anos de idade, além dos estudantes de reabilitação. No total, são 450 estudantes.

    Bruna não foi a primeira a conhecer o dia-a-dia do instituto. "Sempre somos procurados para dar suporte em peças de teatro e filmes", explicou Maria da Glória Souza Almeida, vice-diretora do IBC. Segundo ela, os atores Julia Lemmertz, Cláudio Marzo e Marcos Frota, e a autora de novelas Glória Peres já estiveram no instituto. "Também já estivemos no Projac (complexo de estúdios da emissora) para participar de discussões", explicou.

    Reconhecimento - Sobre a atuação de Eduarda na novela, Maria da Glória lembrou que é apenas uma colaboração. "Ela não é atriz. Faz um trabalho de apoio", disse. Maria da Glória informou que o IBC vai receber, na quinta-feira, dia 14, às 9h, a comenda Enrique Elissande, da União Latino-Americana de Cegos, entidade que congrega vários países da América Latina. "Será uma homenagem e o reconhecimento do valor e da importância do trabalho do instituto", disse.

    Fundado em 17 de setembro de 1854, por dom Pedro II, o IBC é um centro de referência nacional para portadores de deficiência visual. A história e os projetos do instituto estão na internet. Mais informações pelo telefone (21) 2543-1119.

    Repórter: Susan Faria

  • A estudante Luísa Lima Castro obteve o primeiro lugar no Enem deste ano (Foto: Arquivo Pessoal)A estudante Luísa Lima Castro, ex-aluna do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais, obteve o primeiro lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. No domingo, 2, Luísa fez também o vestibular para o curso de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Caso, porém, não consiga uma das 320 vagas, já tem uma bolsa integral garantida na Faculdade de Ciências Médicas.

    A estudante participou do Enem com 2,7 milhões de alunos e conseguiu 100% de aproveitamento na prova objetiva e na redação, enquanto a média nacional foi de 54% (52% na prova objetiva e 56% na redação). No curso de  química do Cefet-MG, Luísa sempre se dedicou muito aos estudos. “Raramente namorava ou saia com os amigos”, conta.

    Luísa concluiu o curso no segundo semestre de 2006. Em 2005, com um grupo de estudantes, obteve o primeiro lugar na Mostra Específica de Trabalhos e Aplicações do Cefet-MG, com o trabalho Brasil Sustança. Em março de 2006, a mesma equipe ganhou quatro prêmios na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, Criatividade e Inovação (Febrace), em São Paulo, e recebeu convite para participar do encontro anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Florianópolis.

    A professora Eliza Maria Farias, do Cefet-MG, que orientou o trabalho Brasil Sustança, salienta que Luísa estuda muito e faz por merecer todos os prêmios que conquista.

    Sophia Gebrim
  • DivulaçãoAs 18 alunas selecionadas para o curso de artesanato com materiais reciclados do programa Escola de Fábrica são as responsáveis pela decoração natalina do município gaúcho de Três de Maio. O trabalho realizado pela turma agradou a população.

    “Estamos muito satisfeitos por sermos parceiros de um programa que está modificando para melhor a vida de muitos jovens da região”, disse o representante do Escola de Fábrica na região, Rubens de Oliveira. “Como a prefeitura é a unidade formadora da turma de artesanato, as alunas aceitaram o desafio e apresentaram um belo resultado.”

    A responsável pela coordenação do programa na prefeitura, Márcia Herbertz, disse que as alunas estão empolgadas com o curso e com a expectativa de emprego. “No semestre passado, essas jovens não tinham perspectivas. Com o trabalho desenvolvido para as festas de fim de ano, já conseguiram vender decorações natalinas para igrejas e empresas da cidade e obtiveram uma pequena renda”, afirmou Márcia.

    As aulas do curso de artesanato começaram em setembro deste ano, com módulos de reforço escolar — português, matemática, história e geografia — e temas transversais, como noções de ética, cidadania, mundo do trabalho, imagem pessoal, saúde, meio ambiente e história regional. Na formação profissional, há cursos de artesanato tradicional, práticas de educação ambiental sobre o lixo, arte com garrafas pet e jornal, reaproveitamento de sucata, produção de artesanato em cerâmica, barro, cipós, sementes, fibras vegetais e outros materiais recicláveis.

    No Rio Grande do Sul, 20 municípios participam do programa. São 915 alunos em 46 cursos de iniciação profissional, dentre os quais cartonagem, restauração de livros, informática, trabalhos náuticos, gestão de cooperativas agropecuárias, produção agroindustrial, fruticultura e reflorestamento, cultivo e comercialização de plantas medicinais, preservação dos recursos naturais e agroindústria familiar.

    O Escola de Fábrica tem como objetivo capacitar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho por meio de cursos de iniciação profissional no próprio ambiente das empresas. Este ano, foram investidos R$ 25 milhões. Para 2006, a previsão é de R$ 54 milhões para certificar 40 mil jovens com renda de até 1,5 salário mínimo.

    Repórter: Marco Aurélio Fraga

  • A primeira edição do Concurso MEC de Vídeo Universitário foi vencida por André Moraes, da Universidade Federal da Paraíba, com o vídeo Alma, que aborda a vida após a morte sem apelar para os clichês do gênero.  Os prêmios, no valor total de R$ 18 mil, serão entregues na terça-feira, dia 4, às 14h, no auditório do Ministério da Educação.

    A coordenadora do concurso, Érica Bauer, destacou tanto a quantidade de participantes quanto a qualidade dos vídeos apresentados. “Foram mais de 130 inscritos, a maioria com uma qualidade que surpreendeu a todos”, salientou.

    O segundo lugar foi para Daniel Lisboa, da Faculdade de Tecnologia e Ciências, de Salvador, com O Fim do Homem Cordial. O diretor usou uma linguagem radical para chamar a atenção para a situação conflituosa da sociedade brasileira, que pode ficar ainda mais tensa se o homem cordial, um dia, perder a paciência quase infinita. O conceito de homem cordial foi cunhado por Sérgio Buarque de Hollanda no livro “Raízes do Brasil”.

    Habeas Corpus, de Débora Diniz, do curso de letras da Universidade de Brasília, conquistou o terceiro lugar. O vídeo traz à luz o tema do aborto, acompanhando uma família em um momento tão difícil sem interferir no fluxo das ações.

    Um diretor de cada produção estará em Brasília para a cerimônia de premiação. O primeiro colocado receberá R$ 10 mil; o segundo, R$ 5 mil e o terceiro, R$ 3 mil.

    Sandro Santos

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