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  • São Paulo – A experiência brasileira de implementação do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) foi apresentada nesta terça-feira, 11, em São Paulo, a representantes de 12 países. Até quinta-feira, 13, o 2º Seminário de Consórcios de Bibliotecas Ítalo-Ibero-Latino-Americanas reúne Argentina, Venezuela, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Portugal, Peru, Itália, Uruguai e Paraguai, além do Brasil, para debater avanços na oferta de informação científica mundial.

    O diretor de programas da Capes, Emídio Cantídio, abriu o seminário e apresentou os avanços do portal brasileiro. Em 2002, explicou, o serviço oferecia 2.096 títulos de periódicos. Hoje, são mais de 11 mil. Segundo Cantídio, a meta brasileira é chegar a 15 mil periódicos até 2010. “Com isso, esperamos consolidar o Portal de Periódicos da Capes como um dos maiores e de melhor qualidade do cenário mundial”, destacou.

    Um aspecto comemorado é o número de acessos anuais. Em 2005, foram 13,8 milhões; de janeiro a setembro deste ano, já são 15,5 milhões, o que dá uma média de 130 mil acessos por dia.   

    O Portal de Periódicos foi criado para apoiar as instituições de ensino superior com cursos de pós-graduação stricto sensu na manutenção de acervos de periódicos. De 2001 a 2007, o número de instituições beneficiadas passou de 72 para 188. Pesquisadores, professores, estudantes e comunidade podem ter acesso, nos locais credenciados, às mais importantes publicações de informação científica e tecnológica mundial. “Antes, cada universidade comprava seu acervo em papel. O portal tornou mais eficiente o acesso aos conteúdos e promoveu uma economia em escala que permite ampla democratização da informação”, afirmou Cantídio.

    Portugal — A bibliotecária Maria Teresa Costa, da Fundação para a Computação Científica Nacional, representante do consórcio de Bibliotecas do Conhecimento On-Line (B-On), fez uma demonstração da evolução do serviço oferecido pelo governo português. Atualmente, são 75 instituições participantes (universidades públicas, privadas, institutos politécnicos e hospitais) e 313 mil usuários. Em 2007, foram baixados 3,6 milhões de documentos. 

    Segundo Maria Teresa, em 2006, o governo português decidiu realizar mudanças na forma de financiamento. “Até então, financiávamos 56% para todas as instituições”, disse. A partir deste ano, o serviço passou a ser mantido integralmente para as universidades públicas. As particulares passaram a ter uma ajuda de 50%. Para 2008, não mais haverá financiamento para as particulares e hospitais. O orçamento do consórcio depende da política do Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior português.

    Para esta quarta-feira, 12, estão programadas palestras sobre as experiências de Espanha, Venezuela, México, Cuba e Uruguai.

    Adriane Cunha

  • Especialistas em educação e representantes governamentais de diversos países terão a oportunidade de conhecer o sistema educacional brasileiro e o papel da pós-graduação durante o Fórum Internacional de Educação, que começa nesta sexta-feira, 14, na capital da República Popular da China, Pequim. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, faz palestra na manhã de sábado, 15, e mostra a evolução do ensino e da pesquisa no Brasil. O secretário de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, integra a missão à China.

    O presidente da Capes conta que irá destacar áreas de pesquisa que têm alcançado destaque internacional. Segundo ele, o Brasil conquistou, nos últimos anos, avanços extraordinários no campo de estudos sobre plantas, no desenvolvimento das ciências animais e agrícolas. “Hoje, lideramos a produção de carne bovina, suína e avícola. E, ainda, temos o suco cítrico (laranja), feijão, soja, cana-de-açúcar e frutas tropicais. Isso resulta em crescimento para o agronegócio e, conseqüentemente, contribui para o desenvolvimento do país. Além de despertar a atenção internacional”, afirma. O agronegócio é responsável por 33% do produto interno bruto brasileiro, responde por 42% das exportações totais e 37% dos empregos.

    Enfocará, também, a solidez, a excelência dos programas de pós-graduação brasileiros na pesquisa científica e tecnológica e a formação de recursos humanos altamente qualificados.

    A Associação Chinesa de Educação para o Intercâmbio Internacional, com o apoio do governo chinês, espera reunir cerca de 400 participantes no evento. O objetivo é trocar experiências e conhecer diferentes políticas de educação. O tema do encontro é “Cooperação Internacional em Educação nas Escolas – atualidade, políticas e perspectivas”.

    Além de participar do encontro, Guimarães irá visitar a Universidade de Pequim, a Universidade Chinesa do Petróleo, a Xi’na Jiatong University (cidade de Xi’na), e ainda a Universidade de Shangai e Fudan (cidade de Shangai).

    Parceria – A China quer intensificar as relações na área de cooperação internacional e prospectar futuros acordos com a pós-graduação brasileira. Para isso, uma delegação do Ministério da Educação da República Popular da China (RPC), esteve reunida com o presidente da Capes e com o coordenador-geral de Cooperação Internacional, Benício Schmidt, no mês de junho. “O Brasil e a China já possuem uma forte cooperação em áreas como biotecnologia, genética e espacial (satélites) e, agora, temos que aprofundar a relação na pós-graduação”, disse Guimarães. Atualmente, a China possui cerca de 800 mil estudantes de pós-graduação.

    Repórter: Adriane Cunha

  • O Conselho Técnico Científico da Coordenação 5de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes/MEC) aprovou na última quarta-feira, 16, a abertura de 38 novos cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional em todo o país. O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, disse que o critério número um para a recomendação dos cursos é a qualidade.

    Segundo Janine os cursos são avaliados a partir da produção científica do corpo de professores, pesquisa científica, publicações de artigos e livros reconhecidos pela comunidade científica. "É preciso verificar se, de fato, eles estão trazendo um aporte para a ciência no país e no mundo", explica. Também são analisadas a estabilidade do curso, a existência de boas bibliotecas e a segurança de que os alunos não tenham seus cursos interrompidos.

    Atualmente, o Brasil possui 2.972 cursos de pós-graduação. Deste total, 1.935 são de mestrado e 1.037 de doutorado. A Região Sudeste concentra a maioria dos cursos de todo o país com 55% de mestrado e 66% de doutorado.

    Conquista - O diretor de avaliação da Capes disse que a grande conquista deste ano é o avanço geográfico do doutorado brasileiro com a criação do programa em Biologia Experimental, da Universidade Federal de Rondônia.

    "Este é o doutoramento mais a oeste do Brasil e que trata de uma doença cruel chamada malária", afirma. A abertura dos novos cursos também possibilitou a criação do primeiro doutoramento voltado para os estudos étnicos africanos na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

    Janine informou ainda que o MEC criou o Plano Nacional de Pós-graduação com o objetivo de aumentar o número de doutores e mestres por ano. Em 2003, foram formados 8.094 novos doutores. Para este ano, a expectativa é de que o número aumente para 10 mil novos doutores. Em abril será aberto para as instituições o aplicativo de propostas para novos cursos de mestrado e doutorado.

    Sandro Santos

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes/MEC) recomendou 147 novos cursos de pós-graduação em instituições de ensino superior. Foram aprovados 83 mestrados, 44 doutorados e 20 mestrados profissionais. No total, foram avaliadas 408 propostas. A área com maior número de cursos aprovados foi a multidisciplinar, com 18 projetos. Em seguida, engenharia e medicina, com oito, e saúde coletiva com sete cursos recomendados. Ainda serão analisados 36 cursos. E 225 cursos não foram recomendados.

    Os integrantes do Conselho Técnico Científico da Capes reuniram-se na semana passada, em Brasília, para avaliar as propostas. Antes, os 600 consultores de 45 áreas do conhecimento julgaram as propostas, baseados nos critérios de qualidade da Capes. Após a recomendação, os cursos receberão o reconhecimento do Conselho Nacional de Educação (CNE). O total de cursos de pós-graduação hoje no país passa a ser de 3.592. A lista dos cursos recomendados está na página eletrônica da Capes.

    Destaques – Entre os cursos recomendados, destaque para o primeiro doutorado do estado do Amapá. A Universidade Federal do Amapá obteve o reconhecimento de qualidade do doutorado em biodiversidade tropical. Segundo o representante da área de ecologia da Capes, Fábio Scarano, o curso atende à necessidade de criação de condições ao desenvolvimento do estado mais intocado da Amazônia, em que 91% do território é selvagem e 55% está sob preservação ambiental. “É importante que se tenha produção de conhecimento local, para que se possa conter a depredação”, diz Scarano.

    Com o objetivo de fomentar estudos vinculados ao potencial específico da região Norte, a Universidade Federal do Pará (UFP) recebeu aprovação dos cursos de mestrado e doutorado em ecologia aquática. Como o estado faz parte da maior bacia hidrográfica do planeta e tem alta biodiversidade e recursos hídricos, o curso deverá ter boa demanda. “É estratégico, voltado para nossa maior riqueza local”, diz Scarano. A UFP tem tradição em pós-graduação em ciências biológicas e geociências. Segundo Scarano, o curso vem para aperfeiçoar estudos dos profissionais das áreas de biologia, engenharia de pesca, geografia, oceanografia e ciências ambientais.

    Os dois programas de pós-graduação também atendem a uma das ações prioritárias da Capes, a formação de recursos humanos na região, dentro do programa Acelera Amazônia.

    Adriane Cunha

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) aprovou nesta semana 194 novos cursos de pós-graduação. Destes, 104 são mestrados, 60 doutorados e 30 mestrados profissionais. O Conselho Técnico e Científico da Capes analisou 444 cursos, 19 permanecem em análise e 231 não foram recomendados. Os cursos podem começar as atividades a partir de agosto.

    As áreas que mais aprovaram cursos foram a multidisciplinar, com 22; as engenharias, 17; e as ciências agrárias, 16. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, afirma que as propostas encaminhadas atenderam às expectativas. “A crescente qualidade das propostas tanto das instituições públicas quanto das não-públicas é muito salutar. O sistema por onde são encaminhadas as propostas também está mais amigável e eficiente e acaba demonstrando a qualidade real das propostas”, diz. Com isso, é possível analisar melhor os componentes pedagógicos e os indicadores que são mais valorizados na avaliação da Capes, explica. Guimarães destacou, ainda, o crescimento geral do número de projetos aprovados e os avanços de algumas regiões como Norte e Nordeste, além das universidades federais da Amazônia e do ABC, que tiveram cursos aprovados.

    Cerca de 700 consultores de 45 áreas do conhecimento participaram da análise das propostas. O processo começa com reuniões entre os integrantes das comissões de área. Ao avaliar as propostas de cursos novos é verificado se elas atendem ao padrão de qualidade requerido pela Capes. São analisados pontos como: qualificação e experiência do corpo docente, infra-estrutura física da instituição, compromissos da instituição quanto ao apoio prioritário ao curso.

    As instituições enviaram suas solicitações de novos cursos por meio do Aplicativo para Propostas de Cursos Novos (APCN) 2007. O instrumento, que pode ser acessado no portal da Capes, é o meio usado pelas pró-reitorias para detalhar seus projetos. A Capes recebeu, em 2006, 449 propostas e aprovou 323 novos cursos.

    Adriane Cunha

  • O Conselho Técnico Científico (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) aprovou, nesta semana, 23 cursos de mestrado e doutorado. São dois doutorados, 12 mestrados acadêmicos e nove mestrados profissionais. O destaque foi a aprovação de uma proposta inovadora de doutorado que envolverá 25 instituições de ensino superior do país.

    O projeto foi apresentado pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), do Ministério da Ciência e Tecnologia, por quatro instituições federais. As universidades Federal e Estadual do Ceará e as federais de Pernambuco e Rio Grande do Norte estarão à frente da implementação. O curso de doutorado será em biotecnologia e foi recomendado pelo CTC com conceito 5. "O doutorado é importante porque irá representar não só avanços acadêmicos para a região como, também, avanços tecnológicos", diz o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro.

    A coordenadora de Acompanhamento e Avaliação da Capes, Rúbia Silveira, diz que a proposta é inédita, porque reúne competências de diversas partes do país e irá beneficiar a região Nordeste na formação de recursos humanos.

    Em Pernambuco, foi aprovado um curso de mestrado profissional em engenharia de software, com conceito 3. O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) encaminhou projeto de qualificação de recursos humanos com foco para o mercado e aprofundamento em pesquisa. Outro mestrado profissional aprovado foi do Instituto de Pesquisas Ecológicas, instituição sem fins lucrativos de São Paulo. O curso vai formar mestres em conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável.

    Os 22 integrantes do CTC discutiram o parecer técnico de 81 propostas. Os projetos foram apresentados à Capes em 2005 e passaram pela análise das respectivas áreas da instituição. Os conselheiros não recomendaram 55 propostas. Outras 36 - incluindo três propostas apresentadas e com alguma pendência - estão em diligência.

    Propostas 2005 - Foram encaminhadas à Capes, em 2005, 502 projetos, 7% a mais do que em 2004, quando 471 pedidos de cursos foram apresentados. Em 2002, foram 380 propostas e em 2003, 440. De 2002 a 2005, foram criados 750 cursos de pós-graduação. Após a recomendação da Capes, os cursos deverão ser reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O país passará a ter 3.426 cursos de pós-graduação. Confira a lista dos aprovados na última reunião do CTC na página eletrônica da Capes.

    Repórter: Adriane Cunha

  • Os integrantes do Conselho Técnico Científico (CTC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), aprovaram terça-feira, 23, seis novos cursos de mestrado. Os projetos são nas áreas de direito, administração, economia e multidisciplinar.

    No total, os conselheiros analisaram treze propostas que tiveram pedidos de reconsideração apresentados pelas instituições de ensino superior. As propostas foram apresentadas em 2004 e passaram por análise dos consultores das respectivas áreas, baseada nos critérios da avaliação trienal. No ano passado, foram encaminhadas à Capes 450 propostas de criação de novos cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional. Nos últimos três anos, foi aprovada a criação de 582 novos cursos no país.

    Os cursos de mestrado aprovados são: direito, das Faculdades Integradas de Curitiba; economia, da Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais; administração, da Faculdade Novos Horizontes (MG); desenvolvimento e planejamento territorial, da Universidade Católica de Goiás; estética e filosofia da arte, da Universidade Federal de Ouro Preto (MG); e ciência da família; da Universidade Católica de Salvador. Todos receberam conceito três, nota mínima para abertura de curso.

    Após a recomendação da Capes, os cursos deverão ser reconhecidos pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O total de 3.137 cursos de pós-graduação existentes hoje no país passará a ser de 3.143.

    Repórter: Adriane Cunha

  • O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, assinou nesta terça-feira, 11, um novo acordo de cooperação internacional para intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes brasileiros e italianos. Grupos de pesquisa de todo o país poderão trocar experiências com um dos mais importantes centros de estudos da Itália, o Instituto Politécnico de Turim. A instituição italiana é referência em estudos nas áreas de engenharias e arquitetura, principalmente em design.

    Para Guimarães, a nova parceria dá continuidade ao trabalho de priorizar as áreas tecnológicas, como é o caso das engenharias, além de ampliar ainda mais a cooperação internacional da Capes. “Vamos lançar um edital este ano para que os estudantes brasileiros possam começar a realizar o intercâmbio em 2006”, destaca.

    Algumas universidades brasileiras como a Universidade de São Paulo (USP) e a Unicamp, de Campinas, já possuem projetos em comum com o Instituto Politécnico. A idéia da direção da Capes é dar oportunidade para que outras universidades possam fazer o mesmo. O professor da USP e representante da área de Engenharia I da Capes, Vahan Agopyan, integra a missão.

    Os interessados em participar desse intercâmbio devem ficar atentos para o lançamento do edital de seleção. Uma comissão formada por integrantes da Capes e do Instituto Politécnico irão analisar os projetos.

    Repórter: Adriane Cunha

  • Foto: Fausto Trentini/AndifesNovos mecanismos de avaliação do ensino na pós-graduação estão sendo criados com parcerias entre especialistas brasileiros e da América Latina e Caribe. Para isso, serão desenvolvidos estudos sobre métodos mais eficientes de avaliação de acordo com as normas de cada país. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes/MEC) assinou nesta sexta-feira, 17, convênio com o Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc/Unesco), a Rede Ibero-Americana para a Avaliação da Qualidade da Educação Superior (Riaces) e a Comissão Nacional de Avaliação Universitária da Argentina (Coneau). O objetivo é promover o desenvolvimento da avaliação das carreiras de pós-graduação nesses países, segundo as prioridades e normas de cada um.

    A cerimônia ocorreu na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, durante o 1º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Redes Universitárias e de Conselhos de Reitores. Entre as atividades conjuntas estão seminários, debates, cursos de interesse mútuo e o intercâmbio de instrumentos, dados, experiências e atividades. Além disso, serão feitos estudos e investigações sobre os sistemas de pós-graduação e mecanismos de avaliação.

    O presidente da Capes, Jorge Guimarães, destacou o crescimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação, formado por 3.561 cursos de pós-graduação, sendo 2.339 de mestrado e 1.222 de doutorado. Em 1976, o número total de cursos de pós-graduação era de 673, sendo 490 cursos de mestrado e 183 de doutorado.

    Avaliação – O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, apontou o que considera fundamental para o desenvolvimento da pesquisa. “Não queremos que nossos mestrandos e doutorandos tenham aulas ou sejam orientados por quem não pesquisa”, disse. Segundo ele, é importante que o aluno seja efetivamente formado, integrando suas atividades com as do orientador. “O foco da avaliação da Capes é o aluno. Não analisamos só a produção docente, mas o modo como ela ajuda o aluno a trabalhar melhor.”

    O evento reuniu autoridades educacionais brasileiras e reitores de universidades públicas de 16 países para uma articulação entre as redes universitárias e os conselhos de reitores da região, para aperfeiçoar os projetos educacionais conjuntos.

    Fátima Schenini

  • Neste ano, a pós-graduação stricto sensu contará com 3.386 bolsas a mais

    Com a implantação do Modelo de Distribuição de Bolsas, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aumentou o número de bolsas em 42,1% dos cursos de mestrado e doutorado. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira, 27, por Benedito Aguiar, presidente da Capes.

    O aumento foi possível devido à inclusão de 3.386 bolsas ao sistema brasileiro de pós-graduação stricto sensu. Com a incorporação desses benefícios, os cursos de mestrados e dourado passaram a contar com cerca de 84,7 mil bolsas financiadas pela Capes.

    O Modelo de Distribuição de Bolsas valoriza os cursos com bons desempenhos na avaliação da Capes e investe na formação de pessoal e na pesquisa científica em todo o país. Dessa forma, outros 37,7% do total dos cursos mantiveram o número de bolsas que tinham antes da implantação do modelo.

    Apenas 20,2% dos cursos tiveram redução no número de bolsas. Esses benefícios não foram cortados. Eles ficaram no chamado “empréstimo”, ou seja, o pesquisador vai continuar recebendo normalmente o recurso até o final da vigência da bolsa. “Esses empréstimos poderão, plenamente, ser recuperados quando o modelo em 2021 for alimentado com os novos indicadores dos cursos”, ressaltou Aguiar.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • A Coordenação adotou diversas medidas para apoiar os pesquisadores durante a pandemia do novo coronavírus

    A segurança de estar em casa em meio à pandemia do novo coronavírus. Foi isso que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) proporcionou a 428 bolsistas que puderam retornar ao Brasil. As medidas foram tomadas em razão da disseminação da doença em diversos países.

    Os estudantes foram auxiliados pelo canal de comunicação dos pesquisadores com a Capes, o “Linha Direta”. Eles receberam informações sobre as possibilidades de retorno ou permanência diante o atual cenário.

    As bolsas da Capes serão pagas até a normalização da situação. Os benefícios que se encerrariam neste mês serão prorrogados por até 60 dias. O retorno dos bolsistas ao Brasil é uma das opções oferecidas pela Coordenação.

    Entre os pesquisadores que já voltaram para casa está Caroline Jerke. Ela estava concluindo o doutorado-sanduíche na Universidade de Queensland, na Austrália, quando a crise começou a se agravar. A volta da bolsista ao Brasil estava marcada para o dia 29 de março. Entretanto, no dia 12 ela fez contato com a equipe técnica da Capes e pediu o retorno. Em 48 horas a pesquisadora embarcou de volta ao Brasil. “A equipe me atendeu muito bem, resolveu tudo muito rápido, foram extremamente solícitos”, agradeceu a doutoranda.

    Já a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Patrícia Cuervo estava na Alemanha como professora visitante. No dia 16 de março ela entrou em contato com a Capes para solicitar uma passagem de volta, que foi marcada para o dia 23. Devido às restrições do tráfego aéreo, o voo foi cancelado. Os técnicos da Coordenação conseguiram remarcar a viagem para o dia 18. “Senti que havia boa vontade, eficiência e profissionalismo para resolver a situação dos bolsistas no exterior da melhor maneira possível”, afirma Patrícia.

    Além de adquirir as passagens para os pesquisadores, a Capes permite que os bolsistas comprem os bilhetes e depois sejam ressarcidos pela autarquia, para facilitar o processo. Nesse caso, os pesquisadores precisam apenas comunicar à Coordenação e solicitar, posteriormente, o ressarcimento. A medida ajuda a contornar problemas com a restrição de tráfego aéreo, mobilidade e fechamento de fronteiras em países parceiros. Até o momento, 87 pesquisadores utilizaram dessa ação para compraram as passagens de volta ao Brasil.

    A Capes financia cerca de 3,3 mil em 37 países. Do total, 1.157 manifestaram a decisão de ficar no exterior. Outros 1.034 leram as mensagens enviadas, mas ainda não se posicionaram sobre a situação. O restante já retornou ou está em contato com a Capes para agilizar o processo.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Os integrantes do Conselho Técnico Científico (CTC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (Capes/MEC), se reúnem a partir de hoje, 15, para avaliar os recursos apresentados pelas instituições de ensino superior para novos cursos de pós-graduação que não obtiveram reconhecimento na primeira fase.

    Cerca de 160 recursos foram enviados à Capes e tiveram avaliação prévia dos comitês de área. As propostas de novos cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional são encaminhadas uma vez por ano à Capes. Entre junho e julho do ano passado, foram 437 solicitações de reconhecimento de cursos novos de pós-graduação. Na reunião, os conselheiros também irão debater critérios para a próxima avaliação trienal dos cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional.

    Outro ponto da pauta é a definição de critérios do Qualis, que é o processo de classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós graduação e divulgação da produção intelectual de seus docentes e alunos. A reunião do Conselho começa às 9h, na sala de reuniões da presidência da Capes (Anexo I, 2º andar, do Ministério da Educação). (Assessoria de Imprensa Capes)

  • Foto: Wanderley PessoaAté novembro, 600 consultores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) estarão avaliando o desempenho, em 2005, de 3.572 cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional, distribuídos em 45 áreas do conhecimento. O acompanhamento anual é parte integrante de uma avaliação trienal, informou Márcia Valentim, da Coordenação-Geral de Acompanhamento e Avaliação da Capes.

    “Sua proposta não é dar notas, e sim fazer um acompanhamento orientado, de forma a evitar surpresas no período da avaliação trienal”, diz Márcia. “É uma oportunidade de abrir espaço de diálogo junto aos cursos, orientando e auxiliando na superação de possíveis problemas”, explica.

    A área de biológicas I, formada pelas subáreas de zoologia, botânica, genética, biologia geral e oceanografia biológica, finaliza, nesta sexta-feira, 22, a análise de 100 programas. De acordo com o coordenador da área, Adalberto Val, o trabalho dos 26 consultores envolveu a análise de cada um dos programas pelas subcomissões, seguida por uma apresentação dos resultados, para eventuais críticas e sugestões.

    Além da comissão de ciências biológicas I, também participam do processo de avaliação, nesta semana, as comissões de ciências biológicas II, e astronomia e física. Na próxima semana, estarão em Brasília as comissões das áreas de sociologia, engenharias I, filosofia, teologia, ensino de ciências e matemática, e ecologia.

    Repórter: Fátima Schenini

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou nesta segunda-feira, 23, o aumento significativo de bolsas de estudo concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) desde o ano de 2002. O número passou de 24.593 para 28.120. O valor também teve um aumento após nove anos sem alteração: 18%. As bolsas para o exterior passaram de 1.071, em 2002, para 2.093, em 2005, o que representa um acréscimo de quase 100%.

    A produção científica também deu um salto. Em 2002, representava 1,5% do total mundial. Em 2005, subiu para 1,8%. “A política de entrosar as bolsas concedidas pela Capes com as áreas prioritárias para o Brasil ocupar posição mais destacada no exterior tem sido bem-sucedida na produção de conhecimento científico e tecnológico”, disse Haddad no lançamento do Portal de Acesso Livre da Capes e do Censo Bibliográfico de Graduação, no MEC.

    Outra novidade importante se refere ao Portal de Periódicos da Capes, que também cresceu de 2002 para cá: de 1,8 mil periódicos para 9,5 mil. E o número de acessos diários subiu de 9 mil para 80 mil. O portal terá a partir de agora um subconjunto de acesso livre ao público, com 1.050 publicações científicas nacionais e internacionais e resumos de 175 mil teses, entre outras bases de dados. Professores e alunos de pós-graduação formam o público-alvo, mas cidadãos em geral terão acesso, através da página da Capes

    A pós-graduação brasileira tem outra novidade boa. No período de 2002 a 2005, o número de professores titulados cresceu de 31,3 mil para 42,5 mil (23,4 mil para 30 mil com mestrado, 6,8 mil para 9,5 mil com doutorado e 987 para 3 mil com mestrado profissional). Os dados de 2005 ainda estão em fase de consolidação.

    Portal Domínio Público – O ministro divulgou ainda que o Portal Domínio Público, cujo acervo é formado por obras clássicas, chegará nesta semana a 10 mil títulos disponíveis. O portal, lançado em novembro de 2004, se consolida como mais um instrumento de acesso ao conhecimento. Os títulos mais baixados são a Teoria da Relatividade, do cientista Albert Einstein, e A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

    Censo bibliográfico – A Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), junto com o Fórum de Pró-Reitores de Graduação, lançou o Censo Bibliográfico da Graduação. A idéia é que cada professor cadastre todas as obras usadas em sala de aula. Segundo o questionário do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), os alunos passam a sentir falta de determinadas obras nas universidades federais à medida em que o curso avança.

    O ministro Fernando Haddad também anunciou investimento de R$ 20 milhões na aquisição de livros para as bibliotecas das universidades federais, em 2006 e 2007. Cerca de 50% dos recursos serão liberados ainda este ano.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

     

     

  • Capes conclui entrevistas com candidatos a doutorado (Foto: Divulgação Capes)Os 27 consultores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) finalizaram nesta sexta-feira, 11, as entrevistas de 202 candidatos a bolsas do Programa de Doutorado Pleno no Exterior. Os resultados dessa fase serão divulgados em junho. O período de entrevistas foi de 8 a 11 de maio.

    Distribuídos em nove comitês interdisciplinares, os consultores trabalharam em grupos de três integrantes entrevistando, em média, 20 a 25 candidatos. Analisaram pontos como preparo acadêmico, capacidade de adaptação e maturidade emocional para permanecer um longo período em outro país.

    A professora Kátia Lucchesi, da Universidade de Campinas (Unicamp), que participou do processo de avaliação pela primeira vez, destacou a qualidade dos candidatos. “Foi uma experiência muito positiva que ampliou minha visão em termos de competências futuras.” Ela atuou no comitê de matemática, física e engenharias. O nível dos candidatos também foi destacado pelo representante da área de matemática da Capes e docente da Universidade Federal de Minas Gerais, Márcio Soares, que integrou o mesmo comitê.

    Na opinião do candidato a doutorado em matemática na Universidade participarde Paris, Eduardo Casagrande, a entrevista foi ótima. Com 23 anos, graduação e mestrado em matemática, natural de Porto Alegre (RS), ele já tem planos para depois que finalizar seu doutorado. “Pretendo criar grupos de pesquisa, para tentar ajudar a desenvolver a área da matemática no Brasil.” O último candidato entrevistado foi Gustavo Rabello dos Anjos, 26 anos, do Rio de Janeiro. Engenheiro mecânico, com mestrado em engenharia metalúrgica e de materiais, quer fazer doutorado na Universidade Tecnológica de Delft, na Holanda, sobre simulação numérica de escoamento multifásico relacionado à área de petróleo. “A idéia é diminuir as perdas provocadas pelo transporte de petróleo desde as grandes profundidades, onde é extraído, até a superfície”, explica.

    Para a coordenadora de Candidaturas a Bolsas e Auxílios no Exterior (CCE/Capes), Cristina Tavares de Melo, as entrevistas ocorreram com tranqüilidade. “Foi uma oportunidade para esclarecer questões práticas com os candidatos, entre elas, sobre a documentação necessária para a implementação das bolsas.” Mais informações sobre doutorado no exterior na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Os alunos concluintes dos cursos de graduação que obtiveram nota máxima em sua área no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), em 2004, ganharão bolsas de estudo no valor de R$ 855,00 mensais, em valores de hoje, concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    A concessão de bolsas de estudo de pós-graduação stricto sensu, mestrado ou doutorado foi confirmada pela Portaria nº 29/2005, do presidente da Capes, Jorge Guimarães, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, em 28 de abril. Para usufruir do benefício, o aluno deverá apresentar à diretoria de programas da Capes, no prazo de dois anos, a partir da divulgação dos resultados do exame, dois documentos: o comprovante de aprovação em processo seletivo para programa de pós-graduação reconhecido pelo MEC e cópia autenticada do boletim de desempenho do Enade emitido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Para os alunos da medicina que estão fazendo residência médica, o prazo para a concessão da bolsa se estende por quatro anos. A Capes concede bolsas de estudo aos melhores de cada área de ensino desde 2000.

    Em 2004, participaram das provas do Enade 59.888 concluintes de 13 áreas do conhecimento: agronomia, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e zootecnia. O resultado do exame deverá ser divulgado pelo Inep em maio, quando poderá ser acessado pelo aluno na página do instituto na internet.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Estudantes brasileiros e chineses de pós-graduação poderão em breve realizar cooperação universitária e intercâmbio científico. Um novo acordo entre agências dos dois países começou a ser elaborado pelo Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    O presidente da Capes, Jorge Guimarães, esteve reunido nesta segunda-feira, 17, em Pequim, com representantes do Conselho de Administração da Fundação de Estudantes Estrangeiros da China (CSC) e da Associação Chinesa de Educação para o Intercâmbio Internacional. As duas instituições, ligadas ao Ministério da Educação chinês, são similares à Capes. O conselho concede bolsas de estudos e a associação desenvolve a cooperação internacional chinesa.

    O presidente da Capes tratou do acordo de cooperação universitária e do intercâmbio de pesquisa entre os dois países. “O Brasil e a China já possuem parcerias na área de ciência e tecnologia, como no desenvolvimento de satélites, mas agora ambos querem realizar a troca de experiências na área educacional, por meio do envio de estudantes e professores na graduação e pós-graduação”, explicou Guimarães.

    O encontro em Pequim serviu para preparar o acordo que será assinado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante a visita que fará à China, prevista para novembro.

    Guimarães conheceu o trabalho de uma das mais importantes universidades na área de petróleo e gás do mundo, a Universidade Chinesa de Petróleo, em Pequim. Segundo ele, a instituição possui 11 focos diferentes sobre o setor petrolífero, na graduação e na pós-graduação. No doutorado, por exemplo, são 12 linhas de pesquisa: geofísica aplicada, tecnologia do solo e informação tecnológica, mineralogia, engenharia geológica, engenharia de petróleo e gás, engenharia de transporte de petróleo e gás, engenharia química, catálise industrial, química aplicada, engenharia bioquímica, processamento químico e desenho mecânico de instrumentos.

    Outro aspecto importante da instituição é a infra-estrutura. “A universidade tem excelentes instalações, com laboratórios e alojamento para os alunos. Há estudantes da França, Alemanha, Rússia, Estados Unidos, mas ainda faltam os brasileiros”, disse o presidente da Capes, que prevê a mudança desta situação: “Assinando o acordo, vamos fazer intercâmbio científico entre alunos, professores, pesquisadores e cientistas”.

    Segundo Guimarães, os brasileiros terão um ano de aprendizado de chinês (mandarim) e os chineses aprenderão a língua portuguesa. O acordo deverá seguir os moldes de parcerias internacionais que a Capes mantém com outros países. Entre os benefícios oferecidos aos grupos de pesquisa selecionados estão bolsas de estudos, financiamento de passagens aéreas e alojamento. Além disso, as duas partes isentam os bolsistas das taxas acadêmicas.

    Repórter: Adriane Cunha

  • No Dia Mundial da Saúde, autarquia celebra investimento que contribui para o desenvolvimento da pesquisa científica

    De cada 10 bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que estudam nas instituições de ensino do país, quatro pertencem a programas de pós-graduação stricto sensu de ciências da vida. A Coordenação destina 32.487 bolsas de mestrado e doutorado, de um total de 84.786, para estudantes de cursos como medicina, enfermagem, farmácia, educação física, biologia, medicina veterinária, nutrição e odontologia.

    O investimento da Capes contribui para a formação de recursos humanos e o desenvolvimento da pesquisa científica na área de saúde. Por isso, a autarquia celebra o Dia Mundial da Saúde que é comemorado há 70 anos no dia 7 de abril.

    O presidente da Capes, Benedito Aguiar, destaca a criação do Programa de Combate às Epidemias que vai conceder 2,6 mil bolsas em Ciências da Vida, com investimento de R$ 200 milhões em projetos que lidam direta ou indiretamente com o estudo do Covid-19. A ampliação do apoio a pesquisas na área de saúde é estratégica para o país. Por isso, a Capes intensificará a oferta de programas induzidos na área”, afirmou.

    As bolsas estão nas mãos da bióloga Glenda Ramos, do profissional de Educação Física João Arthur Alcântara, e da biomédica Laila Barbosa, por exemplo, que pesquisam – na Universidade do Estado do Amazonas – maneiras de impedir a transmissão da malária e melhorar o atendimento às pessoas que contraíram a doença. Todos eles são bolsistas da Capes. “Das formas de bloquear a transmissão ao tratamento das pessoas infectadas, estudamos meios preventivos e de cura”, conta Glenda.

    Em busca de respostas aos problemas de transtorno de aprendizado do público infantil, o bolsista da Capes Lucas Araújo de Azevedo, doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e que finaliza seu pós-doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC–RS), estuda o nível de estresse em crianças expostas a situações de risco e, mais especificamente, naquelas com transtornos de aprendizado, como dislexia.

    “Esperamos que essas pesquisas que estamos fazendo melhorem o entendimento do problema. Queremos que essas crianças cresçam de maneira adequada. Sabemos que algumas políticas públicas no Brasil estão sendo implementadas em relação a isso, mas acho importante que mais pesquisas possam ser desenvolvidas para encontrarmos o caminho certo”, defende.

    Com a sua pesquisa, o bolsista Vinícius de Oliveira Boldrini, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (Unicamp), também contribui para a melhora da qualidade de vida da população. Ele analisa as células que agem contra infecções virais e tumores em pacientes com esclerose múltipla. A importância do seu trabalho lhe rendeu dois prêmios na área de neurologia em 2019. “Estudos que buscam entender como o sistema imunológico funciona são de extrema importância para o desenvolvimento de medicamentos novos e mais eficientes. Estas terapias devem ter um impacto muito positivo no tratamento de diversas doenças em um futuro próximo”, disse.

    A bolsa da Capes possibilitou que a nutricionista Lívia Dourado, formada pela Universidade de Brasília (UnB), com doutorado-sanduíche na McGill University no Canadá, pesquisasse a relação entre o câncer e a alimentação. Ela analisou em cobaias uma dieta padrão, segundo as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS), e outra com excesso de gordura. “A pesquisa contribui para a conscientização de que se nos alimentarmos melhor, não só por uma questão de perda de peso, podemos melhorar o sistema imunológico e não desenvolver, por exemplo, gordura no fígado. Não estamos falando de um medicamento caríssimo. São coisas simples”, argumenta.

    Na área de Ciências da Vida, há 2.398 cursos e 32.487 estudantes titulados em mestrado ou doutorado em 2019. Da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Heloisa Matos, bióloga e mestre em Ciência da Saúde, pesquisa, por meio de estudos de genes, formas de controlar e tratar as crises causadas pela epilepsia, que atinge cerca de 1% da população mundial, sendo que 30% dos pacientes não respondem ao tratamento por medicamentos.

    “As intervenções controladas com o uso de fármacos, dieta, exercícios físicos, luz ou estímulos cognitivos, podem promover o alinhamento dos ritmos em diferentes regiões do cérebro de um paciente, e isso pode ser utilizado para o tratamento das crises epilépticas”, avalia a bolsista da Capes, que também soma esforços a outros pesquisadores que procuram garantir uma vida mais saudável para milhares de pessoas.

    Assessoria de Comunicação com informações da Capes

  • Foto: Gustavo FrönerA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) adotará a valorização de indicadores como o papel social da pós-graduação e instrumentos de inclusão social para avaliação dos cursos de pós-graduação. O instrumento de coleta de dados dos cursos e a ficha de avaliação também serão modificados para facilitar o trabalho dos avaliadores.

    As mudanças foram anunciadas no painel O Futuro da Avaliação: a pós-graduação em 2016, que faz parte do seminário Avaliar para Avançar, realizado na manhã desta quinta-feira, 9, no Centro de Convenções do Naoum Plaza Hotel. Mais de 300 pesquisadores de todo o País estão reunidos para discutir o futuro da avaliação dos cursos de pós-graduação até sexta-feira, 10, em Brasília.

    Reinaldo Guimarães, expositor do evento e vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz, destacou que, devido aos avanços tecnológicos, no futuro a pesquisa não ocorrerá majoritariamente na pós-graduação, como atualmente. “Os avanços tecnológicos em áreas como nanotecnologia e biotecnologia farão com que a pós-graduação seja pautada pela pesquisa e não o contrário, como costuma ocorrer.” Guimarães acredita que daqui a dez anos a pós-graduação deverá se espelhar em instituições não acadêmicas, como centros de pesquisas e até empresas.

    Abílio Baeta Neves, ex-presidente da Capes, destacou a importância de se discutir os critérios da Capes. “A avaliação foi o mecanismo que direcionou a pós-graduação ao seu nível de excelência”, aponta. “O debate democrático legitima ainda mais essa avaliação”, ressaltou. Também participou como expositora Miriam Warde, integrante do grupo de trabalho Avaliando a Avaliação, que discutiu o assunto nos últimos três meses.

    Reinaldo Guimarães propôs também um olhar externo ao meio acadêmico para a avaliação dos cursos. “Acredito que a voz de um movimento social ou de um empresário possa ser muito proveitosa para a avaliação da pós-graduação”, sugeriu. As questões levantadas no seminário poderão ser observadas pela Capes na avaliação dos cursos, de acordo com presidente da Capes, Jorge Guimarães.

    O seminário Avaliar para Avançar prossegue discutindo alternativas na tarde desta quinta-feira, 9, com quatro oficinas que irão tratar de mestrados profissionais, publicações em periódicos, inserção social e patentes e tecnologia.

    Ana Guimarães Rosa

     

  • Levantamento realizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) apresenta o cenário da pós-graduação no país, com foco nos estudantes. Neste ano, 122.295 alunos de pós-graduação estão matriculados em 1.925 programas reconhecidos pelo Ministério da Educação. Deste total, 44.112 são bolsistas.

    Os dados demonstram que São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná são os cinco primeiros estados com maior número de estudantes de doutorado e mestrado. Os bolsistas estão concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

    Nos últimos anos, todas as áreas do conhecimento apresentaram crescimento expressivo em relação à quantidade de estudantes. Atualmente, as grandes áreas do conhecimento com maior número de alunos são ciências humanas e engenharias, ciências da computação e ciências da saúde. No que se refere às bolsas de doutorado, destacam-se as ciências biológicas, exatas e da terra. Nessas grandes áreas, de cada três alunos matriculados, dois têm bolsas de estudo.

    Financiamento - A Capes financia 23.801 bolsistas - 54% do total de bolsas de mestrado e doutorado no país. Além disso, 1.653 novas bolsas começaram a ser distribuídas na semana passada. Serão beneficiados os cursos novos nas áreas de microeletrônica, software, fármacos e bens de capital, prioritárias da política industrial, tecnológica e de comércio exterior. A Capes ainda custeia 199 bolsas de mestrado profissional, em um total de 25.653 bolsas em todo o país.

    O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência e Tecnologia, é responsável por 13.166 bolsas, o equivalente a 30%. Em seguida, vêm as fundações estaduais de amparo ao ensino e pesquisa, com o financiamento, em todo o país, de 4.249 bolsas, o que representa 10%. O restante é custeado por organismos internacionais e instituições privadas. (Assessoria de Imprensa da Capes)

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