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  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes, e técnicos do instituto divulgaram nesta quarta-feira, 7, no MEC, os resultados do Censo Escolar da educação básica. Os índices revelam que houve queda de 1,3% nas matrículas do ensino médio, ao mesmo tempo em que as matrículas da mesma modalidade que oferece ensino profissionalizante cresceram 5,3% em relação a 2005. Este percentual representa 37.424 matrículas a mais neste nível de ensino.

    “A educação profissional pode ser uma das soluções para resolver o problema de atratividade do ensino médio e acompanhar as mudanças no mundo do trabalho”, afirmou a diretora de estatística da educação básica do Inep, Maria Inês Pestana. Ela destacou que o crescimento pode se revelar em tendência e se repetir nos próximos censos, visto que os governos federal e estaduais estão investindo na integração entre ensino médio e profissional.

    O crescimento da modalidade é mais expressivo em estados do    Nordeste, cujo aumento das vagas na rede estadual de ensino foi de 290,8%,  com destaque para Pernambuco (900,9%), Alagoas (505,2%) e Paraíba (377,2%). Tocantins também registrou aumento (808%) no ensino profissional. No Amazonas, o crescimento foi de 330,9%.

    Em relação a todos os níveis da educação básica — infantil, fundamental e médio — houve queda de 0,9% nas matrículas, porém o comportamento é desigual nas diferentes etapas. A matrícula nas creches cresceu 1%, mas a pré-escola decresceu 3,5% e o ensino fundamental perdeu 251.898 matrículas, o que corresponde a 0,8% do total.

    Queda nas matrículas — Segundo Maria Inês, a queda nas matrículas da pré-escola poderia ser explicada pela implantação do ensino fundamental de nove anos. A criança de seis anos que, tradicionalmente, iria para a pré-escola, agora matricula-se no primeiro ano do ensino fundamental, que registrou aumento de matrículas, entre 2005 e 2006, de 47,3%.

    Já as quedas nas matrículas do ensino fundamental estariam relacionadas à queda das taxas de natalidade, que ocorrem desde 1982, e à regularização do fluxo de atendimento de alunos nas redes de ensino. Como o número de repetências se estabiliza e os alunos ingressam nas séries correspondentes à sua faixa etária, evitando demanda excedente, o número de matrículas cai. “Em 1988, por exemplo, tínhamos as matrículas dos alunos novos, mais cerca de 20% de repetentes e vários que ingressavam tardiamente, mostrando que atendíamos mais gente do que deveríamos. Quando o sistema vai resolvendo os problemas, ao regularizar o fluxo e diminuir as repetências, é natural que o número de matrículas caia”, explicou Maria Inês.

    Em relação aos aspectos da educação avaliados, o ministro Fernando Haddad, adiantou que, no mês que vem, como parte de um plano do governo federal para o setor, será divulgado um índice inovador capaz de medir aspectos qualitativos das políticas de educação. Será possível verificar, por exemplo, o impacto na educação dos alunos de recursos destinados à formação de professores, à implantação de laboratórios de informática ou referentes à distribuição de livros didáticos.

    Maria Clara Machado

     

  • Está em fase de finalização a coleta de dados do Censo da Educação Superior relativo ao ano de 2007. As informações devem ser prestadas anualmente por todas as instituições de ensino superior (IES) do país. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) elaborou um cronograma para que as IES se programem para  concluir a checagem e o envio dos dados que vão subsidiar a elaboração de relatórios e da Sinopse Estatística com os dados consolidados do censo. O acesso a todas as informações e à sinopse está previsto para novembro deste ano, às IES e toda sociedade.

    As instituições que tenham pelo menos um curso com data de funcionamento até 31 de outubro de 2007 prestaram essas informações ao Inep. O instituto entrará em contato, por e-mail, com as IES que não ainda não preencheram o censo em sua totalidade, para acertos e novo fechamento dos dados.

    As informações do censo são utilizadas pelo Ministério da Educação em suas atividades de supervisão, acompanhamento e avaliação de cursos e instituições de ensino superior.

    Os dados declarados pelas instituições também subsidiam o cálculo de indicadores de qualidade, que ficam disponíves para consulta pública. Portanto, as IES que não prestarem as informações ficarão sem Conceito Preliminar de Curso (CPC), Índice Geral de Cursos da IES (IGC) etc.

    A partir do censo, ainda são formuladas políticas educacionais, com proposição e implementação de programas de fomento ao desenvolvimento social e educacional, bem como são acompanhados os objetivos e metas do Plano Nacional de Educação, entre outras ações. Caso a instituição de ensino  superior não tenha preenchido o censo, ela fica sem acesso ao Financiamento Estudantil (Fies), por exemplo.

    O Censo da Educação Superior coleta informações sobre inscritos, ingressos, matriculados e concluintes nos cursos de graduação e seqüenciais — presenciais e a distância. Também são levantados dados sobre corpo docente e técnicos administrativos.

    As IES devem ficar atentas à solidez das informações e às datas estabelecidas pelo Inep, pois os dados não poderão ser alterados após a divulgação da Sinopse Estatística.

    Confira o cronograma com as datas previstas.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Pela primeira vez, desde 1930, quando o Ministério da Educação começou a coletar dados sobre matrículas nas escolas, o Censo Escolar vai buscar informações sobre cor e raça dos estudantes brasileiros. "A inclusão desse quesito vai permitir que o MEC saiba se está havendo discrepâncias nos indicadores educacionais segundo o critério de raça e de cor", explicou o secretário-executivo do ministério, Fernando Haddad.

    Para marcar o Dia Nacional do Censo Escolar, comemorado hoje, 30, Haddad, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Eliezer Pacheco, e a ministra da Secretaria Especial de Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, lançaram oficialmente a coleta dos dados da educação básica para 2005. Para a ministra, o censo resolve um problema histórico. "As populações negra e indígena estiveram fora ou discriminadas nos espaços públicos. O censo permitirá um detalhamento que propiciará análise mais completa da realidade social do país", afirmou.

    A pesquisa coleta informações sobre matrícula, professores e infra-estrutura destinadas a servir de suporte para a formulação de políticas públicas e repasse de recursos oficiais. A merenda, o transporte escolar, a distribuição de livros didáticos e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) são alguns dos programas do MEC que utilizam a base da pesquisa.

    O Programa Nacional de Saúde do Escolar, do Ministério da Saúde; o Segundo Tempo Escolar, do Ministério do Esporte; e o Bolsa-Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, aproveitam as informações. "O censo é importante sistema de inclusão. A partir do diagnóstico, o governo ajusta as políticas sociais", disse o presidente do Inep.

    O preenchimento do questionário pelos diretores e professores das 215 mil escolas e a pontualidade da entrega são importantes. Os dados devem ser enviados às secretarias estaduais de educação até o dia 29 de abril. O resultado do Censo 2005 será divulgado em novembro.

    No ano passado, o censo escolar contabilizou cerca de 56 milhões de estudantes na educação básica. Do total, 88% estavam em escolas públicas. Já o número de professores revelou a atuação de 2.543.576 profissionais. Os dados mostram que a educação infantil foi o nível de ensino que mais cresceu (7,9%) - passou de 6,4 milhões de alunos, em 2003, para 6,9 milhões no ano seguinte.

    Flavia Nery

  • A partir do próximo ano, o censo escolar vai contemplar perguntas relativas à inclusão social e à diversidade na escola. Os novos questionamentos abordarão temas como meio ambiente, combate à violência contra crianças e adolescentes, identidade cultural, questões étnico-raciais, de gênero e orientação sexual.

    Com esses novos dados será possível propor programas e projetos para a promoção, permanência e sucesso de grupos sociais menos favorecidos em todas as etapas do ciclo estudantil. Os novos temas foram determinados por pesquisas realizadas pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), que detectaram problemas de desigualdade nas escolas quanto ao acesso, permanência e sucesso de alunos afrodescendentes e indígenas.

    “Os resultados do censo ajudarão na criação de políticas públicas educacionais comprometidas com o fortalecimento de uma educação mais democrática e disposta a reconhecer, valorizar e respeitar a diversidade de povos, culturas, tradições e de raça que o país possui”, afirma Jorge Telles, diretor de Avaliação e Informações Educacionais da Secad.

    Além do financiamento de programas de inclusão social, o resultado dos novos levantamentos do censo escolar norteará o Ministério da Educação nos projetos de formação continuada de professores, na elaboração de materiais didáticos e paradidáticos, e nos projetos especiais de atividades educacionais no contraturno (turnos, durante a semana, em que os alunos não estão em sala de aula) e finais de semana. É o caso do fortalecimento ao programa Escola Aberta, que promove a abertura de escolas públicas de ensino fundamental e médio localizadas em regiões urbanas de risco e vulnerabilidade social.

    Em nível superior, a Secad desenvolve programas que combatem a exclusão étnica e racial, com financiamento de instituições de ensino. O Diversidade na Universidade financia instituições que possuem, além de 51% de afrodescendentes ou indígenas entre alunos matriculados, um ano de experiência na gestão de projetos educativos inovadores voltados para grupos socialmente desfavorecidos.

    Karla Nonato

  • Hoje, 30 de março, é o Dia Nacional do Censo Escolar, data que marca o início da coleta dos dados da educação básica de 2005 em escolas públicas e privadas de todo o país. A partir do recebimento dos formulários, os cerca de 215 mil estabelecimentos de ensino pesquisados terão até 30 dias para preenchê-los e devolvê-los ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). A principal inovação do censo deste ano é a inclusão do quesito cor/raça, declarado pelos próprios estudantes nas fichas de matrículas. O censo escolar é realizado anualmente pelo Inep, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação.

    A pesquisa coleta informações sobre matrícula, professores, infra-estrutura e uma série de outros dados do sistema educacional brasileiro, que servem, também, de suporte para a formulação de políticas públicas e repasses de recursos oficiais. A merenda, o transporte escolar e a distribuição de livros são alguns dos programas do Ministério da Educação que utilizam a base da pesquisa para sua orientação, assim como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Atualmente, o Fundef está em vias de se transformar em Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), incluindo a educação infantil e o ensino médio. O preenchimento correto do questionário e a pontualidade da entrega são importantes para a melhoria de todo o sistema de educação.

    "Mostre sua raça, declare sua cor" - A partir deste ano, o censo vai coletar dados sobre cor/raça dos estudantes brasileiros. A coleta será por autodeclaração e a metodologia adotada seguirá os critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): preto, pardo, branco, amarelo ou indígena. Os técnicos do Inep responsáveis pela elaboração do questionário ouviram, além de grupos de consciência negra, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir/PR), sobre o porquê da adoção do termo "preto" em vez de "negro" no questionário. O subsecretário de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir, João Nogueira, explica a opção: "Esses princípios são adotados desde o século XIX pelos órgãos oficiais e, se mantidos, preservam a continuidade da série histórica".

    Professores - No ano passado, o censo escolar contabilizou cerca de 56 milhões de estudantes em todos os níveis da educação básica no país. Desse total, 88% estavam em escolas públicas. Em todos os níveis da educação básica, atuavam 2.543.576 professores. O maior número estava no ensino fundamental, nas turmas de 5ª a 8ª série (835.436 funções docentes). Nas turmas de 1ª a 4ª série, ensinavam 822.708 docentes e, no ensino médio, 498.202.

    Os dados de 2004 mostram, ainda, que existiam 49.722 estudantes matriculados em 364 escolas localizadas em áreas remanescentes de quilombos, sendo que 62% dessas matrículas se concentravam na região Nordeste. O censo também mostrou que a educação infantil foi o nível de ensino que apresentou a maior taxa de crescimento (7,9%), passando de 6,4 milhões de alunos, em 2003, para 6,9 milhões no ano seguinte. Na creche, com 1,3 milhão de matrículas, o aumento foi de 8,9%, e na pré-escola, que contabiliza 5,6 milhões de crianças, foi de 7,7%.

    Para mais informações, visite a página do Inep na internet. (Assessoria de Comunicação Social do Inep)

    Número de funções docentes* por nível de ensino - Brasil - 2004

     TotalPúblico (%)Privado (%)
    Pré-escola293.69966,533.5
    Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série822.20886,313,7
    Ensino Fundamental - 5ª a 8ª série835.43683,616.4
    Ensino Médio498.20277.322,7

    Fonte: Inep/MEC 
    * O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento.
  • Os resultados finais do Censo Escolar de 2006 contabilizam, aproximadamente, 55,9 milhões de matrículas e 203,9 mil estabelecimentos educacionais que oferecem as diferentes etapas e modalidades da educação básica — infantil (creche e pré-escola),  fundamental, média, especial, de jovens e adultos e profissional. As matrículas são oferecidas, principalmente, pelas instituições municipais (44,8%) e estaduais de ensino (41,7%).

    Em relação a 2005, a matrícula da educação básica caiu 0,9% em 2006, o que corresponde, em números absolutos, a 529.740 alunos. Mas o comportamento das matrículas é desigual nas etapas, níveis e modalidades de ensino. Há um crescimento na oferta de vagas em creches (1%) e em educação profissional (5,3%) — foram abertas 37.427  vagas, 68% das quais na Região Nordeste. Em Pernambuco, por exemplo, houve ampliação de quase 50% na oferta de educação profissional — de  20.273 alunos em 2005 para 33.509 no ano passado.

    As diferenças de oferta de matrículas por etapa e nível de ensino entre as regiões também merecem destaque. Em relação à educação infantil, a oferta de vagas em creches só decresce na Região Sudeste, principalmente em São Paulo. A matrícula na pré-escola cai em todas as regiões. A oferta de ensino fundamental, por sua vez, cai 2,7% no Nordeste (menos 302.121 vagas, um terço das quais apenas na Bahia) e 0,3% no Centro-Oeste (menos 8.002 vagas).

    O movimento observado no ensino médio também revela diferenças regionais. Apresenta queda de 4,5% na Região Sudeste e de 0,6% na Sul, mas crescimento de 2,2% no Norte, de 0,9% no Nordeste e de 2,1% no  Centro-Oeste.

    De modo geral, as mudanças na oferta podem ser associadas à reorganização por que passa o sistema de educação básica no Brasil. Um aspecto a ser destacado é a proposta de organização do ensino fundamental de nove anos. Tal iniciativa provoca uma transferência da matrícula de crianças de seis anos da educação pré-escolar para o ensino fundamental, o que gera uma necessidade de adequação da oferta do ensino fundamental às novas demandas.

    As características da divisão de atribuições e competências reforçam o processo de municipalização da educação infantil e do ensino fundamental observado no aumento da participação relativa das redes municipais de ensino na oferta. Nessa reorganização, os estados responsabilizam-se definitivamente pela oferta de ensino médio e profissional. Os municípios encarregam-se da oferta de educação infantil e fundamental.

    Outro exemplo de reorganização do sistema é o movimento observado em 2006 na educação de jovens e adultos (EJA). A oferta total ficou estável, mas a modalidade semipresencial caiu 24,2%, enquanto a presencial cresceu 5,2%.

    Creches — Quanto à oferta de creches, as redes municipais responderam em 2006 por 62,9% das matrículas; a rede privada, por 35,8%. Em 2005, esses percentuais eram de 60,9% e 37,8%, respectivamente. A matrícula total nas creches cresceu 1% (13.599 crianças), enquanto nas redes municipais aumentou em 37.985 (4,4%).

    Com referência ao atendimento da rede municipal, houve queda de 0,8% na Região Norte. Nas demais regiões houve ampliação do atendimento, com exceção de Sergipe (queda de 2,11%) e São Paulo (menos 9,97%). Ainda em termos de rede municipal, os estados que apresentaram o maior crescimento das matrículas foram Goiás (15,1%), Minas Gerais (9,8%), Amazonas (15,54%) e Espírito Santo (8,22%).

    Pré-Escola — A rede municipal responde por 70,1% do atendimento. Esse índice se manteve nos últimos dois anos (2005 e 2006), enquanto a rede privada respondeu por 26,1% das matrículas em 2005 e por 25,77% em 2006.

    A queda verificada (3,5%) corresponde a 202.517 crianças e parece estar associada à implantação do ensino fundamental de nove anos, que vem crescendo desde 2004. O aumento do número de matrículas na série inicial — ano um do ensino fundamental de nove anos — entre 2005 e 2006 foi de 47,3%, o que corresponde a 429.659 matrículas. É importante ressaltar que nessa série houve aumento de 200.252 crianças com até seis anos de idade. Na pré-escola, registrou-se decréscimo de 177.153 crianças de seis anos.

    Ensino fundamental — Registrou-se queda de 251.898 nas matrículas, que correspondem a 0,8% do total. Essa tendência mantém-se desde 2000 e deve continuar, por influência de fatores como variáveis demográficas e ajuste do fluxo de alunos que cursam o ensino fundamental fora da faixa de idade considerada correta (sete a 14 anos).

    Em todos os estados da Região Sul, no Espírito Santo, em Mato Grosso do Sul, em Goiás e em Rondônia há estabilidade na matrícula (crescimento ou decréscimo inferior a 1%). Observa-se queda em todos os estados do Nordeste, à exceção do Rio Grande do Norte, que apresenta estabilidade, embora esta se deva ao crescimento da matrícula na rede privada. Chama a atenção a diminuição de matrículas nas redes estaduais em todos os estados nordestinos, principalmente na Bahia (33.740), na Paraíba (26.892), em Pernambuco (26.554), no Maranhão (18.555) e no Ceará (16.134).

    As redes municipais da Bahia e do Ceará diminuíram a oferta em 80.113 e 31.918 matrículas, respectivamente. Verifica-se, ainda, diminuição no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Pará e em Mato Grosso, enquanto os demais estados apresentam pequeno crescimento. Destaca-se o crescimento das matrículas nas redes municipais de São Paulo (121.268), Espírito Santo (28.759) e Rio Grande do Sul (35.945).

    Ensino Médio — Em 2006, a rede estadual continua a responder pela oferta de 85,15% das vagas no ensino médio. A queda da matrícula foi de 1,3% (124.482), embora tenha havido um crescimento na oferta da modalidade educação profissional de 5,3% (aumento de 37.427 matrículas).

    A mudança na oferta é desigual. Verifica-se diminuição de matrículas em Minas Gerais (3,8%), Espírito Santo (3,8%), Rio de Janeiro (3,8%) e São Paulo (5,2%), todos do Sudeste. Também há queda em Tocantins (1,7%), Santa Catarina (3,8%), Rio Grande do Sul (2,0%) e no Distrito Federal (2,3%). Os demais estados apresentam estabilidade ou ampliação sensível no número de matrículas.

    Educação de jovens e adultos — O total de matrículas na educação de jovens e adultos semipresencial registrou queda de 24,21% e movimento diferenciado entre os estados. A presencial apresenta crescimento de 5,2% na matrícula total. É significativo o aumento das matrículas em Minas Gerais (36,8%), Paraná (81,2%), Santa Catarina (100,3%), Mato Grosso (47,2%) e Distrito Federal (101,4%). No entanto, houve queda no Acre (12,5%), Roraima (15,3%), Rio Grande do Norte (8,4%) e Goiás (11,3%).

    Educação profissional — Em 2006, a rede privada respondeu por 54,8% das matrículas da educação profissional, enquanto a rede estadual ampliou sua participação de 26,6%, em 2005, para 31,4% em 2006. Os dados das matrículas da educação profissional de 2006 revelam um crescimento de 5,3% em relação a 2005. Esse crescimento é acentuado na rede estadual, principalmente no Nordeste (290,8%), com destaque para Pernambuco (900,9%), Alagoas (505,2%) e Paraíba (377,2%), seguidos dos estados da Região Norte (161,1%). Os maiores índices ocorreram em Tocantins (808,0%) e no Amazonas (330,9%). (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

  • O Encontro Nacional do Censo Escolar da Educação Básica 2005/2006, uma iniciativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), terá início amanhã, 22, e irá até o dia 25, em Natal (RN). Participarão do evento o presidente do Inep, Eliezer Pacheco, os coordenadores estaduais do Censo 2005 e os representantes do Censo Escolar nas capitais.

    O objetivo é treinar a equipe que vai trabalhar na coleta dos dados deste ano, que tem como principal mudança o acréscimo da informação sobre cor e raça do estudante brasileiro. Nos dois últimos dias do encontro será apresentado para discussão o projeto-piloto do Censo Escolar 2006. Para o próximo ano, pretende-se ampliar ainda mais o foco da pesquisa, contemplando, além das informações sobre a instituição, mais dados sobre o aluno e o corpo docente. Segundo Eliezer Pacheco, são inovações importantes que começam já na próxima edição da pesquisa: "Essas mudanças representam um salto qualitativo rumo à inclusão social, especialmente junto aos sistemas educacionais. No próximo ano, a pesquisa declaratória do censo, além de agregar novos valores e concepções, irá agregar novas tecnologias", declarou.

    Censo 2005 - O Censo Escolar é um levantamento de informações estatístico-educacionais de âmbito nacional, realizado anualmente. Ele abrange toda a educação básica, em seus diferentes níveis (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e modalidades (ensino regular, educação especial e educação de jovens e adultos). Este ano, a pesquisa será realizada em todo o território nacional no dia 30 de março.

    Os dados coletados no censo são utilizados para a efetivação de programas como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa de Formação Inicial de Professores em Exercício no Ensino Fundamental (Profundamental) e o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), todos do Ministério da Educação; o Programa Nacional de Saúde do Escolar (PNSE), do Ministério da Saúde; o Programa Segundo Tempo Escolar (PSTE), do Ministério dos Esportes; e o Programa Bolsa-Família (o PBF), do Ministério do Desenvolvimento Social. Após a coleta dos dados, as instituições deverão entregar os questionários às secretarias estaduais de educação até o dia 29 de abril de 2005, para que estas, por meio das coordenações estaduais do Censo 2005, os encaminhem ao Inep no período de 27 de junho a 8 de julho de 2005. O resultado final do Censo Escolar 2005 será divulgado até 28 de novembro deste ano.

    Luciana Fagundes

     

  • Já está aberto o prazo para migração dos dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2008. O período para as secretarias e escolas enviarem as informações usando essa funcionalidade para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é de 12 de setembro a 12 de outubro

    A migração de dados pode ser feita pelos estados, municípios e escolas que possuam sistemas próprios de coleta com todas as informações exigidas pelo Censo sobre escolas, turmas, docentes e alunos.

    O processo de migração pode ser acompanhado pela página do Educacenso. Os estados, municípios e escolas devem ficar atentos a esse procedimento, pois a entrega do arquivo com as informações não significa que já estejam na base de dados do Educacenso.

    Os dados vindos por migração vão se sobrepor aos dados existentes no banco do Educacenso, caso o censo deste ano já tenha sido preenchido.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 26, no Encontro Nacional Fluxo e Freqüência Escolar, em Brasília, que o novo Censo Escolar vai permitir um acompanhamento mais detalhado do aluno na escola. Lançado este ano, o censo respondido eletronicamente vai apresentar informações desconhecidas anteriormente. “Vamos ter um cadastro geral dos estudantes do país, nome por nome, com o nome da mãe e data de nascimento para que nós possamos fazer um acompanhamento individualizado do aluno”, declarou.

    Segundo o ministro, o Educacenso vai possibilitar uma análise precisa do rendimento escolar de cada criança. “Vamos saber se ela está sendo promovida ou retida no aprendizado, se está freqüentando ou não a escola e por qual motivo, quais as dificuldades que ela tem”, explica.

    Haddad lembrou que o novo sistema vai permitir um controle conciso da freqüência do aluno, uma das condicionalidades para o recebimento da Bolsa-Família. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, a expectativa é que o Educacenso verifique a presença dos alunos em todas as escolas do país, já que atualmente a freqüência só é verificada em 90% das instituições. “Nós queremos atingir 100% das escolas e, para isso, estamos construindo no Brasil uma estrada nova, das políticas sociais”, disse.

    Entre agosto e setembro de 2006, o sistema registrou informações de 11,4 milhões de alunos de famílias beneficiárias do Bolsa Família. Os dados representam 70% do total de 16,2 milhões crianças e adolescentes. Filhos de beneficiários, com idade entre 6 e 15 anos, precisam freqüentar pelo menos 85% das aulas, além de fazer o acompanhamento em saúde.

    Novo sistema — Para agilizar o acompanhamento da presença às aulas, o novo censo descentralizou o processo de registro de dados, que agora pode ser feito nas escolas. Para acessar o sistema, o secretário municipal de educação deverá preencher uma ficha cadastral, encaminhada pelo MEC, indicando a pessoa que será o operador municipal master, responsável pelo sistema de acompanhamento da freqüência na cidade.

    Se a escola identificar um aluno que não está na série ou na escola indicadas, será possível entrar no sistema e fazer as correções em tempo real. Ao final do período de acompanhamento da freqüência escolar, as alterações irão para o cadastro único, contribuindo na atualização dos dados dos beneficiários do Bolsa-Família. Além disso, o operador do sistema poderá acionar o conselho tutelar local para buscar as famílias não localizadas e regularizar cada situação.

    Flavia Nery

  • Tem início nesta segunda-feira, 17, uma nova etapa de coleta de dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2007. A coleta consiste na transferência de dados por redes municipais e estaduais para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). 

    A coleta de dados do Censo Escolar termina dia 30 de setembro (Foto: João Bittar)Os dados, lançados por migração, permitem que as escolas que já informaram seus dados às secretarias de educação não precisarão fazê-lo novamente. Neste caso, a secretaria se encarrega de repassá-los ao Inep.

    Devem transmitir dados por migração todas as escolas das redes públicas e privadas do estado de São Paulo; as escolas das redes estaduais do Paraná, Pernambuco e Pará; as redes municipais de Belém, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte e de Porto Alegre. Diversas escolas privadas do País também aguardam o momento do início da migração dos dados para informar o Censo Escolar 2007. A expectativa do Inep é que cerca de 35 mil escolas utilizem o sistema de migração para transmitir dados.

    A coleta de dados do Censo Escolar 2007 se encerra no dia 30. As escolas que não pertencem aos sistemas que farão migração de dados e que ainda não concluíram o preenchimento poderão fazê-lo pela internet, via Educacenso.

    Até o dia 17 de setembro, das mais 215 mil escolas ativas no País, 145.974 acessaram o sistema Educacenso e 132.345 já concluíram o Censo Escolar 2007.

    Segundo a professora Maria Inês Pestana, diretora de Estatística da Educação Básica do Inep, as 25 mil escolas que ainda não prestaram informações, provavelmente, são as que não têm computador ou internet. Neste caso, elas preenchem o Censo Escolar em papel e entregam os formulários à secretaria de educação. A secretaria tem até o dia 30, prazo final do Censo Escolar 2007, para transmitir, via Educacenso, os dados ao Inep.

    Assessoria de Imprensa do Inep

    Republicada com alteração de dados

  • Escolas têm até dia 31 de agosto para fazer o cadastro no Censo Escolar. (Foto: João Bittar)Fazer o cadastro no Censo Escolar é o primeiro passo para que as escolas públicas de ensino infantil e fundamental recebam recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). O prazo para o cadastro vence no dia 31 de agosto. As escolas já cadastradas têm o mesmo prazo para enviar as informações relativas a 2007 ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). O cadastro e o envio de informações deve ser feito pelo sistema Educacenso.

    O Pnae é considerado uma das maiores ações na área de alimentação escolar do mundo pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), órgão das Nações Unidas. Em 2006, investiu R$ 1,48 bilhão para atender 36,3 milhões de alunos. Para 2007, o orçamento previsto é de R$ 1,6 bilhão. O valor repassado pela União, por aluno, é de R$ 0,22 para creches públicas e filantrópicas e estudantes do ensino fundamental e da pré-escola. Para os alunos das escolas indígenas e localizadas em comunidades quilombolas, o valor por aluno é de R$ 0,44.

    Repasse — Os recursos do Tesouro Nacional são transferidos, diretamente, pelo FNDE, às entidades executoras (estados, Distrito Federal e municípios). O repasse é feito em contas correntes específicas, sem a necessidade de celebração de convênio, ajuste, acordo ou contrato. As entidades executoras (EE) têm autonomia para administrar o dinheiro e complementar os recursos para melhorar o cardápio escolar.

    A transferência é feita em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro, para a cobertura de 200 dias letivos. Cada parcela corresponde a 20 dias de aula. Do total, 70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos.

    Fiscalização — O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, pelos conselhos de alimentação escolar (CAEs), FNDE, Tribunal de Contas da União (TCU), Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público. Qualquer pessoa física ou jurídica pode denunciar irregularidades a um desses órgãos. A prestação de contas é realizada até o dia 28 de fevereiro do ano seguinte ao do atendimento. Depois de avaliar a documentação, o CAE envia um parecer ao FNDE. Se as contas não forem aprovadas, o repasse de recursos é suspenso.

    Cíntia Caldas

  • Neste ano, as escolas precisam informar detalhes sobre alunos, professores, turmas. O censo será completo. (Foto: João Bittar)O Censo da Educação Básica poderá ser respondido até o dia 16 de setembro. O prazo para conclusão, anteriormente marcado para o dia 31 de agosto, foi prorrogado para possibilitar que as escolas que ainda não informaram seus dados o façam. Este ano, pela primeira vez, o Censo Escolar está sendo feito pelo sistema Educacenso, que pede informações detalhadas sobre a escola, cada um de seus alunos e de seus professores, além das turmas em que eles estão.

    O preenchimento dos dados pela internet é feito diretamente na página eletrônica do Educacenso. O informante de cada escola deve entrar com a senha de desbloqueio e o código da escola, que foi fornecido por correspondência ou pela secretaria estadual de educação.

    Até o dia 22 de agosto, cerca de 106 mil escolas já haviam desbloqueado o sistema, mas não necessariamente concluído o lançamento das informações. A expectativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), órgão responsável pelo censo, é que 168 mil escolas acessem o sistema. “Ao final de todo o processo, teremos informações detalhadas sobre cerca de 210 mil escolas”, enfatiza Maria Inês Pestana, diretora de Estatística da Educação Básica do Inep.

    As escolas dos estados de São Paulo e do Paraná utilizam procedimento diferenciado, pois farão migração de dados de sistemas próprios de coleta. Nas escolas em que não há internet, o preenchimento será feito em formulário de papel e a digitação dos dados no sistema poderá ser feita tanto na secretaria municipal de educação quanto na secretaria estadual ou em delegacias regionais da secretaria estadual, de acordo com a orientação da coordenação do Censo Escolar no estado.

    O Censo Escolar coleta anualmente informações sobre a educação básica, abrangendo todas as suas etapas ou níveis (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e modalidades (ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos e educação profissional de nível técnico). Seus dados servem como base para programas do governo como Fundo da Educação Básica (Fundeb), Campanha Nacional do Livro Didático, Programa Nacional de Alimentação Escolar e Programa Nacional de Transporte Escolar.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Começam nesta segunda-feira, 26, as experiências-piloto para o preenchimento do novo Censo Escolar, no sistema Educacenso. Na primeira fase, haverá treinamento e, na segunda, preenchimento e envio de dados. O treinamento será feito em oficinas de trabalho com duração de 16 horas. Os informantes aprenderão a utilizar o sistema de captação de dados desenvolvido pela equipe técnica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), órgão responsável pelo Censo Escolar. As experiências-piloto serão realizadas em Roraima, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, onde, no total, serão capacitados 374 informantes.

    O censo é respondido por uma pessoa, normalmente pelo secretário ou diretor da escola. Ele irá preencher um cadastro para cada aluno. Nessa ficha serão pedidos nome completo, data de nascimento, sexo, cor/raça, nome dos pais, naturalidade, endereço residencial e se necessita de atendimento escolar diferenciado (hospitalar ou domiciliar), se utiliza transporte público, se tem necessidade educacional especial ou se recebe apoio pedagógico. Serão lançadas, também, informações sobre o rendimento escolar do ano anterior.

    Os professores que estão em regência de classe também terão suas informações prestadas individualmente. Além dos dados de identificação, serão solicitadas informações sobre escolaridade, formação continuada e sobre a docência que exerce: turmas em que atua e disciplinas que leciona.

    Às escolas serão pedidas informações a respeito da infra-estrutura, equipamentos, participação em programas como livro didático e alimentação escolar, dados educacionais como modalidades (regular, especial ou de jovens e adultos) e etapas oferecidas (creche, pré-escola, fundamental, médio, profissional). Informações sobre utilização de material didático específico para grupo étnico, sala de recursos, atendimento educacional especializado, também serão levantadas.

    Treinamento — Em Roraima serão treinados 120 informantes de escola (secretário e/ou diretor). Participam da experiência informantes de 98 escolas estaduais, sendo 18 rurais e 80 urbanas. Do total, apenas 17 têm acesso à internet. Segundo dados enviados anteriormente ao Inep, essas instituições de Roraima agregam 66.526 alunos e 3.135 professores em 2.397 turmas.

    No Espírito Santo, 90 informantes serão treinados. Eles vêm de 85 escolas, todas elas de redes municipais. Dessas, 63 têm acesso à internet. Essas escolas têm um total de 51.885 alunos, 2.752 professores e 1.917 turmas. No Mato Grosso do Sul, farão o treinamento 102 informantes, que lançarão dados de 95 escolas. Dessas escolas, 89 são estaduais e urbanas e cinco são municipais — dessas, quatro rurais e uma urbana – e uma é privada e urbana. Só duas não têm acesso à internet. Essas instituições abrangem uma comunidade escolar de 89.048 alunos, 4.212 professores em 2.850 turmas.

    No Distrito Federal, serão treinados 62 secretários de escolas, além da equipe estadual do censo. Participam da experiência 62 escolas estaduais, sendo 58 escolas urbanas e quatro rurais. Do total, apenas cinco não têm acesso à internet. Segundo os dados do Censo Escolar de 2006, essas escolas agregam um total de 49.349 alunos, 2.031 professores e 1.458 turmas. O treinamento no Distrito Federal será realizado nos dias 10 e 11 de abril.

    Elaina Daher

  • A apuração do censo escolar deste ano ainda não terminou, mas a nova técnica detalhada, o Educacenso, traz boas perspectivas. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo sistema, com o uso da internet, reduz a possibilidade de erros comuns, como a duplicação de matrículas. “Pelo que já apuramos, pode ser a primeira vez que os dados do censo escolar coincidirão com os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, afirmou. A declaração foi feita no 2º Encontro Nacional do Censo Escolar, aberto nesta segunda-feira, 3, no Hotel San Peter, em Brasília.

    Cerca de 52 milhões de registros de estudantes já foram levantados pelo censo de 2007 (Foto: Júlio César Paes)Cerca de 52 milhões de registros de estudantes já foram levantados pelo censo de 2007. O Educacenso traz informações sobre as escolas e sobre cada um de seus alunos e professores, além das turmas nas quais eles estão. Para Haddad, os dados permitirão uma distribuição melhor dos recursos destinados à educação. “Temos hoje uma maneira mais efetiva de fazer os recursos chegarem às salas de aula”, disse. A coleta de dados do Educacenso de 2007 já terminou, mas o sistema estará disponível até o dia 14 para que os inscritos possam fazer correções em caso de erros.

    Muitos programas do Ministério da Educação são elaborados com base nas informações do censo. É o caso da merenda escolar, do repasse de recursos para o transporte escolar e do Fundo da Educação Básica (Fundeb), cuja distribuição é feita a partir do número de matrículas. Com um aporte maior de dados, será possível, segundo Haddad, criar programas mais efetivos. “Esse novo banco de dados diz muito sobre o Brasil, sobre a realidade dos estudantes brasileiros. Acredito que, num futuro próximo, o censo será usado inclusive pelos conselhos tutelares da criança e do adolescente”, ressaltou.

    O 2º Encontro Nacional do Censo Escolar vai até quarta-feira, 5. O objetivo do encontro, que conta com a participação de coordenadores estaduais do censo de todo o Brasil, é fazer um balanço da coleta de dados realizada de 30 de maio a 30 de setembro deste ano.

    Mais informações sobre o Educacenso na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC)

    Ana Guimarães

  • Será reaberta a coleta de dados para o Censo da Educação Superior de 2007, no período de 5 de agosto a 6 de setembro. As instituições de ensino superior que ainda não preencheram o censo e que tenham pelo menos um curso com data de início de funcionamento até 31 de outubro de 2007 deverão acessar o sistema e prestar as informações solicitadas.

    Pelo censo são coletados dados sobre os cursos de graduação e seqüenciais – presenciais e a distância – além de informações sobre o pessoal docente e técnico-administrativo, dados financeiros e de infra-estrutura, que abrange bibliotecas, instalações, equipamentos e outros recursos institucionais.

    O censo deve ser preenchido pelos pesquisadores institucionais na página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A senha de acesso é a mesma encaminhada pela coordenação do cadastro ao dirigente da instituição.

    Se o dirigente tiver perdido a senha ou ainda não a tiver, deve solicitá-la ao Inep por fax (61-2104 9068). Essa solicitação deverá ser por meio de ofício em papel timbrado e assinado pelo dirigente da instituição. Desse ofício deverá constar o endereço eletrônico para onde a senha deverá ser enviada.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Os professores que trabalham nos cursos de graduação das 55 instituições federais de ensino superior (Ifes) têm, a partir desta segunda-feira, 23, uma missão especial: informar ao MEC que livros eles utilizam e indicam nas suas aulas. A relação das obras constituirá o Censo Bibliográfico da Graduação, cadastro que será ponto de partida para a criação de um portal na internet e para recuperação dos acervos das bibliotecas.

    A iniciativa do Ministério da Educação visa mapear a bibliografia utilizada nos cursos de graduação das instituições federais, ampliar e modernizar o acesso da comunidade universitária à informação e possibilitar aos professores compartilhar com os colegas as obras adotadas nas diferentes regiões do país. A partir do censo, o MEC programa deflagrar duas ações: a criação de um portal, a exemplo do Portal de Periódicos da Capes, e iniciar um programa de recuperação e qualificação das bibliotecas das Ifes, com a aquisição de obras.

    Para participar, o professor deve acessar a página eletrônica do Censo Bibliográfico da Graduação e informar os números de matrícula no Siape e do Cadastro da Pessoa Física (CPF), preencher o cadastro e indicar as bibliografias que usa.

    Acesso livre – Para professores e alunos da pós-graduação de todo o país, o MEC abre no mesmo dia o Portal de Acesso Livre. Nele estarão disponíveis para consulta 1.050 publicações científicas brasileiras e internacionais de diferentes áreas do conhecimento, resumos de bases referenciais e de patentes, um banco com resumos de 175 mil teses e dissertações defendidas desde 1987 em instituições brasileiras ou por pesquisadores e estudantes brasileiros em universidades estrangeiras.

    Além destes textos, os pesquisadores terão acesso a 17 sítios que oferecem periódicos de acesso gratuito, bases de dados referenciais com indexação e memórias de documentos científicos, estatísticas mantidas por organismos nacionais e internacionais, entre eles, da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundo Monetário Internacional (FMI); livros, manuscritos, gravuras, partituras, fotografias, entre outros documentos, do acervo digital da Biblioteca Nacional. Para consulta usar o sítio da Capes.

    Os estudantes e professores podem obter as informações neste portal de diferentes formas: pesquisa por palavra, área do conhecimento, publicação, editor, autor. De acordo com o diretor de programas da Capes, José Fernandes de Lima, os materiais agora colocados à disposição do público constituem parte do acervo do Portal de Periódicos da instituição que reúne 9.500 títulos de textos completos, 105 bases referenciais e bases de patentes. A consulta ao Portal de Periódicos da Capes, explica, é restrita a 160 instituições, entre elas, as 55 universidades federais, as instituições estaduais que têm programas de pós-graduação avaliados pela Capes e as instituições privadas com cursos de pós-graduação com notas acima de 5. Já o subportal de acesso livre estará à disposição de faculdades, universidades, secretarias estaduais e municipais de educação, saúde, meio ambiente, alunos, pesquisadores e dos cidadãos em geral.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Para atender com mais eficiência a população que busca informações durante o período de inscrições do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação ampliou a central de atendimento telefônico, o Fala, Brasil. Desde a última segunda-feira, dia 4, a central - número gratuito 0800-616161 - passou a contar com mais 20 postos de atendimento, que se somam aos 42 existentes.

    De acordo com o coordenador do Fala, Brasil, Eli Pinheiro, a ampliação ocorreu em virtude da previsão de aumento de inscrições para o Enem, exame obrigatório para os candidatos ao Programa Universidade para Todos (ProUni). "Como o Enem é decisivo para o ProUni, resolvemos ampliar a central para atender a um número bem maior de interessados", explicou.

    Pelas previsões do MEC, três milhões de candidatos vão se inscrever para o Enem de 2005 - o dobro em relação ao ano passado. Os concluintes do ensino médio podem se inscrever até o dia 15 próximo, na própria escola. Aqueles que já concluíram devem fazer a inscrição de 25 de abril a 6 de maio, em qualquer agência dos Correios ou pela internet. A prova será realizada em 28 de agosto.

    O exame é obrigatório para quem pretende concorrer a uma vaga no ProUni, que concede bolsas de estudos em universidades privadas a alunos de baixa renda que tenham cursado o ensino médio em escola pública ou com bolsa de estudo em colégio particular.

    Fala, Brasil - Nos 20 postos inaugurados esta semana, o cidadão, ao optar pela alternativa de número 4 da mensagem eletrônica, a do Enem, ouvirá diversas gravações com informações sobre o exame. Por intermédio da subopção de número 7, o candidato falará com um dos 40 operadores, exclusivamente sobre o exame. Outra opção é buscar a alternativa número 8 e falar com um dos operadores sobre o Enem e demais assuntos relativos ao MEC.

    O serviço de teleatendimento (operadores) da central Fala, Brasil funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. O serviço eletrônico funciona todos os dias, durante 24 horas, ambos pelo telefone 0800-616161.

    Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira, 8, o início das obras do Centro de Educação Tecnológica Chopin Tavares de Lima, no município paulista de Monte Aprazível, no noroeste do estado. Os recursos já foram liberados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a terraplanagem está em fase de conclusão. Serão três prédios numa área de 82 mil metros quadrados. Mas o grande diferencial é a instalação de um laboratório de processamento de pescado, que tem apoio da Secretaria Nacional de Pesca e também vai funcionar como frigorífico.

    A partir de fevereiro, 150 alunos vão se dividir entre os cinco cursos técnicos de gestão: informática, agronegócio, processamento de pescado, logística e comercialização de pescado e manejo e produção de pescado. A ênfase na aqüicultura se deve à tradição local no setor. Centenas de viveiros que forneciam peixes para os pesqueiros da região entraram em crise e foram desativados no últimos anos. Os pequenos produtores ficaram sem alternativas de sustentação econômica.

    O professor Winebaldo de Carvalho, zootecnista, acredita que o centro de educação tecnológica pode reverter este processo. “Vai funcionar como um imã”, diz. Ele acha que muitos estudantes vão ser atraídos pelo centro e também os produtores que buscam apoio técnico para implantar ou modernizar seus empreendimentos. O diretor da nova escola, o agrônomo Antonio Carlos Diniz, promete gratuidade para metade dos alunos e um processo seletivo para todos as vagas.

    Durante o anúncio do início das obras, em Monte Aprazível, o ministro Fernando Haddad destacou a importância da educação profissional, uma das prioridades do MEC. E lembrou que uma lei de 1998 não permitia que fosse ampliado o número de escolas técnicas. Mas em 2004, depois de dois anos de tramitação no Congresso, finalmente foi aprovada a expansão do ensino técnico federal.

    Repórter: Chico Daniel

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Ceará vai implantar 30 centros de inclusão digital (CID) e um núcleo de informação e tecnologia (NIT) em 12 cidades do Estado. O edital será lançado até a próxima sexta-feira, dia 22, e conta com recursos de R$ 3,5 milhões dos ministérios da Ciência e Tecnologia e das Comunicações.

    Cada centro terá laboratório de informática, com dez computadores, biblioteca e sala multimídias. Já o núcleo terá uma estrutura com laboratórios de química, física, biologia e eletromecânica, além de videoteca, salão de jogos, salão nobre para exposições e auditório.

    De acordo com o projeto, os centros serão erguidos em áreas próximas das escolas públicas municipais. Assim, a estrutura será utilizada para a realização de cursos básicos de informática e de cursos técnicos profissionalizantes, a partir das demandas locais.

    “Pretendemos atender cerca de cem alunos em cada centro, promovendo a inclusão digital de mais de três mil alunos cearenses”, afirmou o diretor-geral do Cefet, Ricardo Gomes de Lima. Segundo ele, a idéia de criar os CID surgiu após a análise da Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad). Constatou-se que apenas 12,9% dos cearenses acima de dez anos têm acesso à internet, enquanto a média no Brasil é de 21%.

    Itapipoca, Itarema, Fortaleza, Maracanaú, Aracoiaba, Russas, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, Piquet Carneiro, Cedro, Juazeiro do Norte e São João do Jaguaribe são as cidades cearenses beneficiadas com a construção dos centros.

    Repórter: Sophia Gebrim

  • Coari (AM) – Prédio de cores vivas, cercado pelo verde da floresta amazônica. De longe, a Unidade de Ensino Descentralizado (Uned) de Coari (AM), do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Amazonas (Cefet-AM), chama a atenção pela estrutura física. De perto, o que impressiona na escola, além das novas instalações, é a satisfação de professores e alunos de poder contar com uma instituição pública de educação profissional pela primeira vez na região.

    A estudante Sandrine da Silva desde cedo tinha um objetivo: cursar informática. A garota de 17 anos nasceu em Manaus, mas mora em Coari há dois anos, por causa do trabalho de sua mãe. “Quando chegamos à cidade, a educação ainda era precária. Mas agora, com a Uned, pude entrar no curso que eu queria, sem ter de voltar a Manaus”, comemora. Sandrine, após terminar o nível médio, pretende ingressar na universidade. “Quero ser uma das pessoas a ajudar a desenvolver a região onde moro”, diz.

    A Uned de Coari, inaugurada nesta quarta-feira, 10, é uma das novas escolas técnicas que fazem parte da expansão da rede profissional e tecnológica em todo o país. Para o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, a expansão da rede, nos moldes em que foi feita, é uma revolução na história da educação profissional brasileira. “Serão 214 novas escolas técnicas até 2010, implantadas em apenas oito anos. Isso mostra que é possível, sim, oferecer educação pública e de qualidade para quem mais precisa”, afirmou.

    “O interior do Amazonas esperou 96 anos para ser lembrado na educação profissional. Esta é a primeira escola técnica fora de Manaus, mas ainda há muito espaço no estado para ser ocupado por várias outras unidades”, disse o diretor-geral do Cefet-AM, João Dias. No próximo ano, em que serão comemorados os 100 anos da educação profissional no Brasil, serão inauguradas as Uneds de Lábrea, Tabatinga, Maués, Presidente Figueiredo e Parintins.

    A implantação da unidade em Coari se deu em janeiro de 2007, com 19 professores, 14 técnicos administrativos e 240 alunos. Enquanto as instalações definitivas não ficavam prontas, as aulas eram ministradas no Sesc da cidade. Em maio de 2008, os cursos passaram a funcionar nos novos prédios. A área construída é de 3.717 metros quadrados, com dez salas de aula, sete laboratórios (informática, construção civil e ciências), biblioteca, sala de desenho, sala de estudo e pesquisa dos docentes, apoio pedagógico, sala de vídeo conferência, gabinete médico, entre outros. O valor total investido na unidade é de R$ 5 milhões.

    Hoje, estudam na Uned de Coari 490 alunos, nos cursos integrados e subseqüenciais em edificações e informática. No próximo ano, também será oferecido o curso de segurança do trabalho.

    Letícia Tancredi

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