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Página inicial > Todas as notícias > MEC libera R$ 51,6 milhões para hospitais universitários
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  • Aracaju - Até 23 de novembro, mais quatro pólos de ensino a distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) serão inaugurados em Sergipe, aumentando a oferta de vagas de graduação a distância no estado. Com isso, Sergipe terá nove pólos da UAB.

    A Universidade Federal de Sergipe (UFS) já oferece sete cursos de licenciatura a distância nos municípios de Areia Branca, Japaratuba, Laranjeiras, Poço Verde e Brejo Grande: matemática, história, geografia, letras português, química, física e ciências biológicas.

    Os quatro novos pólos funcionarão nos municípios de Arauá, Estância, Porto da Folha e São Domingos. Eles oferecerão cursos de matemática, história, letras português e geografia. Arauá, a princípio, oferecerá matemática, história e letras português.

    No total, serão abertas mais 750 vagas, elevando para 2.250 o total de vagas de graduação a distância oferecidas pela UAB no estado. Metade delas são destinadas a professores da rede pública sem nível superior. Mais de cinco mil alunos se candidataram ao último vestibular para os cursos oferecidos nesta modalidade.

    As aulas têm início na segunda-feira, 19, data da inauguração do pólo no município de São Domingos. Na quinta-feira, 22, haverá a inauguração dos pólos nos municípios de Arauá e Estância. Na sexta-feira, 23, o pólo do município de Porto da Folha será inaugurado.

    Para a coordenadora-geral do Centro de Ensino Superior a Distância da Universidade Federal de Sergipe, Lilian França, a ampliação da Universidade Aberta do Brasil colabora com o desenvolvimento de Sergipe. “Há municípios que dificilmente teriam acesso ao ensino superior a não ser a distância”, afirma. “A universidade tem investido em expansão e interiorização para incluir socialmente a população e melhorar as perspectivas de vida no estado”, explica.

    A UAB tem 291 novos pólos em 289 municípios brasileiros. O programa já abriu 44 mil novas vagas no ensino superior a distância em 2007.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação a Distância

  • O Ministério da Educação promoveu nesta quarta-feira, 17, em Brasília, o seminário da comissão avaliadora do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O evento dá continuidade ao processo de reestruturação das instituições federais de ensino superior, previsto no Plano de Desenvolvimento da Educação.

    Na abertura do evento, o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, destacou a importância de promover a expansão e reestruturação das instituições com qualidade. Para ele, ter nível superior dá oportunidade ao cidadão de ingressar no mercado de trabalho e melhorar seu padrão de vida. “Essas vagas darão acesso a pessoas com potencial, que vão suprir a carência do mercado”, afirmou.

    Durante o seminário, a comissão que elaborou as diretrizes do Reuni trocou informações com a comissão de avaliação dos planos de reestruturação, formada por 76 professores indicados pelas 53 instituições federais de ensino superior.

    As instituições interessadas em participar do programa no início de 2008 devem enviar o projeto até o dia 29 de outubro, encerramento da primeira chamada. O formulário para envio de propostas deve conter o orçamento apresentado pelas universidades (investimento, manutenção e pessoal, entre outros). No quadro-síntese da proposta, a expansão da oferta de vagas para graduação e pós-graduação, no período de execução do Reuni, deve ser apresentada.

    Implantado em abril deste ano, o Reuni vai criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, com melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais. A meta é dobrar o número de estudantes de graduação em dez anos, a partir do aumento da relação professor/aluno e da contratação de mais docentes. O MEC deve investir cerca de R$ 2 bilhões até 2010.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

  • O Plano de Expansão e Fortalecimento da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica vai ampliar, além do número de instituições de ensino, a variedade de cursos oferecidos. Aprovado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2005, o projeto vai estimular a criação de cursos sintonizados com as características produtivas de cada região.

    O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Ouro Preto, Minas Gerais, adiantou-se à decisão do Ministério da Educação e lançou neste semestre o curso superior de tecnologia em conservação e restauração de imóveis. Segundo o coordenador do curso, professor Ney Nolasco, serão formados profissionais especializados em patrimônio, com a utilização de conceitos de história, engenharia, arquitetura e artes. “Engenheiros e arquitetos saem da universidade sem condições de recuperar uma obra ou um prédio”, disse.

    As inscrições para o vestibular estão abertas até 4 de fevereiro. As provas serão realizadas em 4 e 5 de março para preencher 35 vagas do curso, que terá 46 disciplinas obrigatórias e outras opcionais, como arqueologia, arquitetura de terra e elementos artísticos. O programa tem duração de três anos. Nolasco lembra que a história de Ouro Preto levou à criação do curso, inédito no país. “A preservação de Ouro Preto como cidade turística é fundamental”, disse.

    O chefe do escritório técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Benedito Tadeu de Oliveira, salienta que o curso chega com atraso de décadas. Ele lembra que Minas tem quase 20 cidades históricas e nenhum curso de preservação para a formação de técnicos.

    Expansão — O plano de expansão da rede prevê a construção de 40 instituições em todo o país até 2007 — três escolas técnicas, cinco agrotécnicas e 32 unidades de ensino descentralizadas (Uneds). Serão investidos R$ 150 milhões, dos quais R$ 57 milhões em 2006 para a construção de 25 Uneds. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o objetivo do governo é levar educação profissional e tecnológica de qualidade ao interior e à periferia dos grandes centros. “O programa de expansão das escolas técnicas se conjuga com o programa de expansão da educação superior no país. É análogo ao que estamos fazendo em relação à educação superior”, disse.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, lança nesta quarta-feira, dia 18, às 9h, em São Carlos, a unidade de ensino descentralizada (Uned) do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de São Paulo. A unidade vai funcionar nas instalações da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e oferecer cursos de tecnologia aeronáutica e tecnologia em sistemas de informação.

    Serão oferecidas 40 vagas para cada curso. As aulas serão ministradas à noite e devem começar em 2007, quando o projeto pedagógico dos cursos for concluído. O Ministério da Educação já indicou a contratação de 20 professores para a nova unidade. Segundo o reitor da UFSCar, Oswaldo Baptista Duarte Filho, a criação da Uned é resultado de uma parceria entre a prefeitura de São Carlos,  MEC, UFSCar e Cefet-SP. “Os cursos vão fortalecer as vocações do município, que é conhecido como pólo de aeronáutica”, disse.

    Na mesma solenidade, no anfiteatro da reitoria da Universidade Federal de São Carlos, o ministro lança os três cursos que serão oferecidos pela UFSCar para a Universidade Aberta do Brasil. As aulas de pedagogia, sistema de informação e educação musical começarão no início de 2007 e atenderão 50 alunos em cada curso.

    Estatuto — Às 11h, Haddad participa do evento de promulgação do Estatuto da Educação de São Carlos, no Instituto Cultural Ítalo Brasileiro, com o prefeito Newton Lima Neto. O estatuto foi proposto pela prefeitura à Câmara de Vereadores, depois de ampla discussão com professores.

    O documento trata do plano de carreira do profissional da rede municipal de educação e da participação da comunidade na construção e avaliação do projeto pedagógico da educação em São Carlos. O estatuto começou a ser discutido em 2001.

    Repórter: Flavia Nery

  • O Projeto Expandir chegou ao Acre. Está em construção, em Cruzeiro do Sul, a Universidade da Floresta, um campus da Universidade Federal do Acre (Ufac). Ali serão desenvolvidas atividades em parceria com o Instituto da Biodiversidade (IBD) e com o Centro de Formação e Tecnologia da Floresta (Ceflora), na fronteira com o Peru, a 600 quilômetros de Rio Branco.

    Em fevereiro deste ano, 3,1 mil candidatos inscreveram-se para concorrer às 225 vagas de cinco cursos de graduação oferecidas pelo campus — letras (65 vagas), pedagogia, engenharia florestal, enfermagem e biologia (40 vagas cada curso). As aulas começaram em 30 de março, na sede provisória do campus. Este ano, a Universidade da Floresta deve oferecer também os cursos de letras (espanhol), educação indígena e ciências. “Em 2008, teremos 11 cursos de graduação”, disse Anailton Guimarães Salgado, coordenador do campus.

    A criação da Universidade da Floresta foi proposta no seminário A Universidade do Século XXI na Floresta do Alto Juruá, em outubro de 2003, em Cruzeiro do Sul, e teve o apoio dos ministérios da Educação, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. Em maio do ano passado, foi constituído grupo de trabalho interministerial para articular iniciativas dos governos federal e estadual e do município e estruturar a instituição. Este ano, o campus recebeu recursos do MEC para a construção da sede e compra de equipamentos. Professores e funcionários foram contratados por concurso.

    Opção — Com população de 70 mil habitantes, que vive da agropecuária, farinha e pesca, Cruzeiro do Sul tem agora não só o ensino superior, mas a opção de vários cursos. “Foi um prêmio para os filhos da região, que não tinham opções de ingressar no ensino superior e migravam”, disse Salgado. “O leque de oferta facilita o acesso à universidade para o Alto Juruá, pois atendemos alunos não só de Cruzeiro do Sul, mas de Ipixuna, Guajará e outras regiões.”

    Até quem estava fora de Cruzeiro do Sul está de volta, para cursar o ensino superior, pois isso significa economia de custos, de transporte e hospedagem. “Nossa realidade é diferente em relação à dos grandes centros. Vamos trazer para a universidade o conhecimento nato, a cultura indígena, do seringueiro, do ribeirinho”, afirmou Salgado.

    Mais informações pelos telefones (68) 3322-2468 e 3322-2354.

    Susan Faria

  • O Ministério da Educação assinou nesta terça-feira, 4, convênio com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para a implantação do campus da Baixada Santista, no litoral paulista. A nova unidade, que será implantada num edifício histórico, com investimento de R$ 12 milhões do governo federal, nasce para completar o campus de saúde da universidade, que fica na capital paulista. Inicialmente, oferecerá 190 vagas de graduação em fisioterapia, terapia ocupacional, nutrição, psicologia e educação física.

    A ação integra o programa de expansão e interiorização das universidades federais do país, que faz parte do anteprojeto da reforma universitária e inclui a criação de nove universidades e 36 campi. O último curso de graduação tinha sido aprovado na Unifesp em 1966. De acordo com o reitor Ulysses Fagundes Neto, o lento crescimento na instituição se deu por falta de estímulo.

    “Apenas 9% dos nossos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior e nós sabemos que só 2,5% têm acesso a uma universidade pública. Nós queremos a universidade pública expandida”, disse Neto.

    O secretário de Educação Superior, Nelson Maculan Filho, disse que o momento era de um resgate histórico do MEC com Santos, que nunca teve uma universidade pública. “Há incoerências que nós temos de corrigir”. O ministro Fernando Haddad lembrou que o estado de São Paulo tem a menor oferta de vagas federais do país, levando-se em conta a população.

    A liberação de recursos para a Unifesp será gradativa. Do total investido, R$ 7,5 milhões serão destinados às obras de construção do novo edifício.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Foto: Wanderley PessoaO Programa de Expansão das Vagas no Ensino Superior Público (Expandir) chegou ao município de Sorocaba, no interior de São Paulo, com o novo campus da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Com investimento de cerca de R$ 12 milhões, estão sendo oferecidos já em 2006 os cursos de engenharia de produção, turismo, bacharelado e licenciatura em ciências biológicas, com 60 vagas anuais para o primeiro e 40 para os demais. Um curso de engenharia florestal terá início em 2007 e outros dois - que ainda serão debatidos pela comunidade escolar - em 2008.

    "Não se trata apenas de expansão, mas de uma expansão para o interior do país, que tem pouco acesso ao ensino superior", destaca o ministro da Educação, Fernando Haddad, que visitou o campus com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 13.

    Quando estiver plenamente implantado, o campus contará com 120 professores e atenderá cerca de 800 alunos. A contratação de 30 docentes já foi autorizada e os concursos já foram realizados. Foram autorizadas ainda 17 vagas para técnicos administrativos de nível intermediário e 10 para os de nível superior.

    Foco no interior - A expansão das instituições federais de ensino superior (Ifes), uma das principais metas do Ministério da Educação, compreende a criação de novas universidades, consolidação - ou transformação - e abertura de 40 campi, prioritariamente no interior. Destes, quatro estão no estado de São Paulo, sendo um no litoral (Santos), dois na Grande São Paulo (Diadema e Guarulhos) e outro no interior (Sorocaba).

    Estão em diferentes fases de implantação dez universidades federais: do ABC, em Santo André (SP); do Pampa, em Bagé (RS); da Grande Dourados, em Dourados (MS); do Recôncavo Baiano, em Cruz das Almas (BA); do Triângulo Mineiro, em Uberaba (MG); do Semi-Árido, em Mossoró (RN); de Alfenas, em Alfenas (MG); dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Diamantina (MG); de Ciências da Saúde de Porto Alegre, em Porto Alegre (RS); e Tecnológica do Paraná, em Curitiba (PR). Estão consolidadas as federais do Vale do São Francisco, com sedes em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), e do Tocantins, em Palmas (TO).

    O programa de expansão permitirá, quando concluído, em 2008, o ingresso anual de mais 30 mil novos estudantes em cursos de graduação, o que representa um acréscimo de 125 mil matrículas no sistema federal público.

    Repórter: Rodrigo Dindo

  • A política de expansão e interiorização do ensino superior do governo federal chega ao Piauí. Os campi de Picos e Parnaíba da Universidade Federal do Piauí (UFPI) serão consolidados ainda este ano. Está prevista, ainda, a criação do campus de Bom Jesus do Gurguéia, também da UFPI.

    No extremo sul do estado, próximo à divisa com Tocantins e Maranhão, o Vale do Gurguéia é uma região agrícola com cinco milhões de hectares agricultáveis e um dos mais ricos lençóis freáticos do mundo. Abrange 94 municípios e uma população de quase 700 mil habitantes. No vale está o maior lençol d'água subterrâneo da América Latina.

    A criação do campus promoverá o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão que contribuirão para o aproveitamento das riquezas hídricas e minerais da região e para a preservação do meio ambiente. Engenharia agronômica, medicina veterinária, zootecnia e engenharia florestal são os cursos a serem criados.

    De acordo com o reitor da UFPI, Luiz Santos Júnior, o campus de Picos, que oferece apenas os cursos de pedagogia e letras, está sendo reestruturado e ampliado com o apoio da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). Até 2008, terá os cursos de licenciatura em matemática, licenciatura plena em história, sistema de informação e de bacharelado em nutrição, enfermagem, administração e ciências contábeis.

    Já o campus de Parnaíba ganhará, até 2008, os cursos de bacharelado em biologia marinha, administração (turismo), administração (hotelaria), fisioterapia e biomedicina e de licenciatura em matemática e psicologia.

     Os campi de Picos, Parnaíba e Bom Jesus oferecerão aos jovens a oportunidade de formação perto de suas regiões de origem. Numa segunda etapa, será implantado o campus de Floriano, com cursos como o de bacharelado em enfermagem. “A UFPI tem 34 anos e nunca passou por uma expansão. Agora, é redenção”, afirmou o reitor. Ele prevê que a expansão e a interiorização do ensino superior no Piauí oferecerão condições de crescimento ao estado, sobretudo no centro-sul. “São ações fortes de inclusão social”, disse. A UFPI, hoje com 14 mil alunos, oferecerá em breve mais 1,7 mil vagas por ano.

    No dia 6 de outubro, Santos Júnior e o chefe do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior do MEC, Manuel Palácios, apresentarão o projeto ao governador do Piauí, Wellington Dias. Ainda no dia 6 e no dia 7 eles farão visitas aos três campi.Mais informações na página eletrônica da UFPI.

    Repórter: Susan Faria

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, da Educação, anunciaram nesta quinta-feira, 8, projeto de lei que determina a criação de 3,3 mil cargos nas universidades federais, dos quais 2,3 mil para professores e 1.075 para servidores técnico-administrativos – além de 120 cargos de direção e de 420 funções gratificadas.

    Os cargos estão sendo criados para atender à expansão da rede federal de ensino superior. São quatro novas universidades – entre elas a Unipampa, cuja criação por meio de projeto de lei também será anunciada nesta quinta-feira; a transformação de seis faculdades federais em universidades – grupo no qual está incluída a Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (FUFCSPA), cuja criação a partir da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA) será anunciada no mesmo dia; e a construção ou ampliação de 40 campi. As obras beneficiam 68 municípios em 21 estados. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

    educação

  • Com o objetivo de realizar estudos e atividades de planejamento da estrutura acadêmica, visando à unificação e ao desenvolvimento institucional e curricular, será instalada nesta quinta-feira, 29, às 11 h, na Sala de Atos do Ministério da Educação, a Comissão de Implantação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

    Funcionando em instalações provisórias, a Unipampa teve seu primeiro vestibular no segundo semestre de 2006, oferecendo 1.450 vagas. Em 2008, previsão para conclusão das obras da universidade, serão oferecidas mais de 15 mil vagas em 30 cursos, nas suas 13 unidades acadêmicas distribuídas em dez municípios: Bagé, Jaguarão, São Gabriel, Santana do Livramento, Uruguaiana, Alegrete, São Borja, Itaqui, Caçapava do Sul e Dom Pedrito.  O total de recursos para os investimentos na universidade é de R$ 60 milhões. Em 2006, R$ 30 milhões já foram investidos.

    Formada pelos professores Maria Beatriz Luce, Norbeto Hoppen, Gilberto Dias da Cunha, Maria Isabel da Cunha, Jorge Luiz Cunha, Ricardo Lemos Sainz e Evaldo Rodrigues Soares, a comissão será presidida pela professora Maria Beatriz Luce, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e terá suas atividades encerradas no dia 31 de dezembro deste ano ou quando for designado reitor pro tempore.

    Expansão — A criação da Unipampa faz parte do programa de expansão universitária do MEC, que tem como meta a criação de dez novas universidades federais (Ifes) e a implantação e consolidação de 48 novos campi universitários.

    Com o programa de expansão, iniciado em 2004, o MEC aumentou de forma significativa o número de universidades e de vagas no ensino superior. Em 2002 existiam 43 Ifes. Esse número aumentou para 55 em 2007. Com a expansão, o número de alunos matriculados nas instituições públicas federais aumentará em, aproximadamente, 120 mil. Em 2000, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 459.011 alunos estavam matriculados nas Ifes. Em 2005, eram cerca de 580 mil alunos.

    Gláucia Magalhães

     

  • Até o fim do ano, o Ministério da Educação concluirá a fase de assinatura de convênios com universidades federais para a criação de campi. No primeiro semestre de 2006, serão lançadas as licitações para as obras de construção. No início do segundo semestre do próximo ano, estarão encerrados os exames vestibulares e as aulas terão início, de acordo com o cronograma do Programa de Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior, segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Manuel Palácios.

    Foram criadas nove universidades federais e instalados ou consolidados 36 campi. O MEC dispõe de R$ 160 milhões para aplicar ainda este ano no processo de expansão das instituições. Outros R$ 70 milhões estão sendo negociados ainda para este ano.

    Na terça-feira, dia 20, foram iniciadas, no MEC, as reuniões com reitores e pró-reitores para a elaboração do projeto acadêmico, do plano de trabalho e das etapas essenciais para a assinatura dos convênios que garantem o repasse dos recursos necessários à implantação efetiva dos campi. O primeiro encontro reuniu reitores de universidades federais em expansão do Nordeste.

    Modelo — Durante o encontro de terça-feira, Palácios apresentou o modelo-padrão dos novos campi, os quais serão referência para as universidades. “O ponto de partida de todo nosso trabalho nessa área é um esforço para a implantação de estruturas universitárias permanentes”, explicou Palácios. Segundo ele, cada campus terá capacidade para receber entre 1,6 mil e dois mil alunos. “Devem ser projetados para terem condições de vida acadêmica própria”, destacou.

    A reunião foi aberta pelo secretário de educação superior, Nelson Maculan. Ele explicou que a expansão significa aumento de vagas em universidades públicas, gratuitas e de qualidade.  “Não é fácil ser gestor de universidade”, disse. Maculan salientou que sem o apoio dos reitores a ampliação do ensino superior não estaria no nível atual.

    Repórter: Susan Faria

  • A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) tem quatro campi, 15 cursos de graduação e o ingresso de 1.200 alunos por ano. A nova universidade faz parte da política do governo federal de expandir e interiorizar o ensino superior no país. A experiência de criação da UFRB foi relatada pelo reitor Paulo Gabriel nesta quinta-feira, 29, no Seminário de Avaliação do Programa de Expansão das Universidades Federais Brasileiras, em Brasília.  

    Segundo o reitor, os investimentos no ensino superior público na Bahia estão sendo retomados, tendo como aliada a comunidade da região onde a UFRB está sendo instalada. Para se criar a nova universidade, foram feitas 50 audiências públicas. Criada em julho de 2005, por desmembramento da Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a nova instituição começou as suas atividades em julho de 2006. As aulas foram iniciadas três meses depois, em outubro de 2006.  

    Paulo Gabriel destaca que até 2008 o número de cursos da UFRB vai dobrar. O objetivo é explorar o potencial socioambiental do recôncavo baiano, acelerando o desenvolvimento de uma região cuja base econômica é a agricultura de subsistência e a exploração de petróleo. A sede fica em Cruz das Almas e os campi nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Cachoeira e Amargosa.

    Mato Grosso do Sul — Já o reitor da Universidade Federal Grande Dourados (UFGD/MS), Damião Duque Farias, explicou que a nova universidade beneficia a região mais populosa de Mato Grosso do Sul, envolvendo 36 municípios bem desenvolvidos na agroindústria. São 25 mil metros quadrados de novas construções e reformas, além de compra de equipamentos e materiais. Estão sendo oferecidos sete cursos novos de graduação, um mestrado em geografia e a universidade aguarda parecer do Ministério da Educação para novos quatro cursos de pós-graduação.

    Súsan Faria

  • Foto: Wanderley PessoaO ensino profissional e tecnológico recebe atenção especial do governo federal, que está investindo R$ 183 milhões na criação de 42 novas unidades de ensino, sendo 28 até o final deste ano. A expansão beneficiará 22 estados e 1,5 mil municípios. Ao todo, serão criadas 74.136 vagas e contratados 1.990 professores.

    Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, o salto é extraordinário. "Isso faz com que a educação profissional e tecnológica assuma importância sem precedentes", afirma. Segundo Pacheco, o governo Lula, ao priorizar a educação profissional, trilha o mesmo caminho de países que tiveram um processo de desenvolvimento acentuado.

    O secretário explica que a "elitização" sofrida pelos centros federais de educação tecnológica (Cefets) desviaram o seu foco de atendimento. "Por ser um ensino de excelente qualidade, o estudante da classe média começou a utilizá-lo para se preparar para o vestibular", acredita. Para Pacheco, o objetivo dos Cefets é formar mão-de-obra qualificada, de nível médio ou tecnológico.

    Assim, o aluno de origem humilde fica em desvantagem ao disputar uma vaga com alunos com melhor escolaridade. "Trabalhamos com o ensino médio integrado, com formação conjunta com o ensino profissional", conta. A legislação permite que o Cefet escolha este caminho, permitindo o retorno de sua finalidade: formar jovens das camadas populares.

    Cotas - Há incentivo do MEC para que os centros façam reserva de vagas para alunos do ensino público e aplicação de cotas para indígenas e afrodescendentes. O Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) permite aumento da escolaridade integrada ao ensino profissionalizante e contribui para a democratização do ensino. Ele funciona no período noturno, para atender aos estudantes durante dois anos e meio.

    O jovem ingressa na escola com a perspectiva imediata de concluir o curso e melhorar a renda. "Cerca de 62,5 milhões de brasileiros não têm o ensino médio. É um potencial que o MEC quer atrair para o Proeja", diz o secretário.

    Repórter: Sandro Santos

     

  • A região metropolitana de Fortaleza ganha nesta terça-feira, 13, às 10h, uma escola técnica federal, com a inauguração da unidade de ensino de Maracanaú. Vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Ceará, a unidade, com capacidade para atender 1,2 mil alunos, vai oferecer cursos de nível técnico e superior sintonizados com os arranjos produtivos da região. Foram investidos R$ 2,7 milhões na escola.  

    Desde agosto, a instituição atende 120 alunos, no Cefet do Ceará, com cursos técnicos gratuitos em desenvolvimento de software, conectividade e automação industrial, além de um curso superior na área de engenharia ambiental. Mais 180 vagas serão criadas no próximo ano para as áreas de química e indústria e na modalidade de jovens e adultos. Na próxima semana, as aulas serão transferidas para a nova unidade.

    Maracanaú, com 197 mil habitantes, conta com o mais importante distrito industrial do Ceará. O município é responsável pela geração de 20 mil empregos diretos e 58 mil indiretos. Ali estão reunidas 150 empresas das áreas de metalurgia, mecânica, papel e papelão, material eletroeletrônico, têxtil, químico, de vestuário, calçados e serviços de construção.

    A escola integra a primeira fase do plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, que prevê a construção de 64 unidades de ensino técnico. A partir do próximo ano, o Ministério da Educação investirá R$ 750 milhões na segunda fase do plano, com a construção de mais 150 escolas no país. No Ceará, serão mais seis, em Sobral, Limoeiro do Norte, Quixadá, Canindé, Crateús e Acaraú.

    Participarão da solenidade o governador do Ceará, Cid Gomes, o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, e o secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco.

    Marco Aurélio Fraga

  • A expansão do ensino superior público, a oferta de bolsas de estudos na rede privada e a criação de novas escolas técnicas federais no interior do país tiveram destaque no pronunciamento que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez na segunda-feira, 16, em cadeia de rádio e televisão.

    Ao apresentar um balanço dos programas educacionais implantados entre 2003 e 2005, o presidente disse que melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis é uma das suas prioridades. “Somente com um alto investimento na educação poderemos transformar rapidamente o Brasil no país que todos nós sonhamos.”

    Entre os avanços conquistados nos últimos três anos, Lula citou a democratização do acesso ao ensino superior e técnico que está sendo feita de cinco formas: criação de quatro novas universidades federais; transformação de cinco faculdades em universidades; implantação de 32 novas extensões de universidades no interior do país; instalação de 32 novas escolas técnicas federais; e a concessão de 203 mil bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).

    No caso da educação básica – que abrange de crianças atendidas nas creches aos alunos do ensino infantil, fundamental e médio – o presidente destacou a criação do Fundo da Educação Básica (Fundeb). Esse fundo vai aumentar as verbas, ampliar as vagas, melhorar o salário dos professores e garantir creches e pré-escolas de qualidade para todos. “O Fundeb vai permitir, antes de tudo, aprimorar a qualidade do ensino, com treinamento dos professores e melhorias nas instalações e equipamentos”, disse Lula. A lei que cria o Fundeb está na pauta de votações do Congresso Nacional, na convocação extraordinária que se estende até 14 de fevereiro.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

  • Com a expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, Pernambuco vai ganhar cinco escolas técnicas. Em todo o Brasil, serão criadas 150, até 2010. As unidades pernambucanas estarão vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets) de Pernambuco e de Petrolina.

    Caruaru, Garanhuns, Afogados da Ingazeira, Salgueiro e Ouricuri serão as cidades-pólo. Em Garanhuns, na região do Agreste, os cursos serão voltados para as áreas têxtil e de leite e derivados. Ainda no Agreste, em Caruaru, o foco estará no setor de confecções. Afogados da Ingazeira e Salgueiro, no sertão, terão cursos específicos para os arranjos produtivos locais, que são a caprinocultura e o artesanato. Em outra cidade do sertão, Ouricuri, terá prioridade a área de agricultura.

    Hoje, além dos Cefets, Pernambuco conta com três unidades de ensino descentralizadas, em Ipojuca, Pesqueira e Floresta; três escolas agrotécnicas federais, em Vitória de Santo Antão, Barreiros e Belo Jardim, e um colégio agrícola, em Recife.

    Letícia Tancredi

    Confira as notícias da Caravana da Educação

  • A expansão orçamentária da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), cujos recursos passaram de R$ 515 milhões em 2002 para os R$ 789 milhões previstos para 2007, traz novas possibilidades para o incremento da pós-graduação brasileira.

    O aumento do número de doutores formados pelo País motivou a criação de uma nova ação da Capes. Foi implantado como projeto-piloto em 2006 o Programa Nacional de Pós-Doutorado, ainda em proporções pequenas. Esse programa oferece oportunidade para que o doutor, ao conseguir o seu título, possa obter emprego em uma empresa, universidade ou centro de pesquisa. A intenção é garantir a fixação dos titulados no mercado brasileiro, assegurando, assim, tanto o emprego dos recém-doutores como uma qualificação maior para o mercado brasileiro.

    A idéia é fortalecer a parceria entre Capes, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs). Um exemplo já executado pela Capes é o Prodoc − a partir dele os programas de pós-graduação de instituições de ensino superior públicas podem contratar recém-doutores. Foram investidos em 2005 pela Capes R$ 24 milhões e apoiados 500 projetos em diversas áreas do conhecimento. A Capes trabalha para que em 2007 seja possível fazer a ampliação desse projeto.

    Outro programa que faz parte das novas ações implementadas pela Capes é a Escola de Altos Estudos. O programa trará pesquisadores internacionais de alto nível para lecionar a alunos de mestrado e doutorado. Com isso, alunos de diversos programas poderão assistir − de maneira presencial ou virtual − a aulas de pesquisadores que, normalmente, só viriam ao Brasil por poucos dias. A escola viabiliza a vinda deles por semanas ou mesmo meses, causando um impacto significativo na pós-graduação brasileira.

    O primeiro especialista a ser trazido para o Brasil, já em 2007, é o filósofo Giorgio Agamben, convidado pelos programas de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Agamben é um dos maiores filósofos políticos da atualidade. Seu livro Homo sacer foi um dos principais a serem publicados na área, tendo causado forte impacto na discussão política mundial.

    Outra ação que promete trazer bons resultados para 2007 é o Observatório da Educação. A Capes e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep/MEC) irão financiar projetos de pesquisa que desenvolvam estudos voltados para a educação. A intenção é utilizar os dados levantados pelos Inep, como o censo escolar, por exemplo, e garantir recursos para os estudos que possam desdobrar os quadros levantados pelas estatísticas. Assim, será possível entender as falhas do sistema educacional brasileiro e, a partir daí, estabelecer iniciativas que possam corrigi-las. São R$ 2,2 milhões para o financiamento de projetos. Foram encaminhados à Capes 84 projetos que estão sendo avaliados.

    Amazônia − A região amazônica é o foco prioritário de duas novas ações da Capes. Uma para aumentar a formação de pessoal qualificado na região e outra para incentivar instituições públicas e privadas de todo o País a criar linhas de pesquisas voltadas para a Amazônia. O programa Novas Fronteiras, de expansão da pós-graduação, terá suas ações voltadas para a formação de recursos humanos na região amazônica. Para isso, está previsto um orçamento de R$ 30 milhões. O governo federal pretende intensificar o apoio aos programas de pós-graduação de 15 universidades e dois institutos de pesquisa da região amazônica, além de outras medidas para a ampliação dessa fronteira, que pode representar também investimentos em outras regiões menos desenvolvidas.

    Já o programa Amazônia Azul deve estimular a formação de doutores em ciências do mar em regiões carentes de pessoal para pesquisa e formação de recursos humanos. Por meio do Programa de Apoio à Mobilidade Discente em Pós-Graduação em Ciências do Mar − Pró-Amazônia Azul −, a agência vai conceder bolsas de doutorado no País a instituições públicas e privadas brasileiras que possuam em seus programas de pós-graduação stricto sensu, reconhecidos pela Capes, áreas de concentração ou linhas de pesquisa identificada com pelo menos uma das áreas temáticas propostas. (Assessoria de Comunicação Social da Capes)

    Confira as notícias do Balanço 2006

  • Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) tem adesão de 42 universidades (Foto: João Bittar)O conselho universitário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovou nesta quarta-feira, 5, a adesão da instituição ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Com o ingresso da instituição gaúcha, já são 42 universidades federais a entrar no programa.

    À UFSM devem ser destinados, entre 2008 e 2012, R$ 140 milhões para despesas com professores, técnicos administrativos, assistência estudantil e bolsas de pós-graduação. A esses recursos serão acrescidas outras verbas para investimentos em edificações, infra-estrutura e equipamentos previstos para 2008.

    Os recursos do Reuni nos próximos quatro anos são de R$ 2 bilhões, que serão distribuídos de acordo com as projeções de matrículas de alunos em cada instituição. De acordo com o pró-reitor de graduação da UFSM, Jorge Luiz da Cunha, a proposta que será encaminhada ao Ministério da Educação visa à criação de 36 cursos de graduação, 11 dos quais para o ensino noturno.

    Hoje, a UFSM oferece 69 cursos de graduação. “Vamos oferecer nos próximos cinco anos 241% a mais de vagas somente no período noturno, o que representa 4.210 matrículas a mais. É um momento histórico para a universidade”, destacou o pró-reitor.

    Para o vice-reitor Felipe Martins Müller, a adesão ao Reuni significa a possibilidade de planejar o crescimento da universidade. “Vamos aumentar, ainda, a oferta na pós-graduação em 60% entre 2008 e 2012”, disse. Dentre as diretrizes estabelecidas para o Reuni, a política de inclusão e democratização do acesso, a ampliação da assistência estudantil, a mobilidade acadêmica e a renovação pedagógica são aspectos que devem ser contemplados nos planos apresentados pelas universidades, além da ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 17, que o custo da expansão das instituições federais de ensino superior é pequeno, comparado com o benefício que a medida traz. “Como as universidades conseguiram dobrar a oferta de vagas em pouco tempo, rapidamente teremos novos profissionais bem qualificados em todas as áreas”, frisou. A afirmação foi feita durante a solenidade de posse do novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Alexandre Netto.

    Na visão de Haddad, já há na sociedade o entendimento de que a educação superior é o caminho para o desenvolvimento sustentável do país. Segundo o ministro, atualmente o número de graduandos é maior que o de graduados. “Por isso, todo apoio que o MEC puder dar ao parque universitário, e também ao de escolas técnicas, será dado”, enfatizou.

    Excelência – Haddad destacou o patamar de excelência da Federal do Rio Grande do Sul, que figura entre as melhores do Brasil. “A UFRGS consegue manter o alto nível de ensino, aliado à expansão e à inclusão.” No índice geral dos cursos da instituição (IGC), a universidade obteve nota cinco – a escala vai de um a cinco nos valores em faixa.

    Para o reitor recém-empossado, o cenário da educação superior é animador, por causa das políticas e investimentos destinados ao setor. Netto afirmou que a criação de cursos tecnológicos, a redução da evasão, o aproveitamento de vagas ociosas e um maior apoio à pesquisa científica são propostas da sua gestão. “A UFRGS continuará somando-se ao esforço da atual revolução vivenciada na educação superior”, indicou.

    Graduado em medicina, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-doutorado na Universidade de Londres, Netto é professor associado do departamento de bioquímica da UFRGS e foi pró-reitor de graduação e de pesquisa da universidade. Suas linhas de pesquisa são isquemia cerebral e psicobiologia dos transtornos mentais.

    O novo reitor atua também como revisor de periódicos, entre eles, o Neuroscience, Neurobiology of Learning and Memory e Brain Research. Netto já participou de comitês assessores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fez parte ainda das sociedades brasileiras de Neurociências e Comportamento, de Bioquímica e Biologia Molecular e para o Progresso da Ciência.

    História – A história da Federal do Rio Grande do Sul começou com a fundação da Escola de Farmácia e Química, em 1895 e, em seguida, da Escola de Engenharia. Em 1947, passou a ser denominada Universidade do Rio Grande do Sul, incorporando as faculdades de Direito e de Odontologia de Pelotas e a Faculdade de Farmácia de Santa Maria. Posteriormente, estas unidades foram desincorporadas, com a criação da Universidade de Pelotas e da Universidade Federal de Santa Maria.

    Em dezembro de 1950, a Universidade foi federalizada. Desde então, a UFRGS passou a ocupar posição de destaque no cenário nacional, como a primeira em publicações e a segunda em produção científica entre as federais, considerando o número de professores. Hoje, oferece 69 cursos de graduação a 24,5 mil alunos.

    Letícia Tancredi

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    O projeto de expansão das instituições federais de ensino superior, realizado pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, está chegando a Pernambuco. A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) está elaborando o projeto de construção do campus de Serra Talhada, que deve começar a funcionar em 2006. A sede provisória do campus de Garanhuns, ligado à UFRPE, foi inaugurada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, em 5 de agosto.

    “A expansão das Ifes é uma política necessária, pois dará oportunidade a muitas pessoas de terem acesso à educação superior”, diz o vice-reitor da UFRPE, Reginaldo Barros. Em Garanhuns, seis mil alunos concluem o ensino médio a cada ano, nas escolas públicas. São estudantes que, na maioria, não teriam chance de ir para Recife ou grandes centros fazer faculdade, agora, podem continuar os estudos na própria cidade. São oferecidas 240 vagas anuais, gratuitamente, por meio de vestibular. Quando concluída a instalação, o campus atenderá dois mil alunos, de manhã e à noite.

    No campus de Garanhuns são oferecidos cursos de graduação em zootecnia, agronomia, medicina veterinária e normal superior. Já houve vestibular este ano e 40 professores foram contratados. O campus funciona no centro de treinamento para atividades de extensão e sua sede definitiva será construída em breve. Em Serra Talhada há um centro de treinamento semelhante que abrigará o novo campus, que terá cursos de graduação em agronomia, engenharia de pesca, bacharelado em ciências biológicas, licenciatura plena em computação, química e ciências econômicas, com ênfase em economia rural. Cada curso terá 60 vagas. Serão mais 360 vagas.

    Hoje, a UFRPE tem oito mil alunos e 400 professores. A universidade entrou para a rede federal de ensino em 1957. Ainda em Pernambuco, o MEC está criando os campi do Agreste, em Caruaru, e o de Vitória de Santo Antão, ligados à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

    Expansão – Desde 2004, o governo federal voltou a investir na expansão de vagas públicas e gratuitas, com criação de universidades e extensões, levando o ensino superior para regiões do interior. Nessa política, que faz parte do anteprojeto da reforma universitária, estão sendo criadas nove universidades federais – do ABC (SP), Grande Dourados (MS), Recôncavo Baiano (BA), Triângulo Minério (MG), Semi-Árido (RN), Alfenas (MG), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (MG), Tecnológica do Paraná (PR), e Ciências da Saúde de Porto Alegre (RS) – e implantando ou consolidando 36 campi. Mais informações, no MEC, pelos telefones (61) 2104-8680 ou (81) 3320-6000 e 3320-6001 (UFRPE).

    Repórter: Susan Faria

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