O Escola Aberta, programa que oferece atividades de aprendizado e lazer em escolas públicas, nos fins de semana, está sendo ampliado e, em agosto, chega a mil escolas de ensino básico no país. Atualmente, o programa é desenvolvido em 155 escolas das regiões metropolitanas, sendo 55 em Belo Horizonte, 50 em Vitória e 50 em Recife. O Escola Aberta será expandido nessas regiões e levado a Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). A expansão está sendo discutida nas seis capitais. O próximo encontro será na Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte (MG), quarta-feira, 27, às 9h. Participam representantes do MEC, secretários municipais de educação de Minas Gerais e técnicos das secretarias.
Com a expansão, o Escola Aberta vai beneficiar um milhão de pessoas, entre estudantes e familiares, segundo a coordenadora do programa no MEC, Natália Duarte. “É um programa de impacto concreto na qualidade de vida”, diz. Segundo ela, o Escola Aberta é inserido em localidades urbanas para dar opção de lazer, esporte, cultura, dança e inclusão social.
O programa oferece seis oficinas com talentos locais, custeadas pelo governo federal, que podem ser de torneios esportivos a shows, com atividades de direitos humanos e leitura. “Queremos tirar o significado de ler como dever e associar a leitura a uma atividade feita com prazer”, diz Natália. Lançado em 15 de outubro de 2004, o Escola Aberta tem a parceria dos ministérios da Educação, Trabalho, Cultura e Esporte e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sucesso – Em Belo Horizonte, o Escola Aberta faz sucesso. “Incentiva projetos de interação com a comunidade”, diz Gilka Maira de Moraes Oliveira, secretária adjunta municipal de educação de Belo Horizonte. Na capital, o programa reduziu índices de violência nas escolas e imediações. “Meninos saíram das ruas porque arrumaram emprego no Escola Aberta. As comunidades quase não tinham opção de lazer e agora usam equipamentos da escola”, diz Karine Gusmão do Couto, coordenadora do Escola Aberta em Belo Horizonte. Cerca de 19 mil pessoas participam do programa na região. O Escola Aberta estimulou a Secretaria Municipal de Educação a uma parceria com a Fundação Municipal de Cultura para oferecer sessões de cinema, seguidas de comentários dos filmes, em 16 escolas municipais.
No Rio de Janeiro, a expectativa de receber o Escola Aberta é grande. Representantes dos seis municípios do Leste Fluminense (Niterói, Tanguá, São Gonçalo, Rio Bonito, Maricá e Itaboraí) reuniram-se na Fundação Municipal de Educação de Niterói, com a coordenadora do programa no MEC, Natália Duarte, para discutir uma agenda do programa nas escolas de cada cidade. “É um programa para integrar a escola à comunidade, ampliando oportunidades de acesso a espaços de promoção da cidadania”, diz o secretário de Educação de Niterói, Waldeck Carneiro.
Até o fim do ano serão realizadas, em Niterói, 36 oficinas de geração de renda, hip-hop, informática, artesanato, corte e costura, artesanato, grafite, xadrez, teatro, dança, pintura e capoeira, entre outras. Mais informações pelos telefones (61) 3212-5808 e 3212-9212 (MEC), (31) 3277-8600, 3277-8601 e 3277-8606 (Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte) ou (21) 2719-6763 e (21) 2719-6748.
Repórter: Susan Faria