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  • Estudantes da educação básica da rede pública de ensino podem viver a experiência de criar e produzir vídeos de curta-metragem e ainda ganhar smartphones como prêmio, além de dar aos professores e até à escola a oportunidade de também receber premiação.

    É o que promete o Prêmio Curta Histórias, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, em parceria com a Fundação Vale, a Fundação Telefônica, a Unesco e a Fundação Palmares. As inscrições estão abertas até 29 de abril.

    O tema desta edição são as personalidades negras. Os estudantes podem participar em quatro categorias: ensino fundamental – anos iniciais; ensino fundamental – anos finais; ensino médio; educação de jovens e adultos.

    Os estudantes interessados podem consultar as dicas de produção, elaboradas pela TV Escola do MEC e disponíveis na página do prêmio na internet, onde encontrarão também o regulamento e relação dos prêmios.

    O objetivo do concurso é valorizar a educação para as relações étnico-raciais e incentivar novos talentos, além de promover o estímulo ao desenvolvimento das atividades pedagógicas e audiovisuais de cunho cultural e educativo.

    Os vencedores serão anunciados na página do Curta Histórias na internet. A cerimônia de premiação ocorrerá na sede do Ministério da Educação, em Brasília, no dia 28 de maio.

    Acesse a página do prêmio Curta Histórias

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Prêmio Técnico Empreendedor deste ano bateu o recorde de inscritos, com 416 projetos de 1.248 alunos. Os estudantes vão concorrer nas categorias técnico (nível médio) ou tecnológico (nível superior), com opção pelos temas inclusão social, cooperativismo ou livre. Serão vencedores da etapa regional 90 projetos. Na etapa nacional concorrerão os 18 mais bem classificados.

    O primeiro colocado receberá R$ 8 mil; o segundo, R$ 6 mil e o terceiro, R$ 4 mil. Já os professores orientadores dos projetos receberão R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil, respectivamente. Os critérios de classificação levarão em consideração a possibilidade de o projeto se tornar um bom negócio, a viabilidade financeira e social, os benefícios para o meio ambiente e os processos e procedimentos técnicos e operacionais.

    Do total de projetos, 60% foram inscritos na categoria técnico e os demais, na categoria tecnológico. São 51 trabalhos da região Norte, 151 do Nordeste, 93 do Sudeste, 72 do Sul e 49 do Centro-Oeste. Em 2009, foram inscritos 278 projetos; em 2008, 300 e em 2007, 148.

    Os resultados da etapa regional serão divulgados no período de 3 a 5 de novembro. O da etapa nacional, em 16 de novembro. A solenidade de premiação está marcada para 7 de dezembro, em Brasília.

    Desde 2002, o prêmio Técnico Empreendedor destaca iniciativas de estudantes de cursos técnicos e tecnológicos de instituições públicas. O concurso resulta de parceria entre os ministérios da Educação e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco do Brasil.

    Ana Júlia Silva de Souza


    Confira os projetos inscritos, por estado
  • Estudantes de cursos técnicos e tecnológicos das instituições públicas podem apresentar projetos para concorrer à edição de 2010 do Prêmio Técnico Empreendedor, lançada nesta segunda-feira, 17. Desde 2002, o prêmio reconhece e divulga iniciativas empreendedoras e atividades de cooperativismo.

    As inscrições e a entrega de projetos devem ser feitas até 31 de agosto no Sebrae mais próximo da escola do estudante, que pode concorrer na categoria técnico ou tecnológico e optar pelos temas inclusão social, cooperativismo ou livre. As equipes de cada projeto devem ser compostas por dois ou três alunos, orientados por um professor.

    No tema inclusão social, os projetos devem estar voltados para pessoas, grupos ou comunidades específicas, arranjos produtivos locais ou minorias. Quanto ao cooperativismo, devem ser inovadores e capazes de estimular a criação de cooperativas. No tema livre, precisam ter como meta o desenvolvimento local. O prêmio é uma iniciativa dos ministérios da Educação e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Banco do Brasil.

    Avaliação— A avaliação dos projetos será feita por comissões julgadoras em etapas regionais e na nacional. Nas regionais, serão selecionados três projetos por categoria e tema, os quais concorrerão na etapa nacional. Nesta, serão selecionados três projetos de cada tema, nas duas categorias. As equipes dos projetos classificados na etapa regional receberão certificado e R$ 2 mil.

    Na etapa nacional, serão premiados os três melhores projetos de cada categoria e respectivo tema. O primeiro colocado receberá R$ 8 mil; o segundo, R$ 6 mil e o terceiro, R$ 4 mil. Os professores-orientadores dos projetos vencedores da etapa nacional receberão R$ 3 mil, R$ 2 mil e R$ 1 mil, respectivamente. A cerimônia de premiação será realizada em Brasília, em 1º de dezembro.

    Ana Júlia Silva de Souza
  • Programadores, designers e outros inventores de todo o Brasil enfrentarão uma maratona de 48 horas, de 16 a 18 de maio, com o objetivo de desenvolver projetos que visem a transparência de informações públicas por meio de tecnologias digitais. Trata-se da segunda edição do Hackathon Dados Educacionais, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com o apoio da Fundação Lemann, que acontecerá em Brasília e distribuirá R$ 10 mil em bolsas para a implementação dos projetos.

    A iniciativa é uma maratona que busca reunir profissionais de diversas áreas com o propósito de discutir e criar soluções diversificadas de disseminação e promoção do uso dos dados produzidos pelo Inep.

    A expectativa é proporcionar um espaço para interação e formulação de ideias sobre como apresentar os dados educacionais de maneira mais relevante e compreensível para a sociedade. A realização do Hackathon atende à necessidade de potencializar o acesso aos dados e aos resultados das avaliações produzidos pelo Instituto para diferentes públicos.

    O Inep vem estudando maneiras inovadoras de divulgação, incluindo o uso das redes sociais. Para o presidente do instituto, professor Chico Soares, “o Hackathon é uma proposta que pretende estimular profissionais de diferentes áreas a tornar os dados produzidos pelo Inep mais relevantes para a sociedade”.

    Inscrição – Os interessados devem preencher o formulário disponível na página do Inep na internet até as 23h59 do dia 16 de abril, apresentando uma proposta de projeto em visualização de dados. No ato da inscrição, o candidato deve anexar um vídeo apresentando a ideia.

    Há 30 vagas individuais. Os grupos serão formados no primeiro dia do evento. Os participantes e equipes que tiverem suas propostas selecionadas terão as despesas de passagens aéreas, hospedagem e alimentação custeadas pelo Inep. Material de orientação e ficha de inscrição estão disponíveis nas páginas do Inep e da Fundação Lemann.

    Os vencedores receberão bolsas oferecidas pela Fundação Lemann para a implementação dos projetos: R$ 5 mil, R$ 3 mil, R$ 2 mil, respectivamente para primeiro, segundo e terceiro colocados. O resultado da seleção será divulgado aos participantes no dia 28 de abril.

    Anterior– Em 2013 o projeto Escola que Queremos foi o vencedor da primeira edição do Hackathon. O grupo ganhador apresentou as possibilidades de um indicador multinível, a partir de um aplicativo que permite selecionar indicadores para a avaliação de uma escola de modo a saber se esta atende às necessidades de quem a procura.

    Acesse a página do Inep

    Acesse a página da Fundação Lemann

    Acesse a página de inscrição

     

    Assessoria de Comunicação do Inep

  • Com o objetivo de identificar start ups (grupos de pessoas que trabalham em busca de um modelo de negócios) mais promissoras que atuam na transição de energia e proteção climática, estão abertas, até 31 de janeiro de 2018, as inscrições para o prêmio internacional Start Up Energy Transition (SET). Os seis ganhadores receberão um prêmio de 10 mil euros cada.

    Promovido pela Agência Alemã de Energia (Dena), o prêmio vai destacar as melhores ideias que vão impulsionar tecnologias e políticas inovadoras de eficiência energética e energias renováveis para o futuro. A cerimônia de premiação será organizada pelo Berlin Energy Transition Dialogue (BETD), em Berlim (Alemanha), no segundo trimestre de 2018.

    Podem participar empresas e jovens empreendedores de todo o mundo, que estejam trabalhando em ideias com foco na transição energética global e nas mudanças climáticas. São seis as categorias de projetos a serem apresentados: Produção de energia com baixo teor de carbono; Grades e plataformas inteligentes e cyber security; Eficiência energética, dispositivos inteligentes e armazenamento; Mobilidade inovadora; Energia, água e alimentação; e Prêmio Especial: Objetivo 7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Todas as categorias refletem problemas da inovação necessária para a transição de energia em nível mundial.

    SET – A Start Up Energy Transition (SET) é uma iniciativa global de combate às mudanças climáticas apoiada por mais de 70 parceiros de 30 países. Em 2017, recebeu cerca de 500 projetos de 66 nações. Os projetos enviados farão parte de uma plataforma para discutir como entidades públicas e privadas de todo o mundo podem apoiar os inovadores na aceleração da transição de energia e na luta contra as mudanças climáticas.

    Mais informações sobre o SET Award 2018, o processo de candidatura, os vencedores da primeira rodada e a iniciativa SET com todos os seus apoiantes e atividades podem ser encontradas, em inglês, na página da SET.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira, 31, em Fortaleza, o resultado do Prêmio Desenvolvimento Educacional Inclusivo: A escola no enfrentamento das desigualdades sociais. A iniciativa contempla ações e projetos de educação comprometidos com a garantia do desenvolvimento inclusivo dos estudantes beneficiários do Programas Bolsa Família e Benefício da Prestação Continuada (BPC).

    O prêmio é dividido em duas categorias: de secretarias de educação e de escolas públicas. Em sua primeira edição, foram inscritos 105 relatos de experiências. As seis histórias vencedoras contaram como fazem a busca de crianças, adolescentes e jovens fora da escola e a qualificação do aprendizado de estudantes que necessitam de atenção especial.

    A Secretaria Municipal de Educação de Erechim, no Rio Grande do Sul, foi a primeira colocada nessa categoria, seguida da Secretaria Municipal de Educação de Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Em terceiro lugar ficou a Secretaria Municipal de Educação de Teotônio Vilela, em Alagoas.

    Na categoria escolas públicas, o primeiro lugar foi para a experiência da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Dantas Sobrinho, de Maracanaú, no Ceará. A segunda colocada foi a Escola Estadual Antônio Correa e Silva, no município de Januária, em Minas Gerais. A terceira colocação ficou com a escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Badalotti, em Erechim, no Rio Grande do Sul.

    Além de troféu e diploma, os primeiros colocados das duas categorias farão intercâmbio para conhecer a experiência educacional da Finlândia. As secretarias em segundo e terceiro lugar e todos as escolas visitarão uma experiência inclusiva nacional. As três escolas também receberão um prêmio em dinheiro. O primeiro lugar, R$ 10 mil e o segundo e terceiro, R$ 8 mil e R$ 6 mil, respectivamente.

    A intenção do prêmio é promover gestão e práticas pedagógicas que vão além da garantia da matrícula a pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. Mostrar que as iniciativas também estão atentas às necessidade desses públicos, com aprendizados de qualidade.

    Dentre os selecionados foram observadas práticas que interagem com a família e a comunidade. A troca de experiência entre o atendimento educacional especializado e a sala de aula foram aspectos considerados na premiação. O investimento estratégico em projetos e ações como o enfrentamento ao preconceito e a promoção da acessibilidade também estão entre os destaques.

    Bolsa Família – Na área da educação, o Bolsa Família promove a garantia do direito de acesso e permanência à escolarização de crianças, adolescentes e jovens em situação de pobreza e de extrema pobreza. A medida visa reduzir o abandono e a evasão escolar e contribuir para o sucesso escolar, em consonância com o desafio de universalização da educação básica no país. Atualmente, são acompanhados cerca de 17 milhões de beneficiários, um terço do total de matrículas na Educação Básica.

    BPC – O Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola das Pessoas com Deficiência Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (Programa BPC na Escola) identifica entre os beneficiários do BPC até 18 anos aqueles que estão na escola e os que estão fora.

    As ações de inclusão ocorrem por meio de articulação entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) estabelecendo compromissos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Os relatos estarão em breve no site do prêmio

    Assessoria de Comunicação Social

    Ouça:

     

  • Professores da educação básica de escolas públicas que desenvolveram ações pedagógicas bem-sucedidas serão premiados nesta quinta-feira, 3. A cerimônia de entrega da quarta edição do Prêmio Professores do Brasil será realizada às 10h, no auditório do edifício-sede do Ministério da Educação, com a presença do ministro Fernando Haddad.


    O prêmio, promovido pelo Ministério da Educação e instituições parceiras, seleciona experiências criativas e inovadoras, já realizadas ou em andamento, que contribuam para a qualidade da educação básica. São avaliados projetos de professores que lecionam em todas as fases dessa etapa do ensino em escolas públicas de todas as regiões do país.


    Nesta edição, foram selecionados 35 projetos — sete da educação infantil, oito dos anos iniciais do ensino fundamental, dez dos anos finais e dez do ensino médio. Os professores premiados receberão R$ 5 mil. As escolas nas quais as experiências foram ou são desenvolvidas ganharão equipamentos audiovisuais ou multimídia, a critério de cada uma, no valor de até R$ 2 mil.


    Após a cerimônia de premiação, os educadores apresentarão as experiências selecionadas, ainda na quinta-feira e também na sexta-feira, 4, durante o seminário Professores do Brasil, no Hotel Phenícia, em Brasília. 

    Assessoria de Comunicação Social


  • Assim que ingressou no ensino médio, a estudante gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, de Osório (RS), passou a se dedicar a todas as matérias relacionadas a ciências, sua maior paixão. Atualmente com 18 anos, a aluna do último ano do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) ganhou destaque com um trabalho direcionado à agricultura, a principal atividade de sua família. A partir da casca do maracujá, ela desenvolveu um material reciclável para substituir embalagens de mudas de plantas. Juliana é a personagem da edição desta sexta, 7, de Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Desde criança familiarizada com a rotina da agroindústria em sua região, a estudante sempre se preocupou com sustentabilidade. Ao longo do tempo, observou que os saquinhos plásticos que envolvem as mudas de plantas, ao serem descartados, causam estragos à natureza.  “Eles vão se acumulando no meio ambiente, indo para aterros sanitários, sem uma destinação correta; contribuem para poluição e contaminação do solo, da água e do lençol freático, ou são incinerados, levando à emissão de gases de efeito estufa”, aponta.

    Diante desse quadro, Juliana procurou orientação dos professores e descobriu que a solução estava bem perto: o maracujá, de cultivo abundante na região em que vive. Passou a pesquisar a pectina, uma proteína gelatinosa presente na casca do maracujá e de outras frutas, como a maçã – da qual se pode fazer geleia. “Lendo sobre plásticos biodegradáveis, descobri que eles precisam ter esse tipo de polissacarídeo [outra substância presente na casca do maracujá], seja um amido ou um outro tipo de farinha um açúcar ou até a pectina.”

    Utilizando a casca da fruta, ela desenvolveu um filme plástico que, além de não agredir o meio ambiente, não danifica a raiz das mudas, diferentemente do que ocorre com o plástico convencional. Biodegradável, o novo produto se decompõe em 20 dias, não precisando ser retirado no momento do plantio, e reduz a poluição causada pelos sacos tradicionais.

    Premiação – Mesmo ainda em caráter experimental, a pesquisa de Juliana já ganhou destaque no Prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ela conquistou o primeiro lugar na categoria ensino médio, o que a motiva a seguir com os estudos e a apostar na produção do filme plástico em larga escala no futuro. Sua meta é fazer o curso de engenharia química.

     “Os alunos do ensino médio deveriam ser cada vez mais incentivados, porque a minha vida mudou tanto depois de fazer pesquisa e hoje eu tenho certeza de que a educação e a ciência são as coisas que mais transformam o mundo”, resume. “A gente tem que cada vez mais oportunizar que outros jovens tenham esse tipo de vivência”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Aos 17 anos, Luiz Fernando Borges foi considerado o melhor participante na área da engenharia biomédica no principal evento científico de ensino médio (Foto: Society for Science)O estudante Luiz Fernando Borges conta apenas 17 anos de idade, mas fala com a propriedade de um cientista experiente. Primeiro colocado no principal evento científico de ensino médio do mundo, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Intel Isef), ele já tem uma trajetória considerável como pesquisador. A feira foi realizada de 8 a 13 deste mês, em Fênix, no Arizona, Estados Unidos.

    Aluno do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS), Luiz Fernando representou o Brasil na área de engenharia biomédica e foi considerado o melhor na categoria. Ele faz o curso técnico integrado com informática, no campus de Aquidauana.

    A pesquisa de Luiz Fernando, Prendendo Fantasmas em Robôs, uniu dois interesses que o jovem carrega desde muito cedo: pela ciência e pela tecnologia. A partir da chamada síndrome do membro fantasma, quando o amputado ainda sente a parte ausente do corpo, o estudante criou um programa que lê sinais musculares e os transforma em comandos de movimento que um artefato robótico poderia interpretar.

    Assim, seria possível captar os desejos de alguém que tenha, por exemplo, perdido parte do braço. Segundo Luiz Fernando, as próteses ainda devolveriam a sensibilidade tátil a essas pessoas. “Restaurar os movimentos é uma coisa, fazer com que a pessoa possa tocar um instrumento ou sentir como é segurar a mão da sua amada, aí, já é outra história”, diz.

    Além dos prêmios, Luiz Fernando ganhou uma viagem a Londres, onde participará de fórum com jovens cientistas de diversos países. Ele também terá um asteroide batizado com seu nome.

    Inspirado no trabalho do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, o estudante afirma que, ao conhecer melhor “as áreas de interface cérebro-macro”, simplesmente se apaixonou pela pesquisa com o cérebro humano. “Fiquei espantado ao constatar como as soluções tecnológicas podem ajudar a melhorar moléstias da vida humana e da saúde”, diz. Luiz Fernando antevê um momento em que, graças a estudos como esse, não será preciso esperar numa fila de transplante por um novo coração. Bastará uma impressora 3D e a cultura de células para clonar os órgãos, por exemplo.

    De acordo com o estudante, o projeto depende agora de apoio material e intelectual para avançar à segunda fase, a construção dos artefatos robóticos, e virar realidade na vida de quem precisa. “O tempo literalmente vai ser convertido em recursos”, diz. “Quanto mais recursos houver, tanto intelectuais como materiais, menos tempo vai levar para que as pessoas usem essa tecnologia no dia a dia.”

    Incentivos — O projeto é mais um exemplo da importância da pesquisa em ciência e tecnologia e de como incentivos materiais e intelectuais são necessários. Luiz Fernando lembra que a viabilização do programa só foi possível com a ajuda financeira de instituições como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que ofereceu bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Júnior para o ensino médio.

    Além disso, ele cita o apoio do próprio IFMS, que liberou equipamentos para o desenvolvimento do projeto, como impressora 3D, e garantiu viagens a eventos de iniciação científica. “Nos eventos, podemos divulgar o que foi feito e, quem sabe, conseguir mais parceiros para ajudar no desenvolvimento da ideia”, destaca.

    Ter o acompanhamento de professores, como o orientador do projeto, Leandro de Jesus, e o coorientador, Diogo Milagres, também foi fundamental, segundo Luiz Fernando. Ele está certo de que, sem esses incentivos, teria muito mais dificuldade para realizar a pesquisa.

    Seguir esse caminho é o projeto de vida de Luiz Fernando. Como está no último ano do curso no IFMS, ele pretende obter vaga em universidades estrangeiras, como a Johns Hopkins, nos Estados Unidos, um dos mais importantes centros de pesquisa do mundo. Mas a intenção é ir e voltar. “Será uma honra voltar e aplicar aqui todo o meu conhecimento”, afirma. “Será também uma forma de provar que o brasileiro tem incutido em seu DNA o gene da inovação.”

    Para o estudante, o gene da inovação nasce quando é preciso superar a adversidade. E, nesse aspecto, ele considera o brasileiro um expert.

    Infância — Exposto, desde muito pequeno, a programas de TV e materiais educativos, Luiz Fernando sempre estudou em escola pública no município de Aquidauana (47,1 mil habitantes). Mas a grande diferença em sua infância, segundo ele, foi nunca ter recebido respostas prontas. Ao contrário, sempre foi incentivado pelo pai, bombeiro, e pela mãe, professora, a buscar as próprias conclusões.

    Aos oito anos, ele começou a sonhar com a ciência. Aos 12, participou da primeira feira científica. Na ocasião, construiu um braço mecânico, com seringas e madeira. Em 2013, com 14 anos, foi premiado na feira estadual de ciências e, logo depois, selecionado para a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace). No ano seguinte, obteve o quarto lugar, com projeto de purificação do DNA — conseguiu reduzir o custo de um equipamento capaz de diagnosticar vários vírus, além de teste de paternidade.

    Para Luiz Fernando, o trabalho de cientista é, basicamente, “descobrir respostas para questões dos fenômenos da natureza”. Mas, para alguém tão encantado com a possibilidade de melhorar a vida das pessoas a partir da mais genuína curiosidade, como diz Nicolelis, “ser cientista é ser pago para ser criança para sempre”.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Arte: Mário Afonso/MECCriado para despertar o interesse pela literatura entre os alunos da educação infantil e torná-los multiplicadores de leitura, o projeto Literatura nas Ruas conquistou uma dimensão maior do que a esperada. “O projeto consolidou a cumplicidade entre a família e a escola”, destaca seu autor, Diovane de César Resende Ribeiro, professor no Centro Municipal de Educação Infantil Maria Eduarda Farnezi Caetano, no município mineiro de Uberaba.

    Segundo Diovane, a ação surgiu de uma necessidade pessoal. Ele queria não só comprovar a importância das artes na educação infantil como também verificar quais instrumentos poderiam ser usados para estimular o gosto dos alunos pela área. Tão logo começou a trabalhar, em 2012, procurou sensibilizar os estudantes a conhecer e apreciar diferentes linguagens artísticas. “A literatura ganhou tamanho destaque que decidimos estruturar e desenvolver o projeto”, explica.

    O professor revela que os estudantes tiveram a oportunidade de assistir à apresentação de uma companhia de teatro integrada por adolescentes, a Cia. Rogê, com a adaptação do livro A Caixa Preta, do escritor Tiago de Melo Andrade, durante a realização da 3ª Festa Literária de Uberaba (FLU). Ao despertar o interesse das crianças, o professor selecionou algumas poesias para serem distribuídas aos moradores da comunidade em que a escola está situada. Percebeu então que era possível ir além e ampliar a distribuição a outros lugares.

    Por meio de parceria com a Biblioteca Comunitária Ler é Preciso Professor Antônio Bernardes Neto, para a coleta e doação de obras literárias, o professor conseguiu vários exemplares de obras distintas. Depois de fazer a leitura dos livros arrecadados, as crianças tiveram como tarefa confeccionar marcadores de livros para distribuição, com a obra, na praça central de Uberaba. “À vontade com a situação, as crianças cumpriram com suas responsabilidades como se fosse algo natural e presente na rotina”, salienta Diovane.

    Poeta — O projeto foi encerrado com o sarau Contos e Poesias, uma Homenagem ao Poetinha, em comemoração ao centenário de nascimento do poeta, escritor e compositor Vinícius de Moraes [1913-1980]. A atividade levou a um grande envolvimento das famílias, dedicadas a ajudar seus filhos, em casa, nos ensaios das declamações.

    Paralelamente à realização dessas atividades, o professor percebeu que os estudantes queriam ler cada vez mais. “Alguns, assim que terminavam as atividades, logo escolhiam um ou mais livros do Cantinho de Leitura para preencher o tempo em que os demais colegas estavam concluindo as tarefas”, diz.

    Estudante de pedagogia, 22 anos, com formação em nível médio no curso normal, Diovane atua na área da educação desde os 15 anos — começou com trabalho voluntário na biblioteca da escola em que cursava o ensino fundamental. O projeto Literatura nas Ruas foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares. “Após esta experiência, saio com a força revigorada e mais crente de que tudo é possível. Basta acreditar”, afirma.

    Fátima Schenini

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  • Wemerson era uma criança hiperativa na escola. Prestava atenção nas aulas, tirava notas boas, mas o jeito agitado acabava atrapalhando um pouco. Sem querer desestimular o bom aluno, a professora encontrou uma solução que agradou a todos: Wemerson passou a ajudá-la como monitor, orientando os coleguinhas com mais dificuldade de aprendizagem. Pode-se dizer que foi daí que começou a tomar gosto pelo magistério. Mais do que isso, foi quando ficou clara a vocação que seguiria por toda a vida.

    Apesar da pouca idade, apenas 26 anos, e de uma trajetória profissional ainda curta, iniciada em 2012, depois de se formar em ciências biológicas – hoje, dá aulas de ciências no ensino fundamental e de química no ensino médio –, Wemerson Nogueira já tem muita história para contar, mas não qualquer história. Ele é autor de inúmeros projetos que lhe renderam o reconhecimento nacional, como o título de Educador Nota 10 de 2016, concedido pela Fundação Roberto Civita a professores de destaque em práticas inovadoras – e também no exterior.

    Professor da rede pública capixaba, da pequena Nova Venécia, Wemerson é o único brasileiro entre os dez finalistas do Global Teacher Prize de 2017, considerado o Nobel da Educação. A lista foi divulgada esta semana. O prêmio inclui, além do reconhecimento mundial, um cheque de US$ 1 milhão, pago pela Varkey Foundation, da Inglaterra. Ganhará o melhor conjunto da obra, ou seja, tudo o que aconteceu durante os anos de dedicação ao magistério.

    O professor Wemerson, de 26 anos, já conta com reconhecimento nacional como educador, e agora sua disposição para levar qualidade de vida a populações carentes lhe deu fama no exterior (Foto: Arquivo pessoal)Wemerson é conhecido no meio pela criatividade das aulas e pelos projetos que melhoraram não só a qualidade do ensino em sua cidade, mas também a vida das comunidades locais. “A primeira escola em que trabalhei foi na periferia, em um lugar com alto índice de violência, uso de drogas e baixíssima perspectiva de um futuro promissor entre crianças e jovens”, conta. “Procurei a diretora e ofereci ajuda para a formação dos professores, e participação mais ativa das famílias na educação dos filhos. Em dois anos reduzimos em 90% a criminalidade, em 70% a evasão escolar e em 50% a reprovação.” 

    A partir de então, Wemerson passou a trabalhar sempre com projetos próprios, mas enriquecidos por sugestões dos alunos. No início de cada ano letivo ele costuma apresentar o plano de ensino à classe, um esboço do conteúdo que pretende ensinar nos meses seguintes. Mas são os estudantes que indicam a forma mais interessante de tudo acontecer. “No começo eles se assustam, só que logo passam a criar a partir do que é proposto. Eles são uma caixinha de surpresa, que deixa escapar ideias geniais quando é aberta.”

    Grande parte dos projetos de Wemerson vem desse diálogo com os alunos e tudo acaba sempre muito adaptado à realidade e necessidades deles. “Houve turmas, por exemplo, que aprenderam química cantando. Outras, usando um aplicativo que criei no celular. E, em um projeto recente, criamos um filtro de descontaminação da água do Rio Doce, poluído pelo desastre ecológico de Mariana”, informa. 

    O projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, por sinal, tem resultados práticos não apenas para os alunos – que ajudaram a construir o filtro e, de quebra, aprenderam a tabela periódica analisando pessoalmente os elementos químicos nas águas turvas do rio –, mas igualmente à população ribeirinha. “Começamos com 55 filtros. Hoje são mais de 500. Nossa meta é ajudar 3 milhões de pessoas afetadas pela poluição”, afirma.

    Quanto ao prêmio de U$ 1 milhão, caso venha a vencer no Global Teacher Prize de 2017, que terá o resultado divulgado em 19 de março, durante evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Wemerson sabe muito bem no que vai aplicar. Vai criar a Fundação Nogueira de bolsa de estudos para licenciatura em educação e de orientação a professores no ensino pedagógico contemporâneo, fora o instituto de ciência e tecnologia, de apoio a escolas públicas na região de Nova Venécia.

    “Também quero investir na minha formação. Vou viajar, conhecer outras experiências em educação – dos ambientes escolares totalmente adaptados às novas tecnologias em países como a Finlândia, por exemplo, às salas de aula onde os alunos sentam no chão no interior de algumas nações africanas.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Aulas mais atrativas, que procuram integrar atividades lúdicas com o conteúdo proposto pela disciplina, são as propostas do projeto Brincando de Matemática, idealizado pela professora Amanda Oliveira de Souza Araújo. Bem aceito pelos estudantes, o trabalho foi um dos vencedores da sétima edição do prêmio Professores do Brasil, na categoria Temas Livres, subcategoria Séries ou Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

    O método de ensino desperta a curiosidade dos estudantes por meio de jogos que estimulam a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Além disso, com atividades desenvolvidas em grupo, os alunos podem trocar ideias e compartilhar o conhecimento. A professora buscou inspiração ao constatar a falta de conhecimentos básicos de matemática e o desinteresse dos alunos nas aulas tradicionais. Alguns estudantes chegavam a apresentar reações de antipatia pela matéria e até de medo.

    “O objetivo geral do projeto é dinamizar as aulas de matemática, de modo que os alunos participem ativamente e construam conhecimentos de forma lúdica e prazerosa”, explica Amanda, professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alexandre de Gusmão, em Nova Brasilândia d’Oeste, Rondônia.

    Na visão da professora, os jogos e as brincadeiras são importantes no desenvolvimento das atividades de matemática. Entre as razões, ela cita a possibilidade de se criar um ambiente alegre e descontraído, “essencial a uma proposta de aprendizagem significativa”, os estímulos à interação, o desenvolvimento de atitudes éticas e de respeito, de criar e seguir as regras dos jogos e de colaboração.

    De acordo com Amanda, os estudantes devem se tornar agentes ativos no processo de aprendizagem e vivenciar a construção do conhecimento. Ela salienta que cabe ao professor, como orientador dos alunos, oferecer a oportunidade para que eles formem o hábito de pensar e criar as próprias estratégias, desenvolver o raciocínio, adquirir mais segurança e fazer redescobertas. As aulas devem ser práticas e interessantes para que o aluno possa se sentir motivado e desafiado a construir o conhecimento de maneira agradável. “As aulas precisam ter sabor, despertar a curiosidade e ter significado para o educando”, ressalta.

    Recursos — Durante a execução do projeto foram usados recursos como ábaco, quebra-cabeça Tangram, bloco lógico, fita métrica, balança, computadores, jogos fabricados pelos alunos, palitos de picolé, embalagens de produtos e outros materiais reciclados. Esse material ajudou os estudantes a apreender conteúdo relativo a medidas de tempo, massa, comprimento e capacidade, área e perímetro, sólidos geométricos, adição, multiplicação e subtração e frações equivalentes, próprias e impróprias. “O projeto proporcionou notável desenvolvimento dos alunos na aprendizagem e também no interesse pelas aulas”, destaca a professora.

    Graduada em pedagogia (séries iniciais), pós-graduada em psicopedagogia e com 15 anos de experiência em sala de aula, Amanda diz que o prêmio representa um marco em sua vida, pois permitiu que levasse a sala de aula para todo o Brasil. “Conquistei a confiança da comunidade escolar e a valorização da escola”, destaca.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor



  • O ministro Aloizio Mercadante com os premiados: “Temos de ser um país preparado para a sociedade do conhecimento, e nesta sala está a grande contribuição para que isso aconteça” (foto: Fabiana Carvalho)

    Os vencedores do Grande Prêmio Capes de Teses de 2011 receberam a premiação na noite desta quarta-feira, 11, do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A solenidade ocorreu no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília. Eduardo Rochete Ropelle, na área de ciências da saúde; Lincoln Thadeu Gouvêa de Frias, ciências humanas, e Sarita Cândida Rabelo, ciências exatas e da terra, foram os autores de tese premiados.

    O ministro definiu a iniciativa como importante estímulo estruturante para a construção de uma sociedade do conhecimento. “Temos de ser um país preparado para a sociedade do conhecimento, e nesta sala está a grande contribuição para que isso aconteça”, disse. Mercadante ainda destacou o papel do empresariado no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no país. “Que o exemplo de vocês sirva de estímulo também aos empresários do Brasil”, afirmou. “Espero que cada uma dessas áreas de pesquisa possa ter, no futuro, um patrono empresarial.”

    O concurso premiou as melhores teses defendidas em 2010 em diversas áreas do conhecimento, em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. Foram inscritas 401 teses. De acordo com a originalidade e a qualidade, 45 foram selecionadas para a premiação. Dentre eles saíram as três vencedoras. Outras 73 receberam menção honrosa. O Grande Prêmio Capes de Teses foi instituído em 2005.

    Bolsa — Os três vencedores terão direito a bolsa para realização de estágio pós-doutoral, em instituição nacional, de até cinco anos, com possibilidade de conversão por um ano em estágio pós-doutoral fora do país, em instituição de notória excelência na área de conhecimento do autor premiado. Também receberão U$ 15 mil da Fundação Conrado Wessel.

    Os outros autores selecionados receberão bolsas de estágio pós-doutoral, em instituição nacional, de até três anos — também podem ser convertidas em um ano de estágio pós-doutoral fora do país.

    Premiados — Na área de ciências da saúde, o Grande Prêmio Capes de Tese Emílio Marcondes Ribas foi outorgado a Eduardo Rochete Ropelle, da Universidade de Campinas (Unicamp), pelo trabalho Caracterização da Transmissão do Sinal da Insulina e da Leptina em Hipotálamo de Roedores Durante a Anorexia Induzida pelo Câncer. A pesquisa identificou a proteína que controla a sensibilidade à insulina e à leptina e interfere na anorexia induzida por câncer. Cerca de 80% dos pacientes com câncer sofrem de anorexia, que pode diminuir a expectativa de vida.

    Na área de ciências humanas, Lincoln Thadeu Gouvêa de Frias foi o vencedor do Grande Prêmio Capes de Tese Paulo Reglus Neves Freire. Ele abordou a situação moral do feto e a seleção de embriões na tese A Ética do Uso e da Seleção de Embriões. O trabalho examina argumentos favoráveis e contrários ao uso, descarte e seleção genética de embriões humanos para derivação de células-tronco e para diagnóstico genético durante fertilização in vitro. O premiado é pesquisador do Núcleo de Estudos do Pensamento Contemporâneo da UFMG, com foco em neuroética, e professor da Universidade de Alfenas (Unifenas).

    Na área de ciências exatas e da terra, a premiada Sarita Cândida Rabelo, do departamento de engenharia química da Unicamp, recebeu o Grande Prêmio Capes de Tese Otto Richard Gottlieb pelo trabalho Avaliação e Otimização de Pré-Tratamentos e Hidrólise Enzimática do Bagaço de Cana-de-Açúcar para a Produção de Etanol de Segunda Geração. A tese examina a produção de etanol a partir do bagaço da cana e de outros resíduos.

     

    Assessoria de Comunicação Social


    Matéria republicada com correções

     

  • O ministro Aloizio Mercadante faz a entrega do Prêmio Gestão Escolar a Sibeli Lopes, diretora da Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra, de Juara (MT) (Foto: João Neto/MEC) O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou nesta quinta-feira, 31, da cerimônia de entrega da 14ª edição do Prêmio Gestão Escolar, organizado pelo Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed). A iniciativa é um reconhecimento a projetos inovadores e gestões competentes na educação básica do ensino público brasileiro. O objetivo da premiação é estimular escolas públicas a mostrar o desenvolvimento de suas gestões, além de incentivar o processo de melhoria contínua na escola, pela elaboração de planos de ações, tendo como base uma autoavaliação.

    Em todas as etapas, são avaliadas as dimensões da gestão pedagógica, gestão participativa, gestão de serviços e recursos, gestão de resultados e gestão de pessoas. Cada unidade da federação seleciona seu destaque estadual-distrital. Posteriormente, uma comissão formada por representantes dos parceiros do prêmio escolhe os finalistas nacionais, que concorrem ao título Escola Referência Brasil.

     

    A vencedora de 2013 foi a escola estadual Luiza Nunes Bezerra, de Juara, no Mato Grosso. A gestão dessa escola conseguiu zerar a evasão escolar.

     

    O ministro aproveitou para enfatizar a importância da gestão escolar para a qualidade da educação. “Às vezes você pega duas escolas com as mesmas condições, mesmos salários, mesmos recursos, mesmo ambiente social e uma tem um resultado muito melhor que a outra. A diferença está na gestão”, ressaltou Mercadante. “Essas experiências revelam que é possível e é preciso inovar. É possível construir novos procedimentos baseados na convivência com os pais, com a comunidade, na disciplina, no acolhimento, no estímulo à leitura”, completou.

     

    Segundo o ministro, a intenção do ministério é publicar um material em parceria com o Consed para divulgar as boas iniciativas vencedoras das edições anteriores do Prêmio Gestão Escolar. “Cada um deu uma dica diferenciada. Eu acho que com criatividade e inovação, a gente melhora a educação”, pontuou o ministro da Educação.

     

    Estímulo –O ministro da Educação ainda anunciou um programa de bolsas de mobilidade para a América Latina, direcionado a gestores e professores da rede pública de ensino. O objetivo é construir uma parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) para que gestores e professores da América Latina possam conhecer experiências exitosas em outros países.

    Segundo o ministro, os 27 gestores que participaram do Prêmio Gestão Escolar serão os primeiros a receber essas bolsas.


    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A estudante brasileira Larissa Conceição Gomes Oliveira apresentou, em dezembro último, trabalho de pesquisa no Congresso Internacional de Física Médica [International Conference on Medical Physics], em Bangcoc, Tailândia. O trabalho, Radiation Dose for Patients Undergoing Diagnostic CT: Follow-up Breast Cancer – Part I (dose de radiação para pacientes submetidos a tomografia computadorizada (TC) de diagnóstico: acompanhamento do câncer de mama), recebeu o prêmio de melhor apresentação, o Best Presentation Gold Award of Iomp (International Organization for Medical Physics).

    Bolsista de pós-doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação, Larissa foi a única representante brasileira no evento. “Tive o privilégio de conhecer importantes e influentes físicos e médicos de diferentes países, trocar experiências com estudantes da Tailândia e aprimorar conhecimentos sobre os avanços tecnológicos na área”, disse.

    Como pesquisadora, Larissa desenvolve o pós-doutorado no Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), no Rio de Janeiro, sob a orientação de Simone Kodlulovich Renha e colaboração de Lawrence Dauer, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, de Nova York.

    O tema principal da pesquisa é a avaliação da dose absorvida na mama em exames de tomografia computadorizada para o diagnóstico e tratamento radioterápico. “Desenvolver esse trabalho em conjunto com o instituto oncológico de referência no Rio de Janeiro é uma tarefa desafiadora e de suma importância, já que o câncer de mama representa a segunda neoplasia maligna mais frequente entre as mulheres brasileiras e a primeira causa de óbito dessa população”, afirmou a bolsista.

    Segundo Larissa, os tumores de mama ainda são diagnosticados em estágios avançados — aproximadamente 45% dos casos —, o que contribui significativamente para a elevação da taxa de mortalidade. “O diagnóstico em estadiamentos mais avançados e o difícil acesso aos serviços de saúde pública são os principais motivos para tratamentos mais radicais e muitas vezes ineficientes.”

    Frequência — A bolsista salienta que a tomografia computadorizada não é rotineiramente usada como ferramenta de diagnóstico para o rastreio do câncer de mama. “Entretanto, pode ser útil para identificar o aumento de lesões próximas à parede torácica, avaliar o tórax, fígado e metástases ósseas e pélvicas”, disse. “Assim como para o acompanhamento pós-tratamento oncológico.

    De acordo com a pesquisadora brasileira, para verificar possíveis reincidências do câncer, uma paciente pode ser submetida a exames de TC de tórax várias vezes durante a vida. Mas o aumento da frequência desses exames, nem sempre justificado, é objeto de grande preocupação. Aproximadamente 40% dos exames realizados são desnecessários. “Mesmo que as doses individuais de cada exame sejam pequenas, quando multiplicadas pelo número crescente de procedimentos realizados, o balanço entre benefícios e riscos aponta para um potencial risco futuro na saúde dessa população, exposta indevidamente”, afirmou. “Sendo assim, um dos grandes desafios dessa pesquisa é estimar da dose total de radiação (efetiva e em órgãos) recebida pela paciente feminina a partir do momento em que ela é diagnosticada pela primeira vez com câncer de mama e após os cinco anos de acompanhamento médico.”

    Larissa assegura que a pesquisa resultará em benefícios para as pacientes e em maior responsabilidade e conscientização da equipe médica nas prescrições de tomografias computadorizadas e nas ações corretivas necessárias, de forma a possibilitar a redução desses exames ao mínimo.

    Mais informações na página do International Conference on Medical Physics 2016 na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Acontece na tarde desta quarta-feira, 13, a cerimônia de entrega do Prêmio Vale-Capes de Tecnologia e Inovação – Edição 2017. Promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, o prêmio paga R$ 100 mil para pesquisador experiente e R$ 40 mil para jovem cientista, além de bolsa para a realização de pesquisas. Na edição 2017, o prêmio destacou pesquisadores cujos trabalhos tenham aplicação efetiva na resolução de problemas reais relativos as áreas de ecologia e conservação da natureza.

    Na categoria Pesquisador Emérito, o escolhido foi o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jorge Rubio Rojas. Lucas William Mendes, da Universidade de São Paulo (USP), foi selecionado na categoria Jovem Pesquisador. A premiação será na sede da Capes, em Brasília.

    Premiação ­– Na categoria Emérito, o vencedor recebe da empresa Vale um auxílio de R$ 100 mil. A Capes também vai conceder ao premiado uma bolsa equivalente à de pesquisador visitante do exterior ou à de estágio sênior no exterior. Para o Jovem Pesquisador, será concedido auxílio de R$ 40 mil pela Vale. O premiado também receberá uma bolsa análoga à de Pesquisador Visitante do Exterior, paga pela Capes. A premiação considerou a produção dos pesquisadores.

    Foram avaliados itens como artigos científicos, livros e capítulos, patentes e orientações em cursos de pós-graduação. Os critérios de premiação foram originalidade do trabalho e relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação.

    Premiados – Lucas William Mendes, jovem pesquisador com apenas três anos de doutorado, apresenta produção científica relevante com mais de 20 artigos publicados e 297 citações. Suas contribuições se direcionam para a agricultura sustentável.

    Jorge Rubio Rojas, Pesquisador Emérito, foi indicado por unanimidade pelo Grande Juri. É pesquisador com carreira sólida, membro da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fundou e coordenou o Laboratório de Tecnologia Mineral e Ambiental – (LTM) da (UFRGS). Publicou mais de 250 artigos científicos, dois livros e 15 capítulos de livros. Desenvolveu diversas técnicas e produtos tecnológicos (incluindo cinco patentes, quatro técnicas e quatro processos) na área de conservação da natureza, via tratamento de águas poluídas e efluentes industriais, tanto em áreas urbanas como minerais e industriais.

    Conheça o Prêmio Vale-Capes de Tecnologia e Inovação - Edição 2017

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

     

  • Projeto que adota o telefone celular como ferramenta de leitura e de aprendizagem ajuda estudantes de escola do interior mineiro quanto à capacidade de articular ideias e de argumentar de forma escrita (foto: acropolemg.blogspot.com)Professor de história em escolas das redes estaduais de educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, Rodolfo Alves Pereira criou um blogue e um aplicativo para incentivar a leitura de textos históricos pelos alunos. Ele garante que os estudantes ganharam habilidade na leitura, capacidade de articular ideias e argumentos de forma escrita e se tornaram mais reflexivos.

    As inovações fazem parte do projeto O Celular como Ferramenta de Leitura e de Aprendizagem, iniciado há quatro anos com alunos do nono ano do ensino fundamental da Escola Estadual Luiz Salgado Lima, no município mineiro de Leopoldina. Em agosto do ano passado ─ até então, era usado apenas o telefone celular ─, o professor criou um aplicativo para facilitar o acesso dos alunos aos textos e conteúdos por ele postados no blogue.

    O aplicativo permite a postagem de textos de diversos gêneros, com notícias, mapas e pinturas. “Todo tipo de documento que sirva como fonte histórica de leitura e pesquisa em nossas aulas”, ressalta o professor. As novidades tornaram as aulas mais atrativas. Os estudantes passaram a ler mais e a registrar reflexões sobre os textos. “Muitas dessas reflexões são postadas no blogue e tornam os alunos produtores do conhecimento, na medida em que se posicionam e têm seus trabalhos publicados”, explica Rodolfo. Segundo ele, o projeto atende diretamente cerca de 90 estudantes, mas todos os alunos podem baixar o aplicativo e usá-lo em sala de aula.

    De acordo com o professor, o blogue tem apresentado resultados expressivos, quantitativa e qualitativamente. O trabalho deve ser intensificado este ano, a partir das propostas de manter o blogue atualizado com postagens de qualidade e de aumentar a participação dos alunos nas atividades de manutenção. “Vamos dar continuidade à metodologia aplicada, mesclando aulas tradicionais com o uso das tecnologias da informação no ensino-aprendizagem”, ressalta.

    Prêmio —O projeto foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e particulares, o que deixou o professor orgulhoso. “Ficar entre os finalistas significa um reconhecimento, a coroação de um ano de trabalho muito feliz e produtivo”, afirma. Ele revela que pretende dar prioridade ao desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para formar alunos leitores, reflexivos e capazes de exercer a cidadania em uma sociedade democrática e plural. “Terei de fortalecer os planos de aula para que os alunos tenham objetivos e metas claras e exequíveis”, diz.

    Graduado em história, com pós-graduação em ciências humanas, Rodolfo cursa especialização em cultura e história indígena na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
    O Prêmio Vivaleitura é uma iniciativa dos ministérios da Cultura e da Educação e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI).

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do projeto Acrópole

  • Os estudantes da escola mineira criaram uma série em vídeo, com os temas ou conceitos abordados nas aulas de filosofia, elaboraram os textos e os diálogos, providenciaram os figurinos, filmaram e editaram os filmes (foto: reprodução)Como ensinar filosofia a estudantes de ensino médio de forma eficiente? Como tornar essa disciplina atrativa e motivadora, sem banalizá-la? Como acabar com o preconceito em torno da disciplina? Preocupado com essas e outras questões, o professor Uanderson de Jesus Menezes tem procurado usar a metodologia de projetos em suas aulas na Escola Estadual João XXIII, no município mineiro de Ipatinga. “Com isso, os alunos passaram a valorizar mais a disciplina, a participar mais das aulas e, consequentemente, a melhorar o desempenho escolar”, assegura.

    De acordo com Uanderson, questionamentos como “Filosofia serve para quê?”, “Falam que isso é coisa de doido” e “Isso é matéria?” são frequentes na sala da aula. “Elas exigem, do educador, paciência e esforço na tarefa de mostrar que a filosofia não é uma disciplina a mais a ser ensinada e pode ser um grande diferencial na formação do aluno”, ressalta.

    Com licenciatura em filosofia e pós-graduação em gestão estratégica de recursos humanos, Uanderson dá aulas de filosofia a turmas de segundo e terceiro anos do ensino médio há seis anos. Nesse período, desenvolveu inúmeros projetos e criou um blogue, que já tem mais de 130 mil acessos. “Para lidar com essa geração tecnológica, a aula tem de ir aonde os alunos estão”, defende.

    Ao perceber a grande ligação dos estudantes com as novas tecnologias e recursos audiovisuais, o professor teve a ideia de criar o projeto TV Filosofia, que aproveita essas ferramentas para atividades de estudo e pesquisa. O projeto teve início em 2012, mas passou a ser aplicado plenamente em 2014. A principal atividade foi a criação de uma série de vídeos, no formato de um miniprograma de televisão, com os temas ou conceitos abordados nas aulas de filosofia.

    Após estudar os diferentes tipos de programas televisivos (curtas-metragens, documentários, novelas, séries, talk shows etc.), os estudantes, divididos em grupos, encarregaram-se de criar os textos e os diálogos, providenciar os figurinos, filmar e editar os vídeos. Uanderson explica que o projeto acabou por envolver a cidade toda. “Muitos pais participaram das filmagens, políticos e diversas pessoas da região foram entrevistadas”, diz.  A filosofia saiu da sala de aula e se espalhou por todos os lados.”

    O professor recorda que, para introduzir o projeto TV Filosofia foi necessário mostrar empolgação, desafiar os alunos e lembrá-los de que são capazes, criativos, conhecedores de tecnologia e que têm muito a oferecer. “Foi necessário mostrar que ao fazer essa atividade eles se divertiriam e, ao mesmo tempo, aprenderiam muito”, destaca. Com isso, o pessimismo e o desânimo inicial deram lugar à animação. Logo, foram surgindo ideias e temas interessantes.

    “O resultado foram vídeos incríveis, de ótima qualidade e conteúdo produzidos pelos alunos”, salienta Uanderson. O projeto deu origem a um canal próprio no YouTube, o TV Filosofia – João XXIII.

    Premiação — O projeto foi incluído entre os 30 ganhadores da nona edição do Prêmio Professores do Brasil, como o vencedor da Região Sudeste, na categoria ensino médio. “O prêmio representa uma injeção de ânimo”, diz Uanderson. “Quero melhorar enquanto professor, desenvolver novos projetos, aprender mais, buscar novas formas de ensinar melhor.”

    Na visão da diretora da escola, Maristela Sousa Andrade Dias Martins, a premiação é uma realização de tudo o que a comunidade escolar sempre esperou, desejou e sabia que um dia aconteceria com o projeto TV Filosofia. “É uma proposta de trabalho espetacular, baseada na interlocução entre os conceitos filosóficos, a realidade vivenciada pelos alunos e a tecnologia”, analisa.

    Para a diretora, o resultado do prêmio mostra a todos os educadores que é possível, sim, a valorização pública pelo trabalho realizado de forma séria e permanente. “Serve ainda como estímulo para novos projetos, em busca de novas formas para o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem”, complementa Maristela, 35 anos de magistério, 15 deles na função de diretora.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Fátima Schenini

    Saiba mais no Jornal do Professor e no blogue do projeto TV Filosofia

  • A entrega do Prêmio Gestão Escolar 2017, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ocorreu nesta segunda-feira, 4, em Bonito (MS). A vencedora foi a Escola de Ensino Fundamental Mont Alverne, de Ituporanga (SC), com um projeto de gestão pedagógica participativa, que envolve pais e comunidade no planejamento das ações da escola.

    O ministro da Educação, Mendonça Filho, que participou da cerimônia, destacou a importância de difundir bons exemplos para o surgimento de novas práticas positivas na educação pública brasileira. “Este é um momento importante, que celebra a gestão escolar de excelência, e é um dos caminhos para que a gente possa ter uma gestão pública de qualidade. Gera bons exemplos e essa referência positiva tem um efeito multiplicador positivo”, disse. 

    Outro exemplo de boa prática de gestão do trabalho vencedor foi a revitalização da biblioteca, que passou a ter um cantinho da leitura. Além disso, a escola passou a realizar uma avaliação institucional, para verificar como os pais e comunidade escolar estão percebendo a escola.

    “Este é um prêmio que envolveu muitas pessoas. Tivemos toda a comunidade escolar trabalhando por ele, uma equipe realmente empenhada e dedicada para trazer uma educação de qualidade. Que a gente possa trazer mais a comunidade escolar para participar de uma gestão democrática, desde a elaboração e avaliação das ações”, comemorou a diretora da escola, Viviane Rosa Bennert.

    Na opinião do ministro Mendonça Filho, é preciso difundir bons exemplos na educação pública brasileira (Foto: André Nery/MEC)

    Prêmio – Criado em 1998, o Prêmio Gestão Escolar busca reconhecer projetos inovadores e gestões competentes na rede pública de educação básica de todo o país. “Uma boa gestão faz toda a diferença. Quem está aqui hoje, realmente, teve uma história diferenciada”, disse a secretária de Educação do Mato Grosso do Sul, Cecília Motta, durante o evento. Na edição deste ano, concorreram 4.119 escolas, das quais cinco chegaram à fase final.

    Além da escola catarinense vencedora, participaram da última etapa as seguintes instituições: Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, de Campo Grande (MS); Escola Dário Gomes de Lima, de Flores (PE); o Centro de Atenção à Criança Girassol de Tempo Integral (Caic), situado em Palmas; e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Jones José do Nascimento, de Serra (ES).

    O prêmio foi composto pelas etapas estadual, regional e nacional. Para participar, era necessário produzir uma avaliação dos processos de gestão junto à comunidade escolar e, a partir dela, elaborar um plano de ação que respondesse às necessidades apontadas como prioritárias. Na última etapa, os cinco diretores regionais vencedores foram entrevistados e passaram por uma audiência com coordenadores estaduais, especialistas em educação e representantes das instituições parceiras do prêmio.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Uma escola no interior do Amazonas é exemplo de excelência na área de educação. Localizada no município de Itacoatiara, a 270 quilômetros de Manaus, a Escola Estadual Senador João Bosco Ramos de Lima destaca-se mesmo em meio às adversidades enfrentadas por seus estudantes, originários, em sua maior parte, de bairros carentes da periferia e também da zona rural.

    Segundo a diretora, Maria Elzineide do Espírito Santo Farias, a instituição é uma das poucas no município que recebem alunos com deficiência auditiva e visual e com distorção idade–série, excluídos de outras unidades de ensino por reprovação ou evasão escolar.Além disso, muitos precisam acordar às 3h da madrugada para ir às aulas. “Nesse contexto, são inúmeras as carências que eles carregam”, avalia. “Procuramos compreender os alunos em suas carências, angústias, sonhos e expectativas ou mesmo motivando-os a estabelecer metas para o futuro.”

    Com mais de 800 estudantes matriculados, a escola desenvolve inúmeros projetos em diversas áreas, tais como o Mexa-se, de ginástica laboral e aeróbica, o Alfabetização sensorial dos alunos cegos, por meio do uso das plantas medicinais, e o projeto Escola Sustentável, para conscientizar os alunos na questão ambiental.

    Graças aos recursos do programa Mais Educação, do Ministério da Educação, a escola oferece reforço escolar nas disciplinas de matemática e língua portuguesa, além de aulas de dança, judô e percussão, no período do contraturno. A instituição também desenvolve atividades na área dos programas Projovem Urbano e Projovem Campo – Saberes da Terra, do MEC. Ambos oferecem a jovens alfabetizados de 18 a 29 anos a chance de escolarização em ensino fundamental, na modalidade de educação de jovens e adultos, de forma integrada à qualificação social e profissional.

    Prêmio — A escola foi a vencedora, no Amazonas, do prêmio Gestão Escolar, edição 2013, promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Recebeu, então, o diploma de escola referência nacional em gestão.

    “Atribuo essa conquista a professores, funcionários, alunos, pais e comunidade em geral, pela dedicação, competência e ousadia de uma equipe que pensa no resultado do grupo, na conquista em conjunto e que é, acima de tudo, comprometida com uma educação de qualidade”, ressalta a diretora. Para Maria Elzineide, a instituição de ensino conta com a dedicação de todos os funcionários e demais parceiros para fazer a diferença na vida dos alunos. De um total de 25 anos no magistério, há 13 como gestora, ela acredita que a educação é responsabilidade de todos. Por essa razão, adota a gestão compartilhada e colaborativa. “Todos os segmentos da escola têm vez e voz, podem expor opiniões, reivindicar ações e, sobretudo, participar ativamente de todo o processo educacional”, esclarece.

    Em 2015, a diretora espera que novos projetos sejam aprovados pelo programa Ciência na Escola, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, a fim de incentivar a iniciação científica. Outra meta é dar continuidade aos programas Projovem Urbano e Projovem Campo – Saberes da Terra.

    “Nossa pretensão é aprimorar os projetos já vivenciados para aprofundar as ações a serem desenvolvidas, verificar os resultados alcançados, reforçar os pontos positivos e avaliar os negativos a fim de garantir o melhor aprendizado dos alunos”, garante Maria Elzineide. Com graduação em educação física e em biologia e especialização em tecnologia educacional e em gestão escolar, ela cursa mestrado em ciência da educação.

    Fátima Schenini

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