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  • Experiências de alfabetização e de educação de jovens e adultos, desenvolvidas nas 27 unidades da Federação, podem ser inscritas até 28 de maio para concorrer à Medalha Paulo Freire. O concurso é dirigido a projetos e programas desenvolvidos por universidades, movimentos sociais, organizações não-governamentais e os vinculados às secretarias estaduais e municipais de educação.

    Os objetivos da iniciativa do Ministério da Educação são reconhecer e estimular experiências educacionais que promovam ações bem sucedidas na alfabetização e educação de jovens e adultos. A medalha tem caráter cultural e educacional e não está vinculada a prêmio de qualquer natureza. Podem concorrer experiências iniciadas até novembro de 2009. Cada entidade ou instituição inscreve um projeto.

    Calendário - Pelo calendário, as inscrições vão até 28 de maio; a análise dos projetos pelas comissões estaduais e distrital, até 25 de junho; seleção estadual (até dois projetos), 28 de junho; envio dos selecionados para o MEC, 2 de junho; pré-seleção nacional de até dez experiências, no período de 5 a 19 de julho; visita da comissão técnica nacional aos projetos, de 2 a 20 de agosto; seleção nacional, de 30 de agosto a 9 de setembro; divulgação dos resultados, 16 de setembro.

    Da primeira edição, em 2005, até 2009, a Medalha Paulo Freire recebeu 66 inscrições de experiências. Foram distribuídas 13 medalhas para entidades de dez unidades da Federação. Nas edições de 2005, 2006 e 2009, os vencedores receberam medalha criada pelo artista e escultor pernambucano Francisco Brennand. Em 2010, a medalha será confeccionada pela Casa da Moeda.

    Objetivos, prazos, critérios de seleção estão descritos no Edital nº 3/2010, que pode ser lido na página eletrônica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad). Lá também está a ficha de inscrição.  


    Ionice Lorenzoni


    Conheça todos os ganhadores da Medalha Paulo Freire

  • As experiências mais relevantes para a educação de jovens e adultos (EJA) serão premiadas com a medalha Paulo Freire. As inscrições para concorrer à medalha estão abertas e serão encerradas em 20 de maio.

    Serão selecionadas no máximo cinco iniciativas – entre políticas, programas e projetos – que contribuam com a redução dos índices de analfabetismo e para a permanência dos jovens e adultos nos anos iniciais do ensino fundamental de EJA. A intenção é identificar e estimular ações que ajudem a promover a educação de jovens e adultos em todo o país.

    “Queremos valorizar e disseminar essas experiências para inspirar outras iniciativas enriquecedoras para a educação de jovens e adultos”, disse a coordenadora-geral de formação e leitura da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Carmem Gato. De acordo com ela, a última premiação ocorreu em 2007 e, a partir deste ano, será anual.

    Podem participar secretarias de educação, universidades, movimentos sociais e organizações não-governamentais. Cada instituição pode inscrever apenas uma experiência, iniciada antes de dezembro de 2008 e que podem estar em curso. Comissões estaduais e distrital indicarão até duas iniciativas por cada estado à Secad.

    Uma comissão técnica da Secad avaliará as experiências recebidas e visitará as dez mais relevantes, dentre as quais serão escolhidas até cinco na etapa final. A previsão de divulgação do resultado é 19 de agosto. A premiação deve ocorrer em setembro.

    As inscrições são gratuitas e podem ser feitas exclusivamente pela internet. A medalha Paulo Freire será uma obra de arte produzida especialmente para a ocasião. A premiação não inclui pagamento em dinheiro.

    Maria Clara Machado
  • Um conjunto de oito estados que aderiram ao programa Brasil Alfabetizado neste ano, e que tiveram seus planos de trabalho aprovados pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), começa a receber esta semana R$ 24,5 milhões para iniciar a alfabetização de jovens e adultos. O recurso representa 70% do valor que o MEC vai transferir em 2010 para essas unidades da Federação.

    Nos planos plurianuais de alfabetização (PPAlfa) apresentados por Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte, Amazonas, Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina, as secretarias de educação informam que a meta é alfabetizar 400.748 jovens com mais de 15 anos e adultos.

    De acordo com o coordenador de alfabetização da Secad, Mauro Silva, os planos de Santa Catarina e do Rio de Janeiro apresentam paridade entre as turmas de alunos das áreas rural e urbana. Nos demais estados, as turmas do campo compreendem entre 60% e 70% do total das matriculas.

    A maior inserção de alunos da área rural, segundo Mauro Silva, é uma resposta a duas ações de mobilização promovidas pelo MEC junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura e às representações sindicais dos cortadores de cana de açúcar e dos usineiros. A pesca, o corte de cana e o trabalho nas usinas são atividades com calendários diferenciados durante o ano, daí a importância das secretarias de educação definirem agendas específicas para elas.

    Destino dos recursos – Os R$ 24,5 milhões que os oito estados vão receber se destinam à formação inicial e continuada de alfabetizadores, aquisição de materiais pedagógicos, transporte e merenda escolar para os alunos. A segunda parcela, de 30% dos recursos, será transferida quando a secretaria de educação informar que todas as turmas começaram as aulas.

    As metas de alfabetização informadas pelos estados estão assim distribuídas: Sergipe, 40.200 jovens e adultos, Piauí, 70.200; Rio Grande do Norte, 55.450; Amazonas, 39.433; Pará 76.670; Minas Gerais, 80.043; Rio de Janeiro, 24.702, e Santa Catarina, 14.000.

    Até dia 18 – As adesões de estados e municípios e a apresentação dos planos de alfabetização podem ser feitas até 18 de junho. Dados da coordenação de alfabetização da Secad desta segunda-feira, 31, mostram o mapa das atividades do programa no MEC, nos estados e municípios: a Secad analisa 229 planos de trabalho; para 77 planos analisados foi solicitada a complementação de dados; e 446 prefeituras e estados estão inserindo informações no sistema.

    A meta do Brasil Alfabetizado este ano é alcançar 1.450 parceiros e matricular 2,2 milhões de jovens e adultos. A título de apoio, o governo federal deve transferir R$ 240 milhões para estados e municípios e aplicar R$ 299 milhões em bolsas para alfabetizadores, coordenadores de turmas e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libra).

    Balanço– Um balanço parcial do programa nos anos de 2008 e 2009, apresentado pelo coordenador de alfabetização da Secad, mostra que o Brasil Alfabetizado cresce no número de parceiros e de matrículas. Em 2008, aderiram 996 municípios e estados e as matrículas somaram 1,4 milhão de jovens e adultos, próxima da meta do ano que era 1,55 milhão. Em 2009, a adesão subiu para 1.318 com matrícula de 1,96 milhão de alunos. A meta de 2009 era 2,1 milhões.

    Ionice Lorenzoni
  • Haddad (C) no encontro com dirigentes da Secad e da Undime: “O campo é muito diverso, com muitas especificidades. É necessário estabelecer o que é comum entre as áreas rurais para avançar nas políticas públicas e colocá-las em um marco legal” (Foto: Wanderley Pessoa)A melhoria da qualidade das escolas do campo é um dos maiores desafios da educação, hoje. A afirmação do ministro da Educação, Fernando Haddad, feita nesta quinta-feira, dia 2, baseia-se na falta de professores qualificados e na infra-estrutura precária das instituições rurais de ensino. “Problemas que não estiveram na agenda da educação por muitos anos”, segundo Haddad. “Agora, temos de fazer o possível para resolvê-los, numa parceria entre os governos federal, estaduais e municipais.”


    O ministro participou da abertura do encontro entre representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do Ministério da Educação, e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).


    Hoje, há cerca de seis milhões de alunos matriculados em escolas rurais, o que equivale a 10% do total de estudantes brasileiros. Entre os programas do MEC voltados para a população do campo estão o Caminho da Escola, de transporte escolar; ProInfo rural, de laboratórios de informática, e a Escola Ativa, de melhoria do ensino em classes multisseriadas. Para a formação de professores, foi criado o Procampo, que oferece cursos de licenciatura a profissionais não graduados que dão aulas nas escolas rurais. O programa é desenvolvido em parceria com universidades públicas federais e estaduais. Hoje, 38 mil professores sem formação superior atuam nessas escolas.


    O presidente da Undime, Carlos Educardo Sanches, acredita que um pacto entre os dirigentes municipais e o governo federal pela melhoria da qualidade do ensino no campo pode elevar os índices educacionais e garantir direitos das pessoas que vivem nas áreas rurais. “O transporte escolar, por exemplo, é uma das questões prioritárias para melhorar o acesso e a oferta da educação no campo”, afirmou.


    “Há barreiras específicas que ainda temos que superar, como o transporte dos alunos na região amazônica, entrecortada por rios. Estamos em diálogo com a Marinha para a implantação de barcos-escola”, exemplificou Haddad. “Além disso, levamos computadores a várias escolas do campo. Mas, e a conexão por banda larga? Ainda não há como fazer chegar por cabos. Temos que pensar em outra solução.”


    Recursos — Outro problema citado pelo ministro é o domínio das terras. Muitas escolas foram erguidas em áreas de fazendas, o que dificulta o repasse de verbas para os municípios investirem na infra-estrutura. Segundo Haddad, o MEC elabora estudo para verificar a possibilidade de enviar os recursos — entre R$ 8 mil e R$  16 mil — diretamente a cada escola, pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).


    Para orientar os gestores sobre a implementação de ações nas áreas rurais, o ministro sugeriu a criação de uma política do campo, instituída por decreto. “O campo é muito diverso, com muitas especificidades. É necessário estabelecer o que é comum entre as áreas rurais para avançar nas políticas públicas e colocá-las em um marco legal, definindo tarefas para cada ente da Federação”, ressaltou Haddad.



    No encontro, que se encerra nesta sexta-feira, dia 3, serão apresentadas diversas ações do MEC à nova diretoria da Undime.

    Letícia Tancredi

    Veja a reportagem sobre Educação no campo

  • Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.
  • Polo de educação a distância, ou polo de apoio presencial, é o local devidamente credenciado pelo MEC, no país ou no exterior, próprio para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância. É no polo que o estudante terá as atividades de tutoria presencial, biblioteca, laboratórios, teleaulas, avaliação (provas, exames, etc.) e poderá utilizar toda a infraestrutura tecnológica para contatos com a instituição ofertante e/ou participantes do respectivo processo de formação.

  • O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira, 26, a relação dos vencedores do 3º Concurso Literatura para Todos. Cada escritor selecionado receberá um prêmio de R$ 10 mil, em dinheiro, e as obras, que integrarão a coleção Literatura para Todos, serão publicadas com tiragem de 300 mil exemplares.


    O público-alvo dos livros premiados são os chamados neoleitores, jovens com mais de 15 anos e adultos que participam do programa Brasil Alfabetizado em todo o país e nas escolas públicas com turmas de educação de jovens e adultos (EJA). A premiação será no dia 4 de dezembro, no encerramento da 6ª Conferência Internacional de Jovens e Adultos (Confitea), evento que acontece de 1º a 4, em Belém.


    No gênero poesia foram premiados quatro autores: Maria Amélia de Amaral e Elói com a obra Poesia torta; Alexandre Jorge Marinho Ribeiro, com Poemas de pouco empenho; Adriano Bitarães Netto, com Poesia da indagação; e José Luís Tavares (de Cabo Verde, África), com À bolina ao redor do Natal.


    Dois autores venceram no gênero prosa: Mayrant Gallo, com Moinhos, e Carlos Augusto de Almeida, com Tempo de chuva. No gênero tradição oral venceu Marco Aurélio Pinotti Catalão, com No cravo e na ferradura; na dramaturgia o ganhador foi Carlos Correia Santos, com Não conte com o número um no Reino de Numespólis; no gênero perfil biográfico venceu Alaor Ignácio dos Santos Júnior, com Cascatinha e Inhana: a história e os trinados dos sabiás do sertão. Também foi selecionada, com menção honrosa, a obra O papagaio de Van Gogh (prosa), de Antonio de Pádua Barreto Carvalho.


    O concurso Literatura para Todos seleciona anualmente oito obras de escritores brasileiros e, desde 2008, escolhe um livro de escritor africano de língua portuguesa. Nas edições de 2008 e deste ano, o autor africano vencedor foi José Luís Tavares, de Cabo Verde. O concurso também destaca uma obra com menção honrosa.


    As coleções serão enviadas para uma série de entidades e instituições, entre elas, as parceiras do programa Brasil Alfabetizado, escolas públicas que oferecem educação de jovens e adultos, núcleos de EJA das instituições de educação superior, unidades prisionais.


    Em 2010, o Ministério da Educação oferecerá um curso de mediadores de leitura para professores que trabalham com jovens e adultos. As obras premiadas serão utilizadas por esses professores. A formação será feita por sete universidades públicas integrantes da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

    Ionice Lorenzoni

  • Caciques das tribos do Xingu participam de abertura da conferência, que discute e melhoria do ensino nas aldeias (Foto:Clarissa Tavares)Teve início no domingo, dia 7, no parque indígena do Xingu, em Mato Grosso, a 11ª Conferência Regional de Educação Escolar indígena. Até quinta-feira, 11, estarão reunidos 164 delegados, representantes de 14 povos, e 36 ligados a universidades, secretarias de educação e instituições indígenas e indigenistas. Na abertura, caciques e demais participantes falaram da importância do encontro, o primeiro de todos os povos do Xingu para discutir a educação pretendida pelas comunidades.


    Na manhã desta segunda-feira, 8, foi feita a leitura do documento-base e do regimento interno e firmado acordo de convivência entre os participantes. Também foram apresentados os resultados das conferências locais, realizadas nas comunidades escolares. À tarde, estarão em discussão a política, a gestão e o financiamento da educação escolar indígena, com a participação de Gersem Luciano Baniwa, coordenador-geral de educação escolar indígena do Ministério da Educação, e Ságuas Moraes Sousa, secretário de educação de Mato Grosso.


    “Esperamos que a conferência, assim como a etapa nacional, atinja o objetivo de ouvir a todos para, a partir do diálogo, ser construída uma educação escolar indígena que respeite a diversidade e a autonomia de cada povo”, disse Thiago Garcia, representante do Ministério da Educação. “Estamos aqui para que a escola indígena seja de melhor qualidade. É a oportunidade para nós, lideranças, cobrar e reivindicar o que queremos melhorar”, disse Amatiwa, cacique dos matipus.


    Até chegar à etapa regional, foram realizados encontros nas comunidades, com a participação de pais, alunos, lideranças tradicionais, professores e diretores. Após a etapa do Xingu, serão realizadas mais sete reuniões preparatórias para a Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), de 21 a 25 de setembro, em Brasília.


    Localizada no médio Xingu, a comunidade moigu, dos icpengues, foi escolhida para acolher a conferência. Estão representados os povos aueti, caiabi, calapalo, camaiurá, cuicuro, iaualapiti, icpengue, iudjá, matipu, meinaco, nafuquá, suiá, trumaí e uaurá.


    A Coneei é uma iniciativa do MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Fundação Nacional do Índio (Funai) e secretarias estaduais de educação.

    Assessoria de Imprensa da Secad

  • Foto: Fabiana Carvalho/MECLuziânia (GO)– Uma educação que não mude tradições, costumes e jeito de ser. Este é o principal pleito dos 600 representantes indígenas presentes à 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, que ocorre em Luziânia (GO) até a próxima sexta-feira, 20.

    “Há 247 povos e 247 desafios a serem superados no que se refere à educação escolar indígena”, afirma o professor Joaquim Maná, do povo huni cuin, também chamado de caxinauá, no Acre. “Essa conferência não acontece por acaso. Ela vai ajudar a definir quem somos nós, o que queremos ensinar e aprender”, acrescenta.

    Na visão do professor, todos os projetos político-pedagógicos das escolas indígenas precisam ser revisados após a conferência. “Entre os vários aspectos, devemos rever o modo de avaliação dos alunos e incentivar a participação dos sábios das aldeias no ensino”. Maná é um dos que defendem um sistema escolar próprio para os indígenas.

    A estruturação da rede física das escolas e a valorização do magistério indígena são outros desafios colocados por Ricardo Weibe, representante do povo tapeba, do Ceará. “O professor indígena precisa de um pessoal de apoio, porque, muitas vezes, ele é polivalente: dá aula e faz a merenda”, exemplifica. Outra proposta relatada por Weibe, que também é professor, é a regularização de escolas indígenas, para que possam emitir certificados, diplomas e facilitar a transferência de alunos quando necessário.

    Para fortalecer o controle social, os representantes dos povos propuseram a criação de um conselho nacional da educação escolar indígena e a participação de indígenas no Conselho Nacional de Educação, nos conselhos estaduais e municipais do Fundeb, bem como na área de alimentação escolar e nos conselhos tutelares.

    A criação de um sistema nacional da educação escolar indígena também está entre as proposições dos participantes da conferência. A proposta é que o sistema contemple toda a diversidade cultural, a participação das comunidades nos processos decisórios, possua regras próprias de financiamento e tenha ligação com os conselhos estaduais e municipais.

    Rosa Helena Dias, professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), concorda que uma nova estrutura escolar e um financiamento adequado podem garantir uma educação escolar indígena de qualidade. “As práticas educativas de cada povo existem, têm muita força e precisam ser acolhidas pela pedagogia escolar”, ressalta. “Os indígenas têm direito a uma educação diferente, que não significa desigual, mas própria.”

    Entre os temas a serem debatidos na conferência até a sexta-feira estão as políticas, a gestão e o financiamento da educação escolar indígena. A partir de cada tema apresentado nas palestras, os participantes se reúnem em grupos menores para discutir o assunto e propor medidas a favor da melhoria do ensino.

    Letícia Tancredi
  • Com a pesquisa, o MEC pretende coletar dados sobre a oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais (foto: João Bittar)A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação realiza, até março, duas pesquisas sobre a educação infantil na área rural. O objetivo é montar um mapa da oferta existente e da diversidade de modelos criados por gestores municipais e, a partir daí, elaborar uma proposta de atendimento que contemple as realidades do país.

    A abrangência da primeira pesquisa depende da resposta dos 26 secretários de educação dos estados e do Distrito Federal e dos gestores dos 5.565 municípios. Até fevereiro, os secretários devem responder, por correio eletrônico, a seis perguntas formuladas pela Secad. Entre elas, se oferecem, às comunidades do campo, educação infantil em creches e pré-escolas, em que municípios e há quanto tempo.

    De acordo com Wanessa Sechim, coordenadora-geral de educação no campo da Secad, ao ouvir os secretários, o MEC espera reunir dados institucionais sobre a estruturação das redes e a forma de atuação de cada uma na educação infantil na área rural de estados e municípios.

    A outra pesquisa, de campo, compreenderá visitas a várias localidades para conhecer a diversidade de experiências de ensino infantil nas cinco regiões do país. O levantamento será realizado pelas consultoras Gilmara da Silva e Maria Joselma Assis da Silva a partir do próximo sábado, 15, e se estenderá até o fim de março. Elas vão buscar informações, conhecer as políticas adotadas e avaliar o impacto nas escolas.

    No município de São Miguel do Oeste (SC), por exemplo, a pesquisa abrangerá a educação infantil nas comunidades da agricultura familiar. Em municípios do Centro-Oeste, serão visitadas escolas nas quais estudam filhos de pantaneiros. Caso um município ofereça essa etapa do ensino a comunidades de sertanejos e de quilombolas, isso será relatado, diz Gilmara.

    O interesse da Secad, segundo Wanessa Sechim, é recolher dados da oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais. O conceito de diversidade está explícito no Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que trata da política de educação no campo e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A população rural é formada por agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais, quilombolas, caiçaras, povos da floresta e caboclos.

    Seminário

    O levantamento de dados sobre a educação infantil na área rural é um dos sete pontos prioritários definidos pelos participantes do 1º Seminário Nacional de Educação Infantil no Campo, realizado pelo Ministério da Educação, em Brasília, em dezembro de 2010. Participaram representantes de comissões e movimentos da educação no campo, de universidades e de centros de pesquisas, além de gestores e coordenadores de estados e municípios.

    Melhorar os espaços físicos das escolas, criar material didático adequado, oferecer formação inicial e continuada específica para professores que atuam na educação infantil rural estão entre os pontos do documento final do seminário.

    Ionice Lorenzoni
  • De acordo com a  última a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, 49,4% da população brasileira se autodeclarou da cor ou raça branca, 7,4% preta, 42,3% parda e 0,8% de outra cor ou raça. A população negra é formada pelos que se reconhecem pretos e pardos. Esta multiplicidade de identidades nem sempre encontra, no âmbito da educação, sua proporcionalidade garantida nas salas de aula de todos os níveis e modalidades.

    O Brasil conta com mais de 53 milhões de estudantes em seus diversos sistemas, níveis e modalidades de ensino. Mas o atendimento às populações branca e negra revelam desigualdes. De acordo com a Pnad 2006, na educação infantil apenas 13,8% das crianças declaradas como negras estavam matriculadas em creches. O número sobe para 17,6% na  população branca. Na pré-escola a desigualdade persiste, embora seja   menor, 65,3% das crianças brancas matriculadas, enquanto 60,6% da população infantil negra frequentava a escola.

    Segundo o Censo Escolar de 2007, a distorção idade-série de brancos é de 33,1% na 1ª série do ensino fundamental e de 54,7% na 8ª, enquanto a distorção idade-série de negros é de 52,3% na 1ª série e de 78,7% na 8ª série. Entre os jovens brancos de 16 anos, 70% haviam concluído o ensino fundamental obrigatório. Na população negra dessa faixa etária, apenas 30% alcançaram essa escolaridade. Entre as crianças brancas de 8 e 9 anos na escola, a taxa de analfabetismo é da ordem de 8%. Para essa mesma faixa etária das crianças negras o índice é o dobro.

    Ensinos médio e superior – No ensino médio o quadro não é diferente. Ainda com base na Pnad 2007, 62% dos jovens brancos de 15 a 17 anos frequentavam a escola; na população negra o índice cai pela metade. Se o recorte etário for para 19 anos, os brancos apresentam uma taxa de conclusão do ensino médio de 55%, enquanto os negros, uma taxa de apenas 33%.

    As desigualdades persistem no ensino superior. A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 12,6% da população branca acima de 25 anos concluiu o curso superior. Dentre os negros, a taxa é de 3,9%. Em 2007, os dados coletados pelo censo do ensino superior indicavam a frequência de 19,9% de jovens brancos entre 18 e 24 anos no ensino superior. Já para os negros o percentual é de somente 7%.

    Plano nacional – Para reverter esse quadro, o governo federal lança, nesta quarta-feira, 13, o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino da Cultura e História Afro-Brasileira e Africana. O objetivo é reduzir  desigualdades na educação, tornar a escola um ambiente mais acolhedor, sem reproduzir preconceitos e valorizar a cultura e história do povo negro na formação da sociedade brasileira.

    A iniciativa é do Ministério da Educação, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O lançamento será realizado na solenidade Ações Afirmativas no Brasil, em Brasília. Também serão apresentados projetos dos ministérios da Ciência e Tecnologia e do Trabalho e Emprego, em parceria com a Seppir.

    Assessoria de Imprensa da Secad
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    Parte 3

    Parte 4
  • Estudantes do ensino fundamental, do ensino médio e da educação de jovens e adultos podem concorrer este ano ao Prêmio Escola criando histórias em quadrinhos sobre a prevenção da Aids, das doenças sexualmente transmissíveis, gravidez juvenil e das drogas. Podem participar escolas públicas e particulares. As inscrições vão até 31 de agosto.

    Os prêmios para os alunos autores das histórias e seus professores, do primeiro ao terceiro lugar, são uma viagem turística e cultural ao Rio de Janeiro, MP3 player e kit de materiais de leitura. Cada escola pode concorrer com um trabalho do ensino fundamental e outro do ensino médio. A história em quadrinhos deve ser produzida sobre uma cartolina ou papel-cartão branco com material permanente – tinta, lápis, giz de cera, grafite.

    Não serão aceitos quadrinhos produzidos em computador, com colagens, decalques, logomarcas governamentais e dos promotores do concurso, imagens e desenhos de natureza apelativa.

    O concurso Prêmio Escola 2009, que está na 8ª edição, é promovido pelos ministérios da Educação e da Saúde, com o apoio das agências das Nações Unidas: Unesco, Unicef e do Fundo de População (Unfpa). Os detalhes do prêmio e a ficha de inscrição estão no regulamento na página eletrônica da Unesco.

    Ionice Lorenzoni
  • Com a adesão de 32 instituições públicas de ensino superior, o Procampo, programa do Ministério da Educação para a qualificação de professores sem licenciatura que trabalham em escolas rurais, iniciou a formação de profissionais em 13 unidades da Federação. As instituições oferecerão cursos de graduação a cerca de 35 mil educadores em atividade na área rural. Em 15 delas, a formação atende 1.363 educadores. Até o fim do ano, as 32 instituições terão matriculado 3.178 professores.

    Segundo o diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, Armênio Schmidt, o Procampo tem como prioridade o atendimento a professores das redes públicas estaduais e municipais em atividade, mas sem licenciatura; jovens que vivem na área rural que desejam seguir o magistério e educadores dos movimentos sociais do campo.

    O curso tem a carga horária e o tempo de duração de uma licenciatura, mas é diferente no formato para atender professores que precisam estudar e trabalhar. De acordo com Schmidt, é oferecido em regime de alternância — aulas presenciais intensivas (tempo-escola) nas férias escolares ou em períodos determinados pelas universidades, combinadas com etapas no local em que o professor leciona (tempo-comunidade). Na comunidade, ele pesquisa, estuda e aplica o que aprende.

    A licenciatura é multidisciplinar, com a abordagem de quatro áreas: linguagens e códigos (para lecionar português, literatura e artes); ciências da natureza e matemática (matemática, química, física e biologia); ciências humanas e sociais (filosofia, sociologia, história e geografia); e ciências agrárias.

    Política pública — A oferta de cursos de licenciatura específicos para a qualificação dos professores do campo começou em 2006, com um projeto-piloto desenvolvido pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG), da Bahia (UFBA) e de Sergipe (UFS) e da Universidade de Brasília (UnB). Hoje, o Procampo tem a adesão de 32 instituições.

    Este ano, segundo Schmidt, o programa vai se tornar política pública, com oferta de cursos de licenciatura regulares pelas universidades — até 2009, essa oferta era definida por edital. O MEC vai desenvolver o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) Diversidade, que abrangerá a formação de professores das áreas rural e indígena. O Pibid Diversidade será administrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    O diretor da Secad salienta que o novo modelo permitirá às instituições de educação superior organizar a oferta anual de cursos sem depender de editais. Elas poderão também garantir recursos para os quatro anos de cada licenciatura. Schmidt observa ainda que os educadores, com vagas anuais de ingresso, ganharão a oportunidade de fazer cursos de formação e que o MEC terá a possibilidade concreta de aumentar o número de cursos e de vagas, além de reunir cerca de 35 mil professores com licenciatura e diploma de nível superior obtidos em cursos de qualidade.

    Ionice Lorenzoni


    Confira as instituições que iniciaram a formação de professores


    Leia também: Cursos têm etapas em sala de aula e prática na comunidade

  • Está aberto até 18 de junho o prazo de adesão de estados e municípios ao programa Brasil Alfabetizado, criado em 2003 para alfabetizar jovens com mais de 15 anos e adultos. A meta deste ano é iniciar a alfabetização de 2,2 milhões de pessoas.

    Para executar a meta, o Ministério da Educação vai investir R$ 588,6 milhões no pagamento de bolsas a alfabetizadores, intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e de coordenadores de turmas.

    Para as prefeituras e governos estaduais, que são parceiros do programa, o governo federal vai transferir R$ 162,8 milhões. Os recursos deverão ser aplicados na formação inicial e continuada de alfabetizadores, de intérpretes de Libras e de coordenadores, na aquisição de materiais escolar e pedagógico, compra de merenda e pagamento do transporte dos alunos.

    Além de estados e municípios, são parceiros do MEC na execução do programa, universidades públicas e comunitárias (sem fins lucrativos) e a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. No Ministério da Educação, o Brasil Alfabetizado tem a gerência da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetizado e Diversidade (Secad) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia responsável pela parte financeira.

    A Resolução do FNDE nº 6/2010, publicada no Diário Oficial da União em 19 de abril, dá prazo de 60 dias para a adesão eletrônica ao programa, determina que as aulas tenham início antes de 30 de novembro de 2010 e fixa o dia 30 de outubro de 2011 para o término.

    A adesão de estados e municípios é o primeiro passo para participar do Brasil Alfabetizado e receber recursos federais. O segundo passo é a apresentação do Plano Plurianual de Alfabetização (PPAlfa). É no PPAlfa que os governos e as prefeituras vão informar ao MEC as matrículas de jovens e adultos nas áreas rural e urbana, o número de alfabetizadores, intérpretes de Libras e coordenadores que vão trabalhar e o período de formação, além da duração da alfabetização, que pode variar de seis (240 horas) a oito meses (320 horas).

    A transferência de recursos federais a estados e municípios será feita em duas parcelas, em contas específicas abertas pelo FNDE em agências do Banco do Brasil. A primeira, de 70% do valor, será depositada até 30 dias após a Secad aprovar o PPAlfa; a segunda, até 30 dias após o início das aulas da última turma.

    Formação - Conforme a Resolução nº 6/2010, os alfabetizadores, intérpretes e coordenadores devem receber, antes do início das aulas, 40 horas de formação presencial, ministrada por instituição de ensino superior pública ou comunitária. Dessas 40 horas, 36 horas são sobre o processo de alfabetização de adultos e seis horas de capacitação sobre o projeto Olhar Brasil. A formação continuada, que deve acontecer durante todo o processo de alfabetização, deve ser de quatro horas a cada 15 dias ou duas horas semanais.

    Bolsas – O Ministério da Educação é responsável pelo pagamento das bolsas aos educadores que atuam no programa. O alfabetizador que tiver uma turma de alunos (de sete a 25, na área rural, e de 14 a 25, na área urbana) receberá R$ 250 por mês; o que tiver duas turmas, em horários distintos, receberá R$ 500; o alfabetizador que tiver na classe até três alunos com deficiência ou cumprindo medida sócio-educativa, receberá R$ 275. O coordenador de turmas de alfabetização (de cinco a 13 turmas, na área rural, e sete a 15, na área urbana) receberá bolsa de R$ 500 por mês. A bolsa é depositada na conta pessoal do alfabetizador e do coordenador de turma. As contas serão abertas pelo FNDE na agência do Banco do Brasil mais próxima da residência do educador.

    Avaliação – Os jovens e adultos matriculados no Brasil Alfabetizado passam por duas avaliações obrigatórias. A primeira é um teste de ingresso, que deve ser feito nos primeiros 15 dias de aula, usando a matriz de referência preparada pela Secad. O teste é para avaliar se o aluno tem iniciação em leitura, escrita e matemática. A segunda avaliação deve acontecer dez dias antes do término do curso de alfabetização, conforme a Resolução nº 6/2010.

    Desempenho – De 2003, quando foi criado, a 2008, o programa Brasil Alfabetizado atendeu 9,8 milhões de jovens e adultos. Dados da Secad indicam que 2,1 milhões de alunos que ingressam no ciclo de alfabetização 2008/2009 se encontram em processo de alfabetização.

    Ionice Lorenzoni


  • Cerca de 5 mil estudantes do ensino fundamental de 14 municípios de Mato Grosso estão em escolas de educação integral desde o início do ano. O Projeto Aplauso é uma iniciativa da Secretaria de Educação do estado, que adotou o formato do programa Mais Educação, que o MEC desenvolve desde 2008 em parceria com estados e municípios.

    O coordenador do Mais Educação e do Projeto Aplauso em Mato Grosso, Márcio Magalhães, explica que o estado reconhece a importância da educação integral nas escolas públicas a partir da experiência do Ministério da Educação e se mobiliza para implantá-la. Um convênio assinado no início do ano entre o governo estadual e 14 municípios é o ponto de partida do Aplauso.

    A escolha dos municípios, segundo o coordenador, tomou por base o baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é comum nas 14 unidades. O IDH mede a qualidade de vida da população a partir de dados sobre educação, saúde, acesso a bens culturais. O projeto Aplauso começou em 70 escolas, sendo cinco por município: Arenápolis, Alto Paraguai, Campo Novo do Parecis, Castanheira, Curvelândia,  Guiratinga, Diamantino, Juara, Juina, Luciara, Marcelândia, Mundo Novo, Nortelândia Reserva do Cabaçal e Terra Nova do Norte.

    No Aplauso, cada escola recebe do governo de Mato Grosso uma verba anual no valor de R$ 30 mil a R$ 50 mil, dependendo do número de alunos participantes do projeto. A transferência de recursos e a escolha de oficinas e atividades nas áreas de cultura, esportes e reforço escolar também seguem o modelo do Mais Educação.

    O município de Sinop (norte do estado), criado em 1974 e que hoje tem 114 mil habitantes, começou a investir na educação integral este ano. Além das oito escolas que estão no Mais Educação, a prefeitura custeia a educação integral de sete escolas da sua rede, informa Márcio Magalhães.

    Na avaliação de Leandro Fialho, coordenador de ações educacionais complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC, iniciativas como a de Mato Grosso e da prefeitura de Sinop provam que o objetivo de induzir a política de educação integral, via Mais Educação, está sendo alcançado. Outros estados e municípios também estudam a possibilidade de implantar a educação integral em suas redes, diz.

    Em Mato Grosso – Das 10 mil escolas públicas de ensino fundamental e médio que participam do Mais Educação em 2010 e que recebem recursos do MEC, 157 são de Mato Grosso. Dados da Secad mostram que as escolas estão assim distribuídas: 79 em Cuiabá, 48 em Várzea Grande, 12 em Alta Floresta, dez em Rondonópolis e oito em Sinop.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o Mais Educação.

    Republicada com acréscimo de conteúdo.
  • ABERTA A ADESÃO AO PNLA 2009 para as redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal e Futuras Entidades parceiras do PBA 2009 Até o dia 30 de abril de 2009


    Adesão

    As redes públicas de ensino que ofereçam turmas de alfabetização na modalidade educação de jovens e adultos e as futuras entidades parceiras do PBA 2009 que desejarem receber livros didáticos, em 2009, deverão aderir ao PNLA por meio da assinatura do Instrumento de Adesão que está disponível no Sistema Brasil Alfabetizado até o dia 30 de abril de 2009.
    (Após clicar no link acima, informe o CNPJ da instituição, o CPF do dirigente e selecione o Tipo de adesão “Rede Pública de Ensino” ou “Entidade parceira do PBA 2009”).


    Condições de participação – Redes públicas de ensino

    a) A efetivação do Instrumento dar-se-á mediante a distribuição das obras didáticas – livro do alfabetizando e manual do alfabetizador - aos alunos e aos professores de alfabetização da modalidade educação de jovens e adultos, de acordo com os dados do censo escolar da educação básica, realizado pelo INEP e com as competências dos partícipes do PNLA 2009 previstas na Resolução CD/FNDE nº 01, de 13 de fevereiro de 2009;
    b) As redes de ensino que optarem pelo recebimento das obras didáticas, para o período letivo de 2009, receberão a obra mais distribuída conforme a escolha realizada no exercício de 2008 em sua unidade federativa ou região;
    c) Para o PNLA 2010 e 2011, haverá um novo processo de escolha de obras didáticas, conforme regras específicas.


    Condições de participação – Futuras entidades parceiras do PBA 2009

    a) Compromisso em firmar o Termo de Adesão ao Programa Brasil Alfabetizado 2009 e executar suas ações;
    b) A efetivação da Instrumento dar-se-á mediante a distribuição das obras didáticas – livro do alfabetizando e manual do alfabetizador - aos alfabetizandos, alfabetizadores, tradutores-intérpretes de LIBRAS e coordenadores de turmas cadastrados no Sistema Brasil Alfabetizado – SBA 2009, conforme a Resolução CD/FNDE nº 01, de 13 de fevereiro de 2009;
    c) As entidades parceiras do PBA 2009 que optarem pelo recebimento das obras didáticas, para o período letivo de 2009, receberão a obra escolhida por sua entidade em 2008. As entidades que não aderiram ao PNLA 2008 receberão a obra mais distribuída conforme a escolha realizada no exercício de 2008 em sua unidade federativa ou região;
    d) Para o PNLA 2010 e 2011, haverá um novo processo de escolha de obras didáticas, conforme regras específicas.

  • Apresentação

    O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Como consolidar essa atitude dentro das escolas? Essa é a questão que nos guiou para elaboração da metodologia das Agendas de Educação e Saúde, a serem executadas como projetos didáticos nas Escolas.


    O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.


    O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).


    As atividades de educação e saúde do PSE ocorrerão nos Territórios definidos segundo a área de abrangência da Estratégia Saúde da Família (Ministério da Saúde), tornando possível o exercício de criação de núcleos e ligações entre os equipamentos públicos da saúde e da educação (escolas, centros de saúde, áreas de lazer como praças e ginásios esportivos, etc).


    No PSE a criação dos Territórios locais é elaborada a partir das estratégias firmadas entre a escola, a partir de seu projeto político-pedagógico e a unidade básica de saúde. O planejamento destas ações do PSE considera: o contexto escolar e social, o diagnóstico local em saúde do escolar e a capacidade operativa em saúde do escolar.


    A Escola é a área institucional privilegiada deste encontro da educação e da saúde: espaço para a convivência social e para o estabelecimento de relações favoráveis à promoção da saúde pelo viés de uma Educação Integral.


    Para o alcance dos objetivos e sucesso do PSE é de fundamental importância compreender a Educação Integral como um conceito que compreende a proteção, a atenção e o pleno desenvolvimento da comunidade escolar. Na esfera da saúde, as práticas das equipes de Saúde da Família, incluem prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde dos indivíduos e coletivos humanos.


    Para alcançar estes propósitos o PSE foi constituído por cinco componentes:


    a) Avaliação das Condições de Saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública;


    b) Promoção da Saúde e de atividades de Prevenção;


    c) Educação Permanente e Capacitação dos Profissionais da Educação e da Saúde e de Jovens;


    d) Monitoramento e Avaliação da Saúde dos Estudantes;


    e) Monitoramento e Avaliação do Programa.


    Mais do que uma estratégia de integração das políticas setoriais, o PSE se propõe a ser um novo desenho da política de educação e saúde já que:


    (1) trata a saúde e educação integrais como parte de uma formação ampla para a cidadania e o usufruto pleno dos direitos humanos;


    (2) permite a progressiva ampliação das ações executadas pelos sistemas de saúde e educação com vistas à atenção integral à saúde de crianças e adolescentes; e


    (3) promove a articulação de saberes, a participação de estudantes, pais, comunidade escolar e sociedade em geral na construção e controle social da política pública.


    Nos quadros a seguir, estão expostos os tópicos principais do Projeto Municipal, elaborado no processo de adesão ao PSE pelo Grupo de Trabalho Intersetorial (GTI) e, na seqüência, a proposta da Agenda de Educação e Saúde, como estratégia de implementação nos territórios da escola.


    O que é o Projeto Municipal?


    O Projeto Municipal é um dos requisitos do processo de adesão, como “leitura técnica” da situação municipal, elaborada para iniciar o processo de construção coletiva para a ação, visando a implementação do PSE. Documento desenvolvido a partir da articulação de informações de diversas fontes, acessíveis nas bases de dados dos órgãos federais, estaduais e municipais. O Projeto identifica as prioridades e aspectos que precisam ser redimensionados e/ou qualificados no âmbito das ações de educação e saúde no território municipal.


    Em uma espécie de “recorte” da área de atuação, o Projeto Municipal delimita os territórios de responsabilidade, definidos segundo a área de abrangência das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e define o conjunto de escolas integrantes de cada território, apresentando informações sobre:


    • O diagnóstico situacional com as questões referentes a determinantes sociais, cenário epidemiológico e modalidades de ensino das escolas vinculadas às equipes da ESF e que atuarão no PSE;


    • O mapeamento da Rede SUS de AB/SF e das Redes de Ensino - estadual e municipal, criando espaços comuns, os territórios de responsabilidade;


    • As atribuições das equipes da ESF e das escolas em cada um dos territórios de responsabilidade, quantificando o número de escolas, de estudantes de cada estabelecimento e as questões prioritárias do perfil desses alunos. Definição dos responsáveis das áreas da saúde e da educação pelo projeto dentro de cada território;


    • A identificação das instituições de ensino atendidas pelo Programa Saúde na Escola. Definição do professor responsável pela articulação das ações de prevenção e promoção da saúde na escola.


    O que é a Agenda de Educação e Saúde?


    A Agenda de Educação e Saúde é uma estratégia fundamental de implementação das ações compartilhadas nos territórios municipais. São escolhidos “recortes” do território integrando escolas e unidades de saúde, a fim de gerar uma articulação das práticas. A Agenda definirá as propostas comunitárias para estes microterritórios onde as escolas estão inseridas, refletindo as expectativas comunitárias em relação à interface educação e saúde.


    No âmbito da escola as atividades de planejamento e gestão do coletivo, formulação dos inventários detalhados e da condução de processos participativos integrados aos estudos e ao Projeto Político Pedagógico representam uma oportunidade impar para os exercícios de cidadania.


    Por meio do diálogo entre comunidade escolar e equipe da Estratégia Saúde da Família, a Agenda de Educação e Saúde envolve interlocuções entre diferentes setores da sociedade e dos programas/políticas já em desenvolvimento na escola e com parceiros locais.

    Bases Legais

     

    Portaria 3.696/10 – PSE/CNES

    Portaria N.º 3146 de 17 de dezembro de 2009

     

    Portaria nº 254, de 24 de julho de 2009 - Projeto Olhar Brasil

    Portaria nº 1.861, de 4 de setembro de 2008 - Estabelece recursos financeiros pela adesão ao PSE para Municípios com equipes de Saúde da Família, priorizados a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, que aderirem ao Programa Saúde na Escola - PSE


    Portaria nº 2.931, de 4 de dezembro de 2008 - Altera a Portaria n° 1.861/GM, de 4 de setembro de 2008, que estabelece recursos financeiros pela adesão ao Programa Saúde na Escola - PSE e credencia Municípios para o recebimento desses recursos.


    Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007 - Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências.


    Material Didático Pedagógico (Programa Saúde na Escola)

     

    Ofício aos Secretários Estaduais e Municipais de Educação

     

    Manual Orientador - Passo-a-Passo Cadastro SIMEC/PSE



    Nota Técnica - Passo-a-Passo Cadastro SIMEC/PSE

     

    Pesquisa Nacional do Escolar (Pense)

     

    Webconferências

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