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    Uma seleção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai liberar R$ 3,2 milhões para projetos de pesquisa conjunta entre estudantes do Brasil e de Portugal. Os interessados podem se inscrever até 29 de outubro.

    “O novo edital foca em áreas específicas que apresentam relevância e impacto tanto para o Brasil quanto para Portugal. A intenção é fortalecer e dar ainda mais visibilidade para as pesquisas desenvolvidas nos projetos selecionados”, explica Andrea Vieira, coordenadora-geral de programas da Capes.

    Serão selecionados dez projetos com, no máximo, dois anos de duração nas seguintes áreas de conhecimento: Ciências do Espaço, Ciências do Mar, Alterações Climáticas, Inteligência Artificial, Computação Avançada e Medicina Oncológica.

    O objetivo é fortalecer a cooperação entre as instituições de ensino superior e de pesquisa dos dois países, fomentar o intercâmbio científico entre grupos de pesquisa e desenvolvimento de ambas as nações e a mobilidade de professores e estudantes de pós-graduação no nível de doutorado.

    Cada projeto receberá até R$ 328 mil. Por ano, serão R$ 40 mil para custeio de até duas missões de trabalho, R$ 10 mil para os recursos de manutenção do projeto e R$ 278 mil para bolsas. O apoio financeiro será repassado ao longo da vigência do projeto.

    Seleção – Os critérios de participação para cada modalidade (doutorado-sanduíche, pós-doutorado e professor visitante júnior e sênior) e para comprovar o nível de proficiência em língua estrangeira estão especificados no edital, que pode ser acessado no site da Capes. O resultado será divulgado até 31 março de 2020 e a previsão para início das atividades dos projetos é abril de 2020.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes


  • Encerram nesta sexta-feira, 15, as inscrições para dois programas internacionais da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). São eles o Capes/Nuffic, que concede bolsas de doutorado, pós-doutorado e graduação sanduíche em instituições de educação superior brasileiras e holandesas, e o Capes/WBI, destinado a apoiar o intercâmbio científico entre grupos de pesquisa brasileiros e belgas. 

    A Organização Neerlandesa para a Cooperação Internacional em Educação Superior (Nuffic) irá contemplar as áreas de ciências biológicas, engenharias, ciências médicas (ciências da saúde), ciências agrícolas, ciências sociais aplicadas, ciências humanas e artes. Entre os benefícios previstos pelo programa Capes/Nuffic, destacam-se bolsas de estudo e auxílio deslocamento para estudantes brasileiros em missão de estudos, diárias e auxílio deslocamento para docentes doutores brasileiros em missão de trabalho, seguro saúde e recursos de custeio para despesas relativas às atividades desenvolvidas no Brasil.

    Já o Wallonie Bruxelles International (WBI) é o organismo responsável pelas relações internacionais da Bélgica e tem como um dos focos de atuação a cooperação na área educacional, com vistas à difusão da cultura e à inserção internacional de suas instituições de ensino e pesquisa. As especialidades do edital são ciências biológicas e da saúde, agroindústria, engenharias (nas especialidades mecânica, transporte e logística, aeronáutica e espacial) e meio ambiente.

    As propostas ao programa Capes/WBI devem ser apresentadas pelo coordenador brasileiro à Capes e pelo coordenador belga ao WBI. As inscrições são gratuitas e feitas exclusivamente pela internet. As propostas selecionadas serão contempladas com missões de trabalho, missões de estudo e recursos de custeio.

    Acesse mais informações sobre o Capes/Nuffic e confira o edital do Capes/WBI.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Desta segunda-feira, 11, até a quarta, 13, representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) participam do Fórum do IODP, em Xangai, na China. O encontro, a cada ano, acontece em um país diferente. Em 2016, foi realizado no Brasil, em Búzios (RJ).

    O evento reúne os representantes de países, consórcios ou entidades que fornecem fundos para as operações do Programa Internacional de Descoberta Oceânica (Internacional Ocean Discovery Program/IODP). A Capes fará duas exposições sobre como o programa é promovido no Brasil, com o objetivo de trocar experiências e potencializar ações.  

    IODP –O International Ocean Discovery Program é um programa internacional de pesquisas marinhas que investiga a história e a estrutura da Terra a partir do registro em sedimentos e rochas do fundo do mar, além de monitorar ambientes de subsuperfície.

    Parte significativa da comunidade científica internacional atuante em ciências do mar de águas profundas está envolvida no programa. Desde 2013, o Brasil, por meio de financiamento viabilizado pela Capes, é membro do consórcio JOIDES Resolution e colabora com o IODP. Para executar as atividades previstas no programa, a Capes conta com o apoio de um comitê científico e um comitê executivo.

    Expedições do IODP usam avançada tecnologia de perfuração oceânica, de modo a permitir disseminação de dados e amostras a partir de arquivos globais, particularmente para os países membros do programa. O sistema de perfuração é apoiado por um parque analítico a bordo do navio de pesquisa JOIDES Resolution, composto por equipamentos de última geração voltados a pesquisa geofísica, geoquímica, microbiológica e paleoclimática. Além da infraestrutura a bordo, o IODP conta com apoio de numerosas instituições de pesquisa e formação de recursos humanos nos diferentes países que atualmente compõem o programa.

    Mais informações sobre a participação da Capes podem ser conferidas aqui.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Acontece na tarde desta quarta-feira, 13, a cerimônia de entrega do Prêmio Vale-Capes de Tecnologia e Inovação – Edição 2017. Promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, o prêmio paga R$ 100 mil para pesquisador experiente e R$ 40 mil para jovem cientista, além de bolsa para a realização de pesquisas. Na edição 2017, o prêmio destacou pesquisadores cujos trabalhos tenham aplicação efetiva na resolução de problemas reais relativos as áreas de ecologia e conservação da natureza.

    Na categoria Pesquisador Emérito, o escolhido foi o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jorge Rubio Rojas. Lucas William Mendes, da Universidade de São Paulo (USP), foi selecionado na categoria Jovem Pesquisador. A premiação será na sede da Capes, em Brasília.

    Premiação ­– Na categoria Emérito, o vencedor recebe da empresa Vale um auxílio de R$ 100 mil. A Capes também vai conceder ao premiado uma bolsa equivalente à de pesquisador visitante do exterior ou à de estágio sênior no exterior. Para o Jovem Pesquisador, será concedido auxílio de R$ 40 mil pela Vale. O premiado também receberá uma bolsa análoga à de Pesquisador Visitante do Exterior, paga pela Capes. A premiação considerou a produção dos pesquisadores.

    Foram avaliados itens como artigos científicos, livros e capítulos, patentes e orientações em cursos de pós-graduação. Os critérios de premiação foram originalidade do trabalho e relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação.

    Premiados – Lucas William Mendes, jovem pesquisador com apenas três anos de doutorado, apresenta produção científica relevante com mais de 20 artigos publicados e 297 citações. Suas contribuições se direcionam para a agricultura sustentável.

    Jorge Rubio Rojas, Pesquisador Emérito, foi indicado por unanimidade pelo Grande Juri. É pesquisador com carreira sólida, membro da Academia Brasileira de Ciências e pesquisador 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fundou e coordenou o Laboratório de Tecnologia Mineral e Ambiental – (LTM) da (UFRGS). Publicou mais de 250 artigos científicos, dois livros e 15 capítulos de livros. Desenvolveu diversas técnicas e produtos tecnológicos (incluindo cinco patentes, quatro técnicas e quatro processos) na área de conservação da natureza, via tratamento de águas poluídas e efluentes industriais, tanto em áreas urbanas como minerais e industriais.

    Conheça o Prêmio Vale-Capes de Tecnologia e Inovação - Edição 2017

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

     

  • Resultado final do programa foi divulgado nesta quinta-feira, 30, no Diário Oficial da União


    Preservar o meio ambiente com o apoio de pesquisas cientificas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta semana o resultado final do programa Entre Mares. A iniciativa vai destinar R$ 1,3 milhão a 15 projetos selecionados de docentes de pós-graduação com linhas de pesquisa relacionadas ao derramamento de óleo das praias brasileiras.

    Com 278 projetos recebidos, o objetivo do programa é apoiar, com recursos de custeio e bolsas de formação de recursos humanos, projetos de pesquisa que possam contribuir para o monitoramento, a contenção, o processamento e a minimização do desastre ambiental.

    A linha de pesquisa dos projetos deveria seguir uma das seis áreas temáticas: avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos, biorremediadores, dispersão do óleo, processamento de resíduos, tecnologia aplicada à contenção do óleo e saúde coletiva. As propostas escolhidas serão financiadas em até R$ 100 mil e uma cota de bolsa de mestrado, a ser implementada até junho.

    O programa foi desenvolvido para atender o pedido feito pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação formado pela Marinha do Brasil, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis, criado no âmbito do Plano Nacional de Contingência.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • O estudante bolsista e o não bolsista do Programa de Educação Tutorial podem receber certificado após o tempo mínimo de dois anos de participação no programa.

     

    A emissão do certificado será de responsabilidade da própria instituição de ensino e deverá ser impresso em papel tipo Vergé, branco, 230g/m², tamanho A4 (210x297mm), sem qualquer alteração no modelo original.

     

    Modelo do Certificado  

     

  • O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, convidou nesta quarta-feira, 15, o professor e pesquisador Carlos Nobre, da Academia Brasileira de Ciências (ABC), para o cargo de presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Carlos Nobre é um dos maiores cientistas brasileiros, com forte experiência na coordenação da área interdisciplinar da Capes”, disse o ministro. “Ele também é uma referência importante no debate ético sobre vida e sustentabilidade.”

    O professor Jorge Guimarães deixa a presidência do órgão após 12 anos. “A história da Capes é exemplar, uma história de êxitos”, destacou o ministro. “A história da agência será contada antes e depois de Jorge Guimarães.”

    Segundo o ministro, Guimarães se sobressai por todas as mudanças e aperfeiçoamentos que introduziu no órgão. “A Capes aprimorou a avaliação e o fomento da pós-graduação, reforçou o mestrado profissional, expandiu os doutorados e mestrados e estimulou novas fronteiras de pesquisa”, afirmou Janine Ribeiro. “E, além de tudo isso, constituiu um vasto setor voltado à formação de professores para educação básica, que é o grande desafio do Brasil hoje.”

    Natural da cidade de São Paulo, Carlos Afonso Nobre formou-se em engenharia eletrônica em 1974, no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Concluiu o doutorado em meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 1983. Iniciou a carreira profissional no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em 1975. Atuou como pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1983 a 2012. Na Capes, atuou como coordenador da Comissão de Cursos Multidisciplinares (2006-2008). Exerce, desde fevereiro de 2011, a função de secretário de políticas e programas de pesquisa e desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.

    Atualmente, Nobre representa o Brasil no International Institute for Applied System Analysis (Iiasa). É membro do International Scientific Advisory e do High Level Scientific Advisory Panel on Global Sustainability, da Organização das Nações Unidas (ONU).

    Assessoria de Comunicação Social

  • Começou nesta terça-feira, 30, a coleta de dados para a pesquisa sobre o perfil dos dirigentes municipais de educação. O levantamento, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com a parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), busca informações sobre todos os 5.564 secretários municipais de educação do Brasil.


    O dirigente deverá informar dados pessoais, profissionais e de participação política. Deverá responder, ainda, sobre seus conhecimentos acerca dos programas educacionais realizados a nível nacional, como Ideb e Plano de Ações Articuladas (PAR) e dizer se tem necessidade de capacitação e de assessoramento. Todas as informações serão tratadas em conjunto e será guardado absoluto sigilo dos dados individuais.


    É a segunda vez que se realiza essa pesquisa no Brasil. A primeira foi feita pela Unesco em 1999 e publicada em 2000. O Inep já fazia levantamento de dados de alunos e professores, no Censo Escolar, e de diretores, no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Mas não fazia coleta de dados dos secretários de educação, deficiência que esta pesquisa veio sanar.


    Seu sucesso, no entanto, depende do grau de adesão dos gestores municipais. Para estimular o máximo de participação, os técnicos do Inep procuraram elaborar um questionário de fácil e rápido preenchimento. Nos pré-testes aplicados, a média de tempo gasto para conclusão do questionário foi de 20 minutos. Para sensibilizar os gestores a responder a pesquisa, o Inep enviou mensagem eletrônica e carta para todas as secretarias municipais de educação do país.


    A coleta de dados acontecerá até 30 de abril, na página do Inep. O gestor deverá acessá-lo, realizar o cadastro e só depois do recebimento de confirmação é que poderá dar início ao preenchimento, informando o número de seu CPF e a senha já cadastrados.


    Assessoria de Imprensa do Inep

  • As instituições interessadas em participar dos editais de seleção de projetos conjuntos de pesquisa entre países sul-americanos e a França têm prazo até 8 de junho para aderir aos editais oferecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    Os programas têm como objetivo fortalecer a colaboração e a criação de redes de pesquisa, no domínio da matemática (Capes/MATH-AmSud) e das ciências e tecnologias da informação e da comunicação (Capes/STIC-AmSud) e envolvem cooperação entre pesquisadores franceses e do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai.

    As atividades de cada projeto deverão ser planejadas considerando a duração máxima de dois anos. A seleção acontecerá em quatro fases, todas de caráter eliminatório, sendo elas análise documental, análise de mérito, avaliação pelo comitê científico e avaliação pelo comitê de direção.

    O financiamento compreenderá a realização de missões de pesquisa, trabalho e de estudos entre os grupos participantes, incluindo a realização de oficinas e cursos de curta duração que permitam a participação de professores e estudantes.

    MATH-AmSud – A proposta para essa área deve ser apresentada pelo coordenador brasileiro à Capes, pelo coordenador internacional à secretaria do MATH-AmSud e pelos demais coordenadores às suas respectivas agências. O coordenador internacional deverá encaminhar eletronicamente o projeto em inglês, anexando os currículos dos responsáveis em cada uma das instituições, à secretaria do programa MATH-AmSud, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônico. O coordenador brasileiro deverá encaminhar o projeto em português, anexando a documentação complementar relacionada no edital, à Capes, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônico. No mesmo endereço poderão ser solicitadas outras informações.

    STIC-AmSud– Da mesma forma, a proposta para essa área deve ser apresentada pelo coordenador brasileiro à Capes, pelo coordenador internacional à secretaria do STIC-AmSud e pelos demais coordenadores às suas respectivas agências. O coordenador internacional deverá encaminhar eletronicamente o projeto em inglês, anexando os currículos dos responsáveis em cada uma das instituições, à Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.do programa STIC-AmSud. O coordenador brasileiro deverá encaminhar eletronicamente o projeto em português, anexando a documentação complementar relacionada no edital, à Capes, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônico. Informações poderão ser solicitadas pelo mesmo endereço.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O atendimento escolar a crianças de quatro e cinco anos de idade subiu de 70,1%, em 2007, para 72,8%, em 2008. Isso significa incremento de 2,7 pontos percentuais em um período de 12 meses. No ensino fundamental, a taxa de atendimento à faixa de sete a 14 anos passou de 97,6% para 97,9%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, divulgada nesta sexta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o balanço dos dados da Pnad é excelente, sobretudo na educação básica. No caso do acesso à pré-escola, Haddad explicou que o incremento de 2,7 pontos nas matrículas mostra que o Brasil está pronto para universalizar o atendimento escolar de estudantes de quatro a 17 anos até 2016, como prevê projeto de emenda constitucional, em análise no Congresso Nacional, sobre a desvinculação de recursos da União (DRU) destinados à educação,.

    Os dados de atendimento ao ensino médio são os mais positivos, segundo Haddad. “Pela primeira vez, rompemos a barreira dos 84% de matrícula de 15 a 17 anos”, disse. A Pnad registrou crescimento das matrículas de 82,1% para 84,1% de 2007 para 2008. De acordo com o ministro, o incremento de dois pontos, quando se trata da juventude, impressiona porque não é só uma questão de oferta, mas de encontrar um modo de a escola atrair os adolescentes.

    Outro avanço que a Pnad de 2008 apresenta é o crescimento da escolaridade média dos brasileiros em relação aos habitantes de países que têm as mesmas características sociais e econômicas. Enquanto a média desses países aumenta um ano a cada dez, no Brasil cresce um ano a cada cinco desde o fim da década de 90, no século passado. “Estamos mantendo um ritmo relativamente forte de aumento da escolaridade no país, com a novidade de que isso está ocorrendo ao mesmo tempo em que se ganha em qualidade”, afirmou o ministro.

    Alfabetização— O analfabetismo entre crianças de dez a 14 anos também caiu, de 3,1% para 2,8%. “Teria caído mais, não fosse o incremento ainda a ser analisado nas regiões Sul e Sudeste”, disse Haddad. A taxa de analfabetismo nessa faixa etária subiu de 0,9% para 1,3% no Sudeste e de 1,0% para 1,3% no Sul.

    O dado que surpreendeu o ministro foi a baixa redução do analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais — queda de 0,1%. O dado a que se refere Haddad é o registro de 140 mil analfabetos com 25 anos ou mais, dos quais cem mil estão na região Sudeste. “O que não é algo compreensível”, disse. O ministro pretende questionar o IBGE quanto a uma possível mudança de metodologia da pesquisa.

    Ionice Lorenzoni
  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) destinará recursos de R$ 4 milhões ao financiamento de propostas de criação e manutenção de núcleos de estudos sobre pesquisa educacional. Instituições públicas e particulares de educação superior e de pesquisa podem participar da seleção, desde que comprovem experiência em projetos da área.

    As propostas devem contemplar os eixos temáticos meta-avaliação; determinantes educacionais; determinantes da qualidade do professor; impactos da educação sobre o bem-estar dos indivíduos e o desenvolvimento do país; canais pelos quais a educação afeta os indivíduos. As propostas devem ser encaminhadas ao Inep até 5 de outubro, de acordo com os critérios técnicos dispostos no edital.

    Para receber apoio, cada projeto deve de ter valor mínimo de R$ 100 mil e máximo de R$ 500 mil. O Inep designará uma comissão de especialistas para julgar as propostas com base no mérito e na relevância, na qualidade técnica e adequação do projeto e na produção científica da equipe técnica.

    A iniciativa de apoio à criação e à manutenção de núcleos de estudos foi lançada pelo Inep em 2007. No primeiro ciclo foram celebrados cinco convênios. Tiveram apoio 17 projetos de pesquisa.

    Assessoria de Imprensa do Inep
  • A pesquisa sobre o chamado “paradoxo do cálcio” finalizada pelo biomédico Leandro Bueno Bergantin durante estágio na Espanha, como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), resultou em um dos livros mais vendidos no exterior. Durante o período em que esteve na Universidad Autónoma de Madrid, Leandro desvendou o efeito dos bloqueadores dos canais de cálcio tipo L, que são anti-hipertensivos, usados nos pacientes para reduzir a pressão arterial.

    Os resultados mostraram, ainda, que o uso dos medicamentos anti-hipertensivos também reduzem a incidência do mal de Alzheimer e de Parkinson. “Com a descoberta, a gente agora pode usar um anti-hipertensivo, que foi feito inicialmente para reduzir a hipertensão arterial, para outra finalidade, que é reduzir a incidência de doenças como Alzheimer e Parkinson”, relata.

    “A experiência no exterior permitiu aprimorar a pesquisa científica já iniciada no Brasil para complementar os resultados, com métodos que a gente não dominava. A partir dali foi possível incorporar novas técnicas existentes em outro país e solidificar hipóteses”, comemora o bolsista. A obra From discovering “calcium paradox” to Ca2+/cAMP interaction: Impact in human health and disease, publicada por editora internacional, está no ranking dos livros mais vendidos na loja virtual Amazon.

    A pesquisa de Leandro começou no doutorado, quando ele percebeu que os efeitos colaterais dos bloqueadores dos canais de cálcio tipo L poderiam incluir o aumento da pressão arterial, ao invés de reduzi-la. “Isso era um paradoxo. Desde a década de 70 havia esse efeito e tanto os clínicos quanto os pesquisadores não entendiam muito bem. Aí começamos a fazer experimentos”, comemora o bolsista.

  • Diagnosticar a situação e o tipo da hanseníase predominante no município onde mora, no Piauí, foi a motivação de um estudante de curso técnico de enfermagem (arte: ACS/MEC)Ao estudar sobre a erradicação de doenças no mundo, durante uma aula sobre saúde coletiva, o estudante Kaio Martins, 19 anos, resolveu realizar uma pesquisa científica. O objetivo era diagnosticar a atual situação e o tipo da hanseníase predominante no município de Campo Maior, Piauí, onde mora.

    Aluno do curso técnico de enfermagem do Centro Estadual de Ensino Profissional de Tempo Integral Cândido Borges Castelo Branco, Kaio revela que ficou interessado no tema ao saber que, na década de 80, a cidade piauiense foi piloto na implantação, pelo governo federal, do tratamento de polioquimioterapia para hanseníase, a partir da junção de vários medicamentos em um único. Na época, a doença também foi subclassificada em paucibacilar (não contagiosa) e multibacilar (altamente contagiosa).

    “Ainda tem muita gente sofrendo”, diz o estudante. “Quando a doença é diagnosticada tarde, a pessoa vai sentir dores pelo resto da vida. Então, eu quero acabar com isso ou, pelo menos, ajudar.”

    Segundo preconiza o Ministério da Saúde, uma situação é considerada endêmica quando se tem um caso de hanseníase para cada dez mil habitantes. Em Campo Maior, município de 46 mil habitantes, a 75,8 quilômetros de Teresina, foram diagnosticados 23 casos. “Dos nossos pacientes que fazem tratamento, 90% são multibacilares, ou seja, isso é preocupante, pela forma de transmissão”, diz a professora Silvana Orsano, orientadora do projeto desenvolvido pelo estudante. “O que podemos fazer? Foi aí que a coisa começou a ficar no juízo de Kaio.”

    De acordo com a pesquisa, o tratamento de polioquimioterapia para a hanseníase tipo multibacilar não deu certo porque a medicação é muito forte. “Nessa fase mais avançada, as pessoas sentem os efeitos colaterais sempre que tomam a medicação”, diz Kaio. “Então, elas desistem do tratamento, continuam com a doença e, pouco tempo depois, voltam a transmitir.”

    Diagnóstico — Segundo a professora e o aluno, se a doença predominante continua sendo a multibacilar, há alguma coisa errada. Pesquisas mundiais afirmam que o diagnóstico precoce pode reverter o quadro. Depois de um ano de estudo, de janeiro a outubro de 2015, a pesquisa seguiu para a segunda fase. Em visita às escolas, o jovem ministrou palestras para sensibilizar a população mais jovem por meio de autoimagem. “Na palestra são apresentadas muitas imagens das manchas da fase multibacilar. Essas manchas vão virando nódulos, eles olham e se assustam”, afirma o estudante. “Aí, fica mais fácil ajudá-los a acabar com a doença.”

    Kaio destaca o diagnóstico precoce como a solução. “Se você descobre a doença quando ela é paucibacilar, a pessoa não vai transmitir, vai fazer o tratamento e se curar”, diz. “E aí vai ser tudo bem mais rápido.”

    Com a pesquisa, Kaio Martins vem participando de feiras nacionais e internacionais. Na última, em Fortaleza, ele ganhou o credenciamento para participar da Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (Febrace), em São Paulo, em março de 2017.

    Curável — Considerada uma das doenças mais antigas do mundo, a hanseníase também é conhecida como lepra. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é curável, mas se não for tratada adequadamente pode se tornar preocupante.

    Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, e há várias campanhas para a erradicação do mal. A transmissão se dá por contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida por meio de gotículas de secreções do nariz ou da saliva. Não há transmissão pelo contato com a pele.

    Ao penetrar no organismo de uma pessoa, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico. O período de incubação é prolongado e pode variar de seis meses a seis anos. É fundamental seguir o tratamento, que é eficaz e permite a cura, desde que não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.

    Assessoria de Comunicação Social 

    Ouça:

  • Nesta terça-feira, 11, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou o resultado do Edital nº 1/2017, referente à Cátedra Celso Furtado – St. John’s College. O programa concede bolsa a notável pesquisador e professor sênior do Brasil, especialista em história e humanidades brasileiras, para estágio de até 12 meses na Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

    A Capes pagará ao selecionado uma bolsa no valor de 3,5 mil libras nos meses de efetiva permanência no Reino Unido. No primeiro e último meses, o valor da mensalidade será concedido proporcionalmente ao período de permanência no país de destino. Os benefícios pagos pela Capes incluem auxílios para deslocamento e instalação e seguro-saúde.

    Pela instituição anfitriã, o pesquisador será beneficiado com acesso às instalações e serviços da universidade normalmente fornecidos a acadêmicos visitantes: espaço de escritório e conexão à internet, laboratórios e equipamentos, bibliotecas e qualquer outra cortesia ou comodidade; custo de matrícula na faculdade; e alojamento residencial para uma pessoa solteira. Bolsistas acompanhados pela família recebem da faculdade o valor de 590 libras mensais para despesas com alojamento em Cambridge.

    Pesquisador – Economista, jornalista e gestor público, o paraibano Celso Monteiro Furtado (1920-2004) é considerado um dos intelectuais brasileiros mais relevantes do século 20. Bacharel em direito pela Faculdade Nacional de Direito (1944) e doutor em economia pela Universidade de Paris/Sorbonne (1948), foi pesquisador fellow do King's College (1973). Celso Furtado apresentou uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento a partir do estudo histórico da dependência econômica do regime capitalista.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, Furtado integrou a Força Expedicionária Brasileira na Itália. O intelectual foi também diretor da Divisão de Desenvolvimento da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e elaborou o Plano de Desenvolvimento do Nordeste. O plano originou a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão que Furtado dirigiu de 1960 a 1964. Em 1962, foi o primeiro titular do recém-criado Ministério do Planejamento.

    Perseguido pela ditadura militar instaurada em 1964, Furtado partiu para o exílio no exterior e ocupou vários cargos como pesquisador e professor no Chile, Estados Unidos, França e Inglaterra. Com a redemocratização, em 1985, o pensador voltou a ocupar cargos estatais. Em de agosto de 1997, ocupou a cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a Darcy Ribeiro. Em 2003, tornou-se membro da Academia Brasileira de Ciências.

    Acesse o resultado da seleção e veja mais informações sobre a Cátedra Celso Furtado no Edital nº 1/2017 da Capes.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • O programa Cátedra Rio Branco selecionará notável pesquisador e professor sênior, especialista nas áreas de relações internacionais, ciência política ou áreas afins, com foco na temática sobre novos desafios internacionais para o Brasil, para bolsa com duração de três a 12 meses no King’s College London, Reino Unido.

    Os interessados têm até as 17h do dia 31 de dezembro de 2017 para submeterem a candidatura pelo formulário de inscrição on-line disponível no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. É preciso, ainda, enviar os documentos elencados no edital.

    O candidato ao programa deverá atender os seguintes requisitos: ter concluído o doutorado até 31 de dezembro de 2002; ser vinculado ao quadro permanente de instituição de pesquisa ou de educação superior; ser docente e orientador em programa de pós-graduação reconhecido e recomendado pela Capes nas áreas de conhecimento do programa; não ter recebido bolsa ou benefício financeiro de agência pública federal para o mesmo objetivo; residir no Brasil no momento da candidatura e durante todo o processo de seleção; dedicar-se em regime integral às atividades acadêmicas; possuir atuação acadêmica qualificada e reconhecida competência nas áreas do programa; ter fluência em inglês; ter disponibilidade para dedicar-se integralmente às atividades propostas; e não acumular bolsa ou benefício financeiro.

    Cooperação – A Cátedra Capes/King's College London – Professor Visitante Sênior no Reino Unido tem por objetivo aprofundar a cooperação acadêmica entre instituições de educação superior e centros de ciência e tecnologia brasileiros e ingleses, a fim de promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia em ambos os países e aumentar o conhecimento na King's College London sobre as contribuições de notáveis pesquisadores e educadores do Brasil.

    Acesse o formulário de inscrição on-line.

    Veja o edital.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes


  • Em Fortaleza (CE), Rossieli Soares sobre a importância do uso da tecnologia para o desenvolvimento do país. (Foto: André Nery/MEC)

    Começou nesta segunda-feira, 29, o VII Congresso Brasileiro de Informática da Educação (CBIE) com o tema Educação e Empreendedorismo. O evento acontece até o dia 1º de novembro, em Fortaleza (CE), e é promovido pela Sociedade Brasileira de Computação.  São 600 participantes interessados em discutir, compartilhar e divulgar suas atividades e experiências no âmbito das tecnologias na educação.

    O ministro da Educação, Rossieli Soares, participou da abertura do Congresso e destacou que o MEC tem apostado na inovação, tecnologia e no desenvolvimento. “Não tem como disputar com o que está acontecendo no mundo afora se não nos aproximarmos cada vez mais do uso da tecnologia. Temos alta capacidade de criação. Se tivermos ferramentas, certamente vamos desenvolver muito mais do que outros países”, ressaltou.

    De acordo com a organização do evento, apesar de o Brasil ocupar boas colocações em índices de pesquisas, os números de inovação e empreendedorismo ainda estão abaixo do desejado. “É um tema de relevância, embora o Brasil tenha avançado muito na pesquisa, nós ainda estamos engatinhando. A nossa área, informática na educação, é propícia e de fundamental importância para a inovação e empreendedorismo”, discursou o coordenador do CBIE, José Aires.

    Concomitante ao Congresso, está sendo realizado em parceria com o MEC o III Seminário Nacional de Educação Conectada, e que que conta com a presença de 145 coordenadores de tecnologia educacional de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Aléssio Costa Lima, disse que é preciso investir em tecnologia para melhorar a educação no país. “Para que a gente possa, de fato, retomar investimentos para garantir que cada escola no Brasil tenha acesso a internet e acesso com velocidade”, frisou Aléssio.

    CBIE - O Congresso Brasileiro de Informática da Educação (CBIE) é um evento anual da SBC, de caráter internacional, que busca promover e incentivar as trocas de experiências entre as comunidades científica, profissional, governamental e empresarial na área de Informática na Educação. A programação conta com palestras, minicursos, mostra de softwares e objetos de aprendizagem, apresentações orais e pôsteres.   

    A Sociedade Brasileira de Computação é uma sociedade científica sem fins lucrativos com 38 anos de atuação, que reúne estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e entusiastas da área de computação e informática de todo o Brasil. A SBC tem como função fomentar o acesso à informação e cultura por meio da informática, promover a inclusão digital, incentivar a pesquisa e o ensino em computação no Brasil, além de contribuir para a formação do profissional da computação com responsabilidade social.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Porto Alegre (RS) – Na quinta-feira, 19, o ministro da Educação, Rossieli Soares, visitou dois centros de pesquisas ligados à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Ele conheceu as instalações e acompanhou de perto o trabalho desenvolvido no Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). “Foi incrível conhecer a estrutura e o trabalho que é realizado nesses dois ambientes importantes de pesquisa aqui no Rio Grande do Sul”, destacou. “Fiquei feliz e surpreso com a estrutura que temos aqui.”

    O InsCer tem em seus principais objetivos associar tecnologia de ponta e pesquisa aplicada em benefício do paciente. Mantido pela União Brasileira de Educação e Assistência (Ubea), o instituto é conduzido por uma equipe de conceituados neurocientistas e está comprometido com o desafio de prestar assistência neurológica de qualidade, mediante o desenvolvimento e o emprego de tecnologias inovadoras.  A fim de estabelecer um elo constante entre a pesquisa e assistência médica, o instituto conta com a participação de pesquisadores e professores da PUCRS.

    “O Inscer faz um trabalho de pesquisa importante, desde a educação básica até as situações de saúde que requerem, por exemplo, tratamento de origem radioativa”, relata o ministro. “É um grande local para o desenvolvimento de pesquisas e do qual se pode esperar muito para o futuro”.

    Para o vice-reitor da PUCRS e diretor do Inscer, Jaderson Costa da Costa, a instituição é mais do que um instituto do cérebro. “Ele não é voltado somente para a doença, mas também para a pesquisa”, explicou. Segundo Costa, uma das áreas que mais chamaram a atenção de Rossieli Soares foi a de desenvolvimento e aprendizado. O ministro reforçou a impressão: “É importante poder acompanhar aqui a pesquisa feita no processo de alfabetização de uma criança, como o cérebro se comporta. Isso pode e deve nortear as nossas políticas públicas educacionais”.

    Funcionamento – O parque científico estimula a pesquisa e a inovação por meio de uma ação simultânea entre academia, instituições privadas e governo. Atualmente, o Tecnopuc abriga mais de 130 organizações, somando mais de 6,5 mil postos de trabalho.

    “Um ambiente de empreendedorismo, de criação e desenvolvimento de ideias, com parceria de empresas, da academia e da pesquisa, é muito importante”, ressaltou o ministro, aproveitando para anunciar novas parcerias entre o MEC e a PUCRS. “Juntar todos os pilares possíveis em um ambiente totalmente inovador e que foi buscar experiências do mundo inteiro é fundamental. Começamos a discutir alguns projetos possíveis para poder firmar parcerias com alunos de escolas públicas e, quem sabe, desenvolver e trazer grandes cabeças criativas que temos por aí pelo Brasil para dentro de parques tecnológicos incríveis, como esse da PUCRS”.

    De acordo com o vice-reitor da PUCRS, o Tecnopuc, além das reconhecidas inserções tecnológicas, se destaca por estabelecer uma relação com a sociedade e com a educação, tanto no ensino médio como no de terceiro grau. “Assim, damos a todos os estudantes da rede estadual a oportunidade de desenvolver, simultaneamente, a questão do empreendedorismo e do aprendizado”, resumiu.

    O diretor do Tecnopuc, Rafael Prikladnicki, lembrou:“É cada vez mais evidente que a gente tem que conectar parques tecnológicos com o currículo de graduação e pós-graduação no país. São ações que a gente já faz aqui no Tecnopuc e é algo que temos potencial enorme de repassar para todo o país”. 

    Assessoria de Comunicação Social

  • O aumento percentual de estudantes de graduação concentrados no setor público, a queda no analfabetismo e o aumento da frequência de crianças na creche, pré-escola e ensino fundamental são alguns dos dados sobre educação constantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes a 2011. Divulgados nesta sexta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os números confirmam, como já antecipou o Ministério da Educação, que o maior desafio educacional a ser enfrentado é o do ensino médio.

    A Pnad mostra expansão na taxa de atendimento em instituições de educação superior públicas. Em 2009, elas concentravam 23,3% das matrículas em cursos superiores; em 2011, o número subiu para 26,8%. O MEC atribui parte desse aumento à adoção de políticas de expansão e interiorização das universidades federais, entre elas, a criação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

    Quanto à educação básica, o setor público continua prioritário no atendimento. No ensino fundamental, 87% dos estudantes estão em estabelecimentos oficiais de ensino, mesmo percentual registrado em 2009. No ensino médio, a cobertura da rede pública cresceu de 86,4% para 87,2%.

    Analfabetismo— A taxa entre as pessoas de 15 anos ou mais manteve a tendência de queda dos últimos anos ao recuar de 9,6%, em 2009, para 8,6%. A meta a ser atingida pelo Brasil, de acordo com a Conferência Mundial de Educação, de Dacar, Senegal, é a de chegar ao patamar de 6,7% em 2015 (metade da taxa que o Brasil apresentava em 2000). O número absoluto de analfabetos caiu 1,2 milhão — de 14,1 milhões para 12,9 milhões.

    Os dados do IBGE mostram que o analfabetismo está tradicionalmente concentrado nas regiões Norte e Nordeste, entre a população em idade mais elevada, acima dos 50 anos. Com a universalização do ensino fundamental, entende-se que o problema tende a ser reduzido para as próximas gerações.

    Outro dado positivo é o aumento do número médio de anos de estudo entre a população de 10 anos de idade ou mais. Essa média passou de 7,2 em 2009 para 7,3.

    Frequência— O acesso de crianças entre 4 e 5 anos de idade à creche e à pré-escola subiu de 74,7% em 2009 para 77,4%. No ensino fundamental, ainda que o acesso esteja quase universalizado, também cresceu a frequência de estudantes de 6 a 14 anos à escola — de 97,6% em 2009 para 98,2% em 2011.

    Os números apontam aumento em regiões e públicos historicamente negligenciados, especificamente no Nordeste, onde as taxas são quase as mesmas das médias nacionais. Na faixa de 4 e 5 anos, por exemplo, é a mais alta entre as regiões do país (83,5%).

    Os dados da Pnad mostram que o desafio continua concentrado na faixa etária de 15 a 17 anos. Ou seja, no ensino médio. Nela, a frequência à escola diminuiu de 85,2% em 2009 para 83,7%. Essa queda se deu em quase todas as regiões do Brasil, à exceção do Centro-Oeste, e com maior intensidade no Sudeste.

    Ciente desse desafio, o Ministério da Educação tem investido em ações voltadas especificamente para o ensino médio. Entre elas, está o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o programa Ensino Médio Inovador e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O ensino médio inovador amplia a jornada escolar e reformula o currículo. Pelo Pronatec, estudantes têm a opção de fazer o ensino médio regular e, ao mesmo tempo, um curso profissionalizante.

    A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) é realizada anualmente pelo IBGE. Os temas básicos que integram o questionário são população, educação, trabalho, rendimento e habitação. A cada dez anos, em lugar da Pnad, o IBGE realiza o Censo Demográfico. O último, em 2010. Por essa razão, os dados da Pnad de 2011 devem ser comparados aos de 2009.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O Brasil é destaque em escolarização e mercado de trabalho, investimento por aluno, participação na educação e ambiente escolar, de acordo com a publicação Education at a Glance 2014, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados mostram que, entre 2005 e 2012, as matrículas de crianças de quatro anos de idade no país aumentaram aproximadamente de 24 pontos percentuais, atingindo 61% de cobertura, ultrapassando a Finlândia (59%) e aproximando-se da Polônia (65%).

    Em média, nos países da OCDE, uma criança de cinco anos tem a expectativa de permanecer no sistema educacional mais de 17 anos, antes de atingir os 40 anos de idade. No caso brasileiro, uma criança dessa idade terá estudado 16,3 anos em média ao atingir os 39 anos, patamar semelhante ao do Chile (16,5) e ao do Japão (16,3).

    “Os números do Brasil na pesquisa do OCDE mostram que o país tem feito um esforço significativo no sentido de ampliar investimento”, ressalta o ministro de Educação, Henrique Paim. O gasto público brasileiro total em educação, em 2012, representava 6,4% do Produto Interno Bruno (PIB). O percentual está acima da média do OCDE (5,6%).

    O documento aponta ainda que, no Brasil, cerca de 86% da população que possui ensino superior está empregada. No ensino médio, a proporção de pessoas inseridas no mercado de trabalho é de 77%.

    As informações do Brasil são repassadas à OCDE pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que também participa da construção do estudo, desde a sugestão de quais indicadores devem compor a publicação. Os dados educacionais usados no estudo são referentes ao ano de 2012 e os dados financeiros, a 2011.

    O Education at a Glance é um estudo anual e apresenta dados sobre a estrutura, o financiamento e o desempenho de sistemas educacionais de 34 países membros da organização, além de nações parceiras e integrantes do G20. O objetivo é traçar uma visão geral dos sistemas educacionais desses países e possibilitar aos gestores a comparação internacional de aspectos de políticas nessa área, além de fomentar a reflexão sobre os esforços empreendidos no setor.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

  • Desde o descobrimento até a independência do Brasil, o açúcar, sozinho, rendeu aos cofres portugueses mais que as exportações de arroz, algodão, fumo, madeira, café e ouro somadas. Os engenhos de cana-de-açúcar ainda remanescentes no país representam a história viva dessa época, mas são desconhecidos e pouco valorizados.

    Atentos a essa realidade, estudantes do ensino médio da Escola Ronaldo Caminha Barbosa, em Cascavel, Ceará, criaram o projeto Engenhos de Memória: História e Patrimônio Cultural do Período Colonial à Modernidade. Na pesquisa, eles destacam a informação publicada em História Geral da Agricultura Brasileira, de Luís Amaral, de que o açúcar rendeu durante esse período nada menos do que 800 milhões de libras esterlinas, o que, em valores atualizados, ultrapassaria os R$ 3,37 bilhões.

    O principal objetivo do projeto, de acordo com o professor orientador Cláudio Henrique Soares, é fazer com que a população local conheça a relevância histórica e social dos engenhos. “Eles fazem parte da construção da história do Brasil. É um resgate, é a valorização desse patrimônio. O projeto chama a atenção da sociedade para esse valor histórico, para a representatividade cultural das moendas de cana”, afirmou.

    Depois de mapear todos os engenhos existentes na região, por meio de pesquisas em campo, os alunos envolvidos no projeto criaram o material Engenho Didático, um jogo temático de tabuleiro, um roteiro turístico com ênfase na história local e o blogue Engenho Virtual.

    De acordo com o professor, a ideia deu tão certo que se transformou em política educacional nos municípios de Cascavel e Pindoretama. “Hoje, são dez escolas envolvidas, que têm atividades mensais sobre o tema”, contou. Além disso, o projeto foi premiado pela Feira Regional Estadual de Ciências e Cultura e participa, até sábado, 1º de outubro, da 22ª Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia, em Camaragibe (PE).

    Para a diretora da escola, Iara Nogueira, a instituição, hoje, colhe os frutos do incentivo à pesquisa como prática pedagógica. Ela conta que, ao perceber, em 2013, que os alunos não tinham participação em feiras regionais e estaduais, pela ausência de projetos, incentivou a criação de uma delegação estudantil com o objetivo de movimentar a pesquisa científica dentro da escola. “Hoje, a produção científica está institucionalizada na Ronaldo Caminha Barbosa, já faz parte de nosso cotidiano. E nos ajudou a reduzir a evasão escolar e a reprovação.”

    Assessoria de Comunicação Social 

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