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  • No Brasil, 94% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram a educação superior. Mais de 95,1% acreditam que podem ajudar os alunos a pensar de forma crítica. As constatações aparecem nos resultados da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenada no Brasil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    A Talis foi realizada por amostragem, em 2013, em 34 países. Mais de 106 mil professores responderam à pesquisa. No Brasil, a amostra foi composta por 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas. O objetivo é comparar internacionalmente a opinião de professores e diretores sobre desenvolvimento profissional, crenças e práticas de ensino, apreciação do trabalho dos professores, feedback (retorno) e reconhecimento do trabalho, além de questões acerca de liderança, gestão e ambiente de trabalho.

    Segundo a Talis, o professor típico brasileiro é mulher (71%), tem 39 anos de idade e 14 de experiência no magistério, em média. Nos outros países, as mulheres também são maioria nas escolas (68%), têm 43 anos de idade e 16 de experiência. Elas também são maioria em cargos de direção no Brasil (75%). Nos outros países, esse percentual é de 49%.

    Os professores brasileiros estão entre os que passam o maior número de horas por semana ensinando. São 25 horas semanais, seis horas a mais do que a média dos países pesquisados. Eles relatam investir 20% do tempo de aula na manutenção da ordem em sala. Essa média, nos países da Talis, é de 13%. Além disso, no Brasil, 86,9% dizem estar, de modo geral, satisfeitos com o trabalho. Apenas 13,5% se dizem arrependidos da opção pelo magistério.

    Desenvolvimento – A maior parte dos professores entrevistados participou de algum programa de desenvolvimento profissional nos 12 meses anteriores à pesquisa. No Brasil, os docentes passaram, em média, 21 dias em treinamento em organizações externas. Nos outros países, essa média é de sete dias. No entanto, os professores brasileiros relataram participação um pouco menor do que a média para outras atividades de desenvolvimento profissional, como cursos e oficinas (66%), conferências e seminários (39%), visitas e observações a outras escolas (12%) e rede de trabalho de professores (26%).

    A pesquisa também aponta que 60% dos professores brasileiros declararam ter grande necessidade de desenvolvimento profissional na área de ensino para alunos com necessidades específicas. Esse é o maior percentual entre os países participantes da pesquisa.

    Apenas 18,4% dos professores brasileiros concordam que os professores com melhor desempenho em sua escola recebem maior reconhecimento. A pesquisa pediu também opinião sobre a valorização da profissão, desempenho escolar, escolha pela profissão docente, avaliações nacionais e o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    O presidente do Inep, Chico Soares, apontou a importância de comparar as condições de trabalho e opiniões dos professores brasileiros com outros países. “Esses dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais para que o Inep possa criar quadros ainda mais descritivos da situação educacional brasileira”, disse.

    Talis – A Pesquisa Internacional sobre o Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning International Survey) coleta dados comparáveis internacionalmente sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas. O objetivo é fornecer informações válidas, oportunas e comparáveis do ponto de vista dos profissionais nas escolas para ajudar os países a revisar e a definir políticas para o desenvolvimento de uma profissão docente de alta qualidade.

    O relatório internacional da Talis está disponível na página da OCDE na internet. O relatório brasileiro da pesquisa, com resultados por unidade da Federação e questões exclusivas do Brasil, será divulgado em evento nacional de lançamento da Talis, no Inep, em 17 de novembro próximo.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Unidades ligadas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares registraram aprovação maciça do público (Foto: João Bittar/Arquivo MEC)

    Dados mostram que 97% dos usuários dos hospitais universitários federais filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) indicariam as unidades para algum familiar. O resultado foi apontado em um dos quesitos da pesquisa de satisfação dos usuários dos hospitais universitários federais, uma iniciativa da Ouvidoria-Geral da estatal vinculada ao MEC.

    Esse número corresponde à internação e aponta que 32 de cada 33 pacientes internados estão satisfeitos com o serviço oferecido. Outro destaque relacionado à internação foi o atendimento geral, com 94% de aprovação. Dentre os itens avaliados, todos tiveram índices de satisfação acima de 70%.

    Na avaliação geral de pacientes em atendimento ambulatorial, o índice de indicação dos hospitais é de 96%, ou seja, a cada 25 pacientes atendidos no ambulatório das unidades, 24 indicariam o serviço a alguém da família. Outros pontos relevantes são o atendimento das equipes de saúde e o atendimento geral, ambos com aprovação de 91% dos entrevistados.

    Para o ouvidor-geral da Ebserh, Rodrigo Albuquerque, o resultado da pesquisa aponta um nítido contentamento dos usuários de saúde com a qualidade do serviço público ofertado pela rede. “Mesmo em um ambiente de recessão econômica e de contenção de gastos, a margem de satisfação ultrapassa os índices de 90% dos entrevistados, revelando a excelência do serviço público prestado”, avalia. “Paralelamente a isso, o resultado da pesquisa também aponta direcionamentos estratégicos a serem traçados e estabelecidos pela Ebserh para otimizar ainda mais a eficiência do serviço prestado, melhorando a saúde pública brasileira. ”

    Levantamentos – Com questionários aplicados no período de 2 de maio a 23 de junho em 33 das 39 unidades filiadas à Ebserh, este foi o primeiro ciclo da pesquisa de 2017. O estudo tem por objetivo avaliar a percepção de satisfação dos usuários com vistas ao aprimoramento da qualidade do atendimento.

    Foram levantadas questões em oito áreas: conforto no local da recepção; higiene, limpeza e organização do hospital; conforto das instalações na área de atendimento médico; atendimento da recepção; atendimento da equipe de saúde; tempo de espera pelo atendimento, satisfação no atendimento geral, indicação do hospital.

    Acesse os resultados da pesquisa de satisfação.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh


  • Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) constataram que a febre chikungunya, além da já conhecida inflamação das articulações, que dificulta a locomoção das pessoas contaminadas, pode provocar lesões vasculares irreversíveis. A pesquisa começou a ser feita em março de 2016, quando cirurgiões vasculares passaram a observar o inchaço das pernas em pacientes infectados pelo vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

    Até então, não havia disponível na literatura médica a associação desse sintoma com a doença. Estudos mais detalhados da equipe confirmaram as suspeitas e a associação, pela primeira vez, da lesão dos vasos linfáticos com a febre chikungunya e comprovaram uma nova manifestação clínica.

    O trabalho é pioneiro no mundo. Para ser realizado, envolveu 32 pacientes, entre 30 e 80 anos — não foi identificada, ainda, uma população de risco. Eles foram submetidos a exames de sangue, ultrassom nos membros inferiores e ecocardiograma, a fim de afastar outras possíveis causas de edemas. Tiveram também de passar por exame de linfocintilografia para observação de possíveis lesões dos vasos linfáticos como causa do edema.

    A sorologia dos pacientes foi realizada no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco, responsável por estudos e diagnósticos que incluem a área epidemiológica. O laboratório é parceiro do Hospital das Clínicas da UFPE, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação. “O Hospital das Clínicas foi muito importante para o nosso estudo ao permitir o uso de sua estrutura”, disse a cirurgiã vascular Catarina Almeida. A pesquisa, apresentada no 14º Congresso Brasileiro de Flebologia e Linfologia, em São Paulo, recebeu o prêmio de melhor trabalho.

    Além de Catarina Almeida, fazem parte da equipe responsável pelo estudo no Hospital das Clínicas o professor Esdras Marques, cirurgião vascular e chefe do serviço de cirurgia vascular, e a professora Simone Brandão, chefe do serviço de medicina nuclear.

    Cuidados — O edema linfático não tem cura definitiva. O tratamento baseia-se na redução dos sintomas a partir do uso de meias de compressão, em fisioterapia e, em casos específicos, em medicação. “Mas a pesquisa segue em andamento, à espera de outros pacientes, para entendermos melhor o mecanismo de formação do edema linfático na chikungunya”, diz Catarina.

    Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revela que em 2016 foram registrados 271.824 casos prováveis de febre chikungunya no Brasil. A Região Nordeste apresentou a maior taxa de incidência, com 415,7 casos por 100 mil habitantes. Entre as unidades federativas que encabeçam a lista de infectados destacam-se Rio Grande do Norte (723,1 casos por 100 mil habitantes), Ceará (537,7) e Pernambuco (522,3)

    A Ebserh administra 39 hospitais universitários federais. Em parceria com as universidades federais, a atuação da empresa permite aperfeiçoar os serviços de atendimento à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e promover o ensino e a pesquisa nas unidades.

    Criada em dezembro de 2011, a Ebserh é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades de saúde que integram a rede.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh

  • A identificação de deficiências cognitivas ainda nos primeiros anos da idade escolar é o foco de uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ganhadora do Google Research Awards in Latin America. Essa premiação financia pesquisas de ponta nas principais faculdades da América Latina. Intitulada Análise do gráfico não semântico para avaliação automatizada e diagnóstico precoce de deficiências cognitivas no ambiente escolar, a pesquisa foi desenvolvida dentro do Instituto Cérebro (ICe) da UFRN por Ana Raquel Torres, mestranda em neurociência.

    Com a pesquisa, a estudante busca criar formas de avaliação rápida e de baixo custo para garantir a detecção precoce de deficiências cognitivas na primeira infância e, desta forma, evitar prejuízos no desenvolvimento acadêmico de crianças. Para tanto, foram avaliadas aproximadamente 200 crianças de escolas públicas e privadas, de 6 a 9 anos, por meio de testes orais e escritos de leitura e compreensão. 

    “No momento em que se tem essa detecção, a intervenção e o tratamento se tornam mais fáceis, porque se sabe o que a criança tem, ainda no início da alfabetização”, disse Ana Raquel. Com a expansão do projeto, espera-se encaminhar as crianças identificadas com alguma deficiência para tratamento imediato, evitando prejuízos durante a alfabetização. 

    Para a aluna, a premiação pela empresa Google demonstra que os temas relacionados à educação e aprendizagem despertam interesse e que há espaço para mecanismos que colaborem para a boa formação no período escolar. “Ter um projeto que tem como base a educação, que tenta trabalhar nos problemas da educação, e ser selecionado é maravilhoso”, acrescentou.

    Uma vez selecionado pelo Google, o trabalho passa a contar com recursos financeiros que pagarão a bolsa de estudos de Ana Raquel Torres e ajudarão nas despesas relacionadas à coleta de dados. Serão repassados, por mês, 750 dólares para mestranda e 675 dólares para a unidade acadêmica.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Moradia, domínio de línguas estrangeiras, cotas, acesso a atividades culturais e esportivas, idade, raça, cor, etnia e renda estão entre as informações que estudantes que cursam graduação nas 63 universidades federais devem responder na Pesquisa Nacional de Perfil Discente. A pesquisa eletrônica está disponível nos portais de todas as instituições e o prazo final da coleta é 31 deste mês.

    O levantamento de dados sobre os alunos da rede federal, iniciativa do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), tem a finalidade de traçar o perfil socioeconômico e cultural dos mais de um milhão de estudantes da graduação pública federal. Desse diagnóstico, segundo o Fonaprace, serão formuladas diretrizes e políticas públicas de atendimento aos universitários e de defesa da educação pública, gratuita com qualidade acadêmica e científica.

    A última pesquisa realizada pelo fórum foi em 2010 e teve a participação de estudantes de 56 instituições federais de ensino superior. Naquele ano, a pesquisa constatou que 43,74% dos alunos das universidades federais pertenciam às classes C, D e E; e que o percentual de estudantes de raça/cor/etnia preta aumentou de 5,9% em 2004 (período da pesquisa anterior) para 8,7%, em 2010.

    O Fórum Nacional, criado em 1987, é composto por pró-reitores, sub-reitores e decanos responsáveis pelos temas comunitários e estudantis das universidades federais. A pesquisa do perfil dos alunos da graduação foi realizada três vezes: em 1996/1997, em 2003/2004 e em 2010.

    Ionice Lorenzoni

    Acesse a pesquisa no portal da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ou nos portais das universidades.

  • João Pessoa — O consumo de pescado no Brasil é uma das questões em debate no 2º Encontro Nacional dos Núcleos de Pesquisa Aplicada em Pesca e Aquicultura, na capital paraibana. As discussões vão se estender até sexta-feira, 10. Até 2008, o consumo de pescado no Brasil era de seis quilos por pessoa ao ano. Em 2010, passou para sete quilos por pessoa. A meta do governo federal é chegar a nove quilos no próximo ano.

    Hoje, o país conta com 28 núcleos de pesquisa e 4,8 mil estudantes em cursos técnicos ligados a pesca e aquicultura — 2,8 mil em aulas presenciais e dois mil, à distância. O objetivo do investimento em pesquisa é estimular o consumo e a produção de pescado no país. “A pesquisa pode ajudar a elevar a produção em água doce, já que dispomos de 12% do reservatório mundial e esse potencial é pouco explorado”, destacou o diretor de políticas da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Luiz Caldas.

    Além da preocupação com a produção, a política de incremento à pesca esbarra em questões sociais. Em grande parte da atividade são usados métodos artesanais pelas comunidades ribeirinhas, sem acesso à tecnologia. “No Brasil, os pescadores têm um histórico de exclusão social, política, ambiental e econômica”, disse o secretário de infraestrutura e fomento do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Claudenor Vermohlen.

    Analfabetismo— Outra questão discutida no encontro em João Pessoa é a do alto índice de analfabetismo entre os pescadores brasileiros. “Temos comunidades, especialmente no Norte e no Nordeste, com 90% dos pescadores analfabetos”, disse o coordenador nacional de pesca, portos e navegação da Setec, Edmar Almeida. Tanto o Ministério da Pesca e Aquicultura quanto o da Educação estão enfrentando a questão com programas integrados. Em Macau, Rio Grande do Norte, cem pescadores e marisqueiros acabam de ser alfabetizados.

    Ana Guimarães
  • São Paulo — Uma ampla pesquisa em todas as redes escolares do país, com avaliações de aspectos relacionados à violência, desde o consumo de drogas até o bullying eletrônico, é o propósito de termo de convênio que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, firmou na tarde desta quinta-feira, 20, com o Conselho Federal de Psicologia (CFP). A solenidade de assinatura ocorreu na abertura da 2ª Mostra de Práticas Psicológicas, que se realiza no Parque do Anhembi, em São Paulo.

    A iniciativa, segundo o ministro, envolve ainda oito universidades federais e todo o movimento social ligado ao tema. “Queremos ter as informações para formular políticas públicas que ataquem problemas de convivência e comportamento de alunos e professores”, afirmou. “Nosso objetivo é produzir material didático e pedagógico dirigido a todos os públicos envolvidos, além de capacitar professores para lidar com situações em sala de aula que envolvam consumo de drogas, homofobia, bullying e assim por diante.”

    Na abertura do encontro, o ministro lembrou que o Brasil tirou mais de 40 milhões de pessoas da situação de miséria e as inseriu na sociedade de consumo. “Agora, precisamos da psicologia para nos ajudar a firmar a educação, a ciência e a tecnologia como eixo de um desenvolvimento realmente sustentável.”

    Mercadante admitiu que o Ministério da Educação anseia por esse levantamento para tratar de temas como a evasão da juventude no ensino médio, a questão da tolerância, o combate à Aids e à gravidez precoce. “Não podemos nos acomodar”, disse. “Precisamos do conhecimento e da vivência de vocês”, disse o ministro a 25 mil psicólogos de toda a América Latina reunidos na capital paulista.

    Assessoria de Comunicação Social
  • Com a pesquisa, o MEC pretende coletar dados sobre a oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais (foto: João Bittar)A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação realiza, até março, duas pesquisas sobre a educação infantil na área rural. O objetivo é montar um mapa da oferta existente e da diversidade de modelos criados por gestores municipais e, a partir daí, elaborar uma proposta de atendimento que contemple as realidades do país.

    A abrangência da primeira pesquisa depende da resposta dos 26 secretários de educação dos estados e do Distrito Federal e dos gestores dos 5.565 municípios. Até fevereiro, os secretários devem responder, por correio eletrônico, a seis perguntas formuladas pela Secad. Entre elas, se oferecem, às comunidades do campo, educação infantil em creches e pré-escolas, em que municípios e há quanto tempo.

    De acordo com Wanessa Sechim, coordenadora-geral de educação no campo da Secad, ao ouvir os secretários, o MEC espera reunir dados institucionais sobre a estruturação das redes e a forma de atuação de cada uma na educação infantil na área rural de estados e municípios.

    A outra pesquisa, de campo, compreenderá visitas a várias localidades para conhecer a diversidade de experiências de ensino infantil nas cinco regiões do país. O levantamento será realizado pelas consultoras Gilmara da Silva e Maria Joselma Assis da Silva a partir do próximo sábado, 15, e se estenderá até o fim de março. Elas vão buscar informações, conhecer as políticas adotadas e avaliar o impacto nas escolas.

    No município de São Miguel do Oeste (SC), por exemplo, a pesquisa abrangerá a educação infantil nas comunidades da agricultura familiar. Em municípios do Centro-Oeste, serão visitadas escolas nas quais estudam filhos de pantaneiros. Caso um município ofereça essa etapa do ensino a comunidades de sertanejos e de quilombolas, isso será relatado, diz Gilmara.

    O interesse da Secad, segundo Wanessa Sechim, é recolher dados da oferta de educação infantil que representem a diversidade das populações rurais. O conceito de diversidade está explícito no Decreto nº 7.352, de 4 de novembro de 2010, que trata da política de educação no campo e do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). A população rural é formada por agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais, quilombolas, caiçaras, povos da floresta e caboclos.

    Seminário

    O levantamento de dados sobre a educação infantil na área rural é um dos sete pontos prioritários definidos pelos participantes do 1º Seminário Nacional de Educação Infantil no Campo, realizado pelo Ministério da Educação, em Brasília, em dezembro de 2010. Participaram representantes de comissões e movimentos da educação no campo, de universidades e de centros de pesquisas, além de gestores e coordenadores de estados e municípios.

    Melhorar os espaços físicos das escolas, criar material didático adequado, oferecer formação inicial e continuada específica para professores que atuam na educação infantil rural estão entre os pontos do documento final do seminário.

    Ionice Lorenzoni
  • O pesquisador brasileiro Raul Bardini Bressan teve artigo publicado no renomado periódico científico on-line Development. Bolsista de doutorado pleno no exterior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério da Educação, Bressan descreve, no artigo, a implementação de tecnologia específica para edição genômica de células-tronco neurais e o uso desse método para estudos de tumores cerebrais.

     No projeto de doutorado, na Universidade de Edimburgo, Escócia, Bressan investiga o papel de determinadas mutações genéticas em tumores cerebrais. “Meu foco específico é um tipo de tumor altamente agressivo e letal, que afeta crianças e jovens por volta de 5 a 15 anos de idade, chamado glioblastoma pediátrico”, explica. “Até o momento, não existem terapias eficazes para tratar esse tipo de tumor, e a maior dificuldade para o estudo da doença é a falta de modelos experimentais.”

    A publicação, de acordo com Bressan, tem como principal objetivo estabelecer uma tecnologia conhecida como Crispr/Cas9 para engenharia genômica de células-tronco neurais. “Tais células, durante o desenvolvimento, dão origem ao nosso sistema nervoso central, mas em alguns casos são responsáveis também pela formação de tumores cerebrais”, afirma. “As técnicas que desenvolvemos nos permitem agora inserir mutações no DNA dessas células e recriar no laboratório esse tipo de tumor.”

    O pesquisador salienta que dessa forma é possível entender melhor o papel de cada uma das mutações gênicas. “Bem como desenvolver e testar drogas que possam ser mais eficazes para o tratamento da doença, que é o objetivo do meu último ano de pesquisa de doutorado”, diz.

    O artigo descreve métodos úteis e eficientes para o estudo de células-tronco neurais e que podem ser implementados por diversos laboratórios, mesmo aqueles com recursos limitados e sem acesso a equipamentos de alta tecnologia. “Tais métodos podem ser aplicados não apenas para o estudo de tumores cerebrais, mas de diversas outras doenças que afetam o desenvolvimento do sistema nervoso central, tal como a microcefalia causada pelo zika vírus”, diz Bressan. “Nesse caso, as técnicas que desenvolvemos podem ser usadas, por exemplo, para entender melhor as causas da microcefalia, bem como para desenvolver formas de atenuar ou reverter os efeitos da infecção viral.”

    Bressan admite que o curso de doutorado no exterior tem proporcionado aprendizagem e crescimento como cientista. O Centro de Medicina Regenerativa da Universidade de Edimburgo é uma referência mundial e conta com vários cientistas renomados na área de pesquisa com células-tronco. “Tenho a oportunidade aprender e colaborar com profissionais altamente capacitados, o que certamente se reflete na qualidade do artigo e no projeto que venho desenvolvendo”, destaca. “Espero em breve poder retribuir os investimentos do programa Ciência sem Fronteiras e usar esse conhecimento e a rede de contato adquiridos para contribuir com o desenvolvimento científico do Brasil.”

    O artigo, de livre acesso, está disponível na página on-line da Development.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Consultores, professores e pesquisadores já podem pedir informações educacionais sobre a base de dados protegidos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Antes, o acesso era restrito à base pública. Na segunda-feira, 22, portaria do Inep divulgou as normas exigidas para pedidos de consulta aos dados.

    A fim de garantir transparência e segurança ao processo, exclusivamente para fins de pesquisa e de estudo, foi criado um ambiente seguro. O espaço, na sede do Inep, em Brasília, permite aos pesquisadores a consulta a bancos de dados sobre censos e avaliações. Para ter acesso a essas informações, especialistas e professores que trabalham na produção de pesquisas de interesse acadêmico, do instituto ou do Estado precisam estar formalmente autorizados. O pedido deve ser protocolado em formulário específico, com justificativa para o estudo. O objetivo desse procedimento é qualificar a permissão, respeitada a individualidade e a transparência dos dados.

    Servidores públicos que trabalham na produção de pesquisas têm acesso aos dados mediante autorização do presidente do Inep, Chico Soares, ou de servidor do instituto a quem seja delegado tal poder. As informações estarão disponíveis em ambiente reservado, por tempo determinado. Quem for considerado apto a realizar pesquisas deve preencher termo de compromisso e manutenção de sigilo.

    A Portaria do Inep nº 467/2014, que estabelece as normas de acesso a informações protegidas do instituto, foi publicada no Diário Oficial de União de segunda-feira, 22. No Brasil, o acesso a informações, previsto na Constituição Federal, obedece o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Um grupo de estudantes brasileiros que se encontravam em Portugal decidiu criar uma plataforma on-line para apoiar as atividades de desenvolvimento científico em escolas públicas brasileiras. A ideia surgiu do sentimento de que, apesar do aumento do número de mestres e doutores no Brasil, dificilmente esses pesquisadores têm estudos voltados para o ensino público.

    Segundo os estudantes, a inquietação surgiu do seguinte questionamento: “Já que as bolsas de estudos são pagas com os impostos arrecadados no Brasil, qual seria o papel deles e quais respostas poderiam dar à sociedade?” Essa dúvida os motivou a buscar uma solução, encontrada na forma do atual projeto. O nome da plataforma é +Science.

    Carolina Caretti é doutoranda em literatura pela Universidade Estadual Paulista, Eimard Nascimento faz doutorado em matemática pela Universidade de Aveiro e Cristiano Reis é doutorando em engenharia de biossistemas pela University of Minnesota. O outro idealizador da plataforma é Esequiel Mesquita, natural de Irauçuba (CE), que atualmente é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no doutorado em engenharia civil na Universidade do Porto, em Portugal.
    Hoje, o projeto já possui 44 pesquisadores voluntários cadastrados, e duas escolas cearenses participando: a Escola de Ensino Médio de Irauçuba e a Escola Estadual de Educação Profissional José Ribeiro Damasceno, no Trairi. O grupo de idealizadores informa que todo o trabalho é voluntário e, inicialmente, o ganho aos participantes se dá na forma de experiência ao orientar os projetos, pois muitos dos participantes ainda não contam com vivência efetiva com o ensino.

    Segundo o grupo de pesquisadores, produzir ciência e cultura com recursos públicos os fez pensar que, “de alguma maneira, o retorno à sociedade deve existir, e se tal retorno for feito de maneira direta, toda a nossa trajetória terá valido muito mais a pena”, explicam.

    Interessados – Os professores interessados devem preencher o formulário online com os dados da escola, grupo de alunos envolvidos e principais interesses científicos, juntamente com uma breve proposta de projeto de pesquisa, com no máximo três páginas, contendo título, grupo de trabalho (alunos e outros professores), área de concentração, introdução, objetivos, metodologia, resultados esperados e bibliografia.

    Os estudantes de mestrado e doutorado interessados devem preencher o formulário PhD Action com seus dados acadêmicos e principais áreas de atuação. Para realizar a inscrição é necessário confirmar a disponibilidade de uma hora semanal para apoiar os grupos de pesquisas das escolas públicas brasileiras.

    Assessoria de Comunicação, com informações da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Funcap

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  • O sistema permite memorizar dados importantes a partir de dados do texto e da interação dos usuários  (Arte: ACS/MEC)

    Quantas vezes você fez uma pesquisa na internet e se deparou com volume de resultados diferentes tão grande que ficou em dúvida sobre quais eram, ou não, verídicos? Para ajudar a verificar a credibilidade de matérias disponíveis na rede, o professor do departamento de computação do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) Daniel Hasan desenvolveu um sistema que avalia a qualidade e a confiabilidade de um texto on-line.

    O projeto – parte da tese de doutorado de Hasan, apresentada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – tem como objetivo avaliar a qualidade de documentos ou itens colaborativos da web, como a Wikipédia e fóruns de perguntas e respostas, utilizando inteligência artificial. A partir de indícios do próprio texto e da interação dos usuários, o sistema memoriza aspectos importantes para usá-los em outras avaliações de forma automática. 

    “Sendo fórum de perguntas e respostas, geralmente temos uma nota para cada resposta. O sistema tenta aprender com essa nota e com alguns indicadores de qualidade, por exemplo, se esse texto tem erros ortográficos, é grande ou pequeno, mostra referência para outros conteúdos. Tem comunidades que avaliam manualmente os conteúdos. Eu peguei essa avaliação manual e usei como base para o sistema de inteligência artificial”, explica.

    De acordo com Daniel, no caso de artigos da Wikipédia, o sistema é capaz de identificar quantas vezes o texto foi editado e se quem alterou tem histórico de edições no mesmo assunto. “Se o artigo foi editado por usuários mais frequentes na Wikipédia, aumenta a confiabilidade e qualidade de um site”, enfatiza.

    O sistema proposto, que está em fase de teste, utiliza 67 indicadores para submeter publicações em plataformas colaborativas a fim de verificar os textos. A intenção é que, futuramente, esteja disponível para uso público. Daniel Hasan espera que a tecnologia ajude a melhorar a qualidade da lista de páginas em buscadores da internet.

    “O próximo passo é tentar pegar esses indicadores de qualidade e disponibilizar on-line para outros pesquisadores. Às vezes, a pessoa quer usar para fazer um outro estudo ou criar estatísticas sobre a escrita”, comenta. O estudo de Daniel conquistou o prêmio de melhor tese de doutorado no Concurso de Teses e Dissertações em Banco de Dados do Simpósio Brasileiro de Banco de Dados (SBBD 2017).

    Atualmente, o professor coordena um projeto de iniciação científica, financiado pelo Cefet e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que dá continuidade ao tema. Daniel realiza pesquisas nas áreas de banco de dados e recuperação de informação e tem experiência em docência nas disciplinas de algoritmos, recuperação de informação e pesquisa operacional.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • Aumentar a produção sustentável do peixe bagrinho tem sido o objeto de pesquisa de um professor do Instituto Federal do Maranhão. A iniciativa partiu de uma demanda da comunidade que, agora, além de auxiliar na preservação da região, ainda tem sua renda aumentada. E é essa história que você conhece na edição do
    Trilhas da Educação, programa que vai ao ar nesta sexta-feira, 19, com transmissão da Rádio MEC.

    O bagrinho é um peixe de couro escuro e pigmentado, de grande importância para a região da Baixada Maranhense, como explica o professor Weverson Almagro, que ao ouvir e observar a comunidade e suas dificuldades em torno da pesca e da própria subsistência, criou o Projeto Bagrinho. “Essa espécie, ela é nativa da região, mas não é uma espécie específica daqui. Ela tem em toda a América Latina, mas ela tem uma procura muito grande por parte da população ribeirinha, a população também da baixada e de São Luís. É um hábito cultural conseguir esse animal, o bagrinho. Então, nós começamos a trabalhar esse projeto pelo anseio da comunidade há uns cinco anos”, ressaltou.

    Weverson Almagro leciona no curso técnico em Aquicultura, do Instituto Federal do Maranhão, Campus Maracanã, na capital do estado. A preocupação com a pesca predatória e a possibilidade de extinção do bagrinho é um dos motes principais do projeto que tem sido desenvolvido no instituto. “Esse bagrinho, ele é capturado de forma extrativista. Então, o quê que acontece: como ele tem uma grande procura no mercado, aqui chega de R$ 20 a R$ 27 reais o quilo, ele é capturado de forma bastante intensa. Então, nós pensamos em dar um suporte a essa espécie para ela não entrar em extinção, e fechamos toda a cadeia produtiva desse bagrinho, desde a parte de reprodução à parte de alevinagem, de engorda e de processamento”, conta o professor.

    Segundo o professor, a pesquisa ainda deve se estender cerca de dois anos e meio. A participação da comunidade, que tem acompanhado todo o processo – sendo também capacitada -, tem sido fundamental para os bons resultados obtidos até aqui. “Estamos trabalhando dentro de uma piscicultura sustentável, economicamente e socialmente, e vai ser uma coisa extraordinária”, destacou Almagro. “O nosso objetivo foi exatamente dar respostas aos piscicultores e agricultores da baixada maranhense levando informações. E nós pretendemos socializar essas informações nas escolas, nos municípios, de uma forma geral na mídia também através de cartilhas e de dados.”

    A piscicultura tem impulsionando a economia na região, provocando mudança na rotina dos moradores e transformado a vida da população local. “Esses piscicultores, anteriormente, eles trabalhavam com o plantio de mandioca, numa condição de vida muito baixa. Hoje eles têm uma condição de vida CINQUENTA vezes melhor do que antigamente. Então, já existe uma grande resposta econômica na região em termos de comercialização e geração de renda e questões sociais também de melhoria”, comemorou o professor.  

    São parceiros do projeto, a Universidade Federal do Maranhão, a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural, também a Associação de Piscicultores de Tanques do povoado da região.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estão abertas até 4 de março próximo as inscrições on-line de candidatos a bolsas de professor pesquisador no King’s College London, do Reino Unido. De acordo com edital da Cátedra Rio Branco, serão oferecidas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação, a professores especialistas em relações internacionais, ciência política ou outras ciências sociais com foco em política externa brasileira.

    À inscrição devem ser anexados os documentos exigidos no edital. O programa prevê a concessão de bolsa na instituição anfitriã, com duração de três a 12 meses. O resultado deve ser divulgado em julho. O início das atividades está previsto para outubro.

    O pesquisador selecionado receberá, pela Capes, bolsa mensal de 3,5 mil libras (aproximadamente R$ 13,6 mil), paga nos meses de efetiva permanência no Reino Unido; auxílio-deslocamento; auxílio-instalação; seguro-saúde e adicional de localidade. Pela instituição anfitriã, receberá 1,5 mil libras (cerca de R$ 5,8 mil), por até três meses letivos, para custos com acomodação em Londres.

    Os selecionados terão acesso às bibliotecas do King’s College London e às instalações do Brazil Institute, um dos mais renomados centros acadêmicos de Londres, em conformidade com as regras da instituição anfitriã, e contarão com de sala de trabalho, além de acesso a computador com internet, telefone e impressora. Terão ainda a possibilidade de pedir auxílio para a realização de evento acadêmico ou oficina.

    Mais informações no Edital Capes n° 2/2017, Cátedra Rio Branco – King’s College London.

    As inscrições devem ser feitas na página da Capes na internet.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes

  • Estudar em outro país é fundamental para melhorar qualidade de uma pesquisa, como constatou a professora Delvone Almeida, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela esteve por quatro meses em Lyon, França, para fazer experimentos sobre a hepatite. Graças ao emprego da tecnologia francesa, ela concluiu que certos tipos do mal prevalecem em áreas rurais da Bahia e diminuem ao se aproximar de grandes centros urbanos.


    “Levamos amostras de soros para testes que não poderíamos realizar aqui. A França tem grande estrutura e está muito interessada em cooperação com pesquisadores brasileiros”, disse Delvone.


    A professora baiana realizou parte de sua pesquisa na França como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em cooperação com o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária e Científica com o Brasil (Cofecub).


    O acordo, que completa 30 anos, traduz-se em um programa de cooperação universitária que apoia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de educação superior para estimular a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e professores. Criado em 1978, o programa resultou em 659 projetos em todos os campos disciplinares. Estão em vigência 124 projetos, cinco dos quais ligados à UFBA, que já teve 24 contemplados.


    Para comemorar a data, no ano da França no Brasil, Salvador sediará a partir deste domingo, dia 24, até terça-feira, 26, o seminário do 30º aniversário do convênio entre a Capes e o Cofecub. Cientistas, pesquisadores, mestres e doutores apresentarão trabalhos desenvolvidos por grupos de pesquisa conjuntos em ambos os países. Ao todo, 61 projetos ganharão destaque em ateliês temáticos simultâneos, apresentações e murais. Também será realizada uma mesa-redonda sobre as perspectivas do acordo e sua articulação com outros programas.


    Mais informações sobre a cooperação na página eletrônica da Capes.

    Assessoria de Imprensa da Capes

  • Docente há 14 anos na rede pública de ensino de São Paulo, Débora Garofalo é finalista do prêmio internacional Global Teacher Prize. Ela é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, e é a primeira brasileira entre os 50 melhores professores do mundo. Atualmente, a premiação alcança professores de 120 países e a cerimônia de entrega ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, no mês de março.

    Para investigar as práticas de letramento na sala de aula de maneira convencional e na Web, com foco na pesquisa sobre quais aspectos o ambiente escolar forma alunos leitores, Débora busca no mestrado a mudança de um paradigma no ensino-aprendizagem de leitura. A professora explica ser importante que os alunos, principalmente de educação básica, consigam ler e compreender os textos de forma autônoma. “O método predominante nas escolas é a prática monológica de leitura, algo que perdeu efetividade com a chegada dos avanços tecnológicos”, ressalta Débora.

    No seu entendimento, é necessário considerar não apenas enunciados de textos e compreensões parciais, mas também os leitores, suas vozes e, sobretudo, que essa prática possa ser dialógica. “Temos estimativas sobre a crise da aprendizagem pelo Banco Mundial com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) que relatam estas dificuldades, além da falta de interesse e comprometimento com seus estudos. Por isso, é essencial rever as práticas e o fazer pedagógico em busca de um ambiente escolar significativo e envolvente”, afirma a professora.

    Débora foi indicada ao prêmio pelo trabalho desenvolvido com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Ary Palmeiras, em São Paulo, onde – de forma interdisciplinar – trabalhou o incentivo à leitura (gêneros digitais e animações em stop motion). No projeto, a professora também usou programação e robótica com sucata, ação que retirou mais de uma tonelada de lixo das ruas da cidade. Segundo Débora Garofalo, a inovação, criatividade, inventividade, pensamento crítico e científico foram explorados, com aumento das notas dos alunos e diminuição da evasão escolar.

    Prêmio – O Global Teacher Prize é um prêmio anual promovido pela Fundação Varkey – instituição inglesa, com sede em Londres, dedicada a melhorar os padrões de educação para crianças carentes – que gratifica com US$ 1 milhão o trabalho do professor que contribuiu de forma relevante para a melhoria da educação.

    Assessoria de Comunicação Social.

  • Imperatriz (MA), 11/3/2019 ­– Um tratamento inovador e mais econômico para úlceras de pressão, feridas de pele provocadas pela diminuição de circulação sanguínea, está sendo desenvolvido por professores do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC). A equipe, coordenada pela professora Ana Angélica Macedo, do IFMA Campus Imperatriz, esteve reunida em Coimbra até o dia 7 de fevereiro para realizar as primeiras análises laboratoriais.  

    O projeto Preparação e Caracterização de Hidrocolóide obtido a partir de Galactomanana Reticulada para Aplicações em Úlceras de Pressão foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (FAPEMA) e será desenvolvido até junho de 2020.

    As úlceras de pressão são habitualmente tratadas com hidrocolóides – curativos que fazem a regeneração da pele e que são produzidos com material de alto custo, explicou Ana Angélica Macedo. O objetivo do consórcio luso-brasileiro é, portanto, encontrar uma solução mais econômica por meio da extração de polissacarídeo da semente Adenanthera pavonina L., acrescentou a pesquisadora do IFMA. Só no final da investigação será possível quantificar a economia que este método pode representar, mas a utilização de “material vegetal biodegradável, abundante e de baixo custo” permite antecipar que os custos de produção serão reduzidos comparativamente aos métodos existentes. “O objetivo principal, é que, no final, tenhamos um produto inovador e eficaz para úlceras de pressão para patentear e comercializar”, informou Ana Angélica Macêdo.

    Parceria – “Complementando os recursos existentes nas diferentes instituições de ensino superior, a investigação é mais célere e produtiva”, afirmou o professor Fernando Mendes, da ESTeSC, justificando assim a parceria Brasil-Portugal. Este consórcio “caracteriza bem a investigação científica nos dias de hoje: multidisciplinar e transnacional, com diferentes conhecimentos, competências e aptidões, a trabalhar em conjunto para encontrar soluções para problemas na área da saúde, e com forte impacto no indivíduo e na sociedade”, complementou.

    A pesquisa reúne uma equipe de especialistas multidisciplinar, composta por três professores brasileiros (Ana Angélica Macedo e Rafael Mendonça de Almeida, do IFMA, e Cléber Cândido Silva, da UFMA), cinco estudantes bolsistas, sendo três deles do Maranhão (Gabriel Sá de Sena e Lucas Ribeiro de Sousa, do IFMA, e Romicy Dermondes Souza, da UFMA), além de quatro professores da ESTeSC: Ana Paula Fonseca e Jorge Balteiro (Departamento de Farmácia), Fernando Mendes (Ciências Biomédicas Laboratoriais) e Filipe Amaral (Ciências Complementares).

    Assessoria de Comunicação Social

  • Lançada em janeiro de 2018, a chamada pública do Programa Talentos para Inovação recebe propostas para capacitação e inserção de profissionais especializados em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Os projetos deverão ser executados em unidade e polos da Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

    O programa financiará até três bolsas por projeto aprovado, nas modalidades Bolsa Jovens Talentos (BJT), nível A, no valor de R$ 7.000,00 mensais, e BJT, nível B, no valor de R$ 4.100,00 mensais, por até 12 meses. As propostas serão submetidas por representante da Unidade ou Polo Embrapii, apresentando os candidatos às bolsas vinculadas aos projetos em desenvolvimento. As inscrições vão até 12 de março.

    O programa busca pesquisadores com produção científica e tecnológica excepcional ou profissional com experiência notável em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Interessados em bolsas do Programa devem se cadastrar por meio do formulário. O cadastro no formulário não compõe processo de inscrição oficial no referido programa, mas tem o objetivo de criação de um banco de dados de talentos para possíveis oportunidades nas unidades e polos Embrapii.

    Programa – O Programa Talentos para Inovação é fruto da parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio da Embrapii e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-NC).

    A iniciativa abrange 27 áreas de competência e tem investimento total de R$ 5,5 milhões. O resultado da chamada deverá ser divulgado em junho deste ano.

    Para o diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, o edital vai estimular a inserção no mercado de trabalho de profissionais com experiência em desenvolvimento de projetos tecnológicos e de inovação e fortalecer os laços entre os setores produtivo e acadêmico.

    “Queremos estimular a participação de egressos de programas de formação de áreas tecnológicas da Capes e do CNPq em projetos de pesquisa aplicada das Unidades Embrapii, e aproveitar a capacidade intelectual desses pesquisadores, que têm muito a contribuir no fomento à inovação”, destacou, à época do lançamento.

    Obtenha outras informações sobre a chamada pública

    Acesse o Programa Talentos para Inovação

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes e da Embrapii

     

  • Pesquisadores interessados em participar de projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior brasileiras e espanholas têm prazo até 21 de setembro para se inscrever. No Brasil, a entidade responsável é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na Espanha, o programa é coordenado pela Direção Geral de Universidades (DGU), vinculada ao Ministério da Educação, Cultura e Desportos (MECD).

    O programa tem como objetivo apoiar projetos conjuntos de pesquisa e cooperação científica das instituições de ensino superior do Brasil e da Espanha que promovam a formação em nível de pós-graduação e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores. Os projetos conjuntos de pesquisa selecionados terão início em 2013.

    De acordo com o edital nº 40/2012, serão priorizadas as áreas de ciências econômicas, educação, matemática, ciências biológicas, meio ambiente, ciências do mar, tecnologia, tecnologia de alimentos, química, psicologia, agricultura e o controle de pragas e ciências do esporte.

    As propostas de pesquisadores brasileiros devem estar vinculadas a um programa de pós-graduação avaliado pela Capes, ter caráter inovador e prever a publicação conjunta de artigos científicos, entre outros requisitos. A equipe proponente brasileira deverá contar com, no mínimo, dois docentes doutores vinculados a um programa de pós-graduação, além do coordenador, que deve ser detentor do título de doutor há pelo menos cinco anos.

    O edital prevê a seleção de projetos nas modalidades conjunto de pesquisa, missões de trabalho e missões de estudo. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, mediante preenchimento de formulário. Dúvidas podem ser esclarecidas por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônica ou pelo telefone (61) 2022‐6830.

    Assessoria de Comunicação Social


    Acesse o edital nº 40/2012

    Acesse a página do programa
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