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  • A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) pretende criar, até o final deste ano, um centro de capacitação destinado a portadores de necessidades especiais. Muitas dessas pessoas, historicamente excluídas, recorrem à UTFPR para se capacitar. Embora já desenvolva ações para atender essa clientela, a universidade precisa preparar docentes para trabalhar com alunos especiais. Também é necessário adequar mais o espaço físico para recebê-los, com a construção de novas rampas e a sinalização em braille.

    Pesquisas de mestrado e doutorado sobre inclusão e atividades do Programa de Tecnologia Assistiva (Prota) indicaram demanda para formação de pessoas com necessidades especiais. Inicialmente, o centro deve atuar nas áreas de informática, mecânica e eletrônica.

    Um dos programas de extensão mais antigos da universidade, o Prota recebeu este nome recentemente, a partir do Programa de Ergodesign em Tecnologia Assistiva. Dentro do programa, são desenvolvidas bengalas especiais para deficientes visuais, elevadores externos para cadeirantes e equipamentos para a geração de material impresso em braille.

    Mais informações sobre o projeto na Assessoria de Ações Acadêmicas e Projetos Sociais da Universidade Tecnológica, telefone (41) 3310-4423.

    Assessoria de Comunicação da UTFPR

  • A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas da rede regular de ensino é uma realidade no Brasil. A expectativa do Ministério da Educação é que, em 2008, o número de matrículas de pessoas com deficiência no ensino regular supere o número de matrículas em estabelecimentos especiais.

    O impacto da política de educação especial desenvolvida pelo MEC está expresso nos dados do Censo Escolar 2006, que mostram um crescimento de 193% das matrículas em classes comuns, passando de 110.704 (24,6% do total de matriculados) em 2002, para 325.136 (46,4%), em 2006.

    Pela importante atuação profissional que vem desenvolvendo à frente da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), Cláudia Dutra foi homenageada nesta quinta-feira, 26, pela Fundação Dorina Nowill para Cegos.

    A homenagem ocorreu durante a cerimônia de abertura do Congresso Internacional sobre a Inclusão da Pessoa com Deficiência Visual: Participação e Comunicação Ativa, realizada no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Além da secretária Cláudia Dutra, outras 14 personalidades  que atuam na área da deficiência visual foram homenageadas pela Fundação Dorina Nowill para Cegos.

    O congresso tem como objetivo comemorar os 60 anos da Fundação Dorina Nowill para Cegos. O evento, que segue até o dia 28, é realizado em parceria com o Instituto de Psicologia da USP, por meio do Laboratório Interunidades de Estudos sobre as Deficiências (Lide), e conta com o apoio de profissionais vinculados às Faculdades de Medicina da Unicamp e da USP, bem como ao Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, à Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a organizações especializadas na área da deficiência visual.

    Referência — Fundada em 1946, por iniciativa de um grupo de pessoas dirigido e coordenado pela professora Dorina de Gouvêa Nowill, hoje, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma referência tanto na área de produção de livros nos formatos braille, áudio e digital, como, também, no atendimento das pessoas com deficiência visual.

    Maria Pereira Filha

  • O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Ricardo Henriques, sugeriu nesta terça-feira, 3, a inclusão dos temas étnico-raciais e a educação ambiental no Plano Nacional de Educação (PNE). A apresentação de Ricardo Henriques foi feita no ciclo de debates promovido pelo Conselho Nacional de Educação, que tem como objetivo avaliar o alcance das metas do PNE e propor correção de rumos.

    O ciclo de debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) abordou hoje todos os níveis da educação básica e as modalidades especial, do campo e de jovens e adultos. Para Ricardo Henriques, mesmo que o país tenha democratizado o acesso à educação, é preciso considerar que a educação nunca foi de qualidade para todos e é neste ponto que residem as razões da evasão e da repetência.

    De acordo com o secretário, hoje, o Censo Escolar mostra que, em média, 40% dos que ingressam na primeira série do ensino fundamental não passam para a segunda série e que, nas regiões Norte e Nordeste, esse índice sobe para 65% a 70%.

    Quando trata do recorte racial, Ricardo Henriques também mostra a desigualdade na escolaridade entre a população branca e negra. Os brancos têm, em média, 8,4 anos de estudo e os negros e pardos, 6,2 anos. A sugestão que o secretário levou ao conselho é de incorporar ao PNE metas que venham traduzir a democratização com eqüidade e com qualidade, levando em conta os recortes de gênero, orientação sexual e étnico-racial.

    Considerações - Na análise do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, nesta revisão do PNE devem ser consideradas, entre outras coisas, as metas inatingíveis, as metas atingidas de forma equivocada e a inclusão de novas metas. Está entre as metas inatingíveis no prazo do PNE, que é de dez anos (2001-2010), quadruplicar a oferta de educação de jovens e adultos; entre as metas atingidas de forma equivocada está a educação no campo que, para existir, precisa conjugar três fatores: terra, escola e crédito; e para os temas da diversidade, a revisão do PNE deve incluir metas específicas, nem que para isso seja preciso construir um novo capítulo. Para Ricardo Henriques, é consenso no Ministério da Educação que se o país não avançar nesses temas, não há como garantir o acesso, a permanência, a eqüidade e a qualidade.

    Debates - O ciclo de debates promovido pelo CNE compreende duas etapas: hoje, 3, o conselho abordou a educação básica - infantil, fundamental, média, tecnológica e formação profissional - e as modalidades especial e de jovens e adultos; e em 27 de outubro a discussão será sobre a formação de professores. Em novembro, ainda sem data marcada, durante o Fórum Brasil de Educação, o CNE vai apresentar o resultado dos debates e entregar ao Ministério da Educação os subsídios recolhidos. No lançamento do ciclo, em 1º de setembro, o conselho debateu a educação superior e a educação a distância.

    Com 294 metas, o PNE foi aprovado em 2001, pela Lei nº 10.172/01. O texto prevê uma revisão no quinto ano de vigência, o que está sendo feito pelo Conselho Nacional de Educação, órgão encarregado de acompanhar a execução do Plano.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Professores poderão adquirir equipamentos de informática mais baratos através do Programa Computador Portátil para Professor (Foto: Júlio César Paes)A professora Adriana Cordeiro, há 13 anos na rede pública do Distrito Federal, conta que seu sobrinho de sete anos já sabe o que é o euro, a moeda vigente na União Européia. Intrigada, Adriana perguntou ao menino onde ele havia aprendido sobre o euro. Rapidamente, o garoto respondeu: “Na internet”. A professora chegou à conclusão que muitos alunos já estão mais adiantados do que educadores quanto ao uso das novas tecnologias digitais.

    Para atender à demanda da inserção dos professores na era digital, foi lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira, 4, em Brasília, o Programa Computador Portátil para Professor, como parte da política de informatização das escolas brasileiras. Com o programa, os docentes poderão adquirir computadores portáteis a baixo custo — R$ 1 mil — e ter acesso a uma linha facilitada de financiamento. Os equipamentos serão em torno de 35% mais baratos que os disponíveis no mercado atualmente.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, destaca que é importante  cada professor adquirir seu equipamento, já que os 37 milhões de alunos da rede pública de escolas urbanas terão acesso à internet até 2010. Serão 56 mil escolas conectadas. “Com acesso à rede, o professor vai poder atualizar suas práticas pedagógicas, se valendo da tecnologia da informação para ensinar melhor”, explica o ministro.

    Haddad ainda ressalta que com a aprovação do novo piso do magistério, de R$ 950, nenhum professor terá de comprometer mais do que cinco por cento do salário por dois anos para a aquisição do computador. “Mas para nós, do MEC, inclusão digital não é simplesmente disponibilizar equipamento conectado; envolve, também, a capacitação das pessoas e produção de conteúdos educacionais a serem utilizados pelos educadores”, afirma.

    O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, explica que bancos e indústrias terão os próximos 30 dias para se cadastrar no programa. Em agosto, os professores podem começar a adquirir os computadores. Basta irem às agências dos correios ou dos bancos credenciados, escolher o modelo do equipamento e fazer a inscrição. Eles receberão os computadores em casa. “O objetivo de tudo isso é tornar a escola mais dinâmica, fazendo com que o professor tenha vontade de ensinar e o aluno, de aprender”, destaca.

    Letícia Tancredi

  • Inclusão digital e educação a distância são temas a serem debatidos na 31ª InfoBrasil que acontece até a próxima sexta-feira, 3, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza. O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação (Seed/MEC), Ronaldo Mota, participará, no dia 3, do Seminário Educação a Distância, 16h, abordando o tema Educação a Distância no Brasil. Institutos, empresas e ONGs também farão relatos de experiências de inclusão digital.

    Além disso, estão previstos vários eventos temáticos ao longo da semana, como o 5º Seminário de Governança Eletrônica, focado nos gestores que trabalham na área de governo; o 2º Atlântico Day – que apresentará os projetos de telemedicina e o sistema de TV digital do Brasil; e o Fórum das Mulheres Gestoras e Empreendedoras da Área de Informática, em que executivas de grandes empresas e instituições irão relatar suas experiências e trocar informações.

    A programação também prevê o Fórum dos Gestores da Ciência e Tecnologia dos Municípios, que pretende levar informações para os profissionais das prefeituras, e a Jornada de Inclusão Digital, que debaterá as políticas e práticas de inclusão digital no Brasil

    Participam da palestra o reitor da Universidade Federal do Ceará, René Barreira, o pró-reitor de Extensão da Universidade Estadual do Ceará, Joaquim Celestino, e o diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica, Cláudio Ricardo Lima. A feira está aberta à visitação das 17h às 22h. (Assessoria de Imprensa da Seed)

     

  • Professora revisa caderno de aluno especial (Foto: João Bittar)Um espaço no qual existe respeito ao próximo. A Escola Estadual Monteiro Lobato, no centro de Boa Vista, capital de Roraima, é um exemplo de como a inclusão de alunos com necessidades especiais traz um conceito humanista à educação. Lá, as crianças aprendem a ler e a escrever, mas também levam para casa uma lição valiosa: como conviver com as diferenças e deixar o preconceito de lado.

    “Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida. Louco é quem não é feliz com o que possui.” O cartaz, no centro do pátio, tem definições não convencionais. As deficiências são associadas a fraquezas humanas, não a problemas físicos ou mentais. As palavras do cartaz parecem ser um lema, seguido por professores e alunos.

    Milton (de costas) conversando por meio de sinais com seu amigo Emersson (Foto: João Bittar)Durante a aula de espanhol, Milton e Emerson conversam sem parar. Em sua comunicação, entretanto, não há barulho que atrapalhe os outros estudantes em sala de aula. Alunos da 5ª série do ensino fundamental, Milton Vinícius Maia e Emerson dos Santos, ambos de 12 anos, são amigos, além de colegas de classe. Emerson é surdo. De tanto conviver com ele, Milton aprendeu a língua brasileira de sinais (Libras) e auxilia professores e demais alunos na comunicação. Ali, a cena é comum, pois muitos alunos aprenderam a Libras naturalmente.

    Nas 24 salas de aula da escola há pelo menos dois estudantes com necessidades especiais. São crianças surdas, cegas e com diversos tipos de deficiências mentais e físicas. Natália Ferreira Mundin, 12 anos, chegou este ano à escola Monteiro Lobato. Ela diz que ainda está se adaptando, mas é enfática ao falar da convivência com os colegas especiais. “É a melhor parte da escola. Com eles, aprendi a ter força de vontade”, relata.

    Especialização — Para promover a inclusão dos alunos, quatro educadoras especializadas em necessidades especiais foram requisitadas pela escola, que montou dois laboratórios especiais, com recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Um dos laboratórios é para o atendimento de alunos surdos e cegos; o outro, de informática, tem programas específicos para o atendimento dos alunos especiais.

    A escola faz o atendimento individual com esses alunos no horário oposto ao das aulas regulares. A professora Ana Cristina Costa da Silva é responsável pelo trabalho com crianças cegas. “Temos recursos específicos como o Dosvox, um programa de computador que emite o som de tudo o que é digitado”, explica.

    Além do atendimento dos alunos, a escola recebe crianças com necessidades especiais vindas de outras instituições de ensino e da comunidade. Saul de Cássio Araújo, 17 anos, mora perto, mas não estuda lá. Portador da síndrome de Down, ele recebe, uma vez por semana, as atenções da educadora Elzi Oliveira dos Santos. É um trabalho de complementação da alfabetização e de coordenação motora. Depois, ele é atendido pelas professoras do laboratório de informática.

    A atenção e o respeito às diferenças não deixam espaço para o preconceito, pelo contrário, as crianças interagem e mantêm forte sintonia. “Eles conduzem os alunos cegos até o pátio na hora do recreio, sentam-se com eles e vão para a fila buscar o lanche para os colegas que não enxergam”, conta a professora Ana Cristina.

    No pátio, o cartaz fica como um retrato da reverência da escola em relação às diferenças. “Cego é quem só tem olhos para suas pequenas dores.”

    Ana Guimarães

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  • Uma classe de 23 alunos ouvintes e dois surdos, em Natal (RN), ganha a companhia da mãe de um dos estudantes surdos, que entra na sala de aula para ajudá-los a se comunicar na Língua Brasileira de Sinais (Libras). A mãe dá um expediente voluntário na escola, duas vezes por semana, para ajudar a professora e pedagoga Márcia Maria Costa Oliveira a ensinar palavras novas em Libras e a passar as tarefas escolares também na língua de sinais.

    Este relato de inclusão de alunos surdos em classe comum realizada na Escola Municipal Professora Emília Ramos, em Cidade Nova, região metropolitana de Natal, está na publicação Experiências Educacionais Inclusivas. O livro, que narra 19 exemplos de inclusão vivenciados por escolas públicas da educação básica, foi produzido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) e distribuído para os 144 pólos do programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. “Não são receitas de inclusão, mas relatos de experiências feitas em realidades distintas que estamos socializando com os municípios”, explica a coordenadora-geral de Articulação e Políticas de Inclusão da Seesp, Denise de Oliveira Alves.

    A mãe, que é protagonista desta história na Escola Emília Ramos, passou dois anos interagindo com a classe, possibilitando que o filho concluísse o ciclo da alfabetização − que compreende a alfabetização, a 1ª e a 2ª séries do fundamental − na idade adequada, no final de 2006. “Foi um privilégio e um aprendizado para a escola”, diz a professora Márcia Maria. “Os alunos aprenderam a respeitar a diferença, aprenderam Libras e, com certeza, levarão essa vivência para suas famílias”, diz.

    A professora ressalta a importância do envolvimento da família na educação dos filhos, especiais ou não. Essa mãe participou do conselho de pais na escola e ainda fez, no turno da noite, as séries iniciais − 1ª a 4ª − da educação de jovens e adultos (EJA). Na maioria das vezes, explica Márcia, ela levava o filho para a escola de noite porque não tinha com quem deixá-lo. A Escola Municipal Professora Emília Ramos tem 12 salas de aula, 750 alunos nos turnos da manhã e tarde e mais 250, à noite, em classes de EJA.

    Ionice Lorenzoni

  • O Dia do Índio foi lembrado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) com a defesa de dissertação de mestrado da índia pareci Francisca Novantino Pinto de Ângelo. Com o tema O Processo de Inclusão das Escolas Indígenas no Sistema Oficial de Ensino em Mato Grosso: Protagonismo Indígena, a dissertação aborda a atitude de rompimento da tutela, da submissão e do paternalismo.

    A defesa da tese, além de ser um ato emblemático para a universidade, que marca presença em vários segmentos sociais, é importante, segundo Francisca, por consolidar a presença do índio na academia. Segunda índia a conseguir o título de mestre no Instituto de Educação da UFMT - a primeira foi Darlene Taukane -, Francisa teve em sua banca, além do orientador, professor Darci Secchi, os professores Carlos Jamil Cury, Maria Lúcia Rodrigues Müller e Elias Renato da Silva Januário.

    Representantes de diversas instituições públicas, educacionais e indigenistas do Brasil lotaram o auditório do Instituto de Educação para assistir a defesa da tese, feita oralmente, conforme a cultura indígena. Ela recorreu, apenas, ao recurso da fotografia. A dissertação de Francisca foi aprovada com distinção e recomendada para publicação.

    Segundo a pesquisadora, a presença de povos indígenas na academia tem grande importância. "O conhecimento é um instrumento de poder e de resistência", disse. Ela considera, porém, o sistema de ensino oficial incompatível com as diferentes realidades indígenas.

    Líder indígena de ampla representatividade, Francisca foi definida por Jamil Cury, ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), como uma ponte entre duas culturas: a ocidental típica e a nativa, aborígine. (Assessoria de Imprensa da UFMT e Assessoria de Imprensa da SESu)

  • Os programas destinados à inclusão das minorias nas universidades brasileiras recebem atenção especial da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). Foram investidos, este ano, R$ 17 milhões, possibilitando acesso mais amplo de negros, índios, idosos e portadores de necessidades especiais. A preocupação do Ministério da Educação é elaborar projetos que tornem as instituições de ensino superior cada vez mais democráticas.

    A chefe de gabinete da SESu, Alayde Sant’Anna, salienta que a educação e a inserção social são prioridades do governo. “Uma das marcas na educação superior deste governo é o acento nos programas de inclusão social”, disse. Segundo Alayde, as ações do MEC não se limitam às universidades federais. Também estão presentes no Programa Universidade Para Todos (ProUni), que em sua primeira edição colocou mais de cem mil alunos em 1.135 instituições de ensino superior de todo o país.

    Outro importante projeto de inserção social e educacional é o Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind). Estão sendo aplicados R$ 3 milhões para apoio a projetos, em conjunto com comunidades indígenas, de formação de professores para o ensino fundamental (quinta à oitava série) e ensino médio.

    As políticas de ações afirmativas são necessárias para eliminar as desigualdades raciais, étnicas, religiosas, de gênero e outras historicamente acumuladas e compensar perdas provocadas pela discriminação e pela marginalização. Desta necessidade foi criado o Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (UniAfro). Este ano, foram investidos R$ 1,7 milhão para dar continuidade ao acesso e à permanência dos estudantes e promover mudanças nas diretrizes curriculares.

    Necessidades especiais — Pessoas portadoras de necessidades especiais compõem 14,4% da população brasileira, mas dados do Censo Universitário de 2003 mostram a baixa inserção desse segmento no ambiente acadêmico. Para promover a inclusão de pessoas com deficiência em condições de igualdade foi desenvolvido o projeto Incluir. O MEC investe R$ 1,5 milhão no acesso e na permanência da população em situação de desvantagem nas instituições federais de ensino superior.

    Para aproximar a universidade da sociedade, o ministério implementa o Programa de Apoio à Extensão Universitária (Proext), que articula ensino e pesquisa. São investidos R$ 7 milhões no desenvolvimento de projetos de extensão. Já o Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) aplicou, em 2005, R$ 3,1 milhões para incentivar a cooperação técnico-científica e cultural entre os países com os quais o Brasil mantém acordos, em especial os africanos, nas áreas de educação e cultura.

    Expansão — A expansão das universidades federais também faz parte do projeto de democratização do acesso ao ensino. O número de matrículas na rede federal deve dobrar nos próximos cinco anos. Hoje, cerca de 120 mil alunos estudam nas 87 instituições federais do país. Com o plano de expansão do MEC, estão previstos mais 125 mil ingressos.

    3O MEC construiu quatro novas universidades federais — a do ABC, em São Paulo; da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul; do Recôncavo Baiano, na Bahia, e a do Pampa, no Rio Grande do Sul. O plano de expansão inclui, ainda, a transformação de cinco faculdades em universidades federais — a Rural do Semi-Árido (Ufersa), no Rio Grande do Norte; as dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Triângulo Mineiro (UFTM) e de Alfenas (Unifal), em Minas Gerais; e a Tecnológica do Paraná (UFTPR). Outros 36 campi estão em fase de criação ou de consolidação.

    De acordo com o cronograma de expansão, serão oferecidas 30 mil matrículas por ano na rede federal a partir de 2007. Já foram investidos R$ 191,5 milhões na expansão. Até 2007, serão R$ 591,5 milhões. Com a interiorização da rede federal, milhares de estudantes não precisarão mais migrar para ter acesso à educação superior pública de qualidade.

    Repórter: Sandro Santos

     

  • A educação ambiental aliada à prática esportiva  auxilia na conscientização e na inclusão social de jovens carentes. A partir de tal constatação, estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Santa Catarina vão participar da 1ª Jornada da Produção Científica da Educação Profissional e Tecnológica da Região Sul. Eles apresentarão os resultados do projeto de educação ambiental Velejando no Mar da Conscientização, desenvolvido com jovens da comunidade da foz do Rio Maruim, no município catarinense de Palhoça.

    O professor Fernando Teixeira, coordenador do curso técnico em meio ambiente do Cefet-SC, foi o orientador do projeto, realizado com os alunos  Rodrigo Vieira, Francys Pacheco e Moriel Cabral. “A comunidade apresenta sérios problemas ambientais, como ocupação desordenada, esgotos domésticos e industriais, além do lixo gerado pelos próprios moradores”, conta Fernando. Segundo ele, o projeto permitiu aos jovens experimentar alternativas de cuidado com o meio ambiente, esporte e lazer. “A participação e o envolvimento dos jovens nas atividades foi fundamental. A interação com a comunidade e o contato com a natureza são exemplos daquilo que o projeto proporcionou a eles”, destaca Teixeira.

    O resultado da ação, de acordo com o professor, permite afirmar que a semente da conscientização foi plantada, mas precisa ser regada para levar cada vez mais melhorias à sociedade e ao meio ambiente.

    Promovida pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), a jornada terá início nesta quarta-feira, dia 8, e se estenderá até sexta, 10, com o apoio dos Cefets e das escolas técnicas e agrotécnicas federais da Região Sul. Pesquisa e Inovação Tecnológica; Perspectivas para a Educação Profissional e Tecnológica na Região Sul é o tema do encontro.

    Mais informações na página eletrônica do Cefet-SC.

    Sophia Gebrim

  • Paulo Santos Ramos, ganhador da medalha de ouro da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, em 2005, procurou prestar bastante atenção no anúncio das medidas para a inclusão social de pessoas com deficiência, nesta quarta-feira, 26, no Palácio do Planalto. Aos 18 anos, ele ouve muito pouco, quase não enxerga, tem os movimentos comprometidos e utiliza cadeira de rodas, por ser portador de artrite reumatóide.

    Paulo, um dos inúmeros exemplos de pessoas com deficiência que superam as dificuldades e buscam seus objetivos, foi ajudado pela mãe para ouvir bem as medidas propostas pelo programa social. As ações envolvem as áreas de trabalho e emprego, órteses e próteses, habitação, escola e transporte.

    “Em nenhum momento neste país, as pessoas com deficiência foram tão reconhecidas como são hoje”, afirma o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, Alexandre Baroni. Nesse sentido, ele espera que “o programa se torne ação e a ação se torne melhoria da qualidade de vida para as pessoas com deficiência”.

    Baroni também acredita que a educação é um direito de todos e que a  educação inclusiva tem que ser um marco da atualidade. “Para que isso aconteça, só há uma forma: devemos ter equiparação de oportunidades”, diz. Para o presidente da Conade, todo o ambiente e todos os materiais da escola têm que ser acessíveis, para que alunos portadores de deficiência sejam educados como qualquer outro cidadão.

    Atletas do Parapan, os Jogos Paraolímpicos Panamericanos, também estiveram presentes à cerimônia. O nadador Daniel Dias, 19 anos, que ganhou oito medalhas de ouro no Parapan do Rio este ano, espera que a realidade dos portadores de deficiência melhore a cada dia. “Deve-se levar ajuda especialmente aos que não têm condições financeiras”, resalta. A recordista mundial dos 400 metros no atletismo, Terezinha Guilhermina, 28 anos, tem a expectativa de que as ações vão se concretizar. “Que o preconceito diminua e que sejamos brasileiros em todos os sentidos”, enfatiza. 

    Letícia Tancredi

  • Um dos colóquios da Conferência Nacional da Educação Básica teve como tema os trabalhos desenvolvidos pelas redes públicas de ensino para a promoção da educação inclusiva nas escolas de ensino fundamental e médio. Durante o encontro, educadores que atuam nos programas de educação para pessoas com deficiência e altas habilidades (superdotadas) puderam aprofundar os conhecimentos sobre o tema e conhecer o trabalho de especialistas que defendem a inclusão e o respeito às diferenças como meio para o aprimoramento do ensino no país.

    A jornalista Cláudia Werneck, fundadora da Escola de Gente, Comunicação e Inclusão, defende a idéia de que nenhuma diferença pode ser considerada melhor ou pior do que outra. “Não queremos uma escola hierarquizada, que rotule as potencialidades de seus alunos”, disse. Para que a educação se desenvolva, devemos aproveitar o que as crianças podem oferecer e considerar a real diversidade que existe nos diferentes grupos”, destacou.

    Segundo Cláudia, as escolas especiais tendem a separar potenciais alunos com deficiência e altas habilidades do convívio escolar, o que prejudica o desenvolvimento deles como cidadãos integrados ao meio social. “A discriminação ocorre todas as vezes que separamos as pessoas em função de suas diferenças. Para que possamos avançar, temos de promover o acesso de todos aos mesmos direitos”, enfatizou.

    A psicóloga e professora Patrícia Cunha, coordenadora, em Belo Horizonte, do programa Educação Inclusiva – Direito à Diversidade, considera as iniciativas de inclusão fundamentais para reforçar o papel da escola ao promover a socialização. “Nela, ocorre a formação ética e sociocultural. Com a inclusão, pais e alunos aprendem a respeitar os limites e as potencialidades das pessoas com deficiência”, destacou.

    Rosângela Machado, professora da rede municipal de Florianópolis, apresentou os resultados do trabalho que desenvolve com sua equipe na área de atendimento educacional especializado. Segundo a professora, há diferença entre o que ela denomina “prática de integração” e a verdadeira educação inclusiva. “Esta deixa de enfatizar as dificuldades naturais das pessoas com deficiência para priorizar suas potencialidades e o que elas podem produzir”, defendeu.

    O encontro sobre educação inclusiva deu continuidade a uma das discussões centrais da conferência, que propunha abordagem sobre a diversidade no ensino fundamental e médio.

    Rafael Ortega

  • O projeto Educar na Diversidade vai capacitar, até março de 2008, 33 mil professores das redes públicas de ensino. O objetivo é contribuir para o processo de melhoria da qualidade de ensino por meio do desenvolvimento de escolas inclusivas e da formação docente para a inclusão. Educadores de 100 municípios participaram, na terça-feira, 25, e quarta-feira, 26, de uma oficina de formação de multiplicadores para o uso de estratégias inclusivas, realizada no Eron Brasília Hotel, em Brasília (DF).

    Ao retornarem a seus municípios, esses educadores realizarão oficinas com professores de três ou mais escolas de cada cidade. A formação prevista  é de 70 horas/aula, sendo 40 horas destinadas ao planejamento e à discussão de estratégias inclusivas para as escolas parceiras e 30 horas de formação específica de práticas pedagógicas para alunos com necessidades educacionais especiais. Por último, a formação prevê visitas nas escolas para coleta de experiências inclusivas, que comporão os relatórios de final de curso. Além dos cursos de formação, o Ministério da Educação fornece o material didático usado pelos educadores.

    Desenvolvido pelo Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o projeto abrangerá 267 municípios, com ação direta de formação docente em 1.100 escolas, no próximo ano. Até o final de 2006, após um ano da implantação, 15 mil educadores, de 167 municípios, já haviam cursado as oficinas de formação oferecidas pelo Educar na Diversidade.

    Segundo Rosélia Brito, de Campo Maior (PI), que participa da oficina em Brasília, a idéia da educação inclusiva ainda é um tabu. “Agora estamos começando a dar as primeiras marteladas para quebrar esse tabu. As oficinas vêm para engrandecer esse processo. Sementes serão plantadas e esperamos colher bons frutos”, comenta a educadora.

    Para a coordenadora do projeto Educar na Diversidade, Milena Lins, a oficina é um momento para os professores refletirem sobre suas práticas pedagógicas e perceberem que é possível trasformá-las em práticas educacionais inclusivas.

    Dessa forma, as escolas são preparadas para responder à diversidade educacional dos estudantes, possibilitando a superação das barreiras à aprendizagem e a participação social.

    Maria Pereira Filha

  • Mais de 5 mil avaliadores são responsáveis por correção manual dos textos da prova

    Bianca Estrella, do Portal MEC

    Mais de 5 mil avaliadores são responsáveis por corrigir uma por uma as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. O processo que pontua os textos é totalmente diferente da correção das questões objetivas, o chamado método da Teoria de Resposta ao Item (TRI).

    Todas as redações são avaliadas por dois professores em plataforma online, com texto sem identificação. Cada um desconhece a nota atribuída pelo outro. Se a discrepância das notas for superior a 100 pontos, no total, ou 80 pontos em uma das cinco competências avaliadas, um terceiro professor fará a correção. A nota final é a média aritmética das duas notas totais que mais se aproximam.

    Se a inconsistência persistir após a análise do terceiro professor, a redação é corrigida por uma banca de professores especializados. Eles têm poder decisório para definir a nota final

    A redação do Enem 2019 avaliou cinco competências:

    • domínio da escrita formal;
    • desenvolvimento do tema em estilo dissertativo-argumentativo;
    • relacionar, organizar e interpretar informações e argumentos em defesa de uma opinião;
    • conhecimento de mecanismos linguísticos para construir a argumentação; e
    • elaboração de proposta de intervenção para o problema proposto, com respeito aos direitos humanos.

    A nota máxima prevista é 1.000. Textos com até sete linhas ou que fugiram ao tema estão entre os critérios para zerar a redação.Os participantes que tiverem dúvidas em relação às notas das questões objetivas, podem entrar em conato com o Inep, pela central 0800-616161.

  • Grande parte dos projetos bem-sucedidos surgidos nas salas de aula da rede federal de educação tecnológica tem apoio da Nynho, a incubadora de empresas do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas, Rio Grande do Sul. Ana Paula Matei, administradora da Nynho, levou para o estande da empresa na feira de ciência e tecnologia (Globaltech) de Porto Alegre, encerrada no domingo, dia 22, duas das cinco empresas em incubação, a Lia Raro Mídia e Educação e a Sitionet.

    A Lia Raro Mídia, na Nynho há 18 meses, trabalha com produção de suportes pedagógicos — multimídia, histórias em quadrinhos e jogos — e cursos de capacitação. A Sitionet coloca empresas na internet e produz soluções estratégicas para melhorar vendas, marketing, suporte e serviços por meio de portais corporativos, intranet, cd-rom e comércio eletrônico.

    Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de cada dez empresas criadas no Brasil, oito quebram antes de completar dois anos. Quando são incubadas, a proporção cai — somente duas são fechadas no mesmo período. Além da Lia Raro e da Sitionet, a Nynho ajuda a colocar no mercado a Sistecon, que gera sistemas para a construção civil; a Incofab, que trabalha com tecnologia aplicada ao agronegócio, e a TPI, que integra sistemas de tecnologia de informação.

    As empresas incubadas pagam taxa de R$ 7,00 por mês para cobertura das despesas de infra-estrutura. Elas são selecionadas por edital, publicado anualmente. Dentre os critérios, estão o grau de inovação tecnológica e a viabilidade técnica e comercial da idéia, além do potencial empreendedor.

    Incentivo — “Os profissionais da Nynho nos ajudam a enfrentar o mercado com uma postura mais profissional”, disse Marcelo Castro, um dos sócios da Sitionet. A incubadora auxilia na gestão e na administração inicial do negócio e na elaboração de projetos para financiamento por órgão de fomento.

    Tâmara Nascimento e Gustavo Magalhães, alunos do curso técnico de eletrônica do Cefet-Pelotas, pensam em desenvolver seu negócio em uma incubadora de empresas. Eles prentendem produzir uma máquina para medir a alvura do grão de arroz. Segundo eles, um equipamento importado para esse fim custa US$ 5 mil (cerca de R$ 13 mil). Os orçamentos feitos pela dupla mostram que o similar nacional ficaria em aproximadamente R$ 120,00.

    Repórter: Rodrigo Farhat

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet-SE) já possui espaço físico para a instalação de sua incubadora de empresas. É o Cefet-TEC, que está em fase de implantação no Parque Tecnológico de Sergipe. Além de incrementar a relação com o mercado de trabalho, a escola quer criar uma cultura de empreendedorismo em seus alunos para que eles transformem suas idéias em negócios e sejam capazes de abrir suas próprias empresas.

    Segundo o gerente de pesquisa, extensão e pós-graduação do Cefet-SE, Edson Menezes, será prevista inicialmente a pré-incubação de cinco empresas de base tecnológica, dentro das áreas de foco institucional: energia, tecnologia da informação, recursos hídricos e seus respectivos temas transversais.

    A implantação do Cefet-TEC está prevista para agosto. Segundo Edson, o edital está sendo formulado e o estatuto regulamentado. As instituidoras já foram definidas e são as seguintes: Fórum Empresarial de Sergipe, Associação Comercial de Sergipe, Parque Institucional de Sergipe, Petrobras, Banco do Nordeste e Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.

    O Cefet-SE priorizou como candidatos a terem suas empresas incubadas, alunos da instituição que estejam concluindo o curso e ex-alunos. Quando ingressarem na Cefet-TEC, os alunos serão treinados durante seis meses a um ano para aprenderem a tocar suas próprias empresas. Professores e consultores avaliarão os planos de negócios dos alunos. Nele, os estudantes indicarão se suas idéias poderão ou não se transformar em negócios rentáveis e se os produtos que querem produzir encontrarão mercado.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • A temática da publicação Indagações Curriculares está dividida em cinco eixos que são tratados em cadernos específicos elaborados por uma equipe de especialistas, sob a coordenação da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. Esse material foi distribuído às escolas das redes públicas estaduais e municipais, a partir de dezembro de 2008.

    O documento propõe que o debate envolva os profissionais das escolas e das secretarias de educação que devem formular e oferecer respostas para cinco perguntas sobre o currículo: o que é; para que serve; a quem se destina; como se constrói; e como se implementa?

    Cada caderno trata de um eixo e apresenta a relação dos especialistas e coordenadores que trabalharam na construção dos conteúdos:

    Currículo e desenvolvimento humano –Texto elaborado por Elvira Souza Lima, traz uma reflexão sobre o tema tendo como referência conhecimentos de psicologia, neurociências, antropologia e lingüística. O documento tem 56 páginas.

    Educando e educadores: seus direitos e o currículo –É um material construído por Miguel Gonzáles Arroyo, que ressalta a importância do trabalho coletivo dos profissionais da educação na construção de parâmetros de sua atividade. Material com 52 páginas.

    Currículo, conhecimento e cultura –De Antônio Flávio Moreira e Vera Maria Candau, apresenta elementos para reflexão sobre questões consideradas significativas no desenvolvimento do currículo nas escolas. Aborda a construção do conhecimento escolar como característica da escola democrática, que reconhece a multiculturalidade e a diversidade como elementos de construção do processo ensino-aprendizagem. Texto com 48 páginas.

    Diversidade e currículo –Conteúdo preparado por Nilma Lino Gomes, apresenta reflexões colocadas por educadores nas escolas e em encontros da categoria: que indagações a diversidade traz para o currículo? Como a diversidade é pensada nos espaços sociais? Como lidar de modo pedagógico com a diversidade? Texto com 48 páginas.

    Currículo e avaliação –No caderno de Cláudia de Oliveira Fernandes e Luiz Carlos Freitas, a avaliação é apresentada como uma das atividades do processo pedagógico da escola. O texto faz considerações sobre a avaliação da aprendizagem dos estudantes que ocorre na escola, avaliação da escola e do sistema escolar. Material com 44 páginas.

    A íntegra dos cadernos está disponível no Portal do Ministério da Educação.

    Ionice Lorenzoni

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    Currículo da educação básica em debate

  • A partir desta quinta-feira, dia 26, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) coloca à disposição em sua página eletrônica o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Por meio do sistema, a sociedade poderá ter acesso aos valores dos níveis da educação brasileira em todos os municípios de cada unidade da Federação.

    O Ideb considera dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho. As taxas de rendimento são medidas pelo Censo Escolar da Educação Básica. E as médias são medidas pelo Saeb e pela Prova Brasil, avaliações feitas pelo Inep para diagnosticar a qualidade dos sistemas educacionais.

    Os indicadores serão apresentados por redes de ensino, referentes a 1ª e 2ª fases do ensino fundamental e, quando couber, ao ensino médio. Assim, ampliam-se as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacionalmente. Além do Ideb 2005, poderão ser consultadas as projeções do indicador ao longo dos anos, com metas bienais estipuladas para cada unidade da Federação e município.

    Evolução — Essa evolução dos Idebs materializa a melhoria necessária para que o Ideb do Brasil passe dos atuais 3,8 para 6,0, o que corresponde a um sistema educacional com qualidade semelhante à de países desenvolvidos. O ano fixado para que o país atinja a meta de qualidade é 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil.

    O Ideb será o indicador objetivo para a verificação do cumprimento das metas fixadas no termo de adesão ao Compromisso Todos pela Educação, eixo do Plano de Desenvolvimento da Educação que trata da educação básica. (Assessoria de Imprensa Inep)

  • Novo indicador medirá qualidade das instituições (Foto: Júlio César Paes)Estudantes, pais, professores e instituições de ensino superior (IES) poderão acompanhar com maior clareza os processos de avaliação dos cursos de graduação e pós-graduação, a partir do novo Índice Geral dos Cursos da Instituição (IGC), divulgado nesta segunda-feira, 8, no Ministério da Educação. O índice é construído com base numa média ponderada das notas de cada instituição. Assim, sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado, e a sociedade poderá escolher melhor os cursos e as instituições.

    Além de conferir mais transparência ao processo, o indicador também oferecerá subsídios consistentes ao trabalho de avaliação in loco de cada instituição. Todas serão avaliadas por especialistas em até doze meses, a partir desse mês.

    De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, os resultados das visitas in loco e do desempenho dos estudantes eram muito discrepantes. Agora, os avaliadores irão a campo com todos os dados objetivos relativos a cada instituição para que as informações sirvam de guia para julgamento mais criterioso.

    Após as visitas, disse o ministro, caso sejam identificados problemas, duas conseqüências serão possíveis. “Se especialistas diagnosticarem dificuldades, ou se sela um termo de compromisso de saneamento de deficiências, ou, no limite, haverá perda de prerrogativas de autonomia ou até o descredenciamento”, afirmou.

    O termo de saneamento prevê medidas para melhorar a qualidade do ensino e pode implicar contratação de mais doutores, mudança do regime de trabalho dos docentes, investimento em infra-estrutura, entre outros fatores.

    “O objetivo do processo como um todo é melhorar a qualidade do ensino superior no país, sobretudo daquelas instituições que não vêm demonstrando um grande compromisso com a qualidade”, destacou Haddad.

    Segundo  o ministro, o indicador também servirá para orientar a abertura de novos cursos. Caso o desempenho em cursos de uma instituição seja recorrentemente abaixo do esperado, a concessão de um novo crédito para novo curso, por exemplo, considerará os resultados do indicador de cursos. “O avaliador contará com o histórico da instituição”, ressaltou o ministro.

    Ao todo, 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades isoladas, integradas e outros terão seu IGC divulgado, em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Isso significa que, além de a instituição apresentar uma nota, de 1 a 5, será possível perceber gradações dentro da mesma faixa. Assim uma instituição pode ter nota quatro, mas estar muito próxima da nota cinco, por exemplo.

    São utilizados no cálculo do indicador a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPCs) da instituição – componente relativo à graduação – e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada, de acordo com o número de matrículas dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).

    Veja as tabelas.
    Saiba mais sobre o Índice.

    Maria Clara Machado

  • Salvador — O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, dia 9, que a Bahia foi escolhida para receber a primeira Caravana da Educação por apresentar indicadores críticos de analfabetismo e de educação básica. Haddad ressaltou que o governo federal apoiará a meta do estado de alfabetizar um milhão de pessoas até 2010.

    “É a primeira vez que um governo adota metas de qualidade e não de quantidade e que há uma postura ativa de ir até os estados”, afirmou o ministro, na cerimônia de lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) na Bahia.

    Para o governador Jaques Wagner, o lançamento, na Bahia, das ações do PDE e do programa estadual de erradicação do analfabetismo são um alerta. Ele afirmou que a Bahia tem o pior índice educacional do Brasil e a mais alta taxa de analfabetismo — dois milhões de baianos não sabem ler nem escrever. “Reverteremos esse quadro com o apoio do governo federal, dos professores e da comunidade”, destacou.

    Haddad lembrou que o programa Brasil Alfabetizado foi redesenhado, com mudanças na legislação, para permitir que os professores da educação básica alfabetizem jovens e adultos. “Os professores com carga horária de 20 horas semanais, que já dão aula a crianças e adolescentes, serão capacitados para ensinar adultos e receberão bolsas”, afirmou.

    A Bahia contará com R$ 320 milhões até 2010. Desse total, R$ 250 milhões, provenientes do governo federal, serão investidos em educação básica e de jovens e adultos.

    Maria Clara Machado

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