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  • Ministrar cursos de restaurante, bar e cozinha está entre as tarefas dos professores do Cefet-GO em Cabo Verde (Foto: divulgação Setec)

    Professores do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás estarão em Cidade de Praia, capital do Cabo Verde, para ministrar cursos de restaurante, bar e cozinha, a partir desta quinta-feira, 19, até 3 de agosto. A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica assinado entre o Brasil e o país do Oeste da África para a qualificação profissional de cabo-verdianos na área de turismo e hospitalidade.

    A cooperação foi iniciada em 8 de junho, com o curso de camareira. Serão ministrados, ainda, os cursos de recreação e lazer, recepção, eventos, controles hoteleiros e governança. O acordo terá, do lado brasileiro, a participação conjunta da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e do Cefet-GO, que enviará oito professores ao país africano.

    Cabo Verde é um arquipélago formado por dez ilhas no Oceano Atlântico. Com vastas áreas de intenso potencial turístico, requer considerável investimento no setor hoteleiro. Segundo Márcia Moreschi, da área de planejamento e gestão educacional da Setec, há pouquíssimos profissionais preparados para atuar na rede hoteleira local. O projeto de cooperação surgiu para sanar esse déficit e formar 150 profissionais, os quais vão se tornar multiplicadores nessa fase-piloto.

    Os cursos terão duração de 80 horas. Segundo Márcia, o material didático dará subsídios para que os cabo-verdianos criem um projeto pedagógico de curso técnico de nível médio na área. Os professores brasileiros estarão incumbidos das aulas teóricas. Para as aulas práticas, foi firmado um acordo com a rede hoteleira local.

    Em agosto, os coordenadores do projeto em Cabo Verde virão ao Brasil para uma avaliação preliminar dos cursos já ofertados. Eles vão conhecer a formação profissional da rede federal de educação tecnológica na área. “No Cefet-GO, parceiro desse projeto, eles conhecerão experiências concretas relativas à formação que tiveram”, diz Márcia Moreschi.

    As passagens e as diárias dos professores brasileiros são custeadas pela Agência Brasileira de Cooperação.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Termina na próxima sexta-feira, 6, o Encontro Nacional de Professores Formadores do Proformação (programa do Ministério da Educação voltado à formação de professores da rede pública) que está acontecendo no auditório do Hotel Gran Bittar, em Brasília.

    O encontro, que começou nesta terça-feira, 3, além de avaliar as atividades do Proformação nos estados do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe, servirá para capacitar as equipes de professores formadores das diferentes áreas temáticas, (linguagens e códigos; matemática e lógica; vida e natureza; fundamentos da educação; organização do trabalho pedagógico; identidade, sociedade e cultura) para serem multiplicadores em seus estados.

    Participam do encontro cem professores formadores, 16 coordenadores de agências formadoras do programa, 11 coordenadores de equipes estaduais de gerenciamento, 14 assessores técnicos do Proformação e a equipe da coordenação nacional.

    No dia 6, a diretora de Produção e Capacitação em Programas de Educação a Distância do MEC, Carmen Neves, fará palestra sobre educação a distância.

    O Proformação é um curso a distância, de formação para o magistério, em nível médio, na modalidade normal, oferecido para professores em exercício das redes públicas de ensino. O curso confere diploma para o exercício da docência nas quatro primeiras séries do ensino fundamental e é implementado pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), em parceria com estados e municípios. (Assessoria de Imprensa da SEED)
  • DivulgaçãoA vontade de deixar de ser um professor leigo, ampliar conhecimentos e aprimorar práticas pedagógicas motivou 106 professores do interior de Alagoas a completarem os dez dias da fase presencial do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação), da Secretaria de Educação a Distancia (Seed/MEC). Dentre os cursistas que estiveram no município de União dos Palmares, a 80 km de Maceió, entre os dias 9 e 19 de janeiro, 17 são ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e participaram da primeira capacitação do programa voltada a educadores que atuam em assentamentos e acampamentos da região.

    As fases presenciais do Proformação precedem cada um dos quatro módulos semestrais e têm o objetivo de preparar os professores para os estudos individuais. Durante os dois anos de duração do curso, realizado na modalidade a distância, os professores ficam em sala de aula e estudam com auxílio de tutores. A cada 15 dias são feitos encontros presenciais. O Proformação oferece certificado de nível médio, com habilitação para o magistério, na modalidade normal, a professores leigos em exercício.

    Em União dos Palmares, a fase presencial ocorreu na Escola Estadual Rocha Cavalcante, com a presença de professores de outros seis municípios: Atalaia, Ibateguara, Matriz do Camaragibe, Girau do Ponciano, Branquinha e Messias e mais dez assentamentos e acampamentos ligados ao MST.

    “O Proformação é desenvolvido por meio de parceria entre Ministério da Educação, estados e prefeituras, mas, no caso da turma dos professores que atuam nos assentamentos e acampamentos, temos mais parceiros. O Incra garante o financiamento, a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa de Alagoas (Fundepes) gerencia e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) cuida da parte pedagógica”, explica a assessora do MEC em Alagoas, Ana Carolina Coutinho.

    MST – A capacitação dos professores ligados ao MST faz parte de uma parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do Incra. As aulas tiveram início há um ano e meio e a proposta é garantir a formação desses educadores, para atuar em salas de aula de alfabetização de jovens e adultos nos assentamentos e acampamentos do MST em Alagoas. “Temos a preocupação de inserir conteúdos referentes à vida no campo, o que é uma realidade em Alagoas”, explica Ana Carolina.

    A cursista Luciene de Oliveira, que alfabetiza os moradores do assentamento Nova Esperança na varanda de sua casa, lembra que antes do curso não preparava suas aulas. “Após um ano de estudo, já trabalho com atividades lúdicas que facilitam a assimilação dos conteúdos. Os alunos estão se tornando mais independentes após aprenderem a ler e escrever”, ressalta Luciene. A coordenadora do Proformação em Alagoas, Cristine Lúcia Ferreira, destaca que, à medida que esses professores participam de um curso, eles se qualificam para uma melhor atuação. “E com a melhoria da qualidade de ensino, caem os índices de evasão e repetência”, reforça.

    “Os alunos só têm a ganhar. Eles viam que a nossa auto-estima tinha aumentado e a forma de trabalhar era mais dinâmica. Com a metodologia a distância, os professores são estimulados a serem pesquisadores”, diz o tutor do Proformação, Cícero Alves dos Santos, que se formou pelo programa há quatro anos. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A experiência positiva do Brasil com o Programa de Formação de Professores Leigos (Proformação) já ultrapassa os limites territoriais para alcançar outros continentes. As Ilhas de São Tomé e Príncipe, localizadas na costa oeste da África, constituem o primeiro exemplo de sucesso do programa fora do país. Mais recentemente, o Proformação também chegou ao Timor Leste – uma das ilhas pertencentes ao arquipélago asiático da Indonésia.

    Em 2004, o ministro da Educação, Cultura, Juventude e Desporto de Timor Leste, Armindo Maia, esteve no Brasil para participar do encontro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e foi convidado para conhecer a Agência Formadora de Redenção/CE. Em resposta à solicitação do ministro Maia, o Brasil designou técnicos da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) para elaborar um projeto de formação de professores em exercício adaptado à realidade daquele país.

    Desafio - Um dos maiores desafios para a política educacional timorense trata da formação insuficiente dos professores, o que constituiu um incentivo para se planejar a implementação do programa no país.

    Motivada por essa necessidade, nasceu a parceria entre o governo brasileiro/MEC, governo timorense/MECJD e a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores. O projeto de Formação de Professores em Exercício na Escola Primária do Timor Leste respeita as mesmas diretrizes do projeto original brasileiro, que é proporcionar aos professores, sem habilitação mínima exigida por lei, o domínio dos conteúdos do ensino médio e a formação pedagógica que vise à melhoria da qualidade do ensino e da prática docente.

    Em agosto deste ano, a coordenadora nacional do Proformação no Brasil, Luciane Sá de Andrade, e a gerente de Monitoramento e Avaliação do programa, Amaliair Atallah, viajaram ao Timor Leste para acompanhar os passos iniciais da implementação do projeto e orientar os trabalhos da primeira fase presencial em Díli, capital do Timor.

    Inicialmente, o projeto deve habilitar 100 professores da escola primária à certificação literária secundária, que, no Brasil, equivale ao ensino médio com habilitação em magistério. Isso será possível graças a um trabalho conjunto entre professores timorenses e especialistas brasileiros nas áreas de linguagens e códigos, matemática e lógica, vida e natureza, fundamentos de educação, organização do trabalho pedagógico, identidade, sociedade e cultura, e gestão de educação a distância.

    Tutores - Além da capacitação de professores timorenses, o projeto também está preparando 14 professores para atuar como tutores. A função destes profissionais será acompanhar sistematicamente o grupo de professores cursistas, oferecendo apoio técnico e orientação pedagógica. Além disso, os tutores devem acompanhar a elaboração de atividades de avaliação e adaptação dos conteúdos à realidade local.

    Assim como no Brasil, o foco do programa está voltado para a valorização e profissionalização da função docente, o que, conseqüentemente, trará ganhos para o desempenho escolar dos alunos timorenses. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Termina hoje, 1º de abril, às 17h15, em São Luís, encontro da executiva do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação) da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). O objetivo é avaliar o programa e discutir estratégias e próximos passos. É uma oportunidade para a troca de experiência entre equipes estaduais de gerenciamento, assessores técnicos e coordenadores nacionais. A reunião tem início às 14h, no Hotel Brisamar.

    O Proformação é um curso a distância de formação para o magistério em nível médio, na modalidade normal, oferecido a professores em exercício das redes públicas. O curso confere diploma para o exercício da docência nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, na alfabetização e nas turmas de educação de jovens e adultos (EJA).

    O programa é implementado pela Seed desde 1999, em parceria com estados e municípios, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Atualmente, é desenvolvido em Goiás, Amazonas, Rondônia, Roraima, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Técnicos, assessores e coordenadores do Proformação nesses estados e também do Paraná e de Minas Gerais participam da reunião em São Luís.

    Cerca de 30 mil professores já foram formados pelo programa, que tem como meta formar mais dez mil até 2007. O orçamento para 2005 é de R$ 8,2 milhões.

    Atividades - O curso, a distância, tem duração de dois anos e utiliza materiais auto-instrucionais - impressos e vídeos. É composto por atividades coletivas presenciais e individuais, com base em guias de estudo, exercícios de verificação de aprendizagem, prática pedagógica acompanhada e supervisionada, projeto de trabalho e provas bimestrais. Oferece, ainda, serviço de apoio à aprendizagem com acompanhamento pedagógico sistemático, realizado por tutores e agências formadoras.

    Além de habilitar para o magistério, o Proformação objetiva elevar o nível de conhecimento e da competência profissional dos professores em exercício, melhorar o processo de ensino-aprendizagem e o desempenho escolar dos alunos nas redes estaduais e municipais, além de valorizar o magistério pela profissionalização dos professores e pela melhoria da qualidade do ensino.

    Mais informações pelo telefone (61) 2104-8224

    Repórter: Susan Faria

  • Com o objetivo de oferecer aos professores acesso aos avanços do conhecimento e habilitá-los para a capacitação de outros professores, tem início nesta terça-feira, dia 8, em Fortaleza, o Encontro Nacional de Formadores do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação). Estarão reunidos até sexta-feira, 11, formadores de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe. Eles serão acompanhados por especialistas nas áreas de matemática e lógica, identidade, sociedade e cultura, vida e natureza, organização do trabalho pedagógico, linguagens e códigos, fundamentos da educação e língua estrangeira.

    Haverá cursos sobre educação infantil, especial, de jovens e adultos e ambiental. A professora Anelise Nascimento falará sobre infância e educação infantil em diferentes contextos sociais e prioridades com as crianças nas escolas. Carmem Sanches discorrerá sobre instrumentos de avaliação, erros no processo ensino-aprendizagem e relações com o conhecimento infantil e o conhecimento docente. Gustavo Bruno Gonçalves, graduado em fonoaudiologia, dará o curso A Voz no Trabalho Docente. Segundo ele, essa abordagem pode ajudar os professores a prevenir problemas vocais relacionados à prática de sala de aula.

    Também haverá temas relacionados à ciência. Paulo César Motta fará uma abordagem ecológica e evolutiva da diversidade animal. Solange Amorim apresentará subsídios teóricos e práticos para o ensino da matemática nas séries iniciais, enquanto Sandra Figueiredo abordará questões relativas ao ensino de língua estrangeira na escola pública. Walmir Cardoso falará sobre o programa Sala do Professor, cujo objetivo é focalizar a atuação dos cursistas no ensino médio e fundamental com documentários exibidos na TV Escola.

    Estão programadas palestras sobre formação de professores de nível superior e desafios para educação no campo. A agenda prevê debates sobre novos programas do MEC, como o de Formação Inicial para Professores do Ensino Fundamental e Médio (Pró-Licenciatura), o Mobilização pela Qualidade na Educação (Pró-Letramento), Mídias Integradas e Formação pela Escola. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Foto: Wanderley PessoaComeçou nesta segunda-feira, 29, o Encontro Internacional de Professores Formadores do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação). Promovido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), o encontro permitirá a troca de experiências entre professores de 12 estados brasileiros e de outros países, como Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, que já implementaram o programa. O evento segue até quarta-feira, 31, no Bay Park Hotel, em Brasília.

    A abertura contou com a presença do ministro Fernando Haddad e do secretário de Educação a Distância, Ronaldo Mota. Haddad disse que uma educação de qualidade só é obtida com um financiamento estável em todos os níveis. Ele comentou que a reforma universitária e a criação do Fundo da Educação Básica (Fundeb), que aguarda aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor, são os principais instrumentos do ministério para atingir este objetivo.

    Foto: Wanderley PessoaSegundo Haddad, programas de apoio ao estudante, assim como os programas de formação de professores, gestores e funcionários e a avaliação sistêmica do ensino, devem funcionar simultaneamente para que dêem bons resultados. “Os programas de formação de docentes têm impacto direto em sala de aula. O principal objetivo é ajudar os nossos sistemas de ensino, mas se pudermos colocá-los também a serviço de outros países é melhor ainda”, afirmou.

    O Proformação já formou cerca de 30 mil professores em todo o Brasil. Existe há dez anos e serviu de exemplo para a criação de programas semelhantes, como o de Formação Inicial de Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil).

    Nos últimos anos, o Proformação passou a contar com o apoio de organismos internacionais para ser implementado em outras nações. Em São Tomé e Príncipe, professores locais já formaram 77 pessoas e em Timor-Leste uma turma mista de professores brasileiros e timorenses está ensinando 92 cursistas. Uma equipe de docentes de Guiné-Bissau está no Brasil para conhecer o programa e avaliar as condições de implementação no país.

    Além dos relatos das experiências no exterior, o encontro vai capacitar os professores formadores dos 12 estados presentes (AL, AM, BA, CE, GO, MA, MG, PE, PI, RO, RR, SE).

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • O Profuncionário, programa da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), será implementado neste semestre em mais 12 estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Santa Catarina. Acordo de cooperação técnica com esse objetivo foi assinado nesta sexta-feira, 21, pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretários de educação de 11 estados, além da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de São Paulo. O Profuncionário realiza cursos de educação a distância, em nível médio, para a capacitação de trabalhadores na educação.

    A solenidade ocorreu no encerramento do 3º Seminário de Expansão do Programa Profuncionário, no Hotel Kubitscheck Plaza, em Brasília. Durante três dias, os secretários discutiram concepção, filosofia e estrutura do programa, bem como a proposta pedagógica do curso de formação para os funcionários da educação e elementos para o perfil dos tutores.

    Com a expansão, mais 18 mil servidores das áreas de secretaria escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e infra-estrutura material e ambiental serão formados até 2007.  O projeto-piloto começou no fim de 2005 e já atende a cinco mil funcionários de Pernambuco, Paraná, Piauí, Tocantins e Mato Grosso do Sul. No total, 23 mil trabalhadores receberão formação semipresencial, oferecida pelo Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (Cead/UnB), em convênio com o MEC. Os cursistas recebem nove módulos comuns às quatro áreas, preparados pelo Cead, além de sete módulos relativos à sua profissão. Eles também participam de encontros quinzenais presenciais.

    Ao assinar o acordo de cooperação técnica, o secretário de Educação Básica do MEC, Francisco das Chagas, disse que se emociona a cada evento do Profuncionário, pois sente que uma dívida com os servidores começa a ser paga. “Os funcionários das escolas são trabalhadores em educação”, afirmou. “Um milhão de servidores. Não vamos formar todos agora, mas estamos dando um passo para profissionalizar o setor.” Ele anunciou que os tutores do Profuncionário ganharão o título de especialização da UnB.

    Para ter acesso ao programa, o servidor deve procurar informações na Secretaria de Educação onde trabalha. As inscrições são abertas a servidores de escolas públicas que estão concluindo o ensino básico.

    Susan Faria

  • O Profuncionário, programa de formação a distância para servidores das escolas da educação básica, terá, a partir deste ano, a participação dos centros federais de educação tecnológica (Cefets). A entrada dessas instituições na parceria possibilitará ao Ministério da Educação ampliar a oferta de vagas e levar o programa a todos os estados e ao Distrito Federal.

    O anúncio do novo desenho do programa, que deve formar cerca de 110 mil servidores até 2011 — demanda apresentada ao Plano de Ações Articuladas (PAR) —, foi feito pela diretora de políticas de formação, materiais didáticos e de tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Jeanete Beauchamp, ao Grupo de Trabalho das Capitais e Grandes Cidades, nesta quinta-feira, 21, em Brasília. De acordo com Beauchamp, 20 Cefets já fizeram a pré-adesão ao Profuncionário, mas o MEC espera que cada estado tenha um centro responsável pela qualificação dos servidores.

    O programa é destinado a trabalhadores que já tenham formação de nível médio. O curso tem duração de 1.260 horas, a distância, com momentos presenciais. São quatro habilitações, as quais, segundo a diretora da SEB, atendem à maioria das funções desempenhadas pelos servidores nas escolas — técnico em gestão escolar, em alimentação escolar, em infra-estrutura material e ambiental e em multimeios didáticos.

    O Profuncionário começou a ser executado, em 2005, com um projeto-piloto em cinco estados, e atendeu 9.223 servidores, numa parceria entre a SEB e Universidade de Brasília. Em 2008, mais 17 estados assinarão acordo com a secretaria.

    Na reunião com os gestores das capitais e das cidades com mais de 200 mil habitantes, Beauchamp também apresentou uma série de programas da secretaria, entre eles, o Proinfantil, que habilita para o magistério, na modalidade normal, professores em exercício na educação infantil; o Pró-Letramento, programa de formação continuada de professores para melhorar o ensino de língua portuguesa e matemática nas séries iniciais do ensino fundamental, e a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores, que conta com a parceria de 19 universidades públicas e comunitárias para a oferta de cursos nas áreas de alfabetização e linguagem, educação matemática e científica, ensino de ciências humanas e sociais, artes e educação física, gestão e avaliação.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com alteração de informações

  • O Profuncionário, programa de formação a distância para trabalhadores da educação básica, oferecido pelo Ministério da Educação, atenderá novos municípios em 2007. Atualmente, são beneficiados funcionários de escolas de 17 estados. Até o fim do ano, devem ser capacitados tutores e orientadores para oferecer o curso por todo o País. Os servidores participam de um curso técnico nas áreas de alimentação escolar, meio ambiente e infra-estrutura escolar, gestão escolar e multimeios didáticos.

    O programa foi criado em 2005, quando um projeto-piloto ofereceu formação a cinco mil trabalhadores de Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Paraná e Tocantins. Nesses estados, a fase agora é de expansão. Em Pernambuco, uma nova capacitação tem início nesta quarta-feira, dia 11, e se estenderá até sexta, 13. Serão formados 67 novos tutores e 12 professores-orientadores.

    No Piauí, a capacitação ocorrerá no período de 17 a 20 deste mês. A intenção é levar o curso a municípios que não foram atendidos pelas turmas de 2005.

    Em 2006, o programa foi expandido para outros 12 estados. Espera-se, até o fim do ano, que tutores e orientadores de todo o Brasil tenham recebido a capacitação e viabilizado a oferta do Profuncionário a 48 mil trabalhadores da educação básica.

    A equipe que oferece a capacitação é formada por profissionais do MEC e do Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília.

    De acordo com a coordenadora-geral do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação Básica Pública, Sirlene Pacheco, o programa baseia-se na crença de que a educação ocorre em ambiente escolar, não apenas na sala de aula. “Por isso, estamos trabalhando para acabar com a figura dos leigos nas escolas. Com o curso, o funcionário deixa de ser um faz-tudo e passa a ser um agente participante do processo educacional”, disse.

    Formação — A primeira parte do curso, comum a todas as áreas, oferece uma formação ampla sobre história e teorias da educação, informática, produção textual, direito administrativo e do trabalho. Os módulos seguintes são diferenciados. O material oferecido aos técnicos em alimentação escolar, por exemplo, abrange conteúdos como teorias da nutrição, políticas de alimentação escolar e elaboração de cardápios escolares.

    Para Sirlene Pacheco, o conteúdo faz com que esses profissionais deixem de apenas manipular alimentos e passem a educar e ajudar o aluno a vivenciar o conteúdo ensinado. “Um professor de geografia que esteja ensinando sobre a região Nordeste poderá planejar uma aula com as merendeiras ao oferecer comidas típicas da região aos alunos. A teoria vai ser dada na sala de aula e a prática, na cozinha, que vira um laboratório”, explicou.

    Cíntia Caldas

  • A Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) pretende beneficiar 500 alunos negros, cotistas, de dez universidades, com a oferta de bolsas de estudos por meio do Programa Integrado de Ações Afirmativas para Negros (Brasil Afro-atitude). O objetivo é oferecer oportunidades de participação dos estudantes negros em projetos de pesquisa, extensão e monitoria desenvolvidos por professores e estudantes das universidades participantes.

    São parceiros do MEC no Brasil Afro-atitude o Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde; a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), ambas da Presidência da República.

    Segundo Karen Bruck, técnica responsável pelo Brasil Afro-atitude no Ministério da Saúde, o programa está aberto a parcerias e a novas temáticas para as pesquisas dos alunos participantes. "Nosso objetivo principal com a concessão das bolsas de estudos é contribuir para a manutenção dos alunos negros cotistas em seus cursos e possibilitar a contrapartida com a realização de pesquisas básicas de interesse dos parceiros do programa", destacou.

    Karen observa que a discussão do racismo e a vulnerabilidade social aos riscos de epidemias estão na pauta do Ministério da Saúde e do Programa DST/Aids. Ela destaca, ainda, que não há dados suficientes coletados e que a realização das pesquisas pelos alunos bolsistas sobre a temática subsidiará ações do Ministério da Saúde e dos parceiros do programa. "No final de um ano, teremos os resultados das pesquisas realizadas pelos bolsistas e novas ações poderão ser iniciadas a partir desses dados", afirmou.

    Inclusão - O professor Mário Ângelo Silva, do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade de Brasília, explica que o Brasil Afro-atitude faz parte de um programa de ações afirmativas para a inclusão e permanência de afrodescendentes no ensino superior. "Temos certeza de que essas ações mudarão a feição de nossas universidades", salientou. "Vários projetos de extensão e pesquisa serão beneficiados pelas bolsas de estudos dirigidas aos alunos cotistas. Estamos trabalhando para agregar novos parceiros e mais recursos para ampliar os efeitos sociais e pedagógicos do programa."

    Augusto Rodrigues de Lima, aluno cotista da UnB, desenvolve a pesquisa Estudos Comparados entre Adolescentes do Brasil e Moçambique. Ele considera importante a participação no Brasil Afro-atitude pela oportunidade de fazer a pesquisa junto à comunidade de Santa Maria, cidade do Distrito Federal. "Considerando o baixo índice de representação de afrodescendentes na universidade brasileira, o programa ajudará alunos de baixa renda e permitirá a retribuição social com as pesquisas realizadas", disse.

    Para Débora Silva Santos, consultora de ações afirmativas do Ministério da Educação, o Brasil Afro-atitude é exemplo de iniciativa de inclusão educativa. O programa, segundo ela, contribui para a permanência dos alunos cotistas nas universidades parceiras e permite aos estudantes a atuação em projetos de pesquisas sociais. "Estamos tentando ampliar sua abrangência e seus efeitos sociopedagógicos", disse.

    Repórter: José Leitão

  • O Programa Saberes da Terra, que oferece formação equivalente ao ensino fundamental, com qualificação profissional, a jovens agricultores alfabetizados que estejam fora da escola, será reformulado e ampliado em 2008. No novo desenho, o programa passa a denominar-se Projovem Campo/Saberes da Terra. O curso terá 35 mil vagas este ano e será oferecido em 21 estados.

    Fruto de um projeto-piloto iniciado em 2005, com cinco mil agricultores na faixa etária de 15 e 29 anos, em 12 estados, o Saberes da Terra integra-se agora ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). A gestão será compartilhada entre a Secretaria Nacional da Juventude, ligada à Presidência da República, e os ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e do Trabalho e Emprego.

    Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), de 2006, indicam que 6,2 milhões de jovens de 18 a 29 anos residentes na área rural não concluíram o ensino fundamental. Os  agricultores nessa faixa etária são o público preferencial do programa.

    Ampliação — As mudanças do programa abragem a idade dos agricultores, que passa a ser de 18 a 29 anos; o número de vagas, de cinco mil para 35 mil; o número de estados, de 12 para 21, e a qualificação profissional, agora  em agricultura familiar. Também terão prioridade os municípios e regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) integrantes do Programa Territórios da Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A eles serão destinadas 40% das 35 mil vagas.

    A formação continuada dos educadores, o acompanhamento pedagógico e o monitoramento das turmas nos 21 estados serão de responsabilidade de universidades públicas.

    No Projovem Campo/Saberes da Terra, os agricultores receberão uma bolsa no valor de R$ 100 a cada dois meses e terão de cumprir 75% da freqüência para receber o auxílio. O curso será oferecido no sistema de alternância tempo-escola (aulas presenciais) e tempo-comunidade (pesquisa, estudo e prática agrícola). A formação, que equivale ao ensino fundamental com qualificação profissional em agricultura familiar, será de 2,4 mil horas,  1,8 mil das quais em tempo-escola.

    O curso terá duração de dois anos. Segundo os responsáveis pela coordenação do programa na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Eduardo D’Albergaria e Lisânia de Giacometti, o formato será de responsabilidade de cada estado, respeitadas as características da atividade agrícola local. A Secad já fez parceria com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e do Pará (UFPA) para a elaboração de dez cadernos pedagógicos, os quais vão orientar as ações do programa, de forma a garantir a metodologia e as concepções pedagógicas.

    De acordo com D’Albergaria, resolução prevista ainda para o primeiro semestre deste ano vai definir o sistema de parceria com os 21 estados e um edital tratará da seleção das universidades responsáveis pela formação dos educadores que vão trabalhar no novo programa.

    O curso, que integra formação teórica e prática, tem como eixo central a agricultura familiar e a sustentabilidade. O currículo está dividido em cinco partes: sistemas de produção e processo de trabalho agrícola; desenvolvimento sustentável e solidário; economia solidária; cidadania, organização social e política pública; agricultura familiar, etnia, cultura e identidade.

    Os gestores do programa vão trabalhar com 21 estados, 12 dos quais já participam do projeto-piloto — Paraná, Santa Catarina, Paraíba, Tocantins, Pará, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Piauí, Minas Gerais. Em 2008, ingressaram Amazonas, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo e Sergipe.

    Ionice Lorenzoni

  • Vários municípios terão sua primeira creche pública este ano. Malhada dos Bois, em Sergipe, é um deles. O secretário de educação da cidade, José Fábio Lima, anuncia os benefícios da implantação da educação infantil pública em seu município. “As crianças poderão ter acesso à escola mais cedo, terão melhor proveito quando chegarem ao ensino fundamental e os pais terão onde deixar os filhos quando forem trabalhar”, assegura.

    Malhada dos Bois é um dos 482 municípios que já receberam financiamento do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) e já vão começar a implantação das novas creches e pré-escolas este ano. O programa faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e tem como objetivo incluir crianças de zero a cinco anos e 11 meses na rede pública de ensino. O MEC vai dar apoio técnico, financeiro e, principalmente, pedagógico aos municípios para a construção de novas instituições de educação infantil.

    “Uma das grandes demandas dos municípios é o apoio e a colaboração do MEC na construção das políticas municipais de educação infantil”, afirma a coordenadora-geral de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Rita Coelho. Ela acredita que a necessidade dos municípios tem relação com a complexidade e as mudanças da vida moderna, em especial com o aumento do número de mães que trabalham fora e com as modificações na estrutura familiar. “Por isso, o Proinfância não se refere só a construções de novas instalações. É, principalmente, um programa de apoio à política municipal de educação infantil”, diz.

    Pólos ― Ao mesmo tempo em que as obras serão realizadas, os dirigentes municipais em educação farão reuniões técnico-pedagógicas com profissionais da SEB, para definir detalhes da implementação do programa e do funcionamento das novas instituições. Os 482 municípios serão divididos em 21 pólos. Os encontros começam na próxima semana, em Brasília, e devem ocorrer até maio em cada pólo. Entre as questões a serem discutidas estão a organização, a regulamentação e o funcionamento das instituições de educação infantil, a proposta pedagógica, a formação das turmas, os critérios para matrícula, a parceria escola-família e a seleção e formação continuada dos professores.

    Rita Coelho afirma que, após o término da fase de reuniões técnicas, o MEC ainda acompanhará os municípios, assessorando no decorrer das obras e, em seguida, das matrículas, até que a escola esteja funcionando plenamente. “Essa ajuda vai ser por demanda; às vezes, um município precisa mais que o outro”, esclarece. A coordenadora ainda ressalta que as reuniões criarão uma rede de apoio à política de educação infantil. “Envolveremos conselhos municipais, universidades, a União Nacional dos Dirigentes Municipais em Educação (Undime) e vários outros parceiros no apoio aos municípios”, garante.

    A presidente da Undime nacional, Justina Iva de Araújo, acredita que o Proinfância é indispensável para as redes municipais. “Os municípios estavam cuidando sozinhos da educação infantil. Agora, com a ajuda do governo federal, receberão apoio na parte física ― que era precária e insuficiente na maioria das localidades ― e na parte pedagógica”, diz. Para Justina, essa etapa da vida das crianças é fundamental no que diz respeito à capacidade de aprender e ao desenvolvimento como cidadãs.

    Letícia Tancredi

  • Os 19 estudantes indígenas que ingressaram nas universidades federais da Bahia (UFBA) e do Tocantins (UFTO), em 2005, iniciaram este mês as atividades de pesquisa nas suas aldeias. Como beneficiários do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para a Formação de Professores Indígenas (Prolind), eles recebem uma bolsa de estudo mensal do Ministério da Educação para vincular a atividade de formação acadêmica com as demandas de seus povos.

    Para desenvolver o projeto de reforço da permanência dos alunos indígenas na graduação, as universidades receberam um recurso financeiro do ministério em novembro de 2005. A Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) repassou à UFBA R$ 46.716,00 para custeio do projeto e para bolsas de estudo. A universidade ainda receberá uma verba complementar da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) para compra de equipamentos. Cada um dos três alunos indígenas recebe bolsas mensais no valor de R$ 500,00.

    Para a UFTO, a SESu liberou R$ 57.400,00 para custeio e a Secad repassará uma verba para aquisição de computador, gravador e vídeo. Na Federal do Tocantins, os alunos que estão em cursos com horário integral recebem uma bolsa mensal de R$ 380,00 e os que estão em cursos de meio período, bolsa de R$ 200,00.

    Bahia – Em 2005, ingressaram na UFBA os três primeiros estudantes indígenas das etnias Pataxó e Pataxó-Hãhãhãe. Eles estão nos cursos de letras, artes plásticas e agronomia e são exemplo de dedicação aos estudos, segundo a coordenadora do Prolind na instituição, Maria Hilda Paraíso. “A menor nota da aluna de artes nos dois semestres foi nove, da de letras, 7,5 e do aluno de agronomia, 8,5”, disse.

    Com os recursos do Prolind, os alunos indígenas estão desenvolvendo pesquisas de interesse de suas aldeias. A estudante de letras, que é professora em Barra Velha, começou um trabalho sobre a origem da língua Pataxó e resgate de palavras para compor o vocabulário perdido nas primeiras décadas após 1500. Em 2006, ela fará oficinas de leitura e redação com alunos e professores em duas aldeias, a montagem de uma minibiblioteca e a preparação para a publicação de livros escritos por estudantes e professores.

    A aluna de artes plásticas, professora em Coroa Vermelha, está realizando uma série de oficinas de qualificação do artesanato indígena Pataxó: pesquisa sobre pigmentos naturais, pintura, confecção de cerâmica e de caixas para embalagem. Já o estudante de agronomia, que é da nação Pataxó-Hãhãhãe, de Coroa Vermelha, pesquisa o resgate das ervas curativas usadas atualmente e as perdidas no tempo. Seu objetivo é criar um erbário nas aldeias e treinar pessoas do seu povo para o reconhecimento, coleta e secagem das ervas de uso medicinal. Outro projeto é o de identificação de plantas de condimentos e odoríferas da tradição cultural Pataxó-Hãhãhãe que podem resultar em atividade econômica e de sustentação das aldeias.

    Tocantins – Na UFTO, o Prolind atende os 16 estudantes que ingressam no vestibular de 2005 na sede, em Palmas, e nos campi em Araguaína, Miracema, Gurupi, Tocantinópolis. Eles são dos povos Xerente, Apinajé, Carajá, Javaé, e Carajá-Xambioá e estão nos cursos de pedagogia, ciências e economia, direito, ciências contábeis, comunicação social, engenharia ambiental, administração de empresas, zootecnia, matemática, geografia, veterinária, história e agronomia.

    De acordo com a coordenadora do Prolind na UFTO, Paulete Maria Cunha dos Santos, os estudantes indígenas estão trabalhando em dois projetos escolhidos pelas comunidades: um de revitalização cultural da língua Carajá-Xambioá e outro de educação ambiental. Ao final do projeto, que vai durar 14 meses, eles vão produzir um vídeo para registrar a experiência. No caso da revitalização cultural, as atividades de pesquisa são desenvolvidas em três aldeias e compreendem uma forte vinculação com os velhos, que ainda têm a memória da língua Carajá e com a escola, onde essa mesma língua será ensinada.

    O resgate ocorrerá por meio da memória dos rituais das tribos e do artesanato, pois os integrantes do povo Carajá-Xambioá foram, no passado, grandes ceramistas da região do Tocantins. Para resgatar a língua, que hoje ocupa o segundo lugar nas falas das aldeias – a primeira é o português –, as mulheres que dominam o idioma original decidiram se expressar somente nesta língua quando estiverem fazendo cerâmica. O objetivo é transmitir e fixar o Carajá-Xambioá.

    A pesquisa sobre educação ambiental também está centrada na escola. Os alunos, informa a professora Paulete dos Santos, estão trabalhando com a comunidade sobre problemas como as queimadas, o desmatamento e os resíduos sólidos, especialmente garrafas e sacos plásticos, que constituem lixo de difícil degradação. Uma parte dos estudantes também vai se envolver na pesquisa sobre o capim dourado para conscientizar a comunidade sobre a importância e a necessidade do replantio. O capim dourado, nativo na área habitada pelos indígenas da nação Xerente, é matéria-prima para o artesanato feito pelas mulheres.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

  • As secretarias de Educação Básica (SEB/MEC) e de Educação à Distância (Seed/MEC) desenvolvem o Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil), em parceria com estados e municípios. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) é o agente financeiro. O programa começou a ser desenvolvido em julho de 2005, em quatro estados. A primeira turma foi  constituída em janeiro de 2006, em mais quatro estados.

    Como o programa é semipresencial, os estados precisam montar agências formadoras em pólos nos quais se concentram os professores de creches e da educação infantil, uma vez que a formação é feita em serviço. Cada agência tem oito formadores, um para cada área do conhecimento; tutores para cada grupo de dez a 12 cursistas e um articulador pedagógico da educação infantil, que tem o papel de diretor do grupo.

    Na avaliação da coordenadora do Proinfantil, Karina Rizek Lopes, o programa deve se expandir a partir deste ano, com a adesão de secretarias estaduais de educação. O objetivo é levá-lo a todos os estados para que a formação chegue aos mais de 37 mil professores de creches e da educação infantil que não têm habilitação em magistério, como exige a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996). Além das redes públicas, o Proinfantil é dirigido também aos professores de creches da rede privada sem fins lucrativos, escolas confessionais e comunitárias.

    O professor recebe, no Proinfantil, 3,2 mil horas de formação, ministradas em dois anos. A cada início de módulo, tem 72 horas de aula presencial na agência formadora. A cada 15 dias, o grupo de dez a 12 cursistas tem encontro com o tutor para discutir a prática pedagógica, avaliar as atividades escritas e tirar dúvidas sobre a leitura de textos. O tutor também vai à sala de aula, a cada 15 dias, observar a prática pedagógica do cursista. Depois, faz com ele uma avaliação individual.

    A formação do cursista, que corresponde ao ensino médio, modalidade normal, abrange linguagens e códigos, matemática e lógica, identidade, sociedade e cultura, vida e natureza, fundamentos da educação, organização e trabalho pedagógico e língua estrangeira (espanhol ou inglês).

    Ionice Lorenzoni

  •  Crianças e jovens, de zero a 18 anos, atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) serão prioridade nos programas de acesso e permanência na escola e nas ações de saúde pública. O BPC, que é desenvolvido pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), garante um salário mínimo mensal para pessoas com deficiência e idosos acima de 65 anos, com renda familiar por pessoa de até um quarto do salário mínimo (R$ 103,75, em valores atuais).

    Ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ministro da Educação, Fernando Haddad e o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi (Foto: Júlio César Paes)Para aumentar a eficiência do BPC Escola, uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Saúde, José Gomes Temporão, e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e o secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, assinaram nesta quarta-feira, 12, portaria que promove o acesso e a permanência na escola e o acesso aos serviços de saúde. Para levar os benefícios onde estão as crianças e jovens, estados e municípios devem aderir ao BPC Escola.

    Um cruzamento de dados realizado pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação com informações do MDS sobre o pagamento do benefício e do Censo Escolar, aponta que dos 369.735 jovens e crianças que recebem o BPC, 108.060 (29,23%) estão na escola. Isso significa que os governos da União, estados e municípios devem unir esforços para alcançar 261.685 (70,77%) crianças e jovens que estão fora da escola. Um dos primeiros trabalhos do MEC será identificar crianças e jovens com deficiência, que recebem o benefício e não freqüentam a escola, e quais as barreiras que impedem o acesso e a permanência.

    Adesão — No evento que comemorou os quatro anos de criação do MDS, em Brasília, onde os ministros da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento Social, e o secretário de Direitos Humanos assinaram a portaria, ocorreram as primeiras adesões ao BPC Escola. Os governadores da Bahia, Jacques Wagner, do Ceará, Cid Gomes, e do Piauí, Wellington Dias, e o prefeito de Manaus, Serafim Fernandes Correia, já estão no programa.

    Ionice Lorenzoni

  • O programa BPC na Escola irá identificar as barreiras que impedem o acesso e a permanência na escola das crianças e jovens com deficiência, de 0 a 18 anos, atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). O trabalho será realizado por gestores que participaram do primeiro curso de formação de multiplicadores do BPC na Escola, encerrado nesta quinta-feira, 5, em Brasília.

    A partir do segundo semestre, os gestores irão repassar o conhecimento adquirido durante os três dias do curso de formação para os demais responsáveis pela aplicação de um questionário que identificará as condições de saúde, assistência e educação em que vivem os beneficiários do BPC, na faixa etária de 0 a 18 anos. Todos os estados e o Distrito Federal aderiram ao programa e os gestores já se comprometeram a participar da formação nos municípios.

    Numa de suas primeiras ações, o programa identificou cerca de 270 mil crianças e jovens atendidos pelo BPC que estão fora da escola. Para a secretária de Educação Especial do Ministério da Educação, Cláudia Dutra, um dos méritos do BPC na Escola é dar visibilidade para a situação de exclusão em que vivem essas crianças e jovens. “Todos eles estão fora da escola”, lamenta.

    Segundo a secretária, durante o curso de formação, o transporte foi apontado como um dos fatores impeditivos para o acesso à escola. “Com a aplicação dos questionários, teremos condições de identificar os demais fatores impeditivos e a partir daí melhor orientar as políticas públicas que atenderão essa população.”

    Ministérios — O BPC na Escola é coordenado pelos ministérios da Educação, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Saúde, e pela Secretaria de Direitos Humanos. O programa integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

    Maria Pereira Filha

  • Os cidadãos estrangeiros, com idade entre 18 e 25 anos e com ensino médio completo, que concorrem ao Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) da Secretaria de Educação Superior, já podem consultar a lista dos aprovados. A relação com mais de 780 estudantes, de 28 países, está na página eletrônica da secretaria.

    O programa possibilita a cidadãos de países em desenvolvimento, com os quais o Brasil mantém acordos educacionais ou culturais, fazer curso de graduação em instituição de ensino superior brasileira participante do PEC-G. Dos estudantes estrangeiros selecionados em 2007, 74,6% são de países de língua portuguesa do continente africano – Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Angola. O ingresso nas instituições de ensino superior deve acontecer em 2008 e 2009.

    Histórico – Até 1967, o programa foi administrado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). A partir deste período, começou a ser desenvolvido numa parceria do MRE com o Ministério da Educação. Desde de 2000, o PEC-G já selecionou 4.957 estudantes estrangeiros para diversos cursos de graduação, oferecidos em 87 instituições participantes do programa.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

  • Foto: Wanderley PessoaCerca de 450 estudantes estrangeiros de graduação vão receber um salário mínimo por mês, durante um ano, para permanecer estudando no Brasil. O número representa um aumento de 84 novas bolsas, em relação ao ano passado. O benefício é oferecido a alunos carentes, matriculados em universidades públicas federais e procedentes de países pobres, como Guiné-Bissau e Cabo Verde. Para conseguir a bolsa-permanência, o aluno deve se inscrever, até o dia 13 de outubro, no Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes).

    O programa é resultado de um projeto de cooperação entre o Brasil e países em desenvolvimento, especialmente africanos, nas áreas educativa e cultural. Já beneficia 366 estudantes participantes do Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). A meta da seleção deste ano é aproveitar melhor os recursos disponíveis e ampliar o número de alunos contemplados. A seleção de cada ano destina recursos para o ano letivo seguinte.

    A estudante Virgínia Mondlan, 25, é uma das beneficiadas na seleção passada. Ela é de Moçambique e cursa sociologia na Universidade de Brasília (UnB). Sem a bolsa não teria condições de concluir o curso, afirmou. Virgínia explicou que usa o dinheiro para investir na formação acadêmica e pode comprar livros e material de estudo para melhorar seu rendimento na universidade.

    Para conseguir a ajuda financeira, o interessado é avaliado por uma comissão que leva em conta o rendimento acadêmico, o custo de vida da região onde o aluno estuda e o índice de desenvolvimento humano de seu país de origem. A coordenadora do Promisaes, Raquel Barreira Perea, explicou que não há limite de inscrição para o aluno estrangeiro. Ou seja, o estudante pode se candidatar à bolsa todo ano até o fim da graduação e, se aprovado, poderá receber o benefício enquanto estudar.

    Atualmente, o programa favorece apenas alunos estrangeiros de graduação, matriculados em instituições federais de ensino superior. Segundo a coordenadora, o objetivo do MEC é beneficiar, a partir de 2008, todas as instituições de ensino superior participantes do PEC-G que, além das federais, inclui as universidades públicas estaduais e municipais e as instituições privadas.

    Parceria – O Programa Estudantes-Convênio de Graduação é uma parceria entre a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Ciência e Tecnologia. O PEC-G recebe por ano cerca de 700 estudantes da África e da América Latina. O programa possibilita que esses alunos estudem em instituições de ensino superior brasileiras, públicas e privadas, em cursos de graduação. O objetivo é cooperar com países pobres, com os quais o Brasil mantém acordos, ajudando na formação de recursos humanos. O Promisaes beneficia com bolsa-permanência apenas alunos que estudem em instituições federais de ensino superior e que já participem do PEC-G.

    O estudante pode se inscrever pelo fax (61) 2104 9204 ou pelo endereço: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Superior, Departamento de Políticas da Educação Superior, Divisão de Assuntos Internacionais, Bloco L, Edifício Sede, sala 219, Esplanada dos Ministérios, Cep 70.047 - 903  Brasília - DF. Mais informações pelo telefone (61) 2104 8006  ou pela página eletrônica doPromisaes.

    Repórter: Maria Clara Machado

  • O Ministério da Educação vai promover este ano algumas alterações no programa Brasil Alfabetizado. Criado em 2003, com o objetivo de reduzir os índices de analfabetismo no país a níveis compatíveis com os números internacionais, o Brasil Alfabetizado já havia passado por mudanças.

    Em 2004, visando melhorar a qualidade do programa, o tempo de duração do curso de alfabetização passou de até seis meses para até oito meses, os recursos para a capacitação de alfabetizadores foram duplicados, a bolsa do alfabetizador teve um piso estabelecido em R$ 120,00, acrescido de R$ 7,00 por aluno, e a parceria com estados e municípios foi ampliada, favorecendo a continuidade dos estados em cursos de educação de jovens e adultos.

    Em 2005, o MEC vai implementar um sistema complexo de avaliação do programa. Os alfabetizandos, selecionados por amostragem nacional, serão avaliados no início e no final do curso. Com base nestas informações, coletadas por meio de testes cognitivos de português e matemática, além de um questionário socioeconômico, será possível avaliar o aprendizado dos estudantes, a gestão do programa por parte dos parceiros (prefeituras, secretarias estaduais de educação, ONGs e universidades), o desempenho das diferentes metodologias aplicadas pelos diversos parceiros em diversos públicos, o índice de evasão, o impacto do programa nas vidas dos alfabetizandos em relação a questões como situação socioeconômica, empregabilidade, comportamento  e outros.

    Mais um aspecto importante da avaliação é que ela não terá caráter punitivo, mas permitirá o redesenho do programa, baseado em instrumentos sólidos. "A avaliação vai identificar o que é determinante no sucesso e no fracasso do aluno e do processo, permitindo estímulos ao que funciona e redefinições do que não funciona", observa o titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques.

    A avaliação já está sendo desenvolvida e deverá ser aplicada até abril. Uma segunda rodada de avaliação será feita no segundo semestre, já com as turmas de 2005.

    Mapeamento - O MEC também prepara para este ano um amplo mapeamento da oferta de alfabetização no país. Com isso, o ministério pretende articular os esforços nacionais na área de alfabetização, aumentando sua efetividade e dimensionando a oferta de vagas para a continuidade dos estudos. O mapeamento começa em março e será feito em parceria pela Secad, Inep e pelas secretarias estaduais de educação.

    Em 2005, o programa Brasil Alfabetizado vai atender 2,2 milhões de brasileiros, com recursos da ordem de R$ 220 milhões.

    Repórter: Iara Bentes

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