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  • A Universidade de Brasília (UnB) oferece 32 vagas no campus de Planaltina (DF) para os cursos de bacharelado em gestão de agronegócios e de licenciatura em ciências naturais. As inscrições para o vestibular podem ser feitas até esta quarta-feira, 11.

    Dentro do plano de extensão das universidades, com a criação de novos campi no interior de cada unidade da Federação ou na periferia das grandes capitais, esta é a segunda vez que a UnB abre vagas no campus de Planaltina, inaugurado em maio de 2006.

    A criação do campus baseou-se em características demográficas, econômicas e sociais do Distrito Federal e dos municípios da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Desta forma, as atividades acadêmicas realizadas no campus da UnB–Planaltina estão sintonizadas com o planejamento e o desenvolvimento integrado da região.

    Inserção social – Para estimular a entrada de estudantes da região, a UnB adotou um programa de inserção social que prevê um acréscimo na nota final das provas objetivas dos classificados que estudaram o ensino médio em escolas públicas de Planaltina, Brazlândia, Sobradinho, Sobradinho II, no Distrito Federal; Água Fria de Goiás, Cabeceiras, Formosa, Planaltina de Goiás e Vila Boa, em Goiás; e Buritis, em Minas Gerais. Mais informações sobre o primeiro vestibular 2007 da UnB podem ser obtidas na página eletrônica da universidade.

    Na próxima sexta-feira, 13, a UnB iniciará uma nova etapa no projeto de descentralização e expansão, com a inauguração da pedra fundamental para o início das obras do campus de Ceilândia, cidade-satélite localizada a 25 quilômetros de Brasília.

    Ana Beatriz Lemos

  • Foto: Júlio César PaesHá três anos, no dia 6 de junho de 2003, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) adotava o sistema de cotas para negros em seus processos seletivos. Desde então, 1.120 alunos ingressaram na instituição por esse sistema, avaliados em exames vestibulares. A UnB foi a primeira instituição federal a adotar as cotas, mas a pioneira no país foi uma estadual, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), também em 2003.

    Várias outras seguiram o exemplo, como as universidades federais do Tocantins (UFT), que também reserva vagas para índios; da Bahia (UFBA), de Alagoas (Ufal), de São Paulo (Unifesp), do Paraná (UFPR) e do ABC (UFABC), além das estaduais do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, da Bahia (Uneb), de Mato Grosso do Sul (UEMS) e de Montes Claros (Unimontes).

    Tema polêmico, a adoção de cotas não era consenso na UnB, à época. Tanto que motivou uma pesquisa do sociólogo Ernandes Belchior para o trabalho de mestrado Não Deixando a Cor Passar em Branco: o Processo de Implementação de Cotas para Estudantes Negros na UnB. Belchior, 31 anos, brasiliense, verificou que professores e pós-graduandos, apesar de reconhecerem a necessidade de medidas afirmativas de acesso ao ensino superior, eram, em sua maioria, contrários às cotas. Contudo, a adoção teve 24 votos a favor, um contra e uma abstenção.

    O sociólogo fez uma radiografia das discussões durante o mestrado, no Departamento de Sociologia, durante dois anos. A tese foi defendida em março de 2006. O debate e o ambiente democrático, segundo Belchior, contribuíram para a mudança de posição dos opositores da idéia. “Os que eram contrários à proposta acabaram apoiando-a diante dos argumentos e estudos apresentados”, constatou.

    Inserção — A próxima meta de Belchior é preparar uma dissertação de doutorado para verificar como os cotistas estão inseridos na UnB. Ele entende que o tema é amplo e começa a ser abordado em outros trabalhos de mestrado e doutorado.

    Pelas previsões da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), o número de cotistas negros nas instituições federais e estaduais do país chegará a 25 mil este ano. No fim do primeiro semestre de 2005, o total era de 10.635 estudantes em 12 universidades. Hoje, 24 universidades públicas adotam o sistema.

    Repórter: Susan Faria

  • Dez novas universidades e 61 novos campi foram criados com o programa de expansão do ensino superior no país. A ação visa interiorizar as universidades federais, diminuindo o êxodo em direção aos grandes centros urbanos. Assim, os alunos podem utilizar os conhecimentos adquiridos na universidade para o desenvolvimento de sua própria região.

    A Universidade de Brasília (UnB) está engajada no processo de expansão para outras cidades do Distrito Federal. Já foi instalado um campus da universidade em Planaltina e, até o final de 2008, outros dois campi começarão a funcionar: um em Ceilândia e outro no Gama.

    O Ministério da Educação vai investir R$ 12,2 milhões na construção dos novos campi. As obras estão orçadas em cerca de R$ 10 milhões. Inicialmente, serão oferecidas cerca de 400 vagas em cada unidade. Ceilândia deve oferecer cursos na área de ciências da saúde e o Gama, na de ciências tecnológicas. O foco do campus de Planaltina é nas ciências da terra.

    Inaugurada em maio de 2006, a Faculdade UnB Planaltina, como é chamado o campus, comprova a democratização do acesso ao ensino superior. Depois de apenas três vestibulares, 60% dos 289 alunos de graduação já são moradores da área de abrangência do campus (Planaltina, Sobradinho, Planaltina de Goiás e Formosa).

    A Universidade de Brasília também aderiu ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Até 2012, a UnB pretende aumentar de 61 para 85 os cursos de graduação, com ênfase para os cursos noturnos que vão passar de 15 para 23. As matrículas vão passar de 4.178 para 8.458, crescendo cerca de 103%. 

    Assessoria de Comunicação Social

  • A equipe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) apresentou hoje, 31, o evento Os 50 Anos do Maior Sismo Brasileiro. Foram realizados debates sobre o assunto, além de exposição de trabalhos científicos de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Observatório Nacional. O objetivo da UnB é discutir o conhecimento dos abalos sísmicos no país e fazer um levantamento sobre o preparo dos órgãos de defesa civil para enfrentar esse tipo de ocorrência.

    O professor Marcelo Assunção, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da UnB, explicou que os terremotos resultam do aumento de tensões geológicas, acumuladas em centenas de milhões de anos. "As tensões vão deformando a crosta terrestre. Chega uma hora em que a crosta não agüenta e se rompe. A ruptura, ou deslizamento de bloco, é rápida e isso geralmente ocorre numa falha geológica", explicou.

    Estudos mostram que o maior terremoto ocorrido no Brasil aconteceu há 50 anos e alcançou 6.6 na escala Richter, que vai até 10. Segundo os estudiosos, ele teve seu epicentro na Serra do Tombador, em Mato Grosso, e por ter ocorrido em região desabitada não provocou vítimas, mas foi sentido em Cuiabá, a 400 quilômetros de distância. Para o coordenador do evento, o assessor do Observatório Sismológico e professor da UnB, Alberto Veloso, o Brasil está bem preparado para registrar sismos e entender sua ocorrência em nosso território.

    "O Brasil não é tão suscetível a terremotos porque o fenômeno ocorre com mais freqüência nas bordas das placas tectônicas - regiões da crosta terrestre que, ao se moverem, se chocam gerando os abalos -, e o país está no meio de uma dessas placas, portanto, longe dessas áreas. "Por esse motivo, não há registros numerosos de terremoto em território brasileiro", afirmou o professor.

    Observatório - Os trabalhos do Observatório Sismológico da UnB, que tem 30 técnicos, começaram na década de 60 e se expandiram desde então. O observatório é referência na consultoria a grandes empresas energéticas em todo o país. Na opinião do chefe do Observatório Sismológico, Lucas Barros, o momento é de reflexão e serve para ampliar os estudos sobre a possibilidade da ocorrência de terremotos no Brasil.

    Repórter:Sonia Jacinto

     

  • A cátedra Unesco de Educação a Distância da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) inicia nesta quarta-feira, 14, o ciclo de debates Rumo à sociedade do Conhecimento – Diálogos, a partir das 10h, na Sala Papirus, no campus da UnB. Um dos objetivos do evento é discutir a natureza e especificidade do papel que as universidades têm diante das transformações por que passa o mundo e as tarefas que devem assumir para favorecer a democratização do conhecimento, a alfabetização e a inclusão social.

    Os Diálogos deverão ocorrer uma vez por mês, com a proposta de aprofundar questões e apontar rumos para o trato do conhecimento nas universidades ou a partir delas. Os debates serão registrados em mídia sonora e audiovisual e divulgados por meio do Observatório de Inclusão Digital.

    Para o primeiro Diálogo, está marcada a participação do titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, que abordará o tema O Papel da Universidade na Sociedade do Conhecimento, e de Leonardo Lazarte, do Centro de Difusão Tecnológica e Conhecimento da UnB, cuja palestra será A Ampliação do Acesso à Universidade e ao Conhecimento.

    No dia 16, também a partir das 10h, os expositores serão Linda Harasin, da Simon Fraser University, do Canadá, que fala sobre Modelos de Ensino Colaborativo on line, e Maria Luiza Angelin, da Faculdade de Educação da UnB, abordando o Grupo CTAR – Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A Universidade de Brasília (UnB) divulgou na segunda-feira, 11, a lista dos aprovados no segundo vestibular de 2005, cujas provas foram realizadas nos dias 11 e 12 de junho. Participaram do concurso 28.609 candidatos, concorrendo a 2.004 vagas. Desse total, 4.042 candidatos concorreram a 394 vagas pelo sistema de cotas para estudantes negros.

    Apaixonado por música e praticante de bateria, Túlio Frade Reis, 19 anos, conseguiu a primeira colocação entre todos os concorrentes e assegurou sua vaga no curso de medicina, após três tentativas. “Não estou acreditando nem que passei, imagina em primeiro lugar”, confessou. Seu pai, Ivaldo Reis, comemorou, ainda, a aprovação para o curso de psicologia da filha Rafaela Frade, 17 anos. “Ver o filho passar no tão sonhado vestibular é o melhor presente que um pai pode receber.” Rafaela ainda não terminou o ensino médio e pode não ser matriculada.

    Estudantes e familiares aguardaram 30 dias pelos resultados. Tuani Sampaio de Paula, 18 anos, assegurou uma vaga no curso de física, resultado de uma rotina de estudos e dedicação. Ela acordava às 5h para ir ao cursinho pré-vestibular e lá permanecia até as 21h. “Todo o esforço valeu a pena. É a melhor sensação que já senti na vida”, afirmou.

    Aprovada pelo sistema de cotas para estudantes negros, após seis tentativas, Natália Grasiele Alves de Sousa, 19 anos, conseguiu a vaga no curso de farmácia. “Vale a pena o esforço e dedicação. O sistema de cotas resolve o problema a curto prazo, mas o governo precisa investir na educação básica”, disse Natália. “Espero que daqui a alguns anos a educação básica seja igualitária e o sistema possa ser extinto”, completou. Os irmãos Daniel e Lorena Ribeiro também foram aprovados pelo sistema de cotas, em ciências contábeis e administração, respectivamente. Daniel Ribeiro, 17 anos, garante que estudou muito para conseguir a aprovação.

    Segunda chamada – Para os que alimentaram a expectativa de uma aprovação e viram frustrados seus sonhos de obter vaga no segundo vestibular de 2005 na UnB, no dia 19 será tornada pública uma segunda chamada, visando preencher as vagas que não tiverem confirmação de matrículas. A lista dos aprovados está na página eletrônica do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), responsável pela elaboração, aplicação e correção das provas.

    José Leitão

  • A Universidade de Brasília (UnB) promoverá seleção de candidatos para mestrado acadêmico na linha de pesquisa em gestão da educação profissional e tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 16 próximo e se estenderão até o dia 20.

    Serão oferecidas 25 vagas. Podem se candidatar os egressos de cursos superiores de duração plena reconhecidos no país. A linha de pesquisa em gestão da educação profissional e tecnológica admitirá gestores (diretores-gerais, de ensino, de pesquisa, de pós-graduação, de administração, gerentes e coordenadores) vinculados à rede federal de educação profissional e tecnológica. Podem também se inscrever candidatos que concluirão cursos de graduação até o último dia do período de confirmação do ingresso no curso de mestrado pretendido.

    O processo de seleção terá as etapas de avaliação de diplomas, de histórico escolar, de currículo e de pré-projeto de pesquisa, além de prova oral. O candidato também deve comprovar proficiência em língua estrangeira — inglês, francês ou espanhol.

    Mais informações na página eletrônica da Faculdade de Educação da UnB.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • A aluna Jeane Quitéria se orgulha de ter passado no primeiro vestibular do campus de Ceilândia da UnB (Foto: Júlio César Paes)Duzentos e quarenta profissionais da saúde iniciam sua formação a partir da próxima quinta-feira, 28 de agosto, no campus de Ceilândia, da Universidade de Brasília (UnB). A inauguração do campus nesta segunda-feira, 26, amplia o acesso ao ensino superior de qualidade a estudantes que moram em regiões do Distrito Federal distantes do Plano Piloto.

    É o caso da futura terapeuta ocupacional Jeane Quitéria, que aos 34 anos, diz ter conquistado um sonho antigo. “Há 14 anos, tento passar no vestibular na UnB”, lembrou. Filha de pai feirante e mãe dona de casa, Jeane conta que foi mãe ainda muito jovem – aos 14 anos – e nunca teve dinheiro para fazer cursinho pré-vestibular ou pagar por uma universidade.

    “Meus pais não estudaram, mas eu sempre tive essa vontade”, disse. Para ela, a universidade pode ajudar a descobrir potencialidades em todas as faixas sociais e o novo campus será fundamental para despertar o interesse dos jovens de Ceilândia pela formação acadêmica.

    De acordo com o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, apenas 13% dos jovens têm acesso ao ensino superior. “Não é justo que a qualidade seja reservada a poucos”, disse. Na visão dele, a concepção de território nacional está mudando. “Território é o espaço em que conseguimos levar educação de qualidade em todos os níveis e modalidades para despertar talentos em todas as áreas”, ressaltou.

    Já o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, destacou que o vestibular do campus de Ceilândia estimula o ingresso dos estudantes da região à universidade. “O aluno da rede pública de Ceilândia tem 20% de acréscimo na nota final do vestibular”, afirmou. “Isso permite que o filho de família pobre de Ceilândia possa sonhar em ser aluno da UnB”.

    O reitor pro-tempore da UnB, Roberto Aguiar,  aconselhou os novos alunos a resistir à mediocridade. “Aqui não há lugar para conformismo ou ausência de paixão”, enfatizou. Aguiar disse que não haverá tratamento discriminatório entre o campus central da UnB, Darcy Ribeiro, no Plano Piloto, e o campus de Ceilândia. Ele destacou a importância dos cursos da área de saúde oferecidos no campus: “Falar de saúde é problematizar dramas sociais.”

    No primeiro vestibular foram oferecidas 240 vagas nos cursos diurnos de Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Gestão de Saúde. Em dezembro, haverá vestibular para cursos noturnos. As aulas serão ministradas em prédio provisório no Centro de Ensino Médio 4 de Ceilândia. A sede definitiva deve ficar pronta em 2009, próxima ao metrô da cidade.

    Além do campus de Ceilândia, a expansão da UnB já inaugurou o campus do Gama, no domingo, dia 25. O campus de Planaltina está em funcionamento desde 2006.

    Maria Clara Machado

  • Salas arejadas, laboratórios e equipamentos novos, auditório e até um pátio com espelho d'água. Esses são apenas alguns dos itens que compõem o novo prédio do Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB), inaugurado nesta quarta-feira, 18. Com as novas instalações, os alunos e professores desfrutarão de uma infra-estrutura adequada e mais segura.


    Mariana Medeiros, 20 anos, é aluna do quarto semestre do curso de Química da UnB. Na visão da estudante, o novo edifício vai facilitar o estudo prático. “No antigo prédio, os laboratórios não eram bem separados e a infra-estrutura era velha. Alguns chuveiros e os lavadores de olhos, que são itens básicos nos laboratórios de química, não funcionavam mais e isso era ruim para nossa segurança”, conta. O departamento, antes, localizava-se no subsolo do Instituto Central de Ciências (ICC), o “minhocão”.


    O professor Gerson Mol acredita que a ampliação da estrutura do Instituto de Química representa uma nova fase da universidade. “O ICC é  bonito e grande, mas foi sendo ocupado de tal forma que começamos a lecionar em situações insalubres. A minha sala, por exemplo, era debaixo da escada de um anfiteatro, sem ventilação nem iluminação”. Para Mol, como o novo edifício é exclusivo da Química, vai possibilitar, ainda, melhor integração da comunidade acadêmica.


    A inauguração teve a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, do reitor pro-tempore da UnB, Roberto Aguiar, e do secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota. “É uma satisfação poder visitar a UnB em clima de concórdia, com planos para si mesma”, afirmou o ministro. Haddad, que minutos antes da solenidade participou de uma reunião de trabalho com o reitor, disse que todo investimento necessário à universidade está garantido.


    Com a nova reitoria, assumida há dois meses após a renúncia de Timothy Mulholand, o projeto da UnB para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) foi alterado. O prazo para a entrega da nova proposta é 15 de julho. “O MEC vai avaliar o plano da UnB e, se estiver dentro dos parâmetros estabelecidos para todas as instituições, será homologado e posto em prática”, destacou Haddad.


    Letícia Tancredi

  •  Universidade de Brasília (UnB) está lançando uma cartilha com informações sobre a história da luta do movimento negro por espaço no ensino superior e, também, sobre o funcionamento do sistema de cotas na universidade. A cartilha também é chamada de Manual do Candidato ao Sistema de Cotas da UnB, já que tem a intenção de responder às principais dúvidas dos vestibulandos. Desde 2004, a UnB reserva 20% de suas vagas oferecidas a cada semestre a estudantes afrodescendentes, que se declaram negros ou pardos.

    Elaborada pelo Coletivo Negro no Distrito Federal e entorno (grupo EnegreSer), a cartilha é simples, objetiva e sucinta, e busca responder às principais dúvidas dos estudantes que não dominam a cultura dos vestibulares. Ela informa quem tem direito a concorrer às vagas reservadas, que critérios definem ou não a negritude de um cidadão, o porquê do sistema de cotas e como fazer para participar dele, entre outras questões.

    Jaques Jesus, assessor de Diversidade e Apoio aos Cotistas da UnB, afirma que a universidade percebeu a falta de informações sobre esse tipo de sistema, principalmente entre os alunos de baixa renda. “A cultura de fazer vestibular é da classe média. As informações sobre as seleções dificilmente chegam aos mais carentes”, explica. A UnB também pretende espalhar painéis sobre o assunto em algumas cidades do Distrito Federal, como Samambaia, Planaltina, Gama, Brazlândia e Ceilândia.

    Apoio - Além disso, a instituição também conta com o apoio de entidades do movimento negro da região, escolas da rede pública, cursinhos populares e organizações não-governamentais para distribuir os panfletos e incentivar os estudantes a apostar no sistema de cotas. A expectativa de Jaques Jesus é de que os jovens afrodescendentes se sintam estimulados a participar do processo seletivo da instituição.

    Em 2004, por meio do sistema de cotas, cerca de 300 negros entraram na UnB, para cursos principalmente na área de humanas e ciências sociais. Os cursos de direito e medicina receberam, no máximo, quatro alunos, cada. O mesmo resultado foi verificado no vestibular de 2005. Antes da aplicação do sistema de cotas, em 2003, ingressaram na UnB cerca de 4% de estudantes negros.

    Repórter: Sonia Jacinto

     

  • A Universidade de Brasília (UnB) lança na próxima sexta-feira, 13, a pedra fundamental do seu campus em Ceilândia, localizado a 26 quilômetros do Plano Piloto. A construção do novo campus faz parte do projeto de expansão da universidade, que já inaugurou a UnB–Planaltina em 2006 e pretende levar o ensino superior para outras cidades do Distrito Federal nos próximos anos.

    O novo campus deve ser inaugurado em 2008, tem cerca de 20 hectares e em poucos anos poderá atender mais de cinco mil alunos de várias regiões do Distrito Federal e do seu entorno. Os cursos oferecidos serão definidos de acordo com as necessidades da população. Por isso, as licenciaturas terão prioridade, já que existe grande carência de professores de química, física, biologia, matemática e pedagogia.

    Ceilândia é uma das maiores cidades-satélites de Brasília, concentrando mais de 18% da população da capital. A cidade surgiu a partir da Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), em 1971, e hoje possui uma das menores rendas per capita da região. Segundo pesquisa realizada pela Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (Codeplan), apenas 12,5% da população da cidade possui o segundo grau completo e menos de 1% concluiu o ensino superior.

    De acordo com o coordenador de Expansão da UnB, Sylvio Quezado, a cidade foi escolhida por sua grande concentração demográfica, além de a localização atender a outras cidades vizinhas. “O objetivo da expansão da UnB é contribuir para o desenvolvimento regional, por isso a localização de cada unidade é feita de forma estratégica e referencial para a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.”

    No programa de extensão da UnB, ainda está prevista a inauguração de um campus no Gama – outra cidade do Distrito Federal, a 40 quilômetros do Plano Piloto. Segundo Quezada, o terreno já foi cedido e o projeto arquitetônico está em fase de finalização. Neste campus, ensino, pesquisa e extensão estarão voltados principalmente para a área tecnológica.

    Assim como o campus de Ceilândia, o do Gama também aguarda liberação financeira para iniciar as construções. A expectativa é que em 2008 já seja realizado o primeiro vestibular em Ceilândia.

    O lançamento da pedra fundamental do campus da UnB–Ceilândia será às 11h. O encontro contará com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o reitor da UnB, Timothy Mulholland, e a governadora do Distrito Federal, Maria de Lourdes Abadia. 

    Repórter: Cíntia Caldas

     

  • O Centro de Educação a Distância da Universidade de Brasília (UnB) abre inscrições na próxima terça-feira, 18, para o curso de Capacitação Continuada em Conselhos Escolares, na modalidade a distância. O curso é dirigido a técnicos e dirigentes das secretarias estaduais e municipais de educação, membros de sindicatos da educação e conselheiros estaduais e municipais. As inscrições vão até dia 30.

    O curso, com 80 horas de duração, oferece três mil vagas e é gratuito. Terá início em 14 de agosto com aulas distribuídas durante três meses, com previsão de encerramento em novembro deste ano. Como a formação será totalmente a distância, o aluno receberá os conteúdos impressos para estudo individualizado e em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que permite interatividade entre tutor e estudante.

    Para ter bom desempenho, o Centro de Educação a Distância da UnB faz três recomendações aos candidatos: ter acesso regular à internet, no mínimo duas vezes por semana, para acompanhar as atividades, debates, receber e enviar trabalhos; ter endereço eletrônico (e-mail) para comunicação com a tutoria; e conhecimentos básicos de informática para utilizar programa de edição de textos, navegação na internet, enviar e receber e-mail. A ficha de inscrição está nas páginas eletrônicas da UnB e da SEB. Outras informações podem ser obtidas usando os endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Ionice Lorenzoni

  • A Universidade de Brasília (UnB) vai formar cerca de 300 professores-tutores de educação fundamental na área de alfabetização e linguagem, entre maio e agosto. A iniciativa faz parte das ações da Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Educação Básica, programa da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) em parceria com as secretarias municipais e estaduais de Educação. O curso de tutores, a ser oferecido pelo Centro de Formação Continuada de Professores (Ceform) da UnB, semipresencial e a distância, dará suporte a outros cursos, a partir de setembro, para docentes da rede pública do DF, Tocantins e Goiás. Eles serão indicados pelas secretarias de Educação dessas três unidades da Federação.

    Para montar os cursos, o Ceform está concluindo 15 fascículos impressos, cinco vídeos e vários CD-Roms que ajudarão os professores na aprendizagem, sobretudo a distância. O material será entregue à SEB/MEC para aprovação. O Centro, que funciona no prédio Anísio Teixeira, sala 141, Campus da UnB, está construindo o portal www.ceform.unb.br para também auxiliar na formação dos professores.

    Para Hélene Leblan, coordenadora do Ceform, "a Rede é importante para a universidade e o sistema de ensino. Ela fará diferença na dinâmica da formação dos alunos e professores e eficiência do sistema". Para agilizar o trabalho, o Ceform realizará o Seminário Universidade e Sistema de Ensino, de 9 a 13 de maio, no Auditório Dois Candangos (UnB), com secretarias de Educação, professores da rede pública e da universidade e universitários.

    Rede - Para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos alunos, o professor deve participar de processos de formação. Foi por isso que o MEC criou a o programa e selecionou universidades públicas e comunitárias para promover a excelência na formação de professores.

    Esses parceiros constituíram 19 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação, responsáveis por parte do desenvolvimento e oferta de programas de formação continuada de professores e implantação de novas tecnologias de ensino e gestão. Todos os profissionais da educação fazem parte desse projeto: professores, diretores, secretários estaduais e municipais de educação. Mais informações pelos telefones (61) 307-3627 ou 307-3027, no Ceform; e (61) 2104-8672, na SEB/MEC.

     

    Susan Faria

  • A pesquisa mundial de cultura política World Values Survey (WVS), sobre as mudanças socioculturais e políticas do mundo, será tema de curso na Universidade de Brasília (UnB), a partir de segunda-feira, 23. As aulas serão dadas pelo coordenador internacional do WVS e professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de Michigan (EUA), Ronald Inglehart. A atividade integra a Escola de Altos Estudos, programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    O WVS pesquisa os valores básicos e convicções de pessoas de mais de 80 países, em todos os continentes, abrangendo quase 80% da população mundial. Os dados já obtidos resultam em mais de 300 publicações, em 16 idiomas. No Brasil, a pesquisa é desenvolvida pela UnB.

    Para o organizador do curso, o cientista político e professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (Ceppac/UnB), Henrique Carlos de Oliveira de Castro, a presença de Inglehart irá proporcionar a atualização dos cursos de pós-graduação brasileiros em um conjunto de conhecimentos pouco utilizados no Brasil. “Inglehart é um dos mais destacados cientistas políticos do planeta, com experiência na condução de estudos comparados em nível mundial, especialmente na área da cultura política”, salienta.

    Pesquisa — O curso intitulado Pesquisa mundial de valores: do desenho de pesquisa à análise de dados será no auditório da Reitoria da UnB, até 27 de abril, no período das 14h às 18h. Gratuito, é aberto à participação de estudantes de cursos de mestrado e doutorado de todo o Brasil, reconhecidos pela Capes. O curso também será transmitido on-line, via web, pela TV UnB. O link de acesso estará disponível na página eletrônica da UnB.

    A Escola de Altos Estudos foi criada em maio de 2006 com o objetivo de possibilitar que professores e pesquisadores estrangeiros dêem cursos no Brasil, a fim de fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação das instituições brasileiras. As instituições interessadas devem apresentar projetos indicando o professor que pretendem convidar e seu currículo, o programa e o período do curso (com duração não superior a 120 dias), além de estimativa de orçamento. Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • A Universidade de Brasília (UnB) promove nesta terça-feira, 12, o fórum Educação Profissional e Tecnológica e o Desenvolvimento do Distrito Federal. O encontro estende-se por todo o dia, no auditório da Reitoria. Representantes do Ministério da Educação, do Governo do Distrito Federal e da UnB estão presentes. O fórum promove a discussão da educação profissional e tecnológica orientada para o desenvolvimento socioeconômico da região do Distrito Federal e Entorno. Também participam representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e dos serviços nacionais de aprendizagem industrial (Senai), Comercial (Senac) e Rural (Senar).

    A iniciativa faz parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica, que já implantou 60 unidades de ensino no País e prevê outras 150 até 2010. Dessas novas unidades, quatro serão instaladas no Distrito Federal — Gama, Planaltina, Samambaia e Taguatinga.

    Políticas locais de educação profissional e tecnológica; oportunidades e demandas; arranjos produtivos locais e formação de recursos humanos; eixos estratégicos do desenvolvimento e propostas para a formação profissional são alguns dos temas discutidos no seminário. Segundo o secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco, o encontro é um marco na história da educação profissional no Distrito Federal. “A implantação dessas novas unidades fortalecerá a educação profissional e tecnológica na região e em todo o Entorno, além de contribuir para a formação de mão-de-obra qualificada e especializada”, afirmou.

    Mais informações pelo telefone (61) 3307-2205. (Sophia Gebrim, com informações da Assessoria de Imprensa da UnB)

  • A Universidade de Brasília promove a partir desta quinta-feira, 17, o 1º Encontro Nacional do Curso de Letras e Libras e o 3º Simpósio de Língua de Sinais e Bilingüismo. O evento, que se estenderá até sábado, dia 19, tem o apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e das secretarias de Educação a Distância (Seed/MEC) e de Educação Especial (Seesp/MEC).

    Estarão reunidos coordenadores e estudantes de todo o País para discutir a experiência dos meses iniciais do curso, o primeiro em nível universitário destinado a formar professores surdos e ouvintes, que lecionarão na língua brasileira de sinais, a libras. O objetivo do encontro é levar ao conhecimento da comunidade acadêmica a existência dessa turma e discutir a recente experiência proporcionada pelo curso.

    Coordenado pela UFSC, o curso, desenvolvido na modalidade a distância, faz parte do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). As atividades foram iniciadas em outubro de 2006, após vestibular específico realizado em nove pólos — Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás, Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo (USP), universidades federais de Santa Catarina, da Bahia (UFBA), de Santa Maria (UFSM), do Amazonas (Ufam) e do Ceará (UFC).

    Cada instituição oferece 55 vagas, além dos 60 alunos do pólo da UFSC. O curso é desenvolvido em forma de rede nos nove pólos, totalizando 500 vagas. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A Universidade de Brasília (UnB) vai promover um vestibular de inserção social regionalizado para o campus de Planaltina. Serão ministrados os cursos de bacharelado em gestão de agronegócios e licenciatura em ciências naturais, com um total de 70 vagas. Podem concorrer estudantes que freqüentaram escolas de ensino médio do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Este é o primeiro vestibular do campus de Planaltina e também o primeiro programa de inserção social para moradores que cursaram o ensino médio em uma região específica.

    “A intenção é fixar em Planaltina as pessoas comprometidas com o desenvolvimento da região”, disse o gerente de acesso à educação superior do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), Paulo Portela. O programa favorece candidatos que tenham cursado as três séries do ensino médio em Brazlândia, Planaltina, Sobradinho e Sobradinho II, no Distrito Federal; Água Fria de Goiás, Cabeceiras, Formosa, Planaltina de Goiás e Vila Boa, em Goiás, e Buritis, Minas Gerais.

    As provas serão realizadas no dia 26 de março. As aulas começam no dia 17 de abril. São 30 vagas para gestão de agronegócios e 40 para ciências naturais. Os candidatos terão quatro horas e meia para responder a 120 questões. Serão 60 de linguagens e códigos e ciências sociais e outras 60 de ciências da natureza e matemática. Também haverá prova de redação em língua portuguesa.

    Do total de 70 vagas, 20% são reservadas a candidatos ao sistema de cotas, que faz parte do programa de ações afirmativas. Eles devem apresentar histórico escolar das três séries do ensino médio e comprovante de que cursaram as séries em escola situada nas localidades descritas.

    As inscrições estão abertas e devem ser feitas exclusivamente pela internet até às 23h59 do dia 26 próximo — quem não tem acesso à rede mundial, pode procurar os postos de atendimento do campus de Planaltina e do campus Darcy Ribeiro — mezanino do Instituto Central de Ciências (ICC) Norte. A taxa de inscrição é de R$ 60,00. (Sonia Jacinto com informações da Assessoria de Imprensa da UnB)

  • O período de inscrição nas três etapas do Programa de Avaliação Seriada (PAS) da Universidade de Brasília (UnB) foi ampliado até 20h do dia 18 de setembro. Podem participar estudantes da 1ª série do ensino médio, matriculados em escolas públicas e particulares. Os interessados devem preencher o formulário que está disponível na internet, na página eletrônica do Cespe.

    O PAS, que este ano comemora dez anos de criação, é um processo seletivo diferente do vestibular: seleciona de maneira gradual e sistemática, durante o ensino médio, os futuros estudantes da UnB. Estão cadastradas no programa 2.095 escolas de todo o país. No Distrito Federal, são 76 escolas públicas e 97 particulares. A cada ano, 50% das vagas do primeiro semestre letivo são ocupadas por aprovados no PAS. Até o momento, 7.569 alunos entraram na UnB pela avaliação seriada.

    A taxa de inscrição é de R$ 40. Correntistas do Banco do Brasil podem debitar o valor em conta corrente. Alunos economicamente carentes, moradores do Distrito Federal, têm direito de solicitar isenção de taxa de inscrição. Desde o ano passado, as inscrições são feitas pela internet.

    Os candidatos à primeira etapa, que moram no Distrito Federal e não têm acesso à rede, podem se inscrever no posto disponibilizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB) nas diretorias regionais de ensino (DREs), até o dia 16 de setembro, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Também há posto de inscrição no Instituto Central de Ciências, Ala Norte do Campus Darcy Ribeiro, aberto ao público das 9h às 16h, exceto aos domingos e feriados.

    A partir de 18 de novembro, os estudantes receberão um boletim informativo com a data e o local de realização da prova, assim como as opções de artes (visuais, cênicas ou música) e de língua estrangeira (inglês, francês ou espanhol). Os candidatos farão uma prova objetiva, de caráter não-eliminatório.

    As provas serão nos dias 4 de dezembro de 2005 (1ª etapa); 3 de dezembro de 2006 (2ª etapa); e 19 e 20 de novembro de 2007 (3ª etapa). Ao fim deste período, os selecionados preencherão 50% das vagas oferecidas pela UnB nos 61 cursos da graduação. As aulas começam no primeiro semestre letivo de 2008. Os candidatos não precisam escolher o curso nesta primeira fase, somente a opção de língua estrangeira e de artes. Mais informações pelo telefone (61) 3448-0100.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá e Assessoria de Comunicação da UnB

  • A Universidade de Brasília (UnB) promoverá vestibular no fim de maio próximo para preencher 50 vagas do curso de licenciatura do campo. O processo seletivo será específico para educadores que trabalham na rede de ensino pública ou que executam projetos do governo federal na área rural. As inscrições serão abertas no início de maio. As aulas  começarão em junho, no Centro Transdisciplinar de Educação no Campo (Cetec), em Planaltina, Distrito Federal.

    Com duração de 3,4 mil horas, o curso utilizará a pedagogia da alternância, com oito etapas presenciais, cada uma com 50 dias letivos, e sete etapas práticas em localidades nas quais os professores lecionam. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciatura em Educação do Campo, executado pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e de Educação Superior (SESu/MEC).

    O Ministério da Educação repassou R$ 1 milhão a cinco universidades públicas — R$ 200 mil a cada uma — para que elas ofereçam o curso durante quatro anos. O propósito é qualificar professores que não têm diploma. Além da UnB, participam do projeto as universidades federais de Sergipe (UFS), da Bahia (UFBA), de Campina Grande, Paraíba (UFCG) e de Minas Gerais (UFMG). Cada universidade abrirá 50 vagas até junho. Os recursos serão aplicados em alimentação, transporte e material didático dos alunos, além de outros gastos do curso.

    Na UnB, o curso será ministrado com a parceria do Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (Iterra), com sede no Rio Grande do Sul. “Desde 1998, a universidade desenvolve políticas de inclusão e ações afirmativas”, disse a professora Mônica Molina. “A UnB foi uma das primeiras a adotar cotas para negros.” Na opinião de Mônica, é essencial a centralidade do campo para se construir um projeto de nação com igualdade  e justiça.

    Seminário — Na segunda quinzena de fevereiro, o Cetec promoverá seminário para concluir o projeto pedagógico do curso de licenciatura do campo, com a participação do colegiado de licenciatura da universidade e de representantes dos movimentos ligados à área rural. O curso formará professores para a docência multidisciplinar em escolas do campo nas áreas de linguagens, artes, literatura, ciências humanas e sociais, agrárias e da natureza e matemática.

    Mais informações na página eletrônica da UnB e no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Susan Faria

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  • O novo reitor da instituição, José Geraldo de Souza Jr., foi empossado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta terça-feira, 18, em Brasília. Nos últimos sete meses, a instituição esteve sob a direção do reitor pró-tempore, Roberto Aguiar. Aguiar chegou ao cargo depois da renúncia de Timothy Mulholland, que deixou a UnB sob acusações de mau uso dos recursos universitários.

    “A nossa universidade tem uma história de resistência”, afirmou Aguiar. “Desta vez, resistimos ao ataque à ética.” O professor referia-se à ditadura militar e à demissão de 200 professores na década de 60, fatos chamados por Aguiar de “ataques à liberdade e ao conhecimento”.

    A participação dos alunos no processo de transição foi citada como “fundamental” em todos os discursos. Foi a partir da mobilização dos estudantes que Mulholland deixou o cargo. “Nesta data eu parabenizo sobretudo os estudantes da UnB”, ressaltou o ministro Fernando Haddad.

    O novo reitor terá gestão de quatro anos. Doutor em Direito pela própria UnB, José Geraldo de Sousa Junior assumiu a gestão com entusiasmo. A UnB abriga mais de 1.300 professores, cerca de 2.300 funcionários, oferece 63 cursos de graduação, 64 de mestrado, 45 de doutorado e dezenas de especializações. 

    Ana Guimarães

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