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  • A Justiça Federal manteve a suspensão dos efeitos do vestibular de 2009 do curso de medicina da Universidade Iguaçu (Unig), campus Itaperuna (RJ). No início de março, a juíza federal substituta Luciana Cunha Villar, de Campos (RJ), confirmou liminar deferida à União que suspende os efeitos do processo seletivo realizado pela instituição fluminense e impede a admissão de novos alunos até que sejam saneadas as deficiências verificadas pelo Ministério da Educação.

    O curso de medicina da Universidade Iguaçu é um dos que se encontram sob supervisão do MEC. Em 2008, o Ministério determinou, como medida cautelar, a suspensão do ingresso de novos alunos no curso.

    Dessa forma, a Unig não poderia abrir processo seletivo nem aceitar estudantes por transferência ou outras formas de admissão. Apesar de notificada, a instituição descumpriu a determinação do Ministério e realizou vestibular em 2009. A União, então, ajuizou ação civil pública para garantir o cumprimento da medida cautelar, buscando impedir o ingresso de novos alunos até que sejam saneadas as deficiências identificadas pelo MEC. Trecho da decisão destaca a importância da medida para a qualidade do ensino:

    “Não se trata de mero direito patrimonial disponível daqueles que pretendem cursar Medicina, como alega a ré em sua contestação. Trata-se, pela natureza do objeto, de direito coletivo, posto que a população em geral será atendida pelos futuros profissionais médicos. Ademais, a garantia de padrão de qualidade de ensino superior é considerada de responsabilidade do Estado pelo art. 209, da Constituição Federal”.

    Supervisão
    – Iniciada em 2008 pela Secretaria de Educação Superior, a supervisão especial dos cursos de medicina foi motivada por indicadores de qualidade insatisfatórios de 17 cursos no Exame Nacional do Desempenho de Estudantes (Enade) de 2007. Outros três cursos de medicina que haviam sido alvo de denúncias foram incluídos no processo de supervisão especial.

    Após avaliação da comissão de especialistas que acompanha o caso, 15 instituições assinaram termos de saneamento de deficiências com o MEC, comprometendo-se a executar as medidas acordadas. Além disso, o Ministério determinou medidas cautelares de redução do número de vagas ou suspensão de ingresso de novos alunos nos casos mais graves. A redução de vagas nesses cursos chegou a quase 60%: as 1.260 vagas oferecidas anualmente pelas instituições foram reduzidas a 530 ingressos anuais.

    Assessoria de Imprensa da Sesu

    Acesse a íntegra da decisão.

  • Candidatos devem verificar resultado nas instituições de ensino


    O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira, 12 de março, a lista de espera dos estudantes que manifestaram interesse em participar do Programa Universidade para Todos (ProUni). Os candidatos podem verificar o resultado nas instituições de ensino que escolheram para estudar.

    A lista de espera é mais uma oportunidade para candidatos que não foram pré-selecionados na primeira e segunda chamadas conseguirem uma bolsa pelo programa. Os estudantes são classificados por curso e turno, seguindo as notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.

    Como são feitas duas opções de curso, são dois tipos de lista de espera. No caso da primeira opção, pode participar o candidato:

    • não pré-selecionado nas chamadas regulares;
    • pré-selecionado na segunda opção de curso, reprovado por não formação de turma

    Para a segunda opção, pode participar o candidato:

    • não pré-selecionado nas chamadas regulares, na hipótese de não ter ocorrido formação de turma na primeira opção de curso;
    • não pré-selecionado nas chamadas regulares, na hipótese de não haver bolsas disponíveis na primeira opção de curso;
    • pré-selecionado na primeira opção de curso, reprovado por não formação de turma

    O programa – O ProUni é o programa que oferece bolsas integrais e parciais em instituições particulares de educação superior. A oferta de 252.534 bolsas neste ano é recorde para um primeiro semestre. O sistema registrou mais de 1,5 milhão de inscrições.

    Podem participar do ProUni:

    • estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública, ou na rede particular na condição de bolsista integral da própria escola;
    • estudantes com deficiência;
    • professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública. Nesse caso, não é necessário comprovar renda.

    Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

    Só pode se inscrever no ProUni o estudante que não possuir diploma de curso superior, que tenha participado do Enem mais recente e obtido, no mínimo, 450 pontos de média das notas, bem como não zerado a redação.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os candidatos que ficaram fora da chamada regular ainda podem aderir à lista de espera (arte: ACS/MEC)Os estudantes que se inscreveram no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre e não foram convocados na chamada regular têm prazo até a próxima sexta-feira, 17, para aderir à lista de espera do sistema.

    A convocação de estudantes com base na lista de espera está prevista para o dia 23. O sistema divulgou o resultado da seleção na segunda-feira, 6. Esta edição do Sisu contou com 871.358 inscritos para uma oferta de 56.422 vagas.

    O Sisu é o sistema informatizado do MEC por meio do qual instituições públicas de educação superior oferecem vagas a candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As notas do exame selecionam candidatos a vagas em instituições de todo o país.

    Mais informações sobre esta edição são encontradas na página do Sisu na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Programa Universidade para Todos (ProUni) receberá nesta quinta-feira, 13, e na sexta, 14, a adesão on-line à lista de espera de candidatos a bolsas de estudos em instituições particulares de educação superior. Podem integrar a lista os inscritos que ficaram fora das duas chamadas feitas pelo programa, em 20 de janeiro e no dia 3 último.

    Este ano, há mudança quanto aos procedimentos da lista de espera. O integrante da lista que for convocado terá os dias 19 e 20 próximos para apresentar a documentação e fazer a matrícula na instituição de ensino na qual pretende estudar. Após esse processo, a instituição terá prazo para avaliar os documentos. Nas edições anteriores, o candidato tinha de manifestar interesse na lista de espera e aguardar a convocação da instituição.

    Neste primeiro semestre, o ProUni oferece 191,6 mil bolsas — 131.636 integrais e 59.989 parciais, em 25,9 mil cursos. Isso significa crescimento de 18% na oferta em relação à primeira edição do ano passado.

    Para concorrer à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas parciais, a renda familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Estão dispensados dos requisitos de renda os professores da rede pública em efetivo exercício do magistério da educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública. Eles concorrem exclusivamente a bolsas para cursos de licenciatura.

    Criado pelo governo federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o ProUni oferece a estudantes brasileiros de baixa renda bolsas de estudos integrais e parciais (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior que ofereçam cursos de graduação e sequenciais de formação específica. Podem fazer a inscrição os egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular, estes na condição de bolsistas integrais da própria escola.

    O cronograma completo do ProUni está na página do programa na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A lista eletrônica de convocados para as provas da edição de 2014 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) está disponível na internet a partir desta sexta-feira, 19. Fazem parte da lista dos habilitados para o exame alunos concluintes regulares dos cursos de bacharelado, licenciatura e tecnológicos, como estabelece o artigo 1º da Portaria Normativa nº 8, de 14 de março último.

    Os estudantes devem ser informados da convocação pelos coordenadores dos cursos, que têm acesso exclusivo à lista, constante do sistema on-line do Enade. Cabe, portanto, às instituições de educação superior divulgar amplamente entre os estudantes os nomes daqueles habilitados a fazer as provas, marcadas para 23 de novembro, às 13h (horário de Brasília). O exame é obrigatório para os selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. O convocado deve fazer as provas, independentemente da organização curricular adotada pela instituição em que estuda.

    Realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sob a orientação da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), o Enade de 2014 conta com o apoio técnico de comissões assessoras de área (CAA). O exame, parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), mede o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos, às habilidades e competências, aos conhecimentos sobre a realidade brasileira e mundial e sobre as demais áreas do conhecimento.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

    Acesse a página do exame na internet

    Confira a Portaria Normativa nº 8, de 14 de março de 2014

  • Os candidatos a um lugar na educação superior pública podem conferir até sexta-feira, 22, a oferta de vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação para este segundo semestre. As inscrições serão abertas no dia 18 próximo. O Sisu é o ambiente virtual criado pelo MEC para selecionar estudantes em instituições públicas com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Os estudantes podem se candidatar a até duas opções de curso dentre 30.548 vagas oferecidas por 56 instituições de ensino superior. A políticas afirmativas estão reservadas 8.688 vagas.

    A partir do dia 18, ao longo do período de inscrições, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos serão divulgadas diariamente no portal do Sisu para consulta a qualquer hora do dia. No próprio sistema, o estudante pode tirar dúvidas sobre notas de corte, datas das chamadas, período de matrículas nas instituições, resultados e lista de espera.

    O sistema ainda permite ao estudante localizar cursos e vagas por meio de pesquisa com a indicação do município, da unidade da Federação e da instituição de ensino. É possível ainda saber em quais instituições estão as vagas pretendidas.

    Cronograma— No dia 25 próximo será divulgado o resultado final. A matrícula dos estudantes selecionados em primeira chamada deve ser feita entre o dia 29 próximo e 2 de julho. Os selecionados para a segunda opção ou que não atingirem a nota mínima em nenhum dos dois cursos escolhidos podem permanecer no sistema e ser convocado na chamada seguinte, a partir de 6 de julho. Quem não for selecionado em nenhuma das chamadas pode pedir inclusão em lista de espera.

    O candidato aprovado na primeira opção de curso será automaticamente retirado do sistema. Caso não faça a matrícula na instituição para a qual foi selecionado, perde a vaga.

    O Edital nº 7, de 8 de junho de 2012, que define o processo de seleção unificada para o segundo semestre deste ano foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 11, seção 3, página 44.

    Os candidatos devem conferir a oferta de vagas na página do Sisu na internet.

    Assessoria de Comunicação Social
  • A relação dos avaliadores selecionados e capacitados para o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) foi publicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 16 de julho. Para o credenciamento, todos os avaliadores foram capacitados no Instrumento de Avaliação Institucional Externa do Sinaes. Os nomes dos novos avaliadores também já foram homologados pela Comissão Técnica de Acompanhamento da Avaliação (CTAA), em sua 130ª Reunião Ordinária, realizada em 6 de julho.

    BASis – O Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) é um cadastro nacional e único de avaliadores selecionados pelo Inep para realizar as avaliações in loco nas instituições de educação superior. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Os principais objetivos da avaliação envolvem melhorar o mérito e o valor das instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e formação; melhorar a qualidade da educação superior e orientar a expansão da oferta, além de promover a responsabilidade social das instituições, respeitando a identidade institucional e a autonomia de cada organização.

    Acesse a relação de avaliadores do BASis.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O resultado da primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), edição do segundo semestre, está disponível para consulta on-line dos candidatos. Os estudantes pré-selecionados devem comparecer à instituição de educação superior que fez a convocação nos dias 9, 10, 11 e 13 próximos para providenciar a matrícula.

    O resultado da segunda chamada será divulgado no dia 24 próximo, com matrículas em 27 e 30 deste mês e 1º e 2 de julho.

    Esta segunda edição do Sisu teve recorde de inscritos, com o total de 1.214.259 candidatos, 54% a mais em relação à mesma edição de 2013. Cada estudante pôde fazer até duas opções de curso pelo sistema on-line. Assim, foram registradas 2.346.405 inscrições. O sistema oferece 51.412 vagas em 1.447 cursos de 67 instituições de educação superior federais e estaduais.

    Por meio do Sisu, sistema informatizado do Ministério da Educação, instituições públicas de educação superior oferecem vagas a participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste segundo semestre, puderam concorrer os candidatos que participaram do Enem de 2013 e obtiveram nota na redação que não tenha sido zero.

    O resultado da primeira convocação está disponível na página do Sisu na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Segunda edição do Sisu apresenta recorde de inscritos, com 1,2 milhão de candidatos

  • Inscritos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) 2017 já podem acessar o cartão de confirmação da inscrição, que informa os locais de prova. O documento está disponível desde esta segunda-feira, 13, no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para acessá-lo, é preciso entrar no Sistema Enade e fornecer CPF e senha.

    As provas do Enade serão aplicadas em 26 de novembro, em todo o Brasil. Os portões serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. A aplicação da prova terá início às 13h30.

    O Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação. Ficará registrada no histórico escolar do estudante a situação de regularidade em relação à obrigação de participação.

    Nesta edição, o exame vai avaliar os estudantes dos cursos que conferem diploma de bacharel nas áreas de: arquitetura e urbanismo, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, engenharia e sistemas de informação; dos que conferem diploma de bacharel e licenciatura nas áreas de ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, filosofia, física, geografia, história, letras-português, matemática e química; e dos cursos que conferem diploma de licenciatura nas áreas de artes.

    Acesse o Sistema Enade no portal do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     

  • Presidente Lula em visita às instalações do Campus Avançado do Mucuri, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (Foto: Ricardo Stuckert/PR)No encontro que teve nesta terça-feira, 9, com estudantes e a população de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um relato do andamento dos programas de educação desenvolvidos por seu governo. A conversa foi durante a inauguração do campus de Teófilo Otoni da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

    O ProUni colocou na universidade 600 mil alunos de baixa renda, os professores da educação básica têm um piso salarial definido em lei, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) multiplicou os recursos para as escolas públicas – estes foram alguns dados apresentados pelo presidente. Disse também que estão sendo construídas 214 novas escolas técnicas de educação profissional (das quais, 141 já entregues), o que representa uma vez e meia o que havia sido construído nos últimos cem anos.

    Também informou que o orçamento da educação teve um grande acréscimo. Passou de R$ 20 bilhões em 2003 para R$ 60 bilhões em 2010. Aos alunos que pediram moradia e restaurantes dentro dos campi da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, o presidente Lula incentivou as reivindicações. “Acho extraordinário o que acontece na democracia. Quanto mais a gente conquista, mais a gente precisa. Não parem de reivindicar, sempre há espaço para conquistar mais”, disse.

    Universidade – A UFVJM tem 29 cursos de graduação, sendo 21 na cidade de Diamantina e oito no campus em Teófilo Otoni. A instituição foi transformada em universidade em 2005, a partir das Faculdades Integradas de Diamantina, criadas por Juscelino Kubitschek em 1953.

    O campus Mucuri de Teófilo Otoni oferece três engenharias – hídrica, civil e de produção, e cursos de administração, serviço social, ciências econômicas, matemática e ciências contábeis. Este ano são 540 vagas de ingresso, mesmo número previsto para 2011 e 2012. A unidade tem 107 professores e 44 servidores técnicos.

    Ionice Lorenzoni

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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira, 19, três decretos e uma medida provisória que conferem maior autonomia às universidades federais. Os atos foram assinados durante reunião do presidente com os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes).

    Um dos decretos trata da autonomia orçamentária e administrativa das universidades federais. A medida prevê a abertura de créditos suplementares, pelo Poder Executivo, para as universidades federais e seus hospitais universitários. A partir da nova regra, será permitido que o orçamento não empregado pelas universidades até o final do exercício de cada ano possa ser reutilizado no exercício seguinte. O objetivo é conferir maior eficiência e agilidade à gestão financeira das instituições.

    Também foi assinado pelo presidente Lula o decreto que trata da contratação de servidores pelas universidades federais. As universidades poderão realizar, nos limites fixados pelo decreto, concursos públicos para substituição automática de técnicos administrativos, sem depender de autorização específica dos ministérios da Educação e Planejamento, Orçamento e Gestão. A medida vale para os casos em que houver vacância de cargos a partir de exonerações, aposentadorias e falecimentos, por exemplo, da mesma forma como ocorre para a contratação de professores. O último decreto assinado é sobre assistência estudantil, que até então estava regulamentada por portaria.

    A medida provisória assinada durante a reunião disciplina a relação das universidades federais com as fundações de apoio, especialmente em relação aos convênios para realização de obras de melhorias em infraestrutura. De acordo com a medida, a atuação das fundações limita-se aos projetos de desenvolvimento institucional relacionados às atividades de inovação e pesquisa científica e tecnológica. Os decretos regulamentam o regime da autonomia universitária, previsto na Constituição Federal de 1988.

    Assessoria de Comunicação Social



  • “Hoje, a juventude tem mais motivação para os estudos e perspectivas profissionais”, disse o presidente Lula nesta segunda feira, ao inaugurar as 75 unidades de ensino (foto: Wanderley Pessoa)“Conseguimos levar as universidades federais e as escolas de educação profissional das capitais para o interior do país”, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira, 29. Em cerimônia no Palácio do Planalto, ele inaugurou, ao lado do ministro da Educação, Fernando Haddad, 30 escolas federais de educação profissional e 25 campi de 15 universidades federais.

    A meta prevista pelo plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) está cumprida, de acordo com o presidente. “Hoje, a juventude tem mais motivação para os estudos e perspectivas profissionais”, destacou Lula.

    A expansão da rede federal permitiu a criação de 214 escolas a partir de 2005. Com o Reuni, surgiram 126 unidades de ensino superior — das 148 existentes até 2002, já estão em funcionamento 274 este ano. Hoje, as universidades federais estão presentes em 230 municípios nas 27 unidades federativas.

    Para o ministro Fernando Haddad, a expansão da rede federal mudou a vida do brasileiro. “A população, agora, entende o verdadeiro sentido da educação, que é o da emancipação do indivíduo”, disse. Haddad ressaltou que todas as metas previstas em 2007 no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foram cumpridas, em todas as etapas e modalidades da educação. Segundo ele, a partir do estabelecimento de metas de qualidade na educação, “o Brasil está servindo de exemplo para o mundo”.

    Rede— De 1909 a 2002, foram criadas 140 escolas técnicas federais no Brasil. Hoje, com a adoção da política de expansão, são 342. De 2003 a 2010, foi registrado aumento de 148% no número de matrículas em toda a rede federal — havia 140 mil estudantes em 2003; hoje, são 348 mil. A tendência é de crescimento ainda maior, já que nem todas escolas completaram o ciclo completo de funcionamento.

    Os recursos do Ministério da Educação destinados à educação profissional também cresceram — passaram de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,9 bilhões no mesmo período.

    O investimento total na construção de unidades federais de educação técnica e profissional deve chegar a R$ 1,1 bilhão. Até o momento, foram aplicados R$ 941 milhões em infraestrutura, mobiliário e equipamentos. Nas 30 escolas entregues nesta segunda-feira, já foram aplicados R$ 139 milhões. Destas, 18 estão funcionando, com 4.165 mil estudantes matriculados. As demais começam a receber alunos no início do ano letivo de 2011.

    Universidades— Por meio do programa de expansão da educação superior, 14 universidades federais foram criadas a partir de 2003. Dez delas voltadas para a interiorização do ensino superior público. As outras quatro, planejadas para a integração regional e internacional.

    Com o Reuni, as universidades federais dobraram a oferta de vagas. Eram 109,2 mil em 2003 e chegaram a 222,4 mil este ano. Para atender o novo contingente de alunos, as instituições contrataram professores e técnicos administrativos. Com isso, o conjunto das instituições de educação superior, que contava com 40.823 professores em 2003, tem agora 63.112. O número de técnicos administrativos subiu de 85 mil para 105 mil.

    As condições para que as universidades conduzissem seu processo de expansão foram oferecidas com o incremento do orçamento das unidades. Os recursos para custeio e investimento passaram de R$ 6,7 bilhões em 2003 para R$ 19,7 bilhões em 2010.

    Além de ampliar o número de vagas de acesso, as universidades ampliaram as iniciativas de apoio à permanência dos estudantes. Os recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), criado em 2007, saltaram de R$ 125 milhões em 2008 para R$ 304 milhões em 2010. Por meio do Pnaes, as universidades desenvolvem projetos de assistência, com o financiamento de itens como saúde, transporte, moradia e alimentação para os estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, inauguram nesta sexta-feira, 27, a primeira etapa do campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e visitam às instalações do campus Caruaru do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco.

    O campus do Agreste foi o primeiro da UFPE implantado no interior do estado. Iniciou suas atividades em março de 2006, em instalações provisórias. Agora, com as instalações definitivas, a instituição terá condições de receber mais alunos. Hoje, o campus possui 1.279 matrículas em nove cursos: administração, ciências econômicas, design, engenharia civil, engenharia de produção, pedagogia e licenciaturas em física, química e matemática.

    As obras da universidade a serem inauguradas se referem a 13 blocos, com dois pavimentos cada, construídos numa área total de 8,6 mil m². Os blocos abrigam 40 salas de aula, 14 laboratórios, 20 salas de professores, secretarias de núcleo, biblioteca, diretoria, administração, almoxarifado, cantina e setor de cópias. Foram investidos no campus R$ 28,2 milhões.

    Educação profissional – O campus Caruaru do Instituto Federal de Pernambuco também tem o objetivo de melhorar as condições de vida e a formação dos pernambucanos e, com isso, contribuir para o desenvolvimento da região. Os cursos ofertados procuram atender à demanda local e qualificar a mão de obra.

    Já foram ofertadas, este ano, 240 vagas em três cursos técnicos: edificações, mecatrônica e segurança do trabalho. A previsão é de que, até 2012, quando a unidade estiver em pleno funcionamento, estejam matriculados 1,2 mil alunos em oito cursos. Até agora, o campus tem oito salas de aula e 18 laboratórios. O investimento realizado foi de R$ 3,6 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Os moradores de Governador Valadares e de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, recebem nesta terça-feira, 9, novas instalações para cursos de graduação públicos, nas modalidades presencial e a distância. As obras serão entregues pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

    Em Governador Valadares, às 11h, será inaugurado um polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que já oferece dez cursos de graduação a distância e tem 750 estudantes matriculados. Alunos que fazem esses cursos serão certificados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Com as obras prontas, o polo de Governador Valadares abrirá mais 12 cursos com 545 vagas. Os cursos novos serão oferecidos pela UFMG e pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Além da infraestrutura física, que está preparada para receber pessoas com deficiência, o Ministério da Educação dotou o polo com 50 computadores, conexão com banda larga, laboratórios pedagógicos de química e biologia e biblioteca para pesquisa. O polo fica na Rua 7 de setembro, número 2.479, no centro da cidade.

    Teófilo Otoni– Nesta cidade, às 15h, o presidente Lula e o ministro Haddad inauguram o campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). A instituição foi transformada em universidade em 2005, a partir das Faculdades Integradas de Diamantina, criadas pelo presidente Juscelino Kubitschek em 1953.

    O campus tem oito cursos de graduação, sendo três engenharias – hídrica, civil e de produção, e cursos de administração, serviço social, ciências econômicas, matemática e ciências contábeis. Este ano são 540 vagas de ingresso, mesmo número previsto para 2011 e 2012.

    O campus da UFVJM, em Teófilo Otoni, fica na Rua do Cruzeiro, número 01, bairro Jardim São Paulo.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, concluiu a aula inaugural da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), nesta quinta-feira, 2, em Foz do Iguaçu (PR), lembrando que “estamos conquistando a nossa independência”. Segundo ele, “depois de 200 anos, estamos começando a andar com as nossas pernas, a falar com a nossa boca e a pensar com a nossa cabeça”.

    Na aula, que marca o início das atividades acadêmicas da primeira turma de 300 alunos de seis cursos de graduação da Unila, o presidente Lula disse aos estudantes que falta muito para a conquista plena da integração do continente latino-americano, mas que muitos passos foram dados no seu período de governo.

    O fortalecimento do Mercosul e a criação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foram citados como partes dessas conquistas. A elevação da autoestima e o orgulho de ser latino-americano foram lembrados pelo presidente como valores a serem cultivados e ampliados dentro da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.

    A Unila, criada por lei em janeiro deste ano, tem hoje nas salas de aula estudantes brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios. A expectativa do presidente é que a universidade cresça em quantidade de curso e de alunos, mas, principalmente, que acolha jovens de todos os países do continente latino-americano. “Quero ver chilenos, peruanos, equatorianos, salvadorenhos, cubanos, venezuelanos, jovens de todos os países estudando aqui”, disse.

    Lula também falou aos universitários sobre as riquezas do Brasil e dos países da região – carvão, petróleo, florestas, potencial hidrelétrico e das desiqualdades do continente. A desiqualdade, segundo ele, não é causada pela escassez de riquezas, mas pela má distribuição dos bens ao longo dos séculos. Para ele, “governos e cidadãos da região começam viver um novo tempo” e se mostram “capazes de reverter e superar as carências por meio da integração”. A Unila, segundo ele, é parte desse esforço.

    Ionice Lorenzoni

    Ouça a aula inaugural.

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  • A oferta de 259 mil vagas em cursos de graduação nas universidades federais, número alcançado em 2010, e a formatura de 440 médicos bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) foram destacadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 21, durante inauguração de obras de infraestrutura do campus Porto da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul.

    Ele também lembrou investimentos realizados para a criação de 14 universidades e de 126 extensões universitárias no país. A ampliação de instalações, o aumento de cursos e de vagas, segundo o presidente, foi para atender reivindicações da população, de estudantes, professores e dirigentes das instituições federais de ensino.

    “Acho extraordinário que o povo seja insaciável na coisa de reivindicar”, disse, lembrando listas de novos pedidos que recebeu do reitor da UFPel, César Borges, do prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter Júnior, e do coordenador do Diretório Acadêmico da universidade, Jonas Machado Rodrigueiro. Jonas, por exemplo, reivindicou a implantação de creche escola na universidade para atender os filhos dos estudantes.

    Situado na região portuária de Pelotas, o campus Porto da UFPel tem hoje 11 mil metros quadrados de área construída, que representam 70% da infraestrutura projetada. O conjunto concluído compreende os prédios da reitoria e das faculdades de enfermagem, nutrição e letras. Nas unidades acadêmicas foram entregues 29 salas de aula, nove laboratórios e 19 salas administrativas. Os 30% restantes têm previsão de entrega em março de 2011.

    Já o ministro da Educação, Fernando Haddad, garantiu aos estudantes das universidades federais a ampliação da assistência estudantil em 2011. No próximo ano, o orçamento vai destinar R$ 380 milhões para essa finalidade.

    Sobre a evolução do ingresso de jovens na educação superior pública e privada, o ministro também trouxe números. A população universitária passou de 2 milhões, nos anos 1990, para quase 6,5 milhões em 2010. Isso se deve, segundo Haddad, à expansão física da rede de instituições federais de ensino superior, ao ProUni e a mudanças promovidas no Financiamento Estudantil (Fies), entre elas, a redução dos juros de 9% para 3,4% ao ano.

    UFPel- Com 41 anos de criação, a UFPel tem quatro campi em Pelotas e uma unidade de ensino no município de Capão do Leão. Desde a adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) em 2007, a instituição investe na ampliação da infraestrutura física e da estrutura acadêmica. Na graduação, por exemplo, o número de cursos subiu de 42 para 94.

    Os programas de pós-graduação também se destacam. A instituição tem mestrados e doutorados em 13 cursos; mestrado em 11; mestrado profissional em dois; especialização em 25 cursos; e residência médica em sete especialidades. Oferece, ainda, ensino técnico nas áreas de agropecuária, agroindústria, vestuário e meio ambiente e ensino médio integrado nos mesmos cursos.

    Ionice Lorenzoni
  • A presidenta Dilma Rousseff participou da homenagem a Lula, que recebeu cinco diplomas de doutor honoris causa (Foto: Roberto Stuckert Filho)Em cerimônia realizada no Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o título de doutor honoris causa de cinco universidades públicas fluminenses. As homenagens são o reconhecimento da trajetória política de Lula e de seus esforços para o desenvolvimento da educação no Brasil.

    O ex-presidente foi homenageado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pelas universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Fluminense (UFF) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A presidenta da República, Dilma Rousseff, esteve presente ao evento, assim como o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

    Na área da educação, entre 2003 e 2010, quando Lula exerceu a presidência da República, deu-se ênfase à expansão da educação superior e à democratização do acesso em instituições públicas e particulares. O programa de expansão das instituições federais de educação superior, de 2003, foi ampliado em 2007 com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O resultado foi a implantação, na gestão de Lula, de 14 universidades federais e 126 campi universitários e a duplicação do número de vagas oferecidas.

    Para ampliar o acesso e a permanência nas instituições particulares, o Programa Universidade para Todos (ProUni) concedeu, até hoje, 1.043.354 bolsas de estudos. A reformulação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), permite a estudantes não contemplados no programa prosseguir nos estudos.

    O reitor da UniRio, Luiz Pedro San Gil Jutuca, destacou os programas Reuni e ProUni como vitórias para o Brasil e ressaltou o papel do ex-presidente. “Diferentemente de governantes letrados, foi aquele que mais fez pela educação do nosso país”, disse. Desde que deixou a presidência, Lula foi alvo de homenagens semelhantes de 12 universidades, nacionais e estrangeiras.

    Diploma— Em seu pronunciamento, Lula lembrou que antes de assumir a presidência só tinha o diploma de torneiro mecânico e que sabia da importância de educação para abrir oportunidades. “Foi aquele diploma que me abriu a possibilidade de uma vida melhor”, afirmou. “Quero dedicar esse diploma a todos aqueles que lutaram pela educação, dando a possibilidade para milhões de jovens contribuírem com um país mais justo.”

    Diego Rocha

    Ouça o discurso de Lula
  • O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva receberá na próxima semana o título de doutor honoris causa de instituições fluminenses de educação superior pública. As universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Fluminense (UFF) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) entregarão o título em cerimônia no Teatro João Caetano, no Centro da capital.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, considera relevante a iniciativa das instituições. “O MEC está honrado pelo reconhecimento ao presidente Lula por parte das universidades federais do Rio de Janeiro”, afirma. “Lula foi, seguramente, o presidente que mais fez pela educação do país, em especial pelo ensino superior.”

    Na gestão do ex-presidente foram criadas 14 universidades federais e 126 campi universitários. Programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Universidade para Todos (ProUni), voltados para o acesso ao ensino superior, foram ampliados ou tiveram as regras reformuladas para ampliar as condições de ingresso.

    Assessoria de Comunicação Social


    Republicada com correções


  • A demanda por professores e técnicos administrativos resulta da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica Foto: Fabiana CarvalhoA lei que cria a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) foi sancionada nesta terça-feira, 12, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília.

    A Unila terá proposta acadêmica inter e transdisciplinar, com aulas bilíngues em português e espanhol. Metade dos professores e alunos será de brasileiros e a outra metade virá de outros países da região. A intenção é atender 10 mil alunos até 2015. O primeiro processo seletivo deve ocorrer no segundo semestre deste ano.

    Na visão do ministro da Educação, Fernando Haddad, além de atrair alunos de todo o continente ao Brasil, a universidade pretende formar cidadãos capazes de pensar todas as áreas do conhecimento a partir da perspectiva da integração.

    “A título de exemplo, queremos que o bacharel em direito não apenas domine o ordenamento jurídico nacional, mas tenha preparo para compreender o ordenamento dos países latino-americanos e saber pensar maneiras de integração entre os países. Isso vale para economia, relações internacionais, bioenergia”, exemplificou.

    Haddad lembrou que a universidade é a 13ª nova instituição de educação superior criada pelo atual governo. “Havia 43 instituições em 2002 e agora são 56. Superamos a marca de JK, que havia criado 10 universidades”, comemorou, em referência ao governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek. De acordo com o ministro, os investimentos em educação superior foram combinados a aplicação de recursos federais nos demais níveis e etapas da educação.

    “Passamos de um orçamento de R$ 20 bilhões para R$ 50 bilhões. Isso deu sustentação aos investimentos feitos também na educação profissional e na educação básica”, avaliou.

    Para o governador do Paraná, Roberto Requião, a universidade amplia a oferta de educação superior de qualidade no estado. “Tínhamos apenas uma federal. Agora temos a presença do instituto federal de educação profissional e tecnológica e a Unila”, disse.

    A instituição funcionará provisoriamente nas instalações da usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR). “O projeto arquitetônico, que é de Oscar Niemeyer, já está pronto para licitar. A nossa urgência agora é terminar o projeto pedagógico com quatro eixos: integração no plano da cultura, das instituições, da biociências e da integração física”, explicou Haddad. Até o final de janeiro, o projeto pedagógico deve ficar pronto e, em seguida, haverá concursos para contratação de técnicos e professores.

    A seleção dos alunos brasileiros deve ocorrer a partir das notas dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os alunos estrangeiros passarão por avaliação semelhante a ser realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    Mais informações sobre a Unila.

    Maria Clara Machado
  • Presidente Lula assina a sanção da lei que cria a Unilab. Foto: Fabiana CarvalhoFoi sancionada na tarde desta terça-feira, 20, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei que cria a Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira (Unilab). A instituição, que será instalada no município de Redenção (CE), atuará em cooperação com os países de língua portuguesa da África. As obras do campus têm início previsto para 2011. Até a conclusão, as atividades serão desenvolvidas em instalações provisórias cedidas pela prefeitura da cidade.

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ser uma alegria o Congresso Nacional ter aprovado a criação da Unilab. “É uma forma de o Brasil, aos poucos, pagar a dívida com os povos africanos, que não pode ser mensurada em dinheiro, mas em parceria, em solidariedade.”

    Ele lembrou que Redenção foi escolhida para abrigar a Unilab por ter sido a primeira cidade a abolir a escravidão, cinco anos antes da Lei Áurea.

    Durante a cerimônia de sanção da lei, o ministro da Educação, Fernando Haddad, lembrou que a Unilab é a 14ª universidade federal criada pelo presidente Lula. Dessas, 12 já estão em funcionamento. As duas últimas, aprovadas este ano pelo Congresso Nacional, são a Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), cujas aulas devem começar neste segundo semestre, e a Unilab, que deve iniciar as aulas no início de 2011.

    O ministro Haddad reiterou que Unila e Unilab têm em comum a busca pela integração internacional. “Durante a concepção do projeto pedagógico da Unilab – que agora é lei – houve a preocupação de que uma parte da formação do aluno seja feita na África, e continuamos trabalhando para que o diploma seja válido lá também, de forma que o estudante volte a seu país e possa contribuir para o desenvolvimento local”, afirmou o ministro.

    Inclusão– A lei que cria a Unilab foi sancionada no mesmo evento da sanção do Estatuto da Igualdade Racial. O ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Eloi Ferreira, falou sobre a importância das ações afirmativas e do Programa Universidade para Todos (ProUni) para a inclusão da comunidade afrodescendente na universitária. “Ninguém quer cotas para sempre, mas elas são um tipo de ação afirmativa, e com elas podemos inovar na inclusão de negros e negras na universidade”, disse.

    Ele lembrou também que mais de 300 mil beneficiados pelo ProUni são negros ou pardos. De acordo com dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, 45% dos 704 mil beneficiados pelo ProUni desde o início do programa se autodeclararam afrodescendentes. O presidente Lula lembrou também o encontro, ocorrido há algumas semanas, com os futuros formandos de medicina do ProUni. “Quando pudemos imaginar que uma menina negra pobre da periferia chegaria numa faculdade de medicina? Eu e Haddad tiramos foto com cada um deles porque daqui a muitos anos teremos muito orgulho de ter participado disso.” Ele também afirmou que os bolsistas do ProUni estão entre os melhores universitários do século 21.

    Seleção– A projeção é de que a universidade atenda 5 mil estudantes de graduação, dos quais 50% serão brasileiros e 50% de países africanos. A seleção será feita a partir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, para os estudantes brasileiros, metade das vagas será destinada aos egressos do ensino médio público.

    Inicialmente a universidade abrangerá cinco áreas do conhecimento: energia e tecnologias; gestão pública; saúde pública; educação pública e agricultura.

    Os cursos de enfermagem, agronomia, administração pública, licenciatura em ciências da natureza e matemática e engenharia de energia já serão ofertados em 2011, cada um com 70 vagas. Para atender esse público, serão selecionados, a partir deste ano, professores e técnicos administrativos. Até 2013, o quadro da instituição contará com 300 docentes e 208 técnicos administrativos.

    O projeto da Unilab prevê que a instituição seja uma universidade residencial, que permita aos estudantes morar no campus. Para viabilizar a estrutura necessária, a universidade firmará convênios de cooperação com instituições de ensino superior dos países parceiros.

    Luciana Yonekawa
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