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  • Crianças exibem seus tablets, na escola Professor Álvaro Gonçalves (Foto: Tião Martins/Prefeitura de São José dos Campos)Há pouco mais de um ano, alunos e professores da Escola Municipal Professor Álvaro Gonçalves, em São José dos Campos, São Paulo, têm outro jeito de lidar com a aprendizagem. Com a chegada do programa Escola Interativa, que levou para a sala de aula diversos recursos tecnológicos, o processo de construção do conhecimento mudou. Essa experiência foi conferida de perto pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na manhã desta sexta-feira, 13, em visita ao município paulista.

    Criado em 2013, o projeto foi implantado no ano passado em 17 das 44 escolas de ensino fundamental da cidade, com especial atenção para as unidades da periferia. Segundo o porta-voz do programa, Álvaro Xavier Duque Filho, o desafio era melhorar a aprendizagem com o uso da tecnologia. E, para isso, foi preciso envolver alunos e professores.

    Assim, 16,5 mil estudantes de turmas do primeiro ao nono ano receberam tablets pedagógicos para uso dentro e fora da escola, de forma a aumentar o potencial educativo da ferramenta, e 4 mil professores foram contemplados com notebooks. As 200 salas de aula ganharam projetores interativos, ligados aos demais equipamentos e ao conteúdo virtual por meio do acesso à internet, via wi-fi.

    “Quando o programa está plenamente disponível na escola, o interesse (dos alunos) pela tecnologia vem associado ao interesse em aprender”, afirma Álvaro. Esse interesse, segundo ele, gera oportunidades, mas também desafios, especialmente para os professores. Por isso, desde o início do projeto, a formação continuada é oferecida aos profissionais para que saibam usar as tecnologias a favor do ensino.

    “Os professores são levados a repensar certas práticas, certos hábitos de gestão de sala de aula, e por meio da ferramenta tecnológica os estudantes têm a possibilidade de interagir muito mais na construção do próprio conhecimento”, observa o porta-voz.

    A diretora da escola, Jucimara Amaral Barbosa, diz que o trabalho foi enriquecido com os novos recursos. “A gente trabalhava mais com um datashow, um vídeo, um programa de Power Point; não era tão enriquecedor”, admite. “Hoje, com a sala interativa, a gente tem acesso à internet, a aplicativos, que favorecem a aprendizagem dos meninos.” Para ela, até a concentração dos alunos aumentou.

    Além de professores e estudantes, a comunidade se beneficia do programa Escola Interativa. Em agosto deste ano, foi criado o Laboratório de Educação Digital e Interativa (Ledi), que oferece formação aos professores e a qualquer cidadão de São José dos Campos. Passados pouco mais de três meses, cerca de 2,3 mil pessoas já foram atendidas com oficinas de inclusão digital até cursos de programação, pacote de edição de texto, de vídeo, planilhas e uso do projetor interativo.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • Ao longo deste mês de maio, cerca de 33 mil jovens brasileiros, nascidos em 1999, farão os exames do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2015. A aferição abrange alunos de 965 escolas, matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental. Nesta edição, pela primeira vez, as provas serão integralmente feitas em computadores e terão como base a disciplina de ciências, com questões também de matemática e leitura.

    Desenvolvido e coordenado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Pisa é referência nas discussões sobre melhoria da qualidade de ensino. A edição deste ano envolve 70 países. No Brasil, o programa é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    Os participantes terão 120 minutos para completar o teste, dividido em duas sessões de 60 minutos. Terão ainda 35 minutos para preencher questionários. Não há necessidade de preparação, pois a ideia é aferir como os estudantes aplicam o que aprendem. As questões, de múltipla escolha, baseiam-se em situações reais da vida e pedem respostas curtas.

    Nesta edição, estudantes sorteados farão avaliações adicionais sobre letramento financeiro e resolução colaborativa de problemas. Esse teste visa a identificar o domínio dos estudantes sobre o controle das finanças diárias, além de saber como resolvem as situações cotidianas.
    O Pisa, Programme for International Student Assessment, na sigla em inglês, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada a cada três anos a estudantes na faixa dos 15 anos de idade, fase em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.

    Além de avaliar a preparação dos jovens para a vida adulta, o Pisa tem como propostas produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes e permitir a comparação da atuação do estudante e do ambiente de aprendizagem entre diferentes nações. O programa inclui coleta de informações socioeconômicas, por meio dos questionários do aluno, do professor e da escola.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Exame internacional avaliará 25 mil estudantes e indicará evolução da educação brasileira (Foto: Fabiana Carvalho)Estudantes de 15 a 16 anos de idade de 902 escolas públicas e particulares, das 27 unidades da Federação, participam de 2 a 31 de maio do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). A avaliação compreende provas escritas de leitura, matemática e ciências, e uma parcela dos estudantes responde também a testes eletrônicos de leitura e resolução de problemas matemáticos.

    Para representar o país no exame internacional foram selecionadas 902 escolas das áreas urbanas e do campo, de capitais e de cidades do interior, dos 26 estados e do Distrito Federal. Pela regra do Pisa, participam neste ano alunos nascidos em 1996 que estejam cursando do sétimo ao nono ano do ensino fundamental ou de qualquer série do ensino médio. A amostra brasileira terá 25,7 mil estudantes.

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que coordena o Pisa no país, estima que a execução do programa custará R$ 2,8 milhões. Os recursos serão aplicados numa série de ações, entre elas, a seleção e treinamento de recursos humanos, infraestrutura de treinamento, digitalização das provas e questionários, armazenamento do material. Na parte de pessoal, por exemplo, o exame envolve 27 coordenadores estaduais, 902 aplicadores (um por escola) e 902 coordenadores indicados pelas unidades participantes, entre outros profissionais da educação.

    A cada edição do exame, que é realizado de três em três anos, a ênfase recai sobre uma das áreas do conhecimento avaliadas. Em 2012, será matemática.

    Evolução– No período de 2000 a 2009, o Brasil aparece entre as três nações que mais evoluíram no Pisa, segundo boletim da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde) divulgado em 2010. Nesse intervalo, a educação básica brasileira evoluiu 33 pontos e foi superada pelo Chile, que cresceu 37 pontos, e por Luxemburgo, com avanço de 38 pontos.

    Os dados da Ocde relativos ao Brasil mostram que, em 2000, a média nacional das notas em leitura, matemática e ciências era de 368 pontos; em 2009, a média subiu para 401 pontos. Na tabela geral da Ocde, o Brasil ocupa a 53ª posição. Em 2009, a avaliação foi realizada em 65 países, 34 deles da Ocde. Participaram das provas 470 mil estudantes – sendo 20 mil brasileiros – que, no conjunto, representam a complexa realidade social e econômica dos países.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o projeto básico do Pisa 2012, elaborado pelo Inep

    Confira a página eletrônica do Pisa no sítio do Inep

  • Já são 950 municípios cadastrados no programa Escola do Adolescente desde 20 de dezembro, quando foram abertas as adesões. O objetivo do programa é de promover a melhoria da aprendizagem, combatendo a repetência e o abandono nos anos finais do ensino fundamental. Alinhado com o que propõem os novos currículos de estados e municípios, o Programa Escola do Adolescente vai atender a todas as redes e escolas dos anos finais do ensino fundamental, por meio de uma plataforma com as ferramentas de gestão e estratégias formativas para gestores e professores.

     “Esse programa é diferente porque ele fornece recursos técnicos para professores e gestores simultaneamente, para que eles possam criar um outro ambiente”, explicou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Kátia Smole. “Vamos ter um curso para gestores, inicialmente, no ambiente virtual de aprendizagem, o AVA-MEC, com o qual os gestores poderão organizar a escola e entender essa organização e a importância da participação do adolescente”,

    A secretária ressaltou ainda que em seguida haverá formações específicas para professores. “Nós vamos oferecer isso a partir de fevereiro”, alertou a secretária, antes de comemorar o número de adesões. “A adesão que tivemos foi muito surpreendente e mostra que havia uma demanda reprimida. E o MEC, sensível a essa demanda, fez esse programa inovador. E estamos muito felizes com essas 950 adesões. Isso significa que teremos muitas escolas, muitos gestores e muitos professores sendo atendidos por esse programa.”

    O processo tem duas fases: a de adesão das secretarias de educação – para estados e municípios – e, logo em seguida, para as escolas. Assim que as secretarias estaduais fizerem as adesões no site do programa, os diretores escolares dos anos finais já poderão aderir também ao programa.

    As ações focam os estudantes do sexto ao nono ano com a construção de metodologias de ensino mais atrativas aos adolescentes e que permitam um ensino de melhor qualidade. “E quanto melhor for esta fase na escola, quanto melhor este jovem aprender, melhores serão também os resultados no ensino médio, por isso a nossa satisfação com essa adesão tão grande”, finalizou Kátia Smole.

    O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador da qualidade do ensino básico no Brasil, aponta que, nesses anos, 45% das escolas não alcançaram as metas estabelecidas em 2017. De cada 100 alunos, apenas cinco concluem a formação com aprendizado adequado em língua portuguesa e três, em matemática. Os índices de insucesso dos estudantes (reprovação e abandono) atingem 14,5% na rede pública.

    Plataforma – A plataforma apoiará a gestão das secretarias e das escolas na elaboração e implementação de um plano de ação e na revisão das práticas pedagógicas para uma escola mais conectada com o adolescente. Para facilitar, será fornecido um diagnóstico detalhado que considera a análise histórica de avanços ou retrocessos da escola no Ideb, proficiência e fluxo escolar.

    Para complementar o diagnóstico, a plataforma fornecerá ainda instrumentos para realização de avaliações diagnósticas em língua portuguesa, matemática, ciências e inglês, já alinhadas às habilidades da BNCC e junto aos estudantes dos anos finais. Também estarão disponíveis ferramentas de escuta da percepção que os estudantes têm sobre o ambiente escolar e uma área de compartilhamento de boas práticas.

    Todo o processo será mediado e acompanhado por uma plataforma digital, em que as redes de ensino, no ambiente virtual de aprendizagem do MEC, poderão personalizar os cursos e adequá-los ao diagnóstico e à expectativa da rede. Tais ações visam, juntamente com esses aspectos, apoiar a escola e os professores no desenvolvimento das dez competências gerais da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

    Atendimento – Para dar suporte ao programa, será formado um grupo de apoio com 53 coordenadores estaduais. O Escola do Adolescente tem o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Esse grupo será responsável por coordenar, planejar e implementar o programa junto às redes de ensino.

    Os municípios também indicarão coordenadores municipais e as escolas, coordenadores de projeto, o que permitirá um bom fluxo de informações, assim como apoio e trocas de boas práticas.

    Para adesão e mais informações, confira a plataforma do programa Escola do Adolescente 

     

    Assessoria de Comunicação Social

     

     

  • O programa estimula acriação de novos conselhos municipais de educação, o fortalecimento daqueles já existentes e a participação da sociedade civil na avaliação, definição e fiscalização das políticas educacionais, entre outras ações. O Pró-Conselho tem como principal objetivo qualificar gestores e técnicos das secretarias municipais de educação e representantes da sociedade civil para que atuem em relação à ação pedagógica escolar, à legislação e aos mecanismos de financiamento, repasse e controle do uso das verbas da educação. Os conselhos municipais de educação exercem papel de articuladores e mediadores das demandas educacionais junto aos gestores municipais e desempenham funções normativa, consultiva, mobilizadora e fiscalizadora.

     

    O Pro-Conselho dispõe de um Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação – SICME. O sistema é abastecido, via internet, pelos conselheiros e dirigentes municipais. O município que não possui conselho municipal de educação pode fornecer os dados referentes à secretaria municipal de educação preenchendo o Módulo I.

     

    Contato

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação abre no próximo dia 21 as inscrições para o programa Novos Talentos. A iniciativa visa a aproximar estudantes de graduação e de pós-graduação com experiência de atuação em escolas públicas.

    Instituições públicas de educação superior interessadas em apresentar proposta têm até às 23h59 de 25 de janeiro para fazer a inscrição, pela internet. Cada instituição pode apresentar à Capes uma única proposta, com até quatro subprojetos.

    O objetivo do programa é apoiar propostas dessas instituições para a realização de atividades extracurriculares com professores e alunos da educação básica. Os inscritos no programa Novos Talentos propõem cursos, oficinas ou atividades equivalentes, que devem desenvolvidas, necessariamente, no período de férias das escolas públicas ou em horário que não interfira na frequência dos estudantes.

    As atividades inscritas devem valorizar espaços inovadores, como dependências de universidades, laboratórios e centros avançados de estudos e pesquisas, museus e outras instituições, como empresas públicas e particulares. A meta é o aprimoramento e a atualização do público-alvo e a melhoria do ensino de ciências nas escolas públicas do país. Um dos princípios do programa é identificar e investir em novos talentos da rede pública, além de garantir a inclusão social e o desenvolvimento da cultura científica.

    Os projetos devem prever o início das atividades para julho de 2013, com prazo de execução de 24 meses. O valor por projeto institucional a ser financiado será de até R$ 200 mil por ano.

    As instituições interessadas em submeter propostas devem fazer a inscrição no Sistema Integrado Capes (Sicapes). Mais informações no Edital nº 55/2012, no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (61) 2022-6687 e 2022-6568. A divulgação final dos resultados está prevista para 5 de abril de 2013.

    Paula Filizola
  • Mapa com estados e municípios que aderiram ao Projovem Urbano. Clique para ampliarOs 15 estados e os 124 municípios que, em 2013, aderiram ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano) devem matricular no ensino fundamental 122,9 mil estudantes na faixa de 18 a 29 anos. As matrículas serão feitas nos meses de junho e julho e as aulas terão início em agosto.

    Podem participar do programa jovens alfabetizados, mas que não concluíram o ensino fundamental, residentes em cidades com mais de 100 mil habitantes. A formação transcorre em 18 meses, em que são desenvolvidas 2 mil horas de atividades pedagógicas, sendo 1.560 horas presenciais e 440 horas de atividades comunitárias acompanhadas por orientadores. Ao final do curso, os jovens com aproveitamento escolar recebem certificado de conclusão do ensino fundamental e são encaminhados para o ensino médio ou profissional.

    Durante o curso, os alunos recebem todo o material didático, iniciação profissional e uma bolsa-permanência de R$ 100,00 mensais. A contrapartida do aluno é frequentar, pelo menos, 75% das aulas. Junto às salas de aulas, a título de apoio, o programa abriu, em 2012, salas de acolhimento para os filhos dos jovens. As salas recebem crianças com até cinco anos de idade, que permanecem no espaço durante o período em que a mãe ou pai estuda. A diretora de educação e políticas para jovens da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secadi), Cláudia Veloso, explica que as salas de acolhimento não são creches, mas são atendidas por cuidadores onde também é servida merenda.

    Segundo Cláudia Veloso, com a adesão de 15 estados ao programa, o número de municípios deverá ser ampliado. Em 2012, por exemplo, o Projovem chegou a 309 cidades, das quais 119 fizeram adesão individual e as demais foram incluídas pelos estados.

    Violência– Integrante do Plano Juventude Viva, que é coordenado pela Presidência da República, o Projovem passa, em 2013, a participar das ações do governo federal de combate à violência contra a juventude negra. Cláudia Veloso explica que, das 132 cidades com os maiores índices de violência contra jovens negros, que constam do mapa elaborado pelo Ministério da Saúde, 74 aderiram ao Projovem, além de seis estados que vão atender outros municípios.

    Estados e municípios que desenvolvem o Projovem urbano recebem recursos do governo federal. O cálculo é por aluno matriculado e a transferência é direta. Os municípios recebem R$ 165,00 por mês durante 18 meses para cada estudante em formação; os estados recebem R$ 170,00 para o mesmo período.

    No caso das cidades cadastradas pelo mapa da violência contra jovens negros, o valor é maior: os municípios recebem R$ 175,00 mensais por estudante matriculado; e os estados, R$ 180,00 para a mesma ação. Segundo Cláudia Veloso, o acréscimo tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de atividades culturais suplementares e, assim, promover a permanência dos estudantes no curso.

    Turmas de 2012– Em dezembro deste ano, as turmas que ingressaram no Projovem em 2012 concluem a formação. Conforme dados da diretoria de educação e políticas para jovens da Secadi, 83.483 jovens de 309 municípios estão nas salas de aula. Destes, 38,4% são do sexo masculino e 61,7% do sexo feminino; 83,5% são negros. Entre as cinco regiões do país, o Nordeste aparece com o maior número de matrículas.

    Ionice Lorenzoni

  • Começa na próxima segunda-feira, 25, curso de formação em alfabetização e linguagem, destinado aos tutores de 118 municípios do Rio Grande do Sul que foram selecionados para participar do Pró-Letramento.

    O Pró-Letramento é um programa de formação continuada oferecido pelo Ministério da Educação, que visa a melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura, escrita e matemática. É destinado aos professores das séries iniciais do ensino fundamental de escolas públicas.

    Realizado pela Universidade Federal de Santa Maria, o curso inicial para tutores terá duração de uma semana, das 8h às 18h, e ocorrerá no Sesc da cidade, que fica na avenida Itaimbé. O município que não tiver um tutor participando do curso deixará de participar do programa.

    A carga horária total do curso de tutores do Pró-Letramento é de 180 horas, sendo 60 horas a distância e 120 horas presenciais. No curso serão abordados os seguintes temas: capacidades linguísticas da alfabetização e avaliação; alfabetização e letramento: questões sobre avaliação; a organização do tempo pedagógico e o planejamento de ensino; organização e uso da biblioteca escolar e das salas de leitura; o lúdico na sala de aula: projetos e jogos; o livro didático em sala de aula: algumas reflexões; e modos de falar e modos de escrever.

    Após o término do curso, os tutores serão responsáveis pela formação dos professores das séries iniciais do ensino fundamental das escolas públicas das cidades gaúchas selecionadas.

    Assessoria de Imprensa da SEB

    Veja a lista dos municípios gaúchos selecionados.

    Veja mais informações sobre o funcionamento do Pró-Letramento.

  • Estados e municípios que aderiram ao programa Pró-Letramento e ainda não confirmaram sua participação têm até o dia 10 de setembro para enviar ao Ministério da Educação as informações solicitadas, como nome e contatos de um coordenador.

    O Pró-Letramento, programa de formação continuada para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura, escrita e matemática, é destinado aos professores das séries iniciais do ensino fundamental de escolas públicas. Poderá atender este ano 1.549 municípios de 24 estados e dez secretarias estaduais de educação que responderam aos seguintes critérios de seleção: não ter participado do programa em anos anteriores, ser município prioritário – aqueles com Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) inferior à média nacional – ou que possua demanda para formação de mais de 100 professores, mesmo já tendo participado do Pro-Letramento.

    No entanto, dos 1.549 municípios que já aderiram, 656 ainda não confirmaram participação. Das dez secretarias de educação, quatro também precisam complementar informações para garantir atendimento em 2010.

    Para a confirmação da participação no programa é necessário que os municípios e secretarias selecionados indiquem o nome, telefones e endereço eletrônico de um coordenador, bem como endereço da secretaria de educação. As informações devem ser Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para o Ministério da Educação. As atribuições do coordenador estão detalhadas no Guia do programa.

    Assessoria de Imprensa da SEB

    Veja a lista dos 1.549 municípios selecionados.

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou dois decretos regulamentando a Lei 12.249, de 14 de junho de 2010. O primeiro cria o Programa Um Computador por Aluno (Prouca), e o outro institui o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). A cerimônia de lançamento do programa aconteceu no final da tarde desta sexta-feira, 23, em Caetés, Pernambuco.

    A partir da lei, estados e municípios poderão adquirir os equipamentos portáteis da empresa selecionada por edital, que será publicado pelo MEC nas próximas semanas. Para incentivar a compra, o Governo Federal oferece R$ 660 milhões, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e uma série de incentivos fiscais. O Programa Um Computador por Aluno teve início em 2008, em fase experimental, em cinco cidades: São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Piraí (RJ) e Palmas.

    Para a segunda fase do projeto, foram adquiridos 150 mil computadores para estudantes de 300 escolas da rede pública de ensino. Essa aquisição faz parte da política nacional de tecnologia educacional do MEC, que promove o uso pedagógico de informática na rede pública de ensino fundamental e médio, oferecendo infraestrutura, capacitação e oferta de conteúdos educacionais. A distribuição começou em maio deste ano e até agora foram entregues 77.051 mil laptops, em escolas públicas de todas as regiões. Até o final do ano serão entregues 72.949 equipamentos.

    A infraestrutura de acesso à internet sem fio vai sendo instalada à medida que os computadores são entregues na escola. Posteriormente, professores recebem capacitação para uso do equipamento e utilização dessa tecnologia no processo pedagógico escolar. Em todo país serão formados 6.650 professores, em 227 municípios. Em Pernambuco, estão sendo capacitados 395 professores, de 15 escolas, em 10 municípios.

    O modelo do laptop possui quatro gigabytes de armazenamento, 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia mínima de três horas e peso de até 1,5 kg, além de ser equipado para rede sem fio e conexão de internet. O custo de cada equipamento foi de R$ 550. O investimento total foi de R$ 82 milhões.

    As escolas beneficiadas na segunda fase piloto do programa foram escolhidas pelas secretarias estaduais (duas da rede por estado) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Seis municípios participam de outro projeto piloto, o UCA Total: Barra dos Coqueiros (SE), Caetés (PE), Santa Cecília do Pavão (PR), Tiradentes (MG), São João da Ponta (PA) e Terenos (MS). Nestas cidades todas as escolas municipais e estaduais receberam o laptop. A experiência será acompanhada e avaliada para futura ampliação do programa.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia a íntegra da Lei 12.249

    Leia também: Chegada de computadores promete aulas divertidas e melhor aprendizado
  • O programa Atleta na Escola registrou até o momento 21.219 escolas inscritas em todos os estados. As instituições de ensino que ainda não participam têm prazo até sexta-feira, 21, para fazer a adesão on-line. Com a meta de atender 20 mil escolas já superada, a iniciativa pretende alcançar agora a participação de 5 milhões de estudantes entre 12 e 17 anos.

     

    O principal objetivo do programa é difundir a prática esportiva entre os estudantes brasileiros e, assim, identificar jovens talentos. O Ministério da Educação destinará recursos para a realização de competições pelas unidades de ensino, municípios, estados e Distrito Federal. O repasse cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

     

    Lançado no início de maio pelos ministérios da Educação, da Defesa e dos Esportes, o programa pretende democratizar o acesso e incentivar o esporte na escola, identificar e orientar jovens talentos escolares. Tem também como objetivo servir de base para o plano Brasil Medalhas, que prevê investimentos de R$ 1 bilhão em ações para que o país fique entre os dez melhores nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

     

    A adesão das escolas deve ser feita no PDE Interativo, dispositivo on-line criado pelo MEC para apoiar a gestão escolar.


    Diego Rocha

  • Giulliano Fernandes, do Portal MEC

    O programa Educação Conectada, do Ministério da Educação (MEC), vai possibilitar que 6,5 mil escolas rurais passem a utilizar internet banda larga até o fim deste ano. A ideia é que professores apliquem os conteúdos pedagógicos por meio virtual, além dos livros didáticos.

    Até o momento, já foram conectadas 4,6 mil instituições de ensino. Cerca de 1,7 milhão de alunos serão beneficiados na área rural. O investimento no ano será de R$ 120 milhões.

    Área urbana - Outros 17 milhões de alunos serão contemplados em escolas urbanas. O MEC vai repassar R$ 114 milhões para fomentar a internet de 32 mil colégios municipais e estaduais.

    Todas as ações são parte do Compromisso Nacional pela Educação Básica, firmado pelo Ministério da Educação (MEC), pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Para implementação do programa, o MEC vai investir não somente na compra de equipamentos para as escolas, mas no aumento da velocidade de internet e na capacitação de professores.

    Recursos digitais - O MEC também vai fornecer conteúdos didáticos exclusivos que serão disponibilizados somente na plataforma própria do programa. "Ao longo dos anos, descobrimos que apenas distribuir equipamentos não era eficaz. Basicamente os professores levavam os alunos para laboratórios de informática para fazer atividades descoladas do currículo, porque não havia um material preparado para o professor ensinar e para o aluno aprender", afirmou o coordenador-geral de Tecnologias e Inovação da Educação, Alexandre Mathias Pedro.

    De acordo com o coordenador-geral, o programa pretende integrar a tecnologia ao currículo dos professores para que eles possam disponibilizar melhor os conteúdos didáticos para os alunos. "Com o programa, o professor pode usar o acesso à internet com mais velocidade e os conteúdos disponíveis para trabalhar melhor os componentes curriculares. Antes, havia uma formação do professor apenas para instrumentalizar o uso da tecnologia, mas não no processo de reflexão e de apoio para a integração da tecnologia ao currículo."

  • Trinta pessoas participarão do Hackaton Dados da Educação Básica, organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em parceria com a Fundação Lemann. O evento será realizado de sexta-feira, 12, até domingo, 14. A iniciativa é uma maratona com programadores, desenvolvedores e inventores para promover o desenvolvimento de projetos que visem a transparência de informações públicas, por meio de tecnologias digitais.

    O grupo selecionado, entre 70 propostas inscritas, apresentou projetos para o desenvolvimento de softwares, portais, aplicativos de celular, gráficos interativos, programas de visualização de dados que utilizam como base informações e resultados de avaliações do Inep, como os microdados da Prova Brasil 2011. A intenção é que essas atividades disseminem informações educacionais, a fim de promover a mobilização da sociedade com foco na melhoria educacional do país.

    Estas equipes foram escolhidas com base nos critérios de originalidade e impacto da ideia apresentada, considerada a relevância do trabalho para a realidade educacional brasileira.

    É a primeira vez que o governo federal organiza um evento como este. Não há nenhum tipo de repasse financeiro por parte da União. Desde 2012, o Inep vem estudando maneiras inovadoras de divulgação dos dados e resultados, incluindo as articuladas com o uso das redes sociais.

    Os vencedores do Hackathon Dados da Educação Básica-Inep 2013 receberão bolsas oferecidas pela Fundação Lemann para a implementação dos projetos. O primeiro lugar receberá bolsa no valor de R$5.000; o segundo lugar, R$3.000; o terceiro lugar, R$2.000.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O Ministério da Educação liberou, nesta quarta-feira, 22, R$ 45,95 milhões para o pagamento de 78,3 mil bolsas em diversos programas e ações da educação básica e superior. Mais da metade do valor, R$ 23,41 milhões, será direcionada ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, beneficiando 52 mil alfabetizadores e demais profissionais envolvidos na execução do programa.

    Além disso, R$ 15,18 milhões serão direcionados à educação de jovens e adultos, para bolsas nos programas Brasil Alfabetizado e Projovem Urbano. Com isso, serão beneficiados 19 mil estudantes, educadores e tradutores-intérpretes de libras.

    Outros R$ 7,35 milhões atenderão bolsistas de programas e ações como Escola da Terra, Pacto Nacional do Ensino Médio, Saberes Indígenas na Escola, Educação Tutorial (PET), Bolsa Permanência, entre outros. Ao todo, 7,3 mil participantes desses programas receberão o benefício.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O DVD Escola contribui para a formação dos professores da educação básica e enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem (foto: Júlio Paes)Mais de 65 mil escolas públicas e secretarias de educação estaduais e municipais, além de núcleos de tecnologia educacional (NTEs), recebem acervos de audiovisual do programa DVD Escola. As mídias distribuídas somam cerca de 300 horas de programas e séries da TV Escola sobre as diversas áreas do conhecimento.

    Unidades de ensino públicas ainda não atendidas pela TV Escola têm preferência na distribuição do material. Além de democratizar o acesso ao conteúdo exibido pela TV Escola, o programa promove atualização tecnológica e integra um conjunto de políticas e ações do Ministério da Educação cujo foco é assegurar a universalização, o elevado padrão de qualidade e a equidade da educação básica no país.

    O DVD Escola objetiva ainda contribuir com a formação dos professores e o enriquecimento do processo de ensino e aprendizagem. Desenvolvido atualmente pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, o programa proporciona um trabalho pedagógico voltado para o uso de linguagens diferentes da escrita, em geral mais ensinada nas escolas.

    Títulos – A série Bits e bytes – que mundo é esse?destaca-se por revelar um pouco da história por trás do computador e mostrar como funcionam as suas principais partes. Explica também as diferenças entre digital e analógico e trata da importância da boa organização dos arquivos. Trata ainda das redes de computador e Internet: a história, o funcionamento e a utilidade.

    Em sua quinta edição, o programa é composto por 50 títulos de DVD, que reúnem programas e séries tais como Filósofos e a educação; Grandes educadores; Pequenas histórias; Morte e vida severina (em desenho animado); Matemática em toda parte; Sua escola, nossa escola; Geração Saúde; Silêncio das inocentes; Entre a luz e a sombra; Coleção portal do professor e parceiros; Caminhos da escola; Bits e bytes – que mundo é esse?; Informática e educação; Anos iniciais do ensino fundamental; Educação ao longo da vida; Juventude e escolarização: os sentidos do ensino médio; Educar na biodiversidade, e Linguagem teatral e práticas pedagógicas.

    Assessoria de Imprensa da SEB
  • A escola gaúcha estimula a participação dos pais por acreditar que eles podem contribuir para melhorar o diálogo entre professores e alunos e levar a um melhor desempenho no ensino-aprendizagem (foto: boqnews.com)No município de Feliz, na região metropolitana de Porto Alegre, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Spier abre oportunidades para que pais e responsáveis pelos estudantes tenham participação efetiva nas atividades. “Procuramos manter a família sempre muito próxima; chamamos para conversar, participar de reuniões, de eventos e mostras escolares”, ressalta o professor Moisés Schmitz, diretor da escola. “A ideia é que não se faça vistas grossas a comportamentos indesejáveis ou a rendimentos escolares insuficientes, mas que se possa acompanhar de perto o que os alunos estão fazendo, enaltecendo o que está bom e dizendo o que pode ser melhorado.”

    Há 25 anos no magistério, Marli Rauber Paqueira procura estimular a participação dos pais, por acreditar que isso contribui para melhorar o diálogo entre professores e alunos, além de levar a um melhor desempenho no ensino-aprendizagem. De acordo com a professora, a proximidade com as famílias ajuda a equipe dirigente da instituição de ensino na resolução de conflitos e na busca de parcerias para a realização de melhorias.

    Professora em uma turma do terceiro ano do ensino fundamental, Marli acredita que as famílias com participação mais ativa na escola compreendem a importância do ensino para os filhos. “De certa forma, elas passam tranquilidade ao professor, pois demonstram parceria se algo precisa ser resolvido com o aluno”, destaca. Para ela, é muito importante saber como convidar os pais a participar das atividades. “É preciso usar uma linguagem capaz de cativar, pois a sociedade em que vivemos é cheia de cobranças, e isso deixa as famílias muito desmotivadas”, avalia.

    Oficinas — A escola Alfredo Spier oferece diversas oficinas aos 215 alunos, em turmas da educação infantil ao nono ano do ensino fundamental. Cooperativa, rádio, jornal, esporte, dança e reforço escolar são alguns dos temas incluídos. “Na oficina de horta escolar, ocorre a participação direta de pais para a preparação do solo, planejamento na escolha das culturas e transporte de adubo orgânico”, explica o diretor. “Na oficina de banda de latas, as famílias participam com coleta de material para confecção dos instrumentos, bem como nas apresentações ao público.”

    “Em todas, há a participação da família”, enfatiza Schmitz. Ele acredita que a parceria família-escola é a chave do sucesso. “Dessa forma, a família tem melhores condições de identificar o progresso do filho, o que se reflete positivamente na aprendizagem do aluno”, diz o diretor. Há 15 anos no magistério, ele tem licenciatura em educação física e pós-graduação em atividade física e saúde.

    Fátima Schenini

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  • O professor Gilvan França, com seu projeto em escola do Distrito Federal, buscou mostrar aos alunos a importância de não jogar garrafas em rio e esgotos (foto: João Neto/MEC)A construção de uma sala somente com garrafas plásticas; um projeto de alfabetização de jovens e adultos a partir do resgate das próprias histórias de vida; oficinas de leitura, saúde e cidadania. Estas e outras práticas inovadoras e bem-sucedidas em educação foram distinguidas na sexta edição do Prêmio Professores do Brasil, entregue na manhã desta quinta-feira, 13, em Brasília.

    Premiado na categoria temas específicos, subcategoria educação integral e integrada, Gilvan Luís de França, professor do Centro de Ensino Fundamental 2, em Planaltina, Distrito Federal, mostrou preocupação com o meio ambiente. Com os alunos, ele construiu uma sala de 66 metros quadrados com garrafas plásticas cheias de areia, em substituição aos tijolos, assentadas com barro. “Tentei passar a eles a importância de não jogar as garrafas em rios e esgotos, mas reutilizá-las”, salientou.

    Dos 2.609 projetos inscritos em todo o país, foram premiados 40, apresentados por professores da rede pública. Os autores das melhores experiências receberam prêmio de R$ 7 mil, além de troféu e certificado. As escolas ganharam placas.

    Os prêmios foram divididos em duas categorias — temas livres, com distinção para iniciativas na educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio, e temas específicos, com seleção de projetos de educação integral e integrada, de ciências para os anos iniciais do ensino fundamental, de alfabetização também nos anos iniciais e de educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo.

    Histórias— Outra educadora premiada foi a professora Carina Escabora Campos, que leciona em escola pública da comunidade do Parque Imperial, em Barueri, São Paulo. Ela ganhou com o projeto Vidas que se Contam: a Biografia como Portal de Aprendizagens. Professora de alfabetização para jovens e adultos, Carina buscou lembranças significativas dos alunos para tornar o conteúdo formal atrativo e relembrar a importância da educação. Em seguida, registrou em filme histórias capazes de servir de estímulo a outros estudantes.

    “Foi possível perceber que o índice de evasão caiu e que o de alfabetização cresceu”, disse a professora. “Ao tornar o conteúdo mais próximo deles, consegui tornar aprendizagem mais fácil e significativa.”

    O ministro interino Paim Fernandes valorizou o trabalho dos professores: “Quem pode mudar a educação do país são os professores, eles são os protagonistas desse processo” (foto: João Neto/MEC)Importância— O ministro da Educação em exercício, José Henrique Paim Fernandes, ressaltou a importância de se reconhecer o trabalho feito pelos professores. Ele afirmou ainda que o Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais devem reforçar a assistência técnica e financeira a esses profissionais.

    “O país vive um esforço muito grande no sentido de melhorar a qualidade da educação brasileira, e os gestores da educação fazem um esforço permanente no sentido de garantir que as políticas públicas sejam implementadas e executadas”, disse Paim. “Mas quem pode mudar a educação do país são os professores, eles são os protagonistas desse processo de mudança.”

    O Prêmio Professores do Brasil visa a valorizar o papel do professor como agente transformador na formação e no desenvolvimento de novas gerações. Foi criado para dar visibilidade a experiências pedagógicas bem-sucedidas, como forma de estímulo a profissionais de toda a rede pública.

    Parceiros— O prêmio conta com o apoio da Fundação Volkswagen, Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), entre outras entidades.

    Paula Filizola

  • Os itens das avaliações de larga escala da educação básica aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep), como a Prova Brasil, serão analisados e os resultados disseminados para aplicação com objetivo pedagógico nas escolas. É o que prevê acordo de cooperação técnica assinado nesta quarta-feira, 26, entre o Inep, o movimento Todos Pela Educação e a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave). A iniciativa dá início ao Projeto Devolutivas Pedagógicas de Avaliações de Larga Escala da Educação Básica, que terá duração de um ano.

    Ao Inep caberá a coordenação, supervisão e fiscalização dos objetivos do acordo. Além disso, o instituto deve fornecer os itens utilizados nas avaliações para análises que serão realizadas pelos parceiros do projeto. A proposta do acordo é que os itens sejam analisados e, posteriormente, franqueados à sociedade com a indicação dos conhecimentos que o estudante precisa ter adquirido para respondê-los corretamente.

    “O item contém informações preciosas sobre o aprendizado do aluno”, explica o presidente do Inep, Chico Soares. “Devolver esta informação ao professor é algo que o sistema de avaliação precisa fazer, e o fará, por meio do Inep.”

    Entre os compromissos do Todos pela Educação está o apoio na organização de seminários e debates, para divulgar os resultados das pesquisas desenvolvidas. Já à Abave compete o apoio técnico.

    O acordo foi assinado pelos representantes das três instituições durante a solenidade de posse da nova diretoria da Abave, que ocorreu no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira. O atual diretor presidente da associação, o matemático Ruben Klein, permanecerá no cargo por mais dois anos.

    Danilo Almeida
  • A professora orienta os alunos na roda de leitura, como parte do projeto pedagógico: “A participação na roda resultou na habilidade de falar e ler em público” (foto: arquivo da professora Rosângela da Silveira)As 17 crianças chegaram ao segundo ano escolar sabendo ler apenas umas poucas palavras e sem interesse pelas histórias dos livros infantis. “Faltava o brilho nos olhos, a ousadia para arriscar, para se expor em tentativas de acertos e erros; enfim, faltava o querer”, descreve a professora alfabetizadora Rosângela Kirst da Silveira ao conhecer a nova turma, no início do ano letivo de 2015. Era preciso pensar um projeto que estimulasse o gosto pela leitura e que desse sentido àquelas poucas palavras e frases que as crianças aprenderam a soletrar. Nascia, assim, o projeto pedagógico e filosófico Quanto Tempo o Tempo Tem?, desenvolvido na Escola Municipal de Educação Básica Coronel Antônio Lehmkuhl, em Águas Mornas, município de 6,1 mil habitantes, de Santa Catarina.

    Além de desenvolver nas crianças as habilidades e o hábito da leitura, o projeto contemplava os domínios de aprendizagem esperados para alunos daquela faixa etária. A tradicional roda de leitura — um círculo no centro da sala de aula, formado pelos alunos e a professora — foi a estratégia adotada para estabelecer a rotina. Antes de abrirem os livros, as crianças foram desafiadas, com indagações, a pensar e a imaginar. “Quanto tempo o tempo tem?”

    Essa foi apenas a primeira pergunta. A professora logo apresentou mais questões desafiadoras: “Você já desejou que hoje fosse amanhã e que ontem pudesse ser hoje?”; “A morte tem alguma relação com o tempo?”; “As coisas e objetos se transformam com o tempo?”; “Você já pensou em construir uma máquina que pudesse viajar no tempo?”; “Podemos pegar o tempo e medi-lo?”. E enfim a pergunta final, que instiga os alunos a querer abrir os livros e a iniciar o percurso da leitura e da alfabetização: “Que tal caminhar comigo pelas fronteiras do tempo, buscando respostas para as perguntas?”

    Descoberta — Segundo a professora, que tem dez anos de experiência como alfabetizadora, as crianças gostam de desafios, de perguntas, de mistérios. “Principalmente se essas perguntas estiverem relacionadas à vida delas e puderem caber em suas imaginações”, explica. Não demorou muito tempo para que as crianças entre 6 e 7 anos se interessassem pelos livros. “Nessa faixa etária, as crianças estão desenvolvendo a capacidade de compreensão do mundo, tendo como meio básico a leitura e a escrita. Dessa forma, a leitura é um instrumento importante para a descoberta do mundo”, afirma. “Desenvolver a habilidade da leitura é o objetivo central de uma professora alfabetizadora.”

    Mais do que terminar o ano sabendo ler, o propósito do projeto era encontrar o gosto e o prazer pelos livros. Assim, a leitura não se tornaria uma obrigação e resultaria na formação de novos leitores. “Para que esse processo ocorra, descobri que é necessário fazer um trabalho que envolva os alunos”, diz. “Então, sempre trabalho com projetos interdisciplinares que contemplem a participação ativa de todo o grupo.”

    Segundo a professora, a roda de leitura não apenas organiza um espaço permanente para a leitura interativa como contribui para que todas as crianças entendam o texto lido e se posicionem de forma reflexiva.

    Embora a escola não tenha espaço para uma biblioteca, a professora usou na roda de leitura as obras paradidáticas do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) do Ministério da Educação e livros que as crianças tinham em casa ou colaborações dos professores. Em comum, todos os livros guardavam histórias que ajudavam a responder à pergunta-base do projeto pedagógico: “Quanto tempo o tempo tem?”. Entre os títulos selecionados: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; O Metrônomo Mágico, o Tempo que Passa, de Christian Grenier; Gabi, Perdi a Hora, de João Basílio, e Gente de Muitos Anos, de Malô Carvalho, entre outros.

    À medida que os livros eram lidos, novas perguntas surgiam: “Existem outros mundos que não conhecemos, como o da Alice?”

    A turma das 17 crianças do segundo ano, muitas delas moradoras na zona rural do município, entendeu que, apesar das tentativas da ciência para as viagens no tempo, até agora elas somente são possíveis nos filmes, nos livros e na imaginação. Nesse contexto, inspirados no livro sobre o mundo de Alice, os pequenos foram convidados a um chá com bolachinhas e charadas para os colegas na sala de aula. As bolachinhas foram feitas pelos próprios alunos e, assim, trabalhou-se um outro gênero textual, o das receitas, e inseriu-se no projeto a matemática e um pouco da cultura e da geografia do mundo. Afinal, onde fica a Inglaterra, país do autor de Alice?

    Filósofo — Dentro do espírito filosófico do projeto, a professora ajudou a turma a construir um boneco representativo do filósofo grego Tales de Mileto, que acolhe aqueles que querem pensar. “A casa do Tales ou a casa do tempo, como as crianças a chamavam, foi construída com caixinhas de leite e foi o grande orgulho da turma”, conta a professora. Nessa fase, os alunos conheceram o pensamento de Tales de Mileto e sua descoberta sobre a “constatação da passagem do tempo através das modificações das coisas da natureza”.  Respondia-se, assim, a mais uma das perguntas desafiadoras feitas pela professora. E depois, mais uma e outra mais.

    “Eu disse às crianças que o filósofo Tales nos mostrou o quanto é importante observar as coisas e pensar sobre elas, e aí descobrimos que sentar em roda para ler e pensar não era uma coisa nova”, afirma. “Aprendemos que as pessoas sentam-se em roda há muito tempo, que é uma antiga organização humana para reunir grupos que fazem coisas juntas ou para tratar do interesse de todos. É na frente da casa desse filósofo, em um tapete aconchegante, que as nossas rodas de leitura acontecem.”

    Após as rodas de leitura, o projeto foi enriquecido com pesquisas sobre instrumentos de medida de tempo, como o relógio de sol, a ampulheta, a clepsidra ou relógio de água, a linha do tempo e o relógio de pêndulo. “Nesse momento do projeto, toda a escola já conhecia o Tales e o nosso projeto sobre o tempo. Começamos a receber visitas de professores e de outros alunos dispostos a interagir”, conta Rosângela. O projeto filosófico sobre o tempo, com o propósito de acelerar a alfabetização, traduziu-se, assim, em multidisciplinar.

    “A casa do Tales passou a ser um espaço de encontro para leitura, e a participação na roda resultou na habilidade de falar e ler em público”, conta a professora, que teve o projeto pedagógico reconhecido como iniciativa de sucesso em algumas premiações, entre elas o projeto Viva Leitura, promovido pelo MEC e pelo Ministério da Cultura.

    “Em 2016, continuo como professora dessa turma e consigo visualizar o quanto ela evoluiu”, diz. “Como educadora, venho testemunhando o quanto as rodas de leitura contribuem para um comportamento leitor significativo. Eu não poderia estar mais feliz com o resultado do nosso trabalho.”

    Rovênia Amorim

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  • A ideia é usar a criatividade para inovar. Por isso, o Ministério da Educação lançou, no início deste mês, uma página específica na internet sobre inovação e criatividade na educação básica. Um exemplo clássico de como as unidades de ensino podem produzir trabalhos interessantes é o da Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, no bairro de Heliópolis, em São Paulo.

    Implantado em 2007, o projeto aboliu métodos convencionais de ensino e transformou a parte física da instituição. A estrutura tradicional do currículo foi rompida. Em substituição à aula expositiva de 45 minutos, ministrada por um único professor, os alunos recebem roteiros de estudo, por meio dos quais desenvolvem aprendizagem individual e em grupo sobre os mais diferentes campos do conhecimento. Hoje, os alunos da escola apresentam evolução no desempenho em exames nacionais.

    Há ainda atividades em disciplinas específicas, como matemática, português, ciências e história, mas os roteiros, interdisciplinares, estimulam o pensamento e a investigação contextualizada do estudante. A inspiração veio da Escola da Ponte, de Portugal. “Fizemos diversas reuniões e ouvimos as pessoas”, diz o diretor na época, Braz Nogueira. “Não adianta nada se a escola não participar da comunidade; só assim conseguiríamos ter uma nova metodologia de ensino.”

    Esse processo de transformação das relações entre ensino e aprendizagem realizou-se de maneira abrangente em todo o conjunto escolar e também fisicamente. Paredes foram derrubadas e, a cada três salas, formou-se um salão. As mesas passaram a ser coletivas, com grupos de seis alunos. Em vez de um docente por matéria, os professores compartilham a gestão das salas, cada uma delas acompanhada por três profissionais. “Além disso, distribuímos chaves para que as entidades pudessem, aos sábados, domingos e feriados, se apropriar do local”, afirma Nogueira. “Isso provocou uma forte aproximação com os moradores.”

    Dentro dos salões, os alunos têm autonomia para escolher temas e atividades nos roteiros, desenvolvidos por professores responsáveis pela área de conhecimento específica, mas com oferta de acesso a todo o corpo docente, que assim conhece as competências exigidas e trabalhadas em cada material.Ministro visitou a escola de Heliópolis neste ano e assistiu a apresentação dos alunos (foto: Gil Félix)

    Projeto — A plataforma Inovação e Criatividade na Educação Básica busca estimular medidas, como a da escola de Heliópolis. “As pessoas não têm notícia de que é possível organizar uma escola sem as carteiras enfileiradas de frente para uma lousa, sem as salas de aula, sem os corredores, sem as aulas de 50 minutos”, diz a coordenadora do projeto, Helena Singer. “Elas estudaram assim; seus filhos, também. Então, é fundamental divulgar novas referências, organizações que garantam os processos de aprendizado em estruturas que dialogam mais diretamente com os desafios do século 21.”

    O envolvimento dos estudantes com a realidade local é cada vez maior. Assim, Heliópolis passou a ser conhecido como bairro educador. A EMEF Presidente Campos Salles, que já foi chamada de “escola dos favelados”, transformou-se na escola da comunidade.

    Uma experiência em aplicação na escola, a República de Alunos — a organização política é representada pelos estudantes —, foi apontada pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que visitou a instituição de ensino em junho último, como exemplo de inovação em educação. Desde 2011, é registrada evolução no desempenho dos estudantes da instituição paulista, tanto em matemática quanto em português, na Prova Brasil, aplicada em escolas públicas urbanas e rurais que tenham no mínimo 20 estudantes matriculados no quinto e no nono anos (quarta e oitava séries) do ensino fundamental.

    Ana Cláudia Salomão

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