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  • No Espírito Santo, uma escola encontrou um jeito inusitado de estimular o bom comportamento entre os alunos e diminuir as advertências, suspensões e reclamações aos pais. Chamado de MIM: a moeda do bem, o projeto começou em 2016 e bonifica estudantes que mantêm a disciplina e o interesse nas aulas com o acúmulo de moedas imaginárias, que, posteriormente, podem ser tocadas por brindes. O nome da moeda corresponde às iniciais da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Istela Modenesi, em Vitória. 

    Idealizadora do projeto, a professora Priscilla Junqueira afirma que, antes do MIM, a coordenação tentava contornar a indisciplina em sala de aula por métodos tradicionais, porém, com pouco sucesso. “Conversas, convocação de pais, relatórios, anotações de ocorrências, suspensão. Nada disso estava dando muito resultado”, conta. Segundo Priscilla, a atitude dos estudantes refletia questões relacionadas à autoestima e às condições sociais em que vivem – a escola é situada na periferia de Vitória, em região considerada de extrema vulnerabilidade social.

    “Comecei a fazer entrevistas, conversar com cada um dos alunos, e todos mostravam uma frustração muito grande por não ter acesso a itens de consumo, por exemplo, bala, biscoito, coisas que outras crianças e jovens têm e eles não têm”, explica Priscilla. Assim, pensou em um sistema de pontuação: cada estudante recebe um MIM pelo desempenho pedagógico e outro pelo comportamento e pode acumular as moedas cumprindo desafios orientados pelos professores.

    Os produtos que podem ser trocados por MIMs são diversos, desde material escolar e perfumes até lanches, oferecidos por uma lanchonete que só aceita a moeda fictícia. “A cantina vai oferecer bolo de chocolate, empadão, itens que existem em cantina de escola e que, até então, esses alunos não tinham acesso. As professoras também aproveitam para ensinar matemática básica”, exemplifica Priscila.

    A estudante Emilly Katlen, de 13 anos, lembra que quase teve a trajetória escolar prejudicada pelo mau comportamento. No entanto, começou a acumular MIMs por boa disciplina e interesse nas aulas e conseguiu ser a terceira aluna que mais juntou moedas na escola. Como resultado, as ocorrências que a levavam quase diariamente à sala da coordenação passaram a ser esporádicas. “Eu era rebelde, muito bagunceira, e quase reprovei por causa disso. Hoje, minhas notas são altas o respeito pelos professores aumentou. Agora, a sala está melhor, respeitamos uns aos outros”, diz.

    As mudanças no comportamento de Emilly também foram percebidas em casa. Marcela Pereira, mãe da jovem, conta que o projeto conseguiu melhorar a autoestima da filha e que agora ela é referência para os irmãos em comportamento e dedicação aos estudos. “Hoje ela se arruma, toma banho, vai para a escola. Vejo muitos amigos ao redor dela, coisa que não via antes. Ela traz gibi da escola e lê junto com os irmãos dela”, relata.

    Até o ano passado, Rafael Sampaio, de 11 anos, também não se sentia motivado para ir à escola e sempre se envolvia em confusão com os colegas. O estudante considera que as moedas do MIM foram o empurrão que ele precisava para mudar o comportamento e seguir assim, independentemente do projeto. “Mesmo quando o projeto acabar, vou continuar com as boas ações, mesmo sem interesse em ganhar as moedas. Porque, no futuro, já estaremos inspirados a praticar as boas ações”, pondera Rafael.

    Dar atenção e conversar com os alunos, segundo a professora Priscilla Junqueira, é uma forma de contornar qualquer situação difícil. “Acolher não é passar a mão na cabeça. Acolher é entender o que aconteceu e porque o aluno está agindo daquele jeito. É preciso deixar bem claro que alguns comportamentos não são aceitáveis, não são certos, e apontar novos caminhos.”

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • Osório (RS), 12/4/2019
    – Quem já andou pela praia em dia quente de sol e se deparou com um mar impróprio para banho sabe o quanto isso pode ser frustrante. Mas além das condições da água, não seria o caso de pensar na qualidade da areia? Esse foi o foco de um projeto de duas alunas do Campus Osório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). As jovens falam sobre as análises e os resultados nesta edição do Trilhas da Educação, programa que vai ao ar nesta sexta-feira, 12, com transmissão da Rádio MEC.

    Vanessa da Rosa e Júlia Oscar cursam o ensino médio no Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Como moradoras de Osório, no litoral gaúcho, frequentam as praias da região. No ano passado, depois de acompanhar um dos alertas feitos por órgãos governamentais sobre a qualidade da água do mar, a dupla passou a questionar também a qualidade das areias das praias gaúchas. Mesmo porque os banhistas também podem se contaminar apenas permanecendo à beira d’água.

    Para Vanessa da Rosa, as praias de todo o país merecem uma análise mais ampla. “Quando atestamos qualidade ambiental de uma praia a partir das análises da água, que são realizadas em todo o Brasil, e as análises da areia, temos uma noção concreta se aquele ambiente é impróprio ou não para contato humano, ou seja, se há risco para a saúde”, ressalta a estudante. “Quando solucionamos esse problema ambiental, solucionamos paralelamente vários outros problemas de saúde.”

    Para determinar se uma areia é própria ou imprópria para contato humano são coletadas amostras e analisada a quantidade de coliformes termotolerantes e totais contidos nela. A análise pode ser realizada por laboratórios ou criada uma instituição pública, como as que analisam a água. Júlia conta que duas praias foram escolhidas para a parte prática do projeto que elas desenvolveram, com o objetivo de analisar a qualidade da areia.

    “Nós fizemos as nossas análises em duas áreas de amostragem, uma em Cidreira e uma em Atlântida Sul. Nós escolhemos três pontos de coleta distintos e alinhados: o ponto um é próximo às dunas, o ponto dois, intermediário, e o três, bem próximo à água”, conta Júlia.

    O trabalho de campo também analisou o descarte incorreto do lixo, por exemplo, que apareceu como um dos pontos mais sensíveis. “O lixo, além de trazer um aspecto visual negativo para a praia, acaba por atrair inúmeros animais, como os pombos, que acabam por contaminar as areias”, destaca Vanessa.

    Mudança – Vanessa e Júlia resolveram levar o projeto orientado pelos professores até algumas prefeituras da região. Com apoio do gestor de Cidreira, município que inicialmente acatou a proposta, medidas emergenciais foram tomadas já no veraneio de 2019. Era a chance de envolver a comunidade num cenário positivo de mudança, não só na alta temporada, mas no ano todo.

    “Tivemos a elaboração de um decreto, a elaboração de um plano de ação. Eles proibiram uso de canudo no município, reduzindo a emissão de lixo na beira-mar”, lembra Vanessa. “O segundo passo foi uma modificação na lei que proíbe cães na beira da praia. Antes, era proibido apenas na alta temporada, agora o ano inteiro. Isso é importante porque o cão é um agente contaminante da praia.”

    Os resultados ainda estão sendo apurados, com o andamento da pesquisa. Júlia conta que apenas o Rio de Janeiro tem um projeto semelhante. As demais experiências seriam todas internacionais. “Estamos estudando mais medidas para continuar a melhorar a qualidade das nossas praias e pensamos também em fazer palestras para conscientização, que seria de extrema relevância, já que muitas pessoas não acreditam que as areias possam ter um risco a saúde. Elas se preocupam mais com a água do que com a areia.”

    A ideia das duas estudantes pode render ainda mais frutos e refletir na vida de outras pessoas pelo mundo. Isso porque o projeto Qualidade Ambiental das Areias de Praia do Litoral Norte Gaúcho foi apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e premiado pela Marinha do Brasil, além de credenciado para participar de feiras internacionais de ciências nos Estados Unidos e Peru. “É muito importante que nós, como alunos, tenhamos esse retorno. A gente pensa que está fazendo uma coisa pequena, apenas para a nossa comunidade e que, às vezes, ninguém vai se inteirar sobre o assunto”, aponta Júlia. “No entanto, é muito legal saber que tem gente que se importa e quer incentivar isso. Pesquisa no ensino médio é sensacional. Se eu não tivesse conhecido a pesquisa, não seria quem eu sou hoje.”

    Assessoria de Comunicação Social  

     

  • O projeto de lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE), enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010, prevê que os estados, os municípios e o Distrito Federal elaborem planos correspondentes para as suas unidades ou façam adequações nos planos que já existem. O prazo para cumprir esse requisito será de 12 meses a partir da aprovação do novo PNE, que terá metas a executar no período de 2011 a 2020.

    Um mapa da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, construído com dados do Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação (Sicme), mostra que parte de estados e municípios possui planos de educação. Das 5.565 prefeituras, 3.204 têm planos municipais de educação (PME), o que corresponde a 57% das cidades.

    Já na esfera estadual, 17 das 27 unidades da Federação criaram planos. Os planos municipais e estaduais de educação estavam previstos no PNE 2001-2010, que vigorou até 31 de dezembro do ano passado. Pelo novo PNE, cidades e estados que têm planos devem atualizá-los e as unidades que não têm devem fazê-los.

    Os planos de educação estaduais e municipais, a exemplo do PNE, devem definir diretrizes e metas a serem alcançadas, além de estratégias de como executá-las e prazos. Seu alcance deve ser de uma década.

    Para a diretora de fortalecimento institucional de gestão educacional da Secretaria de Educação Básica, Maria Luiza Alessio, é importante que gestores de municípios e estados aproveitem o tempo de tramitação do PNE no Congresso Nacional para realizar diagnósticos da educação em suas redes.

    Os dados para diagnóstico, explica a diretora, estão disponíveis no censo nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2010, que traz informações atualizadas sobre o número de alunos por faixa etária e série, dados sobre analfabetismo de jovens e adultos, qualificação dos professores, população indígena, especial e quilombola, escolas rurais e urbanas, entre outros. Os gestores também podem utilizar os índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) 2009 que registram o desempenho da educação básica no país, em cada estado, cada município e cada escola.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o projeto de lei que cria o PNE.

    Republicada com correção de conteúdo


  • Uma turma do ensino fundamental com baixo rendimento no processo de alfabetização e grande demonstração de indisciplina é um desafio e tanto para qualquer professor. Para a professora Fernanda Nicolau Nogueira, de Rondônia, no entanto, esta foi a chance de praticar a criatividade e inovar nos métodos de ensino e aprendizagem. Tanto que a ideia lhe rendeu, em 2017, o Prêmio Professores do Brasil na categoria anos iniciais, do ensino fundamental. Essa história será contada na edição desta sexta-feira, 22, do programa
    Trilhas da Educação, transmitido pela Rádio MEC.

    Em 2016, a turma do quarto ano fundamental da escola estadual Nilson Silva, situada em um dos bairros periféricos da cidade de Rolim de Moura, preocupava os educadores. Dos 26 alunos da sala, 14 apresentavam sérias dificuldades para ler, escrever ou compreender textos simples, comuns a este nível de ensino. Na disciplina de matemática, o desempenho era igualmente abaixo do esperado e boa parte da turma só sabia resolver operações simples de soma e subtração.

    Fernanda conta que captar a atenção das crianças foi o primeiro desafio. “Era uma turma que tinha dificuldade para permanecer sentada, se organizar para não conversar na hora da atividade, gostava muito de ficar pelo pátio, pedindo para sair a toda hora”, lembra. Nessas circunstâncias, nasceu o projeto Ler, escrever... crescer!. Ela apostou em aulas temáticas, lúdicas, que trouxessem os estudantes para dentro do conteúdo previsto. Aulas de reforço escolar também foram colocadas em prática para aqueles com maior dificuldade.

     “Eu planejava, diariamente, várias atividades diferentes dentro de um mesmo tema, independente da disciplina que eu fosse trabalhar. As atividades daqueles que já estavam alfabetizados eram sempre mais desafiadoras, porque eles também tinham que ser atendidos e continuar progredindo”, explica Fernanda.

    Para melhorar a escrita e leitura dos alunos, a professora abordou os gêneros textuais de uma maneira criativa, promovendo atividades diferentes daquelas que vinham sendo trabalhadas no dia a dia da escola. As iniciativas implementadas surtiram efeito e movimentaram todo o grupo.

    O trabalho da professora Fernanda Nicolau Nogueira estimulou os alunos a manter a atenção durante as aulas, melhorando consideravelmente o desempenho (Arte: ACS/MEC)

    “Nós construímos brinquedos com material reutilizável que foram entregues para crianças de outros bairros ainda mais carentes que o nosso. Filmamos um programa de culinária, quando nós trabalhamos receita, e um telejornal, fruto da atividade de trabalhar notícia e reportagem. Também fizemos teatro, sarau de poesia e produzimos muito material escrito”, conta a professora. A estratégia foi, aos poucos, despertando nos alunos o interesse por outros espaços da escola, como a biblioteca. Era a resposta que ela recebia por entrar fundo na leitura e aproximá-los dos livros.

    Fernanda revela que o local recebeu inúmeras visitas dos estudantes, tornando-se uma extensão da sala de aula. Neste processo de adaptação, a leitura foi adequada de maneira pausada aos alunos, com desafios, por exemplo, para encontrar títulos de livros e autores, personagens, cenário, tempo da obra, desenvolvimento, enredo e a solução dada ao problema, bem como o desfecho das histórias.

    Confiança – Todo o trabalho desenvolvido conduziu a turma, avalia Fernanda, a um processo natural de mais confiança e acolhimento em sala de aula. Não demorou muito para que até mesmo os pais dos alunos percebessem a mudança nos próprios filhos. “Eu ouvi muitas frases como ‘Olha, professora, eu não sei o que a senhora fez, mas o meu filho não queria vir para a escola e hoje ele não falta nem que esteja chovendo, que esteja frio. A escola é a vida dele’”, diz.

    Na análise de Fernanda, foi preciso fazer com que eles gostassem de estar na escola, criar um ambiente atrativo, favorável ao aprendizado, onde não se perdesse a magia de ser criança. Ao final do ano letivo veio a recompensa: os alunos da turma da professora se destacaram na instituição de ensino, apresentando uma evolução gradativa das notas e demonstrando ter superado as adversidades enfrentadas ao longo do trabalho proposto.

    “A minha turma foi a única da mesma série em que não havia nenhum aluno abaixo da média esperada dentro da avaliação diagnóstica inicial de 2017. Para mim, isso foi uma prova concreta de que o projeto deu certo, que valeu a pena todo esforço e sacrifício”, atesta a professora. O resultado a motivou para que a proposta tivesse continuidade dentro da escola e, atualmente, a mesma abordagem vem sendo aplicada em outra turma do quarto ano do ensino fundamental que registra problemas semelhantes de aprendizado.

    Premiação – Após o sucesso na escola, Fernanda espera que a didática também possa ajudar professores e alunos de outras regiões do Brasil que hoje conhecem o projeto Ler, escrever... crescer!, após ele ser um dos vencedores do Prêmio Professores do Brasil, cuja proposta é reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem de forma significativa para a melhoria dos métodos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula. “Eu me sentirei lisonjeada e muito grata se souber que, de alguma maneira, pude contribuir para o bem das nossas crianças, em nível nacional. Acho que é a maior recompensa que um professor pode receber”, completa Fernanda.

    O projeto da professora Fernanda Nicolau Nogueira pode ser conhecido na página oficial do Prêmio Professores do Brasil. Na mesma página é possível fazer as inscrições para a edição 2018, até 28 deste mês. Iniciativa do Ministério da Educação, com apoio de instituições parceiras, o concurso vai distribuir, este ano, R$ 305 mil aos vencedores, além de viagens educativas pelo Brasil e exterior e placas para as escolas das experiências selecionadas. Os vencedores nacionais serão conhecidos em 29 de novembro, no Rio de Janeiro.

    Conheça mais do projeto na página oficial do Prêmio Professores do Brasil

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Os alunos da Escola Eladir Skibinski, de Joinville, têm aulas sobre educação financeira e os resultados são visíveis no dia a dia (Foto: Divulgação)Professora da Escola Municipal Eladir Skibinski, em Joinville, no nordeste catarinense, Carlas Pawluk classifica como um presente a oportunidade que teve de participar do projeto-piloto sobre educação financeira realizado em 2015 em 47 escolas da rede de ensino do município. “Possibilitar que os alunos recebam conhecimentos sobre educação financeira é despertar neles uma consciência crítica em relação ao consumismo e à sustentabilidade, à arrecadação de impostos e à justa aplicação dos recursos públicos para a melhoria da vida em comunidade”, ressalta Carlas.

    A professora participou do piloto com uma turma de quinto ano do ensino fundamental. O trabalho, intitulado Matemática X Sustentabilidade: uma Conta que Dá Certo, baseou-se nas disciplinas de matemática, língua portuguesa e história. “Foi um projeto pedagógico interdisciplinar, tangenciando o tema transversal de ética e cidadania”, diz.

    Carlas usou o material posto à disposição pelo Programa de Educação Financeira nas Escolas – vídeo e livro. “As atividades iam sendo aplicadas a cada etapa da leitura e elaboradas de acordo com a realidade e cotidiano dos alunos”, explica.

    Segundo a professora, o projeto despertou o interesse dos estudantes e proporcionou muitos benefícios. “Eles puderam ser observados nas rodas de conversa, na realização das atividades propostas, na participação ativa nas pesquisas, no interesse pela arrecadação de notas e cupons fiscais e na proposta de ações que vieram a enriquecer o desenvolvimento do projeto”, revela. “São benefícios que trouxeram e trarão mudanças nas ações do dia a dia para uma vida financeira saudável e equilibrada.”

    Carlas tem graduação em curso normal superior e pós-graduação em séries iniciais, educação infantil e gestão escolar.

    Reflexão — Para a pedagoga Elhoni Salléte Fernandes, diretora da Escola Municipal Amador Aguiar, na mesma cidade, a reavaliação de objetivos pessoais, a valorização de pequenas quantias em dinheiro, mais reflexão e planejamento em longo prazo foram alguns dos principais benefícios verificados entre os estudantes após a realização do projeto-piloto. “É muito importante contribuir para que os alunos recebam conhecimentos sobre educação financeira”, analisa a diretora. “Isso possibilita que eles aprendam a utilizar adequadamente suas finanças desde os anos iniciais e compartilhem seus conhecimentos com a família e os adultos com os quais convivem, contribuindo para uma vivência cidadã mais consciente.”

    No magistério desde 1988 e na direção desde 2013, Elhoni tem especialização em educação infantil.

    De acordo com a coordenadora do programa de educação financeira na Secretaria de Educação de Joinville, Andreza Faria Malewschik, em 2016 serão atendidas as 83 escolas de ensino fundamental da rede municipal de ensino.

    “O projeto-piloto beneficiou e muito a compreensão de vários aspectos financeiros”, salienta Andreza. Como exemplo, ela cita os cuidados com os gastos domésticos, a responsabilidade para com o cuidado e manutenção da escola, a compreensão dos conceitos de repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar, além de um aprendizado sobre a tomada de decisões corretas quanto a desejo ou necessidade.

    Com licenciatura plena em matemática, pós-graduação em metodologia do ensino de matemática e mestrado em educação, Andreza também coordena as atividades do Grupo de Educação Fiscal na rede municipal de ensino.

    Fátima Schenini

  • O Senado Federal aprovou em plenário, nesta quarta-feira, 26, o projeto de lei que dificulta o fechamento de escolas de educação no campo, indígenas e quilombolas. Esse projeto de lei altera o artigo 4º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996). O projeto de lei, de autoria do Executivo, segue para sanção.

    Na terça-feira, 25, o projeto de lei havia sido aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.  Pelo projeto, antes de fechar escola da educação básica pública que atenda estudantes residentes no campo, indígenas e quilombolas, o prefeito ou secretário de educação precisa ouvir o conselho municipal de educação, que é o órgão normativo e tem na sua composição representantes dos gestores e de toda a comunidade escolar.

    Ao receber, em Brasília, um manifesto de estudantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) solicitando educação, transporte escolar e alimentação saudável, em 12 de fevereiro, o ministro da Educação, Henrique Paim, falou às crianças sobre a proposta do governo federal que tramita no Congresso. “Queremos colocar como condição para fechar uma escola a consulta à comunidade”, explicou. “A comunidade precisa ser ouvida, é preciso ouvir os conselhos estaduais e municipais de educação”, completou.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da Agência Senado
  • Professor de história na Escola Municipal Leôncio Horácio de Almeida, no povoado de Guaribas, área rural do município baiano de Anguera, Ronaldo de Almeida Macedo desenvolveu trabalho voltado para o fortalecimento da identidade cultural dos estudantes e demais moradores da região. Com cerca de 800 habitantes, que se dedicam principalmente ao plantio de lavouras como milho, feijão e mandioca, Guariba oferece poucas oportunidades aos habitantes. Muitos deles migram para grandes centros urbanos em busca de melhores condições de vida.

    Segundo Ronaldo, também morador daquela comunidade, era comum ouvir, dos que se foram, que Guaribas não é lugar bom para se viver e que viver da agricultura é “coisa de roceiro”. Ao pensar sobre o que poderia ser feito para mudar essa forma de pensar, o professor resolveu criar o projeto Minhas Raízes para Nunca mais Esquecer. Com ele, desenvolveu ações de reconhecimento da cultura local. Em conversa com colegas de outras disciplinas, também moradores da comunidade, as ideias surgiram. Após decidirem que o projeto seria interdisciplinar, com a participação de professores de matemática, língua portuguesa, artes, inglês, espanhol, história e identidade e cultura, eles deram início aos trabalhos, em março de 2014.

    Apesar de dar aulas a turmas do sexto ao nono ano do ensino fundamental, Ronaldo desenvolveu o projeto com duas turmas do sétimo ano, vespertino. Os alunos atuariam como multiplicadores em outras turmas e na comunidade. “Eles abraçaram a causa”, diz o professor.

    Origens — O projeto incluiu aspectos relacionados à origem da comunidade, com suas danças, crenças religiosas, comidas, festas populares, agricultura e brincadeiras. Os estudantes fizeram entrevistas com moradores mais antigos. Com auxílio dos telefones celulares, gravaram respostas a perguntas sobre as origens e a formação da localidade. Depois, produziram um documentário, apresentado a outras turmas da escola. “Foi fantástico, surpreendente”, lembra Ronaldo. Com o apoio da professora de língua portuguesa, Marinalda Freitas, as informações coletadas em áudio e vídeo foram transcritas em forma de texto.

    Antigas brincadeiras também foram resgatadas pelos estudantes.

    De acordo com Ronaldo, embora Guaribas seja uma comunidade de predominância negra, mais de 90% dos 224 alunos da escola não se identificavam como tal no início do projeto. Após esse diagnóstico inicial, os professores promoveram seminário sobre temas relacionados à cor da pele, cabelos e tradições da cultura negra. A questão da identidade negra foi enfatizada.

    Após nova pesquisa entre os estudantes verificou-se uma mudança: 23% se declararam pardos; 47%, morenos; 22%, pretos; 4%, indígenas; 2%, brancos e outros 2%, amarelos. “Mesmo sabendo que os 47% que se declararam morenos e os 23% que se declararam pardos estão dentro dos 22% que se declararam pretos, acreditamos que houve resultados significativos em relação ao início do projeto, quando a negação em relação à etnia foi alarmante”, salienta Ronaldo.

    O projeto do professor baiano foi um dos ganhadores da nona edição do Prêmio Professores do Brasil, na categoria sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental. Com o dinheiro do prêmio, ele pretende fazer cursos de especialização em história da África.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Fátima Schenini

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  • A recuperação de um parquinho, que faz a alegria dos estudantes, é uma das realizações do projeto comunitário desenvolvido em Cavalcante (foto: divulgação)Cercado por cachoeiras e belezas naturais e históricas da Chapada dos Veadeiros, o município goiano de Cavalcante exibe a realidade das desigualdades sociais no Brasil ao apresentar um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) do país. De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, de 2010, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o município, a 320 quilômetros de Brasília, ocupa a 4.540ª posição entre os 5.565 do ranking.

    Essa situação de vulnerabilidade despertou a atenção de voluntários de uma instituição religiosa de Brasília, que atua em parceria com uma organização de desenvolvimento social. Decidiu-se, então, incluir a comunidade de Cavalcante em projeto comunitário que envolve escola e famílias. A Escola Municipal Morro Encantado, em um dos bairros mais carentes de Cavalcante, foi escolhida para o início do projeto.

    As atividades são programadas para os fins de semana. Desde o ano passado, as 300 crianças, do pré-escolar ao quinto ano do ensino fundamental, participam de oficinas de artesanato e de música, gincanas e práticas esportivas. As famílias dos alunos recebem doações de roupas e alimentos e são convidadas para palestras sobre temas como valores humanos e a importância de apoiar e acompanhar os estudos dos filhos.

    A diretora da escola, Delma Gonçalves Maia, apoia a iniciativa. “As crianças adoram as atividades porque na cidade não há muita opção de atividades culturais para elas”, explica.

    A parceria tem resultado em melhorias também na estrutura física do prédio escolar. Com recursos próprios e com a contribuição de uma loja de tintas de Brasília, a escola ganhou pintura nova. “Também fizemos a limpeza do terreno, com roçagem do mato, e a recuperação de um parquinho, que é a alegria dos estudantes atualmente”, conta Herbert Borges Paes de Barros, coordenador do Projeto Cavalcante. Pequenos reparos também são feitos, como o conserto da torneira que pingava e desperdiçava água, a substituição do bebedouro e o reforma da rede wi-fi.

    Apesar dos poucos encontros, as crianças já se mostram mais receptivas ao projeto. “Antes, elas ficavam retraídas, havia agressividade e dificuldades de obediência às regras combinadas”, lembra Herbert. Segundo o coordenador, o comportamento dos alunos começou a melhorar a partir da terceira atividade, com a conquista da confiança. “Passamos a vivenciar a afeição, o carinho e o respeito pelos voluntários.”

    Zelo — De acordo com Herbert, o maior desafio do projeto é fazer os próprios moradores da Vila Morro Encantado, onde fica a escola, entenderem a unidade de ensino como parte da comunidade. “A comunidade deve zelar por ela e contribuir com o que puder para que a escola se torne um ambiente cada vez melhor, tanto em relação à estrutura física quanto à educação, à qualidade de vida de estudantes, professores e funcionários”, pondera.

    Segundo a diretora Delma, os pais dos alunos precisam de ajuda para perceber a necessidade e a importância do envolvimento deles na rotina escolar dos filhos. É o caso de uma aluna de 11 anos, do quinto ano. Adotada por uma tia, a menina fica com a avó quando não está escola porque a nova mãe trabalha como doméstica o dia todo. “À tarde, ela ajuda a cuidar do irmão menor e de outros primos também menores”, explica a mãe adotiva, de 58 anos, que mora no Morro Encantado. “São importantes essas atividades da escola no fim de semana porque as crianças não ficam à toa e aprendem coisas boas”, diz a mãe.

    A diretora da escola lamenta o fato de as crianças mal contarem com acompanhamento escolar por parte dos pais, que em geral têm pouco estudo e um histórico de violência e alcoolismo. “Os irmãos mais velhos é que ficam responsáveis e costumam levar os mais novos para a escola”, diz. “É muito difícil mudarmos uma tradição, mas aos poucos estamos tentando. Por isso, esse projeto é muito bem-vindo.”

    Rovênia Amorim

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  • Estão abertas, até 15 de setembro, as inscrições para o Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo Ministério da Educação. A quinta edição vai selecionar até 40 experiências concluídas ou em execução, sendo oito por região do país. Os autores dos trabalhos receberão R$ 5 mil em dinheiro, troféus e certificados.

    Para concorrer, os educadores devem relatar projetos desenvolvidos ou em desenvolvimento, com resultados comprovados no ano letivo de 2010, que atendam aos objetivos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em 2007.

    As experiências, conforme o regulamento da quinta edição do prêmio, devem estar relacionadas a uma ou várias das seguintes ações: promover a permanência, o sucesso escolar, a redução da repetência, do abandono e evasão de estudantes da educação básica; aumentar a participação da família na escola, a inserção da escola na comunidade, a inclusão educacional social, racial, digital; trabalhar para a formação ética, artística e cidadã dos alunos.

    Podem candidatar-se professores da educação básica em exercício da atividade docente em escolas públicas e de instituições educacionais comunitárias, filantrópicas e confessionais conveniadas aos sistemas públicos de ensino.

    A inscrição tem duas etapas. Na primeira, o professor preenche o formulário e envia pela internet; na segunda, posta nos correios (sedex ou AR) o relato da experiência, cópias de documentos pessoais, declaração da escola, entre outros. O relato deve ser enviado para o endereço: Prêmio Professores do Brasil – 5ª edição – Núcleo de Estudos de Ciência Matemática, Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, Rua Ildefonso Simões Lopes, 2.791 – Bairro Sanga Funda – cep: 96060-290 – Pelotas (RS).

    O prêmio oferecerá R$ 200 mil, que serão distribuídos para as 40 melhores experiências (R$ 5 mil por professor) e R$ 80 mil em equipamentos audiovisuais ou multimídia para as escolas que desenvolveram os projetos premiados. Cada escola receberá equipamentos no valor de R$ 2 mil. Além do reconhecimento, os vencedores participarão de um seminário promovido pelo Ministério da Educação na mesma data da entrega do prêmio.

    Em 2011, o Prêmio Professores do Brasil é realizado pelo MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). A Fundação SM, Intel, Instituto Votorantim e a Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros) são os patrocinadores.

    Trajetória– Nas duas primeiras edições do Prêmio Professores do Brasil, em 2005 e 2007, participaram docentes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido para toda a educação básica, incluindo os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio. O número de premiados poderia alcançar até 40 experiências, mas em 2008 foram selecionados 31 projetos e em 2009, 35.

    No conjunto das quatro edições, de 2005 a 2009, concorreram ao prêmio 4.394 trabalhos – 1.135 em 2005; 1.457 (2007); 779 (2008) e 1.027 (2009), e 106 educadores receberam prêmios em dinheiro que somaram R$ 530 mil.

    Ionice Lorenzoni


    Confira o regulamento, a ficha de inscrição e a premiação na página eletrônica do prêmio.

  • Uma comissão do Conselho Nacional de Educação (CNE) começou nesta segunda-feira, 4, a discutir uma proposta do Ministério da Educação para incentivar redes estaduais de educação a criar iniciativas inovadoras para o ensino médio. A intenção é estimular as redes estaduais de educação a pensar novas soluções que diversifiquem os currículos com atividades integradoras, a partir dos eixos trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para melhorar a qualidade da educação oferecida nessa fase de ensino e torná-la mais atraente.

    Aprovada a proposta, cerca de 100 escolas com as menores notas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) já serão beneficiadas em 2010, prevê o diretor de concepções e orientações curriculares para a Educação Básica do MEC, Carlos Artexes. Ele informou que o ministério assinará, para esse fim, convênios de cooperação técnica e financeira com as secretarias estaduais de educação entre agosto e setembro deste ano.

    “A previsão é de que o conselho aprove essa proposta, pela relevância social e educacional, preferencialmente na reunião de junho” explicou o presidente da comissão do CNE, Francisco Cordão. “Assim, o MEC terá condições de assinar esses convênios de cooperação técnica com as secretarias, para que elas organizem seus projetos até meados de novembro, e preparem seus professores para o ano letivo de 2010.”

    Cordão observou também que “a intenção não é substituir uma grade curricular por uma nova matriz curricular, trocar 12 disciplinas por quatro eixos”. E sim que os professores possam “trabalhar de maneira articulada com núcleos centrais, mas flexíveis, com projetos integradores, para facilitar a aprendizagem dos alunos”.

    A proposta enviada pelo MEC tem cinco questões centrais a serem discutidas no currículo do ensino médio, “para estimular que os estados, na sua competência e na sua autonomia, possam desenvolver propostas e o governo federal possa apoiá-las”, diz Artexes. A primeira é estudar a mudança da carga horária mínima do ensino médio para 3 mil horas – um aumento de 200 horas a cada ano. Outra mudança é oferecer ao aluno a possibilidade de escolher 20% de sua carga horária e grade curricular, dentro das atividades oferecidas pela escola. Faz parte ainda da proposta associar teoria e prática, com grande ênfase a atividades práticas e experimentais, como aulas práticas, laboratórios e oficinas, em todos os campos do saber; valorizar a leitura em todas as áreas do conhecimento; e garantir formação cultural ao aluno.

    Luciana Yonekawa
  • Com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino oferecido aos estudantes ao mesmo tempo em que valoriza o professor, o Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), na última sexta-feira, 14, a proposta da Base Nacional Comum para Formação de Professores da Educação Básica. A entidade vai agora abrir o debate com as instituições formadoras, estados, municípios e escolas, para aperfeiçoar, complementar e, a partir da proposta, reformular as normativas para a formação de docentes no Brasil. Após esse trâmite, o documento será devolvido ao MEC para homologação.

    Pela proposta, a formação deve ter uma visão sistêmica que inclua a formação inicial, a formação continuada e a progressão na carreira. Nesse sentido, alinhamento e articulação são requisitos indispensáveis em uma política pública que envolve vários setores educacionais: MEC, instituições formadoras, conselhos de educação, estados, Distrito Federal e municípios. Cada ente com responsabilidades complementares no que diz respeito à formação de professores.

    A BNC-Professores é baseada em três eixos que vão nortear a formação inicial e continuada dos docentes de todo o país: conhecimento, prática e engajamento. No conhecimento, o professor deverá dominar os conteúdos e saber como ensiná-los, demonstrar conhecimento sobre os alunos e seus processos de aprendizagem, reconhecer os diferentes contextos e conhecer a governança e a estrutura dos sistemas educacionais.

    Já no eixo da prática, o professor deve planejar as ações de ensino que resultem na aprendizagem efetiva, saber criar e gerir ambientes de aprendizagem, ter plenas condições de avaliar a aprendizagem e o ensino, e conduzir as práticas pedagógicas dos objetos do conhecimento, competências e habilidades previstas no currículo.

    No terceiro e último eixo está o engajamento. É necessário que o professor se comprometa com seu próprio desenvolvimento profissional, com a aprendizagem dos estudantes e com o princípio de que todos são capazes de aprender. Também deve participar da elaboração do projeto pedagógico da escola e da construção de valores democráticos. Além de ser engajado com colegas, famílias e toda a comunidade escolar.

    O documento também propõe mudanças no tempo da formação inicial para a pedagogia. A intenção é que, nos quatro anos de curso, sejam dois anos de formação comum e um ano de aprofundamento para cada etapa da educação a que o professor queira se dedicar em sua carreira, como educação infantil, alfabetização ou polivalência do terceiro ao quinto anos, por exemplo. Também está prevista a possibilidade de cursar mais um ano de especialização com foco em gestão escolar e outro de mestrado.   

    Partida – A premissa da proposta da BNC-Professores são os recorrentes resultados insuficientes de aprendizagem dos estudantes e da baixa qualidade da formação dos docentes. Em geral, os cursos contam com muita teoria e pouca prática, falta aprofundamento na formação inicial para a educação infantil, alfabetização e anos iniciais, além de estágios curriculares sem planejamento e sem vinculação com as escolas.

    Diante desse quadro, a proposta do MEC preza que a formação esteja inserida em um regime de colaboração entre a União, os sistemas de ensino e as instituições formadoras. Tudo a partir de uma abordagem sistêmica, pautada pela interdisciplinaridade, interculturalidade e contextualização. Sem deixar de lado a criatividade, a inovação e a formação humana integral. Tendo sempre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como norte.

    Estudos – A elaboração do documento foi embasada em estudos nacionais e internacionais, e contou com a colaboração de pesquisadores de instituições renomadas, como a Universidade de São Paulo (USP), a Fundação Carlos Chagas e Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras.

    Foram avaliadas ainda 12 experiências internacionais exitosas, como as da Austrália, do Chile, de Portugal e dos Estados Unidos. Casos brasileiros também inspiraram o documento, como os de Manaus, Jacareí (SP) e do estado do Espírito Santo.

    Visão – Pela primeira vez é feito um documento que prevê ações interligadas que partem da formação inicial e projeta toda a vida do docente ao longo da carreira. “Não é possível mais pensar em programas isolados ou atuar só num dos componentes da docência, é preciso olhar o todo e planejar o passo a passo da implementação dessa nova visão de carreira", diz a professora Maria Alice Carraturi, diretora de formação do MEC.

    Instituto – Para que as ações sejam sistêmicas, o documento ainda sugere a criação de um organismo que concentre todas as ações hoje distribuídas nos vários setores e autarquias, como políticas de formação, acreditação de instituições alinhadas com a BNC, monitoramento, avaliação das ações de formação e programas de fomento à docência.

    Chamada – O MEC vai lançar uma Chamada Pública de Didáticas Específicas. Serão destinados R$ 15 milhões para até 100 projetos de pesquisa em todo o país. Os recursos serão destinados a pesquisadores de instituições de pesquisa públicas ou privadas e para as escolas que serão objeto de pesquisa. O objetivo é incentivar a pesquisa na educação básica e o uso e a produção de evidências para buscar a melhoria da aprendizagem nos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio.

    Serão foco das pesquisas as áreas de conhecimento de língua portuguesa, matemática, ciências e dos itinerários formativos. Entre os resultados esperados estão a identificação de práticas inovadoras aplicáveis a diferentes realidades, de maneira mais acessível nas diferentes regiões. A duração das pesquisas será de até 24 meses. Poderão participar da chamada instituições de pesquisa (públicas ou privadas) associadas a escolas públicas de todo o país.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Proposta do novo formato para exames chegará aos reitores nesta segunda (Foto: Júlio César Paes)O Ministério da Educação entrega nesta segunda-feira, 30, à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, uma proposta de substituição do vestibular das universidades. O documento é para análise e discussão da entidade, que reúne os 55 reitores das universidades federais.

    Nesta semana, os reitores receberam do ministro da Educação, Fernando Haddad, informações preliminares sobre a mudança sugerida pelo MEC. O objetivo é que a prova, nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seja aplicada num único dia em todo o território nacional, atendendo todas as instituições de ensino superior que aderirem ao novo vestibular.

    A iniciativa pretende que a prova ajude a reorganizar o currículo do ensino médio, permita maior mobilidade de estudantes entre as universidades e que o benefício seja estendido a instituições públicas e privadas, mediante adesão. O novo exame deve exigir dos candidatos mais análise e raciocínio, ao contrário da memorização exigida no modelo de vestibular aplicado hoje.

    A proposta do ministério é que a prova combine as virtudes do vestibular clássico, tal como a abrangência de conteúdos, com o modelo de questões do Enem, que privilegia a análise.

    Assessoria de Comunicação Social
  • A proposta de educação infantil na Base Curricular prevê o foco em campos de experiência, entre eles os da interação e da ludicidade (Foto: Isabelle Araújo/MEC)Quando se começa a aprender? Na opinião de muitos pais e até de alguns profissionais do ensino, apenas na alfabetização. Até lá, para quem pensa assim, os filhos vão à creche para brincar e passar o tempo. Mas para os pesquisadores envolvidos na proposta de educação infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNC), o aprendizado dos pequenos começa muito antes. E brincar não é mero momento de distração.  

    “A gente está dizendo que bebê aprende. Não é porque bebê não fala que ele não tem um conjunto muito interessante de explorações, de brincadeiras, de olhares pro outro, que são seu jeito de falar”, defende Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, professora da Universidade de São Paulo (USP) e uma das assessoras da educação infantil no documento.

    Para fortalecer essa ideia e levá-la à prática nas escolinhas Brasil afora, a proposta da BNC para educação infantil vem recebendo atenção especial. Etapa fundamental e diferenciada da educação básica, ela não é organizada, por exemplo, em áreas do conhecimento, como o ensino fundamental e o médio.

    “Em primeiro lugar pela própria faixa etária das crianças. Isso vai demandar uma forma muito diferente dessa criança se relacionar com o conhecimento, com o mundo. Na educação infantil, as experiências vividas na instituição são tratadas de forma mais global”, explica Hilda Micarello, coordenadora da equipe de redação da Base. 

    Experiência – Por esse motivo, a educação infantil no documento está dividida por campos de experiência, que têm como eixos centrais a ludicidade e as interações – dois aspectos que já aparecem nas diretrizes curriculares nacionais e são especificadas na Base. Essa perspectiva se diferencia do que é visto nas escolas de hoje, diz Hilda.

    Segundo ela, “há muitas vezes uma interpretação equivocada de que a educação infantil é para fazer uma versão adaptada daquilo que se faz no ensino fundamental”. Ela explica que “muitas vezes as crianças ficas muitas horas sentadas, realizando tarefas repetitivas e confunde-se o incentivo à leitura e à escrita com passar exercícios de cópia, cobrir traçados. E são práticas muito equivocadas”, diz Hilda.

    Um dos norteadores dos campos de experiência, a ideia de interação é inovadora ao considerar que o ato pedagógico acontece não só do professor para a criança, mas da criança para o professor e, também, entre as crianças. “É um foco que coloca um outro olhar sobre o processo de aprendizagem”, defende Zilma. A ludicidade também ganha importância no texto sobre educação infantil, segundo a assessora, porque é de 0 a 5 anos que acontece a maior e mais importante transformação no jeito da criança agir.

    “Quando pequenininha, a criança vai reconhecendo os objetos pela sua função imediata. Um copo é um copo, para ter água. Mas em seguida ela pode pegar o mesmo copo vazio e usar como chapéu. Pode parecer uma bobagem, mas é uma total inversão da maneira habitual de se tratar o copo”, diz Zilma. “E desse fazer de conta que é um chapéu, e no fazer de conta de várias outras coisas, vai aparecendo a capacidade de lidar com imagens. Se a gente não dá bastante apoio para esse processo, nós não aproveitamos todo o potencial de desenvolvimento da criança.”

    São propostos cinco campos de experiência na Base. Um deles trabalha o eu, tu e nós, onde devem ser colocadas as noções de identidade. Outro trata da escuta e da fala, com estímulo das linguagens oral e escrita, mas também do diálogo entre os pequenos. Um terceiro aborda as cores, os sons e as imagens, incluindo linguagens variadas como a musical, a visual, a cenográfica etc.

    Há, ainda, o campo dos gestos e movimentos, que se refere às habilidades do corpo, e por último há o que toca nas noções de quantidade, medida, tempo e espaço. “Dessa forma, o professor tem cinco focos que ele pode selecionar pro seu trabalho. Em vez de trabalhar com matemática, pode escolher a área de ‘eu e outro’, porque as crianças precisam discutir sobre suas amizades, suas preferências. E essa discussão não tem área pra ele na educação básica”, explica Zilma.

    Brincar –Grande preocupação dos pais, o aprender a ler e escrever também passa pelo brincar e o interagir na proposta de educação infantil. Mas, diferente do que se vê hoje, preocupa-se em não atropelar o momento por que passa o aluno dessa fase. “A escrita não pode ocupar uma relevância e um protagonismo muito diferente das demais linguagens”, lembra Mônica Correia Baptista, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e consultora da Base sobre leitura e escrita na educação infantil.

    O trabalho segue a concepção de que a criança tem o direito de se apropriar de todas as linguagens, não apenas a escrita, mas também a oral e a corporal. Sempre partindo das brincadeiras e das interações, essenciais para a comunicação na primeira infância.

    “A criança brinca que escreve, brinca que lê, lê imagens, levanta hipóteses. Porque é um sujeito ativo, inteligente, competente, a gente trabalha na ideia de que é um direito dela passar por um processo de aprendizagem ativo com um mediador capaz”, observa a professora. 

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O Ministério da Educação recebe, até 29 de março, propostas de instituições de ensino superior públicas para a oferta de cursos de formação continuada nas modalidades presencial e semipresencial. A ação faz parte do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica.

    O objetivo do MEC, além de ampliar a rede de instituições de formação de docentes, é promover uma articulação entre elas e as escolas públicas de educação básica para assegurar o direito de crianças, jovens e adultos a uma educação de qualidade. A partir do envio de projetos pelas instituições, também será possível associar a pesquisa e a produção acadêmica à formação de professores, com a finalidade de contribuir para a melhoria do aprendizado dos estudantes.

    Podem apresentar projetos as universidades federais e estaduais que desenvolvam atividades de pesquisa, ensino e extensão nas áreas especificadas no edital e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia que ofereçam cursos de licenciatura. Entre as áreas descritas na chamada pública estão as de desenvolvimento e consolidação de novas metodologias articuladas aos componentes curriculares; ensino médio (ciência, cultura e trabalho) e diversidade no ambiente escolar.

    De acordo com o edital, terão prioridade projetos de formação continuada com carga horária mínima de 60 horas e máxima de 280 horas. Entre os critérios a serem analisados pelo MEC estão a consistência do projeto, a experiência acadêmica da equipe docente responsável e a coerência com os planos estratégicos elaborados pelos fóruns estaduais permanentes de apoio à formação docente.

    As propostas de formação continuada aprovadas receberão apoio financeiro — de R$ 50 mil a R$ 500 mil. Os recursos serão destinados à coordenação dos projetos, ao pagamento de professores formadores e orientadores, ao deslocamento de equipe técnica para encontros presenciais, a contratações e à produção de material didático.

    O recebimento de propostas vai até 29 de março. A seleção será feita de 5 a 8 de abril. A divulgação dos resultados deve ocorrer até 20 de abril.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério de Educação prorrogou até 8 de setembro o prazo para o recebimento das propostas de formação de profissionais da educação básica para a educação em direitos humanos e diversidade. O Edital Nº 01/2017 é destinado às instituições federais de educação superior, que podem apresentar projetos de formação continuada, em nível de aperfeiçoamento, com foco na prevenção e combate à violência, ao preconceito e à discriminação no ambiente escolar. Cada projeto receberá até R$ 300 mil.

    Podem apresentar propostas as universidades federais, os institutos federais de educação, ciência e tecnologia e os centros de educação tecnológica (Cefets). Para participar do edital, é necessário que as instituições tenham aderido ao Pacto Universitário de Educação em Direitos Humanos e constituído comitê gestor. A adesão e instituição do comitê podem ser feitas diretamente na página do Pacto.

    Para a seleção dos projetos serão consideradas duas linhas temáticas: educação em direitos humanos ou bullying e violência, preconceito e discriminação. Os recursos poderão ser utilizados para despesas com bolsa e custeio.

    “O projeto trata da questão do respeito à diversidade, do combate às violências, ao bullying e às discriminações. Ele é montado estrategicamente para que seja bem assimilado pelos cursistas, mas para que tenha repercussão e impacto na escola e no sistema de ensino”, explica Daniel Ximenes, diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do MEC.

    Indicação – Caberá às secretarias de educação a indicação das escolas, professores e demais profissionais da educação que vão participar dos cursos nas instituições formadoras. É necessária a presença de, pelo menos, um gestor escolar e um professor da mesma escola.

    Cada projeto deverá atender 250 inscritos divididos em até cinco polos de atendimento. As turmas deverão ser compostas, preferencialmente, por profissionais que estejam atuando em sala de aula. Os projetos de conclusão de curso deverão ser voltados para a própria escola onde o profissional trabalha. Propostas de cursos e as dúvidas podem ser tiradas por meio de Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O edital com a nova data pode ser consultado no edital.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • As contribuições à Base Nacional Comum podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil (arte: ACS/MEC)O portal da Base Nacional Comum Curricular recebeu mais de 9,8 milhões de contribuições até quarta-feira, 6. O portal é uma ferramenta para a construção democrática da versão final do documento, com ampla consulta à sociedade.

    Escolas públicas e particulares, professores, organizações da sociedade civil e cidadãos têm prazo até 15 de março para enviar contribuições. Até esta quarta-feira, mais de 34 mil escolas e 200 mil pessoas, das quais 166 mil são professores, cadastraram-se para colaborar.

    As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema.

    A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. De acordo com o PNE, deve ser entregue ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até junho de 2016.

    A redação do documento preliminar, apresentado em setembro de 2015, foi feita por uma equipe de 116 especialistas da educação básica e das universidades, coordenadores pedagógicos e técnicos das secretarias de educação, municipais e estaduais, de todos os estados e do Distrito Federal. Esses especialistas foram indicados pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e também por pesquisadores universitários vinculados a 36 instituições de educação superior.

    A segunda versão da proposta de Base Nacional Comum Curricular, a ser apresentada em abril, será avaliada por um grupo de leitores críticos de diversas áreas do conhecimento e também será discutida em seminários realizados pelas secretarias estaduais de educação e pela Undime.

    Foram convidados 96 leitores críticos, escolhidos entre professores e pesquisadores, com produção acadêmica reconhecida nacional e internacionalmente no ensino dos componentes curriculares das quatro áreas de todas as etapas da educação básica. Também foram convidados especialistas em temas da diversidade, como educação em direitos humanos, educação ambiental e educação do campo. Esses leitores farão observações e sugestão ao texto, além de avaliações dos componentes dos quais são especialistas.

    Equidade – A Base Nacional Comum Curricular tem como objetivo estabelecer os conhecimentos e habilidades essenciais que todos os estudantes brasileiros devem obter em sua trajetória na educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio. A Base busca promover equidade na formação dos alunos e servirá de norte para os professores em sala de aula.

    Para participar da apresentação de propostas, basta fazer um cadastramento simples no portal da Base. Para cadastros individuais, professores e estudantes devem preencher dados como nome, CPF, cidade e estado. Para os de redes de ensino e organizações da sociedade, além dos dados das instituições, é necessário indicar um responsável.

    Assessoria de Comunicação Social


    MEC registra mais de 9 milhões de contribuições para a Base Nacional Comum

     

  • Lançada no dia 4 último, a consulta pública sobre diretores de escolas públicas, promovida pelo Ministério da Educação, recebeu 3.198 sugestões até esta quarta-feira, 11. O objetivo do MEC é coletar sugestões que ajudarão na criação de um programa de valorização de diretores de escolas públicas de ensino básico municipais, estaduais e federais de todo país.

    Estudantes, pais, professores, gestores, comunidade escolar, academia, estudiosos e sociedade em geral podem apresentar experiências sobre o trabalho dos diretores escolares e fazer propostas, sugestões e comentários.

    Os interessados em participar da consulta têm prazo até 2 de março para preencher o questionário, com duas perguntas:

    • Como você avalia a importância de um diretor de escola de educação básica?
    • Como você entende que pode ser valorizado o papel do diretor de escola de educação básica?

    As perguntas devem ser respondidas on-line, assim como a apresentação de sugestões e comentários, na página da consulta pública na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Foi prorrogado até a próxima sexta-feira, 3 de junho, o prazo para que diretores de escolas públicas de educação básica inscrevam os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. Os professores, por sua vez, terão até o dia 5 de junho, domingo, para confirmar o seu interesse em realizar o curso. Após esse prazo, as secretarias de educação devem validar as pré-inscrições dos educadores até o dia 16 de junho.

    São mais de 86 mil vagas em extensões das mais variadas áreas. Todos os estados têm cursos disponíveis, cuja inscrição, gratuita, é feita pela Plataforma Freire, sistema desenvolvido pelo MEC por meio do qual o professor se inscreve em diversos cursos. A formação, também gratuita, é feita no horário de trabalho do docente, sem aumentar a sua carga horária.

    A partir de 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire. A lista com os cursos oferecidos em cada estado está disponível na plataforma.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse a Plataforma Freire
  • O prêmio Professores do Brasil valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras dos profissionais do ensino que atuam nas redes públicas (foto: João Bittar/arquivo MEC - 2-6-2010)As inscrições para o 6º Prêmio Professores do Brasil, que se encerrariam neste sábado, 27, foram prorrogadas até 10 de novembro próximo. É o que estabelece a Portaria MEC nº 1.300, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 26 (seção 1, página 9). A premiação valoriza práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino.

    Este ano, foi criada uma segunda categoria, sobre temas específicos, além da já conhecida, de temas livres. Esta é subdividida nas áreas de educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental, anos finais e ensino médio. O novo módulo conterá projetos de educação integral ou integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização nos anos iniciais e educação digital, articulada ao desenvolvimento do currículo.

     

    Cada categoria terá até quatro professores premiados em cada uma das subcategorias, um por região do país. Os autores das experiências selecionadas pela comissão julgadora nacional, independentemente de região e da categoria, receberão R$ 7 mil, além de troféu e certificados expedidos pelas instituições parceiras.

     

    O Prêmio Professores do Brasil foi instituído em 2005. Até a segunda edição, premiava professores da educação infantil e séries ou anos iniciais do ensino fundamental. A partir da terceira edição, estendeu-se a todas as etapas da educação básica — educação infantil, anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio.

     

    As inscrições para a sexta edição devem ser feitas na página do prêmio na internet. Nela, o professor também encontra informações relevantes e o regulamento.

     

    O prêmio Professores do Brasil é realizado pelo Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), fundações SM e Volkswagen e Instituto Votorantim.


    Assessoria de Comunicação Social

     

    Matéria republicada com atualização de informações

     

     

     

  • O prazo de adesão ao programa Atleta na Escola foi prorrogado. As escolas que quiserem participar da iniciativa do Ministério da Educação têm prazo até 14 de junho para fazer a adesão, por meio da ferramenta PDE Interativo, criada pelo MEC para apoiar a gestão escolar. Já as secretarias municipais poderão solicitar adesão até 10 de junho, pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec).

     

    Até o momento, mais de 70% dos municípios brasileiros já aderiram ao programa, e mais de 13.500 escolas estão cadastradas no sistema do Atleta na Escola. O programa alcança todos os estados brasileiros.

     

    O principal objetivo do programa é difundir a prática esportiva entre os estudantes brasileiros, e assim identificar jovens talentos. A iniciativa de formação esportiva escolar tem como meta a participação de 5 milhões de estudantes entre 12 e 17 anos, de 20 mil escolas.

     

    O Ministério da Educação fará repasse de recursos para a realização de competições pelas escolas, municípios, estados e Distrito Federal. Os recursos serão distribuídos por intermédio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), operacionalizado pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

     

    Lançado no início de maio pelos ministérios da Educação, Defesa e dos Esportes, o programa pretende democratizar o acesso ao esporte desde a escola, incentivar a prática esportiva nas escolas e identificar e orientar jovens talentos escolares. O Atleta na Escola também tem como objetivo servir de base para o plano Brasil Medalhas, investimento de R$ 1 bilhão em ações para que o país fique entre os dez melhores colocados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro em 2016.

     

    Paula Filizola

     

    Acesse a ferramenta PDE Interativo.

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