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  • A Secretaria de Educação de Mato Grosso, em parceria com o MEC, vai reformar, ampliar ou construir 100 escolas indígenas. A decisão foi tomada esta semana, durante encontro, em Cuiabá, entre o coordenador de Educação Indígena do MEC, Kleber Gesteira, o secretário de Educação de Mato Grosso, Luiz Antônio Pagote, e lideranças dos povos Pareci, Bacairi, Xavante, Umutina, Chiquitano e Rikbatfa.

    m Mato Grosso vivem 35 mil indígenas de 39 etnias, dos quais 12 mil estudam em 180 escolas de ensino básico, que convivem com problemas como falta de professores e de equipamentos. Em muitas das escolas indígenas, o acesso é feito somente por barco ou avião. Como se concentram em comunidades isoladas, há pouco material didático e equipamentos nas escolas.

    Súsan Faria

  • Na chegada à escola, as crianças vão se acomodando em filas indianas e cantam os dois trechos do Hino Nacional sob a regência do coordenador pedagógico (Foto: João Bittar)Distrito Nossa Senhora da Guia (MT) ― Meninos e meninas moradores da zona rural viajam pelo menos uma hora para chegar à escola estadual Filogônio Corrêa, que fica no Distrito de Nossa Senhora da Guia, a 26 quilômetros de Cuiabá (MT). Na chegada, eles são recebidos de braços abertos por professores e pela direção. É o momento da acolhida. As crianças vão se acomodando em filas indianas e cantam os dois trechos do Hino Nacional sob a regência empolgada do coordenador pedagógico. A cena, que se renova a cada manhã e todo início de tarde, inaugura o dia letivo.

    O momento da acolhida também é hora de refletir sobre os objetivos de vida de cada um. Os professores incentivam os alunos a ser comportados, estudiosos e perseverantes. A conversa diária serve para integrar alunos, professores e direção e principalmente convencer as crianças de baixa renda de que é possível vencer dificuldades. “Não adianta só pedir aos céus, é preciso fazer sua parte. Fazer acontecer e vocês podem”, incentiva um dos professores. A escola atende cerca de 600 alunos, matriculados nos ensinos fundamental e médio.

    A maioria deles vem de famílias pobres da zona rural: filhos de trabalhadores rurais e chacareiros. “Quase 80% dos alunos estão na escola porque os pais recebem recursos do Peti”, relata a diretora Ana Cláudia dos Santos, referindo-se ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A família inserida no Peti recebe uma bolsa mensal por cada filho, com idade entre sete e 14 anos, para que a criança troque o trabalho pela escola. Segundo Ana, os recursos são fundamentais para manter as crianças na escola e o trabalho de estímulo aos alunos ajuda a elevar a auto-estima de meninos e meninas.

    Durante a acolhida, os professores aproveitam para discutir as atividades da escola, em que todos precisam tomar parte. No início de setembro, os professores concederam medalhas aos alunos mais aplicados e aos campeões dos jogos da Semana da Pátria. Além dos vencedores, todos ganharam reconhecimento porque ajudaram a escola a conseguir dinheiro para comprar as medalhas e as bebidas saboreadas durante os jogos. Foram R$ 164,00 arrecadados no trabalho conjunto. Os professores comemoraram a disciplina durante a semana de disputas: só houve três cartões amarelos.

    Alunos chegam à escola estadual Filogônio Corrêa, que fica no Distrito de Nossa Senhora da Guia, a 26 quilômetros de Cuiabá (MT) (Foto: João Bittar)O colégio é um exemplo da filosofia de superação que tenta passar aos estudantes. Com pouca estrutura física, os alunos apresentam desempenho superior à média nacional, mesmo sem biblioteca ou computadores. A pintura está gasta, as paredes apresentam sinais de mofo e a mobília escolar ― carteiras, quadros ― está velha. Os recursos para a alimentação das crianças chegam apenas da esfera federal, segundo informa o coordenador pedagógico, e a merenda magra não passa de suco de groselha e bolacha.

    Mesmo com recursos escassos, os alunos da escola superaram a média brasileira. Enquanto a nota nacional no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é 3,8, a escola alcançou desempenho pouco acima, com média 4,0. Direção e professores atribuem os bons resultados ao trabalho empenhado de professores e à força de vontade dos alunos, que buscam um futuro mais promissor longe das plantações. O trabalho de estímulo dos alunos foi apontado como essencial pelos professores para ajudar as crianças carentes a mudar sua realidade por meio do estudo.

    A menina Cleidelene da Cruz, de 11 anos, é um exemplo de que o esforço conjunto rende bom desempenho. Ela mora em Três Pedras, vilarejo distante uma hora da escola. O pai é chacareiro. As condições desfavoráveis são um estímulo para a menina que deixou as plantações e hoje é a melhor aluna de sua turma da 5ª série. “Quero ser advogada para ajudar pessoas pobres como eu”, planeja.

    Maria Clara Machado

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  • Termina no dia 10 próximo o prazo para inscrição no concurso público do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Mato Grosso. Serão preenchidas vagas na sede e na unidade Bela Vista, ambas em Cuiabá. São 22 vagas para cargos efetivos de professor de primeiro e segundo graus (17) e de técnico administrativo de níveis superior e médio (cinco). A remuneração dos professores varia de R$ 1.627 a R$ 4.903, conforme a titulação e o regime de trabalho.

    As vagas para professores são distribuídas nas áreas de matemática e automação (duas cada uma), física, filosofia, educação física, computação e redes de computadores, desenvolvimento de software, construção civil, economia, gestão em secretariado executivo ou administração, engenharia de segurança, engenharia de alimentos, engenharia química e eletroeletrônica.

    Para os técnicos de nível superior, há uma vaga em administração; para os de nível médio, em laboratório de informática, de construção civil e de eletroeletrônica. Duas vagas são reservadas a portadores de necessidades especiais, as de professor na área de computação (rede de computadores) e de técnico administrativo de nível médio (laboratório de eletroeletrônica).

    A taxa de inscrição para os concorrentes às vagas de técnicos administrativos de nível médio é R$ 30; para nível superior, R$ 40; candidatos a professor, R$ 50.

    Os valores devem ser pagos em dinheiro, em qualquer agência bancária, por meio de comprovante impresso na página eletrônica do Cefet-MT, na qual devem ser feitas as inscrições. O centro conta com computadores para que os interessados façam a inscrição, das 8h às 17h, na Sala de Memória.

    Mais informações pelo telefone (65) 3314-3559.

    Assessoria de Imprensa do Cefet-MT

  • Max Breno Silva, 11 anos, cursa a quarta série na Escola Cândido Vilhena e quer ser veterinário: “Sei que vou ter de estudar muito”. (Foto: João Bittar)Belém — A luta por uma vaga na Escola Municipal Professor Cândido Vilhena, em Vigia, Pará, a 93 quilômetros de Belém, é acirrada. A procura aumentou consideravelmente com a certificação da escola pelo estudo Aprova, Brasil, em 2006. A instituição, em sua modalidade, é a melhor da Região Norte e está na 13ª colocação do ranking nacional. Já há lista de espera para as matrículas de 2008.

    O Aprova, Brasil, conferido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), analisou boas práticas de educação em 33 escolas que tiveram bom desempenho na Prova Brasil de 2005, a qual avaliou alunos de quarta e de oitava séries de escolas públicas em todo o Brasil. Ao todo, 40.920 escolas participaram da avaliação. Enquanto a média nacional da quarta série ficou em 180 para matemática e 172,9 para português, a escola Cândido Vilhena obteve 252,46 e 208,47, respectivamente.

    Hoje, a escola atende 410 alunos das primeiras séries do ensino fundamental, em dois turnos, e 28 de uma turma de educação de jovens e adultos, à noite. Com apenas seis salas de aula e um número crescente de matrículas, o jeito foi improvisar. Um cantinho do pátio foi transformado em sala provisória. Uma sala de outra escola da região abriga uma turma de aceleração da aprendizagem. “Preferimos dar um jeitinho, dentro das nossas possibilidades, mas não deixamos de matricular”, explica a diretora Maria de Nazaré Vilhena, bisneta do educador que dá nome à escola. Ela lista as melhorias que precisam ser feitas para comportar tantos alunos, a começar por uma quadra de esportes. Hoje, os estudantes fazem educação física em um clube vizinho. Quando há eventos no clube, ficam sem as aulas.

    A escola precisa de telefone, máquina de xerox e de internet nos quatro computadores do laboratório de informática. “Na verdade, a escola toda precisa ser ampliada”, ressalta Nazaré. Ela adianta que a prefeitura já estuda um projeto de ampliação do espaço físico.
    União — Apesar das dificuldades, a escola mantém uma cultura de união entre professores, pais, alunos e comunidade. De acordo com a coordenadora pedagógica Maria do Socorro Fonseca, o que faz a diferença para o ensino na Cândido Vilhena é a integração família-escola e a gestão participativa. “Chamamos os pais para tudo — decisões, festas, problemas, mutirões de limpeza”, conta Socorro. A diretora completa: “Quanto mais perto você está da sala de aula, maior tem de ser seu compromisso”.

    Os 14 professores trabalham em equipe. Eles se reúnem toda a semana com a diretora para avaliar as atividades desenvolvidas em sala e compartilhar as experiências de ensino. Edielma Ferreira é uma das mais novas do quadro da escola. Ela trabalha na Cândido Vilhena há quatro meses e já se sente parte de uma família. “Meus colegas de trabalho me receberam com muito carinho. A troca de experiências aqui é maravilhosa”, afirma.

    A unidade entre a equipe escolar influencia o desempenho dos alunos. Indagados sobre o que mais os atrai na escola, não hesitam: os professores. Max Breno Silva, 11 anos, cursa a quarta série e admira a professora. “Ela ensina bem e traz muitas atividades. Eu gosto disso porque quero ser veterinário e sei que vou ter de estudar muito”, diz.

    Letícia Tancredi

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  • Os 60 estudantes selecionados para a segunda turma do curso superior bilíngüe em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e português, oferecido pelo Instituto Nacional de Surdos (Ines), devem fazer a matrícula entre os dias 5 e 9 deste mês. Órgão do Ministério da Educação, o Ines tem sede na cidade do Rio de Janeiro, onde oferece a licenciatura presencial, com duração de quatro anos.

    De acordo com a diretora substituta do Ines, Valéria dos Santos Vasconcelos, participaram do vestibular mais de 300 candidatos, dos quais foram selecionados 30 alunos surdos e 30 ouvintes. Para os ouvintes, o instituto exigiu fluência em Libras, uma vez que o curso é inclusivo e será ministrado em Língua Brasileira de Sinais.

    A língua portuguesa será utilizada em textos e pesquisas. As turmas, uma de tarde e outra à noite, serão mistas — surdos e ouvintes — o que amplia a prática da linguagem de sinais. Metade dos estudantes receberá habilitação para trabalhar na educação infantil. A outra parte será habilitada para lecionar nas séries iniciais do ensino fundamental.

    Além das duas habilitações — que, com a turma que ingressou em 2006 e a que ingressa em 5 de março deste ano, somam 120 universitários —, o Ines estuda a criação de três habilitações bilíngües: administração, supervisão e orientação escolar. Valéria Vasconcelos explica que o instituto já requereu à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) a transformação do curso normal superior licenciatura bilíngüe Libras/português em curso de pedagogia. As novas habilitações que serão oferecidas pelo instituto serão na nova modalidade.

    Autorização — Escola pública federal, o Ines tem, desde 15 de agosto de 2005, autorização do Ministério da Educação para trabalhar com ensino superior. O primeiro curso é o bilíngüe Libras/português, com habilitações para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental. Da educação infantil ao ensino fundamental, o Ines atende hoje cerca de 600 alunos. As iniciativas mais recentes são o pré-vestibular para alunos surdos e a abertura da licenciatura superior bilíngüe.

    Ionice Lorenzoni

  • O número de alunos em cursos profissionalizantes de nível médio aumentou de 7.771 para 10.945 no Espírito Santo, de 2004 até o ano passado. O crescimento foi de 41%, o maior índice de crescimento em toda Região Sudeste, que registrou um aumento de 23,5 mil matrículas no período analisado. Os dados foram obtidos a partir de uma análise do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), com base nos censos escolares de 2003 a 2005.

    Cefet/ES – O Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet/ES) tem sede em Vitória e unidades nos municípios de Serra, Colatina e Cachoeiro do Itapemirim. Os cursos técnicos oferecidos hoje são nas áreas de construção civil, geomática, eletrotécnica, mecânica, informática, química, automação industrial, transportes, metalurgia e materiais, segurança do trabalho, rochas ornamentais e eletromecânica.

    Dênio Rebello Arantes, diretor de ensino do Cefet, anuncia que duas unidades começam a funcionar no mês de agosto, em instalações provisórias. Uma em São Mateus, no norte do estado, com duas turmas de técnicos em mecânica, com 32 alunos cada; com igual número de alunos, tem início o primeiro curso do Brasil em técnico em ferrovias, na nova unidade de Cariacica, localizado na Grande Vitória.

    Este último município, muito populoso e com baixa arrecadação per capita, foi escolhido para formar mão-de-obra especializada para atuar na construção de ferrovias. A Vale do Rio Doce tem um projeto de ampliação da malha ferroviária no país que contempla a construção da Litorânea Sul. A estatal vai investir R$ 6 milhões na construção da nova unidade devido a urgência da demanda.O mesmo curso será ofertado no Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão com o apoio da empresa.

    De acordo com Dênio, o perfil dos cursos foi traçado em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) que auxilia a escola a detectar a demanda real do mercado de trabalho. O sistema ABRH é uma instituição não-governamental que atua em prol da melhoria do mercado de trabalho em todo o país.

    Na unidade de Cachoeiro do Itapemerim, o curso de técnico em rochas ornamentais ganha mais uma turma de 32 alunos, ainda este mês. Em Vitória, tem início o novo curso técnico integrado ao ensino médio em gestão de comércio. Neste ano, foi ampliado em 350 o número de vagas do Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), sendo 280, no vestibular do primeiro semestre e outras 70, no segundo processo seletivo.

    Ainda na sede, foram abertos, em 2006, os cursos superiores em engenharia metalúrgica e elétrica e licenciatura em química. O Cefet/ES tem hoje cerca de seis mil alunos, somando-se os de nível médio e superior.

    Juliana Meneses

  • A Bahia foi um dos estados da Região Nordeste que teve aumento mais expressivo na procura por cursos profissionalizantes. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), de 2003 até o ano passado, o número de alunos aumentou de 9.587 para 14.776. Somente entre 2004 e 2005, o índice de crescimento foi de 26%. Mas o estado não é um caso isolado. Em todo o país os ingressos nessa modalidade de ensino pularam de 589.3383 para 747.892, no período analisado.

    O Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet/BA) tem hoje 100,5 mil alunos. Segundo o coordenador de Planejamento da instituição, Renato Anunciação Filho, a intenção é dobrar este número nos próximos quatro anos. Em 2005, o Cefet ofereceu nove turmas no processo seletivo. No próximo ano, a oferta deve subir para 16.

    Duas novas unidades entram em funcionamento a partir do mês que vem, com 320 vagas cada, que serão ampliadas para 680 no próximo ano. Uma delas, em Santo Amaro, na região do Recôncavo Baiano, ofertará cursos de tecnologia da informação e eletromecânica. Atuarão na nova escola 20 docentes e 16 técnicos admitidos em concurso público neste ano. Se for possível contratar mais professores, serão abertas turmas de técnicos em meio ambiente e também de meio ambiente, segurança e saúde, em 2007.

    O perfil dos novos cursos foi traçado a partir de uma audiência pública com a prefeitura local e das cidades vizinhas, empresas da área de celulose e alimentos atuantes na região, entre outras, e a sociedade.

    A outra unidade que começa a funcionar no segundo semestre fica em Simões Filho e terá turmas para técnicos em petróleo e gás e em eletromecânica. A perspectiva é abrir mais vagas nas mesmas modalidades e cursos de qualificação, que são de curta duração e atendem a demanda por profissionais como eletricistas, mecânicos e soldadores.

    Para estruturar a oferta de ensino de acordo com a realidade do mercado de trabalho local, a instituição reuniu-se com a prefeitura da cidade, empresas do pólo petroquímico de Camaçari, do centro industrial de Aratu e com a sociedade.

    A principal meta é atender 100 alunos por mês nos cursos de qualificação, chegando a 700 em dezembro do ano que vem. O objetivo é que todas as unidades antigas situadas em Barreiras, Vitória da Conquista, Eunapólis, Valença e a sede, em Salvador, cresçam em média 20 a 30% por ano. Cada uma delas deve ganhar pelo menos dois cursos tecnológicos, de nível superior, tornando-os acessíveis à população do interior. Até hoje, existem seis em funcionamento.

    “A ampliação do Cefet promove a formação e fixação de mão-de-obra e facilita a instalação de empresas, que muitas vezes deixam as cidades por falta de trabalhadores qualificados, melhora a renda e a qualidade de vida da região, além de elevar a qualidade de ensino”, conclui Renato Anunciação Filho.

    Repórter: Juliana Meneses

  • O número de alunos mato-grossenses no ensino profissionalizante de nível médio aumentou de 2.151 para 4.861, entre 2004 e 2005. Em apenas um ano, o índice de crescimento foi de 126%. O estado é líder em matrículas em toda a Região Centro-Oeste, que obteve 14% de aumento no mesmo período, passando de 24.639 estudantes para 28.014.

    O Centro Federal de Educação Tecnológica de Mato Grosso (Cefet/MT) oferece cursos técnicos nas áreas de topografia e geoprocessamento, construções prediais, eletrotécnica, eletrônica, telecomunicação, refrigeração e ar condicionado, hotelaria, guia de turismo, gestão com habilitação em secretariado, sistemas de informação e segurança do trabalho e química.

    A instituição, que tem hoje cerca de 3,7 mil alunos, ganha novas instalações com previsão de inauguração ainda este mês, no bairro Bela Vista em Cuiabá. A nova unidade vai ofertar vários cursos técnicos integrados ao ensino médio, cada um deles com duas turmas de 25 alunos, nas áreas de segurança do trabalho, controle de qualidade de alimentos e de instrutor de trânsito, este último em convênio com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Há ainda uma única turma de técnico em controle ambiental, cuja demanda foi discutida com a Secretaria de Meio Ambiente e o Ministério Público de Mato Grosso. Está previsto para o segundo semestre o início das aulas do curso de tecnólogo em saneamento.

    Os cursos de nível superior que funcionam, hoje, são os de tecnologia em controle de obras, em automação e controle, em desenvolvimento de sistema da web e em redes de computadores.

    O Cefet/MT utiliza-se de levantamentos de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para verificar a realidade do mercado de trabalho e assim traçar o perfil dos profissionais que respondam à demanda local. De acordo com a diretora substituta de Educação, Natália Carmen A. Peres, o ensino profissionalizante para nível médio atende melhor às necessidades do mercado de trabalho. Os cursos de tecnólogos, que são mais curtos e mais fáceis de serem estruturados, garantem aos alunos um acesso concreto ao emprego.

    Juliana Meneses

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, anunciam nesta terça-feira, em Brasília, o resultado final da 1ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Promovida pelos dois ministérios, a competição contou com 10,5 milhões de alunos na primeira fase e mais de 400 mil foram selecionados para a segunda, realizada em outubro.

    Participaram estudantes de 31.028 escolas em 5.197 municípios — respectivamente, 57,52% e 93% do total do país. Houve participantes de grandes e pequenos centros, zonas rurais, comunidades indígenas e quilombolas, assentamentos, e lugarejos, além de deficientes visuais, auditivos e motores. A olimpíada envolveu estudantes do ensino médio e fundamental.

    Serão oferecidas aos vencedores 1.110 medalhas nas categorias ouro, prata e bronze, certificados de menção honrosa e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

    Os professores dos cem melhores alunos ganharão estágio de 15 dias no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). As escolas dos 27 alunos com melhor classificação, uma por estado, ganharão laboratórios de computação e certificados de mérito nacional. As 73 escolas restantes que obtiverem a maior pontuação dentre as municipais, estaduais e federais, independentemente da unidade federativa, receberão certificado de mérito nacional.

    Provas — A aplicação das provas da primeira fase, em 16 de agosto, contou com a colaboração de aproximadamente 120 mil professores de matemática e de outras disciplinas. Participaram voluntariamente da correção das provas, compostas de questões objetivas, aproximadamente 80 mil professores das escolas públicas.

    Na segunda fase, em 8 de outubro, as provas contaram com questões discursivas, nas quais os alunos tiveram de mostrar como chegaram ao resultado dos problemas. A aplicação das provas mobilizou cerca de 24 mil pessoas, como fiscais-aplicadores e coordenadores de centros de aplicação, em sua maioria estudantes universitários, técnicos ligados às secretarias municipais de Educação e, ainda, pessoal de apoio geral. A correção envolveu mil pessoas, entre professores universitários e alunos de pós-graduação.

    A premiação dos municípios está vinculada diretamente à premiação de dos alunos e aos pontos obtidos por eles. Os municípios vencedores de cada região ganharão, ainda, quadras de esportes, patrocinadas pelo Ministério do Esporte.

    Com o tema Somando Novos Talentos para o Brasil, a Olimpíada tem o objetivo de estimular o estudo de matemática e identificar jovens talentos, proporcionando a eles caminhos nas áreas científica e tecnológica. A iniciativa é inédita por ser exclusivamente voltada para as escolas públicas e por aproximar aluno e professor, que treinam juntos para a competição. Os professores cumprem papel fundamental ao incentivar, acompanhar e preparar os alunos para o desenvolvimento de habilidades e métodos de pensamento e de trabalho.

    A lista com o resultado final está disponível na página eletrônica da Obmep. (Assessoria de Comunicação do MCT)

  • O Ministério da Educação (MEC) abriu hoje, 7, as comemorações dedicadas à Semana da Mulher com o lançamento da publicação Trajetória da Mulher na Educação Brasileira 1996 - 2003, um trabalho do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) desenvolvido em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), que retrata o crescimento da mulher no contexto educacional brasileiro, no período compreendido entre 1996 a 2003. Uma caminhada de muitas conquistas, como mostram os indicadores educacionais, mas também com percalços quando o assunto é salário. Participaram do evento a ministra da SEPM, Nilcéa Freire, o secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, e o presidente do Inep, Eliezer Pacheco.

    De acordo com o estudo, a participação feminina é cada vez maior nos cursos de mestrado e doutorado das instituições de educação superior. De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educação superior aumentou em média 112,1%. Deste total, o percentual de mestres mulheres atingiu 119,4%, mais de 7% acima da média.

    O crescimento do número de mestres homens, no entanto, ficou abaixo da média, 106,1%, como mostra o estudo. A presença da mulher também é maioria absoluta entre os docentes com doutorado. No mesmo período, enquanto o crescimento global deste setor foi de 80,9%, o de docentes mulheres chegou a 104%, aproximadamente 24% acima da média global, e 35% acima da média masculina, que ficou em 69,2%.

    A ministra Nilcéa Freire comentou a importância do trabalho e frisou que no Brasil a educação é condição necessária, mas não suficiente. "Este trabalho expressa a incorporação, pelo nosso governo, da perspectiva da igualdade entre homens e mulheres a partir da formulação de políticas públicas. A educação é necessária para que as mulheres tenham autonomia, para que elas ganhem espaço, mas ela não é suficiente para a consolidação destes espaços", destacou.   

    O secretário executivo do MEC, Fernando Haddad, lamentou que os dados do mercado de trabalho não refletem a realidade expressa na educação formal da mulher. Haddad ressaltou que o descompasso social neste setor é preocupante. "Não estamos conseguindo traduzir no mercado de trabalho aquilo que já é a realidade da educação. Algo preocupante, se associarmos isso aos números que demonstram que nós temos chefes de família mulher em números cada vez mais expressivos. Paralelamente ao trabalho que vem sendo feito na educação, temos de verificar como dar a esta mulher melhores condições de educar seus filhos e se manter", comentou ele.

    O presidente do Inep, Eliezer Pacheco, parabenizou a mulher brasileira pelos avanços obtidos em todas as áreas de ensino e explicou que a pesquisa feita adotou uma abordagem quantitativa e qualitativa com o objetivo de ir além da mera quantificação do objeto de estudo. "Nós evidenciamos a subjetividade do binômio mulher/educação, no intuito de propiciar resultados que possam auxiliar na transformação da realidade educacional das mulheres na perspectiva de gênero", disse ele acrescentando que no início de abril o Inep realizará um simpósio que discutirá mais profundamente a pesquisa realizada.

    A coordenadora-geral de Avaliação do Inep, Iara de Moraes Xavier, apresentou e explicou os dados da pesquisa.

    Dia Internacional da Mulher - Amanhã, terça-feira, 8, prosseguem as comemorações relativas à mulher. O Programa de Valorização dos Servidores do MEC, da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, em parceria com a Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, programou uma série de atividades. Das 8h às 10h, as servidoras do MEC e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres serão recepcionadas na porta do edifício-sede com música ao vivo. No anexo haverá projeção multimídia das servidoras, das 11h às 17h.

    A cerimônia oficial de homenagem às mulheres ocorrerá às 16h, no auditório do MEC, com a presença de várias autoridades e farta distribuição de brindes aos participantes. Às 12h15, Cinema Especial apresentará o filme A Dona da História, uma produção atual do cineasta Daniel Filho. O restaurante do ministério terá música ao vivo com Carlinhos Peqk, servidor do MEC.

    Sonia Jacinto

  • As escolas públicas de ensino médio que desejam fortalecer os princípios da ética e da convivência democrática, promover os direitos humanos e a inclusão social, receberão este ano apoio financeiro do Ministério da Educação para executar projetos. Ao todo, o MEC vai selecionar 120 projetos e repassar R$ 5 mil a cada escola para desenvolver ações dentro do Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade.

    Para orientar as escolas, a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) publicou nesta quarta-feira, 14, edital no Diário Oficial da União. Entre os critérios para apresentação de projetos, a escola precisa estar inscrita no Programa Ética e Cidadania e ter criado o Fórum Escolar. Dados da diretoria de ensino médio da SEB indicam que 1.006 escolas de ensino médio já cumpriram essa exigência. Ao todo, a rede pública de ensino médio soma 16.200 escolas. O prazo para apresentação de projetos é 7 de novembro; a divulgação dos selecionados será feita em 28 de novembro e o repasse de recursos, em cota única, será feito entre 5 e 9 de dezembro de 2005.

    Eixos– Para concorrer aos recursos, a escola deve construir um projeto focando as ações em quatro eixos temáticos: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social. O objetivo do MEC com essa ação, explica a diretora de ensino médio, Lúcia Lodi, é estimular a convivência social dentro da escola, fortalecer as relações de respeito e criar um novo padrão de relacionamento entre escola, aluno, professor e comunidade. O resultado desse trabalho, diz, será a redução da violência, da indisciplina, da intolerância e a valorização da vivência em grupo.

    Os R$ 5 mil que cada escola selecionada receberá deverão ser investidos na aquisição de materiais que tornem possível o projeto: jornais, revistas, materiais esportivos, softwares; contratação de bens culturais: teatro, cinema, artes plásticas; desenvolvimento de programas de estágio, intercâmbios, participação em seminários, oficinas e concessão de bolsas. A ação terá duração máxima de 12 meses e deverá ser desenvolvida em 2006. O projeto deverá ser enviado pelos Correios – sedex – até 7 de novembro de 2005 para a SEB, neste endereço: Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, Bloco L, edifício-sede, Secretaria de Educação Básica, Departamento de Políticas do Ensino Médio, sala 419, CEP 70.047-900, Brasília (DF). Confira o edital na página eletrônica da Seb.

    História– Lançado em maio de 2004, o Programa Ética e Cidadania se desenvolve numa parceria entre o MEC e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República. Seu objetivo é estimular a reflexão sobre os valores éticos e morais na escola e desenvolver o espírito de solidariedade. A proposta central é criar nas escolas fóruns de discussão com a participação de professores, pais, alunos, servidores e da comunidade. O programa é dirigido por um comitê gestor formado por representantes da SEB, SEDH, Secretarias de Educação Superior (SESu), de Educação Especial (Seesp), Educação Profissional e Tecnológica (Setec), Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

  • Por meio de video conferência transmitida a partir de Brasília e Florianópolis, será realizado nesta terça-feira, 7, das 14h às 17h, o 1º Seminário da Rede Senai de Educação a Distância – Perspectivas da Educação a Distância no Cenário Nacional. Na abertura, o titular da Secretaria de Ensino a Distância do Ministério da Educação (Seed/MEC), Ronaldo Mota, fala sobre o tema Tecnologias Inovadoras em Educação, a partir das 14h15.

    Com o objetivo de discutir o cenário atual e oportunidades futuras da educação a distância, o seminário também apresentará os temas: Conhecimento Global, Ação Local; Visão Estratégica da Atuação do Senai na Educação a Distância; e O Papel das Instituições de Ensino, além de um espaço para perguntas enviadas por correio eletrônico.

    Todas as localidades da Infovia CNI (Confederação Nacional da Indústria), que conecta 98 pontos em todo o Brasil, poderão assistir à videoconferência, com transmissão sincronizada. A videoconferência contará com interatividade via correio eletrônico.

    Conhecimento – O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) interliga-se ao sistema por meio do satélite Brasilsat B3 e tem 50 postos de recepção para esse tipo de transmissão. A instituição é considerada um dos mais importantes pólos nacionais de geração e difusão de conhecimento, sendo o maior complexo de educação profissional da América Latina. (Assessoria de Imprensa da Seed)

     

  • Todos os alunos de instituições particulares de ensino superior que obtiveram o Financiamento Estudantil (Fies), e que desejam mantê-lo, devem fazer a renovação semestral (aditamento) dos contratos. Portaria do ministro da Educação, Tarso Genro, fixou o período de renovação a partir da última segunda-feira, 25, até o dia 23 de setembro.

    O formato da renovação do Fies depende da situação de cada contrato. Será simplificado se o aluno não promoveu alterações no documento assinado com a Caixa Econômica Federal no último semestre letivo. Nesse caso, basta ir à instituição onde estuda e assinar a renovação. Se houve mudanças no cadastro, o estudante deve obter na instituição onde estuda o documento Regularidade de Matrícula e ir diretamente à Caixa acompanhado de seus fiadores e, se casado, também do cônjuge.

    Mudanças - São consideradas mudanças no contrato: alteração no CPF ou estado civil do aluno ou de seus fiadores; troca de fiador; redução do percentual do prazo de financiamento; modificação no valor do limite do crédito global; restrição cadastral do aluno, do cônjuge ou dos fiadores; parcela trimestral de juros em atraso; e alteração no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da mantenedora da instituição de ensino.

    Criado no segundo semestre de 1999, o Fies custeia até 70% da mensalidade de estudantes da rede superior privada. Os outros 30% da mensalidade são pagos pelo aluno que também quita, a cada três meses, uma parcela dos juros. Depois de formado, ele tem prazo de até uma vez e meia a duração do curso para quitar o débito com a CEF, que é o agente financeiro do programa.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Universidades públicas, instituições e entidades privadas sem fins lucrativos, organizações não-governamentais, sindicatos e associações têm até o próximo dia 21 para declarar ao Ministério da Educação se desejam participar das ações de alfabetização de jovens e adultos. As entidades e instituições da sociedade civil que aderirem ao Programa Brasil Alfabetizado receberão recursos federais para formar alfabetizadores e para ensinar os jovens e adultos.

    Com a declaração de compromisso, elas devem enviar a relação dos municípios que desejam atender e a quantidade de alunos. O prazo para enviar o plano pedagógico para análise da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) é até o dia 11 de setembro. Depois de assinados os convênios, as entidades terão mais 30 dias para enviar os cadastros de alfabetizadores, alunos, turmas e coordenadores de turmas. Os recursos federais serão repassados em duas parcelas: a primeira de 60% do valor conveniado e a segunda de 40%.

    Para participar do programa, as entidades devem oferecer cursos de alfabetização, com duração mínima de seis meses e máxima de oito meses, com carga horária variável de 240 horas a 320 horas. O valor do repasse para a formação inicial é de R$ 40,00 por alfabetizador e mais R$ 7,00 por mês para a formação continuada. Já a bolsa para o alfabetizador pode variar de R$ 120,00 a 150,00 por mês e mais R$ 7,00 mensais por aluno em sala de aula. A bolsa de R$ 150,00 é para os professores que têm nas suas turmas jovens e adultos com necessidades especiais, população carcerária ou jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.

    Compromisso – A Resolução nº 31 foi publicada no Diário Oficial da União de 11 de agosto, Seção 1, páginas 19 a 22. A declaração de compromisso e o formulário estão na página eletrônica da Secad. Em 2005, seis instituições de ensino superior e 47 organizações da sociedade civil participaram do programa e colocaram nas salas de aula 861 mil jovens e adultos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Abertura da 4ª Semana da Consciência Negra do Ministério da Educação que homenageia o marinheiro João Cândido que liderou a Revolta da Chibata em 1910 (Foto: Júlio Cesar Paes)Saudação em ioruba, cenário com personalidades afro-brasileiras, músicas com temática negra e homenagem ao marinheiro João Cândido marcaram nesta terça-feira, 25, a abertura da 4ª Semana da Consciência Negra do Ministério da Educação. O tema central das atividades, que se estenderão até sexta-feira, 28, é a valorização das personalidades negras brasileiras.

    “É um gesto que o país aprendeu a fazer recentemente”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, em relação à valorização e à inclusão do negro. Durante a cerimônia, o ministro entregou ao filho do marinheiro João Cândido, Adalberto Cândido, uma placa em homenagem à promulgação da anistia de seu pai e pelos 98 anos da Revolta da Chibata.

    João Cândido é a expressão da luta pela cidadania, e o Brasil precisa valorizar seus heróis - disse Haddad (Foto: Júlio Cesar Paes)“João Cândido é a expressão da luta pela cidadania, e o Brasil precisa valorizar seus heróis”, disse Haddad. Conhecido como Almirante Negro, João Cândido liderou a revolta em 1910, no Rio de Janeiro. Ele lutou contra os maus-tratos então impostos aos marinheiros de baixas patentes, que eram punidos com chibatadas. Após o conflito, foi expulso da Marinha e considerado traidor.

    Com a concessão da anistia a todos os que participaram do movimento, publicada no Diário Oficial da União em 24 de julho deste ano, o nome de João Cândido passou a ser finalmente reconhecido como o de um herói. “Meu pai foi um homem que lutou pela dignidade do homem”, disse Adalberto.

    O representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República, Martius Chagas, comemorou as ações de inclusão do afrodescendente na sociedade. “Até 2003, ações de inclusão eram pontuais. Hoje, há uma entrada da população negra nos espaços sociais”, destacou. Para ele, o Programa Universidade para Todos (ProUni) é fundamental para essa mudança. “Só conquistamos igualdade de condições pela educação.”

    “Os indicadores dão conta do avanço expressivo da condição do negro”, reforçou o ministro. Para Haddad, o trabalho da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) revela a preocupação institucional do MEC com a temática étnico-racial. “A lei mais recente é a 10.639, importante para que tomemos consciência de como foi forjada a nação”, ressaltou o ministro, em referência à legislação que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileiras no currículo das escolas de educação básica.

    No encerramento da cerimônia, a cantora Renata Jambeiro interpretou O Mestre-Sala dos Mares. A música de Aldir Blanc e João Bosco aborda a história de João Cândido. Estampavam o cenário do palco personalidades de destaque, como Clementina de Jesus, Cartola e Machado de Assis.

    Maria Clara Machado

  • Foto: Julio Cesar PaesA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) divulgou nesta sexta, 15, em Brasília, o formato do Aplicativo para Propostas de Cursos Novos (APCN) que tem como prioridade a agilidade na verificação dos pedidos.

    Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, há mudanças essenciais de formato e na foma de análise, que irão significar ganhos de conteúdo e qualidade na avaliação das propostas. "A facilitação e a simplicidade são a grande novidade no sistema de avaliação", observa.

    O novo modelo apresenta uma disposição mais simplificada e acessível ao usuário. Uma das melhorias é a consolidação do currículo dos professores, pesquisadores, mestres e doutores que irão compor o corpo docente.

    Para as análises serão utilizadas três planilhas, que tratam da qualificação dos professores, a experiência da instituição e a produção acadêmica. O novo aplicativo possui perguntas básicas: quem somos, o que somos e o que fazemos ou vamos fazer com os alunos? O que permite uma melhor visualização das informações por parte da banca examinadora.

    Jorge Guimarães revelou ainda que, em breve, o MEC irá colocar à disposição das instituições um aplicativo específico para os cursos de mestrado profissional. "Dado o fato de que o perfil desses profissionais não é exclusivamente acadêmico, haverá planilhas adequadas às suas peculiaridades", informa.

    Propostas - O aplicativo está disponível na página eletrônica da Capes. As pró-reitorias das instituições de ensino superior podem apresentar as propostas de cursos novos de mestrado e de doutorado no país. Os coordenadores dos projetos têm 45 dias a partir desta sexta, 15, para preencherem o APCN.

    No ano passado, foram encaminhados 442 pedidos de abertura de novos cursos à Capes. Em 2003, foram 440 e, em 2002, 380 propostas inscritas. Nos últimos três anos foi aprovada a criação de 582 novos cursos.

    Repórter: Sandro Santos

  • Setores técnicos do Ministério da Educação participarão da elaboração do novo Plano de Ação do Setor Educacional do Mercosul (SEM) – 2006 a 2010.

    No segundo semestre de 2005 serão realizadas reuniões setoriais no âmbito da presidência pro tempore uruguaia para avaliar o plano de ação anterior e discutir novas diretrizes, metas e linhas estratégicas que integrarão o novo plano estratégico do Mercosul.

    Os comentários e sugestões das reuniões serão consolidados e apresentados no seminário de reflexão do novo plano, que será realizado na cidade de Córdoba, Argentina, na segunda quinzena de setembro de 2005. O Seminário contará com a participação dos representantes dos ministérios de Educação dos países do bloco (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai).

    Os resultados do evento serão encaminhados para aprovação da 29º Reunião de Ministros de Educação, prevista para o dia 10 de novembro de 2005, na cidade de Montevidéu, Uruguai.

    Repórter: Aroudinan Martins

  • Foto: DivulgaçãoA Secretaria de Educação do estado do Mato Grosso do Sul, com apoio financeiro e político-pedagógico do Ministério da Educação, promove até o dia 23 próximo a sétima etapa do Projeto Ára-Verá, um curso de nível médio para o exercício de magistério destinado a professores da etnia Guarani/Kaiowá, da região sul do MS. Este processo de formação de educadores indígenas exemplifica bem a filosofia de trabalho do governo federal nesta área, baseada no respeito às especificidades de cada povo.

    Atender necessidades específicas é particularmente importante quando se trata do povo Guarani/Kaiowá, que é culturalmente muito resistente e cujas mulheres e crianças falam praticamente um único idioma, o guarani – do tronco tupi-guarani. “É uma língua muito forte, que não tem nada a ver com o português nem com as línguas dos outros povos indígenas do Mato Grosso do Sul”, explica Kleber Gesteira, coordenador-geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    Além disso, estes indígenas têm outras particularidades sociais, como a forte espiritualidade e a forma de ensinar as crianças: valoriza-se muito a cultura oral, por meio de rituais de oralidade. Tudo isso é contemplado na hora de se elaborar a orientação pedagógica.

    O MEC tem proporcionado ajuda com a realização de encontros e trocas de mensagens com as autoridades locais. O ministério também aprovou, no fim do ano passado, um projeto de R$ 138 mil para a secretaria estadual, que inclui esta ação no sul do MS e outras, em convênio com os municípios. Os recursos estão sendo aplicados neste ano.

    O curso já formou, na primeira turma, 70 professores Guarani/Kaiowá provenientes de 17 áreas indígenas. Esta segunda turma teve início em fevereiro de 2002, com término previsto para 2006. De acordo com o Censo de 2004, há quase oito mil alunos desta etnia, distribuídos em 18 escolas.

    “Por esse magistério, vamos construir uma nova geração dentro da sala de aula e a própria comunidade vai entender e aprender a valorizar o ensino diferenciado”, afirma Ananir Lescano, da aldeia Taquapiri.

    Repórter: Julio Cruz Neto

  • Em setembro de 2005, homens armados e encapuzados, contrários à demarcação da reserva indígena Raposa-Serra do Sol, atearam fogo no Centro de Formação e Cultura, no município de Pacaraima, região nordeste de Roraima, a 230 quilômetros da capital, Boa Vista. Destruíram a igreja, um posto de saúde, a biblioteca, a secretaria da escola, salas de aulas, os quartos dos professores e a casa de missionários. Apesar da precariedade do que restou, a escola seguiu funcionando. Agora, o Ministério da Educação vai ajudar a reconstruí-la.

    Uma resolução do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) destina R$ 870 mil para as obras de reforma e ampliação do centro. “Os estudantes têm formação em técnicas agrícolas, manejo ambiental, criação de gado e outras habilitações profissionais, importantes para a sobrevivência da comunidade”, explica Luiz Rangel, diretor de programas e projetos educacionais do FNDE. Rangel visitou o local e constatou que existem muitas escolas indígenas de ensino fundamental, mas só uma escola de ensino médio. De imediato, o FNDE vai liberar R$ 100 mil para as obras na reserva, onde vivem 16 mil índios.

    Barbaridade — “Foi um crime bárbaro. Em pleno século 21, queimar centro de saúde e escola é inadmissível”, comenta Kléber Gesteira, coordenador-geral de Educação Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Ele conta que o centro era mantido com recursos de entidades internacionais e que, no ano passado, funcionou com 59 alunos.

    Logo após o atentado, representantes indígenas, em audiência com o ministro Fernando Haddad, pediram o apoio do MEC para reconstruir o  centro, que agora voltará a funcionar plenamente com escola, biblioteca, oficinas e centro de saúde. Outras informações pelo telefone (61) 2104-8064 e no sítio do Conselho Indigenista Minissionário (Cimi). 

    Susan Faria

  • Os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.562 municípios de todo o país vão receber este ano CDs com dados e um roteiro que vai ajudá-los a elaborar os planos estaduais (PEE) e municipais de educação (PME). A ação do Ministério da Educação visa promover o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE 2001/2010), que prevê a confecção de planos locais com metas que pretendem melhorar o acesso e a qualidade do ensino na rede pública.

    O material contém as informações demográficas e projeções do crescimento populacional do país até 2020 feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por regiões, estados e municípios; e os dados dos censos escolares de 1999 a 2005 coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Os CDs também serão enviados ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

    Segundo o coordenador-geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de Ensino da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Arlindo Queiroz, o envio dos CDs é a segunda atividade de reforço feita pelo MEC a favor da construção dos planos. Em janeiro deste ano, a SEB distribuiu aos municípios uma cartilha com 12 passos que traz, entre outros pontos, os princípios que devem nortear o trabalho, quem deve participar, a divisão de responsabilidades e procedimentos a serem adotados. Agora os CDs oferecem dados demográficos e estatísticos.

    O reforço do MEC vem a propósito do baixo índice de estados e municípios com planos aprovados por lei. Na região Sudeste, por exemplo, os dados do Sistema de Informações dos Conselhos Municipais de Educação (Sicme) indicam que, passados cinco anos da criação do PNE, apenas 51% dos 1.668 municípios têm planos; e nenhuma das secretarias estaduais tem os PEE aprovados pelas assembléias legislativas.

    Seminários – A discussão dos planos estaduais e municipais de educação integra as atividades dos seminários regionais que a SEB realiza desde março para avaliar o alcance das metas do PNE. Os próximos seminários serão em Manaus (AM), de 19 a 21 de julho, para estados e municípios da região Norte; e em Porto Alegre (RS), de 23 a 25 de agosto, para a região Sul. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste já realizaram eventos de avaliação.

    Ionice Lorenzoni

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