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  • Os estudantes do ensino médio brasileiro interessados em contribuir com a educação nos países do Mercosul têm prazo até 5 de setembro para se candidatar ao Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) pelos próximos dois anos. O edital com os detalhes da seleção está disponível no portal do Ministério da Educação.

    Na primeira etapa serão classificados 108 candidatos. Na segunda fase será escolhido um representante por unidade da federação, totalizando 27 representantes brasileiros. A previsão é de que esta etapa ocorra on-line, por meio de um portal criado pelo MEC especificamente para esse fim.

    Para participar, o interessado precisa elaborar um projeto de protagonismo juvenil. A proposta deve ser encaminhada à unidade regional da secretaria de educação ou a uma instituição da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, juntamente com os demais documentos exigidos no edital.

    A intenção, segundo a responsável pela coordenação do Parlamento, Sandra Sérgio, é fazer com que esses jovens atuem como protagonistas dentro da escola. O desafio é a elaboração de um projeto que contemple temas como integração regional, inclusão educativa, gênero, jovem e trabalho, direitos humanos ou participação cidadã.

    “O jovem vai interagir com o ambiente escolar, reunir informações disponíveis, consultar colegas, professores e a comunidade escolar. Ao fazê-lo, de forma democrática, vai garantir que todos, principalmente os estudantes, tenham voz dentro da escola”, avalia Sandra.

    A tarefa dos escolhidos para representar o Brasil no PJM será criar um documento que aborde o tema: O Ensino Médio que Queremos. A elaboração será em conjunto com os representantes dos outros países-membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai, juntamente com os jovens dos países associados ao bloco, Bolívia e Colômbia.

    PJM – O projeto de protagonismo juvenil para estudantes do ensino médio surgiu dentro do setor educacional do Mercosul e em cada edição (2010, 2012 e 2014), foram selecionados 27 estudantes brasileiros. O projeto prevê mandato de dois anos e está iniciando sua quarta edição (2016-2018) para exercício de voz na tomada de decisões coletivas.

    Os jovens do PJM concentram as reflexões que fazem sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa, gênero, jovens e trabalho, participação cidadã dos jovens e direitos humanos. Esses temas foram selecionados tendo em vista que se trata de direitos que são reconhecidos nos países, tanto em normativas nacionais específicas como em legislações internacionais às quais se sujeitam os estados que integram o projeto.

    Acesse o edital  

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Na escola mineira, a presença dos pais, sempre bem-vinda, inclui atividades como depoimentos, narração de histórias e participação em competições esportivas e em oficinas de culinária e de artesanato (arte: ACS/MEC)A Escola Estadual Professor Joaquim Pimenta de Araújo, no município mineiro de Água Boa, a 380 quilômetros de Belo Horizonte, procura manter comunicação constante com as famílias dos alunos. Para isso, promove reuniões e desenvolve projetos que contribuem para o fortalecimento de suas iniciativas. A escola atende aproximadamente 400 alunos do ensino fundamental.

    Além de convidadas a participar de eventos pontuais, como festas e datas comemorativas, as famílias são chamadas a colaborar em ações desenvolvidas ao longo do ano letivo. Assim, os pais vão à escola para dar depoimentos, contar histórias, participar de competições esportivas e até mesmo desenvolver, com os professores, oficinas de culinária e de artesanato.

    “O principal benefício de uma maior participação das famílias é o aumento da confiança mútua”, diz Elenita Alves Xavier Barreiros, diretora da instituição. “A família sente segurança quanto ao trabalho da escola, e a escola sente-se apoiada e confiante no desempenho de suas funções”, destaca. Para ela, a relação de credibilidade reforça os laços que vão além dos muros da escola e acaba por beneficiar toda a sociedade. “É importante que os pais percebam que a presença é sempre bem-vinda”, assegura Elenita. Há 24 anos no magistério e há dez na direção, ela tem licenciatura plena e pós-graduação em matemática.

    Para Andréia Christina Alves Barroso Leite, vice-diretora, a participação das famílias proporciona mais credibilidade à escola. “O aluno passa a ter mais confiança, e a família é respeitada em seus direitos”, analisa. De acordo com Andréia, embora ainda exista uma parcela que sempre está ocupada demais para participar ativamente dos trabalhos propostos, as famílias costumam atender bem aos convites. “Quando se trata de educação, é fundamental plantar a semente e regá-la constantemente, confiando sempre que colheremos bons frutos”, enfatiza Andréia. Há 15 anos no magistério, ela tem graduação no curso normal superior.

    Diálogo — “Procuro envolver os pais nos projetos da escola e até mesmo nas atividades diárias que realizo na sala de aula”, explica Márcia Rodrigues de Paula Moraes, professora de turma de terceiro ano do ensino fundamental. “Nas reuniões com os pais, discutimos os projetos, como o de recital de poesia, por exemplo”, diz. Márcia também mantém contato pelo celular e pelo whatsapp. “Se alunos faltam, ligo pessoalmente para saber o porquê e sempre que necessário”, revela. “Nosso diálogo é permanente.”

    Há 15 anos no magistério, a professora acredita que a participação efetiva da família na escola torna o processo ensino-aprendizagem mais dinâmico e prazeroso para o aluno. Além disso, enfatiza, contribui para elevar a autoestima dos alunos e melhorar a disciplina. Márcia tem graduação em curso normal superior e pós-graduação em docência superior.

    Fátima Schenini

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  • Durante sete semanas, mais de 8 mil pessoas estiveram reunidas nos 26 estados e no Distrito Federal para discutir as propostas de atualização e unificação curricular da educação básica brasileira. Com o encerramento dos seminários estaduais, o Brasil está cada vez mais perto de definir o que os alunos da educação básica devem aprender em cada etapa escolar. Desde a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), são quase dois anos de debate sobre o conteúdo da Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

    “Os seminários estaduais trouxeram esse tempero essencial para a construção da versão final do documento”, afirma o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva. Segundo ele, tem sido muito bom ouvir os estudantes, os professores e os especialistas em educação para saber qual direção seguir durante as discussões.

    Para o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, a participação e o envolvimento da sociedade certamente facilitarão a implementação da BNCC. “A forma como a Base vem sendo construída, ainda que possa ter algumas falhas em alguns momentos, é um processo amadurecido, um processo moderno que envolve e compromete as pessoas com aquilo que vai ser produzido.”

    Responsáveis por esta versão do documento, o Consed e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) tiveram o apoio do MEC para realização dos seminários. Os encontros foram estruturados segundo as cinco áreas do conhecimento, e os 27 componentes curriculares (conteúdos) divididos em nove grupos de trabalho. Já os temas discutidos foram de forma interdisciplinar e respeitando a diversidade local e regional de cada estado. A expectativa é de que até o fim de agosto o documento seja entregue ao MEC.

    Deschamps ressalta também que a Base é um documento guia para orientar o trabalho no ambiente escolar. E que além dele ainda é preciso organizar os currículos, preparar os professores e estruturar as escolas com equipamento e tecnologia.

    As discussões foram além do conhecimento cognitivo, habilidades, e consideraram as competências emocionais da educação. Na etapa da educação infantil, a maior preocupação foi em relação à antecipação do ensino fundamental. De acordo com as orientações da BNCC, as crianças de 4 e 5 anos devem ser estimuladas para avançar no processo de alfabetização e aprendizagem da matemática, de maneira respeitosa, sem antecipar o processo de alfabetização.

    A integração dos conteúdos das disciplinas de cada uma das áreas do ensino fundamental foi outro ponto destacado pelos debates nos estados. Há uma grande preocupação em despertar nos alunos o interesse pela aprendizagem e consequentemente pela escola.

    Flexibilização – Aproximar a escola da realidade do jovem e diminuir o alto índice de abandono escolar são também algumas das justificativas para flexibilizar o ensino médio. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio – 2004/2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 58,6% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no ensino médio. O objetivo é que as escolas construam seus projetos político-pedagógicos com base em quatro áreas: trabalho, tecnologia, ciência e cultura.

    Na opinião de Deschamps, o modelo curricular do ensino médio no Brasil é ultrapassado, com base em um conjunto de disciplinas obrigatórias, fragmentadas e desinteressantes para o jovem do século 21. Ele defende que o ensino médio seja marcado pelo protagonismo juvenil. “Queremos que o jovem, já a partir da sua entrada no ensino médio, possa começar a desenhar seu projeto de vida, o que ele quer realizar enquanto cidadão.”

    Assessoria de Comunicação Social

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    Escute:

  • Vai até a próxima segunda-feira, 2, o prazo para que os interessados participem da consulta pública sobre a valorização de diretores de escolas públicas de ensino básico municipais, estaduais e federais de todo o país. O objetivo é receber sugestões que ajudarão na criação do programa Diretor Principal.

    Realizada pelo Ministério da Educação, a consulta pretende que alunos, pais, professores, gestores, comunidade escolar, academia, estudiosos e sociedade em geral apresentem suas experiências sobre o trabalho de diretores escolares e façam propostas, sugestões e comentários.

    Para participar o internauta deverá responder a duas perguntas. 1) Como você avalia a importância de um diretor de escola de educação básica? 2) Como você entende que pode ser valorizado o papel do diretor de escola de educação básica?

    Assessoria de Comunicação Social

    Responda à consulta pública

  • Termina nesta segunda-feira, 2, o prazo para participação na consulta pública sobre a valorização de diretores de escolas públicas de educação básica de todo o país. O objetivo da iniciativa é coletar sugestões para a criação do programa Diretor Principal.

    Realizada pelo Ministério da Educação, a consulta pretende que alunos, pais, professores, gestores, comunidade escolar, academia, estudiosos e sociedade em geral apresentem experiências sobre o trabalho de diretores de instituições de ensino municipais, estaduais e federais e façam propostas, sugestões e comentários.

    Para participar, o internauta deve relatar como avalia a importância de um diretor de escola de educação básica e como pode ser valorizado o papel desse diretor. As propostas e comentários devem ser apresentados na página da consulta pública na internet.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Última edição registrou o maior índice de participação em dez anos; custo com todo processo foi menor do que em 2018


    O ministro da Educação, Abraham Weintraub (esq.), e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, durante divulgação dos resultados do Enem (Foto: Luís Fortes/MEC)


    Guilherme Pera, Larissa Lima e Bianca Estrella, do Portal MEC

    A espera pela consulta às notas individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 chegou ao fim. Nesta sexta-feira, 17 de janeiro, os 3,9 milhões de participantes já podem acessar seus desempenhos e planejar o ingresso no ensino superior. A edição do ano passado obteve 77,2% de participação, taxa recorde desde 2009.

    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, apresentaram os dados em entrevista à imprensa na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Confira a apresentação feita pelo Inep.   

    "[Está] tudo mostrando que foi o Enem de todos os tempos. Mostrando que gestão e eficiência e respeito ao dinheiro público são marcas do governo federal. Resumidamente, estou muito satisfeito. Se o brasileiro tiver condições de trabalho, pode entregar resultados iguais ou melhores que americanos, europeus e asiáticos", disse Abraham Weintraub. “[Por conta de] custo, logística, qualidade das questões. Não teve polêmica. [Foram bons] a execução, operação, custo, eficiência, satisfação de alunos e professores”, completou.

    As notas individuais estão na Página do Participante, disponível no portal e no aplicativo do Enem. O participante deverá informar o CPF e a senha cadastrada. É possível, ainda, visualizar o número de inscrição, que é imprescindível, por exemplo, para ingressar no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e no Programa Universidade para Todos (ProUni). A nota pode ser usada ainda para conseguir financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), ingressar diretamente em instituições de ensino superior e até estudar em instituições parceiras de Portugal.

    O Inep, vinculado ao MEC e responsável pela aplicação do Enem, também divulgou os resultados gerais para cada uma das quatro áreas exigidas no exame. As médias gerais foram 523,1 para matemática e suas tecnologias; 520,9 para linguagens, códigos e suas tecnologias; 508 para ciências humanas e suas tecnologias; e 477,8 para ciências da natureza e suas tecnologias.

    Quanto à redação, 53 participantes obtiveram a nota máxima (1.000) e 143.736 zeraram. Os maiores percentuais de motivos para nota zero foram: redações em branco (56.945), fuga ao tema (40.624) e cópia do texto motivador (23.265). A média ficou em 592,9. Para os “treineiros”, aqueles que não concluíram o ensino médio em 2019, as notas estarão disponíveis em março, assim como o espelho da redação.

    "O Enem foi um sucesso no sentido em que tudo correu dentro do planejado, dentro do cronograma. Nós não tivemos surpresa. A prova foi muito bem recebida pela comunidade acadêmica, pelos participantes. O tema da redação foi considerado inesperado, mas bem aceito pela sociedade. A acessibilidade ao cinema foi considerada uma discussão importante", disse Alexandre Lopes.

    Entenda a nota – O cálculo das notas de cada área não é uma simples soma do número de questões acertadas no exame. O Inep adota a Teoria de Resposta ao Item (TRI), um conjunto de modelos matemáticos que permite a comparabilidade entre as edições do exame. As redações, por sua vez, são corrigidas uma a uma pelos mais de 5 mil avaliadores.

    Como usar a nota

    Sisu: o estudante interessado em ingressar em alguma instituição de ensino superior pública deve escolher até duas opções de cursos. Ao final, o sistema seleciona os mais bem classificados em cada curso, de acordo com as notas no Enem e eventuais ponderações, como pesos atribuídos às notas ou bônus. É pré-requisito não ter zerado a redação. As inscrições vão de 21 a 24 de janeiro. São 237 mil vagas.

    ProUni: o estudante interessado no ingresso em instituições privadas de ensino superior pode concorrer a bolsas integrais (100%) e parciais (50%). Para se inscrever na iniciativa, o aluno que participou do Enem deve ter obtido média de ao menos 450 pontos e não ter zerado a redação. As inscrições vão de 28 a 31 de janeiro. São 249 mil bolsas.

    Fies: com duas modalidades — juros zero a quem mais precisa (renda familiar de até três salários mínimos por pessoa) e escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do participante —, as regras para a nota são as mesmas do ProUni. A partir de 2021, será preciso nota mínima de 400 na redação. As inscrições vão de 5 a 12 de fevereiro. São 70 mil vagas.

    Ingresso direto: Para realizar o ingresso direto em uma instituição privada, o estudante não precisa realizar provas nem pagar taxas, apenas se inscrever no site ou diretamente na instituição de interesse e aguardar o resultado da seleção. Só é necessário não ter zerado nenhuma das provas.

    Enem Portugal: 47 instituições portuguesas — 10 delas por convênios firmados em 2019 — aceitam a nota do Enem como forma de ingresso. Cronograma e regras são definidos pelas universidades.

    Índice de ausentes – O número de inscritos que não compareceram às provas foi de 1.160.151, correspondente a 22,77% dos inscritos. Destes, 67,28% tiveram direito à isenção da taxa de inscrição e 32,72% eram pagantes.

    Até então, o menor índice de ausentes havia sido registrado em 2018: 24,53%. O aumento do percentual de participação veio após medidas adotadas pelo Inep, como a não isenção de taxa àqueles que não fizeram pelo menos um dia de prova e não justificaram ausência na edição anterior.

    Custos – O MEC empenhou R$ 537.665.342 para cobrir as despesas do Enem 2019, o que representa uma redução de R$ 52.145.341 em relação aos valores executados em 2018. Na edição do ano passado, o gasto total por aluno ficou em R$ 105,52, menor do que os R$ 106,13 de 2018.

    Eliminações – A maior parte das eliminações se deu pela emissão de som de aparelhos eletrônicos, como toques ou alarmes. Dos 6.286 excluídos, 3.001 foram em função da novidade para 2019, previamente divulgada pelo Inep e pelo MEC.

    Em segundo, veio o porte de objetos não permitidos — lápis, caneta de material não transparente, calculadoras, celulares, relógios —, que levou à eliminação de 1.265 participantes. Também houve 929 pessoas desclassificadas por sair da sala de provas sem o acompanhamento de um aplicador ou em definitivo antes de duas horas de exame. O Inep também registrou a eliminação de 11 pessoas por portar armas.

    Acessibilidade – Foram ofertados 38.466 atendimentos especializados (destinados a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira, dislexia, deficit de atenção, autismo e/ou discalculia) e 11.654 atendimentos específicos (gestante, lactante, idoso, estudante em classe hospitalar e/ou pessoa com outra condição específica).

    Ao todo, foram disponibilizados 53.552 recursos de acessibilidade, como videoprova em Libras, tradutor-intérprete de Libras, sala de fácil acesso, prova ampliada (com letras maiores), prova em braile, auxílio para transcrição e leitura, e o uso de aparelho auditivo ou de implante coclear. Além disso, 394 participantes foram tratados pelo nome social.

    Enem Digital – O Enem terá aplicação digital a partir de 2020. No primeiro ano da novidade, a aplicação será opcional, para 50 mil participantes, nos dias 11 e 18 de outubro. A implantação do Enem Digital será progressiva, com previsão de consolidação em 2026. O Enem tradicional será em 1º e 8 de novembro. Para participantes prejudicados por algum problema logístico ou, no caso da prova digital, de infraestrutura, haverá a reaplicação em papel.

    No ano passado, dos 150 participantes que tiveram o pedido de reaplicação deferido, 99 refizeram a prova. Outros 51 faltaram.

    Enem PPL – Em dezembro de 2019, foram aplicadas as provas para pessoas privadas de liberdade e jovens sob medida socioeducativa (Enem PPL). Dos 46.238 inscritos, 33.704 participaram da prova e 12.534 não realizaram o exame.

    Novo site do Sisu – O Sisu ganha portal novo. O novo site permite, por exemplo, maior rapidez e simplicidade na consulta de vagas por meio do sistema de busca. A pesquisa do aluno interessado no programa pode ser realizada por curso, instituição ou município em que queira estudar. O estudante também poderá encontrar as informações necessárias para se inscrever e o cronograma completo do sistema.

    "A principal mudança é que esse novo site foi construído em uma tecnologia que permite que as inscrições sejam feitas por aparelhos mobile. Qualquer consulta por qualquer estudante em qualquer lugar do pais seja feita por celular ou tablet", explicou o coordenador-geral de Programas de Ensino Superior do MEC, Thiago Leitão.

    O site também dá acesso a um relatório com todas as informações sobre as vagas do programa. Basta acessar a aba “Relatórios” e baixar uma tabela em que é possível consultar informações detalhadas das 237 mil vagas. O objetivo é dar mais transparência às vagas do programa. No arquivo, uma planilha de Excel, estão disponíveis dados, como número de vagas, campus, modalidade, turno da vaga desejada e o modo de concorrência, por cotas ou deficiência física. Ainda será possível consultar as vagas por região, estado e município.

    Para ter acesso a todos esses dados ou para realizar a inscrição, o estudante não vai precisar mais baixar nenhum aplicativo. Apenas acessar o site pelo computador, celular ou tablet, já que o novo portal é responsivo e se adapta a essas plataformas. A inscrição é feita exclusivamente pela internet e o participante deve acessar a página eletrônica do Sisu com número de inscrição e senha, os mesmos utilizados na Página do Participante do Enem 2019.

    Com informações do Inep

    17/01/2020 - Resultado Enem 2019 e Lançamento Site Sisu.  Fotos: Luis Fortes/MEC


  • As faculdades particulares vão oferecer uma nova disciplina para os alunos que tiverem interesse em trabalhar com educação na primeira infância após se formarem. A Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup) lançou essa nova unidade curricular, feita em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, durante o 1º Seminário Anup Social, realizado nesta quarta-feira, 3, em Brasília. Além do ministro da Educação, Rossieli Soares, também estiveram presentes no lançamento da disciplina a primeira-dama, Marcela Temer, e o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame.

    De acordo com o ministro Rossieli, essa nova disciplina proposta pela Anup é um passo a mais para a construção de uma Base Nacional Comum de Formação de Professores, que deverá ser apresentada até o final deste ano ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Rossieli diz que essa BNC voltada para os docentes dará um norte do que efetivamente precisa haver na formação dos professores. “Não dá mais para aceitar que uma formação genérica seja suficiente para cuidar das nossas crianças”, destacou o ministro.

    Rossieli informou que 82% dos professores da rede pública são formados por faculdades particulares, e que iniciativas como essas são importantes para melhorar sua formação. “Não dá mais para aceitar que uma formação genérica seja suficiente para cuidar das nossas crianças”, disse ele. “Nós precisamos discutir o que aquele profissional que vai trabalhar com crianças na educação infantil precisa saber. É importante que tenhamos cada vez mais a pedagogia olhando para a primeira infância e para a educação infantil”, enfatizou o ministro.

    A disciplina é fruto do programa Criança Feliz, parceria entre a Anup e o Ministério do Desenvolvimento Social. De acordo com o ministro da pasta, Alberto Beltrame, mais do que um presente da Anup, essa nova unidade curricular é um passaporte para o futuro. “Ela dá um salvo conduto para o Programa Criança Feliz transcender esse governo e seguir adiante em 2019. A criação de uma disciplina para formar multiplicadores é uma forma de garantir a transcendência desse programa”, comemorou Beltrame.

    A disciplina poderá ser oferecida nos cursos de pedagogia, saúde, psicologia e serviço social. “A partir de hoje as universidades poderão contar em suas atividades acadêmicas com uma unidade curricular sobre o desenvolvimento na primeira infância. É o compromisso da instituição de ensino que vai aderir a essa iniciativa. Não é para um programa de governo. O compromisso firmado é com o futuro da nossa nação e das nossas crianças”, disse a primeira-dama, Marcela Temer, embaixadora do Programa Criança Feliz.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Para a implementação do PDE-Escola foram realizados, ao longo do ano de 2007, encontros com secretários estaduais e dirigentes municipais de educação, dos estados e municípios cujas escolas integram uma lista de 9.861 escolas municipais e estaduais, identificadas como escolas de atendimento prioritário, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2005. Nesses encontros foram apresentadas as estratégias para a capacitação de técnicos estaduais e municipais e dirigentes escolares para a elaboração do Plano de Desenvolvimento da Escola, conforme o Plano de Ações Financiáveis. As capacitações dos gestores das escolas prioritárias e dos técnicos das secretarias de educação foram realizadas no período de outubro de 2007 a setembro de 2008 e as escolas estão recebendo o apoio financeiro através de repasse de recursos, segundo a Resolução 19, de 15 de maio de 2008 do FNDE, e já iniciando a execução das ações planejadas. De outubro de 2008 ao primeiro trimestre de 2009 serão capacitadas 20.045 escolas municipais e estaduais, identificadas como escolas de atendimento prioritário e abaixo da média nacional, conforme o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007. Estas escolas receberão o apoio financeiro em 2009. Os repasses e prestação de contas estão normatizados pela Resolução  Nº 4, do PDDE, de 17 de março de 2009. As escolas que inseriram o PAF em 2008 receberão o 2º financiamento em 2009, desde que não tenham sido extintas ou tenham problemas de prestação de contas, entre outros.

    Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB

    Articulação PAR x PDE-Escola

    O PDE-Escola deverá ser elaborado em consonância com o Plano de Ações Articuladas – PAR, fazendo uma correspondência com as 28 diretrizes do Plano de Metas através dos indicadores do diagnóstico.
    Alguns programas do MEC também deverão articular-se com os dois planos, quais sejam: Mais Educação, Escola Aberta, Escola Acessível, Proinfo e Conselhos Escolares.

    No momento da elaboração do PDE-Escola, os técnicos do Comitê Estratégico da Secretaria deverão se apropriar do PAR – Plano de Ações Articuladas do município ou estado, para conhecimento e orientação às escolas na elaboração do PDE-Escola.

    Conhecendo as propostas e destinação de ações, tendo a escola como beneficiária no PAR, a equipe escolar e o Comitê Estratégico, no momento da elaboração, validarão a sua demanda no PDE-Escola.
    O PAR – Plano de Ações Articuladas, na dimensão 1 – Gestão Educacional, indicador 4 – Existência de Proposta Pedagógica, prevê a universalização do PDE-Escola.

    Mais informações sobre o PDE-Escola podem ser obtidas no Ministério da Educação pelo telefone 0800-616161 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Manual PDE-Escola

    Relação de escolas:
    Lista de escolas prioritárias (A): Clique aqui
    Lista de escolas prioritárias (B): Clique aqui
    Lista de escolas abaixo da média nacional (C): Clique aqui


    Orientações sobre Cadastro no Simec - Clique aqui
    Matriz dos Instrumentos – Clique aqui
  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, liberou nesta quinta-feira, 29, em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, em Recife, R$ 243,6 milhões em investimentos na educação do estado. Os recursos são destinados à implementação de escolas em tempo integral, ao MedioTec e para pagamento a professores da educação básica. O MedioTec é a nova ação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que dá prioridade à oferta de cursos técnicos em concomitância ao ensino médio regular para alunos matriculados em escolas públicas.

    “A oferta de ensino médio em tempo integral permitiu que, em 12 anos, Pernambuco passasse dos últimos lugares no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) para a primeira colocação”, afirmou Mendonça Filho.

    Desse montante, R$ 79 milhões irão para o Programa de Fomento à Implementação das Escolas em Tempo Integral, que em Pernambuco vai beneficiar 36 unidades de ensino em 27 municípios de todas as regiões do estado selecionadas pelo primeiro edital do programa. O processo de seleção estabeleceu como prioridades as instituições localizadas em regiões de vulnerabilidade social ou com baixos índices sociodemográficos.

    No Brasil, as secretarias estaduais de Educação inscreveram 290 mil estudantes, de 588 escolas.

    Reforma — O ministro voltou a defender a reforma do ensino médio, que tramita no Congresso Nacional, com a Medida Provisória nº 746/2016. O texto dá autonomia e protagonismo ao jovem como um mecanismo para manter os estudantes na escola. “Esse atual modelo, com 13 disciplinas obrigatórias, expulsa os jovens do ensino médio no Brasil”, destacou. “Quase 2 milhões deles estão fora das escolas, e o Brasil não atinge a meta do Ideb para o ensino médio desde 2011. Mesmo com um quadro dramático como este, ainda há quem afirme que não ser necessário reformar o ensino médio.”

    Formação — Durante a cerimônia, Mendonça Filho assinou a liberação de R$ 31,9 milhões para o MedioTec. A oferta de vagas deve passar de 3,2 mil em Pernambuco. “O MedioTec integra a educação de nível médio tradicional com a oportunidade de o jovem, no contraturno, ter acesso à formação e ao mercado de trabalho”, explicou o ministro.

     Também foi autorizada a destinação de R$ 41,5 milhões para execução do Plano de Ações Articuladas (PAR) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) em 113 municípios, além da antecipação de R$ 56,1 milhões para a complementação do piso salarial dos professores no exercício de 2016 e de R$ 16,8 milhões para o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que beneficiará 4.071 unidades de ensino. Um total de R$ 18,3 milhões foi destinado, ainda, a instituições federais de educação superior do estado — Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). 

    Mendonça Filho salientou que a oferta de ensino médio em tempo integral permitiu a Pernambuco, em 12 anos, passar dos últimos lugares no Ideb para o primeiro (foto: Rafael Carvalho)Protagonismo — Outro destaque da cerimônia foi o relato emocionado de Luciele Laurentino, ex-aluna do ensino médio em tempo integral em escola da zona rural, hoje formada em geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado em engenharia florestal na Espanha.

    “Fui ensinada a ser protagonista, que temos de ser parte da solução dos problemas”, disse. “Pernambuco, com as escolas em tempo integral, está formando jovens muito mais atuantes, mais políticos; está formando cidadãos que podem construir um projeto de vida, não importa a sua condição social, com a oportunidade de sonhar e transformar este país.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • A taxa de analfabetismo entre brasileiros acima de 15 anos foi estimada em 8,3% (Foto: Geyson Magno/Arquivo MEC) O Brasil reduziu em 4,3 pontos percentuais o número de analfabetos de 2001 a 2014. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 13. A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais foi estimada em 8,3%, o que significa, de acordo com o IBGE, 2,5 milhões de pessoas analfabetas a menos, em relação a 2001.

    Em entrevista coletiva realizada em São José dos Campos (SP), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que o desafio é a alfabetização dos brasileiros maiores de 60 anos. De acordo com a pesquisa, 23,1% dos analfabetos estão nesta faixa etária. Esse percentual caiu 1,3 pontos em relação a 2012.

    “O analfabetismo se concentra especialmente na população com mais de 60 anos e, sobretudo, na área rural, concentrado no Nordeste, no semiárido do Brasil”, disse. “Nosso maior desafio é incentivar o trabalhador pobre, de mais idade, a voltar a estudar”, explicou Mercadante.

    O ministro também destacou o avanço que o país vem obtendo na alfabetização de jovens entre 15 e 19 anos, faixa que tem o índice de analfabetismo de 0,9%. “Em 20 anos, nós praticamente erradicamos o analfabetismo no Brasil”, afirmou.

    De 2004 a 2014, a região Nordeste teve a maior redução do analfabetismo, em 5,8 pontos, passando de 22,4% para 16,6% de sua população, mas ainda é a região com o maior número de analfabetos. A região Norte teve uma redução de 4 pontos, de 13% para 9%; o Centro-Oeste, 2,7 pontos (de 9,2% para 6,5%), o Sudeste, 2 pontos (6,6% para 4,6%) e o Sul, de 1,9 ponto (de 6,3% para 4,4%).
    Mercadante destacou que a média de anos de estudos aumentou de 2004 até o ano passado, passando de 6,5 anos para 7,7 anos em média. As mulheres têm, em média, 8 anos de estudo, enquanto os homens tem 7,5 anos.

    De acordo com o estudo, a taxa de escolarização apresentou avanços significativos, principalmente na faixa de crianças de 4 a 5 anos de idade, em que avançou de 81,4% em 2013 para 82,7% em 2014. O desafio ainda persiste na faixa de 15 a 17 anos, onde o indicador se manteve estável no período, permanecendo em 84,3%. “Nós vamos ter que discutir o ensino técnico e profissionalizante junto com o ensino médio. Muitos jovens estão indo mais cedo para o mercado de trabalho, o ensino médio tem que abrir uma perspectiva no ensino técnico”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • No Brasil, 94% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram a educação superior. Mais de 95,1% acreditam que podem ajudar os alunos a pensar de forma crítica. As constatações aparecem nos resultados da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis), realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e coordenada no Brasil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

    A Talis foi realizada por amostragem, em 2013, em 34 países. Mais de 106 mil professores responderam à pesquisa. No Brasil, a amostra foi composta por 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas. O objetivo é comparar internacionalmente a opinião de professores e diretores sobre desenvolvimento profissional, crenças e práticas de ensino, apreciação do trabalho dos professores, feedback (retorno) e reconhecimento do trabalho, além de questões acerca de liderança, gestão e ambiente de trabalho.

    Segundo a Talis, o professor típico brasileiro é mulher (71%), tem 39 anos de idade e 14 de experiência no magistério, em média. Nos outros países, as mulheres também são maioria nas escolas (68%), têm 43 anos de idade e 16 de experiência. Elas também são maioria em cargos de direção no Brasil (75%). Nos outros países, esse percentual é de 49%.

    Os professores brasileiros estão entre os que passam o maior número de horas por semana ensinando. São 25 horas semanais, seis horas a mais do que a média dos países pesquisados. Eles relatam investir 20% do tempo de aula na manutenção da ordem em sala. Essa média, nos países da Talis, é de 13%. Além disso, no Brasil, 86,9% dizem estar, de modo geral, satisfeitos com o trabalho. Apenas 13,5% se dizem arrependidos da opção pelo magistério.

    Desenvolvimento – A maior parte dos professores entrevistados participou de algum programa de desenvolvimento profissional nos 12 meses anteriores à pesquisa. No Brasil, os docentes passaram, em média, 21 dias em treinamento em organizações externas. Nos outros países, essa média é de sete dias. No entanto, os professores brasileiros relataram participação um pouco menor do que a média para outras atividades de desenvolvimento profissional, como cursos e oficinas (66%), conferências e seminários (39%), visitas e observações a outras escolas (12%) e rede de trabalho de professores (26%).

    A pesquisa também aponta que 60% dos professores brasileiros declararam ter grande necessidade de desenvolvimento profissional na área de ensino para alunos com necessidades específicas. Esse é o maior percentual entre os países participantes da pesquisa.

    Apenas 18,4% dos professores brasileiros concordam que os professores com melhor desempenho em sua escola recebem maior reconhecimento. A pesquisa pediu também opinião sobre a valorização da profissão, desempenho escolar, escolha pela profissão docente, avaliações nacionais e o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

    O presidente do Inep, Chico Soares, apontou a importância de comparar as condições de trabalho e opiniões dos professores brasileiros com outros países. “Esses dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais para que o Inep possa criar quadros ainda mais descritivos da situação educacional brasileira”, disse.

    Talis – A Pesquisa Internacional sobre o Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning International Survey) coleta dados comparáveis internacionalmente sobre o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho dos professores nas escolas. O objetivo é fornecer informações válidas, oportunas e comparáveis do ponto de vista dos profissionais nas escolas para ajudar os países a revisar e a definir políticas para o desenvolvimento de uma profissão docente de alta qualidade.

    O relatório internacional da Talis está disponível na página da OCDE na internet. O relatório brasileiro da pesquisa, com resultados por unidade da Federação e questões exclusivas do Brasil, será divulgado em evento nacional de lançamento da Talis, no Inep, em 17 de novembro próximo.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Artigos de opinião produzidos por estudantes de 16 a 18 anos, em três edições da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro – O lugar onde vivo, mostram as realidades que preocupam os jovens de pequenas e médias cidades a grandes municípios e metrópoles, das cinco regiões do país.

    O estudo, denominado O que (nos) dizem os jovens sobre o lugar onde vivem, foi realizado em 2013, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), entidade que coordena a olimpíada. O trabalho teve a orientação da pesquisadora Maria Tereza Cardia.

    A análise se concentrou sobre 600 artigos de opinião, selecionados de forma aleatória, entre 12,8 mil textos produzidos por alunos da segunda e terceira série do ensino médio para as edições 2008, 2010 e 2012 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

    De acordo com Maria Tereza Cardia, os artigos analisados na amostra atenderam os critérios de representação das cinco regiões do país e a quantidade equivalente ao porte dos municípios, conforme classificação do IBGE. Municípios com até 20 mil habitantes tiveram 46,9% na amostra; acima de 20 mil até 50 mil habitantes, 20,7%; acima de 50 mil e até 100 mil habitantes, 11%; municípios grandes e regiões metropolitanas, 21,4%.

    Definidos o tamanho e a abrangência da amostra, o trabalho envolveu dez profissionais, sendo um estatístico. A equipe, coordenada pelo Cenpec, leu os 600 textos e os classificou em 12 categorias: criminalidade e segurança, degradação ambiental, direitos civis, economia, emprego e desigualdade, escola, gestão pública, infraestrutura e serviços públicos, investimento público e privado, jovens, políticos e eleições, questão urbana, turismo e patrimônio cultural.

    Porte da cidade– Quando o estudo aborda os temas de maior interesse dos jovens segundo o tamanho da cidade em que eles residem, as preocupações diferem. Nas metrópoles e grandes cidades, predomina a categoria economia, emprego e desigualdade, tema que aparece em 15,8% dos textos, seguido por infraestrutura e serviços públicos (11,1%) e por gestão pública (10,7%).

    Nas cidades de porte médio, de 50 mil a 100 mil habitantes, os estudantes estão mais preocupados com eles mesmos. A categoria jovens está em 16,1% dos textos, seguida de infraestrutura e serviços públicos (11,9%), e economia, emprego e desigualdade (11,7%).

    Nas cidades com 20 mil a 50 mil habitantes, os alunos centraram suas opiniões na categoria economia, emprego e desigualdade, com 15,5% dos artigos; em segundo lugar está infraestrutura e serviços públicos (11,9%) e a seguir investimento público e privado (9,3%).

    Os estudantes que moram nas menores cidades do país, com até 20 mil habitantes, estão muito preocupados consigo mesmos – 20,5% deles escreveram na categoria jovens; 16,7% sobre economia, emprego e desigualdade; e 10,8% sobre investimento público e privado.

    Por região – O quadro estatístico elaborado pelo Cenpec sobre a produção de textos dos jovens, considerando as cinco regiões do país, mostra que a categoria economia, emprego e desigualdade é a única que está presente em todas: no Centro-Oeste, o tema está em 26,5% dos textos, no Sul ( 21,4%), no Sudeste (14%), no Norte (12,6%) e no Nordeste (10,8).

    A categoria Jovens foi assunto frequente no Sudeste, com 20,4%, e no Nordeste (19,2%). O estudo também revela que as categorias criminalidade e segurança, direitos civis e escola não foram priorizados em nenhuma região do país.

    De acordo com Maria Tereza Cardia, o estudo O que (nos) dizem os jovens sobre o lugar onde vivem, relativo à análise de textos de opinião das edições de 2008, 2010 e 2012 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, está concluído, mas a íntegra ainda não foi publicada. O trabalho foi o tema principal do seminário nacional Olimpíada em Rede, realizado em outubro de 2013, em São Paulo, e será apresentado ao Ministério da Educação.

    Concluída essa parte da análise, o Cenpec deve fazer uma nova amostra de textos de opinião produzidos por estudantes nas edições de 2002, 2004 e 2006 do programa Escrevendo o Futuro, iniciativa da Fundação Itaú Social que, em 2008, deu origem à olimpíada como política pública assumida pelo MEC. No programa Escrevendo o Futuro, alunos mais jovens, do quinto e do sexto ano do ensino fundamental, estavam na categoria texto de opinião. Na olimpíada, essa categoria passou aos adolescentes da segunda e terceira séries do ensino médio.

    Olimpíada 2014 – A edição 2014 da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro abre as inscrições em 24 de fevereiro, que se estendem até 30 de abril. O tema – O lugar onde vivo – é comum a todos os estudantes da educação básica pública do quinto ao nono ano do ensino fundamental e de todas as séries do ensino médio. Iniciativa do Ministério da Educação, a olimpíada é realizada em parceria com a Fundação Itaú Social e com o Cenpec, que coordena todas as fases.

    Ionice Lorenzoni

    Acesse o portal da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

  • A melhor forma de assimilar conteúdo em um dia de estudos é abordado pelo aplicativo gratuito Approvado, que pretende apontar ao estudante a melhor técnica para atingir um alto nível de aprendizado. O aplicativo foi desenvolvido pela professora Roberta Ekuni de Souza, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), aluna de doutorado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    O aplicativo Approvado auxilia candidatos participantes de exames no estudo de biologia com técnicas de aprendizagem baseadas em pesquisas da área de neurociência cognitiva. A plataforma também faz parte da tese de doutorado de Roberta. Segundo ela, a eficácia da técnica do efeito do espaçamento e da prática de lembrar (retrieval practice) está comprovada na literatura científica. “Nosso trabalho visa a estudar o melhor esquema de repetição e de espaçamento via m-learning, ou seja, aprendizagem móvel (quantas vezes o conteúdo deve ser revisto e com que regularidade)”.

    Roberta salienta que a prática de lembrar fortalece as conexões cerebrais envolvidas na aprendizagem — no caso do aplicativo, os conteúdos de biologia. Associado a essa prática, o aplicativo distribui as repetições ao longo de uma semana.

    Outra técnica testada pelo aplicativo é a repetição, com o uso contínuo e repetido de exercícios sobre um mesmo tema. “Alunos que estudam em véspera de prova podem até tirar boas notas”, diz. “No entanto, já foi constatado que após uma semana, parte dos estudos cai no esquecimento.”

    A pesquisadora afirma que tem colaborado com divulgação científica dessas técnicas na plataforma Retrieval Practice, dos Estados Unidos. Nela estão disponíveis outros estudos sobre práticas de memorização. Para os próximos meses, está previsto o lançamento de uma nova versão em português da plataforma, voltada para os brasileiros que tenham interesse no tema.

    Instale o aplicativo APProvado

    Conheça a plataforma Retrieval Practice

    Assessoria de Comunicação Social 

    Matéria republicada com correção de informações

  • “O conhecimento abre janelas para um mundo desconhecido, que é ampliado a partir da boa leitura”, observa o ministro Mendonça Filho (Foto: Isabelle Araújo/MEC)  Decifrar, compreender, generalizar, sintetizar ou até mesmo propor hipóteses são funções superiores da mente, usadas durante a leitura. Talvez por isso, pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos – Universidade de Stanford ­– e na França – Unidade de Neuroimagiologia Cognitiva do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm/Comissão de Energia Atômica e de Energias) comprovam que a leitura faz bem ao cérebro.

    No Brasil, além de reconhecer a importância da prática, é celebrado o 12 de outubro como Dia Nacional da Leitura, instituído pela Lei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009, que instituiu, também, a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.

    “Um jovem, uma criança que lê, amplia seu vocabulário, seu conhecimento, sua redação e escrita”, observa o ministro da Educação, Mendonça Filho. “O conhecimento abre janelas para um mundo desconhecido, que é ampliado a partir da boa leitura.”

    Cérebro – De acordo com a professora e escritora Lucília do Carmo Garcez, doutora em linguística aplicada, a leitura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. “É como se fosse uma expansão do cérebro”, diz. Ela faz uma comparação com o aprendizado audiovisual, no qual a pessoa age de forma mais passiva. “Na leitura, é preciso ativar diversas camadas de reflexão para compreender.”

    Escritora de livros infantis há mais de 20 anos, Lucília destaca a necessidade de uma alfabetização sólida para transformar uma pessoa em leitor. “É importante assegurar que as pessoas tenham uma alfabetização bem consolidada e, depois disso, é preciso que a sociedade valorize a leitura”, afirma.

    Além do acesso aos livros, a escritora salienta a importância de as escolas contarem com bibliotecas e de as crianças frequentarem esses espaços. Outras atividades, como feiras de livros e debates com escritores, são citadas. “É preciso que as crianças vejam os leitores lendo e que sejam motivadas a procurar leituras com respostas às indagações interiores que elas têm”, destaca.

    Sempre envolvida com o estímulo à leitura, Lucília também visita escolas e conversa com as crianças sobre os mais diversos temas, dentre eles, as temáticas de seus livros. Dentre suas últimas publicações está Tonho e os Dragões, sobre um menino com leucemia. A obra foi escrita para o Hospital da Criança. Outro livro recente é Palavras Mágicas, sobre uma criança que sonha estar em um tapete mágico. Ela desce em um parque de diversões sem bilheteria. Tudo é feito por meio de palavras e boas maneiras, como por gentileza, por favor, com licença, eu gostaria e muito obrigado. A escritora faz parte do grupo Casa de Autores.

    Fábulas – Com a mesma vontade, a professora Heucionéia Rocha Bassetto desenvolve projetos na Escola Estadual José dos Santos, da rede de ensino do município paulista de Jales. No ano passado, um dos projetos, Na Trilha das Autorias Misteriosas, foi selecionado entre os ganhadores do Prêmio Professores do Brasil. Este ano, o projeto Fábulas promove leitura, escrita e revisão textual.

    O resultado da iniciativa foi uma coletânea de fábulas, feita pelos alunos do quarto ano do ensino fundamental e entregue para a sala de leitura para fazer parte do acervo da escola. “Para o aluno escrever um texto de qualidade ele precisa saber o porquê de escrever esse texto. Quem vai ler o texto? Onde ele vai circular? Qual gênero e qual vai ser a estrutura desse texto? Tudo isso foi trabalhado”, garante a professora.

    “Esse projeto tem um propósito didático, porque neles os alunos se sentem parte do processo e do trabalho, se sentem responsáveis pelo que estão fazendo”, acrescenta Heucionéia, ao afirmar que com metas as crianças se envolvem com mais entusiasmo nos projetos.
    “Dá gosto de fazer a leitura dos textos produzidos por eles. Trabalham com descrições de cenário, de personagem, marcadores temporais e até técnicas discursivas para evitar a repetição de elementos de ligação”, completa Heucineia Rocha Bassetto, ao comentar a qualidade dos textos produzidos pelos futuros escritores.

    “Ler é aprender e é ampliar as oportunidades de educação para as crianças, jovens e adultos também. Ler é uma excelente prática que deve ser cada vez mais cultivada por todos nós”, conclui o ministro.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira aLei nº 11.899, de 8 de janeiro de 2009

  • Os índices estão estagnados desde 2009, apesar de os investimentos em educação básica terem dobrado no período

     


    O ministro da Educação, Abraham Weintraub (centro), em coletiva de imprensa sobre o Pisa 2018 (Foto: Luís Fortes/MEC)


    Shismênia Oliveira, do Portal MEC

    O maior estudo sobre educação do mundo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), apontou que o Brasil tem baixa proficiência em Leitura, Matemática e Ciências, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. A edição 2018, divulgada mundialmente nesta terça-feira, 3 de dezembro, revela que 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível básico de Matemática, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Em Ciências, o número chega 55% e em Leitura, 50%. Os índices estão estagnados desde 2009.

    Veja apresentação preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O trabalho foi demonstrado a jornalistas em coletiva de imprensa na sede do MEC, em Brasília, nesta terça-feira. Participaram o ministro Abraham Weintraub, o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, e o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

    Segundo Weintraub, é necessário haver maior qualidade no direcionamento dos recursos. "O Brasil, a despeito dos investimentos que foram feitos, fica atrás [dos outros países sul-americanos]", disse. "Estamos estagnados desde 2009. Estamos com o mesmo desempenho estatisticamente desde 2009, a despeito dos recursos investidos", continuou. 

    Quando comparado com os países da América do Sul analisados pelo Pisa, o Brasil é pior país em Matemática empatado estatisticamente com a Argentina, com 384 e 379 pontos, respectivamente. Uruguai (418), Chile (417), Peru (400) e Colômbia (391) estão na frente.

    Em Ciências, o país também fica em último lugar, junto com os vizinhos Argentina e Peru, com empate de 404 pontos. Estão melhor classificados Chile (444), Uruguai (426) e Colômbia (413). Quando o assunto é Leitura, o Brasil é o segundo pior do ranking sul-americano, com 413 pontos, ao lado da Colômbia (412). Em último lugar, estão Argentina (402) e Peru (401).

    Janio Macedo destacou a necessidade de haver sintonia desde municípios até a União. "Se não tivermos um trabalho conjunto entre secretários municipais, secretários estaduais e MEC, não vamos melhorar. Esse pacto federativo é importante, que os políticos e gestores congreguem suas forças", disse.

    Esse cenário abrange, por exemplo, situações de estudantes incapazes de compreender textos, resolver cálculos e questões científicas simples e rotineiras. Se comparado à média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta resultados ainda piores nas três áreas avaliadas, conforme a relação abaixo:

    • Leitura: OCDE 487, Brasil 413; faixa do Brasil no ranking: 55º e 59º
    • Matemática: OCDE 489, Brasil 384; faixa do Brasil no ranking: 69º e 72º
    • Ciências: OCDE 489, Brasil 404; faixa do Brasil no ranking: 64º e 67º

    Realizado a cada três anos, o Pisa tem o objetivo de mensurar até que ponto os jovens de 15 anos adquiriram conhecimentos e habilidades essenciais para a vida social e econômica. Em 2018, 79 países e 600 mil estudantes participaram do teste, que ocorre desde 2000. Os dados do Brasil foram comparados com:

    • países da América do Sul participantes do Pisa, pela proximidade territorial e cultural;
    • Espanha e Portugal, pela proximidade cultural;
    • Estados Unidos, por ter um sistema federativo e grande extensão territorial;
    • Canadá, pelo tamanho territorial e por ser exemplo em índices de educação;
    • Coreia e Finlândia, pois apresentam alto desempenho escolar.

    No Brasil, foram envolvidas 597 escolas públicas e privadas com 10.961 alunos, escolhidos de forma amostral de um total aproximado de 2 milhões de estudantes. Cerca de 7 mil professores também responderam questionários. A avaliação foi aplicada eletronicamente, em maio do ano passado, pelo Inep.

    Observando as quatro edições do Pisa, o desempenho escolar não caminhou junto dos altos investimentos do governo federal na educação básica. Em 2009, primeiro ano do período de estagnação dos índices, foram gastos R$ 18 bilhões. Já em 2018, o número saltou para R$ 39 bilhões, um aumento de 116%.

    "O Brasil está andando de lado, não está evoluindo. É difícil piorar, pois já estamos no final da tabela", disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes.

    Infográfico preparado pela equipe do MEC com dados do Pisa e da pasta (Arte: ACS/MEC)


    Leitura –
    Cerca de 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência que todos os jovens devem adquirir até o final do ensino médio. O Pisa 2018 revela que os estudantes brasileiros estão dois anos e meio abaixo dos países da OCDE em relação ao nível de escolarização de proficiência em Leitura.

    Esse resultado representa um grande obstáculo, dificultando ou até mesmo impedindo que estudantes avancem nos estudos, tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho e participem plenamente na sociedade. Na Finlândia, no Canadá e na Coreia, o índice é de 15%. O estudo mostra ainda que apenas 0,2% dos 10.961 alunos atingiu o nível máximo de proficiência em Leitura no Brasil.

    As escolas particulares e as federais estão acima da média da OCDE, sendo a pontuação de 510 e 503, respectivamente, contra 487 pontos. Já as escolas públicas estaduais (404) e municipais (330) estão aquém da média nacional (413).

    O desempenho médio das regiões Sul (432) e Sudeste (424) é maior do que o índice nacional. A região Centro-Oeste (425), embora tenha um ponto a mais que a Sudeste, tem média equivalente à nacional devido à estimativa de erro. As regiões Norte (392) e Nordeste (389) são piores que a média Brasil.

    Matemática – 68,1% dos estudantes brasileiros estão no pior nível de proficiência em matemática e não possuem nível básico de Matemática, considerado como o mínimo para o exercício pleno da cidadania. Mais de 40% dos jovens que se encontram no nível básico de conhecimento são incapazes de resolver questões simples e rotineiras. Apenas 0,1% dos 10.961 alunos participantes do Pisa apresentou nível máximo de proficiência na área. 

    Em termos de escolarização, os estudantes brasileiros estão três anos e meio atrás dos países da OCDE (489) quando o assunto é proficiência em Matemática.

    As escolas particulares (473) e federais (469) têm rendimentos bem superiores à média nacional (384), diferentemente das instituições de ensino públicas estaduais (374) e municipais (314), que estão abaixo da média Brasil.

    O desempenho médio da região Sul (401) é significativamente superior ao nacional. O índice das regiões Centro-Oeste (396) e Sudeste (392) são estatisticamente iguais ao nacional. Já o das regiões Norte (366) e Nordeste (363) são inferiores ao Brasil.

    Ciências – Em 2018, nenhum aluno conseguiu chegar ao topo da proficiência científica. 55% não atingiram o nível básico de proficiência em ciências. Outro dado apontado pelo estudo é que o Brasil (404) está três anos atrás da OCDE (489) em termos de escolarização.

    As escolas federais (491) e as particulares (495), considerada a margem de erro, apresentam índices superiores aos do Brasil em Ciências e estão na média dos países da OCDE. Os dois tipos de instituições de ensino também têm média bem acima das públicas estaduais (395) e municipais (330). 

    Em questão territorial, as regiões Sul (419), Centro-Oeste (415) e Sudeste (414) apresentam índices similares. Norte (384) e Nordeste (383) possuem os piores números.

    Fatores associados – Além dos números de proficiência nas três áreas temáticas, o Pisa 2018 também apresenta o contexto em que os jovens estão inseridos e qual o impacto disso nos resultados.

    Uma das situações levantadas é que quanto mais rico social, cultural e economicamente o estudante for, maiores são as oportunidades de acesso à educação e, com isso, tende a ter melhor desempenho escolar. Um em cada 10 estudantes pobres, na faixa etária de 15 anos, acreditam que não vão concluir o ensino superior. Já no caso dos mais ricos, a média é de 1 em cada 25.

    O bullying também é tema do relatório. Enquanto 23% dos estudantes dos países da OCDE declararam que já sofreram esse tipo de violência, no Brasil esse número chegou a 29%. Em relação à disciplina em sala de aula, os próprios alunos (41%) disseram que os professores levam bastante tempo até conseguirem manter a ordem na classe. Nos países membros da OCDE, o índice é de 26%.

    O levantamento mostrou ainda que o índice de estudantes brasileiros que faltaram às aulas pelo menos um dia nas últimas duas semanas antes da aplicação do Pisa foi de 50 pontos percentuais, enquanto os dos países da OCDE, atingiram 21 pontos percentuais. 

    Ações do MEC para mudar a realidade da educação brasileira

    Embora o estudo avalie os dados de 2018 e os compara com as edições anteriores do Pisa, a atual gestão do Ministério da Educação (MEC), em oito meses, já iniciou medidas que impactam diretamente na melhoria dos resultados ao longo dos próximos anos.

    Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares: 54 escolas municipais e estaduais passarão, a partir da volta às aulas de 2020, a ter um novo modelo de gestão, que será compartilhada por professores e militares aposentados. A proposta é melhorar a disciplina em sala de aula, evitando que o docente gaste tempo para começar a aplicar o conteúdo, reduzir a evasão escolar, enfrentar questões ligadas ao bullying e a todo tipo de violência, e, consequentemente, aumentar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Até 2023, serão 216 escolas nesse modelo.

    Ensino Médio em Tempo Integral: a iniciativa vai ampliar a carga horária do ensino médio de 4 para, no mínimo, 7 horas diárias. A ideia é tornar o aprendizado mais atrativo e focar nas áreas de interesse dos alunos, com o chamado itinerário formativo. Isso vai permitir o aumento da oferta de vagas em tempo integral e impactar na redução da evasão escolar e da repetência. 40 mil novas vagas serão criadas em 500 escolas e mais de 263 mil serão mantidas em mais de 1000 escolas.

    Ensino Fundamental em Tempo Integral: a ideia é levar o ensino em tempo integral para ensino fundamental II (6º ao 9º anos). O projeto-piloto contemplará 40 escolas em 2020.

    Novo Ensino Médio: Com carga horária ampliada de 4 para 5 horas diárias e com conteúdos adaptados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o MEC abriu mais 200 mil novas vagas e mais de 1,5 milhão de estudantes continuam a ser beneficiados pelo programa em mais de 3.500 escolas.

    Educação em Prática: programa que incentiva instituições do ensino superior a abrirem suas portas e ofertarem conteúdos, professores e espaços físicos, como laboratórios, para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio aliarem a educação à prática.

    Educação Conectada: o programa criado para levar internet aos estudantes e a comunidade local vai conectar 100% das escolas urbanas aptas a receber conexão. Outras 8 mil escolas em áreas rurais também serão beneficiadas com a web até o fim do ano. É uma ação importante para inserir os estudantes em uma nova realidade, com mais acesso à informação.


    03/12/2019 - Coletiva de Imprensa –  Pisa 2018  Fotos: Luis Fortes/MEC

  • Entre 2 e 30 de maio, cerca de 13 mil estudantes brasileiros foram avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em todo o Brasil. A avaliação comparada é a maior realizada apenas em computador de que o Brasil participa. As provas e questionários são aplicados em mais de 80 países, com o objetivo de produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Os resultados também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes nações. A divulgação dos dados será feita em 2019.

    O Pisa abrange as áreas de leitura, matemática e ciências e foi aplicado, este ano, nas próprias escolas dos estudantes selecionados, por uma instituição contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas avaliam a capacidade do jovem de 15 anos de buscar, selecionar, interpretar, integrar e analisar informações de uma ampla gama de textos, associados a situações que vão além da sala de aula.

    Como o foco do Pisa 2018 é leitura, essa área do conhecimento teve mais questões para avaliação. A proposta para esta área foi de analisar o conhecimento dos estudantes tendo como base a diversidade de um mundo globalizado, incluindo as habilidades de leitura necessárias, na atualidade, para crescimento individual, sucesso educacional, participação econômica e cidadania.

    Os estudantes também responderam questões sobre letramento financeiro. Em 2018, o Brasil participou pela segunda vez dessa avaliação. A intenção é medir o conhecimento e o entendimento de conceitos e riscos nesse contexto, bem como habilidades, motivação e confiança para aplicar esse conhecimento em decisões efetivas. A avaliação de letramento financeiro surgiu da demanda crescente dos países por compreender melhor como seus jovens estão sendo formados para lidar com situações que envolvam dinheiro e investimentos, frente a desafios como envelhecimento da população, redução da arrecadação ou apoio governamental e mudanças no mercado.

    Ainda foram coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores, diretores de escola e até os pais dos estudantes selecionados, que, pela primeira vez, também participaram.

    O Pisa foi aplicado a estudantes nascidos no ano de 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental, tanto da rede pública, quanto da rede privada. A amostra definida pelo Inep contemplou até 33 estudantes de cada uma das 661 escolas brasileiras selecionadas para participar da avaliação.

    Pisa – O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma avaliação comparada aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, essa coordenação cabe ao Inep.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

  • Entre 2 e 30 de maio, 18 mil alunos serão avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). O público-alvo são estudantes de 15 anos, nascidos no ano de 2002 e matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental. A amostra definida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contempla até 33 estudantes de cada uma das 661 escolas brasileiras, públicas e particulares, escolhidas. O Pisa será aplicado em mais de 80 países.

    A avaliação, totalmente feita em computador, abrange as áreas de leitura, matemática e ciências. O foco do Pisa 2018 é leitura, que terá maior número de questões. Os estudantes selecionados também responderão questões sobre letramento financeiro. Serão ainda coletadas informações contextuais por meio de questionários aplicados aos estudantes, professores e diretores de escola. Pela primeira vez, os pais dos estudantes selecionados também deverão responder a um questionário.

    A partir dos resultados, serão produzidos indicadores que contribuem para a discussão da qualidade da educação nos países participantes. Eles também permitem a comparação da atuação dos estudantes e do ambiente de aprendizagem entre diferentes países. A divulgação dos dados será em 2019.

    Pisa – O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, tradução de Programme for International Student Assessment, é uma iniciativa de avaliação comparada, aplicada de forma amostral a estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. O Pisa é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Há uma coordenação nacional em cada país participante. No Brasil, a coordenação do Pisa é do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O piso salarial do magistério deve ser reajustado em 22,22%, conforme determina o artigo 5º da Lei 11.738, de 16 de junho de 2008. O novo valor será de R$ 1.451,00. O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece o artigo 60, inciso III, alínea “e” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

    Conforme a legislação vigente, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. E eleva a remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.451,00.

    Assessoria de Comunicação Social



  • O piso salarial do magistério será reajustado para R$ 2.557,74, a partir de 1º de janeiro de 2019. O Ministério da Educação anunciou nesta quarta-feira, 9, o reajuste de 4,17%, conforme determinação do artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O valor corresponde ao vencimento inicial dos profissionais do magistério público da educação básica, com formação de nível médio, modalidade normal, jornada de 40 horas semanais.

    O piso salarial foi estabelecido pela Lei nº 11.738 em cumprimento ao que determina a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea “e”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Pelo dispositivo, o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica é atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir de 2009. No parágrafo único do artigo, é definido que essa atualização será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do Valor Anual Mínimo por Aluno (VAA) referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.

    Conforme a legislação vigente, a atualização reflete a variação ocorrida no VAA definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2018, em relação ao valor de 2017. Dessa forma, o cálculo é feito com a variação entre a Portaria Interministerial MEC/MF nº 6, de 26 de dezembro de 2018, com VAA de R$ 3.048,73, e a Portaria Interministerial MEC/MF nº 08, de 29 de novembro de 2017, com VAA de R$ 2.926,56. Com o cômputo, o MEC chegou à variação de 4,17%, que deve ser aplicada ao valor do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) do ano anterior, neste caso em 2018, de R$ 2.455,35.

    Professores terão reajuste em seu piso salarial de acordo com a determinação da lei (Foto: Arquivo MEC) A metodologia proposta é a de utilizar o percentual de crescimento do VAA, tendo como referência os dois exercícios imediatamente anteriores à data em que a atualização deve ocorrer. A Nota Técnica nº 36/2009, da Advocacia Geral da União, acompanhou esse entendimento.

    De acordo com o MEC, esse formato para correção do piso salarial é utilizado desde o ano de 2010. Como até o presente momento não houve alterações expressas na Lei, bem como na forma de cálculo, compreende-se que a metodologia para a constituição do percentual de variação do PSPN está mantida.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O piso salarial do magistério foi reajustado em 7,97% em janeiro de 2013, conforme determina o artigo 5º da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. O valor do piso em 2013 é de R$ 1.567,00.

    O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece a Constituição Federal, no artigo 60, inciso III, alínea e do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

    Conforme a legislação vigente, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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