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  • O projeto de edição do jornal escolar teve reflexo entre os estudantes, como a disposição para trabalhar em equipe, e ajudou a despertar os alunos para o exercício da cidadania (arte: ACS/MEC)A reunião de pauta, momento em que se decidem as notícias para a edição semanal do jornal da escola, ocorre nas tardes de quarta-feira, no período oposto ao das aulas. As crianças do quarto ano do ensino fundamental chegam animadas, com sugestões de matérias. Após o processo de definição dos assuntos que sairão no próximo número, os estudantes-repórteres fazem pesquisas na internet e entrevistas, fotografam outros alunos, professores, pais, gestores e funcionários da escola. Depois, sentam-se diante do computador para escrever as notícias.

    A ideia de criar um jornal escolar na Escola Municipal Aquilino da Mota Duarte, em Boa Vista, Roraima, foi da professora Anna Carolina de Oliveira Brito. Ela queria melhorar a qualidade de ensino por meio de práticas de leitura e produção textual. O projeto Jornalistas da Liberdade, iniciado em maio último, deu nova dinâmica aos 25 alunos da turma. “Até mesmo aqueles que geralmente não se envolviam com as atividades de sala de aula sentiram-se motivados a desenvolver o jornal”, diz a professora, que percebia a dificuldade das crianças com a escrita.

    Na função de editora-chefe do jornal, Anna Carolina, que leciona há sete anos na escola, explica as regras ortográficas e gramaticais para a correção dos erros cometidos pelos alunos e os ajuda a criar os títulos, de forma coerente com as notícias. Uma vez pronto o jornal, os alunos cuidam da distribuição de 335 exemplares nas salas de aula e na portaria da escola. Nos murais e nas portas das salas é afixada uma cópia em tamanho maior, para que todos possam ler.

    Os resultados, segundo a professora, foram percebidos em várias etapas do processo: no aprendizado de trabalhar em equipe; na criação de textos; no uso do dicionário para tirar as dúvidas com a língua portuguesa; na habilidade oral, com o exercício da argumentação na defesa de pautas, e no despertar dos alunos para o exercício da cidadania e de valores humanos. Dessa forma, as notícias também serviram para a discussão de problemáticas correlatas e recorrentes ao ambiente escolar, como o bullying e a violência.

    Reconhecimento — A amplitude pedagógica do projeto teve o reconhecimento do Ministério da Educação, na nona edição do Prêmio Professores do Brasil. “Essa premiação foi muito importante; percebo que vale a pena pagar o preço para oferecer uma educação diferenciada e com qualidade a nossos alunos”, diz Anna Carolina. “Nós, educadores, temos de acreditar nos projetos desenvolvidos em sala de aula, pois, cooperam no processo de ensino e aprendizagem.”

    A diretora Mônica Motta Felício, formada em pedagogia e gestora educacional, há dois anos na escola, diz que o sentimento é de motivação pela conquista do prêmio. A escola tem, no total, 368 alunos do ensino fundamental. “Saber que um projeto desenvolvido dentro do nosso espaço escolar obteve esse reconhecimento só nos traz a certeza de que, quando promovemos ações com objetivos direcionados, a melhoria com as práticas pedagógicas fica evidente nos resultados da aprendizagem”, afirma.

    Edição — A nona edição do Prêmio Professores do Brasil selecionou, este ano, 30 experiências pedagógicas desenvolvidas por professores das cinco regiões brasileiras. Os trabalhos foram destacados entre 11.812 inscritos, nas categorias creche; pré-escola; ciclo de alfabetização: primeiro, segundo e terceiro anos – anos iniciais do ensino fundamental; quarto e quinto anos – anos iniciais do ensino fundamental; sexto ao nono ano – anos finais do ensino fundamental; ensino médio. Cada um dos 30 professores recebeu prêmio de R$ 7 mil. Cada categoria teve um professor destacado para receber prêmio extra, no valor de R$ 5 mil.

    A partir de 2015, o Prêmio Professores do Brasil passou a integrar a iniciativa Educadores do Brasil, ao lado do Prêmio Gestão Escolar, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Assim, a entrega dos prêmios a professores e diretores de escolas foi realizada pela primeira vez, este ano, em conjunto.

    O Prêmio Gestão Escolar selecionou 22 escolas como destaques estaduais, com premiação de R$ 6 mil para cada uma. As cinco escolas indicadas como destaque regional receberam R$ 10 mil. O Colégio Estadual Professora Maria das Graças Menezes Moura, de Itabi, Sergipe, foi escolhido como escola referência Brasil, com premiação de R$ 30 mil.

    Os resultados dos prêmios estão na página da iniciativa Educadores do Brasil na internet.

    Rovênia Amorim

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  • Para Salman Khan, a tecnologia não substitui o professor, mas tem função complementar: “As experiências com a tecnologia permitem que os professores tenham mais tempo para atender a individualidade dos alunos” (foto: Letícia Verdi/MEC)Em seminário realizado na manhã desta quarta-feira, 16, no Ministério da Educação, o professor norte-americano Salman Khan disse ser necessário rever o funcionamento do sistema educacional. De acordo com Khan, o sistema tradicional de ensino baseia-se em reunir crianças da mesma idade e fazê-las aprender no mesmo ritmo. A mudança deve estar na forma de ensino.

    “Precisamos rever como o sistema educacional funciona”, disse. “As provas identificam o grau de domínio do estudante sobre um conteúdo, mas logo se passa para o próximo tópico, sem cobrir as lacunas deixadas no anterior.” O professor salienta que, dessa forma, chega um momento em que o estudante passa a não entender novos conteúdos.

    Fundador da Khan Academy, organização sem fins lucrativos com mais de 3,8 mil videoaulas gratuitas postadas na internet, Salman Khan foi recebido pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante e participou, no MEC, de seminário sobre educação digital. Para o professor, que tem três graduações pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e MBA (master of business administration) pela Harvard Business School, a tecnologia não assume papel de substituição de professor, mas uma função complementar na sala de aula. “Pode parecer paradoxal, mas as experiências com a tecnologia permitem que os professores tenham mais tempo para atender a individualidade dos alunos”, afirmou.

    Com mais de 6 milhões de acessos mensais, a Khan Academy oferece videoaulas de ciências como matemática, física, química e biologia, além de tópicos de humanidades, como história e história da arte, ciências da computação e economia. Os vídeos, traduzidos em dez idiomas, entre eles o português, estão disponíveis gratuitamente no Portal do Professor do Ministério da Educação.

    Mercadante defende a adoção da metodologia de Salman Khan pelas escolas públicas de tempo integral: “Podemos usar essa experiência no contraturno, permitindo o reforço pedagógico, o aprendizado individualizado, e avançar no processo de formação das crianças” (foto: João Neto/MEC)Tablets— De acordo com Mercadante, o conteúdo de matemática, física, química e biologia traduzido para o português será liberado a professores da rede pública por meio de tablets e, às escolas, nos laboratórios de informática. As aulas estão disponíveis na internet para os estudantes.

    Para o ministro, a metodologia apresentada por Khan pode ser assimilada pelas escolas em tempo integral do programa Mais Educação. “Podemos usar essa experiência no contraturno, permitindo o reforço pedagógico, o aprendizado individualizado, e avançar no processo de formação das crianças”, afirmou.

    Ouça o ministro Aloizio Mercadante sobre inclusão de conteúdo digital e tablets

    Diego Rocha
  • Para o professor Rogério Guerreiro, a educação física garante o bem-estar em todas as setapas da educação (Foto: Rogério Guerreiro/Divulgação) A troca das brincadeiras de rua pela tecnologia dos tablets e videogames prejudicou, em algumas crianças, o que o professor de educação física Rogério Guerreiro chama de letramento motor: aprender a correr, saltar, dar cambalhotas. “Esses costumes antigos têm tudo que eu quero ensinar: é cultura, socialização, convivência com culturas e educação diferentes”, afirma Guerreiro, professor da rede pública do Distrito Federal.

    Esta é uma das discussões em pauta no dia do profissional de educação física, comemorado no aniversário da regulamentação da profissão, que aconteceu em 1998. Para Guerreiro, 47 anos, que concentra esforços na educação infantil e na primeira etapa do ensino fundamental, o componente curricular é essencial tanto para a descoberta de novos atletas quanto para o bem-estar dos estudantes de todas as etapas da educação. 

    Rogério busca incentivar a diversão e o condicionamento físico na jovem infância. “Algumas dessas crianças nem sabem andar direito, não têm equilíbrio. Outras não conseguem pular em um pé só, jogar amarelinha, correr de lado. É preciso ensinar para as crianças que tem muita coisa fora do wi-fi”, comenta. Para ele, o importante não é ensinar o esporte para então jogar, o procedimento é o contrário. “Meus alunos não são atletas olímpicos, mas têm o direito de conhecer e aprender o vôlei, por exemplo”, aponta o professor.

    Para o professor, o ideal, na educação básica, é se divertir. “O esporte é o que você faz dele. Se eu fizer com que seja uma atividade de alto rendimento, pode funcionar. Se eu quiser fazer algo sobre real integração, em que todos brinquem sem se preocupar com quem ganha, é possível. As duas opções não são excludentes e podem se ajudar”, garante Rogério.

    Outro problema é a passagem para a adolescência, quando a atividade física deixa de ser atraente. “Tenho a impressão de que essa faixa etária não se interessa tanto. Isso é, em parte, relacionado com a estética, malhar para ficar em forma. Mas acho que também tem o entendimento de que a atividade física não é mais divertida, os meninos não querem voltar suados para a sala de aula”, lamenta o professor. “Falta uma proposta pedagógica coerente que mostre a importância da educação física como suporte para a qualidade de vida”, completa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O professor Menezes com os alunos: “O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo e já é realidade (foto: arquivo pessoal)Na zona rural de Parintins, Amazonas, o professor Valter Menezes desenvolve o projeto Água Limpa para os Curumins do Tracajá, que atende à comunidade ribeirinha. Menezes já conquistou o prêmio Educador Nota 10 pelo trabalho e está entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

    Nascido em uma família de 11 irmãos, com pai pescador e mãe agricultora, Menezes, ainda na infância, deixou a família na zona rural de Parintins, município de 112,7 mil habitantes, em busca de oportunidade de estudo. Os pais não eram alfabetizados e viviam de forma modesta, mas sempre deram valor à educação.

    “Meu pai dizia que a única herança que poderia deixar era a educação. Quem não quisesse seguir uma profissão, teria que seguir a dele, de pescador”, diz o professor. “O que eu via, o sofrimento dele ao chegar da pescaria, do seu trabalho, me comovia.”

    Menezes lembra que aos sete anos de idade foi estudar longe da comunidade rural. “Lá não tinha o ensino fundamental; a partir dali, então, comecei a buscar o ideal para mim: eu queria ser professor por achar, e continuo achando, que a profissão de educador é uma das mais belas que existe.”

    Assim começou a trajetória do professor, que leciona há 22 anos na Escola Municipal Luiz Gonzaga, na comunidade do Santo Antônio do Rio Tracajá, zona rural de Parintins. O município fica a 370 quilômetros de Manaus. Menezes foi diretor da escola por nove anos e em outros três atuou como coordenador pedagógico de dez outras. Hoje, dá aulas de ciências a 120 alunos dos quatro últimos anos do ensino fundamental. O trabalho vai além da escola e beneficia a comunidade ribeirinha.

    “Trabalhamos um projeto voltado para o meio ambiente e a questão da saúde”, afirma. Como professor de ciências, ele procurou dar resposta ao questionamento de um aluno, em uma aula sobre meio ambiente e água. O estudante queria saber porque as crianças e demais moradores da região sofriam com diarreia. “A partir desse questionamento, buscamos alternativa. Adotamos a prática pedagógica do espaço não formal para trabalhar a questão da água, que é um problema mundial.”

    Prêmio — O projeto que leva água limpa às famílias ribeirinhas, que não tinham acesso às redes de esgoto e de água potável, começou em 2014. No ano passado, Menezes foi reconhecido nacionalmente pelo empenho e ganhou o prêmio Educador Nota 10, oferecido por uma parceria de fundações voltadas para a área educacional. Em dezembro último, ficou entre os 50 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

    O trabalho, coordenado pelo professor, com o apoio de estudantes do nono ano, consiste na construção de fossas biológicas para evitar o despejo de dejetos no rio. O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo. “É um projeto, não um experimento, e já é realidade; o povo está vivendo isso aqui”, diz Menezes. “São 70 famílias beneficiadas com o projeto das fossas biológicas, abertas para impedir a contaminação do lençol freático da nossa comunidade, de onde o povo tira a água para o consumo.”

    De acordo com o professor, 180 famílias que não contam com água encanada receberam o filtro bioativo. “Todas as dez comunidades da região do polo Tracajá foram beneficiadas com o projeto, e os alunos, de modo geral, estiveram envolvidos, assim como os professores. Foi um projeto inovador, e todos participaram.”

    Construção — Segundo Menezes, as fossas biológicas podem ser usadas por até 30 ou 50 anos. Cavadas na terra, eles são revestidas de tijolos e reboco para evitar a infiltração no lençol freático. “Fazemos um corredor, que chamamos de pirâmide; essa pirâmide recebe todo o dejeto humano”, explica. “Esse corredor é coberto com bueiros; em seguida, são jogadas três camadas de cacos de pedra, e o corredor é preenchido com seixo ou brita acima da pirâmide e, por fim, com terra queimada e esterco de animal. No local, é plantado um pé de bananeira.”

    A fossa, vista de cima, parece um canteiro. A raiz da bananeira absorve o líquido — podem ser usadas outras plantas, como a taioba ou tajá.

    Além das fossas, a comunidade usa os filtros bioativos, preparados em recipientes de plástico ou vidro. Para funcionar, basta inserir camadas de brita ou seixo, areia grossa e fina. Ao passar pelas camadas, a água sai filtrada.

    Bem-estar — Segundo o professor, com o projeto, os alunos se tornaram cidadãos mais conscientes e capazes de resolver problemas, especialmente na área ambiental. Mas ele garante que o maior impacto é o bem-estar da comunidade. “Não vemos mais surtos de diarreia, as crianças mostram aparência de uma vida mais tranquila e de bem-estar social, nossa comunidade não sente mais odor de banheiro nas ruas”, destaca Menezes. Hoje, nosso povo é mais consciente na questão da união para lutar pelo que é melhor para a comunidade.”

    Em março, o professor Valter Menezes vai a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a cerimônia de premiação do Global Teacher Prize.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Começa na segunda-feira, 20, a adesão dos professores ao Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, que este ano vai oferecer formação continuada a educadores de todas as disciplinas. A expectativa do Ministério da Educação é ter a adesão dos 495,6 mil docentes do ensino médio que trabalham em 20 mil escolas públicas do país.

    A adesão dos professores será feita no SisMedio, sistema informatizado de cadastro desenvolvido para atender ao público do pacto. A coordenadora-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Sandra Regina de Oliveira Garcia, afirma que o SisMedio será aberto na segunda-feira, 20. Segundo ela, o professor que aderir à formação será cadastrado pelo diretor da escola.

    Cada educador receberá bolsa mensal de R$ 200 para fazer a formação, que será presencial e desenvolvida na própria escola. Para participar, o docente deve atuar em sala de aula e estar registrado no Censo Escolar de 2013.

    Este ano, segundo Sandra Garcia, os professores cursarão dois módulos do pacto. O primeiro trata da formação comum a todos, organizada nos núcleos:

    • Sujeitos do ensino médio

    • Ensino médio

    • Currículo

    • Organização e gestão do trabalho pedagógico

    • Avaliação e áreas de conhecimento

    • Integração curricular

    No segundo módulo serão abordados conteúdos das áreas do conhecimento, como ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática.

    Os conteúdos, desenvolvidos por universidades públicas, serão inseridos nos tablets enviados no ano passado pelo MEC às secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal. Cada secretaria assumiu a responsabilidade de distribuir os tablets aos professores da rede. De acordo com Sandra Garcia, os professores vão destinar seis horas semanais à formação continuada. Serão três horas são de aulas coletivas e três de estudos individuais.

    Estados — Para que os professores façam a formação do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio é necessária a adesão das secretarias estaduais de Educação dos estados e do Distrito Federal. Até terça-feira, 14, formalizaram a adesão 22 unidades federativas. A expectativa do MEC, segundo Sandra, é que todas façam a adesão até o fim do mês para possibilitar a participação dos educadores.

    A execução do pacto compreende trabalho conjunto. Estão envolvidos o Ministério da Educação, que propôs a ação e vai assegurar as bolsas de estudos e as pesquisas; as secretarias de Educação, responsáveis pelo ensino médio no país, e universidades públicas federais e estaduais. A participação das universidades depende de adesão. Hoje, segundo Sandra Garcia, 80 instituições manifestaram interesse em participar.

    Bolsas — Os educadores das instituições de educação superior e das secretarias de Educação e os professores cursistas que fazem parte do pacto receberão bolsas mensais durante todo o período de formação. As bolsas, garantidas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), estão divididas em tipos, conforme as atribuições dos educadores:

    • R$ 2 mil para o coordenador-geral da instituição de educação superior

    • R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto da instituição de educação superior

    • R$ 1,2 mil para o supervisor

    • R$ 1,1 mil para o formador da instituição de educação superior

    • R$ 1,1 mil para o professor formador regional do pacto nos estados e no Distrito Federal

    • R$ 765 para o orientador de estudo

    • R$ 200 para o professor cursista e para o coordenador pedagógico.

    O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio foi instituído pela Portaria nº 1.140/2013, publicada no Diário Oficial da União de 9 de dezembro de 2013. Os critérios e normas sobre o pagamento de bolsas de estudos e pesquisa no âmbito do pacto constam da Resolução nº 51/2013, publicada no Diário Oficial da União de 16 de dezembro de 2013.

    Ionice Lorenzoni

  • Despertar o interesse de jovens estudantes para a arte, o senso crítico e a criatividade é a missão de Octávio Rold, artista plástico e professor de uma escola pública do Distrito Federal. O trabalho paralelo acabou levando o docente a expor suas aquarelas em um dos mais importantes museus do mundo, o Louvre, em Paris. O pintor é o convidado da edição desta quinta-feira, 6, do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido pela NBR.

    Octávio conseguiu levar suas obras a um dos mais cobiçados espaços do planeta por pura insistência. “Esse convite aconteceu após uma tremenda cara de pau mesmo”, conta Rold. “Fiquei sabendo que existia o Carrossel do Louvre, um espaço para arte contemporânea profissional dentro do museu. Entrei em contato com a comissão curadora e falei sobre meu trabalho, minha trajetória artística, contando sobre essa minha ‘dupla personalidade’, a de professor e artista. Eles acabaram apreciando meu trabalho e me convidaram em dezembro de 2017 a fazer uma exposição em outubro de 2018”, conta Rold.

    O brasiliense descreve a experiência no Velho Continente como inesquecível. “Foi uma sensação mágica. É o sonho de qualquer pintor. Conhecer Paris é uma coisa incrível, a cidade tem uma estética maravilhosa, e saber que eu estava indo lá para expor no maior museu de arte do mundo, dividindo o espaço físico com a Monalisa, por exemplo é... Não tenho palavras.”

    Os famosos monumentos de Brasília inspiraram vários trabalhos de Octávio. “Sou brasiliense. Brasília sempre me inspirou, tem uma arquitetura muito singular e gosto de representá-la no meu trabalho. Gosto de brincar com a questão da releitura. Eu geralmente pego o monumento e retiro o contexto dele. O Museu Nacional, por exemplo, coloquei no meio de uma floresta. É um novo olhar sobre esses monumentos”, explica.

    Inspirador – O professor leva muito a sério a importância das artes dentro das escolas e faz questão de despertar a criatividade dos alunos. “Acho fundamental trazer arte para dentro da sala de aula, até porque é uma maneira de se expressar. Fortalecendo o aluno por meio da arte, você talvez consiga mudar a vida, o destino desse aluno.”

    Segundo Octávio, cada aluno consegue se expressar de uma maneira diferente, o que acaba criando vários tipos de dinâmica em sala. “A intenção é colocar os alunos para pôr a mão na massa. Um exemplo é o action paint, que é uma técnica que não exige saber pintar, desenhar ou usar pincel. Você só precisa da intenção, da tinta e da tela. A turma é dividida entre aqueles que vão escolher o nome, os que vão escolher as cores, os que vão escolher os sentimentos e os que vão se sujar (a técnica não usa pincéis). Eles se sujam e, a partir do tema, de tudo o que foi construído em sala de aula, eles projetam na tela.”

    Assim como Octávio se inspirou na época da escola para construir seu futuro, ele acredita que pode fazer o mesmo atualmente, como professor. “A escola é como uma janela. Foi através da escola que hoje sou professor e artista e foi por meio da escola que tive contato com os movimentos artísticos. A arte é um mecanismo interessante para entrar na cabeça do aluno e fazê-lo refletir sobre várias questões. Percebo em vários alunos a tendência de se expressar mais que os outros e sinto que sou uma referência para eles. É legal poder incentivar esses alunos porque talvez eles tenham potencial”, destaca Rold.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Professores do ensino médio já podem pesquisar os livros que vão escolher para uso nas escolas da rede pública a partir do próximo ano. O Guia de Livros Didáticos 2015, que contém resenhas e informações de cada uma das obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), está disponível no portal eletrônico do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    O período para a escolha dos livros didáticos será de 22 de agosto a 1º de setembro, no sistema eletrônico do FNDE. Desta vez, serão selecionadas obras destinadas a alunos e professores do ensino médio de todas as disciplinas: português, matemática, história, geografia, física, química, biologia, filosofia, sociologia, língua estrangeira (inglês e espanhol) e arte.

    Com o guia em mãos, professores, diretores e coordenadores pedagógicos podem conhecer melhor os livros e selecionar os mais adequados ao método de ensino de cada escola. Depois disso, basta entrar no sistema do FNDE e oficializar a escolha.

    Devem ser selecionadas duas opções de cada componente curricular, de editoras diferentes. Caso não seja possível a aquisição dos livros da editora da primeira opção, o FNDE comprará as obras da segunda opção. Para facilitar ainda mais a escolha, o FNDE oferece em seu portal uma série de documentos de apoio, como Orientações para a escolha, Compromissos da escola e Normas de conduta.

    Compra – Após trabalhar os dados sobre os pedidos feitos por escolas públicas de todo o país, o FNDE negocia a aquisição das obras com as editoras e, em função da escala da compra, consegue preços bem abaixo dos praticados no mercado. A previsão é de comprar cerca de 90 milhões de exemplares em benefício de 7 milhões de alunos do ensino médio. Também haverá aquisição de livros do ensino fundamental para reposição e complementação.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

    Acesse o Guia de Livros Didáticos 2015 e os documentos de apoio



  • Os professores candidatos à formação inicial e continuada devem fazer a inscrição na Plataforma Freire, no curso adequado a sua formação (arte: ACS/MEC)Está aberto até 5 de maio próximo o prazo de inscrições na Rede Universidade do Professor, programa do Ministério da Educação que vai sistematizar a oferta de formação inicial e continuada dos professores da rede pública da educação básica. Com a rede, o MEC oferece vagas de formação inicial a professores efetivos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio que ainda não têm formação nas disciplinas que lecionam.

    As vagas são gratuitas, e os cursos serão ministrados por instituições públicas ou comunitárias de educação superior.

    A inscrição pode ser feita por:

    • Professores sem nível superior, em busca da primeira licenciatura.
    • Professores licenciados, mas que atuam fora da área de formação, em busca da segunda licenciatura.
    • Professores graduados não licenciados, em busca da formação pedagógica.

    Estarão disponíveis vagas em cursos de licenciatura nas áreas de matemática, química, física, biologia, letras–português, ciências, história e geografia.

    Os cursos da Universidade do Professor estarão disponíveis a partir do segundo semestre deste ano, com a oferta de 105 mil vagas para a primeira licenciatura, na modalidade a distância, no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Na modalidade presencial regular, estarão disponíveis vagas remanescentes das instituições federais de educação superior ofertadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

    Para 2017, serão ofertadas vagas em cursos de primeira e segunda licenciaturas e de complementação pedagógica do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), presenciais, e do sistema UAB, a distância.

    As inscrições devem ser feitas na Plataforma Freire, no curso adequado à formação do candidato.

    Assessoria de Comunicação Social

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    Universidade do Professor oferecerá 105 mil vagas para que docentes completem formação

    Ouça:

  • Professores da educação básica já podem fazer a pré-inscrição na Plataforma Freire (Foto: João Bittar)O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira, 30, que os professores da educação básica, que não têm licenciatura, já podem escolher um curso e fazer a pré-inscrição na Plataforma Freire. São mais de 300 mil vagas para o período de 2009 a 2011. Só para o segundo semestre deste ano são 54 mil vagas em instituições públicas de ensino superior federais, estaduais e comunitárias.

    Veja aqui a reportagem.

    De acordo com o ministro, a Plataforma Freire concretiza o acesso do professor à universidade, conforme prevê o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, lançado em 28 de maio. “São vagas carimbadas para os professores em serviço”, explica.

    Para atender aos pedidos das secretarias estaduais e municipais de educação, que somam 331,4 mil vagas, o MEC organizou o ingresso nos cursos distribuídos entre 2009 e 2011. O investimento, segundo Haddad, será de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 250 milhões em 2009.

    Além da participação do governo federal e das instituições públicas de ensino superior, federais e estaduais, e de institutos federais na formação dos professores, o ministro diz que estados e municípios também devem fazer um esforço para que seus docentes aproveitem a oportunidade de qualificação. Esse esforço, explica, pode ser no apoio ao transporte e alimentação quando o curso não for na cidade onde o professor reside e trabalha, na liberação de algumas aulas e até solicitando bolsas à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    Parceria – Com foco no professor da educação básica que não tem a formação prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o plano será executado num sistema de parceria, sob a coordenação da Capes. O ritual da formação começa quando o professor entra na Plataforma Freire, cadastra seu currículo (e o mantém atualizado), escolhe e se inscreve em um curso e faz mais duas opções. Os passos seguintes são da secretaria estadual ou municipal de educação a que o professor pertence: ela analisa e valida a inscrição, autoriza a participação do professor no curso e comunica à universidade parceira; a universidade pública ou um instituto federal que recebe o pedido da secretaria matricula o professor no curso, faz a sua formação e o certifica.

    Ionice Lorenzoni

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  • Professores da educação básica, em efetivo exercício do magistério nas redes públicas, que cursaram ou estejam cursando uma licenciatura com empréstimo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), já podem solicitar o abatimento mensal, de 1%, do saldo devedor. Para quitar o financiamento com trabalho, o educador deve comprovar que leciona pelo menos 20 horas semanais em escola pública.

    O abatimento, para professores, das mensalidades pagas com recursos do Fies está regulamentado em portaria normativa, publicada no Diário Oficial da União, desta quinta-feira, 3. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o benefício pode ser usado pelo professor que faz a primeira ou a segunda licenciatura, desde que não tenha usado o financiamento em cursos de graduação anteriores.

    Para requerer o benefício, o docente ou estudante deve formalizar o pedido no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC que opera o financiamento estudantil. De acordo com a portaria normativa, o FNDE deve dispor no seu portal de um sistema específico para ser preenchido pelo solicitante. Também será responsabilidade do FNDE notificar o agente financeiro escolhido pelo aluno sobre a suspensão da cobrança do empréstimo.

    Na avaliação de Haddad, a regulamentação do abatimento das prestações do Fies para os estudantes de licenciatura deve dar um novo gás aos jovens que buscam formação superior decididos a ingressar na carreira do magistério público. Para uma licenciatura de quatro anos, por exemplo, o educador vai quitar o empréstimo com oito anos e quatro meses de trabalho em uma rede pública.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a Portaria Normativa nº 4, de 2 de março de 2011.

  • Belo Horizonte, 24/9/2015 — “A consulta pública nos ajudará a compor o melhor entendimento possível para a construção do documento final da Base Nacional Comum Curricular”. A afirmação é da professora Isabel Frade, diretora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ao participar do Seminário Nacional sobre a Base Nacional Comum Curricular, em Belo Horizonte.

    De acordo com Isabel, a base faz parte de uma estratégia de buscar a equidade na educação para todas as crianças. “É importante ressaltar que o texto preliminar da base foi construído de modo a garantir conquistas sociais, a considerar resultados de pesquisa e a partir de vários textos”, disse.

    Para os participantes, o seminário, que será encerrado nesta sexta-feira, 25, faz parte de um momento histórico da educação brasileira e marca o início do diálogo com toda a sociedade sobre a Base Nacional Comum.

    Na abertura do encontro, na quinta-feira, 24, a vice-reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, falou da importância de a universidade sediar evento tão relevante para a educação básica brasileira. “A universidade, principalmente a universidade pública não pode se furtar a esse diálogo”, afirmou.

    O diretor de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Ítalo Dutra, destacou que nesse momento tem início profundo debate sobre a Base Nacional Comum Curricular. “Não será uma discussão simples nem tranquila”, disse. “Agora é o momento de pensar as discussões de caráter mais amplo e contribuir para a construção de um entendimento possível.”

    O seminário, segundo o professor, foi promovido para permitir o diálogo entre diferentes opiniões. “Precisamos ouvir e falar sobre os nossos pontos de vista”, salientou. “É um momento para que cada grupo de especialistas explicite o que levou em consideração para fazer as escolhas que estão na base.”

    Ao longo do primeiro dia de debates, assessores, especialistas e professores da rede pública reuniram-se com os representantes dos estados e demais convidados para debate com integrantes da comissão responsável pela elaboração do documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular. As reuniões foram divididas pelas etapas da educação básica: educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

    Discussão — O seminário foi realizado uma semana após o lançamento da proposta para discussão da base. O texto preliminar da Base Nacional Comum foi apresentado no dia 16 último, em evento que contou com a presença do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, em Brasília. É um documento a ser discutido por todos. Para avaliá-lo e enviar sugestões basta ao interessado fazer o cadastramento pela internet, na página da Base Nacional Comum Curricular, e seguir as orientações do sistema.

    De acordo com o cronograma da consulta pública, o texto final deve ser enviado ao Conselho Nacional de Educação (CNE) entre março e abril de 2016. A partir desta sexta-feira, 25, estará aberto o sistema de contribuições. Toda a sociedade brasileira está convidada a participar desse importante processo.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da SEB

  • Gina Vieira é uma professora dedicada, apaixonada pelo que faz. Escolheu a profissão, como ela mesma diz, por acreditar que “a educação é uma ferramenta poderosa para transformação social”. Uniu o dom de educar à capacidade de transformar e criou o projeto Mulheres Inspiradoras, buscando a valorização da figura da mulher.

    A ideia nasceu depois de Gina assistir um vídeo postado por uma de suas alunas em uma rede social. Nas imagens, a jovem, de 13 anos, se apresentava dançando. “A música que era executada tinha um apelo erótico e depreciativo à figura da mulher; a roupa que a menina usava e a coreografia que ela fazia, tudo isso deu ao vídeo um teor que me incomodou”, explica a professora.

    Gina entendeu que a menina pretendia com aquela publicação se sentir valorizada, e aí se deu conta de que “a nossa cultura sempre representa a mulher como um objeto sexual, de satisfação, a partir de um determinado padrão de beleza”. “Se essa menina estava se inspirando nesses referenciais femininos, um caminho possível seria trazer outros referenciais”, diz.

    Foi então que surgiu o projeto, para mudar a visão dos jovens sobre o papel da mulher na sociedade. “Daí vem o nome Mulheres Inspiradoras, que teve como premissa essencial apresentar para os jovens outras representações do que significa ser mulher.”

    Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Gina Vieira é licenciada em letras e possui especialização em educação a distância e em desenvolvimento humano, educação e inclusão escolar. Atualmente, dá aulas no Centro de Ensino Fundamental nº 12 de Ceilândia, região administrativa de Brasília, onde implementou o projeto Mulheres Inspiradoras.

    Projeto – Inicialmente, a professora buscou trabalhar o protagonismo dos estudantes. “Eu optei por metodologias que me ajudassem a colocá-los no centro do processo e que os estimulasse a uma participação mais ativa.” Nesse contexto, Gina propôs aos alunos a leitura de seis obras de autoria feminina, incluindo autoras com idade similar à deles, como Anne Frank e Malala Yousafzai.

    Em seguida, foi sugerido aos alunos estudar a biografia de dez grandes mulheres bem diferentes uma das outras. “Coloquei mulheres idosas, jovens, negras, brancas, com pouca escolaridade, com muita escolaridade”, afirma Gina. A intenção era fazer com que os jovens compreendessem que, independente de onde a mulher esteja, ela pode ocupar um papel e exercer funções que causem impacto positivo na sua comunidade.

    Outra etapa do projeto consistiu em levar os alunos a conhecer mulheres inspiradoras da comunidade onde moram. Na fase final, eles foram convidados a escolher a mulher inspiradora de suas vidas. “A gente queria que eles compreendessem também um pouco mais a respeito da própria história.” A maioria dos jovens, garante a professora, escolheu a mãe, a avó ou a bisavó para entrevistar.

    Resultados – O primeiro ganho que Gina percebeu foi a ampliação do repertório de leitura dos alunos. “A gente criou momentos de leitura em sala de aula e os alunos se envolveram muito”, celebra a professora. “Foram momentos muito ricos de aprendizagem, de reflexão e de discussão.”

    Outro ponto importante foi a priorização da escrita autoral. “Mas, para além dos saberes acadêmicos, houve também mudanças do ponto de vista do comportamento desses alunos.” Gina explica. “Alguns alunos me confessaram: ‘professora, eu não sabia, mas eu era machista, porque eu acreditava que a mulher não podia fazer algumas coisas, e quando a gente estudou a biografia das mulheres que a senhora trouxe, eu fiquei impressionado com as coisas fantásticas que as mulheres fizeram’.”

    Mas os ganhos não param por aí. “Outro ponto com o qual eu não contava foi a questão do quanto o projeto colaborou para o fortalecimento dos vínculos familiares.” Gina lembra, emocionada, quando uma mãe lhe disse que era muito grata à escola pelo projeto. “Ela disse que o momento em que o filho dela a entrevistou e se declarou inspirado pela pessoa que ela era fez com que os vínculos entre os dois fossem ainda mais fortalecidos.”

    Os textos produzidos pelos alunos após as entrevistas foram reunidos e publicados em um livro, que leva o mesmo nome do projeto. O objetivo, explica Gina, é contribuir para o debate sobre a necessidade da desconstrução do machismo, dando visibilidade para essas grandes mulheres que muitas vezes ficam esquecidas.

    O projeto Mulheres Inspiradoras deu tão certo que conquistou diversos prêmios. O primeiro deles, em 2014, foi o 4º Prêmio Nacional de Educação e Direitos Humanos, apoiado pelo Ministério da Educação. Em seguida veio a conquista do 8º Prêmio Professores do Brasil e do 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. O projeto também foi o vencedor do 1º Prêmio Ibero-Americano.

    No total, o Mulheres Inspiradoras já levou para o Centro de Ensino Fundamental nº 12, de Ceilândia, mais de R$ 100 mil em prêmios. O objetivo, agora, é ampliar o projeto. A professora Gina, junto com a instituição educacional, está selecionando 30 professores, de 15 escolas do Distrito Federal, que queiram difundir a proposta.

    Programa – Gina Vieira é a entrevistada da semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. A entrevista é veiculada sempre às quintas-feiras, a partir das 9h10, e reprisada no mesmo dia, às 16h10. A veiculação se repete às sextas, às 8h e às 19h; no sábado, às 20h; e no domingo, às 13h30.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • A prática de enviar cartas pelos Correios é cada dia menos usual, mas foi por meio dela que a professora Vergiane Fornari Crepaldi, de Palmas, no Tocantins, descobriu como melhorar o desempenho dos seus alunos em sala de aula. O projeto é o tema desta semana do Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    A ideia de fazer com que os jovens, estudantes do terceiro ano do fundamental da Escola Municipal Henrique Talone, recebessem e respondessem cartas escritas a mão ajudou não só o português, mas também outras disciplinas do currículo escolar, como explica Vergiane, criadora do projeto Trocando Cartas.

    “Pensei em mandar uma carta surpresa, pedi o endereço dos alunos e eles trouxeram. Aí eu fiz a carta e encaminhei pelos Correios. Na primeira semana já começaram a chegar e eles vinham correndo me contar: ‘Professora, chegou uma carta na minha casa, era a sua carta’”, lembra Vergiane.

    As crianças, com idade entre 8 e 9 anos, acostumadas ao imediatismo das mensagens instantâneas via celular e redes sociais, descobriram outro meio de comunicação e a empolgação tomou conta. “Eles amaram. E cada um que chegava queria me contar uma história diferente de como tinha recebido. Foi muito legal. Uma delas falou sobre ‘aquele moço que passa de bicicleta na casa da gente e que está escrito Correios’. Muitos deles não sabiam como funcionava”, diz a professora.

    O projeto fez com que os alunos começassem a questionar mais sobre o meio de comunicação, como o objetivo do selo e o que acontece caso o destinatário não receba a correspondência. Isso fez a professora ir além das atividades da disciplina de português, como redação, interpretação de texto e escrita. Era o momento oportuno para abordar também outras disciplinas do currículo escolar.

    A matemática, segundo Vergiane, também foi bem inserida no projeto. “Se você colocou 17 no endereço para mim e o número da sua casa é 77, é um número muito diferente, então o valor do número tem importância, a carta não chega na casa. E assim é a continha de matemática na prova, a continha no supermercado. O valor do número interessa. A escrita do endereço correto interessa. Como funciona a logística dos Correios para chegar a carta? Como era antigamente? Quanto tempo demorava? Aí vem todo o fator histórico também”, conta.

    A professora já recebeu algumas respostas por carta e ressalta a importância de levar novidades para a sala de aula. “Eu já recebi de retorno. Estão conseguindo estruturar, datando, colocando a saudação, o assunto, despedida, tudo perfeito! Se ele tem o interesse pela carta, então a gente vai utilizar essa carta em várias situações em sala de aula que ajudem ele”, diz Vergiane. “Eles se sentem valorizados, se sentem importantes. A maioria deles nunca tinha recebido uma carta. E assim eles se sentem importantes, valorizados e estão com vontade de escrever. O que a gente precisa é incentivar a criança a escrever.”

    Assessoria de Comunicação Social

     


  • (Arte: ACS/MEC)A professora Hecionéia Rocha Bassetto, conhecida como Néia, 55 anos, leciona há 24 e se dedica aos estudantes do quarto ano do ensino fundamental da Escola Estadual José dos Santos, em Aspásia (1,8 mil habitantes), São Paulo. Ela conta a história de uma professora que gostava de contar histórias. De todo o tipo. Essa professora morava em uma cidade pequena, chamada Aspásia. Sempre que podia, ela inventava algum projeto para transportar os alunos ao mundo mágico da leitura e da escrita.

    Portanto, é uma história real. Com a turma, ela escreveu um livro de fábulas. Mas, até chegar à obra final, ela teve de fazer muita pesquisa e precisou de muito trabalho com as crianças. Por meio de pequenas histórias, que trazem lições de vida, brincam com personagens animados, mas com características humanas, a professora ensinou novas palavras e despertou a curiosidade para a escrita e para a leitura. “Eu falo assim: ‘Vamos buscar no texto tal palavra. Por que será que o autor a usou?’. A gente faz também o levantamento dos recursos linguísticos que o autor usou para deixar o texto mais bonito, os marcadores temporais e a descrição dos personagens”, descreve Hecionéia. “Tudo isso eu vou escolhendo com eles e anotando num cartaz para que eles, durante a escrita, possam se valer, também, do vocabulário que o autor usou.”

    Para a professora, a motivação é a chave para que o aluno esteja atento e interessado em novos aprendizados. Ele precisa enxergar um sentido em tudo o que faz. “Para o aluno produzir texto de qualidade, ele precisa saber por que vai escrever o texto, quem vai ler, onde ele vai circular, qual o gênero, a estrutura do texto”, diz. E também por que desenvolver e escrever fábulas, montar um livro e saber se ele será doado a uma biblioteca.

    Ao concluir o projeto, Hecionéia percebeu que seu método de ensino deu certo e que os objetivos de aprendizagem para aquele ano foram alcançados. “Isso porque contemplou as reais necessidades da turma, que eram as de desenvolver as habilidades de leitura, escrita e revisão textual”, afirma.

    Para a professora, pensar, planejar essas atividades e colocar tudo em prática faz parte da sua vida. Ela se diz apaixonada pela alfabetização, pela educação. “Eu amo o que eu faço. Tenho muito zelo, muito carinho para com a aprendizagem dos alunos”, afirma. “Procuro atividades que valorizem a aprendizagem. Quando eles se envolvem com atividades significativas, com propostas definidas, a aprendizagem acontece, e aí, é claro, a escola cumpre o papel, que é o de zelar pela aprendizagem de todos os alunos.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • A realidade da Escola-Classe 18, de Taguatinga, inspirou os personagens representados pelas professoras Maria Célia e Raquel (Foto: Amanda Dominici)Há dez anos, Racumim e sua mãe, Racutia, fazem a alegria dos estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental e colaboram para estimular o interesse pela leitura dos alunos da Escola-Classe 18, em Taguatinga, Distrito Federal. Eles são personagens criados pelas professoras Maria Célia Madureira Silva e Raquel Gonçalves Ferreira, em 1999, no projeto Reinventando a Biblioteca.


    As duas professoras criaram dez histórias, baseadas nas necessidades da escola. Caracterizadas, elas encenam as aventuras dos ratinhos em um antigo banheiro, transformado em sala de leitura. Como o retorno foi positivo, o que deveria ser temporário tornou-se permanente. “Foi mágico. Contagiou toda a escola”, diz Raquel. Elas ainda encontram tempo para apresentações em outras escolas e em feiras de livros. No momento, ministram curso para 70 professores promovido pela Secretaria de Educação do Distrito Federal.


    As aventuras dos ratinhos deram origem a três livros. Dois já foram lançados: O Rato Adormecido e Deu Rato na Biblioteca. O terceiro, Os Amores de Racutia, será lançado na Feira do Livro deste ano, em Brasília. Elas pretendem lançar toda a coleção de histórias para que o trabalho seja usado por outras pessoas — faltam apenas dois meses para a aposentadoria de Maria Célia, e Raquel já tem 25 anos de magistério.


    Além do Reinventando a Biblioteca, elas têm muitos outros projetos. O Concurso de Literatura, por exemplo, dá prêmios em dinheiro às melhores obras criadas pelos estudantes. Já o Recreio Artístico foi concebido para permitir que os alunos mostrem habilidades, como dança, teatro, poesia e lutas marciais.


    A biblioteca tem um cronograma para o atendimento às turmas. Às quintas-feiras, os estudantes podem escolher o livro que bem entenderem. “Nesse dia, 80% dos alunos vêm à biblioteca”, diz Raquel. Outra criação das professoras é a carteirinha de sócio da biblioteca. Os alunos podem pegar obras tanto para eles quanto para pais ou irmãos. Ou seja, atuam na captação de leitores. Como a biblioteca recebe doações, o acervo triplicou. Chega, atualmente, a mais de 30 mil volumes.

    Fátima Schenini


    Saiba mais sobre incentivo à leitura no Jornal do Professor

  • Professores e funcionários de escolas públicas e privadas, de ensino infantil e básico, terão que aprender noções básicas de primeiros socorros. É o que determina a lei 13.722, denominada Lei Lucas, sancionada em outubro de 2018. Com prazo de 180 dias para começar a vigorar, a lei foi criada em homenagem a Lucas Begalli Zamora, de 10 anos, que morreu em setembro de 2017, depois de engasgar com um pedaço de cachorro-quente durante um passeio escolar, em Campinas (SP). Na ocasião não havia ninguém preparado por perto para socorrê-lo e assim evitar a tragédia.

    Moedas, tampas de caneta, peças pequenas de brinquedos e outros objetos, ou mesmo alimentos, podem causar engasgo ou sufocação em crianças pequenas, sendo uma das principais causas de morte acidental de bebês de até um ano de idade, segundo o Ministério da Saúde.

    De acordo com a lei, os cursos de primeiros socorros serão ministrados por entidades municipais ou estaduais especializadas em práticas de auxílio imediato e emergencial à população, no caso dos estabelecimentos públicos, e por profissionais habilitados, no caso dos estabelecimentos privados, e têm por objetivo capacitar os professores e funcionários para identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência médicas, até que o suporte médico especializado, local ou remoto, se torne possível.

    O médico Erick Freitas Curi, presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologistas (SBA) e idealizador do Salve uma Vida, projeto de extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), comemora a entrada em vigor da medida. “Ela é importante exatamente porque se esses acidentes, seja a parada cardíaca, seja a obstrução, acontecem na presença de alguém que sabe fazer as manobras, dobra a chance de sobrevida dessa pessoa”, afirmou.

    O médico explicou que, no caso da parada cardíaca, para cada minuto que a pessoa fica sem a massagem cardíaca, diminui em 10% a chance de sobrevida. “Depois de 10 minutos em parada cardíaca, sem socorro, as chances de sobrevivência dessa pessoa são mínimas. E caso ela sobreviva, provavelmente vai ter sequelas neurológicas muito graves”, explicou o médico. “Então, o tempo é determinante. No caso do engasgo em si, com um pedaço de carne ou uma bala, qualquer tipo de alimento ou objeto, se aquele atendimento não for efetivo nos primeiros cinco a 10 minutos, muito provavelmente essa pessoa vai evoluir inevitavelmente para uma parada cardíaca”, continuou.

    Segundo Erick Curi, a SBA iniciou há 10 anos o projeto Salve uma Vida, com treinamento de voluntários que queriam aprender os primeiros socorros. “Nós levamos isso para dentro da Universidade Federal do Espírito Santo. Transformamos o projeto Salve uma Vida num projeto de extensão da universidade e, desde a implementação, no âmbito da universidade, nós já treinamos mais de mil pessoas. Isso tudo de maneira voluntária, gratuita”, completou.

    “A lei, do jeito que veio escrita, da forma como coloca a preocupação com a saúde e com o atendimento imediato das crianças que podem se acidentar nas escolas, vai fortalecer ainda mais nosso projeto. Nós estamos totalmente à disposição das escolas municipais, estaduais e também particulares da nossa região para auxiliar nesses treinamentos. Treinamos o público não-médico, o público leigo, para prestar o socorro”, concluiu o médico.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em janeiro e fevereiro do próximo ano, 168 professores das redes públicas da educação básica que lecionam física, química, matemática, pedagogia e língua portuguesa participam em Portugal de cursos de desenvolvimento profissional. Os selecionados pelo Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores em Portugal (PDPP) vão estudar nas universidades de Aveiro e do Porto. Eles foram escolhidos de acordo como o Edital nº 74/2013, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

    O envio de profissionais que atuam nas redes públicas para cursos em Portugal atende uma série de objetivos do governo federal, entre os quais a valorização do magistério, a vivência com educadores de outro país, estímulo ao uso de tecnologias educacionais, troca de experiências. A seleção compreende educadores matriculados em cursos do Plano Nacional de Formação de Professores (Parfor) e bolsistas supervisores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), ambos da Capes.

    A distribuição dos professores contempla as cinco regiões do país. As áreas com maior número de selecionados são química e física. Dos 43 educadores que lecionam física, metade fará a formação na Universidade de Aveiro, no período de 13 a 24 de janeiro, e metade na Universidade do Porto, de 13 a 31 de janeiro. Os 50 selecionados de química também se dividem entre as duas instituições: a formação em Aveiro será de 3 a 19 de fevereiro; e no Porto, de 13 a 31 de janeiro. A Universidade de Aveiro também recebe os 25 professores de matemática, no período de 29 de janeiro a 21 de fevereiro; e os 25 de pedagogia, de 13 a 27 de janeiro. Professores de língua portuguesa vão receber formação na Universidade do Porto, de 13 a 31 de janeiro.


    Apoio – Todos os custos de viagem e dos estudos em Portugal serão de responsabilidade do governo federal: passagens aéreas nacional e internacional, despesas de deslocamento da residência ao aeroporto no Brasil e dos trajetos em Portugal, alojamento, alimentação, ajuda de custo no valor de 250 euros e seguro saúde no valor de 90 euros.


    Ionice Lorenzoni

    Confira
    a relação dos selecionados por disciplina e as instituições de ensino superior onde fazem a formação pelo Parfor





  • Em solenidade na UnB, foi lançado em julho último o curso de aperfeiçoamento em docência na socioeducação, direcionado a professores da rede pública que atuam com adolescentes autores de atos infracionais e em cumprimento de medidas socioeducativas (Fábio Meirelles/UnB – 11/8/14)O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), e a Universidade de Brasília (UnB) deram início, em julho último, a curso pioneiro em aperfeiçoamento em docência na socioeducação. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

    O curso é direcionado a professores da rede pública de educação básica, com curso superior completo, que trabalham com adolescentes autores de atos infracionais e em cumprimento de medidas socioeducativas. Com o curso, os professores têm a oportunidade de evolução pessoal e na atuação profissional, a partir da atualização e do aprofundamento teóricos, conceituais e metodológicos. Esse processo ocorre de forma articulada com as peculiaridades da política socioeducativa e com base nos parâmetros do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) da SDH.

    Para a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, Macaé Evaristo, o curso em docência na socioeducação é uma experiência inovadora. “Promoverá o fortalecimento do atendimento educacional a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e contribuirá para a inclusão educacional”, afirmou.

    Entre os professores indicados para participar do curso está Abadio Aparecido de Oliveira. Ele atua na área de humanas em uma unidade de internação provisória em Brasília e leciona antropologia, sociologia e filosofia em instituição de educação superior de Unaí, município mineiro do Entorno do Distrito Federal. O professor ressalta a importância do aperfeiçoamento e a oportunidade de acréscimo de conhecimentos científicos para a identidade profissional. “Espero que na interação com o adolescente possamos produzir questionamentos, inquietações e diálogos que provoquem quebras de paradigmas, instiguem a produção de perguntas próprias e a franca ousadia em acreditar e empreender movimento na construção das próprias respostas”, disse.

    Indicação — A inscrição no curso foi condicionada à indicação pelas secretarias de Educação dos estados e do DF. As vagas, restritas a professores vinculados às unidades federativas contempladas nesta primeira oferta — Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

    Com carga horária de 216 horas, o curso é realizado na modalidade semipresencial, em ambiente virtual de aprendizagem, com apoio das secretarias de Educação participantes e de seus polos de apoio.

    Mylene Brum Oliveira

  • Teve início nesta quinta-feira, 26, o período de inscrições para a 11ª edição do Prêmio Professores do Brasil. Podem participar professores da educação básica da rede pública de todo o país. A premiação será em agosto e os interessados podem se inscrever até 28 de maio, pela internet. O prêmio é uma iniciativa do Ministério da Educação com instituições parceiras e busca reconhecer, divulgar e premiar o trabalho de professores de escolas públicas que contribuem para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos nas salas de aula.

    O Professores do Brasil também tem como objetivos o estímulo à participação dos professores como sujeitos ativos na implementação do Plano Nacional de Educação e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), dar visibilidade às boas experiências pedagógicas conduzidas pelos professores, além de oferecer uma reflexão sobre a prática pedagógica e orientar a sistematização de experiências educacionais.

    “O prêmio busca reconhecer o trabalho de todos os professores da educação básica do Brasil. A nossa expectativa é que nessa 11ª edição tenhamos um grande número de pessoas participantes”, afirma o coordenador-geral de apoio a certames e programas especiais do MEC, Joselino Goulart Junior.

    Durante a inscrição, os professores devem enviar um relato da prática pedagógica desenvolvida com seus alunos. O prêmio é dividido em três etapas: estadual, regional e nacional. Os participantes vão concorrer nas categorias educação/creche, educação infantil/pré-escola, anos iniciais do ensino fundamental/1º, 2º e 3º anos, anos iniciais do ensino fundamental/4º e 5º anos, anos finais do ensino fundamental/6º ao 9º ano e ensino médio.

    Categorias – Na etapa estadual os três primeiros colocados em cada categoria recebem certificado e o vencedor, um troféu. Na regional, são R$ 7 mil, mais troféu e viagem oferecida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Na categoria nacional são mais R$ 5 mil e troféu.

    Além dessas, os professores podem concorrer em uma das cinco categorias nas temáticas especiais: o esporte como estratégia de aprendizagem, uso de tecnologias de informação e comunicação no processo de inovação educacional, boas práticas no uso de linguagens de mídia para as diferentes áreas do conhecimento no ensino fundamental e médio, práticas inovadoras de educação científica, e educação empreendedora. A premiação para as temáticas especiais inclui R$ 5 mil para os professores vencedores ou as escolas, viagens e participação na programação da TV Escola.

    Cerimônia – Neste ano a cerimônia de premiação será antecipada para agosto – tradicionalmente ocorria em dezembro. Com a mudança, será possível ao MEC apoiar os professores para participar de premiações internacionais. O resultado das categorias estadual, regional e temática especial serão divulgados em julho.

    “A gente pede que os professores evitem deixar as inscrições para os últimos dias para evitar transtornos de dificuldades de acesso”, recomenda o coordenador-geral de apoio a certames e programas especiais do MEC, Joselino Goulart Junior. Quando o professor se inscreve, ele também pode realizar curso online, disponível no próprio sistema de inscrição, com orientações para registrar sua experiência pedagógica. Adicionalmente, todos os professores que concluírem sua inscrição terão direito a realizar dois cursos online oferecidos por parceiro desta edição.

    As inscrições podem ser feitas na página do prêmio.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professora de língua inglesa no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), em Venâncio Aires (RS), Letícia Pacheco conclui nesta sexta-feira, 21, um curso de inglês na Georgia Tech, em Atlanta, Estados Unidos. “Temos aulas de segunda a quinta-feira durante todo o dia e na sexta-feira participamos de palestras e workshops. Nos finais de semana fazemos visitas culturais”, diz a educadora.

    Letícia integra um grupo de 526 professores de inglês das redes públicas da educação básica e profissional selecionados pelo Programa Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI). A formação é intensiva, com duração de seis semanas. As aulas começaram em 13 de janeiro em diversas instituições de ensino superior norte-americanas. O retorno dos professores começa no sábado, 22.

    Sobre os conteúdos do curso, a professora informa que as disciplinas incluem cultura, avaliação, fonética e fonologia e uso de ferramentas tecnológicas no ensino da língua inglesa, além de aulas em grupo com pessoas do mundo todo. “Acredito que todos os profissionais deveriam ter experiência no exterior, para entender melhor a cultura dos países onde a língua inglesa é falada e diferenciar valores que são mais ou menos relevantes em determinadas culturas”, diz Patrícia, sobre o período de aprendizado em Atlanta.

    Professora de inglês há oito anos, dos quais 2,5 anos no IFSul, Letícia tem 400 alunos. Ela leciona para turmas dos cursos técnicos – integrado e subsequente. É licenciada em letras português/inglês e literatura, tem mestrado em leitura e cognição.

    Blogs – Com o retorno ao Brasil marcado para domingo, 23, o professor José Petrúcio Cavalcante conta que as aulas no laboratório de informática foram enriquecedoras. Cada cursista criou um site que será utilizado como ferramenta na escola onde leciona; também foi criado um blog para os educadores compartilharem suas experiências.

    Sobre o curso, Petrúcio explica que conheceu técnicas que ajudam a aprimorar todas as habilidades de um estudante de língua inglesa, como falar, ouvir e escrever, que serão aplicadas com seus alunos no Brasil. “Temos aulas de metodologia onde aprendemos novas técnicas para o ensino do inglês e revemos sob um novo olhar outras que já conhecíamos. A experiência aqui é simplesmente fantástica”. O educador diz que volta entusiasmado e que pretende ser um multiplicador do aprendizado que recebeu nessas semanas de qualificação nos Estados Unidos.

    Além de frequentar aulas e laboratórios, o educador conta que visitou escolas públicas, museus e pontos turísticos, fez trabalho comunitário para conhecer melhor a cultura local. Morador de Macapá, uma cidade de clima quente, o professor enfrentou frio intenso nas ruas. Nos dias em que nevou, as aulas foram canceladas para garantir a segurança dos estudantes.

    Professor da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, de Macapá (AP), Petrúcio ensina inglês para cerca de 400 jovens de 15 a 17 anos, do ensino médio, ligados, segundo o educador, na internet, nos games, facebook, twitter, em tudo o que o conhecimento de inglês favorece o aprendizado e a comunicação. José Petrucio é licenciado em letras/inglês pela Universidade Federal do Amapá, e leciona essa disciplina há 13 anos.

    O curso– A capacitação pelo PDPI compreende três modalidades de cursos: desenvolvimento de metodologias, que é dirigido a professores com conhecimentos avançados na língua inglesa; e cursos de aprimoramento em inglês, nos níveis intermediários I e II, para educadores que necessitem melhorar habilidades específicas na língua.

    O Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI), do governo federal, que está sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), atende os objetivos de valorizar os profissionais das redes públicas da educação básica e fortalecer o domínio das habilidades linguísticas – compreender, falar, ler e escrever em inglês. São parceiros do PDPI a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e a Comissão Fulbright.

    Ionice Lorenzoni

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