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  • Cerca de R$ 800 mil foram investidos na reforma da Escola Agrotécnica Federal de Catu (Foto: Divulgação/Setec)Catu (BA) — Robson Barbosa, 18 anos, aluno do curso técnico em agropecuária da  Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Catu, na Bahia, está entusiasmado com a nova estrutura da sua escola. A Agrotécnica de Catu foi entregue à população na manhã desta terça-feira, 22, totalmente reformada. Foram mais de quatro meses de obras, onde a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) investiu cerca de R$ 800 mil na reforma das instalações e aquisição de equipamentos.

    Segundo o jovem, valeu a pena esperar. “Durante os quatro meses que a escola esteve em reforma, tivemos aulas em locais improvisados, tudo isso para não interromper as atividades”, conta Robson. A reação dele foi a mesma dos demais alunos, ao chegarem à instituição esta manhã. “Quando vimos as salas, todas com televisão e aparelho de DVD, novas cadeiras e ar-condicionado, um sentimento de satisfação tomou conta de todos nós”, ressalta o estudante.

    Inaugurada há mais de 44 anos e com mais de 500 alunos matriculados, a agrotécnica, que contava com apenas sete salas de aula, hoje possui 13 salas totalmente equipadas. O antigo laboratório de informática também foi reformado, passando de 16 para 30 computadores, todos com acesso à internet. Além disso, foi construída uma plataforma de elevação para pessoas com necessidades especiais.

    A EAF de Catu oferece o curso técnico de agropecuária (integrado ao ensino médio), informática (para jovens e adultos) e produção e operação de petróleo. Do total de alunos, 122 estudam em regime de internato e recebem três refeições diárias. “Todos os banheiros foram reformados, também, e isso é de grande importância para os alunos que ficam tempo integral na instituição”, diz Robson, que é um dos alunos internos da agrotécnica.

    “Já foi comprovado que a qualidade da estrutura escolar estimula a aprendizagem dos alunos”, afirma o diretor da agrotécnica, Sebastião Edson Moura. Segundo ele, trata-se de um incentivo tanto para os alunos quanto para os servidores da instituição, que sentem satisfação em trabalhar e estudar num ambiente novo e equipado. “Podemos dizer que foi com grande satisfação que todos nós recebemos essa reforma, tão esperada e necessária para a população de Catu”, finaliza o diretor.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Foto: Wanderley PessoaA integração dos povos latino-americanos é o principal objetivo do concurso histórico-literário Caminhos do Mercosul, que há três anos reúne alunos do ensino médio dos países que compõem o bloco — Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai — e dos associados Bolívia e Chile. Este ano, os estudantes fizeram redações sobre Brasília. Como prêmio, ganharam uma visita à cidade. Nesta terça-feira, dia 4, foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

    “A iniciativa fortalece a integração das culturas, reforça nossas identidades e destaca o que o povo latino-americano tem de melhor, além de colocar em perspectiva a possibilidade de que os países possam se unir do ponto de vista econômico, cultural e educacional”, disse o ministro. Segundo ele, esta geração está voltada para a união da América Latina.

    Foto: Wanderley PessoaForam premiados 36 estudantes, seis de cada país. “É uma experiência única, singular e inestimável de enriquecimento cultural e pessoal. Apesar de nunca nos termos visto, está um clima bom entre nós”, disse Vanessa Veiga de Oliveira, 17 anos, de Contagem, Minas Gerais.

    O encontro ajuda a aproximar estudantes de realidades diferentes, como a paraguaia Liz Mercedes Vera e o uruguaio Ignácio Cassinelli, ambos de 16 anos. A garota, que escreveu o texto em guarani, está adorando conhecer Brasília. Ignácio, no Brasil pela segunda vez, aprende português em escola particular de Montevidéu. “Todo mundo conversa com todo mundo. Estamos abertos a conhecer outras culturas”, disse Ignácio. As gêmeas uruguaias Rocio e Lucía Gonzales, 16 anos, também aprenderam português em curso particular.

    “É uma experiência interessante trocar informações com jovens com que eu não teria chance de encontrar de outra maneira”, afirmou a chilena Christie Vera, 16 anos, de Arenas. Visão compartilhada pela brasileira Juliana Melcop de Castro Schor, 16 anos, de Recife. “Não conhecemos muito os nossos vizinhos, que têm língua, costumes e hábitos diferentes”, afirmou. “Se o Mercosul conseguir união aduaneira e política, o grupo vai ficar unido e a região, fortalecida.”

    O grupo vai ficar em Brasília até domingo, dia 9, em visita a pontos turísticos. Em 2006, o Paraguai sediará o evento. O tema será definido em novembro, em Montevidéu, durante a reunião de ministros da Educação dos países do Mercosul.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Leonarda, aluna indígena do curso de nutrição. Foto: Tereza SobreiraUma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) possibilitou a realização do primeiro vestibular com vagas específicas para indígenas, já que as outras universidades do país que destinam vagas a este grupo étnico o fazem por meio de cotas. Quinze alunos foram aprovados na UnB, e 12 deles iniciaram as aulas nesta semana. As vagas foram disputadas por 1.183 inscritos de todo o país, nos cursos de medicina, enfermagem e obstetrícia, ciências biológicas, nutrição e ciências farmacêuticas.

    O convênio, assinado em 2004 e com duração de dez anos, vai formar cem índios. Em 2005, alunos indígenas foram transferidos de universidades particulares do Distrito Federal. A partir deste ano, o acesso será definido em exame vestibular, com matérias normais e uma parte específica, com questões referentes à causa indígena.

    “O projeto trabalha com o conceito de autonomia dos índios, com a formação de profissionais para atuar nas comunidades”, diz Neide Martins Siqueira, coordenadora de apoio pedagógico da Coordenação Geral de Educação da Funai.

    Durante o curso, os alunos desenvolverão projetos ligados às suas comunidades, o que será facilitado pelo conhecimento da cultura e especificidades de cada uma. Além disso, assinam uma carta de compromisso em que se comprometem a retornar às suas comunidades e desenvolver projetos ao fim de sua formação acadêmica.

    O convênio prevê o acompanhamento dos alunos. A UnB dará assistência pedagógica e a Funai, apoio financeiro, segundo a necessidade de cada aluno. Os estudantes terão estada, alimentação e material didático garantidos. Segundo Neide, a Funai quer ampliar a parceria com outras universidades para aumentar o acesso da comunidade indígena ao ensino superior.

    Aprovados – Os aprovados representam diversas etnias. Dos macuxis, em Roraima, foram duas aprovadas, uma em medicina (primeiro lugar) e outra em nutrição. De Pernambuco, um aprovado em medicina da etnia Aticum. Dois pataxós da Bahia, dois barés, um mundurucu e um baniua do Amazonas e um tupiniquim (Espírito Santo) completam a lista dos aprovados. Jocinaldo Silva, 28 anos, passou em medicina. Natural de Salgueiro (Pernambuco), cresceu vendo a dificuldade da comunidade com os médicos. “Os médicos ficam pouco tempo, tinham dificuldade de adaptação”, explica.

    Ele estudou em escola pública mas sofreu com interrupções por falta de escola na comunidade. Concluiu o ensino médio em 2003 e começou a cursar matemática numa faculdade privada. “A matemática foi o possível, a medicina é o sonho”, diz o índio aticum, que lecionava matemática na escola municipal Professor José Mendes, em Salgueiro.

    “As vagas ajudarão a reduzir a exclusão dos índios das universidades, mesmo que não sejam a solução definitiva”, acredita Jocinaldo. Ele quer se formar e voltar à comunidade para devolver a chance recebida, trabalhando, também, com desenvolvimento social. Ele afirma que está preparado para alguma rejeição, já que o assunto cotas e reservas de vagas é polêmico. “Já enfrentei preconceito em outras situações, mas não me abala”, diz Jocinaldo, que acredita que a forma de superar a desconfiança é demonstrando ter mérito e capacidade.

    Repórter: Rodrigo Dindo

  • Os candidatos do Programa Universidade para Todos (ProUni) que não foram pré-selecionados podem consultar o resultado de reclassificação por meio de ligação gratuita pelo número 08006161.

    O aluno disca o número da senha do Enem e fica sabendo se foi selecionado. A reclassificação ocorrerá, automaticamente, a partir da eliminação dos alunos pré-selecionados que não comprovaram as informações ou que foram reprovados na etapa de seleção da própria instituição. Os alunos também podem acompanhar o resultado nas instituições de ensino ou na página eletrônica do ProUni no portal do MEC.

    O prazo de comprovação de documentos do aluno reclassificado no ProUni junto à instituição que escolheu para cursar vai até o dia 24 de março. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Foto: Tereza SobreiraA partir de segunda-feira, dia 9, os estudantes pré-selecionados pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) devem comparecer à instituição de ensino superior na qual foram aprovados para comprovar as informações da ficha de inscrição. O prazo se estenderá até 3 de fevereiro. Os alunos precisam confirmar renda familiar por pessoa de até R$ 450,00 para a bolsa integral ou até R$ 900,00 para a parcial, além do estudo na rede pública ou em escola particular com bolsa integral.

    A lista dos pré-selecionados para o ProUni foi divulgada nesta sexta-feira, dia 6, pelo ministro interino da Educação, Jairo Jorge da Silva (foto). Das 91,1 mil bolsas ofertadas neste primeiro semestre, 86 mil foram preenchidas, o que representa 94,4% do total. “O aumento de 130% dos inscritos em relação a 2005 e o significativo preenchimento das vagas nessa primeira fase mostram que o ProUni vem se consolidando e tem uma avaliação extremamente positiva”, declarou o ministro.

    Jairo Jorge destacou, ainda, o crescimento da nota média no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que passou de 61 pontos em 2004 para 67 em 2005. “Para efeito de comparação, os estudantes de escolas particulares tiveram média de 52 pontos. Isso mostra que os jovens selecionados têm mérito e capacidade, mas não tinham oportunidade”, afirmou. Motivados pelas bolsas de estudo, 2,2 milhões de alunos fizeram o Enem no ano passado, mais do que o dobro em relação a 2004.

    O ProUni recebeu inscrições de 797.840 estudantes, número 130% maior do que em 2005. Cada candidato pôde se inscrever em até cinco cursos. Assim como no ano passado, a nota de corte do Enem para o programa foi de 45 pontos, numa escala de zero a cem. Mais de um milhão de estudantes tiveram desempenho suficiente para se candidatar ao ProUni.

    O número de instituições que participam do Universidade para Todos também cresceu: de 1.142 em 2005 para 1.232 este ano. Das 91,1 mil bolsas oferecidas, 63.027 são integrais e 28.073, parciais. Outras 40 mil, aproximadamente, estarão disponíveis no segundo semestre.

    Remanescentes — Para as 5,1 mil bolsas remanescentes — 5,6% do total ofertado — será aberto um novo prazo de inscrição, entre os dias 10 e 14 próximos, na página eletrônica do programa. O MEC vai divulgar, pela internet, as instituições e os cursos disponíveis nessa segunda fase. O resultado dos candidatos aprovados nessa etapa será anunciado no dia 16.

    Segundo Celso Carneiro Ribeiro, diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior do MEC, os 20 melhores colocados pela nota do Enem escolheram os cursos de medicina (14 candidatos), ciências da computação (dois), direito, engenharia elétrica, ciências biológicas e química (um por curso). “Vale lembrar que esses estudantes ainda precisam confirmar os dados da ficha de inscrição na instituição de ensino para garantir a bolsa do ProUni”, disse Ribeiro.

    Foto: Tereza SobreiraA primeira colocada na seleção, Ana Carolina Gaudard e Silva, 18 anos, atingiu 97,6 pontos no Enem. Moradora de Campos, Rio de Janeiro, obteve bolsa integral para a Faculdade de Medicina de Petrópolis. Após ter cursado o ensino médio no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Campos, ela comemora a conquista, pois será a primeira pessoa da família a ter curso superior. “O ProUni é uma oportunidade sem igual para que jovens de baixa renda entrem na universidade e sigam seus sonhos”, afirmou.

    Para seu pai, Washington de Oliveira e Silva, é uma realização familiar. “O ProUni veio democratizar o ensino superior porque as oportunidades ficaram iguais para todos”, afirmou.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • A Presidência da República e o Ministério da Educação realizam na quarta-feira, 26, em São Paulo, ato de recepção aos alunos pré-selecionados do Programa Universidade para Todos (ProUni).

    O evento ocorre às 16 horas, no Centro de Exposição Imigrantes, na Rodovia dos Imigrantes. O acontecimento contará também com o show da Banda Racionais, marcado para às 15 horas.

    Conforme o secretário executivo adjunto do MEC, Jairo Jorge da Silva, este será um ato de celebração - um importante registro de entrada no ensino superior de mais de 100 mil jovens de todo o Brasil.

    Na sexta-feira, 28, a solenidade será realizada na cidade de São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre, às 9 horas, na Sociedade Ginástica. O objetivo do evento é incentivar os jovens e mostrar para a população que o Governo Federal está empenhado em fazer com que os estudantes tenham acesso ao ensino superior.

    Repórter: Sandro Santos

  • A maioria dos 112 mil alunos do Programa Universidade para Todos (ProUni) tem obtido sucesso nos seus cursos e sentido entusiasmo pelos estudos. “Vários reitores de universidades privadas têm manifestado satisfação com o desempenho desses jovens, que muitas vezes não entravam na universidade por questão de oportunidade”, declarou o ministro interino da Educação, Jairo Jorge. A seu ver, políticas afirmativas como o ProUni e de cotas para alunos de escolas públicas entrarem nas universidades federais constituem um caminho para o país enfrentar a questão da exclusão.

    Na opinião do ministro, uma forma de exclusão é tratar os desiguais igualmente. “Por isso, a política afirmativa é necessária”. Jairo Jorge explica que muitos reitores achavam que os alunos do ProUni não iam ter capacidade de acompanhar os cursos nas universidades. “Hoje, recebo vários reitores e todos dizem que os estudantes mais dedicados, os que aproveitam mais os estudos são os do ProUni”. Antes do programa, esses 112 mil estudantes, na sua avaliação, não tinham chance de entrar na universidade porque eram tratados pelas regras da igualdade formal.

    Com as bolsas do ProUni, integrais e parciais, a situação mudou. O programa, criado pelo governo federal e institucionalizado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, possibilita o acesso de milhares de jovens de baixa renda à educação superior. Concede bolsas em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderem ao programa.

    Elogios – O Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) tem 139 alunos beneficiados com bolsas integrais do ProUni. “Fazemos um acompanhamento muito criterioso desses alunos”, explica a diretora do instituto, Eda Machado. Por esses estudos ficou constatado que as notas dos alunos, no vestibular da instituição, é bem parecida com as notas aferidas por eles no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Há uma correlação desse desempenho nos dois exames”.

    A direção da universidade comparou as notas no vestibular, dos alunos do ProUni e do Enem, principalmente nas disciplinas de redação, conhecimentos gerais e português. Tudo é registrado em um arquivo. “Os alunos do ProUni são fortes do ponto de vista intelectual. Alguns só tiram SS e estão acima da média”, explicou Ieda.

    Na Faculdade Novo Milênio, em Vila Velha (ES), a situação não é diferente. “Os alunos do ProUni têm grande vontade de estudar, dão muito valor às bolsas que ganharam. Isso é visível”, explica Marisa Gonçalves Assis, dirigente da faculdade. São 215 alunos com bolsas integrais e parciais na Novo Milênio, matriculados em cursos, principalmente das áreas de administração, comunicação social e biomédicas. Segundo Marisa, há uma preocupação dos alunos do ProUni em manter a média de 75,5 em todas matérias. “São estudantes com com vontade de vencer, ir adiante na vida. É imensa a vontade deles de participar e continuar os estudos”, observa.

    Ações – O ProUni, no seu primeiro processo seletivo, ofereceu 112 mil bolsas integrais e parciais em 1.142 instituições de ensino superior de todo o país. É o maior número de vagas criadas na educação superior em apenas um ano. Nos próximos quatro anos, o programa deverá oferecer 400 mil novas bolsas. A implementação do ProUni, somada à criação de nove universidades federais e 36 novos campi, amplia significativamente o número de vagas na educação superior, interioriza a educação pública e gratuita e combate as desigualdades regionais.

    Outra ação afirmativa para inclusão de jovens no ensino superior é o PL nº 3.627/2004, do Executivo, que destina metade das vagas das universidades federais a alunos que concluíram o ensino médio na rede pública, em um período de 10 anos. A Câmara Federal aprovou o relatório do deputado Carlos Abicalil, reduzindo esse prazo para quatro anos e o substitutivo está na Comissão de Comissão de Direitos Humanos, junto com outros projetos de lei apensados sobre a questão das cotas nas universidades federais, dentre eles o PL nº 73/1999, da deputada Nice Lobão. Todas essas ações vão ao encontro das metas do Plano Nacional de Educação, que prevê a presença, até 2011, de pelo menos 30% da população na faixa etária de 18 a 24 anos na educação superior, hoje restrita a 9%.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Nesta terça-feira, 6, a Universidade Estácio de Sá prestou contas do desempenho dos bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) ao Ministério da Educação. O resultado apresentado mostra que os alunos que ingressaram na instituição pelo programa tiveram notas superiores aos que fizeram o vestibular.

    Foram avaliados os estudantes do primeiro período de três cursos: medicina, veterinária e odontologia. Foram aprovados, em todas as disciplinas, cerca de 80% dos bolsistas de medicina, 71,4% de veterinária e 100% de odontologia. Avaliando curso a curso, os índices são mais próximos, mas continuam acima do desempenho do restante da turma. Em medicina, os alunos do ProUni tiveram média final de 7,2 e os outros, de 7,1; em veterinária, 5,8 e os demais, 5,3; em odontologia, 7,3 e o restante, 6,2.

    Atualmente a instituição tem 120 mil alunos distribuídos em 42 campus do estado do Rio de Janeiro. Em 2005, foram oferecidas 1.417 bolsas do ProUni para graduação e 141 para os cursos tecnológicos, sendo 1.310 integrais e 248 parciais. A meta é preencher nove mil vagas pelo programa nos próximos cinco anos. “O número de alunos qualificados está melhorando à medida que aumenta a demanda. Este ano, mais estudantes fizeram o Enem já pensando em conseguir boas notas para obter as bolsas do ProUni”, afirma Gilberto Oliveira Castro, reitor da Estácio de Sá.

    O programa usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção dos candidatos, que recebem bolsas de estudo integrais ou de 50% em universidades particulares de todo o país. Em 2005, 1.142 instituições participaram do programa, disponibilizando 112 mil bolsas. Em contrapartida, receberam benefícios fiscais.

    As instituições de ensino superior podem aderir ao programa até esta sexta-feira, 9, mesma data marcada para a veiculação da campanha publicitária em rádio e televisão com o novo calendário. Os alunos podem se inscrever a partir da próxima segunda-feira, 12, até o dia 2 de janeiro de 2006.

    O resultado do processo de seleção será divulgado no dia 6 de janeiro. As inscrições podem ser feitas pela internet, na página eletrônica do ProUni. Para participar, os alunos devem ter renda familiar per capita de até três salários mínimos e ter cursado o ensino médio em escola pública, ou em escola privada com bolsa integral. Todas as instituições participantes devem oferecer acesso gratuito à internet para os estudantes que desejarem se inscrever.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Foto: Wanderley PessoaEstudantes beneficiados na primeira edição do Programa Universidade para Todos (ProUni) – que concede bolsas de estudos a alunos de baixa renda – têm aproveitamento melhor do que aqueles que ingressaram na universidade por meio do vestibular. As informações foram repassadas pelos reitores ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e comentadas pelo presidente durante a Conferência Nacional de Ciência, em Brasília.

    Segundo alguns especialistas em educação que criticaram o ProUni, teoricamente, estes estudantes seriam fracos e comprometeriam o nível das turmas. Mas o resultado de pesquisa, em duas instituições de ensino superior, aponta o contrário. A pesquisa identificou que o desempenho dos bolsistas foi superior ao dos alunos que ingressaram por meio do vestibular, derrubando a teoria da incapacidade.

    O estudo da Universidade Potiguar, de Natal, por exemplo, diz que a maior média de coeficiente de desempenho foi de um aluno do ProUni, estudante de direito, que atingiu a nota 9,61. A segunda maior ficou com um aluno bolsista do curso de psicologia, 9,57. A pesquisa identifica que, dos 290 alunos bolsistas que ingressaram na universidade, 242 tiveram nota entre 7 e 9; 44 atingiram nota igual ou maior que 9; e só quatro estudantes ficaram com nota menor que 7.

    Outra instituição que revela o bom desempenho dos alunos do ProUni é o Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb). Segundo os dados apurados, os alunos que receberam bolsa tiveram melhor desempenho em 17 cursos de 18 avaliados. O diretor de Modernização e Programas da Educação Superior do MEC, Celso Carneiro Ribeiro, avalia a dificuldade de acesso aos cursos de ensino superior, o que faz com que o estudante tenha maior empenho e força de vontade. “São pessoas que agarraram a chance e que não medem esforços, para não deixar a oportunidade escapar”, explica.

    Inscrições – As inscrições para o ProUni vão de 5 a 26 de dezembro. O estudante deve ter renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos e ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral. Na primeira edição, o ProUni ofereceu 112 mil bolsas integrais e parciais em 1.142 instituições particulares de ensino superior. É o maior número de vagas criadas em apenas um ano na educação superior. Nos próximos quatro anos, o programa possibilitará a oferta de 400 mil novas bolsas de estudos.

    Repórter: Sandro Santos

  • O Ministério da Educação realiza neste sábado, dia 24, a oitava e última aula pública para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Rio de Janeiro. A aula será ministrada no Colégio Estadual Presidente Kennedy, em Belford Roxo, Baixada Fluminense, das 8h às 13h. O secretário-executivo adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira, dará aula de redação e português, além dos últimos informes sobre o Enem.

    A Representação do MEC no Rio de Janeiro vai montar um plantão no local da aula. Uma lista dos alunos que farão prova na cidade estará afixada nas paredes da escola. Os que ainda não receberam o cartão de inscrição devem ligar gratuitamente para a central de atendimento do MEC, telefone 0800-616161, ou consultar a página eletrônica do Enem.

    Apoio — Para os alunos que fazem prova no estado, a Representação do MEC montou uma central de apoio, na Rua da Imprensa nº 16, 16º andar, Centro. O telefone é (21) 2240-7044. Até às 18h desta sexta-feira, 23, dez computadores podem ser utilizados pelos pais e estudantes na busca de informações sobre o local do exame e o número de inscrição no Enem.

    Antes de Belford Roxo, as aulas do MEC no estado passaram pelos municípios de Araruama, Valença, Campos, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Barra do Piraí e Macaé, com a participação de milhares de estudantes que farão a prova no domingo, dia 25.

    Repórteres: Antonio Augusto Aquino e Silvana Capinam

  • Alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) obtiveram a segunda melhor média de pontos na 39ª edição do WorldSkills, torneio mundial de educação profissional. Representantes de 48 países participaram da competição, realizada de 14 a 21 de novembro, no Japão.

    Os estudantes brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro, três de prata, quatro de bronze e sete diplomas de excelência. Ficaram atrás apenas da Coréia do Sul. O presidente do Conselho Nacional do Senai e da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, acredita que o desempenho do Brasil mostra que os cursos da instituição atendem aos rigorosos padrões de qualidade internacional.

    Para o ganhador da medalha de ouro em mecânica de refrigeração, o gaúcho Lucas Gonçalves, a participação no WorldSkills é a grande chance para quem busca um bom emprego. “Profissionalmente, espero reconhecimento. Adquiri conhecimentos diferenciados e bem específicos”, afirma. Lucas é aluno da escola Senai Visconde de Mauá, em Porto Alegre (RS).

    Os 24 alunos do Senai que foram para o Japão competiram em 20 ocupações profissionais. No total, 850 competidores participaram do torneio internacional. A delegação brasileira foi definida em um criterioso processo de seleção, que avaliou competência, criatividade, domínio tecnológico, preparação física e psicológica.

    A próxima edição do torneio ocorrerá em setembro de 2009, no Canadá. A relação dos premiados de 2007 está na página eletrônica do  Senai.

    Letícia Tancredi

  • Na próxima sexta-feira, 17, quatro alunos de centros federais de educação tecnológica (Cefets) do Brasil embarcam para Lima, no Peru. A data marca o início da expedição Ruta Quetzal-BBVA 2005. Acompanhados por 212 estudantes de outros 53 países, eles vão conhecer Lima, Cuzco e Iquitos. O roteiro inclui, ainda, navegação pelo Rio Amazonas e visita à comunidade de Castela, na Espanha.

    Os quatro estudantes selecionados são Cinthia Emmanuelle Lima Sant’Anna, da unidade de Barreiras do Cefet-Bahia; Jeanka Silva Venâncio, do Cefet-Santa Catarina; Marcele Marília Costa de Brito, do Cefet-Roraima; e Marcos Gustavo Araújo Schwarz, do Cefet-Química, do Rio de Janeiro.

    Antes da viagem para o Peru, porém, os estudantes serão recepcionados, às 12h do dia 16, por representantes da Embaixada da Espanha, Setor de Embaixadas Sul, Quadra 811, Lote 44, em Brasília, para receber as passagens e o plano de viagem.

    Culturas – “Terei acesso a culturas, comidas e pessoas diferentes. Aprenderei com elas e elas, comigo”, disse Cinthia Emmanuelle. Aos 16 anos, ela foi a aluna com o melhor desempenho nas avaliações escritas e orais de todas as seis unidades do Cefet-BA. Além disso, para ser selecionada, passou por uma dinâmica de grupo, que avaliou sua desenvoltura, e por entrevistas com psicólogos e pedagogos.

    Jeanka Venâncio, do Cefet-SC, de 15 anos, quer, por exemplo, aprimorar seus conhecimentos de espanhol, conhecer culturas diferentes e fazer novos amigos. Já Marcele Brito, do Cefet-RR, de 17 anos, confessou estar ansiosa “para aprender a conviver com costumes e culturas diferentes”. Mais informações pelos telefones (61) 2104-9526 e 2104-8430.

    Répórter: Rodrigo Farhat

     

     

  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizam, na próxima terça-feira, 30, a cerimônia de entrega do Prêmio Técnico Empreendedor 2008. O evento acontece às 19h, no Hotel San Marco, em Brasília.

    Participam da premiação 17 projetos de todo o Brasil, dentre eles sete finalistas de cursos técnicos e oito de cursos tecnólogos. Este ano o programa somará R$ 125 mil em prêmios. Promovido pela Setec, em parceria com o Sebrae e o Mapa, o prêmio tem como objetivo estimular o empreendedorismo entre alunos, que apresentaram projetos sobre inclusão social e cooperativismo, além de outros de tema livre.

    Os alunos das 17 equipes finalistas serão recebidos em Brasília no dia 29 de setembro para passeio turístico na cidade. Já no dia 30, os estudantes realizarão visitas às instituições promotoras do prêmio.

    História – Criado em 2002, o prêmio estimula e reconhece atividades de empreendedorismo desenvolvidas por alunos dos cursos técnicos e tecnológicos de instituições públicas de educação profissional e tecnológica. Desde o ano passado, o Ministério da Agricultura atua como parceiro do programa. Com isso, pretende-se fortalecer a implantação da cultura do cooperativismo no ambiente institucional.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Os estudantes de instituições de ensino superior particulares que têm o Financiamento Estudantil (Fies) e desejam mantê-lo no primeiro semestre de 2006 têm prazo até 28 de abril para fazer a renovação (aditamento) do contrato. A prorrogação do prazo, que venceria nesta sexta-feira, 31 de março, está na Portaria nº 820, publicada na edição 62 do Diário Oficial da União, de 30 de março.

    O tipo de renovação do Fies depende da situação do contrato de cada aluno. Será simplificado se o estudante não fez alterações no documento assinado com a Caixa Econômica Federal (CEF) no segundo semestre letivo de 2005. Neste caso, basta ir à instituição onde estuda e assinar a renovação. Se houve mudanças no cadastro, o aluno deve obter na sua instituição o documento Regularidade de Matrícula e ir diretamente à CEF acompanhado de seus fiadores e, se casado, também do cônjuge.

    Para efeito de renovação são consideradas mudanças no contrato: alteração do CPF ou do estado civil do estudante ou de seus fiadores; troca de fiador; redução do percentual do prazo de financiamento; modificação no valor do limite do crédito global; restrição cadastral do aluno, do cônjuge ou dos fiadores; parcela trimestral de juros em atraso; e alteração no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da mantenedora da instituição de ensino.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Consolidar o processo de formação de agentes agroflorestais indígenas é a finalidade de um projeto executado em São Gabriel da Cachoeira (AM). A atividade faz parte da pesquisa Uso de Espécies Frutíferas em Sistemas Agroflorestais na Comunidade de Tunuí Cachoeira. O estudo é coordenado pelo diretor da Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira, Rinaldo Sena Fernandes, e está sendo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

    Recebendo, também, o apoio do Programa Jovem Cientista Amazônia (JCA), a empreitada envolve dois professores e seis alunos bolsistas indígenas da Escola Municipal Indígena Maatzero. A escola está localizada na Comunidade Tunuí Cachoeira, no Rio Içana, no município de São Gabriel da Cachoeira.

    No primeiro momento, os alunos fizeram um levantamento das espécies frutíferas nativas com a intenção de criar um banco de dados para ser usado futuramente em sistemas agroflorestais. Posteriormente, eles criaram as exsicatas. São mostruários de plantas contendo as folhas e os frutos. As plantas serão identificadas no herbário do Instituto de Pesquisa da Amazônia e reproduzidas em um viveiro criado pela própria comunidade. Ele tem 225 metros. Nele, são reproduzidas as plantas nativas.

    Objetivos — Rinaldo Sena afirmou que o projeto tem dois objetivos principais. O primeiro é o de colocar jovens indígenas no mundo da ciência e torná-los agentes de pesquisa. O segundo é a missão de garantir a segurança alimentar da comunidade. Isto porque as comunidades da região enfrentam o problema da escassez de alimentos, como peixes e caças. Os pesquisadores estão tentando resgatar as espécies frutíferas nativas. Algumas delas têm alto teor nutritivo e em outras épocas já faziam parte da alimentação indígena na região de Tunuí Cachoeira.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Foto: Wanderley PessoaEstão abertas as inscrições para as vagas remanescentes no Programa Universidade para Todos (ProUni). Os candidatos que não foram selecionados na primeira fase podem concorrer às 5.180 bolsas que sobraram (5,6% do total) nos cursos menos procurados. Os estudantes têm até o dia 14 para fazer a inscrição, através da página eletrônica do programa - o processo só foi iniciado no início da noite de hoje (10) por causa de dificuldades na transmissão de dados. O resultado será divulgado no dia 16.

    A lista dos pré-selecionados pelo ProUni foi divulgada na sexta-feira, dia 6. Das 91,1 mil bolsas ofertadas neste primeiro semestre, 85.920foram preenchidas, o que representa 94,4% do total. “O aumento de 130% dos inscritos em relação a 2005 e o significativo preenchimento das vagas nessa primeira fase mostram que o ProUni vem se consolidando e tem uma avaliação extremamente positiva”, disse o ministro interino da educação, Jairo Jorge da Silva.

    Os contemplados na primeira etapa têm até o dia 3 de fevereiro para apresentar documentos pessoais e comprovar renda familiar e escolaridade na instituição de ensino na qual foram aprovados. O MEC recomenda aos candidatos que não deixem para a última hora. Aqueles que não conseguirem comprovar os dados informados na inscrição terão a vaga repassada aos candidatos da lista de espera.

    O ProUni recebeu inscrições de 797.840 estudantes. Cada candidato pôde se inscrever em até cinco cursos. O número de instituições que participam do Universidade para Todos também cresceu: de 1.142 em 2005 para 1.232 este ano. Das 91,1 mil bolsas oferecidas, 63.027 são integrais e 28.073, parciais. Outras 40 mil, aproximadamente, estarão disponíveis no segundo semestre.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Os alunos da Unidade de Ensino Ely Bezerra Ribeiro, da cidade de Miranda do Norte, no Maranhão, tiveram o melhor desempenho na prova de matemática, realizada por todos os alunos da quarta série da Região Nordeste. Esses estudantes tiraram 245,74 na prova e se classificaram em 22º lugar no nível nacional da Prova Brasil, exame que avaliou o conhecimento de língua portuguesa (com foco em leitura) e matemática (com foco em solução de problemas) de 3.306.317 estudantes de 4ª e 8ª série do ensino básico da rede pública do país.

    As provas foram aplicadas em cerca de 160 mil turmas de 41 mil escolas urbanas, em 5.398 municípios, em novembro de 2005. O resultado foi divulgado no último dia 30 de junho, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

    A média nacional da prova de matemática dos alunos de quarta-série foi 180 pontos e, nas cinco regiões do país, o Nordeste ficou com a menor média geral nessa disciplina e série: 166,4 pontos. Portanto, os estudantes de Miranda do Norte tiraram 65,74 pontos a mais do que a média nacional e 79,34 pontos a mais do que a média da Região Nordeste.

    Dos 3.360.378 estudantes que participaram da Prova Brasil, 841.537 são de 1.767 municípios do Nordeste. Esses alunos fizeram provas de língua portuguesa e matemática, sendo 473.200 deles da quarta série e 368.337 da oitava série do ensino fundamental. No geral, os alunos da Região Nordeste ficaram com a menor média entre as cinco regiões do país em português e matemática, tanto da quarta série (158,7 e 166,4, respectivamente) como da oitava série (211,2 e 224,8).

    Veja quais escolas se classificaram em primeiro lugar, por estado na Região Nordeste na Prova Brasil.

    A Prova Brasil foi realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), com apoio das secretarias municipais e estaduais de Educação. No ranking nacional da Prova, as melhores notas estão com os 39.613 alunos de 335 escolas do Distrito Federal. Eles fizeram a melhor pontuação – 190,4, em língua portuguesa, e 198,8, em matemática, relativos à quarta série do ensino fundamental. Já os de oitava série da rede pública do DF conseguiram 232,1 pontos, em língua portuguesa, e 248,7, em matemática.

    Qualquer cidadão do país poderá saber como está o desempenho da escola pública dos seus filhos, da sua cidade, do seu estado e do Brasil. Os dados da primeira edição da Prova Brasil estão disponíveis na Internet e serão enviados, a partir da próxima semana, a todas as escolas que participaram do programa. Os resultados propiciam subsídios para maior pressão pelo ensino de qualidade, para mobilização e comparações escola por escola, município por município e níveis estaduais e nacional.

    Mais informações na página eletrônica do Prova Brasil

    Repórter: Susan Faria

     

  • No bosque da escola Lauro Rodrigues os estudantes têm aulas de educação ambiental (Foto: João Bittar)Porto Alegre — Em vez de mato e lixo, árvores frutíferas e roseiras. O terreno dos fundos da escola municipal de ensino fundamental Lauro Rodrigues, na periferia de Porto Alegre, ganhou ares de jardim e é chamado de bosque por alunos e professores. Os próprios estudantes limparam a área e transformaram a paisagem. Ali, hoje, são ministradas aulas de leitura à sombra de árvores bem cuidadas. Há, ainda,  espaço para aulas de educação ambiental, durante as quais meninos e meninas aprendem a manusear ferramentas, como a enxada, a cultivar e a cuidar de plantas.

    A educação ambiental ganhou espaço na escola em 2004, quando o professor Ilson Pitinga, especialista em questões agrícolas, e o diretor da escola, Marcos de Souza, resolveram incluir no currículo atividades que despertassem o senso de preservação dos alunos e recuperassem a paisagem da escola a um só tempo. “A proposta é arborizar o que antes estava desmatado e feio e ainda ensinar os meninos a preservar e cuidar da terra”, explica o diretor.

    Crianças da primeira série cultivam o terreno, sabem diferenciar as plantas úteis e separar o mato (Foto: João Bittar)As crianças da primeira série, que têm entre sete e oito anos, já estão familiarizadas com o processo. Capinam o terreno sem dificuldades e sabem diferenciar as plantas medicinais do mato. Assim, arrancam logo o que não serve e deixam o solo livre para plantas, árvores e roseiras crescerem saudáveis.

    No bosque, há pitangueiras, goiabeiras, figueiras, rosas, cidreira, malva, sálvia, boldo e outras. Na frente da escola, alunos e professores abriram espaço para um jardim. Há, ainda, a horta, que fica a cargo dos estudantes da da sexta série. Cada projeto é acompanhado por uma turma diferente, sob a orientação do professor. Empolgado e orgulhoso com os alunos, Pitinga conta que não precisa chamar a atenção de nenhum deles. Todos têm interesse nas aulas. “O professor precisa abandonar a postura de que sabe tudo e tratar o aluno com atenção”, aconselha.

    O segredo do sucesso do professor, que é um dos mais queridos pelos estudantes, está na postura. “Meu patrão não é o município; são os alunos”, ensina.

    Maria Clara Machado

  • A escola Cândido Vilhena, de Vigia, Pará, é considerada a melhor da Região Norte em sua modalidade e a 13ª no ranking nacional. (Foto: João Bittar)Belém — Uma placa, logo na entrada, homenageia os alunos da Escola Municipal Professor Cândido Vilhena, em Vigia, Pará. Eles obtiveram boas notas na Prova Brasil de 2005, quando estavam na quarta série, e deram à instituição posição de destaque na Região Norte. A placa cita o nome de cada aluno. “Eles serão homenageados para o resto da vida”, emociona-se a diretora Maria de Nazaré Vilhena.

    O bom desempenho dos alunos na avaliação realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) é atribuído à gestão participativa, que alia gestores e comunidade à escola, e à dedicação dos professores, todos concursados — a maioria, com curso superior. A avaliação terá a segunda edição este ano.

    Na escola Cândido Vilhena, o atendimento aos alunos é individualizado. Com os estudantes que têm mais dificuldades no aprendizado, os professores fazem uma espécie de recuperação paralela ao longo do ano, com adaptação da  metodologia. A avaliação na escola também não é comum. Há provas, mas elas são aliadas ao conjunto de atividades desenvolvidas no bimestre para gerar as notas. O monitoramento por parte da direção é constante. Tanto que o planejamento não é feito por ano ou semestre, mas por bimestre, para que as correções de métodos de ensino possam ser pontuais e precisas.

    Quando alguma criança falta à aula por dias seguidos, o próprio professor vai à casa dela para saber o motivo da falta e conversar com os pais. A professora Maria de Nazaré da Costa, que trabalha na escola há 10 anos, conta o caso de uma mãe que queria tirar o filho da escola porque ele era irrequieto e ela se sentia envergonhada e cansada com o trabalho que ele dava. Duas professoras foram até a casa do aluno para uma conversa com a mãe e convencê-la a manter o filho na escola.

    Como estratégia de convencimento, levaram um grupo de crianças para fazer uma apresentação de dança na rua. “Tínhamos de mostrar àquela mãe que ela poderia contar conosco”, diz Maria de Nazaré.
    Amigos — Segundo a coordenadora Maria do Socorro Fonseca, a escola sabe trabalhar bem com alunos de personalidade difícil. No ano passado, a direção resolveu implementar o Projeto Fazer Amigos, específico para uma turma de estudantes mais agressivos. O projeto consistia em cada um sortear o nome de um colega da turma para ser seu amigo especial até o fim do ano. O aluno tinha que cuidar bem de seu amigo — emprestar um lápis, se ele não o tivesse; visitá-lo, se estivesse doente; mandar recadinhos de amizade. “Isso retomou o clima de amor ao próximo. No fim do ano, comemoramos o sucesso do projeto com um grande bolo de chocolate”, orgulha-se Maria do Socorro.

    A escola também trabalha em sala com brincadeiras e jogos didáticos. No turno oposto ao das aulas, são oferecidas aulas de música, inglês e informática para os alunos da terceira e da quarta séries, por meio de programa da secretaria municipal de Educação.

    A merenda escolar também é fator de sucesso na escola. Além de uma refeição altamente nutritiva, os alunos ganham guloseimas, como sorvetes. “Por todos esses fatores, nem os alunos nem os pais gostam das férias. Eles não querem de ficar longe da escola”, comemora a coordenadora.

    Letícia Tancredi

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  • A unidade de ensino de Charqueadas, Rio Grande do Sul, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas, promove na sexta-feira, 14, e no sábado, 15, a 1ª Mostra de Ciência e Tecnologia. Estudantes do ensino fundamental e médio das escolas municipais, estaduais e privadas inscreveram cerca de 80 trabalhos para a exposição.

    A mostra, que tem por objetivo incentivar as atividades de pesquisa dos alunos da região, apresentará trabalhos de física, química, biologia, informática e mecatrônica. Além de abrir caminho para a troca de experiências entre os estudantes, é um espaço de promoção de pesquisa de diversas áreas.

    De acordo com o diretor-geral da unidade, José Luís Lopes, o número de inscrições superou as expectativas. Para ele, é um sinal de que a escola está trabalhando de acordo com os anseios da comunidade. “Como nossa escola é nova, com menos de um ano de funcionamento, a mostra será de grande importância para a consolidação das pesquisas realizadas na região de Charqueadas”, ressalta o diretor.

    O secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco, que comparecerá à abertura da exposição, destaca a importância do evento. “A diversidade dos trabalhos que serão apresentados fortalece a educação profissional no Rio Grande do Sul”, disse.

    Mais informações sobre a mostra pelo telefone (51) 3658-3775.

    Sophia Gebrim

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