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  • Gouveia, município de 12.700 habitantes, a 250 quilômetros de Belo Horizonte (MG), está recebendo 17 estudantes e professores do Projeto Rondon com faixas de boas-vindas e muita receptividade. Os rondonistas, divididos em duas equipes, desenvolvem ações de saúde e bem-estar e de gestão pública e desenvolvimento social. A Operação Minas Gerais do Rondon começou na segunda-feira, 13, e continua até o próximo dia 24, em 19 cidades mineiras do Vale do Jequitinhonha.

    Os 13 estudantes e quatro professores vieram de Araxá (MG). Viajaram 700 quilômetros para fazer ações voluntárias e conhecer uma realidade que extrapola o dia-a-dia da universidade. Estudantes de pedagogia e direito fazem pesquisa de campo para traçar o mapa do analfabetismo na cidade. Vão de casa em casa com um questionário de 30 perguntas. Querem saber, por exemplo, quantos livros existem no domicilio, as condições de higiene, dados de aprendizagem escolar e acesso a meios de comunicação.

    Joana Aparecida de Oliveira, 44 anos, professora da rede municipal de Araxá e estudante de pedagogia da Uniaraxá, deixou o marido, duas filhas e uma neta para participar do Rondon. “É importante ter esse conhecimento, vivenciar tudo. Dou um pouco do que sei e levo muita experiência”, diz. Joana encontrou dona Maria de Jesus Oliveira, 51 anos, moradora do bairro Serrinha, cujo marido é analfabeto. Dona Maria ganha a vida capinando roças e buscando esterco para a venda na cidade. “Fiquei impressionada com a humildade da família e com a decisão do marido de dona Maria de achar que já passou da hora de aprender a ler e a escrever”, explicou.

    Valores – “O Projeto Rondon dá condições para professores e alunos sentirem a realidade de perto”, observa a professora Cláudia Maria Fontes, 45 anos, que trabalha com o Projeto de Educação de Jovens e Adultos na Uniaraxá. Nesta quarta-feira, 15, à noite, Cláudia realizará uma oficina com as professoras da rede municipal e estadual em Gouveia sobre o trabalho educacional que está sendo feito pelos rondonistas. “Vamos fazer um relatório com textos e gráficos apontando o resultado da pesquisa e apresentar ao prefeito de Gouveia e aos ministérios da Educação e da Defesa”, afirma.

    Na maioria das casas visitadas pelos rondonistas, eles são convidados a entrar, tomar cafezinho e até a almoçar. A receptividade facilita o trabalho. “Estávamos precisando de uma visita como esta. Os rondonistas agregam valores e atingem áreas com mais deficiência no município”, destaca o secretário de Turismo de Gouveia, Agnal José Veloso. Na entrada da cidade, há várias faixas no alto da rua, com dizeres como “Gouveia recebe com alegria a equipe do Rondon”. Entre os problemas do município está a falta de lazer para os jovens, além do alto consumo de álcool e de drogas, tema que os rondonistas estão discutindo com a comunidade.

    A Operação Minas Gerais do Rondon está sendo feita por 256 rondonistas de 15 universidades mineiras, públicas e particulares. O projeto é realizado pelo Ministério da Defesa em parceria com o MEC e tem o apoio de empresas estatais, como a Caixa e a Petrobrás.

    Repórter: Súsan Faria

     

  • A cidade de Presidente Kubitschek, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, nasceu em 1729, como povoado, com a busca pelo ouro, cristais e diamantes. Após mais de dois séculos, o município que leva o nome do ex-presidente do Brasil tem apenas três mil habitantes, uma economia em declínio e vários problemas sociais. Conhecer a realidade local e discutir, com líderes da comunidade, alternativas para o desenvolvimento sustentável de Presidente Kubitschek estão entre os objetivos dos 12 universitários e dois professores do Projeto Rondon, que ficam no local até quinta-feira, 23.

    A pesquisa é feita com alunos de engenharia ambiental da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) de Belo Horizonte. Eles querem ajudar a prefeitura a criar a Secretaria Municipal de Turismo e estão catalogando as cachoeiras do município, observando degradações no meio ambiente, conhecendo as condições dos garimpos ativados e desativados, conversando com os moradores e fazendo um relatório a ser entregue à prefeitura local e ao Ministério da Defesa.

    Universitários dos cursos de enfermagem, psicologia, pedagogia, biomedicina, fonoaudiologia e direito também trabalham voluntariamente no município desde o dia 13 deste mês. Eles fazem palestras sobre alcoolismo, drogas, planejamento familiar, ações educativas e atividades esportivas e culturais. Neste domingo, 19, promoveram uma rua de lazer no centro da cidade. “Ao chegar, fomos recebidos com banda de música. A comunidade é carente, precisa de ajuda e está querendo colaborar”, disse a professora Maria Gontijo Ramos, coordenadora dos rondonistas.

    Segundo ela, o papel da equipe é observar, conversar e identificar pessoas da comunidade que sejam multiplicadores das informações. Esta semana, a professora de psicologia Sônia Onofre de Oliveira coordenou uma oficina de atividades corporais para professores do ensino básico da rede pública da cidade. “Os professores, muitas vezes, esquecem as dimensões afetivas, só querem passar conhecimento. É preciso que se soltem, sejam alegres e espontâneos para facilitar a aprendizagem dos alunos”, disse.

    Funcionalismo– Ela explicou que o medo de se expor inibe os professores, acostumados a controlar as palavras, e que é preciso se sentirem mais desinibidos. Depois de fazer exercícios ao som de rumba, a professora Ivone Engracia de Mello, 61 anos, da Escola Nossa Senhora das Dores, se sentiu leve: “Estamos com condições melhores de trabalhar. A oficina nos enriquece”, afirmou.

    Outros rondonistas foram ao garimpo Paulista com o secretário de Educação de Presidente Kubitschek, Cláudio Pedro de Oliveira, 34 anos. Ele explicou que após os garimpeiros perderem dinheiro, na década de 90, com o confisco da poupança pelo ex-presidente Fernando Collor, não puderem investir nos garimpos e a situação piorou. “A cidade vive do funcionalismo e dos programas do governo federal. Muitos jovens foram para a região de Pompeu, a 300 km daqui, trabalhar com pedra ardósia”, comentou Eduardo.

    Outros trabalhadores vivem de pequenas plantações, como o ex-garimpeiro Vandercy Santos, 36 anos, que eventualmente procura cristais perto de sua casa, sem banheiros nem água potável. As valas onde antes havia diamantes estão praticamente abandonadas. O que se vê são crianças com roupas rasgadas e famílias sem perspectivas. A ida dos rondonistas a Presidente Kubitschek faz parte da Operação Minas Gerais do Projeto Rondon, que conta com 256 rondonistas em 19 cidades do Vale do Jequitinhonha. O projeto, desenvolvido pelo Ministério da Defesa, tem a parceria do Ministério da Educação e apoio da Petrobras, Caixa e prefeituras.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Foto: Tereza SobreiraA estudante de direito Mariane Pires, 22 anos, acredita ter vivido uma das melhores experiências de sua vida. Ela e outros sete alunos da Universidade Santa Cecília (Unisanta), de Santos, chegaram esta semana da cidade de Porto Valter, a 600 km de Rio Branco, no Acre, onde participaram do Projeto Rondon. Mariane trabalhou para fazer funcionar o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Porto Valter.

    “As pessoas não levavam a sério a existência do conselho tutelar”, explicou. Segundo a estudante de direito, crianças e adolescentes iam às festas noturnas do município e quando o conselho as retirava, o protesto era geral. “Sugerimos que fizessem matinês dançantes”, disse, lembrando que ajudou a resolver outros problemas na área de direito que, até então, não tinham solução na cidade. Fez palestras e conversou com os moradores, principalmente a respeito dos seus direitos e deveres.

    Foto: Tereza SobreiraO professor de biologia João Alberto Paschoa acompanhou o grupo – alunos de engenharia, biologia, matemática, ciências da computação, direito e gerontologia – em Porto Valter. “Eles conheceram o verdadeiro Brasil. Foram momentos de troca”, contou. O grupo se preparou um mês antes da operação. Segundo o professor, a Unisanta se prepara para participar de outra operação do Rondon, em fevereiro, em 40 municípios da Amazônia. “No Acre, trabalhamos todos os dias, não teve descanso, mas valeu muito.” 

    Opinião compartilhada pelo professor Ubiratan Tupinambá da Costa, de odontologia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). “Os universitários voltaram encantados”, disse. Segundo ele, a UFSM faz reuniões de avaliação do Rondon. No município de Marechal Thaumaturgo (Acre), os oito estudantes da Santa Maria e seus professores capacitaram agentes de saúde e fizeram ações nas áreas de cidadania, bem-estar e desenvolvimento sustentável. “Percebemos diferenças regionais, carências e o modo de viver da comunidade. Foi um enriquecimento cultural grande.”

    Operação – Um total de 152 universitários e 28 professores participou da operação Acre, que teve apoio do governo estadual e dos seis municípios atendidos. A próxima operação do Rondon será em vários municípios do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, entre 25 de novembro e 4 de dezembro, com 320 universitários e 80 professores.

    A operação seguinte será em 40 municípios do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, em fevereiro de 2006. Mais informações pelos telefones (13) 3202-7100, ramal 7316 (Unisanta); (55) 3220-8176 (Universidade Federal de Santa Maria); (61) 3312-9038, 3312-8807 (Ministério da Defesa) ou (61) 2104-9909 (SESu/MEC) e na página eletrônica da SESu.

    Reporter: Susan Faria

     

  • Compromisso Todos pela Educação

    A adesão ao compromisso Todos pela Educação é o primeiro passo para que estados e municípios recebam recursos e assistência técnica relativos a 40 tipos de ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. A adesão é voluntária.

    Já aderiram os 26 estados e o Distrito Federal e 5.445 dos 5.563 municípios brasileiros. Em Roraima, todos os 15 municípios já formalizaram a adesão.

    O Ministério da Educação oferece atendimento prioritário a 1.242 municípios que não têm condições técnicas para fazer o diagnóstico da sua realidade. Esses municípios apresentam Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb) menor do que a média nacional (3,8). O MEC enviou consultores com a missão de ajudar as prefeituras a fazer o diagnóstico e a montar os planos de ações articuladas (PAR). Estados e municípios vão dizer onde estão suas carências. Por exemplo, se um município tem população indígena, mas não tem escola específica para atender esses estudantes, pode apresentar projeto para obter recursos pelo PAR. Na segunda-feira, dia 19 de maio, 2.078 municípios assinarão convênios de cooperação técnica com o MEC.

    Plano de Ações Articuladas (PAR) em Roraima:

    • O estado já elaborou
    • Todos os 15 municípios já elaboraram
    • Municípios prioritários: nove

    Fundo da Educação Básica (Fundeb)

    O Fundo da Educação Básica é constituído por contribuições dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e do governo federal. Os recursos públicos são aplicados para melhorar a qualidade da educação da criança que está na creche, do jovem no ensino médio e do adulto que está se alfabetizando.

    São atendidos pelo Fundeb, hoje, 40,2 milhões de alunos. Os recursos do fundo são utilizados também para pagar o salário dos professores e para melhorar sua formação.

    Este ano, os recursos do Fundeb, de R$ 60 bilhões, são distribuídos de acordo com o número de matrículas registradas no censo escolar. Os nove estados que não conseguem aplicar o valor-padrão por aluno recebem uma complementação mensal do governo federal. Não é o caso de Roraima.

    Receita total do Fundeb em 2007:
    R$ 46.922.755.304,64

    • Estados: R$ 21.824.573.002,51
    • Municípios: R$ 25.098.182.302,13
    • Roraima: R$ 240.694.601,37

    Previsão para 2008

    • Receita de contribuição dos estados, Distrito Federal e municípios: R$ 58,8 bilhões
    • Complementação da União: R$ 3,2 bilhões
    • Número de beneficiários: depende do censo escolar
    • Alunos já beneficiados: 40,2 milhões

    Universidade Aberta do Brasil (UAB)

    A Universidade Aberta do Brasil é um sistema criado pelo governo federal para levar educação superior pública de qualidade ao interior. A UAB é composta por uma rede de 49 universidades federais que oferecem cursos a distância, com auxílio de tutores, em 290 pólos.

    Hoje, estudam gratuitamente nos pólos da UAB cerca de 30 mil universitários. Os alunos formados recebem certificados e diplomas das universidades federais parceiras.

    Em 2008, a UAB, presente em todos os estados, vai crescer ainda mais. Serão abertos 270 pólos e 90 mil vagas. As universidades parceiras serão 57.

    Pólos da UAB em Roraima

    1º edital: 15 pólos e 3,1 mil vagas:

    • Alto Alegre
    • Amajari
    • Boa Vista
    • Bonfim
    • Cantá
    • Caracaraí
    • Caroebe
    • Iracema
    • Mucajaí
    • Normandia
    • Pacaraima
    • Rorainópolis
    • São João da Baliza
    • São Luiz
    •  Uiramutã

    Caminho da Escola

    O Caminho da Escola é um programa do MEC destinado a financiar a compra de ônibus novos e seguros para o transporte dos estudantes que moram nas áreas rurais. Os ônibus são padronizados na cor amarela e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

    Para baratear o preço dos ônibus, o governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos — PIS, Cofins, ICMS e IPI. A compra é feita por pregão eletrônico. Os municípios podem adquirir os veículos com recursos próprios ou por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos chegam a R$627,4 milhões. Outra forma de adquirir os veículos é por meio de recursos previstos no orçamento federal.

    Em dezembro de 2007, no pregão eletrônico, os preços dos ônibus ficaram abaixo dos valores mínimos orçados com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) — variaram entre R$ 114 mil e R$ 173 mil, conforme a capacidade do veículo, para 23, 31 ou 44 alunos. O pregão eletrônico para os barcos destinados ao transporte fluvial de estudantes deve ocorrer este ano, após caracterização feita com o apoio do Inmetro.

    Municípios contemplados até 19/05:

    Metas:

    • Com recursos do BNDES: aquisição de 15 mil veículos até 2011, com a previsão de três mil veículos por ano
    • Com recursos da União: aquisição de quatro mil veículos até 2011, com a previsão de mil veículos por ano

    Expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica

    Até 2002, havia apenas 140 escolas técnicas no país. Com o plano de expansão, em 2005, o MEC projeta a construção de 214 escolas nos estados e no Distrito Federal. O objetivo é abrir vagas e oportunidades a milhares de jovens que moram no interior e não seguirão os estudos na educação superior.

     A expansão ocorre em duas fases. A primeira, com 64 novas escolas, das quais 50 já estão em funcionamento — as demais têm obras em andamento. A segunda, com 150 novas escolas. Tudo vai ficar pronto até 2010. Com as 214 novas escolas funcionando, o Brasil abre cerca de 500 mil vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.

    Em Roraima, havia uma escola técnica. Com a expansão, serão mais duas unidades e mais 2,4 mil vagas.

    Escolas técnicas (fases I e II da expansão):

    • Amajari
    • Novo Paraíso, em Caracaraí

    Expansão da educação superior pública

    Com o programa de expansão das universidades federais, o MEC atende os jovens e os adultos que vivem fora dos grandes centros urbanos ao levar até eles a universidade pública e gratuita. A expansão compreende a criação de dez universidades e de 88 campi no interior até 2010. Quando estiverem prontos, serão abertas 35 mil vagas por ano.
    Em Roraima, ainda não há expansão.

    Programa de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni)

    As 53 universidades federais estabelecidas no país recebem recursos do governo federal para ampliar o número de  cursos e de vagas no turno da noite e abrir cursos de licenciatura para a formação de professores que atuarão na educação básica.

    Todas as universidades aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni) e enviaram planos de trabalho ao MEC, nos quais explicam como aplicarão os recursos. O investimento no programa será de R$ 2,2 bilhões até 2012.

    Com esse investimento, as vagas nos cursos presenciais passarão das 124.196 oferecidas em 2002 para 229.270 em 2012 — aumento de 84,6%.
    Nos cursos noturnos, a ampliação no número de vagas também será significativa: de 32.871 em 2007 para 79.040 em 2012.

    Metas de crescimento da Universidade Federal de Roraima (UFRR) até 2012:

    • Cursos de graduação: de 25 para 39
    • Cursos noturnos: de três para seis
    • Total de vagas em 2012: 1.690
    • Investimento: R$ 16 milhões

    Programa Universidade para Todos (ProUni)

    O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. A contrapartida às instituições é a isenção de tributos federais — Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

    Números do ProUni:

    • 163.854 bolsas integrais e parciais em 2007
    • 106.048 bolsas integrais e parciais no primeiro semestre de 2008
    • 855.734 alunos inscritos no processo seletivo do primeiro semestre de de 2008
    • 380 mil bolsistas atendidos desde o início do programa

    Número de bolsas em Roraima:

    • 2005: 192
    • 2006: 713
    • 2007: 471
    • 2008: 287 (primeiro semestre)
    • Total: 1.663

    Proinfância

    O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) repassa recursos aos municípios para construção, reestruturação e aquisição de equipamentos e mobiliário de creches e pré-escolas públicas. Além de recursos financeiros, o MEC envia o projeto arquitetônico da creche ao município e apóia a construção do plano político-pedagógico.

    A intenção é permitir que a criança seja atendida com qualidade e tenha todos os espaços necessários para aprender. Os prefeitos dos 496 municípios que já aderiram ao Proinfância receberão ordens de pagamento para a construção de creches e pré-escolas públicas na segunda-feira, dia 19. Outros 331 assinarão autorização para participar do programa. O município recebe em torno de R$ 700 mil para a construção de cada unidade.

  • Com a chegada da Caravana da Educação em Roraima, nesta segunda-feira, 19, o ministro da Educação, Fernando Haddad, conclui a visita a todos os estados do Norte e Nordeste para o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A visita a Boa Vista complementa o atendimento preferencial do MEC aos 18 estados das regiões com os índices educacionais mais baixos do país.

    O Ministério da Educação e o governo de Roraima convidaram os prefeitos dos 16 municípios para o lançamento das ações do PDE. O ministro Fernando Haddad, a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, o governador do estado, Ottomar de Sousa Pinto, e dirigentes do MEC estarão no Espaço Cultural, na Praça Cívica, na capital, Boa Vista, para discutir as metas do PDE com representantes do governo estadual e das prefeituras.

    O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no estado — 3,5 nas primeiras séries do ensino fundamental — ainda está abaixo da média nacional, de 3,8. O indicador estabelece escala de zero a dez e mede a qualidade da educação. Dos dez municípios que tiveram a qualidade do ensino avaliada pelo Ministério da Educação, nove foram classificados como de atendimento prioritário.

    A Caravana da Educação vai a Roraima para garantir a adesão do governo estadual e das prefeituras ao plano de metas do compromisso Todos pela Educação, que orienta as ações do PDE. Segundo as expectativas, até o ano do bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, Roraima deve atingir nota 5,7 no Ideb.

    Ao aderir ao plano de metas, governo e prefeituras comprometem-se a seguir as 28 diretrizes previstas no compromisso, que estabelece medidas como a alfabetização de todas as crianças até a idade máxima de oito anos e o acompanhamento de cada aluno.

    Assessoria de Comunicação Social

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

    Republicada com alteração de informações

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    Técnicos da Diretoria de Projetos Especiais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) estarão em Roraima, entre os dias 19 e 21 próximos, para avaliar o andamento dos convênios do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed) firmados com o estado nos exercícios de 2000 a 2004. O encontro ocorrerá na Secretaria de Educação, em Boa Vista.

    O acompanhamento da execução das ações do programa é uma exigência prevista tanto no contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) quanto em instrução normativa da Secretaria do Tesouro Nacional. A cada semestre, uma equipe do Promed visita os estados beneficiários. Segundo Eduardo Manyari, coordenador do programa, em caso de constatação de dificuldades no processo de execução ou de carência de informações operacionais, o estado pode ser visitado mais de uma vez por semestre.

    As visitas servem para orientar os gestores das secretarias de educação sobre planejamento, execução, licitações, contratos, prestação de contas dos recursos transferidos e outros procedimentos a serem adotados na execução dos convênios. De acordo com Manyari, a assistência técnica permanente e sistemática tem assegurado melhores resultados e mais eficiência na execução das ações conveniadas pelo programa.

    Iniciativas — O Promed tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino médio, expandir sua cobertura e garantir igualdade social. Para isso, toma iniciativas como apoiar e implementar a reforma curricular e estrutural para assegurar a formação continuada de professores e de gestores de escolas; equipar as escolas de ensino médio com bibliotecas, laboratórios de informática e ciências e equipamentos para recepção da TV Escola; implementar estratégias alternativas de atendimento; criar 1,6 milhão de vagas e melhorar os processos de gestão dos sistemas educacionais dos estados e do Distrito Federal.

    O programa tem orçamento de U$ 220 milhões. Metade desse valor é financiada pelo BID. A outra vem de contrapartida nacional — U$ 70,8 milhões dos estados e U$ 39,2 milhões do Tesouro Nacional. O contrato de empréstimo entre o Ministério da Educação e o BID termina em janeiro de 2007. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • Depois de seis anos de reivindicações, 24 escolas indígenas do povo Ianomâmi, de Roraima, serão regularizadas. O governo estadual publicou, em 30 de maio, o Decreto nº 7.973/2007, que trata da criação das escolas. Até o fim de junho, o Conselho Estadual de Educação vai autorizar o funciotitle_aliasnto e reconhecê-las.

    De acordo com o secretário estadual de Educação, Cultura e Desportos, Luciano Fernandes Moreira, as escolas ianomâmis foram incorporadas ao sistema de ensino do estado há quatro anos, mas faltava um instrumento legal para regularizá-las. Os efeitos da medida serão retroativos ao Censo Escolar de 2003, atingindo escolas dos municípios de Alto Alegre, Amajari e Iracema. Ele explica que 214 escolas estaduais são indígenas, o que representa 50% da rede pública de Roraima. Por esse motivo, a educação nessas comunidades foi acolhida como foco principal da política educacional do estado, desenvolvida com o apoio do Ministério da Educação.

    Algumas metas a serem implementadas pelo estado estão na Carta de Boa Vista, documento que pactua um conjunto de compromissos entre o estado, o MEC e a Universidade Federal de Roraima (UFRR). As principais metas são: a criação do conselho estadual de educação escolar indígena e a produção de materiais didáticos específicos. Há também um projeto de educação a distância, em parceria com o governo federal, que integrará várias escolas geograficamente distantes. Essa ação, diz o secretário, visa suprir a formação de professores para trabalhar com os anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

    A Fundação Getúlio Vargas desenvolveu uma tecnologia, que está em fase de testes, que utilizará kits para geração de energia suficiente para o funciotitle_aliasnto de um computador e um aparelho de TV, em escolas que não possuem eletricidade.

    Formação de professores — Luciano Fernandes destaca o Projeto Insikiran, da UFRR, de formação superior de professores indígenas. A primeira turma concluirá o curso em julho de 2008. As comunidades ianomâmis também desenvolveram um curso específico para formação de professores. O Projeto Yarapiari funciona desde 2001 e possui 32 alunos. A primeira turma que recebeu formação do ensino fundamental ao nível médio em magistério indígena termina as atividades no ano que vem.

    O foco principal do projeto que integra conteúdos específicos e as matérias tradicionais do currículo escolar, como língua portuguesa e ensino de ciências, é a política lingüística. Essa concepção metodológica de formação que trabalha três das quatro línguas ianomâmis, busca criar neologismos nas línguas nativas para a incorporação de termos não-indígenas.  “Isso é necessário para garantir que as línguas continuem vivas, dinâmicas e sobrevivam no futuro. O português, para nós, é a segunda língua”, explica a coordenadora do Programa de Educação Intercultural da Comissão Pró-Ianomâmi, Lídia Montanha Castro.

    Segundo Lídia, as línguas indígenas mantiveram a cultura dos povos bastante preservada. Práticas religiosas como o xamamismo também permanece muito forte. Porém, o contato com o homem branco e a invasão de garimpeiros, entre o final da década de 80 e início dos anos 90 (do século 20), trouxe problemas ecológicos e o contato com várias doenças tornou os povos dependentes do sistema tradicional de saúde, remédios e vacinas. A assistência médica é feita pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão do Ministério da Saúde.

    Lídia revela que os serviços se tornaram deficitários nos últimos anos e doenças já controladas, como a malária, voltaram a se manifestar. Além da dependência do sistema público de saúde, os indígenas da etnia Ianomâmi necessitam de bens de consumo como linha, anzol e facas que têm de ser comprados fora da comunidade. Além desse aspecto, a economia de subsistência é autônoma, com atividades de caça, pesca, coleta e extrativismo.

    Juliana Meneses

  • Roraima é o estado com maior percentual de municípios que ainda não apresentaram a prestação de contas dos recursos recebidos em 2004 por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Dos 15 municípios roraimenses, 12, o equivalente a 80%, não apresentaram a documentação ao FNDE até ontem, 19. O menor índice é o do Rio Grande do Sul, com 8,65%. Dos 497 municípios gaúchos, 43 ainda não prestaram contas.

    O levantamento demonstra que a inadimplência está presente em todas as regiões do país, mas os estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ocupam as 16 primeiras colocações, com os maiores índices de inadimplência.

    Entre os estados da região Sudeste, o maior índice é de Minas Gerais, onde 141 dos 853 municípios encontram-se em situação irregular junto ao FNDE, perfazendo um índice de 16,52%. Na região Sul, o estado com maior inadimplência é Santa Catarina, com 13,65% dos 293 municípios devendo a prestação de contas do Pnae.

    Nas regiões Norte e Nordeste, os menores índices são de Sergipe, no Nordeste, com 9,33% dos municípios inadimplentes, e do Acre, no Norte, com um índice de 13,63%. Entre os estados do Centro-Oeste, o índice varia mais de 10% entre o estado com maior inadimplência - Mato Grosso, com 29,49% - e o com menor, Goiás, com 18,69%. Os números de cada estado estão disponíveis na tabela abaixo.

    Repórter: Beth Almeida

  • A escritora Rosa Amanda Strausz participa do encontro de leitura Histórias de Todo Dia, hoje, dia 18, às 15h, no estande do Ministério da Educação na 12 a Bienal do Livro, no Rio. Rosa é autora de Mamãe Trouxe um Lobo para Casa, Um Nó na Cabeça e Alecrim, dentre outras obras de literatura infanto-juvenil. Seu livro Uólace e João Victor foi adotado pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) e distribuído às escolas de ensino fundamental.

    Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rosa Strausz edita o portal, sobre literatura infantil. Ela ministra oficinas e palestras a professores e crianças e produz textos para jornais, publicidade, rádio, multimídia e internet.

    A programação do MEC na Bienal tem chamado a atenção do público, principalmente de crianças e estudantes. Hoje, às 16h30, haverá a oficina de ilustração Desenhando Livros, com Graça Lima, e, às 19h, o encontro de leitura Um Olhar sobre Clarice Lispector, com Cláudia Nina. A paixão de Cláudia pela obra da escritora Clarice Lispector começou quando ela fez mestrado em teoria literária e escreveu a dissertação A Hora da Estrela. O livro A Palavra Usurpada é a edição brasileira da tese de doutorado da Cláudia sobre a literatura de Clarice, defendida em 2001 na Universidade de Utrecht, Holanda.

    Música - Ontem, o cantor e compositor Carlinhos Vergueiro falou de poesia e música no estande do MEC. "A música agrega as pessoas. Elas se reúnem para tocar", destacou Vergueiro. Segundo ele, a escola deve prestigiar o esporte, a arte, a música, o teatro e outras formas de expressão. "Para escrever, é preciso ler. Escrever é importante até para os casos amorosos. Quem escreve bem leva vantagem."

    Entre outras músicas, Carlinhos Vergueiro fez Por que Será, em parceria com Vinícius de Moraes e Toquinho (1977); Torresmo à Milanesa, com Adoniran Barbosa (1980); Nosso Bolero, com Chico Buarque (1986), e Dia Seguinte, com J. Petrolino (1978), gravada também por Beth Carvalho.

    Qualidade na Educação Básica é o tema escolhido pelo MEC para o estande, que tem apresentações de vídeos da TV Escola da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). Mais informações na página eletrônica da bienal e pelos telefones (21) 2527-8088 e (61) 212-4181. A programação do Espaço da Leitura do MEC pode ser conferida na internet.

    Repórter: Susan Faria

  • Para facilitar a escolha do livro didático destinado à alfabetização de jovens e adultos, está disponível na página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a partir desta quarta-feira, 23, um roteiro que explica como fazer o registro das obras no sistema do FNDE. O prazo para a escolha vai de 28 de julho a 11 de agosto. Neste período, gestores locais e coordenadores de turma das entidades parceiras devem optar pelos títulos mais adaptados ao seu público.

    O passo a passo do Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA) de 2008 mostra como acessar o sistema diretamente na página do FNDE, como cadastrar o gestor local responsável por efetuar a escolha no sistema e como registrar a opção das obras desejadas. “O sistema já é auto-explicativo, mas é importante ajudar o gestor e mostrar tudo o que ele precisa para fazer o registro da escolha”, afirma Sonia Schwartz, coordenadora nacional dos programas do livro.

    O Ministério da Educação espera beneficiar 1,3 milhão de estudantes de cerca de quatro mil municípios nesta primeira distribuição de livros didáticos para jovens e adultos. Em volume único, contendo as disciplinas de língua portuguesa e matemática, os títulos chegarão às unidades parceiras do MEC entre setembro e outubro deste ano. Segundo o diretor de Políticas de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Jorge Teles, a criação do PNLA supre uma carência de material didático voltado para a realidade desse público diferenciado. “Muitos acabavam perdendo a motivação porque não tinham materiais”, diz.

    Na página do FNDE, também está disponível o guia com uma resenha de todos os livros ofertados, orientações sobre a escolha e um termo de acordo, que apresenta as responsabilidades dos gestores com relação ao programa.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Rio Grande do Sul (Fapergs), lança nesta sexta-feira, 5, um edital de R$ 3,6 milhões para os cursos de pós-graduação gaúchos. A Capes investirá R$ 2,4 milhões e a Fapergs será responsável pelo aporte de R$ 1,2 milhão.

    Os recursos serão utilizados especialmente na modalidade de cooperação tipo 'casadinho', em que são realizadas missões de intercâmbio de estudantes de mestrado e doutorado, no fortalecimento de linhas de pesquisa e inserção de recém-doutores nos programas de pós-graduação. A verba também será utilizada para apoiar as instituições de ensino superior na qualificação de seus quadros docentes.

    Participam da cerimônia de lançamento o presidente da Capes, Jorge Guimarães, a secretária da Ciência e Tecnologia do estado do Rio Grande do Sul, Renita Dametto, e o presidente da Fapergs, João Antonio Pegas Henriques. O evento será, às 9h, na sede da Secretaria da Ciência e Tecnologia, na Sala Ruy Carlos Ostermann - Avenida Borges de Medeiros, 1.501, 7º andar, Porto Alegre.

    Atualmente, a Capes possui cerca de 28 mil bolsistas no país - no Rio Grande do Sul, são 2.967 bolsistas financiados pela agência. Em 2005, o estado conseguiu a recomendação da Capes para abertura de 19 novos cursos de pós (12 de mestrado e sete de doutorado). Depois de Minas Gerais (24) e São Paulo (23), o Rio Grande do Sul foi o estado que mais aprovou cursos em 2005.

    Adriane Cunha

  • Com a adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) terá um aumento de oito para 14 cursos de graduação e, a partir deste ano, serão criados dois novos cursos noturnos. Até 2012, serão ofertadas 485 vagas e o investimento em custeio e pessoal chegará a R$ 18 milhões.  

    A UFRA dispõe de cinco cursos de graduação em pleno funcionamento no campus central, em Belém: Agronomia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Engenharia de Pesca e Zootecnia. Os cursos de pós-graduação são quatro, sendo três de mestrado e um de doutorado, nas áreas de Biologia Vegetal, Solos e Manejo Florestal. Pelo programa de expansão, foram criados os cursos de Engenharia Florestal, em Santarém; de Zootecnia, em Parauapebas; e de Agronomia, em Capitão Poço.

    As universidades federais se expandiram e se interiorizaram nos últimos quatro anos, facilitando o acesso da população à educação pública superior. E já a partir deste ano, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) começará a ser implementado.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Nova Iguaçu (RJ) - O ministro da Educação, Fernando Haddad, visitou neste sábado, 29, as obras do campus da Universidade Federal Rural do Rio de janeiro (UFRRJ), em Nova Iguaçu. A construção, que será concluída em setembro, vai abrigar seis cursos: economia, administração, turismo, história, pedagogia e matemática. O complexo, com quatro mil metros quadrados, terá biblioteca, sala de aula, refeitório, anfiteatro e laboratório de informática.

    De acordo com reitor da UFRRJ, Ricardo Motta Miranda, o aumento do número de cursos no campus está previsto no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

    Dentro da expansão, a UFRRJ ganhou além de Nova Iguaçu, um campus em Três Rios, que também está em obras.

    Ionice Lorenzoni

  • A escritora Ruth Rocha é uma das atrações desta quinta-feira, 19, do Espaço da Leitura, montado no estande do MEC, na 12a Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Nascida em 2 de março de 1931, na cidade de São Paulo, Ruth Rocha criou histórias infantis fantásticas. É autora do livro Meninos e Meninas, publicado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e distribuído às bibliotecas de escolas públicas do ensino fundamental do país.

    A autora é graduada em sociologia e política pela Universidade de São Paulo e pós-graduada em orientação educacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Publicou seu primeiro livro, Palavras, Muitas Palavras, em 1976, e desde então já teve mais de 130 títulos publicados, entre livros de ficção, didáticos, paradidáticos e um dicionário. As histórias de Ruth Rocha estão espalhadas pelo mundo, traduzidas em mais de 25 idiomas. Monteiro Lobato foi sua grande influência. Em sua obra, essa influência é traduzida pelo interesse nos problemas sociais e políticos. Seu livro mais conhecido é Marcelo, Marmelo, Martelo, que já vendeu mais de um milhão de cópias.

    Ainda hoje, 19, às 16h30, no estande do MEC, tem a oficina de origami Dobrando histórias, com Iara Kallffmann; e às 19h, Encontro de Leitura, O universo de Monteiro Lobato, com Antonella Catinari. Ontem, 18, quase 100 pessoas, entre alunos e professores, lotaram o auditório do estande do MEC, com capacidade para 40 adultos. A atração era José Mauro Brant, contador de histórias. Em pé, sentados na arquibancada ou no chão, todos cantaram, bateram palmas e se encantaram com os suspenses criados por Brant.

    José Mauro Brant volta ao estande do MEC, no dia 21, sábado, e 22, domingo, para novas apresentações, sempre às 13h. Amanhã, 20, às 13h, a Cozinha de histórias fica sob o comando de Fátima Café, que utiliza máscaras, ritmos fortes e impressiona igualmente os professores e a garotada. Os encontros são realizados no Espaço Cultural, no Pavilhão Verde, estande do MEC (448), em frente à sala de imprensa.

    Mais informações na página eletrônica da Bienal ou telefone (21) 2527-8088 ou ainda (61) 212-4181.

    Repórter: Susan Faria

  • Mais de 400 mil atletas de todo o país vão empunhar a lapiseira e a borracha para um novo desafio no próximo sábado, 8, às 14h (horário de Brasília). É a segunda prova da 1ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que será realizada em escolas públicas de todo o Brasil. O resultado será divulgado no dia 9 de novembro.

    Os participantes – estudantes do ensino fundamental e médio – terão pela frente uma prova composta de variadas questões discursivas. Para respondê-las, muitos deles passaram por uma intensa preparação, com atividades extraclasse, formação de grupos de estudo, testes e outras formas de treinamento. A Olimpíada conta ainda com coordenadores regionais, que estão à disposição dos alunos para esclarecer dúvidas e fornecer material adicional para estudos.

    Com o tema Somando Novos Talentos para o Brasil, a Olimpíada tem o objetivo de estimular o estudo da matemática e identificar jovens talentos. Esta edição é inédita porque é voltada exclusivamente para as escolas públicas.

    Prêmios - Um total de 1.110 medalhas de ouro, prata e bronze, certificados de menção honrosa e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) serão oferecidos. Os professores dos cem melhores alunos ganharão estágio de 15 dias no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). As escolas dos 27 alunos com melhor classificação, uma por unidade federativa, ganharão laboratórios de computação e certificados de mérito nacional. As 73 seguintes receberão certificado de mérito nacional.

    Promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, a competição contou com 10,5 milhões de alunos na primeira fase e mobilizou 92% dos municípios brasileiros. Os municípios com alunos vencedores em cada região ganharão quadras poliesportivas, patrocinadas pelo Ministério do Esporte. Informações sobre regulamento, calendário, lista de alunos e locais de prova podem ser obtidas na página eletrônica da Obmep.

    Lula - Nesta quarta-feira, na cerimônia de abertura da Olimpíada do Conhecimento 2005, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou o sucesso da Olimpíada de Matemática. Confira uma parte do discurso: "Você sabe que toda vez que a gente fala de fazer alguma coisa na escola pública as pessoas falam 'não vai dar certo, porque são as pessoas muito pobres, da periferia, ninguém tem interesse e não vai das quantas'. Vamos tentar. Pois bem, como disse o ministro Sérgio Resende, a grande surpresa é que se inscreveram mais de 11 milhões de estudantes. A maior Olimpíada no mundo era a americana, que tinha 9 milhões de pessoas, e nós já temos mais de 2 milhões de pessoas a mais. O que significa isso? É que apenas a idéia e o chamamento para fazer as Olimpíadas despertou a vontade que tem dentro das pessoas de pegar as oportunidades, despertou o gênio que existe dentro de cada ser humano e nós, certamente, iremos fazer outras Olimpíadas sobre outras matérias, porque nós descobrimos um jeito de atender não apenas a intenção política do Estado brasileiro, mas a vontade dos estudantes e da juventude brasileira".

    Repórter: Sandro Santos

  • Está tudo pronto para os 630.817 alunos do ensino fundamental e médio realizarem a prova da segunda fase da 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), neste sábado, 18. Segundo a coordenadora-geral da Obmep, Mônica Souza, o exame foi elaborado por um comitê preocupado em estimular o interesse dos estudantes pelo estudo da matemática. “As questões serão criativas e incentivadoras. É só o que podemos adiantar”, disse.

    Em todo o País, serão 5.999 centros de aplicação para atender alunos de 29.660 instituições de ensino públicas. Este ano, o número de inscritos na olimpíada cresceu 35% em relação a 2005, quando 10,5 milhões de estudantes participaram da competição: se inscreveram 14.158.917 alunos e 32.603 escolas.

    A iniciativa tem como objetivo estimular o estudo da matemática e criar novos vínculos entre o aluno e a escola. Além disso, os estudantes desenvolvem sua auto-estima quando se destacam entre milhares de outros candidatos.

    A competição é realizada em duas fases: a primeira prova foi aplicada no dia 29 de agosto e a segunda será neste sábado. Em março de 2007, serão divulgados os nomes dos vencedores. Todos os estados estão participando da disputa. Os estudantes paulistas formam o maior contingente de participantes, com mais de três milhões de inscritos, seguidos pelos mineiros (1,6 milhão) e baianos (1,2 milhão).

    A premiação é dividida entre alunos, professores, escolas e municípios que se destacarem no país. Para os estudantes, serão distribuídas medalhas e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além disso, cem escolas receberão laboratórios de informática e cinco municípios (um de cada região do País) receberão quadras de esportes.

    A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é organizada pelo Impa, Sociedade Brasileira de Matemática e ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.

    Flavia Nery

  • O programa Saberes da Terra aprovou 12 projetos, dos mais de cem recebidos. Provenientes de todas as regiões do país, eles vão beneficiar mais de cinco mil estudantes em 12 estados. A maioria dos projetos está vinculada às secretarias estaduais de educação, à União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a associações de municípios.

    O Saberes da Terra é um programa nacional de educação de jovens e adultos que busca fortalecer e ampliar o acesso e a permanência de jovens agricultores e familiares no sistema formal de ensino. O programa também oferece oportunidades de elevação de escolaridade, qualificação social e profissional e o desenvolvimento da solidariedade e da cidadania. É desenvolvido em parceria com estados e municípios, com a participação efetiva de organizações não-governamentais e movimentos sociais do campo.

    Projetos – A comissão que analisou os projetos sugeriu a unificação das propostas enviadas pela Undime/PR e pela Associação de Municípios de Cantuquiriguaçú (PR). O mesmo aconteceu com aqueles enviados pela Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina (Seduc/SC) e pela Associação de Municípios da Região Serrana (Amures/SC). Também foi recomendada a unificação de 17 projetos enviados por prefeituras do Pará ao projeto da Undime/PA, que já os citava como partícipes. Confira como ficou a relação final.

    No Ministério da Educação, o Saberes da Terra é desenvolvido pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • As coordenações da educação no campo dos ministérios da Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Agrário realizam em março um seminário para avaliar a primeira etapa de atividades do projeto Saberes da Terra. O projeto oferece ensino fundamental, com qualificação profissional, a jovens e adultos que trabalham na agricultura familiar em 12 estados.

    As coordenações vão reunir em Brasília a representação de oito secretarias estaduais de educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de três estados e da Associação de Municípios Canto Quiriguaçu, que são os parceiros dos ministérios na execução do Saberes da Terra. Eles vão avaliar a gestão e como o projeto político-pedagógico está dialogando com cada eixo temático à luz da realidade de cada estado e das cinco regiões do País.

    O Saberes da Terra tem duração de dois anos, tempo em que os agricultores recebem formação equivalente ao ensino fundamental com qualificação profissional e certificado. A primeira turma reúne 5.443 agricultores. Eles ingressaram nos cursos entre março e início de julho de 2006 e devem concluir o curso até a metade de 2008. São parceiras do governo federal as secretarias estaduais de educação de Pernambuco, Paraíba, Bahia, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Santa Catarina, Tocantins e Piauí; a Undime estadual do Pará, Rondônia e Minas Gerais; e a Associação dos Municípios Canto Quiriguaçu, que reúne sete municípios do Paraná.

    Ionice Lorenzoni

  • Até o fim de julho, jovens agricultores de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rondônia e Santa Catarina, selecionados para o Saberes da Terra – programa nacional de educação de jovens e adultos para agricultores familiares integrado com qualificação profissional –, começam sua formação. Ao término do curso, que terá duração de dois anos, o jovem receberá certificado de conclusão do ensino fundamental com qualificação profissional.

    Dirigido aos que trabalham na agricultura familiar, o objetivo do Saberes da Terra é desenvolver uma política que fortaleça e amplie o acesso e a permanência desses jovens no sistema formal de ensino com elevação da escolaridade, qualificação social e profissional. Oferece ensino fundamental completo em dois anos, calendário escolar de acordo com as atividades agrícolas de cada município e região, e proposta pedagógica fundamentada no eixo agricultura familiar e sustentabilidade.

    A primeira turma do Saberes da Terra – com 5.060 agricultores de 12 estados – terá aulas em 2006 e 2007. Os recursos da União somam R$ 10 milhões, dos quais R$ 6 milhões do MEC, R$ 2 milhões do Ministério do Trabalho e outros R$ 2 milhões do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Além da parceria dos ministérios, o programa tem a cooperação de estados, municípios, organizações não-governamentais e movimentos sociais do campo. Em sete estados os cursos já iniciaram: Mato Grosso do Sul, Maranhão, Paraná, Piauí, Pará, Tocantins e Minas Gerais.

    Professores – Paralelamente à oferta dos cursos, a Coordenação de Educação no Campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) faz a formação dos educadores. Os 530 educadores estão recebendo 360 horas em formação presencial e a distância. O primeiro seminário intensivo ocorreu em março deste ano e o segundo está previsto para o período de 18 a 22 de setembro, em Brasília.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O programa Saberes da Terra, criado para estimular o acesso e a permanência do jovem do campo na rede de ensino e promover sua qualificação profissional, foi lançado na quarta-feira, dia 26, em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O programa, que vai beneficiar cinco mil jovens em 12 estados, já é uma realidade em algumas regiões.

    Ao lançar o programa, Haddad salientou que a capacitação profissional e a escolaridade se mantiveram separadas durante muito tempo no Brasil. Com o programa, segundo o ministro, será possível educar o jovem do campo, respeitada a cultura local e o ambiente no qual ele está inserido. “O objetivo é que, dentro do seu ambiente, o jovem alcance um desenvolvimento pessoal que colabore com o desenvolvimento de sua comunidade, valendo-se das oportunidades que estão a sua disposição”, afirmou Haddad.

    Tais oportunidades serão mais bem aproveitadas se o aluno acumular o conhecimento técnico necessário para fazer melhor uso delas. “Quando se prepara o jovem para o cooperativismo ou para a agricultura familiar, ele tem condições de se organizar melhor, ao mesmo tempo em que se promove a educação regular”, afirmou o ministro.

    Também participaram do lançamento do programa o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; o secretário de desenvolvimento territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Humberto de Oliveira, e o titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques.

    Na opinião do secretário, o programa tem uma agenda com conteúdo inovador pela prioridade aos jovens do campo e por articular a educação de jovens e adultos com elementos profissionalizantes adequados às necessidades específicas da juventude. “Mais do que isso, o programa permite sair de padrões pré-moldados da formação profissional para trabalhar com arcos profissionais adequados ao mundo do campo e regionalizados”, disse Henriques.

    Parceria — O Saberes da Terra (Programa Nacional de Educação de Jovens e Adultos para Agricultores Familiares Integrada com Qualificação Profissional) é uma parceria dos ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e do Desenvolvimento Agrário, com a cooperação de estados, municípios, organizações não-governamentais e movimentos sociais do campo. A proposta pedagógica adapta-se às condições locais e às características da vida do campo. O currículo é elaborado com base na alternância dos ciclos agrícolas — o jovem estuda nos períodos em que a atividade rural não requer trabalho intensivo.

    Participam do programa os estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Piauí, Rondônia, Tocantins, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. Também são parceiras as secretarias estaduais de educação, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), escolas agrotécnicas federais e instituições de ensino superior públicas e comunitárias.

    Cristiano Bastos

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