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  • Foto: João OhanesO ministro da Educação, Tarso Genro, abriu na manhã desta terça-feira, 28, em São Paulo, o Seminário Educação e Investimento - Conversão da Dívida para o Desenvolvimento. Durante todo o dia, serão apresentados na sede da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa) vários estudos sobre a viabilidade do processo de troca da dívida brasileira. O presidente da Bovespa, Raymundo Magliano, destacou a importância do seminário: "Estamos hospedando um seminário fundamental para a redução da deficiência que, ainda hoje, há na educação", disse.

    Já Carlos Simonsen Leal, presidente da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que a FGV prestará toda a ajuda ao Ministério da Educação para que o processo de conversão da dívida caminhe de forma positiva. Além da FGV, também são parceiros do MEC no evento a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o jornal Valor Econômico, a Bovespa e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

    "Estamos aqui hoje porque a educação é uma questão de todos, ou seja, uma prioridade que necessita de mais investimentos", garantiu o representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein. O ministro Tarso Genro reafirmou que a conversão da dívida só pode se dar numa relação de cooperação, assim como ocorreu entre a Espanha e a Argentina.

    Decisões - Essa discussão no Brasil, segundo o ministro, é significativa e muito importante para todos. "São necessárias decisões políticas acertadas que envolvam credores e devedores no mesmo movimento de reduzir as diferenças sociais do nosso país", concluiu Tarso Genro.

    A expectativa é para o primeiro painel do seminário: Caminhos e Viabilidade para a Troca da Dívida por Investimento em Educação. Também participam do evento o ministro da Educação da Argentina, Daniel Filmus, o secretário-geral da OEI, Francisco Piñon, e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luis Marinho.

    Repórter: Myrian Pereira

     

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Tarso Genro, transmite o cargo nesta sexta-feira, 29, às 17h, ao secretário executivo, Fernando Haddad, no auditório do edifício-sede do Ministério da Educação.

    Antes da transmissão, Tarso Genro cumpre ainda três compromissos como ministro:

    – 10h30: Assinatura de convênios e termos de compromisso para a realização de ações do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), na Sala de Atos, 9º andar do edifício-sede do Ministério da Educação;

    – 11h30: Assinatura de portaria interministerial com o Ministério da Defesa para a criação do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa), na Sala de Atos, 9º andar do Ministério da Educação;

    – 15h30: Entrega do anteprojeto da Lei da Reforma da Educação Superior ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e posse de Fernando Haddad no cargo de ministro da Educação, no Palácio do Planalto.

    (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • 20/04/2005 16h05

    O ministro da Educação, Tarso Genro, assinará na próxima segunda-feira, 25, com o ministro da Educação da Austrália, Brendan Nelson, o memorando de entendimento para cooperação no campo da educação e capacitação entre os dois países. A cerimônia será realizada em São Paulo, durante o Seminário Internacional da Reforma e Avaliação da Educação Superior: Tendências na Europa e América Latina.

    O objetivo é encorajar e intermediar, de acordo com as leis e regulamentos de ambos os países, o desenvolvimento de contatos e a cooperação entre órgãos governamentais, instituições educacionais, organizações e outras entidades do Brasil e da Austrália. O memorando pretende, também, estabelecer outros acordos entre os dois ministérios para a realização de atividades conjuntas.

    Intercâmbio - Estão ainda entre os objetivos do acordo, o intercâmbio de pessoal acadêmico e estudantes entre escolas e instituições de educação profissional e tecnológica e de educação superior; a assistência mútua e a troca de informações nas áreas de interesse das referidas escolas; o desenvolvimento de atividades conjuntas que levem ao emprego de tecnologia da informação, particularmente da internet, na área da educação; o apoio a bolsas de estudo para pesquisas de pós-graduação nas áreas de interesse mútuo, de forma a contribuir para o desenvolvimento dos recursos humanos.

    Repórter: Aroudinan Martins

     

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, participará de debate sobre a reforma universitária hoje, 24, das 19 às 21h, na sede do jornal Folha de S. Paulo, na capital paulista. Ele discutirá a reforma com os ex-ministros da Educação Cristovam Buarque e Paulo Renato Souza, num encontro inédito, que será transmitido, ao vivo, pela Radiobrás, por meio da Rede de TV NBR, da Net, e por satélite.

    Na Net, quem transmite é o canal 13 em Brasília, 10 no Rio e 14 em São Paulo. Por satélite, pelo satélite B2 Digital na freqüência de 3.875 Mhz Simbol Rate 046875 FEC 3/4 PID de Video 0318 dec  PID de Audio 0256 dec PCR 8190. Pelo satélite B1 Analógico, na freqüência de 4.030 MHz. Polarização Vertical. Também será possivel assitir pela internet na página da Agência Brasil www.agenciabrasil.gov.br

    Para o ministro Tarso Genro, o mais importante agora é dialogar com a sociedade todos os pontos da reforma. "A reforma das universidades jamais deve significar uma degradação, mas, sim, sua modernização radical para a abertura democrática do ensino superior em geral", afirma o ministro.

    O mediador do debate será Gilberto Dimenstein, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha. Os 170 lugares do auditório já estão ocupados e as reservas foram encerradas. Cerca de 60 jornalistas de todo o país também estão credenciados para acompanhar o debate. A Folha de S. Paulo fica na Alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, São Paulo. Mais informações no telefone (11) 3224-3473. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, participará do programa Fala Brasília, da TV Record (canal 8, no Distrito Federal), hoje, dia 8, a partir das 13h. Para debater a reforma universitária com o ministro, foi convidado o jornalista Demétrio Weber, do jornal O Globo. O apresentador e mediador do debate, que terá transmissão ao vivo, será o jornalista Otto Sarkis. (Assessoria de comunicação Social do MEC)

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, participa na quinta-feira, dia 10, às 17h, no Rio, de debate sobre a reforma universitária promovido pelo jornal O Globo. Tarso Genro vai apresentar os principais pontos do anteprojeto de reforma da educação superior, que prevê a melhoria da qualidade do ensino e a ampliação de vagas para estudantes.

    Também participarão do debate o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloísio Teixeira; o presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), Simon Schwartzman; o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, e o reitor da Universidade Castelo Branco, Paulo Alcântara. O mediador será o editor de opinião de O Globo, Aluízio Maranhão.

    Os interessados em participar podem retirar os convites, gratuitamente, nas agências de classificados de O Globo, nos bairros da Tijuca (Zona Norte), Copacabana e Ipanema (Zona Sul) e no Centro - Avenida Rio Branco e Rua Irineu Marinho.

    O debate será realizado no auditório do jornal (Rua Irineu Marinho, 35), que dispõe de 400 lugares. Como serão distribuídos mais de 400 convites, a entrada ao auditório será feita por ordem de chegada.

    Flavia Nery

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Tarso Genro, destacou nesta sexta-feira, 29, na Reunião Internacional de Cooperação Conjunta, em Brasília, a sintonia entre o Brasil e a Argentina em relação à iniciativa da troca da dívida externa por recursos financeiros para a educação. O encontro reuniu os ministros da área social do Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai.

    "Brasil e Argentina estão afinados politicamente no que se refere ao intercâmbio da dívida por educação", reforçou Tarso Genro. O ministro disse que os dois países dão a sustentação técnica para um trabalho que, segundo ele, terá grande relevância e resultados positivos a partir do próximo ano.

    O encontro teve como objetivo buscar uma maior articulação regional na área social. Trata-se de uma concepção da questão social envolvendo as áreas de educação, saúde, assistência social e trabalho.

    O ministro lembrou a cooperação bilíngüe (português/espanhol) que existe nas escolas de zonas de fronteira do Brasil com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e chamou a atenção para a necessidade do país assumir o espanhol como uma língua estratégica, dadas as funções políticas que o Brasil tem na América Latina. O governo federal entende que a integração econômica e política no Mercosul somente terá êxito por meio de uma maior integração educacional e cultural.

    Metas do milênio - Tarso Genro teve um encontro com o gerente do projeto Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), Jeffrey Sachs, no qual abordou a estratégia de reforma do ensino superior, a importância da universidade pública e a visão integral do sistema educacional brasileiro.

    O ministro tratou, também, do novo fundo de financiamento para o ensino. Segundo Tarso, o assessor da ONU acha correta a estratégia. "O senhor Sachs disse que a nossa visão sistêmica é muito positiva e concorda que a obstrução do ensino médio é uma questão fundamental a ser resolvida imediatamente", concluiu.

    Repórter: Sandro Santos

  • Os ministros da Educação, Tarso Genro, e da Defesa, José Alencar, assinaram nesta sexta-feira, 29, portaria interministerial para a criação do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Defesa Nacional (Pró-Defesa). A solenidade aconteceu às 11h30, na Sala de Atos do Ministério da Educação e contou com a presença do presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e do secretário de Estudos e Cooperação do Ministério da Defesa, Rômulo Bini Pereira.

    O Pró-Defesa vai financiar projetos de pesquisa sobre defesa nacional com o objetivo de promover a formação de mestres e doutores, estimular o ensino e integrar grupos de estudo sobre o tema. A previsão é que sejam disponibilizados cerca de R$ 800 mil por ano para o custeio de projetos. O primeiro edital será lançado no próximo mês.

    Os estudos acadêmicos devem investigar temas como: cenários regionais de segurança e defesa; análise e avaliação de políticas públicas de defesa nacional; estudos estratégicos (guerra, combate e logística) e doutrina militar; teoria e história da guerra; relações entre civis e militares e sociologia das forças armadas; ciência, tecnologia e defesa nacional; indústria de defesa e poder político; missões de paz; conceitos de segurança e defesa; teoria e análise de relações internacionais e de segurança internacional; e atividades subsidiárias das forças armadas.

    Seleção - Poderão participar do programa as instituições de ensino superior públicas ou privadas com cursos de pós-graduação reconhecidos pelo MEC. Os trabalhos serão selecionados por uma comissão formada por integrantes da Capes e da Secretaria de Estudos e Cooperação do Ministério da Defesa.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, entrega ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 16, às 12 horas, no Palácio do Planalto, a proposta acadêmica para a futura Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André (SP). A proposta cumpre a meta do governo federal de expansão do ensino público, gratuito e com qualidade. O projeto foi elaborado pela Comissão de Implantação da Universidade Federal do ABC, nomeada pelo secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Nelson Maculan, e é composta por especialistas e gestores educacionais e dirigentes do MEC.

    Atualmente, o Projeto de Lei nº 3.962/04, encaminhado pelo presidente da República, em 2004, para a criação da universidade, está em tramitação no Senado após ter sido aprovado pelo Plenário da Câmara. “Ao mesmo tempo em que assume compromisso com o avanço da pesquisa e do conhecimento, a Universidade do ABC estará comprometida com a formação de indivíduos capazes de compreender a sociedade em que vivem, respeitar os princípios éticos e contribuir para a solução dos problemas sociais do país”, define Maculan.

    Missão– A universidade nasce com a missão de formar profissionais de elevada qualificação em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional. Para executar essa tarefa, o projeto de implantação pretende alcançar, em longo prazo, uma estrutura composta de 600 professores e 1.000 monitores bolsistas nos programas de pós-graduação. Quando estiver funcionando, a instituição pretende contar com cerca de 20 mil alunos em cursos de graduação, 2.500 em mestrado e 1.000 em programas de doutorado.

    O núcleo fundamental da constituição acadêmica se assenta nas ciências naturais, na matemática e na tecnologia e também conta com setores de humanidades e ciências sociais com o objetivo de complementar a formação dos seus estudantes.

    Expansão– Desde o ano passado, o governo federal voltou a investir na expansão de vagas públicas e gratuitas, com a criação de novas universidades e extensões, levando o ensino superior para regiões do interior do país. As novas instituições serão responsáveis pela criação de 40 mil novas matrículas nos cursos de graduação, mestrado, doutorado e extensão.

    Começaram também a ser implantadas as universidades federais do Recôncavo Baiano e Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul (MS), e os campi da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Cruzeiro do Sul, Bragança, Castanhal, Santarém e Marabá (UFPA), de Caruaru (UFPE), de Garanhuns (UFRPE), de Vitória da Conquista (UFBA), de Planaltina (UnB), de Volta Redonda (UFF), de Nova Iguaçu (UFRRJ), da Baixada Santista (Unifesp), de Sorocaba (UFSCar), e do litoral do Paraná (UFPR).

    Repórter: Cristiano Bastos

     

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, entrega na terça-feira, 26, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a terceira e última versão do anteprojeto da Lei da Educação Superior. A solenidade será às 16h, no Palácio do Planalto. A proposta tem como princípios a valorização da universidade pública, o combate à mercantilização da educação superior, a busca pela qualidade do ensino e a democratização do acesso.

    O anteprojeto foi discutido entre o Ministério da Educação e representantes de 240 entidades acadêmicas e civis, desde março do ano passado. A partir de então, o MEC apresentou duas versões da proposta: no dia 6 de dezembro de 2004 e no dia 30 de maio deste ano.

    O segundo documento divulgado trouxe várias inovações em relação ao primeiro. Estabeleceu a vinculação de recursos das universidades para assistência estudantil, propôs que um terço das vagas dos cursos de graduação das instituições públicas sejam oferecidas no turno da noite e contemplou a educação a distância.

    Um dos desafios propostos no anteprojeto é elevar de 25% para 40% o número de matrículas em universidades públicas até 2011, conforme prevê o Plano Nacional de Educação. Em relação ao financiamento, a reforma propõe que a União aplicará, anualmente, nas instituições federais, nunca menos de 75% da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e ao desenvolvimento da educação.

    Novidade - Outra novidade presente na segunda versão trata do aumento da oferta de vagas no ensino superior nos sistemas estadual e municipal, por meio de consórcios ou convênios firmados entre as instituições e a União.

    De acordo com o ministro Tarso Genro, a reforma universitária está ocorrendo paralelamente “a uma reforma radical e profunda” do financiamento da educação básica. A proposta de emenda constitucional que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb) foi encaminhada ao Congresso Nacional no dia 14 de junho.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, entrega na sexta-feira, dia 29, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a terceira e última versão do anteprojeto da Lei da Educação Superior. A solenidade será realizada às 15h30, no Palácio do Planalto. Ao todo, 30 entidades e especialistas enviaram sugestões e emendas ao projeto.

    A reforma universitária defende a valorização da universidade pública, o combate à mercantilização da educação superior, a busca pela qualidade do ensino e a democratização do acesso. Desde março do ano passado, o MEC discute o anteprojeto com representantes de 240 entidades acadêmicas e civis. A partir dos debates, o ministério apresentou duas versões da proposta: em 6 de dezembro de 2004 e em 30 de maio deste ano.

    O segundo documento trouxe inovações. Estabeleceu a vinculação de recursos das universidades para assistência estudantil, propôs que um terço das vagas dos cursos de graduação das instituições públicas seja oferecido no turno da noite e contemplou a educação a distância. Outra novidade presente na segunda versão tratava do aumento da oferta de vagas no ensino superior nos sistemas estadual e municipal por meio de consórcios ou convênios firmados entre as instituições e a União.

    Um dos desafios propostos no anteprojeto é elevar de 25% para 40% o número de matrículas em universidades públicas até 2011, conforme prevê o Plano Nacional de Educação (PNE). Em relação ao financiamento, a reforma propõe que a União aplique, anualmente, nas instituições federais, nunca menos de 75% da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e ao desenvolvimento da educação.

    Expansão — Ao entregar as sugestões da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o presidente da entidade, Oswaldo Baptista Duarte Filho, disse que as 55 instituições federais de ensino superior são favoráveis à expansão das universidades, posição que já foi apresentada ao presidente Lula em 2003.

    “Precisamos garantir condições para o processo de expansão. Não questionamos a expansão dos 40% previstos no PNE, que está na reforma. Questionamos é que as condições dadas na segunda versão não garantem a expansão para alcançarmos esse objetivo. Queremos melhorar as condições de financiamento para o objetivo ser atendido”, explicou Duarte Filho.

    Flavia Nery

  • O ano de 2005 foi instituído pelo Ministério da Educação como o ano da qualidade social da educação básica no Brasil. Hoje, 14, às 15 horas, o ministro da Educação, Tarso Genro, lança a Agenda de Trabalho para a Educação Básica, no auditório do edifício-sede do ministério. Além do ministro, a mesa será composta por representantes do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (Cobsed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Conselho Nacional de Educação (CNE). A proposta de emenda constitucional para criar o Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) já foi encaminhada, na última semana, para a Casa Civil.

    A agenda é resultado de três meses de avaliação e diagnóstico da situação do ensino básico no País. Ela prevê a criação do Sistema Nacional de Formação de Professores, que tem por base dois programas, Pró-Licenciatura e Pró-Letramento, ambos com dois anos de duração e início em agosto de 2005.

    O Pró-Licenciatura oferecerá acesso a cursos superiores a 150 mil professores de escolas públicas de ensino médio e das séries finais do ensino fundamental, que não têm a qualificação exigida pela legislação. Este ano, serão beneficiados 50 mil, com investimento de R$ 270 milhões, em dois anos.

    O Pró-Letramento destina-se a 400 mil professores das séries iniciais do ensino fundamental e trará conteúdos em língua portuguesa e matemática, áreas em que os estudantes avaliados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostraram dificuldades. O investimento será de R$ 120 milhões, em dois anos.

    O Sistema Nacional de Formação de Professores reforçará também ações já desenvolvidas pelo MEC, voltadas para a formação inicial e continuada de docentes do ensino infantil e das séries iniciais dos ensinos fundamental e médio. Há ainda a Rede Nacional de Formação Continuada, o programa Universidade Século XXI, a oferta de bolsas para professores de escolas públicas, no Programa Universidade para Todos (ProUni); a reestruturação dos cursos de licenciatura e o apoio à criação de novos cursos, com ênfase na diversidade cultural do País.

    Recursos - O Ministério da Educação dispõe de R$ 470 milhões em seu orçamento para iniciar as ações da Agenda de Qualidade para a Educação Básica. A aplicação desses últimos recursos está sendo decidida em conjunto com o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (Consed) e com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A maior parte dos recursos será destinada a ações de apoio ao ensino médio: valorização e remuneração dos professores, estímulo a programas de formação de docentes, obras de infra-estrutura e compra de equipamentos para as escolas, nas quais o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) investirá outros R$ 75 milhões em 2005.

    O MEC lançará também um plano emergencial para contratar professores de matemática, física, química e biologia e fará uma convocação nacional de professores afastados das salas de aula. Em etapas posteriores do plano, se a carência persistir, serão convidados universitários em final de curso e profissionais de áreas afins.

    Fundeb - As ações de apoio ao ensino médio fazem parte de uma transição na forma de financiamento da educação: a substituição do Fundef, que financiava o ensino fundamental, pelo Fundeb. O novo fundo terá mais recursos e atenderá a todos os níveis da educação básica. A proposta de emenda constitucional prevê o aumento progressivo da vinculação dos recursos de tributos federais à educação dos atuais 18% para 22,5%. Ao final dos quatro anos de transição, os recursos para a educação chegarão a R$ 4,3 bilhões.

    Susan Faria

  • Foto: Wanderley PessoaO ministro da Educação, Tarso Genro, lançou nesta quarta, 27, a segunda edição do Selo Escola Solidária 2005. O evento foi realizado no Centro Interescolar de Línguas (CIL), na Asa Sul, em Brasília. O selo, que identifica as escolas comprometidas com uma educação fundamentada nos ideais de solidariedade, participação e responsabilidade social, integra o projeto Faça Parte, do Instituto Brasil Voluntariado, que tem o MEC como um dos principais parceiros.

    Tarso Genro explicou que eventos dessa natureza retratam a relação da sociedade civil organizada com o Estado, e faz com que este supere seus entraves burocráticos, cumprindo suas funções públicas, "o que democratiza o acesso da cidadania a bens públicos fundamentais como a Educação. Não haverá educação de qualidade sem participação social", disse. Para o ministro, a concepção de escola já não é mais vinculada exclusivamente ao aprendizado educacional tradicional. "É um aprendizado da cidadania", complementou.

    A diretora do CIL, Denise Damasco, falou sobre os projetos de voluntariado na escola. Segundo ela, os projetos são voltados ao atendimento de dependentes químicos, deficientes físicos e visuais. As campanhas do CIL visam à melhoria da qualidade de vida do cidadão e a escola deve ser um importante espaço de mobilização.

    Representando o voluntariado jovem do CIL, a estudante Maria Cláudia de Oliveira Barros expôs a iniciativa dos estudantes em criar o Clube do Ledor, que auxilia, principalmente, deficientes visuais na escola. Aluna do curso de francês, Ledi Rosa Santos abriu o evento apresentando num solo de acordeão a valsa Mademoiselle de Paris e o folclore russo, Otche Tohornia.

    Seleção - A primeira edição do Selo Escola Solidária foi lançada em 2003, no Ministério da Educação. O projeto já reconheceu mais de 8,7 mil escolas públicas e particulares, de educação infantil, fundamental, média e técnica. Para receber o Selo Escola Solidária 2005, as escolas devem se inscrever, até 31 de maio, na página eletrônica do MEC. As instituições selecionadas ganharão certificado, cartazes do projeto e um CD com arquivo de imagem do selo, para inseri-lo no material que desejar.

    Repórter: Sonia Jacinto

     

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, afirmou nesta quarta, 30, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal, que "não há, nem haverá reconhecimento automático de qualquer diploma pelo Brasil em relação a outros países". O ministro disse que entende a pressão que os 600 estudantes de Cuba exercem, mas que seria um arbítrio singularizar um país. "E esse tipo de atitude não vamos tomar, seria um arbítrio."

    O autor do requerimento da audiência pública, o senador José Agripino (PFL-RN), fez o pedido para que o ministro esclarecesse o conteúdo do editorial de um jornal de circulação nacional que dizia que o MEC iria validar, automaticamente, o diploma de brasileiros que cursam medicina em Cuba. O senador João Ribeiro (PFL-TO) falou da importância da discussão devido à falta de médicos na região Norte. Ele advertiu que há um déficit de profissionais da área da medicina no Tocantins e destacou o trabalho de medicina comunitária feita por médicos cubanos na região.

    Tarso Genro falou sobre os países que estabelecem um vínculo, como Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e que promovem conhecimento mútuo para identificar a conivência entre os currículos dos cursos. Segundo ele, a proposta é outorgar uma validade pública no Mercosul, aos títulos universitários obtidos nesses países, para que os cursos cumpram os requisitos de qualidade previamente. "É preciso focar quais os requisitos mínimos de qualidade abrigados pela autonomia da universidade."

    No Mercosul há um trabalho criterioso em andamento, para assegurar a revalidação "automática" aos egressos de cursos que obtiverem "o selo de qualidade" Mercosul. Os critérios foram acordados entre especialistas desses países e passam por aplicação experimental em cursos selecionados (agronomia, engenharia e medicina). No final do ano haverá uma avaliação que indicará se o mecanismo experimental será validado ou modificado.

    Fundeb - O ministro aproveitou para anunciar o envio ao Congresso, em dez dias, da proposta de emenda à Constituição que cria o Fundo Nacional do Ensino Básico (Fundeb). Ele disse que o Fundo mobilizará grande soma de recursos, motivo pelo qual a PEC precisou ser negociada com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Serão R$ 4,5 bilhões em quatro anos", antecipou.

    Sandro Santos

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, afirmou nesta quarta, 30, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal, que "não há, nem haverá reconhecimento automático de qualquer diploma pelo Brasil em relação a outros países". O ministro disse que entende a pressão que os 600 estudantes de Cuba exercem, mas que seria um arbítrio singularizar um país. "E esse tipo de atitude não vamos tomar, seria um arbítrio."

    O autor do requerimento da audiência pública, o senador José Agripino (PFL-RN), fez o pedido para que o ministro esclarecesse o conteúdo do editorial de um jornal de circulação nacional que dizia que o MEC iria validar, automaticamente, o diploma de brasileiros que cursam medicina em Cuba. O senador João Ribeiro (PFL-TO) falou da importância da discussão devido à falta de médicos na região Norte. Ele advertiu que há um déficit de profissionais da área da medicina no Tocantins e destacou o trabalho de medicina comunitária feita por médicos cubanos na região.

    Tarso Genro falou sobre os países que estabelecem um vínculo, como Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e que promovem conhecimento mútuo para identificar a conivência entre os currículos dos cursos. Segundo ele, a proposta é outorgar uma validade pública no Mercosul, aos títulos universitários obtidos nesses países, para que os cursos cumpram os requisitos de qualidade previamente. "É preciso focar quais os requisitos mínimos de qualidade abrigados pela autonomia da universidade."

    No Mercosul há um trabalho criterioso em andamento, para assegurar a revalidação "automática" aos egressos de cursos que obtiverem "o selo de qualidade" Mercosul. Os critérios foram acordados entre especialistas desses países e passam por aplicação experimental em cursos selecionados (agronomia, engenharia e medicina). No final do ano haverá uma avaliação que indicará se o mecanismo experimental será validado ou modificado.

    Fundeb - O ministro aproveitou para anunciar o envio ao Congresso, em dez dias, da proposta de emenda à Constituição que cria o Fundo Nacional do Ensino Básico (Fundeb). Ele disse que o Fundo mobilizará grande soma de recursos, motivo pelo qual a PEC precisou ser negociada com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Serão R$ 4,5 bilhões em quatro anos", antecipou.

    Sandro Santos

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, representará o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 5, em São Paulo, na formatura dos alfabetizandos do Instituto do Trabalho Dante Pellacani da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Ao todo, foram alfabetizados 67.130 alunos de 11 regiões do país, por meio do programa Brasil Alfabetizado, do MEC, em parceria com a CGTB, a Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) e o Congresso Nacional Afro-Brasil (CNBA).

    Segundo o coordenador do programa na CGTB, Jorge Venâncio, o Brasil Alfabetizado, que vem sendo desenvolvido desde maio de 2004, apresentou baixo índice de evasão, em razão do método de trabalho empregado, onde o aluno torna-se o centro do aprendizado. Para ele, iniciativas como essas são vencedoras: "Demonstram que o Brasil tem todas as condições de vencer o analfabetismo e que a sua erradicação está próxima", afirma.

    O Brasil Alfabetizado é uma grande conquista. Com a sua implantação, a alfabetização deixou de ser campanha e passou a ser política pública. Assim, o governo reserva, anualmente, recursos para reduzir o número de analfabetos e garantir a educação como direito de todos.

    Sucesso - Os números mostram o sucesso do programa: em 2003, 1,6 milhão de pessoas passaram por ele e orçamento foi de R$ 168 milhões. Em 2004, os recursos foram da ordem de R$ 172 milhões e 1,7 milhão de pessoas foram atendidas, superando a meta de beneficiar 1,6 milhão de brasileiros. Para este ano, são R$ 220 milhões para atender 2,2 milhões de pessoas. De acordo com dados do Censo 2000 do IBGE, o Brasil tem 16 milhões de analfabetos.

    Além disso, os alfabetizadores têm atuado como parceiros na divulgação da importância do registro civil, fortalecendo e estimulando a promoção dos direitos dos cidadãos. Outra novidade foi a pactuação com estados e municípios, que hoje detêm 62% dos convênios. Até 2003, a participação dos estados e municípios não tinha prioridade e a alfabetização era feita principalmente por organizações não-governamentais, o que não garantia a continuidade de estudos na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

    A continuidade dos estudos é uma das principais preocupações da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), responsável pelo Brasil Alfabetizado e também pela EJA. "A alfabetização é a porta de entrada no mundo dos estudos", afirma o titular da Secad, Ricardo Henriques. "A articulação entre o Brasil Alfabetizado e a EJA é essencial para sanarmos a dívida histórica que temos com milhões de brasileiros que não tiveram a oportunidade de freqüentar as escolas na infância e adolescência", completa.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • O ministro Tarso Genro recebeu nessa terça-feira, 29, o ex-ministro da Educação, Murilo Hingel, que veio apresentar a instituição que representa, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC). Hingel também informou que a CNEC fará sugestões ao anteprojeto da reforma do ensino superior, cujo prazo termina hoje, 30. A CNEC, que tem como objetivo promover a formação integral das pessoas a partir da educação com excelência e compromisso social, já possui 62 anos.

    O ministro falou sobre a possibilidade dessas instituições integrarem o programa Escola de Fábrica, criado para reforçar a educação profissional no país, e garantiu que a CNEC obterá resposta quanto às propostas que serão encaminhadas ao MEC para a reforma.

    Conforme o ex-ministro Murilo Hingel, a CNEC, neste momento, quer fazer o mesmo que fez no passado: oferecer ensino superior nas regiões próximas aos grandes centros urbanos. "Queremos levar ensino superior ao interior do Brasil, especialmente ao Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Cursos que atendam às necessidades sociais e que estejam voltados para o desenvolvimento regional", explicou Hingel.

    A CNEC mantém 20 instituições de ensino superior e 293 escolas de educação básica. São mais de 130 mil alunos, dos quais 17 mil estão matriculados no ensino superior. Desses, 101 estudam com bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).

    Repórter: Cristiano Bastos

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, recebeu nesta quinta-feira, 12, o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Wilson Lang, para tratar de assuntos pertinentes à categoria, como a admissão de títulos e graus universitários de graduação no Mercosul e a implementação de cursos de educação a distância para capacitar os profissionais nas diferentes localidades do país.

    O presidente do conselho expôs a necessidade de criação do curso de capacitação para desenho espacial e acessibilidade, projeto que ainda está em estudo junto à Secretaria de Direitos Humanos e tem o objetivo de formar arquitetos, engenheiros e profissionais em designer habilitados em desenvolver projetos que levem em conta a acessibilidade. Informou também que o presidente da República exigiu por meio de uma lei que a Confea fiscalize as obras de acessibilidade. Entretanto, as escolas de arquitetura não fazem ações de capacitação, por isso a necessidade do conselho realizar os cursos específicos que devem ser autorizados pelo MEC.

    Wilson Lang pediu ainda uma parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) sobre números de profissionais formados, para cadastro e monitoramento, tanto no âmbito do ensino técnico do nível médio quanto do ensino superior.

    Por sua vez, o ministro explicou a complexidade das demandas que envolvem diferentes secretarias do MEC, pediu que o presidente faça uma nota técnica a respeito dos pleitos e prometeu encaminhá-los para que uma comissão analise as propostas.

    Repórter: Sandro Santos

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, acompanha nesta terça-feira, dia 12, a comitiva do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que participará, em Paris, das Comemorações do Ano do Brasil na França. Lula fará palestra na Universidade de Paris (Sorbonne), terá encontro com o primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, e com a ministra-delegada de comércio exterior, Chirtine Lagarde, além de reunião com o prefeito de Paris, Bertrand Delanoë. Também está programado um encontro com prefeitos franceses. Na sexta-feira, o ministro Tarso Genro será recebido pelo presidente Jacques Chirac.

    O Ano do Brasil na França faz parte do evento Saisons Culturelles Étrangères en France (Estações Culturais Estrangeiras na França), que desde 1985 homenageia diferentes países. A cada ano, um país é convidado a levar sua produção cultural a todas as regiões francesas. Até o momento, o governo francês já recebeu eventos de 18 países. Em 2004, a homenageada foi a Polônia. Em 2003, a China.

    Acordo — Resultado de acordo cultural firmado entre os dois países, a iniciativa prevê a realização de uma extensa programação de eventos culturais brasileiros não só em Paris, mas em outras regiões.

    O tema será Brésil, Brésils (Brasil, Brasis), uma homenagem à diversidade e à modernidade da cultura brasileira. O objetivo é despertar o interesse sobre o país na França e na Europa, dar uma demonstração de sua diversidade cultural e apresentá-lo como potência nos aspectos econômico, industrial, comercial, social e turístico.

    Repórter: Sandro Santos

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, participou de um debate histórico ontem à noite, 24, na capital paulista, evento promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, com duração aproximada de três horas. Tarso e seus dois antecessores no cargo, os ex-ministros Paulo Renato de Souza (do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e o senador Cristovam Buarque (PT/DF), apresentaram opiniões sobre o anteprojeto da reforma universitária e aprofundaram a discussão sobre questões relacionadas à educação de forma geral.

    O debate de ontem no auditório da Folha, que teve início às 19h10 e terminou pouco antes das 22h, foi o segundo de que o ministro participou nesta semana. Tarso esteve no programa Diálogo Brasil, da TV Nacional, na quarta-feira, 23. No dia 10 de março, estará no auditório do jornal O Globo e no dia 16 participa do programa Sem Censura, na TVE Brasil.

    Durante o debate, o ministro Tarso Genro defendeu o anteprojeto da reforma universitária, assegurando que a proposta do Ministério da Educação (MEC) "não é fechada, sectária, nem tampouco autoritária". De acordo com Tarso, "a reforma foi colocada na sociedade para que fosse possível construir um processo transformador".Ele ressaltou ainda que a iniciativa da Folha possibilitou uma discussão de muita qualidade. "O debate sobre a reforma da educação superior no Brasil já adquiriu legitimidade, independentemente das posições surgidas." O ministro reforçou a idéia de que o momento da educação no Brasil é de construção. "Por isso, o debate sobre a reforma foi excelente para que a sociedade possa analisar quais as origens, os objetivos e os caminhos por que deve passar a reforma. Estes debates devem gerar acréscimos e modificações ao projeto, para que tenhamos uma reforma democrática, abrangente e articulada com a revolução de qualidade na educação básica do Brasil", explicou o ministro Tarso Genro.

    Divergências - A divergência entre o atual e o ex-modelo de educação do governo federal ficou evidente durante a maioria das falas do atual ministro e do ex-ministro Paulo Renato. Enquanto Tarso defende uma visão sistêmica do processo de educação, que atende todas as etapas e modalidades, Paulo Renato defende a visão da educação baseada no foco, que, no governo anterior, privilegiou o ensino fundamental, comprometendo, no entanto, o acesso de crianças e jovens ao ensino médio. Outro ponto de divergência do ministro Tarso Genro com o ex-ministro Paulo Renato de Souza fica por conta da visão que o seu antecessor tem a respeito da educação e a relação com o mercado. "As críticas são legítimas, mas estão amparadas pelo interesse de mercado", disse Tarso ao ex-ministro. Sobre a questão da regulação do ensino, Tarso se diz favorável. "Eu sou a favor e o Paulo Renato é contra. A sua visão é respeitável, mas na minha opinião ele não tem condições de fundamentá-la. Ou seja, de sustentar a ausência de regulação. O que
    existe, neste caso, é uma regulação determinada pela força dos sujeitos em disputa sem estado", explicou o ministro. Tarso diz que é a favor da regulação por acreditar em estado democrático de direito, onde a regulação não é originária da vontade imperial da burocracia estatal e sim da vontade da sociedade. "Se a regulação existe, ela é originária da sociedade e não de um ato imperial da burocracia", explicou o ministro Tarso Genro, afirmando ainda que onde não existe regulação, existe a ausência de norma. "Onde não existe a eficácia da norma, a regulação se faz pela força entre os sujeitos em disputa, o que é válido para determinados tipos de concorrência, mas não para outros, como é o caso da educação".

    Consenso - Tanto o senador Cristovam Buarque quanto o ex-ministro Paulo Renato de Souza são favoráveis à reforma. "Eu acho a proposta muito limitada, porque seu defeito maior é o que deixa de fora. Acho que o debate pode levar à incorporação de outras considerações que venham a tratar a questão do ensino superior como sistema e não apenas como a questão da universidade", disse Paulo Renato, que considerou o debate esclarecedor e lembrou que o sistema de ensino superior do país tem uma legislação básica desde 1968 e precisa ser reformado.

    Educação básica - O ex-ministro da Educação, senador Cristovam Buarque, também considera a reforma universitária necessária, mas sugeriu que, antes de enviar o anteprojeto à Casa Civil, o MEC realize a reforma do ensino básico. "Se nós não melhorarmos o ensino básico, a universidade não vai melhorar. A universidade recebe os alunos que vieram da educação básica. Hoje, dois terços dos nossos jovens não chegam no fim do ensino médio, portanto não fazem vestibular. Quantos gênios nós perdemos, e aquele um terço que termina é sem qualidade. Então, quando chegam à universidade, eles têm que recuperar o que não aprenderam na escola básica", disse Buarque. O senador petista considera positiva a disposição do ministro Tarso Genro de dialogar com a sociedade.

    Avanço possível - Tarso Genro lembrou que é preciso lidar com a correlação de forças que existe na política, que dá a direção econômica ao país, e com as diferentes visões de como se encaminham as soluções orçamentárias. "Prefiro um avanço possível a uma impossibilidade de avançar. Eu sou do passo a passo, desde que este passo seja um passo concreto e positivo", sintetizou Tarso. O ministro também falou da posição do MEC em relação aos recursos para a educação básica. "Em 2004, inicialmente, aportamos R$ 200 milhões para o ensino médio dos dez estados mais pobres do país. Agora, para 2005, dispomos de mais R$ 470 milhões para a educação de nível médio. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) irá proporcionar os recursos para o MEC dar seqüência progressivamente à revolução da qualidade da educação básica do país", disparou o ministro Tarso Genro.

    "A nossa proposta em relação ao Fundeb é o ponto de partida para uma qualificação estratégica da educação básica e representa R$ 1 bilhão a mais para o orçamento, totalizando R$ 4,3 bilhões em quatro anos. A proposta que nós estamos trabalhando não é a ideal, mas na situação concreta que vivemos é preferível trabalhar com este possível e realizável, tão grave é a questão da educação básica no Brasil, do que renunciar a esta possibilidade em nome de absolutamente nada. Nos obrigamos a buscar este possível e realizável para melhorar substancialmente os padrões da educação básica no Brasil. As colocações do ex-ministro Cristovam Buarque, no entanto, revelam posições morais, humanísticas e politicamente corretas", disse Tarso.

    Repórter: Alexandre Costa

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