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  • Uma economia baseada na agricultura foi o cenário para a professora paranaense explorar o projeto sobre a origem dos alimentos, entre eles, o leite (arte: ACS/MEC)Um dos desafios da escola é motivar o estudante para que ele não só questione, mas encontre respostas para muitas perguntas relacionadas a experiências pessoais, cultura, rotina em casa e na comunidade. Quando se é criança, tudo pode ser muito bom, como correr, brincar e, no lanche, fazer bigodinho de leite.

    A partir de um desses momentos curiosos, a professora Elaine Cristina Benteo aproveitou para levantar, com os alunos, dúvidas como a origem do leite, da caixinha ou da garrafa. As respostas a despertaram para a realização de projeto em sala de aula com os alunos do segundo ano do ensino fundamental da Escola Municipal Padre Nelson Ângelo Resch, em Marilena (7,1 mil habitantes), no interior do Paraná. A ideia nasceu durante atividade sobre a origem dos alimentos.

    “Na nossa região, há muitos produtores de leite, e alguns alunos eram filhos de produtores”, lembra a professora. “Então, a primeira atividade foi levar as crianças a verificar como é feita a ordenha.”

    Na primeira propriedade visitada, os estudantes conheceram a ordenha manual e a mecanizada. Depois, visitaram outras propriedades, outros produtores. Souberam então que não só da vaca é possível consumir o leite. “Podemos consumir o leite de búfala, de cabra e de égua. Então, visitamos essas propriedades para eles conhecerem, vivenciarem.”

    Com uma economia baseada na agricultura, o município de Marilena foi o cenário para que a professora explorasse o projeto A Origem dos Alimentos: de Onde Vem o Leite. A turma passou por indústrias, visitou propriedades, acompanhou a ordenha dos animais e vivenciou a realidade de agricultores familiares que trabalham com derivados do leite, como queijos e iogurtes. Elaine ainda orientou os estudantes a observar o produto final nas prateleiras. “Fomos ao supermercado para que eles soubessem em que local são armazenados os produtos, para fazer a leitura das embalagens, identificar os ingredientes usados nos produtos, prazo de validade e estudo de embalagem”, diz a professora.

    O consumo consciente e a preocupação com o descarte das embalagens foi tema de lição de casa. Além disso, Elaine reuniu os pais e as merendeiras. “Conseguimos alguns cursos para os pais e para as merendeiras da escola, que aprenderam a preparar novos pratos com o leite da merenda escolar.”

    Campanha — Com o amplo envolvimento de todos, um dos alunos surpreendeu ao sugerir a organização de uma campanha para auxiliar moradores carentes. A iniciativa de arrecadar e doar caixas de leite levou a professora a apostar ainda mais no projeto. “Considerei a iniciativa muito interessante por partir de uma criança”, destaca. “Fizemos a campanha, que teve aceitação muito grande dos pais, que nos ajudaram na divulgação e na campanha propriamente dita; eles abraçaram bem o projeto, uma iniciativa que nos deixou muito felizes.”

    Para entregar as doações aos moradores da comunidade, a professora contou com o apoio da assistência social do município. “É o que nós estamos precisando: resgatar um pouco desses valores”, diz Elaine. “Então, nós fizemos a campanha; depois, a entrega, com o pessoal da assistência social, para a comunidade conhecer um pouco a função da assistência social, que é responsável pelo cadastro, pelo acompanhamento das famílias do município.”

    Paixão — A criatividade da professora para pensar todas essas atividades vem da paixão por educar, por alfabetizar. Graduada em pedagogia, pós-graduada em psicopedagogia e educação especial, Elaine, com 23 anos de experiência em sala de aula, vive com o coração o processo de alfabetização, período de descoberta para as crianças.

    “Quando eu comecei a estudar, eu me encontrei; é uma profissão que eu amo, que eu adoro”, diz. “E sempre gostei do processo de alfabetização, que é o que me encanta.”

    Elaine considera apaixonante, no início do ano letivo, deparar-se com as crianças que iniciam o ano, com suas garatujas e rabiscos e, em três ou quatro meses ter o prazer de vê-las lendo e escrevendo com autonomia.  “Isso para mim é apaixonante, é o que me motiva cada vez mais e é onde eu me encontro”, afirma. “Não me consigo ver atuando em outra série que não seja de alfabetização. Essa é a minha verdadeira paixão. É o que eu amo fazer.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estar em sala de aula é um momento especial para quem vive na rua ou enfrenta uma rotina um tanto vulnerável. Na cidade de Taguatinga, a 21 quilômetros do centro de Brasília, um curso preparatório para as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) — marcadas para agosto — acolhe um público bem variado.

    O Encceja é um exame para jovens e adultos que não tiveram oportunidade de concluir os estudos na idade apropriada. É a chance para que os candidatos garantam o certificado do ensino fundamental ou médio.

    As aulas são realizadas no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). Um grupo de 25 pessoas participa da iniciativa. As aulas ocorrem duas vezes por semana e duram cerca de uma hora e meia.

    Flávio Alef Souza está entre os que participam do projeto. Com 21 anos, está na rua desde os 17. Ele fala sobre a vontade de seguir adiante, ao lado da família. “Estou aí, tentando estudar e voltar para a escola, para recuperar a minha família, né. Ter uma vida normal, sem usar droga, poder trabalhar, acordar cedo”, afirmou.

    Para o professor de português Luciano Paiva, o projeto motiva para o estudo e ajuda as pessoas a voltar a fazer planos e a desejar de fato uma mudança de vida. “A gente está aqui para incentivá-los a voltar a estudar porque a maioria deles sequer concluiu o primeiro grau (...) Poder contribuir por meio da leitura, por meio estudo, a gente consegue romper esse ciclo no qual eles estão inseridos”, disse o docente.

    Para muitos, a oportunidade é um verdadeiro recomeço. Édila Ferreira, de 25 anos, lembra da superação do vício das drogas, que a fez abandonar a escola aos 16. Agora ela planeja conseguir o diploma do ensino fundamental. Mesmo com um bebê de dois meses, tem frequentado as aulas.

    “Eu tinha que trabalhar aí não teve mais como estudar por isso que eu fiquei em situação de rua porque conflitos com a família e também, infelizmente, o uso de drogas. Mas hoje em dia eu já estou em casa, com a minha família. Está tudo bem. Estou fora do uso, graças a Deus. [Desejo] dar uma vida melhor para os meus filhos, inclusive estou trazendo meu bebê ainda pra aula porque a gente se empenha mais pra poder se sair bem na prova”, afirmou.

    A subsecretária de Assistência Social do governo do Distrito Federal, Daniella Ginkins, acredita que a iniciativa, aliada a demais ações locais, tem colaborado no acolhimento das pessoas que vivem na região. “Com o incentivo que vem do governo federal, do MEC e de outras áreas, a gente consegue fazer com que os programas sejam potencializados e a gente consegue ter um retorno, um engajamento muito grande também da comunidade nessas iniciativas”, explicou.

    As provas do Encceja estão agendadas para o dia 25 de agosto em 611 municípios brasileiros. Quase três milhões de pessoas se inscreveram para esta edição do exame.

    Saiba mais – A história do curso preparatório para o Encceja é o tema da edição desta sexta-feira, 28 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Diagnosticar a situação e o tipo da hanseníase predominante no município onde mora, no Piauí, foi a motivação de um estudante de curso técnico de enfermagem (arte: ACS/MEC)Ao estudar sobre a erradicação de doenças no mundo, durante uma aula sobre saúde coletiva, o estudante Kaio Martins, 19 anos, resolveu realizar uma pesquisa científica. O objetivo era diagnosticar a atual situação e o tipo da hanseníase predominante no município de Campo Maior, Piauí, onde mora.

    Aluno do curso técnico de enfermagem do Centro Estadual de Ensino Profissional de Tempo Integral Cândido Borges Castelo Branco, Kaio revela que ficou interessado no tema ao saber que, na década de 80, a cidade piauiense foi piloto na implantação, pelo governo federal, do tratamento de polioquimioterapia para hanseníase, a partir da junção de vários medicamentos em um único. Na época, a doença também foi subclassificada em paucibacilar (não contagiosa) e multibacilar (altamente contagiosa).

    “Ainda tem muita gente sofrendo”, diz o estudante. “Quando a doença é diagnosticada tarde, a pessoa vai sentir dores pelo resto da vida. Então, eu quero acabar com isso ou, pelo menos, ajudar.”

    Segundo preconiza o Ministério da Saúde, uma situação é considerada endêmica quando se tem um caso de hanseníase para cada dez mil habitantes. Em Campo Maior, município de 46 mil habitantes, a 75,8 quilômetros de Teresina, foram diagnosticados 23 casos. “Dos nossos pacientes que fazem tratamento, 90% são multibacilares, ou seja, isso é preocupante, pela forma de transmissão”, diz a professora Silvana Orsano, orientadora do projeto desenvolvido pelo estudante. “O que podemos fazer? Foi aí que a coisa começou a ficar no juízo de Kaio.”

    De acordo com a pesquisa, o tratamento de polioquimioterapia para a hanseníase tipo multibacilar não deu certo porque a medicação é muito forte. “Nessa fase mais avançada, as pessoas sentem os efeitos colaterais sempre que tomam a medicação”, diz Kaio. “Então, elas desistem do tratamento, continuam com a doença e, pouco tempo depois, voltam a transmitir.”

    Diagnóstico — Segundo a professora e o aluno, se a doença predominante continua sendo a multibacilar, há alguma coisa errada. Pesquisas mundiais afirmam que o diagnóstico precoce pode reverter o quadro. Depois de um ano de estudo, de janeiro a outubro de 2015, a pesquisa seguiu para a segunda fase. Em visita às escolas, o jovem ministrou palestras para sensibilizar a população mais jovem por meio de autoimagem. “Na palestra são apresentadas muitas imagens das manchas da fase multibacilar. Essas manchas vão virando nódulos, eles olham e se assustam”, afirma o estudante. “Aí, fica mais fácil ajudá-los a acabar com a doença.”

    Kaio destaca o diagnóstico precoce como a solução. “Se você descobre a doença quando ela é paucibacilar, a pessoa não vai transmitir, vai fazer o tratamento e se curar”, diz. “E aí vai ser tudo bem mais rápido.”

    Com a pesquisa, Kaio Martins vem participando de feiras nacionais e internacionais. Na última, em Fortaleza, ele ganhou o credenciamento para participar da Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (Febrace), em São Paulo, em março de 2017.

    Curável — Considerada uma das doenças mais antigas do mundo, a hanseníase também é conhecida como lepra. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é curável, mas se não for tratada adequadamente pode se tornar preocupante.

    Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, e há várias campanhas para a erradicação do mal. A transmissão se dá por contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida por meio de gotículas de secreções do nariz ou da saliva. Não há transmissão pelo contato com a pele.

    Ao penetrar no organismo de uma pessoa, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico. O período de incubação é prolongado e pode variar de seis meses a seis anos. É fundamental seguir o tratamento, que é eficaz e permite a cura, desde que não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.

    Assessoria de Comunicação Social 

    Ouça:

  • A educação infantil é uma das etapas mais importantes no processo de formação das crianças. Nessa fase, a abordagem pedagógica exige planejamento e cuidado para que “o brincar” esteja entre as práticas que irão colaborar para o desenvolvimento integral da criança.

    A educação infantil é a primeira fase da educação básica e atende crianças de 0 a 5 em creches e pré-escolas. O intuito das práticas educacionais nessa idade é complementar a ação da família e da comunidade, como cita a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A etapa foi comemorada ao longo desta semana, que começou no dia 25 com a celebração do Dia Nacional da Educação Infantil.

    “A importância do brincar é que a criança, dentro do seu próprio instinto, vai buscar coisas que ela está precisando trabalhar. Seja uma coordenação motora fina, grossa, ou até uma organização emocional. Então, dentro do brincar livre, ela vai trazendo essas coisas à tona e ela mesma vai trabalhando”, afirma a neuropedagoga Priscila Peres.

    A psicóloga Patrícia Serejo defende o envolvimento de todos que convivem com a criança, principalmente dos pais, que têm a oportunidade de viver momentos únicos com os filhos por meio de brincadeiras e tempo livre para o criar.  “A proposta é fazer os pais refletirem sobre o seu próprio papel enquanto pai, educador, cuidador, tia, avó, né. Em como propicia esse brincar livre, que traz elementos da própria infância, que traz elemento da sociedade”, explica.

    Histórias – Toda família tem causos e contos que atravessam gerações. E, para algumas, o ato de contar essas histórias é tradição, como lembra a professora e contadora de história, Míriam Rocha.

    “Elas perpassam de pais para filhos, de avós para netos, de tias pra sobrinhas. Toda essa experiência eu tive na minha família desde criança e logo cedo passei a recontar aquelas histórias que eu escutava do meu avô”, conta.

    Saiba mais – O tempo de brincar, que é a primeira etapa da educação básica, é o tema da edição desta sexta-feira, 29 de agosto, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Uma escola no Jardim Botânico, bairro nos arredores de Brasília, produziu uma cartilha de prevenção de incêndios florestais. Mascarados de animais, alunos participaram de uma blitz educativa na entrada principal da região, orientando e disseminando as boas práticas de conservação da natureza e proteção dos animais. A ação é uma iniciativa da administração do Jardim Botânico de Brasília, parque da região ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal.

    A ação teve a participação de 50 alunos da Escola Classe do Jardim Botânico. O objetivo: alertar a população sobre o uso correto de restos de lixo e poda, além dos cuidados nas queimadas. O bairro abriga o Jardim Botânico de Brasília, um dos parques mais relevantes da capital federal.

    A blitz de conscientização está em sua quarta etapa, sendo esta a segunda com participação da escola. Os veículos que trafegavam pelo local foram parados pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e as equipes entregavam os folhetos com recomendações para os cuidados com o cerrado. “As crianças abordavam os condutores dos carros para falar sobre os cuidados com meio ambiente”, afirmou a professora Adriana Gonçalves.

    Segundo o estudante Daniel de Magalhães, de 9 anos, havia um revezamento entre os alunos. “Uma hora ia um, depois o outro. É bom evitar as queimadas porque os animais fogem, correm, e aí fica muito difícil de respirar. Vai gás carbônico para o pulmão e a gente precisa de gás oxigênio pra poder sobreviver”, disse.

    A região foi mapeada pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, pois existem oito áreas de preservação que estão vulneráveis às queimadas. Além da campanha, neste ano, já estão prontos três tanques de água instalados para abastecimento de caminhões e aeronaves para uso em operações de emergência em caso de incêndio.

    Desde o início do ano, o Corpo de Bombeiros registrou 500 pequenos focos de incêndio, todos eles controlados sem grandes danos.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Há quatro anos, a professora Mauricéia Lopes Nascimento de Sousa faz do Hospital Regional de Ceilândia, no Distrito Federal, a sala de aula de crianças e adolescentes impedidos de frequentar a escola em razão de tratamentos de saúde. Ela é responsável por assistir os pacientes na classe hospitalar da unidade — um direito assegurado não só pela Constituição Federal, como também pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

     “A gente procura ter o contato com a escola de origem, pedir as atividades, para que eles possam ir desenvolvendo o que eles estariam fazendo na escola o mais próximo possível. Então, essa é a lógica, essa é a metodologia e o principal objetivo”, explica a docente.

    No Distrito Federal, a classe hospitalar é garantida por meio de uma portaria conjunta entre Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde. Os estudantes cuja condição clínica ou cujas exigências de cuidado em saúde interferem na permanência e frequência escolar têm as suas capacidades e necessidades educacionais respeitadas, como esclarece a professora.

    “Em função do quadro deles, de recuperação, de tratamento, é um atendimento diferenciado, que a gente busca levar com dinamismo, com atividades que tenham, além do conteúdo, tenham essa motivação para que eles possam se sentir motivados a desenvolver essas atividades”, diz.

    Mauricéia Lopes Nascimento de Sousa segue, na classe hospitalar, o mesmo período letivo do calendário local, da secretaria de educação do DF. Quando começam as aulas nas escolas da rede pública, começam também no hospital. Podem ser aulas individuais, podem ser aulas em grupo.

    Gislene Rodrigues é mãe de um dos pacientes do Hospital Regional de Ceilândia que passou pela classe hospitalar. Ela conta a experiência que teve com o filho que precisou ficar por meses na unidade de saúde após uma cirurgia. 

    “Meu filho se chama Samuel. Ele tem 9 anos, caiu machucou o joelho e teve que ser internado, fazer cirurgia, teve que ficar muito tempo afastado da escola. A professora foi até o leito do quartinho dele e se disponibilizou de nos ajudar”, relata.

    Saiba mais – A história da professora Mauricéia Sousa é o tema da edição desta sexta-feira, 19 de julho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio do MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A equipe do campus Rio Branco do Instituto Federal do Acre (IFAC) se classificou para a final da Olimpíada Nacional de História do Brasil, a ser realizada em 17 e 18 de agosto, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. O grupo foi considerado o melhor da Região Norte, entre mais de mil equipes que estavam na semifinal da competição.

    “Os meninos já têm garantida uma medalha, porque só o fato deles terem conquistado estar na grande final, eles já alcançaram a medalha de honra ao mérito”, disse Flávia Silva, professora e orientadora da equipe Dagdanos, da 3ª série do ensino médio integrado do IFAC, do curso técnico em Informática para Internet.

    Flávia Silva contou ainda que é a primeira vez que os estudantes participam e que a organização da equipe se deu da seguinte forma: um professor e três alunos da 3ª série: “Os meninos de fato são do curso de informática para internet [...], eles têm uma grade curricular integrada. Além do certificado do Ensino Médio, já saem com um diploma técnico também. No entanto, eles não só demonstram interesse pelas matérias da parte técnica, mas também pelas demais da base curricular.”

    A competição é composta por seis fases de provas realizadas de forma online, com duração de uma semana cada. As questões de múltipla escolha e realização de tarefas são respondidas pelos participantes por meio de debate, pesquisa em livros, internet e orientação do professor. O estudante Chamêisson de Araújo falou sobre a participação. “Durante todas essas fases a gente pode ter essa vivência, entendendo a cada passo o contexto do Brasil. Desde o seu nascimento, a chegada dos portugueses, a exploração, a escravatura a abolição e depois disso”, disse.

    Juntamente com as provas, a Olimpíada encaminha tarefas de análises de imagens, obras e textos dos séculos 16, 17, 18 ou 19, para que os alunos se reúnam e façam a transcrição desses textos para a atualidade.

    A 11ª edição da Olimpíada registrou 73 mil inscritos, contando com todas as regiões do Brasil – o equivalente a 18.500 equipes. Da Região Norte foram 1.100. No total, acabaram convocadas 314 equipes de todo o Brasil para a final. O resultado foi divulgado no mês passado.

    Saiba mais – A história da equipe da IFAC que se classificou para a final da Olimpíada Nacional de História do Brasil é o tema da edição desta sexta-feira, 26 de julho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Escola Municipal Casa Meio Norte, em Teresina, no Piauí, desenvolveu o projeto Borboleta, que incentiva a leitura e o aprendizado. A iniciativa começou depois que as professoras prestaram atenção no modo como as crianças tinham contato com os livros. Mudando a didática, os estudantes passaram a ler cerca de 30 livros por mês.

    Dentro do projeto existe o caso da “coreografia da escrita”. A diretora pedagógica da escola, professora Ruthineia Vieira Lima, conta que o termo apareceu pela primeira vez em uma conversa com uma das alunas em fase de alfabetização na tentativa de expressar como percebia a formação e a articulação das palavras durante a leitura.

    “Tia, quando eu comecei a ler, eu percebi que o que de fato acontece é que, às vezes, faz uma coreografia dentro de uma palavra. E é verdade, a mudança de letra de um lugar para o outro, dentro de uma palavra, muda completamente seu sentido. Se eu botar a palavra ‘ala’ e acrescentar P vai dar pala, se eu botar o C vai dar cala, que é de calar”, disse a estudante para a professora.

    A docente explica o motivo do projeto chamar Borboleta. “Essa nossa trajetória é o que chamamos de uma consistência pedagógica. Daí, esse nome projeto Borboleta, porque a gente passou muito tempo no casulo buscando a solução, amadurecendo, fortalecendo nossas asas para voar”.

    Na prática, as professoras experimentaram dividir os alunos em pequenos grupos:

    borboletas: os alunos que ainda não sabiam ler;
    andorinhas: capazes de juntar uma letra com a outra, mas ainda sem interpretá-las;
    gansos: os que conseguiam ler um pouco mais;
    águias: os pequenos leitores fluentes.

    A estratégia foi apostar na maior oferta de livros e nos momentos de leitura com os alunos para que aprendessem com o sentido das palavras e escutassem seus sons.

    “Não é a letra pela letra, a sílaba pela sílaba, mas construindo um saber significativo. Isso dá para nós os elementos de que essa criança já está, com certeza, construindo todos os processos de leitura, de significado, de sentido”, afirmou a professora.

    Saiba mais - O projeto Borboleta é o tema da edição desta sexta-feira, 31 de maio, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

  • Espaço oferece atendimento diferenciado no contraturno

    Crianças que criam aplicativo de celular para ajudar no combate à dengue. Outras desenvolvem ferramentas para auxiliar pessoas com deficiência. O Centro de Atenção Integral a Criança (CAIC) de São Sebastião, a 30 quilômetros do centro de Brasília, tem um espaço conhecido como sala de recurso, para receber estudantes com altas habilidades e superdotação.

    O local recebe estudantes que se destacam em áreas do conteúdo curricular ou pelo seu potencial artístico. Maquetes, robôs, pinturas e pôsteres científicos compõem a sala. Pelo menos uma vez por semana, no contraturno escolar, os alunos participam de atividades.

    “É uma habilidade acima da média. O aluno se destaca em alguma área do conteúdo formal, trabalho na escola, em alguma outra área do conhecimento humano. Alguns, às vezes, em conteúdos que não são trabalhados na escola”, explicou a professora Andrea da Rocha, responsável pelo espaço.

    Um exemplo de trabalho desenvolvido pelos estudantes é uma bicicleta feita com canos de PVC. Foram dois meses de trabalho da turma. “Nós usamos algumas ferramentas: serramos pra fazer as medidas, usamos o paquímetro, usamos régua, serrote, várias coisas”, relatou Gustavo, de 10 anos, um dos envolvidos no projeto.

    O trabalho envolveu desde os alunos mais novos até os adolescentes. Desenvolveram trabalho em equipe e conceitos de Matemática. Desse invento, veio a ideia: empregar a técnica usada na construção da bicicleta para fazer algo ainda mais útil à sociedade: uma cadeira de rodas elétrica. O projeto ainda está em andamento.

    A rede pública de ensino do Distrito Federal atende 1.745 alunos com altas habilidades ou superdotados. São 61 professores especializados no assunto. Em média, cada estudante permanece nas turmas de três a cinco anos. No local, podem desenvolver suas habilidades e se aprofundar nas áreas de que mais gostam.

    Saiba mais – A história dos alunos com altas habilidades atendidas no CAIC de São Sebastião é o tema da edição desta sexta-feira, 8 de novembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social


  • A Gincana Recicla, realizada no município de Lages, na região serrana de Santa Catarina, envolve cerca de dois mil alunos de oito escolas municipais para conscientizar a cidade para a importância da preservação ambiental. E vai até novembro, quase no final do ano letivo.

    Os detalhes dessa história você confere no programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC, nesta sexta-feira, 3 de maio.

    Os alunos, do ensino fundamental, levam para a aula todo o material reciclável que encontram: garrafas plásticas, embalagens, latinhas, vidros e papéis. Um caminhão de uma cooperativa passa de escola em escola para recolher os objetos.

    Os objetos são pesados e contam pontos para a turma e para o colégio. Segundo a coordenadora do projeto, professora Cristina Alves Ribeiro, a comunidade também participa, influenciada pelos estudantes.

    “É bem comum que pessoas que não são alunos, ou não têm filhos na escola, acabem se envolvendo porque levam o material para a escola, porque sabem que o caminhão do reciclável vai passar naquele dia. Temos um calendário especifico; então de segunda a sexta-feira, cada dia, cada período, ficou para uma escola”, detalhou a docente.

    A iniciativa é da Secretaria de Educação do município e está na segunda edição. 

    Consciência – A estudante Letícia Camargo, do nono ano da escola municipal Santa Helena, recebe ajuda de vizinhos para coletar o material. 

    “Pergunto se eles têm recicláveis para juntar, porque estamos fazendo uma gincana de recicláveis, ou se quiserem deixar comigo, eu passo lá”, disse.

    A professora Dadryhan Morghani, da escola municipal São Vicente, dá aulas sobre sustentabilidade para crianças dos primeiros anos do ensino fundamental. A docente conta como os temas são trabalhados em sala de aula e como o interesse pela iniciativa cresceu na comunidade local.

    “Eu hoje trabalho numa comunidade um pouco mais simples, periférica, mais carente, mas tem uma participação muito grande. O entorno, a comunidade, os pais, eles trazem bastante, eles participam, eles entendem”, disse.

    Prêmios - O resultado será divulgado em novembro. A escola, a turma e o professor que conseguirem arrecadar o maior volume ganharão prêmios ofertados por empresas privadas parceiras — projetores multimídia e passeios para os alunos. O colégio vencedor levará uma quantia em dinheiro.

    A primeira edição, em 2017, arrecadou mais de 63 toneladas de recicláveis. A expectativa é de aumento também do número de escolas participantes, como destaca a coordenadora Cristina Ribeiro.

    “Queremos que cada vez mais escolas participem e, para a cidade, é a quantidade de material que deixa de ir para o aterro sanitário. E, também, conscientizar as pessoas de que, às vezes, consumimos em excesso”, observa.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Rachel Batista, de 31 anos, professora de Educação Física no Instituto Federal do Amazonas (IFAM), tem transformado a vida de um grupo de estudantes por meio do esporte adaptado, no município de Tefé, cidade localizada a 520 quilômetros de Manaus.

    Após vivenciar episódios e até ocorrências de bullying envolvendo um de seus alunos com deficiência visual, a professora lançou como desafio aos estudantes a prática de novas modalidades esportivas.

    "A gente percebe que o aluno que está sendo motivo dessas brincadeiras fica mal. A princípio eu mostrei todo o esporte paraolímpico, e dentre todos, nós escolhemos o futebol de 5, a bocha, o golbol, atletismo (corrida)”, disse a docente.

    Motivada pelo interesse dos alunos em torno das temáticas do esporte adaptado, Rachel foi em busca de conhecimento. Logo, ela descobriu que havia um curso em Manaus, ministrado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, em parceria com o Ministério da Educação, voltado exatamente para docentes interessados em desenvolver atividades esportivas com pessoas com deficiência.

    “Tive que sair de barco daqui de Tefé. São dois dias e meio pra poder chegar em Manaus. Foi complicado porque a gente fica na expectativa: será que vou chegar a tempo? Será que vou conseguir me inscrever?”, relatou.

    Deu tudo certo e a professora Rachel acredita ter sido uma das experiências mais exitosas em sua trajetória como docente. “Conseguimos rever totalmente a nossa metodologia no sentido de facilitar essa interação. Ajudou na própria reorganização do planejamento de aula e isso foi com certeza um grande aprendizado."

    Com o desenvolvimento das atividades, Rachel notou que a dinâmica entres os alunos estava mudando. Principalmente em relação à convivência com o colega com baixa visão.  

    Depois do primeiro curso feito pela professora, há quatro anos, no terreno do esporte adaptado, o trabalho desenvolvido por ela foi sendo aperfeiçoado. E o que antes tinha o objetivo de acolher apenas um aluno com deficiência visual, acabou ampliado para atender estudantes também com deficiência auditiva e autistas.

    Outros professores e alunos, inclusive aqueles sem deficiência, passaram a demonstrar interesse, por exemplo, pela Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

    Saiba mais – A história da professora Raquel Batista é o tema da edição desta sexta-feira, 21 de junho, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Uma receita que resgata o prazer de cozinhar um alimento mais saudável e que pode se tornar uma opção de renda extra para muitas famílias. É a aposta do jovem Matheus de Jesus Gomes, de 20 anos, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus Florianópolis, que tornou possível fazer em casa um pão de padaria. Essa história você ouve esta semana no Trilhas da Educação, programa produzido e transmitido pela Rádio MEC.

    Adaptado de uma receita americana, o pão sem sova e assado em panela de ferro é um dos projetos desenvolvidos ao longo do quinto módulo do curso superior de tecnologia em gastronomia. Matheus descobriu que é possível alcançar bons resultados para a panificação do pão sovado sem a utilização de equipamentos de padaria, como batedeiras e fornos, além de não utilizar o fermento químico.

    De acordo com o estudante, essa é uma receita de Nova York que ficou bem famosa. “Quando eu descobri achei bem interessante”, lembra ele. “Tinha acabado de começar o curso e ainda não tinha os equipamentos para fazer os pães em casa. Queria chegar a resultados parecidos com o que a gente fazia na faculdade”, afirma Matheus.

    Matheus procurou os professores da instituição e logo um projeto de pesquisa foi criado. Ele desenvolveu uma receita e adaptou o tempo de fermentação da massa. O preparo que demorava entre 15 e 16 horas passou para 9 horas. O estudante defende que esse pão que pode ser feito em casa é mais saudável e oferece menos riscos de alergias a ingredientes da massa, por não ser industrializado.

    O gosto pela gastronomia vem de casa, já que a família de Matheus tem experiência na área, mas segundo ele foi o ensino superior que possibilitou novas descobertas e motivou a continuidade dos estudos. “Eu tive uma experiência prática anterior, a faculdade foi muito importante para essa parte científica, de pesquisa mesmo. Atualmente, trabalho com o desenvolvimento de pães para o meu TCC, usando farinha de Ibicuí, que é um coquinho nativo da caatinga”, enfatiza o estudante.

    Após esse modelo de pão despertar interesse, Matheus pretende agora adaptar outras receitas, descomplicando e tornando mais acessível o ato de cozinhar. “É um mercado que está em crescimento. As pessoas se interessam cada vez mais pelo pão que elas consomem. Eu acho muito interessante dar oportunidade a todos de atingir esse tipo de resultado em casa, deixar de ser algo muito distante da realidade”, conclui o estudante.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Estudante do Colégio Pedro II, Adrieny Teixeira foi a única mulher a conquistar a melhor colocação na competição


    Matemática nunca foi a paixão da estudante carioca Adrieny Teixeira. Isso mudou quando ela passou no concurso para o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. A partir do sexto ano do ensino fundamental a estudante começou a participar de competições de matemática.

    Hoje, Adrieny tem mais de dez medalhas. “Eu sempre tirei notas boas em todas as disciplinas. Mas foram as competições que acabaram intensificando meu gosto”, conta.

    Em novembro, ela e outros oito estudantes participaram do mundial de matemática na China. As provas foram aplicadas em dois idiomas: chinês e inglês. A competição contou com participantes de países como Austrália, Bulgária, Filipinas e Brasil.

    Apesar de todos os desafios, a carioca de 15 anos se deu bem na competição. Foi a única mulher a conseguir a medalha de ouro. “Além de ser medalhista de ouro eu fui a única mulher brasileira a ganhar a medalha no nível advanced [avançado]. Então, realmente, foi muita felicidade”, destacou.

    Mais de 30 escolas brasileiras participaram do mundial. O Colégio Pedro II se sagrou o maior vencedor. Os nove estudantes da equipe voltaram da China com o ouro de Adrieny, uma medalha de prata e cinco de bronze.

    Saiba mais – A história da estudante Adrieny Teixeira é o tema da edição desta sexta-feira, 20 de dezembro, do programa Trilhas da Educação, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Na capital do Ceará, um estudante encarou um novo desafio, que parecia ser só mais uma prova, mas mostrou do que ele é capaz ao ganhar medalha de ouro (arte: ACS/MEC)Certas sensações, indescritíveis, influenciam as principais escolhas na vida. Há quem goste de esportes e quem se realize fazendo cálculos ou desenhos. E há quem prefira escrever, como o estudante Carlos Iury Holanda da Silva, de Fortaleza.

    Iury cresceu entre os livros da madrinha, formada em letras. Ao se apaixonar pela leitura, encantou-se também pela escrita. “Eu sempre passeava no mundo da literatura infantil, sempre li grandes clássicos da literatura; então, a leitura e o gosto pela escrita sempre vieram comigo”, diz.

    Adepto de todo tipo de leitura, o estudante encarou um novo desafio, que a princípio lhe pareceu só mais uma prova, mas mostrou do que ele é capaz. Sua professora, Maria Helena Mesquita Martins, pediu uma redação, que valeria nota. Mas o real propósito era a Olimpíada da Língua Portuguesa, em 2014. “Escrever é difícil porque não é uma prova objetiva, na qual vamos marcando questões e, geralmente, tentamos a sorte”, afirma Iury, diante do desafio imposto pela professora. “O texto tem de ser objetivo, ser claro, por ser único; não há outro igual. É o seu e tem de ser bom.”

    O estudante cearense garante ter se dedicado à elaboração do texto e que quase desistiu, diante da rejeição da professora às várias versões produzidas. “Eu escrevia de novo; pegava a parte de um texto, juntava com outra”, revela. “Foi uma história louca, até chegar à versão definitiva.”

    A última versão do texto de Iury foi escolhida entre dezenas de outras redações, todas com o tema da Olimpíada: O Lugar Onde Vivo. Tal tema inspirou Iury e o fez se posicionar sobre um aspecto polêmico na cidade: a demolição de uma praça histórica. “Na época em que eu escrevi o texto, havia muitas divisões: a maioria das pessoas queria a demolição; outras, a preservação do monumento histórico”, diz. “Então, fui para o lado da preservação.’’

    Viagem — Após a seleção de seu texto para representar a escola na fase estadual da Olimpíada, o estudante, que por momentos chegou a esquecer a participação na competição, teve de ser alertado pela professora Maria Helena. Só então compreendeu o que poderia acontecer. “Eu nunca tinha viajado a outro estado, nunca tinha viajado de avião”, lembra. “Então, quando soube que ao passar de fase na competição caí na real, de que estava participando da Olimpíada da Língua Portuguesa.”

    O estudante cearense foi um dos cinco medalhistas de ouro. No entanto, para ele, ser um dos campeões não foi a parte mais importante. “Nas semifinais, mantive contato com outros alunos, uma experiência profunda; com artigo de opinião, pude debater sobre prós e contras, ter experiência com outros professores renomados, doutores, mestres”, afirma. “Pude conhecer a língua portuguesa de uma forma que eu jamais imaginaria que eu conheceria.”

    De acordo com Iury, a participação nas semifinais foi até melhor em relação à final. “Porque não é apenas ir a Brasília e esperar o resultado. Participamos de oficinas, debates, contato com outros mestres, doutores, alunos”, salienta. “Isso me direcionou a escolher o curso de letras.”

    Iury com a professora Maria Helena: para ela, o professor ainda exerce um papel fundamental na vida das crianças, adolescentes e jovens brasileiros (foto: arquivo pessoal de Iury Holanda)Espelho — Enquanto Iury recebia a primeira medalha, sua orientadora, a professora Maria Helena, conquistava a segunda — a primeira, de prata, ela ganhou em 2012, quando a Escola de Ensino Fundamental e Médio Renato Braga começou a participar da olimpíada.

    Maria Helena sabe que tem papel importante no trabalho com os jovens. “Eu me considero, assim, enquanto professora, uma oportunizadora de conhecimento”, diz. “O professor ainda exerce um papel fundamental na vida das crianças, adolescentes e jovens do nosso país. Ao mesmo tempo em que o professor é um espelho, abre oportunidades de conhecimento ao interagir com elas.”

    Hoje, Iury faz curso de licenciatura em letras na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde ingressou por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. Para o estudante, ter participado da competição foi transformador. “A olimpíada foi mágica na minha vida.”

    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é realizada a cada dois anos, com o tema O Lugar Onde Vivo. Este ano, participam mais de 4,8 mil municípios, com 39,6 mil escolas da rede pública. Em dezembro serão divulgados os medalhistas, jovens que seguiram os passos de Iury.

    Assessoria de Comunicação Social

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  • O estudante Caio Vinicius Lima de Souza, 16 anos, criou um dessalinizador de baixo custo que retira o sal da água usando a energia solar. Aluno da Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café, da cidade de Macapá, ele é o personagem desta semana do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC, que vai ao ar nesta sexta-feira, 5.

    “A pesquisa se fundamentou em ajudar as pessoas mais carentes do meu estado”, explica o estudante. A ideia do projeto surgiu há dois anos, quando Caio cursava o ensino fundamental. Em uma atividade de sala de aula, um professor pediu aos alunos que pesquisassem e fizessem um levantamento sobre as comunidades ribeirinhas do estado do Amapá. O estudante resolveu visitar a comunidade ribeirinha Sucuriju. “Eles utilizam a água da chuva para consumo. Quem tem água potável lá é considerado muito próspero”, conta Caio.

    Próximo da realidade daquelas pessoas, Caio passou a pensar sobre o assunto. A intenção era desenvolver algo sem muitos custos e possível de ser colocado em prática também pelos moradores. Para fazer um dessalinizador, Caio montou um protótipo que é uma pequena casa de vidro fechada. A água primeiro evapora, depois o sal é retirado, e depois a água é condensada sem o sal. Para fazer a casa, ele utilizou espelhos quebrados, boxes de banheiro, madeira e o vidro. Tudo reciclável. A única compra foi um painel solar que custou cerca de R$ 250.

    Com o projeto, Caio conquistou o primeiro lugar na categoria ciências ambientais da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), na cidade de Novo Hamburgo (RS). Com a premiação, ele ganhou uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e teve seu trabalho selecionado para representar o Brasil na maior feira pré-universitária de ciências do mundo, realizada em maio deste ano, na Pensilvania, nos Estados Unidos. Lá, na disputa com alunos de 70 países, conquistou o primeiro lugar.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Ana Paula Melo lê todos os dias para Eva, de 5 anos, e é admiradora do Conta pra Mim

    Imaginação, criatividade e desenvolvimento intelectual. Esses são alguns dos benefícios que a leitura pode trazer para a vida das crianças. Ler para os pequenos é proporcionar a eles uma viagem ao mundo das histórias dos livros, personagens e lugares inimagináveis. Trata-se da chamada literacia familiar, incentivada pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Alfabetização.

    A estudante de pedagogia Ana Paula Melo é um exemplo disso. Ela lê para a filha Eva, de 5 anos, desde a gestação. Com as escolas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus, a prática se acentuou.

    A mãe de Eva pesquisou muito durante a gravidez e está sempre atualizada sobre livros infantis. “Nas minhas pesquisas, sempre encontrava algo sobre a importância da leitura, como a leitura cria laço afetivo entre a mãe e o bebê mesmo antes do nascimento. Além disso, é bom para o desenvolvimento da fala”, contou.

    Ana Paula estuda pedagogia e ensina Eva a ler, escrever e fazer cálculos em casa. “Ela gosta tanto de ler que ela decora as histórias, pega o livro, fica folheando, como se ela estivesse contando a história, lendo para alguém. Muito fofo”, relatou.

    Conta pra Mim – O MEC lançou, em dezembro de 2019, o programa Conta Pra Mim. Entre as iniciativas, está um material, ofertado pela internet, sobre como incentivar os filhos a ler e quais os tipos de livros adequados para cada idade.

    Ana Paula Melo é uma admiradora do programa. “Eu acho muito importante o Conta Pra Mim, ao incentivar o hábito da leitura, desenvolvimento da fala, o gosto pelos livros, desenvolvimento intelectual. Espero que as crianças sejam uma nova geração de leitores”, afirmou.

    Saiba mais – A história do estudante de Ana Paulo é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 20 de março, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Jovem recebeu bolsa do programa Junior Achievement, que pertence a uma associação sem fins lucrativos

    Estudante do Instituto Federal de Brasília (IFB), Wanghley Soares foi selecionado para participar de uma imersão em engenharia aeroespacial nos Estados Unidos. Aprovado em uma seletiva de 900 participantes, o jovem de 17 anos recebeu uma bolsa do programa Junior Achievement (JA), que pertence a uma associação sem fins lucrativos.

    “Esse programa, em específico, vai influenciar meu futuro de uma maneira muito grande, porque, bom, primeiro é a minha primeira viagem internacional. E, a partir disso, eu vou conseguir alavancar e visualizar, ainda mais, aquilo que precisa ser feito mundo a fora, porque penso eu que a ciência, a tecnologia e a educação deve ser utilizada para a resolução dos problemas do mundo real”, contou o aluno.

    Os selecionados para o curso vão aprofundar os conhecimentos em aviação por meio de estudos em ciência, tecnologia, matemática, engenharia e comunicação. “Vamos utilizar simuladores de voo nos quais problemas serão criados e nós teremos que resolvê-los, seja mecânico, seja no software, seja um problema com a tripulação”, explicou.

    Para concorrer ao processo seletivo, o candidato deveria ser estudante do ensino médio, ter ótimo desempenho acadêmico e escrever uma redação em inglês. Soares definiu a paz mundial como tema. A imersão será de sete dias e está prevista para junho deste ano, na National Flight Academy, localizada na Flórida, nos Estados Unidos.

    O aluno está matriculado no terceiro ano de Informática na modalidade ensino médio integrado com curso técnico do IFB.

    Saiba mais – A história do estudante do IFB que vai estudar engenharia aeroespacial nos Estados Unidos é o tema do Trilhas da Educação desta sexta-feira, 13 de março, da Rádio MEC.

    Assessoria de Comunicação Social


  • Arte: ACS/MECO estudante Oton Braga, 23 anos, do Instituto Federal do Ceará (IFCE), tem desenvolvido em seu projeto de conclusão do curso de ciências da computação um aplicativo que busca auxiliar profissionais da saúde na identificação rápida de casos de dengue e chikungunya. A plataforma reúne casos já registrados de ambas as doenças, na intenção de identificar probabilidades de um novo paciente ter contraído uma ou outra enfermidade, a partir do comparativo de sintomas.

    O protótipo do aplicativo, em fase de testes, utiliza uma base de informações levantada no Recife, uma das cidades que registrou maior número de casos da doença entre os anos de 2015 e 2016. “A primeira etapa foi levantar casos que já aconteceram, para ter uma base de dados e fazer o treinamento do algoritmo de aprendizado. Fiz a seleção desses casos e, com esse modelo gerado, pude construir uma aplicação que consegue, a partir de sintomas, predizer a probabilidade de uma pessoa estar com uma doença ou outra”, explicou Oton.

    O jovem é aluno do campus Aracati do IFCE. O projeto vem sendo desenvolvido no laboratório de redes de computadores da instituição, sob a coordenação do professor Mauro Oliveira. Para o orientador, o aplicativo, que deve ser destinado aos médicos, é de grande potencial e tem atraído outros pesquisadores interessados no tema. “Do ponto de vista acadêmico, estamos muito satisfeitos; é um trabalho científico extraordinário. Nós temos, inclusive, doutorandos envolvidos. Então, está sendo feito a muitas mãos, dentro do contexto de um projeto grande”, afirmou.

    Antes de lançar o projeto para o público, Mauro esclarece que é preciso mais tempo para que o aplicativo seja aprimorado e avaliado pelos profissionais da área da saúde. E Oton reforça que o aplicativo não vai substituir a consulta médica, mas, sim, auxiliar o profissional na tomada de decisões na hora de definir o diagnóstico. “Nós sabemos que há casos de incertezas. A proposta é justamente apoiar a decisão do médico”.

    Para o professor Mauro, o projeto tem ainda o valor de mostrar como a tecnologia e as soluções científicas podem auxiliar no cotidiano, melhorando a vida das pessoas. “O Ceará foi atingido fortemente [pelas doenças transmitidas pelo mosquito] e isso assusta. Então, é natural tentar responder para a sociedade, usando essas ferramentas de inteligência artificial e aprendizado de máquinas, para, aqui do interior do Ceará, ajudar em especial as pessoas mais carentes”, acrescentou.

    O projeto de pesquisa tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), de Portugal.

    Assessoria de Comunicação Social 


  • Responsável pela conquista, o engenheiro de automação Thiago Rodrigues agora dá sequência às pesquisas que consolidam a proposta já colocada em prática na região de Campos dos Goytacazes (Arte: ACS/MEC)

    Desenvolver um robô adaptável, com um custo menor que os concorrentes do exterior, cuja função é inspecionar galerias urbanas obstruídas. Essa é uma conquista do engenheiro de automação Thiago Rodrigues, formado pelo Instituto Federal Fluminense (IFF). Hoje ele é aluno de mestrado da instituição, na unidade de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, e dá sequência às pesquisas que consolidam a proposta já colocada em prática na região. A história desse trabalho é contada na edição desta sexta-feira, 15, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela rádio do MEC.

    Thiago Rodrigues, 36 anos, trabalhou em uma empresa que fazia a inspeção de dutos no mesmo período em que cursava a graduação na área de engenharia de automação. À época, instigado pelas experiências e interessado em resolver os problemas do trabalho, deu início ao desenvolvimento de um robô com uma câmera à prova d'água e configuração modular adaptável ao ambiente de inspeção. A ideia era que o equipamento facilitasse a inspeção tanto de galerias pequenas como de grandes redes pluviais, de gás e de esgoto. Tudo registrado por meio de fotos e vídeos, que ajudam a localizar com exatidão obstáculos – pedras, galhos, lixo, entre outros – e trincas e rupturas.

    “Eu tive contato com as tecnologias existentes, nacionais e de fora, e percebi que o mercado na área de tecnologia de inspeção de dutos carecia de equipamentos que atendessem plenamente as demandas de inspeção de dutos na área de saneamento. Ali eu já comecei a pensar em montar um projeto de um robô para poder atender a essa demanda de mercado”, conta Thiago.

    O criador do robô pensou em um equipamento completamente adaptável, justamente para que ele resolvesse o problema na maior parte dos ambientes. “Ele é um robô que você consegue colocar rodas pequenas, rodas grandes, você consegue tirar a câmera dele e colocar em um módulo flutuador para uma situação de inspeção da tubulação que estiver com fluxo’, destaca. “Então a ideia do projeto, dele ser modularizável, é justamente para atender qualquer situação de inspeção.”

    Na prática - Foi no mestrado que as ideias de Thiago foram ampliadas e testadas. O primeiro grande sucesso foi quando uma empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto de Campos dos Goitacazes precisou descobrir o ponto exato de um vazamento que trazia problemas para a região. “É um método não destrutivo que você usa para ver o estado interno da tubulação. Aqui em Campos, por exemplo, no mês passado, fizemos um dos testes na empresa de saneamento da nossa cidade. E pudemos descobrir o ponto exato de uma ruptura da tubulação que já estava causando o afundamento do pavimento da rua. E aí a empresa pôde ir lá e fazer a obra exatamente naquele local, sabendo o que estava acontecendo lá dentro”, explica o aluno de mestrado.

    Investimento - O método preciso conquistado já a partir do protótipo incubado na Tec Campos, do IFF, facilitou a aquisição de financiamento da Embrapii, organização social do governo federal que apoia instituições de pesquisa tecnológica com fomento a inovação, e do Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), da Prefeitura da cidade.

    “No mercado encontramos equipamentos que não são customizáveis. Você compra ou um robô pequeno para tubulação pequena ou um robô grande para tubulação grande. Se tiver uma tubulação que você não consegue parar o fluxo, você não tem um flutuador, por exemplo. E a minha proposta de equipamento é que ele seja customizado de acordo com a situação a ser inspecionada”, detalha Thiago.

    Comercialização – Segundo o mestrando, além das facilidades de produção, o custo também foi um atrativo no projeto, se considerados equipamentos importados. “Um robô estrangeiro sai por volta de R$ 150 mil. E um nacional varia de R$ 20 mil a R$ 40 mil reais. A intenção é que o custo fique intermediário. Que não seja tão alto quando o importado e também fique um pouco acima dos nacionais por conta das funcionalidades, mas não muito acima porque a ideia é tornar o produto acessível.”

    A expectativa agora é que, até o meio do ano, Thiago comece a produzir e comercializar o equipamento. O criador do robô também tem planos para realizar, por meio da startup, os serviços de inspeção que utilize os próprios equipamentos.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • Danilo Lima, aluno de tecnologia do IFCE, atua junto à comunidade local no desenvolvimento de um produto que não agride a natureza e gera renda (Arte: ACS/MEC)Com o objetivo de encontrar meios mais sustentáveis de construção em Juazeiro do Norte (CE), o estudante Danilo Acácio Pereira Lima, do Instituto Federal do Ceará (IFCE), tem dedicado tempo – e já colhido resultados positivos – na criação de soluções. Aluno do curso de tecnologia em construção de edifícios do campus Juazeiro do Norte, o jovem de 28 anos desenvolveu um projeto de fabricação de tijolos ecológicos que são mais resistentes e duráveis.

    Os tijolos são ecológicos justamente pela maneira como são produzidos. Segundo o estudante, os tradicionais de alvenaria consomem muitas árvores no processo. “Vai queimar de seis a 12 árvores para fazer mil tijolos. Esse meu tijolo não. Eu faço a massa, faço a porcentagem certa de 10% de cimento e jogo água, faço a hidrocura. Ou seja, a água entra e faz a aglutinação com o cimento, com o solo e com a argila. E a diferença para a alvenaria tradicional é essa, justamente não queimar árvore”, explica Danilo.

    Até alcançar esse resultado, o estudante se dedicou a pesquisas que comprovaram as vantagens do tijolo ecológico e que demonstraram, por exemplo, que essa forma de produção resulta em um material mais resistente à pressão e à tensão, conforme unidades e medidas internacionais. O diferencial também está no uso de rochas e minerais com origem na região cearense. “De força ele tem dois megapascal, que é uma medida de força internacional. Enquanto que a alvenaria tradicional, que queima de seis a 12 árvores, tem um megapascal. Um outro estudo, [por meio do] que fui aprovado na mostra científica, mostra que se você colocar ainda o calcário laminado, que na nossa região aqui do Ceará é só o que tem e que se chama pedra de Santana, o tijolo alavanca para quatro megapascal”, destaca.

    Segundo o estudante, a técnica se assemelha à prática milenar da construção da maior muralha do planeta. “Ele usa da mesma tecnologia da Muralha da China, que é o BTC, ou Bloco de Terra Comprimida. Eu tenho o maquinário do IF que comprime a terra. Ele comprime 16 toneladas. Aí, depois de 24 horas, eu jogo a água e o tijolo fica duro. É quando se alcança esses dois de força”.

    Oportunidade - O projeto de Danilo Acácio acabou se expandindo e passou a ter a participação da comunidade, assim como de meninos encaminhados pela Justiça local. O envolvimento serve de incentivo no aprendizado e na possibilidade de geração de renda no futuro. “Quando eles chegam, ficam assim, com os olhinhos brilhando”, aponta o estudante.

    Danilo conta que, no início, houve algumas dificuldades na aplicação da parte teórica de todo o conteúdo, mas foi mesmo na prática que os meninos participaram para valer. “Uma coisa é quando eles entram na sala de aula, no ar condicionado, dando aquela vontade de dormir. Outra, quando eles saem para fazer o tijolo. Parece uma iluminação para eles”, conta, orgulhoso, o jovem que agora investe seus planos na construção de uma fábrica na região. “Quem sabe fazer uma fábrica para ONGs, para fazer escolas bioconstruídas que vão durar bem mais, com conforto térmico por conta da argila. Quando está muito quente, a casa fica com temperatura ambiente, por causa do barro.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

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