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  • Pesquisadores do Instituto de Eletrônica de Potência da Universidade Federal de Santa Catarina desenvolveram um aparelho que processa energia solar fotovoltaica ao converter energia solar em energia elétrica. O protótipo entra, agora, em fase de testes.

    Segundo o coordenador da pesquisa, Denizar Martins, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, o projeto tem o propósito de ajudar as pessoas que vivem em lugares sem sistemas de transmissão e distribuição de energia. Até 2004, segundo o Ministério de Minas e Energia, cerca de 12 milhões de brasileiros não tinham acesso à energia elétrica. Para Martins, a busca de alternativas pode auxiliar as comunidades a obter melhores condições de vida. “Em reservas indígenas e comunidades carentes, um refrigerador pode armazenar, além de alimentos, vacinas e remédios”, explicou. Ele ressalta que o aproveitamento da energia solar fotovoltaica é uma solução viável para as regiões Norte e Nordeste, onde a incidência de sol é abundante.

    O processo, chamado conversão fotovoltaica, começa nos painéis instalados sobre o prédio do instituto. Eles captam a energia solar, que chega ao conversor e, depois, a um refrigerador. Parte é armazenada em um banco de baterias, as quais alimentam a geladeira na ausência de sol. “São as baterias que definem por quanto tempo o sistema funcionará. Duas baterias mantêm o refrigerador ligado por até 15 horas”, disse Martins.

    Custo — Uma preocupação era criar um sistema de baixo custo e fácil implementação. O protótipo foi construído com peças disponíveis no mercado nacional. “Equipamentos como esse existem no exterior, mas o preço torna sua importação inviável”, salientou Martins. Além de desenvolver um produto brasileiro, os pesquisadores tornaram-no aplicável em refrigeradores comuns, vendidos em lojas de eletrodomésticos.

    O projeto começou com uma dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em engenharia elétrica e foi concluído por um aluno de graduação. Em outubro, os pesquisadores do instituto apresentarão o trabalho em Xangai, China. (Assessoria de Imprensa UFSC)

  • Garantir a inclusão social de surdos na sociedade por meio de formação acadêmica e, com isso, abrir espaços no mercado de trabalho é a proposta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A instituição oferece o curso a distância de licenciatura em letras na língua brasileira de sinais, a libras.

    Promovido em parceria com as secretarias de Educação a Distância (Seed/MEC) e de Educação Especial (Seesp/MEC), o curso foi desenvolvido em rede nacional com mais oito instituições educacionais. Cada uma delas oferece 55 vagas, além de outras 60 no pólo da UFSC. O propósito é o de formar o professor para o ensino de libras como primeira língua ao lecionar para alunos surdos e como segunda para os que falam o português.

    Aqueles que concluírem o curso poderão atuar na formação de professores em nível universitário, de fonoaudiólogos e de alunos surdos e ouvintes. Os alunos receberão a titulação da UFSC como licenciados em língua brasileira de sinais para atuar como professores em diferentes espaços educacionais.

    Compõem a rede o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC), no Rio de Janeiro, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade de São Paulo (USP), as universidades federais do Amazonas (Ufam), do Ceará (UFC), da Bahia (UFBA) e de Santa Maria (UFSM) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O protótipo de uma plataforma de 60 centímetros de altura, acionada por controle remoto, para uso de cadeirantes, criada por Darci Gonçalves, técnico em fabricação mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), foi o ponto de partida para a instituição investir em projetos de promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência. O projeto começou em 2004 e hoje a universidade já conta com dois tipos de plataformas e três modelos de elevadores para acesso de cadeirantes aos laboratórios, aulas práticas e salas de aula.

    Darci Gonçalves, que é servidor concursado da UTFPR há 17 anos, trabalha na Divisão de Conservação de Edifícios e Produção da Universidade onde cria e desenvolve projetos. Em 2004, diz, a instituição propôs um desafio aos professores: criar projetos para facilitar o acesso a todos os setores da universidade. Darci explica que se entusiasmou pela idéia e criou a primeira plataforma. Ela tem 60 centímetros, é móvel e acionada por controle remoto. Essa plataforma é usada por cadeirantes para operar um torno mecânico.

    A segunda plataforma criada por ele tem quatro metros e é usada para levar cadeirantes para as atividades ao segundo andar do prédio. A série seguinte é de três modelos de elevadores fixos: o de um metro e meio de altura é usado pelos alunos para alcançar a bancada dos laboratórios; o de três metros de altura, com opção de uma parada, dá acesso às salas de aula do segundo andar da universidade; e o de seis metros de altura, e uma parada, é para ir aos laboratórios de química e física do campus de Curitiba. Este mesmo elevador, mas com três paradas, está em teste em Campo Mourão, onde a UFTPR tem um campus. A série é denominada Elevador para Alunos Especiais e numerada conforme a altura. Os projetos da UTFPR foram desenvolvidos com recursos do Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior, do Ministério da Educação.

    De acordo com Darci Gonçalves, os projetos de plataformas de elevadores passam por ajustes dos desenhos para se adequarem às normas técnicas. Os passos seguintes serão patentear as marcas e buscar parcerias para a fabricação. Como ainda não tem o desenho final, Darci não revela o preço dos elevadores, mas garante que fica muito abaixo do praticado no mercado. O reitor Carlos Eduardo Cantarelli, que tomou posse nesta quarta-feira, 23, em Brasília, disse que conhece e aprova as iniciativas que promovem a acessibilidade na instituição e que vai apoiar o registro das patentes.

    Ionice Lorenzoni

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    Posse de reitor marca expansão da UTFPR

  • A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), uma das dez instituições de ensino superior que estão sendo criadas pelo governo federal, vai aumentar a sua capacidade física. Estão em construção mais três blocos de salas de aula. Com isso, poderá dobrar o número de cursos que oferece. O Ministério da Educação já autorizou a realização de concurso público e a contratação de professores e técnicos administrativos. A criação da UFGD faz parte do programa Expandir, do MEC, destinado a aumentar o número de vagas e a interiorizar o ensino superior.

    Criada oficialmente em 2 de agosto de 2005, a nova universidade funciona a 10 quilômetros do centro de Dourados, Mato Grosso do Sul, na área antes ocupada pelo campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A UFGD já oferece 15 cursos de graduação, um de doutorado e três de mestrado.

    De acordo com o diretor-administrativo da instituição, Wedson Desidério Fernandes, serão ofertados 26 cursos de graduação, quatro de mestrado e dois de doutorado, em cinco anos. O número de alunos, hoje de três mil, superará os dez mil, também em cinco anos. A UFGD conta com 92 professores. Ainda este ano, pretende contratar outros 160. Os 70 técnicos administrativos ganharão o reforço de outros 75. A universidade recebeu R$ 4,5 milhões para investimentos em 2005 e R$ 10,5 milhões este ano.

    “A expansão e a interiorização das universidades federais é importante para o Brasil. Esperávamos por essa iniciativa há muito tempo”, disse Fernandes. “Passamos um longo período sofrendo as conseqüências da falta de técnicos e de professores, uma situação insustentável, que está sendo corrigida.”

    Investimentos — O MEC está investindo R$ 592 milhões na expansão e na interiorização do ensino superior público. Em 2005, foram repassados R$ 192 milhões às instituições federais de ensino superior. Em 2006, serão mais R$ 162 milhões e, em 2007, R$ 238 milhões.

    O governo federal está criando dez universidades federais e consolidando 42 campi. A expansão alcança 68 municípios brasileiros e vai abrir 125 mil matrículas em cinco anos.

    Mais informações sobre a UFGD pelos telefones (67) 3411-3600 e 3411-6002.

    Repórter: Susan Faria

  • A futura Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que terá sede em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi recomendada como “um espaço aberto, nos campos curriculares e de pesquisa, para experimentação de temas transdisciplinares inovadores das cátedras ibero-americanas”. A recomendação consta da Declaração de Cáceres, que fechou o Encontro Internacional de Cátedras Unesco sobre a Ibero-América, realizado em Cáceres, na Espanha, de 3 a 6 deste mês.

    De acordo com o coordenador do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea), Hélgio Trindade, que apresentou o projeto da Unila no encontro, a concepção da nova universidade foi bem recebida pelos coordenadores. A nova instituição deverá desenvolver estudos e pesquisas em áreas de interesse comum aos países do Mercosul, segundo Hélgio Trindade, que é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o encontro internacional reuniu professores de universidades da América Latina e da Espanha para discutir temas como educação, desenvolvimento, direitos humanos, diversidade cultural, cultura de paz, cultura e educação.

    O objetivo do evento é criar entre as cátedras um espaço de discussão e articulação de atividades em rede, sob a coordenação do Instituto Internacional para a Educação Superior da América Latina e Caribe (Iesalc), um dos patrocinadores do evento.

    Ionice Lorenzoni

  • A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é a primeira instituição de nível superior do país a adotar o acesso preferencial de professores negros em concurso público. A decisão foi aprovada pelo conselho universitário, em reunião no último dia 16, e já é válida para o próximo concurso. Serão oferecidas 20 vagas nas áreas de ciências sociais e aplicadas, humanas, educação, ciências exatas, naturais e tecnológicas e letras.

    O concurso será aberto a professores auxiliares, com remuneração de R$ 1.216,98; assistentes (mestres), R$ 2.068,29; e adjuntos (doutores), R$ 2.799,62. O regime é de 20 horas. O edital, em fase de elaboração, estará disponível na página eletrônica da universidade em meados de janeiro de 2006.

    A justificativa para a novidade baseou-se numa passagem do livro Inclusão Étnica e Racial no Brasil, do professor José Jorge de Carvalho, do departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). No capítulo seis – A questão das cotas no ensino superior –, o autor aponta que o número de professores negros no ensino superior é insignificante. "Sem preferência de acesso, não há inclusão. O primeiro estudo do problema da discriminação racial no Brasil tem de ser lido a partir do topo da pirâmide escolar".

    A proposta, única nos meios acadêmicos para concurso público de magistério, foi encaminhada pelo Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra) e apresentada pelo conselheiro Paulo Vieira, coordenador do Negra/Unemat. O professor ressalta a importância da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do Conselho Estadual dos Direitos do Negro em Mato Grosso, no sucesso da ação.

    "Também assinalamos a importância das ações desenvolvidas pelo Ministério da Educação, por meio das secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e de Educação Superior (SESu)", destacou Vieira. Segundo o professor, a nova ação é constitucional tanto do ponto de vista administrativo quanto jurídico.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Caxias do Sul (RS) − Em reunião com a comunidade acadêmica da Universidade de Caxias do Sul (UCS), na serra gaúcha, nesta terça-feira, 17, o ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu um documento com dois pedidos. No primeiro, professores, funcionários e estudantes pedem que a universidade tenha acesso gratuito ao Portal de Periódicos da Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. O portal é o caminho mais curto no Brasil para as principais informações da produção científica mundial.

    Os representantes da UCS argumentam que a instituição se diferencia de outras universidades particulares por adotar um modelo tipicamente comunitário. O conselho gestor, por exemplo, é formado por educadores do MEC e das secretarias estadual e municipal de Educação. Além disso, alegam os caxienses, a UCS atende a uma região do Rio Grande do Sul, a metade norte, que não possui universidade federal. A mais próxima, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fica em Porto Alegre, a 150 quilômetros.

    O segundo pedido é uma flexibilização de critérios do Programa Universidade para Todos, o ProUni. São pré-requisitos do programa o candidato ter cursado o ensino médio em escola pública ou ter gozado de bolsa integral em escola particular. O documento de Caxias do Sul atribui ao ProUni a democratização do acesso da população carente ao ensino superior. E, por isso mesmo, justifica, pede que seja permitido também o acesso de estudantes oriundos de cursos supletivos. Segundo a comunidade acadêmica da UCS, a maioria desses estudantes não pôde concluir o ensino médio em tempo normal porque se viu obrigada a optar pelo mercado de trabalho. Outro argumento é que nem todos os municípios do interior possuem escolas públicas de segundo grau. E as bolsas nas escolas particulares costumam ser parciais − até 80% −, acrescenta o documento.

    O ministro Fernando Haddad se propôs a analisar se as duas solicitações se enquadram nas políticas públicas do MEC. O Diretório Central dos Estudantes programou para a noite um encontro de Haddad com os bolsistas do ProUni da UCS. Eles pretendem reivindicar ao ministro a federalização da Universidade de Caxias do Sul.

    Repóter: Rodrigo Dindo

  • Para garantir a permanência dos alunos cotistas na universidade, a Assessoria de Diversidade, Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da Vice-Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) realizou nesta terça-feira, 17, no auditório da Reitoria, uma reunião de trabalho visando integrar ações da universidade e seus parceiros. Participaram instituições como a Fundação Universidade de Brasília (Proest/FUB), Coletivo de Empresários Afrodescendentes Brasileiros (Ceabra), Fundação Universitária da UnB (Fubra) e a ONG Educafro Brasília.

    Segundo o assessor da Vice-Reitoria para Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da UnB, Jaques Jesus, "são 600 alunos cotistas que necessitam de apoio para viabilizar sua permanência nos cursos. A inclusão racial e social requer esses apoios que estão sendo construídos pela UnB e suas parcerias".

    Para o aluno cotista do curso de química, Marcos Paulo Noleto de Sousa Alves, 19 anos, morador de Samambaia (DF), "o sistema de cotas é um facilitador para alunos negros de baixa renda que penam uma dupla exclusão: a racial e a social. Fiz meus estudos na rede pública de ensino e o sistema de cotas me possibilitou alcançar a universidade. Sou bolsista e isso vai me ajudar a permanecer na universidade e concluir meu curso", afirmou.

    O representante da FUB, Aiporê de Moraes, informou que a instituição está oferecendo bolsas de estudo para alunos cotistas participar de projetos de levantamento e diagnósticos nas linhas de ação voltadas para a geração de empregos, saúde sanitária, meio ambiente e comunidades remanescentes de quilombolas: "Essas bolsas ajudam no desenvolvimento dos planos de pesquisas e podem ajudar o aluno cotista na sua permanência nos cursos escolhidos", concluiu.

    A coordenadora do programa de estágios da FUB, Susana Xavier, assegurou que a idéia é aliar a competência técnica à experiência prática, com uma abordagem social e humana. "Atendemos 1.200 alunos com bolsas de R$ 500, em média". 

    A Educafro Brasília está oferecendo cursinhos pré-vestibulares para afrodescendentes e carentes sociais em Sobradinho (DF), no Centro Social da quadra 13. Há uma turma de 45 alunos e outros 45 em lista de espera, enquanto estão sendo providenciados professores voluntários e outra sala de aula.

    Segundo o coordenador cultural e pedagógico da Educafro, Gerivaldo Oliveira, "são ações afirmativas, onde temos a oportunidade de fazer nossa parte. Num segundo momento, vamos tentar ampliar as cotas e criar condições para a manutenção destes alunos dentro das universidades", concluiu.

    Repórter: José Leitão

  • Para garantir a permanência dos alunos cotistas na universidade, a Assessoria de Diversidade, Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da Vice-Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) realizou nesta terça-feira, 17, no auditório da Reitoria, uma reunião de trabalho visando integrar ações da universidade e seus parceiros. Participaram instituições como a Fundação Universidade de Brasília (Proest/FUB), Coletivo de Empresários Afrodescendentes Brasileiros (Ceabra), Fundação Universitária da UnB (Fubra) e a ONG Educafro Brasília.

    Segundo o assessor da Vice-Reitoria para Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da UnB, Jaques Jesus, "são 600 alunos cotistas que necessitam de apoio para viabilizar sua permanência nos cursos. A inclusão racial e social requer esses apoios que estão sendo construídos pela UnB e suas parcerias".

    Para o aluno cotista do curso de química, Marcos Paulo Noleto de Sousa Alves, 19 anos, morador de Samambaia (DF), "o sistema de cotas é um facilitador para alunos negros de baixa renda que penam uma dupla exclusão: a racial e a social. Fiz meus estudos na rede pública de ensino e o sistema de cotas me possibilitou alcançar a universidade. Sou bolsista e isso vai me ajudar a permanecer na universidade e concluir meu curso", afirmou.

    O representante da FUB, Aiporê de Moraes, informou que a instituição está oferecendo bolsas de estudo para alunos cotistas participar de projetos de levantamento e diagnósticos nas linhas de ação voltadas para a geração de empregos, saúde sanitária, meio ambiente e comunidades remanescentes de quilombolas: "Essas bolsas ajudam no desenvolvimento dos planos de pesquisas e podem ajudar o aluno cotista na sua permanência nos cursos escolhidos", concluiu.

    A coordenadora do programa de estágios da FUB, Susana Xavier, assegurou que a idéia é aliar a competência técnica à experiência prática, com uma abordagem social e humana. "Atendemos 1.200 alunos com bolsas de R$ 500, em média". 

    A Educafro Brasília está oferecendo cursinhos pré-vestibulares para afrodescendentes e carentes sociais em Sobradinho (DF), no Centro Social da quadra 13. Há uma turma de 45 alunos e outros 45 em lista de espera, enquanto estão sendo providenciados professores voluntários e outra sala de aula.

    Segundo o coordenador cultural e pedagógico da Educafro, Gerivaldo Oliveira, "são ações afirmativas, onde temos a oportunidade de fazer nossa parte. Num segundo momento, vamos tentar ampliar as cotas e criar condições para a manutenção destes alunos dentro das universidades", concluiu.

    Repórter: José Leitão

  • O reitor da Universidade de Coimbra (Portugal), Fernando Seabra Santos, apresentou em Belo Horizonte, no último dia 19, a proposta de criação do Programa José Bonifácio de Andrada e Silva. O trabalho visa articular e consolidar iniciativas de mobilização entre a mais antiga instituição de ensino superior portuguesa e universidades brasileiras.

    “Queremos identificar novas modalidades de cooperação em áreas científicas estratégicas de interesse comum e em termos de intercâmbio estudantil”, justificou Fernando Seabra. A Universidade de Coimbra acolhe cerca de dois mil estudantes estrangeiros. Pouco mais de uma centena são brasileiros.

    O nome do programa é uma homenagem ao Patriarca da Independência do Brasil, que foi professor de metalurgia da universidade. Participaram do encontro representantes de 15 universidades que já desenvolvem parcerias com a instituição portuguesa. De acordo com Sandra Almeida, diretora de relações internacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o reitor da Universidade de Coimbra quer ampliar as redes de contato com o Brasil. “A idéia é aumentar o intercâmbio de professores, estudantes e projetos de pesquisa em pós-graduação entre os dois países”, explica.

    Desafios – Apesar de bem recebida, a idéia de ampliar a cooperação entre os dois países precisa superar algumas dificuldades. Entre elas, destacam-se: a busca de recursos para financiar a participação de alunos carentes em programas de intercâmbio; a definição da abrangência do programa (graduação ou pós-graduação); e a garantia de reciprocidade das iniciativas.

    O reitor Fernando Seabra entende a preocupação dos brasileiros no que se refere à reciprocidade, uma vez que alguns alunos querem permanecer em Portugal depois de concluir os estudos. Entre as possibilidades de intercâmbio, citou a co-tutela em projetos de doutorado.

    Com relação ao financiamento para ampliar o acesso ao intercâmbio, o reitor Lúcio José Botelho, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), defendeu a criação de um fundo de cooperação institucional específico. “Se o intercâmbio for realizado por conta dos alunos, só os ricos participarão. É preciso popularizar a proposta”, disse.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou nesta terça-feira, 2, o papel da universidade pública na formação do magistério. No painel sobre educação do seminário O Brasil que Queremos Ser, comemorativo dos 40 anos da revista Veja, Haddad lembrou que as universidades federais assumiram a tarefa da formação de professores. “Infelizmente, algumas instituições sem tradição executavam uma tarefa que deveria ser nossa”, disse o ministro, em São Paulo.

    Entre outras iniciativas do Ministério da Educação para a valorização do  magistério estão a fixação do piso nacional do professor em R$ 950 e a implementação de diretrizes de carreira. “Os próprios professores são os primeiros a identificar problemas em sua formação. Para eles, a prioridade não é o salário, mas a formação”, afirmou Haddad.

    A valorização do professor, de acordo com o ministro, é um dos aspectos capazes de possibilitar a organização do sistema educacional brasileiro. Segundo Haddad, o conjunto de variáveis inclui a transparência na gestão da educação, o financiamento adequado e a avaliação sistemática. “Temos de fazer com que a sociedade incorpore a educação como valor, assim como incorporou a democracia. Educação de qualidade só se consolida como mudança cultural.”

    Investir em educação mais do que a média de outros países é um dos objetivos do MEC. O ministro ressaltou que a proposta é o investimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação — a média internacional é de 4%.

    Letícia Tancredi

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    Ministro quer oportunidades para todos

  • A Universidade Federal do Amapá (Unifap), com sede em Macapá, vai ampliar, até 2012, o número de cursos e as vagas na graduação, mestrado e doutorado. Para executar seu plano de trabalho, o Ministério da Educação repassará à instituição R$ 13,8 milhões do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Serão 14 novos cursos, sendo seis na graduação e oito de mestrado e doutorado.

    Os recursos serão investidos no período de 2008 a 2012 na criação de três novos cursos diurnos, que passam de 25 para 28, e em três cursos à noite, de 11 para 14 nos próximos cinco anos. Em 2012, a universidade terá 1.385 novas vagas na graduação. Na pós-graduação, a oferta passará de quatro para 12 cursos.

    A Unifap foi criada pela Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Câmara de Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reúne na segunda-feira, 8, para tentar fechar uma proposta de consenso para implementação do sistema cotas na instituição. A Câmara, formada por coordenadores dos 45 cursos da universidade, vai debater pela terceira vez este ano a reserva de vagas para alunos afrodescendentes, indígenas e da rede pública. A reunião será às 9h, na Pró-Reitoria de Graduação.

    A proposta que vier a ser aprovada será encaminhada aos conselhos universitário e de ensino e pesquisa, instâncias com poder de decisão. A questão das cotas para grupos étnicos e sociais começou a ser debatida no ano passado, quando o reitor Rubens Rassel criou comissão para esse fim integrada por representantes da universidade e da sociedade.

    O grupo propôs cotas equivalentes a 26% das vagas para alunos negros, 25% para egressos do ensino público e 1% para índios. A proposta foi fechada após várias reuniões e seminários, abertos ao público, dos quais participaram instituições que adotaram a reserva de vagas. Segundo o reitor, a Ufes não pode ficar alheia ao debate.

    “A reserva de vagas foi adotada em diversas instituições do país, e o tema está na agenda das universidades brasileiras”, afirmou Rassel. Ele reconhece que a proposta é polêmica, mas acredita que o debate democrático é importante para que a universidade tenha uma definição. “O processo deve ser aberto à manifestação de todas as opiniões para que a Ufes construa coletivamente uma posição”, defendeu.

    Proposta — Na proposta a ser formulada, a Câmara de Graduação deve definir a partir de quando e de que forma se dará a reserva de vagas. Com 13 mil alunos na graduação e 950 professores, a Ufes não adotará a reserva em seu próximo vestibular. A medida, se aprovada, deve valer somente a partir do vestibular de novembro próximo.

    A primeira instituição a adotar cotas foi a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003. No mesmo ano, aderiram a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), a do Estado da Bahia (Uneb) e a Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Desde 2004, 23 universidades já adotaram o critério de cotas.

    Súsan Faria, com informações da Assessoria de Imprensa da Ufes

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, recebe na próxima quinta-feira, 16, o projeto acadêmico da futura Universidade Federal do Grande ABC (UFABC) que será construída em Santo André, São Paulo. Para a instituição se tornar realidade é preciso que o Senado aprove o Projeto de Lei nº 20/2005, que está na Comissão de Constituição e Justiça. A Câmara dos Deputados aprovou, em 22 de março deste ano, o projeto enviado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 12 de julho de 2004.

    O Ministério da Educação prepara o início das atividades da UFABC para o primeiro semestre de 2006. Deve começar com os cursos de licenciatura em física, química, biologia e matemática, em salas de 30 alunos, e um curso de ciências da computação com 50 vagas, nos turnos diurno e noturno. As engenharias estão previstas para ser oferecidas no segundo semestre de 2006. O projeto pedagógico da nova universidade se insere na proposta de reforma da educação superior, que prevê, entre outros pontos, a criação de um ciclo básico de dois anos que antecede a profissionalização do aluno, suporte ao estudante, oferta de educação presencial e a distância.

    A localização da UFABC também já está definida. Um protocolo assinado entre o MEC e a prefeitura de Santo André prevê a doação, pela prefeitura, de um terreno de 70 mil metros quadrados localizado entre a Avenida dos Estados e as ruas Santa Adélia e da Abolição. A oficialização da doação do terreno tramita na Câmara Municipal de Vereadores.

    Missão – A Universidade Federal do ABC nasce com a missão de formar profissionais de elevada qualificação em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional. Para executar essa tarefa, o projeto de criação prevê a contratação de 600 professores e 1.000 monitores bolsistas nos programas de pós-graduação. Quando em pleno funcionamento, a instituição vai atender 20 mil alunos em cursos de graduação, 2.500 em mestrado e 1.000 em programas de doutorado.

    O núcleo fundamental da constituição acadêmica se assenta nas ciências naturais, na matemática e na tecnologia. As humanidades e as ciências complementam o projeto. Dessa forma, ao mesmo tempo que assume compromisso com o avanço da pesquisa e do conhecimento, a Universidade do ABC estará comprometida com a formação de indivíduos capazes de compreender a sociedade em que vivem, respeitar os princípios éticos e contribuir para a solução dos problemas sociais do país.

    Mobilidade – Outra característica da nova universidade será a mobilidade dos estudantes. O intercâmbio dos alunos da UFABC com os de outras instituições de elevado nível acadêmico será estimulado desde o começo. Por exemplo: o ciclo básico, que deverá ser de três anos nas engenharias e nas ciências sociais, vai permitir aos alunos fazer a parte profissional, de dois anos, em outra universidade ou concluir o básico e partir para o mercado de trabalho.

    Centros – A proposta de estrutura acadêmica da UFABC compreende três centros. O Centro de Ciências Naturais e Humanas deve reunir pesquisa e ensino em física, química e biologia, formando bacharéis e licenciados; o Centro de Matemática, Computação e Cognição Humana vai formar bacharéis e licenciados em pesquisa e ensino nas três áreas; e o Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas, destinado à formação profissional nas engenharias de produtos, de instrumentação, ambiental, urbana, de sistemas, de energia, biomédica, gestão organizacional e de telecomunicações e teleprocessamentos.

    Além dessa estrutura, a UFABC contará com cinco núcleos destinados a projetos em parceria com outros centros, atividades curriculares e extracurriculares e de apoio aos alunos: núcleo de criatividade, inovação e experimentação; núcleo de assistência ao estudante: acesso e permanência; núcleo de educação continuada; núcleo de estudos avançados; núcleo de informação e biblioteca.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O projeto de criação da Universidade do Mercosul terá papel estratégico na integração dos países latino-americanos e Caribe. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 16, durante a abertura do 1º Encontro de Redes Universitárias Internacionais e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe, em Brasília.

    Há uma deficiência de recursos humanos orientados para a integração desses países, segundo Haddad. “Hoje a integração é importante do ponto de vista econômico, mas temos que intensificar as relações culturais e educacionais”, disse.

    A Universidade do Mercosul ainda está em discussão com os outros países. No entanto, o ministro adiantou que serão 13 pólos brasileiros e deverá começar a funcionar no segundo semestre de 2007.

    O assunto será debatido na semana que vem durante o 3º Fórum Educacional do Mercosul, em Belo Horizonte (MG). O ministro ressaltou, ainda, que o Brasil aprovou uma lei no ano passado que torna obrigatório o ensino da língua espanhola nas escolas públicas. Para ele, a iniciativa é outra ação concreta do governo brasileiro em relação à integração com os países da região.

    O encontro entre reitores de 16 países e autoridades educacionais brasileiras ocorre até amanhã, 17, na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília. O grupo irá articular ações entre as redes universitárias e conselhos de reitores para aperfeiçoar os projetos educacionais conjuntos.

    Uma agenda comum para o segmento regional da Conferência Mundial da Educação Superior, prevista para 2009, também está entre os temas do encontro. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, apresentará o trabalho desenvolvido pela agência.

    Participaram da solenidade de abertura a diretora do Instituto da Unesco Internacional para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalc), Ana Lúcia Gazzola, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o secretário de Educação Superior em exercício do MEC, Manuel Palácios, e o presidente do Conselho de Administração do Iesalc, Rafael Guarga. O evento é promovido pelo Iesalc, com apoio da Capes, Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Andifes e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Adriane Cunha

  • Em votação simbólica no Plenário, o Senado Federal aprovou na noite de terça-feira, 18, o projeto de lei que cria a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), com sede em Bagé, Rio Grande do Sul. A criação da universidade foi anunciada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em julho de 2005, em resposta à demanda da região. A instituição começou a ser implantada no ano seguinte, com o apoio das universidades federais de Pelotas e Santa Maria.

    Também foi aprovado o projeto que transforma a Faculdade Federal de  Ciências Médicas de Porto Alegre em Universidade Federal de Ciências da Saúde. Os projetos seguem agora para sanção presidencial. A Unipampa, além de Bagé, terá campi em Jaguarão, São Gabriel, Santana do Livramento, Uruguaiana, Alegrete, São Borja, Itaqui, Caçapava do Sul e Dom Pedrito.

    Para o secretário de educação superior, Ronaldo Mota, o Rio Grande do Sul torna-se um grande pólo de educação superior no Brasil e na América Latina. “Agora com seis universidades federais, figura ao lado de Minas Gerais e do Rio de Janeiro como estado com maior concentração de universidades federais”, salientou Mota.

    De acordo com o secretário, a qualidade das instituições e a tradição de bons alunos do ensino médio são os ingredientes básicos para que o Rio Grande do Sul tenha uma formação de recursos humanos de alto padrão em todas as áreas de conhecimento.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • As universidades federais podem apresentar ao MEC, até o dia 29, propostas de reestruturação e expansão para o Reuni. (Foto: João Bittar)O Conselho Universitário da Universidade Federal de Tocantins (UFT) aprovou, por unanimidade a proposta da instituição para o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O conselho é composto por 21 membros.

    “Depois de três meses de discussão, conseguimos elaborar um consistente projeto de expansão e reestruturação, o qual possibilitará o crescimento de mais 1,2 mil matrículas por vestibular, ou seja, cerca de cinco mil novos alunos na instituição para o período de quatro anos. Até o dia 28 de outubro, estaremos lançando nossa proposta no Sistema do MEC (SIMEC)”, declarou o reitor da UFT, Alan Barbiero.

    Hoje, a UFT tem nove mil alunos em 29 cursos de graduação presencial, sete de mestrado e três de doutorado. A proposta que será apresentada ao MEC, segundo o reitor, contará com a criação de 14 novos cursos de graduação, principalmente nas áreas de licenciatura.

    De acordo com Barbiero, ”a universidade, agora, vai dar conta da educação básica, pois vamos ofertar, pela primeira vez, cursos de licenciatura em ciências naturais, além dos cursos de artes e filosofia. Também vamos reforçar a engenharia e investir fortemente em tecnologia, a fim de ampliar o desenvolvimento do estado”, destacou.

    A Universidade Federal do Tocantins tem sede em Palmas, capital do estado, e conta com sete campi: Araguaína, Arraias, Gurupi, Miracema, Palmas, Porto Nacional e Tocantinópolis).

    Reuni — As universidades federais podem apresentar ao Ministério da Educação, até o próximo dia 29, propostas de reestruturação e expansão para o programa. Os projetos devem prever investimento em custeio, contratação de pessoal, aquisição, instalação e manutenção de equipamentos, construção e recuperação de instalações físicas das instituições.

    Aumentar o número de vagas para ingresso de estudantes, reduzir as taxas de evasão, ampliar a mobilidade estudantil e articular a educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica, esses são os objetivos do programa. Nos próximos quatro anos, R$ 2 bilhões serão destinados às universidades federais, de acordo com a projeção de matrículas. Os recursos previstos para cada instituição estão assegurados até 2011. A não-apresentação de propostas em 2007 não prejudica o ingresso posterior no programa.

    Assessoria de Imprensa da SESu/MEC

  • Foto: Wanderley Pessoa

    Dourados (MS) — Ao entregar nesta terça-feira, 24, o primeiro prédio construído no campus da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse à comunidade universitária que mais importante do que esta obra é o desenvolvimento que a universidade proporcionará a todo o sul do estado. A UFGD é uma das novas instituições criadas com o programa de expansão da educação superior.

    O ministro inaugurou o bloco que vai abrigar os cursos de graduação e pós-graduação em ciências da saúde. O prédio será ocupado, imediatamente, pelos 300 estudantes do curso de medicina e, posteriormente, atenderá a todos os cursos da área. Durante a solenidade, o centro acadêmico do curso de medicina entregou a Haddad um abaixo-assinado solicitando que a gestão do Hospital Universitário (HU) seja transferida para a UFGD. O HU é administrado por uma fundação municipal, mas custeado com recursos do Ministério da Saúde, que repassa R$ 600 mil anuais; pelo governo do Mato Grosso do Sul, que investe R$ 400 mil; e pelo município de Dourados, que entra com mais R$ 200 mil.

    A este pedido, Fernando Haddad respondeu que o MEC e o Ministério da Saúde vêm estudando como resolver a questão dos custos. Para o MEC, o ideal é arcar somente com os custos de ensino e não com o atendimento de saúde, explicou o ministro. O HU tem 127 leitos, dos quais 15 são da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

    Ainda no campus da UFGD, o ministro inspecionou as obras dos blocos que vão abrigar as ciências biológicas (cursos de gestão ambiental e biologia), ciências sociais aplicadas (administração e ciências contábeis), e de ciências humanas (história, geografia e ciências sociais). Enquanto as obras estão em andamento, os alunos estudam num prédio da universidade, no centro de Dourados, mas em 2007 eles vão para o campus.

    Rodrigo Dindo

  • José Weber é reempossado como reitor de uma universidade em pleno crescimento (Foto: Walderley Pessoa)Seis cursos de graduação em engenharia funcionando onde, até 2004, havia uma fábrica de processamento de tomates, em Juazeiro, na Bahia; o primeiro curso de arqueologia do país ministrado nas instalações da Fundação Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato, no Piauí. Essas novidades são parte da história da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), que tem quatro anos, e é a única universidade pública do país presente em três estados. O outro campus funciona em Petrolina, Pernambuco.

    A trajetória da Univasf, criada por lei em 2002, mas que começou a existir em 2004, foi lembrada nesta quinta-feira, 8, na recondução ao cargo do reitor da instituição, José Weber Freire Macedo, eleito com 73% dos votos da comunidade universitária. Este ano, com mais de 3 mil alunos, 300 professores, dos quais 80% com mestrado e 35% com doutorado, a Univasf concretiza sua atuação multi-regional no semi-árido nordestino.

    A definição dos cursos, que hoje são 15, sendo 13 de graduação e dois mestrados, foi precedida por uma pesquisa realizada em 97 municípios de Pernambuco, Bahia e Piauí, explica José Weber. Das necessidades apontadas, a instituição abriu seis engenharias em Juazeiro e cursos de medicina, enfermagem, zootecnia, veterinária, administração, entre outros, em Petrolina. Desse grupo de cursos iniciados em 2004 e 2005, a instituição formou em dezembro do ano passado os primeiros 28 enfermeiros, “todos já empregados”, diz o reitor.

    Com a missão de qualificar profissionais que ajudarão a modificar a realidade social e econômica do vale do Rio São Francisco e da caatinga, Weber explica que se preocupou muito com o resultado do primeiro vestibular do curso de medicina. Em 2004, informa, apenas 10% dos estudantes aprovados eram da região. Hoje esse índice subiu para 40%. O curso de enfermagem já tem 90% dos alunos de Petrolina e municípios do entorno.

    A construção da universidade nos últimos quatro anos e os avanços destacados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, se devem ao “engajamento (de Weber) na luta pela educação” nessa região do país. Haddad lembrou que, em quatro anos, a Univasf saiu do papel e tem hoje mais de 500 servidores, entre professores e técnicos, 3 mil alunos, um galpão de processamento de tomate que virou escola em Juazeiro e salas, laboratórios e bibliotecas em construção em Petrolina. Em 2004, lembrou o reitor, a Univasf começou com dois professores e 22 servidores cedidos pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Petrolina.

    Mas o mais importante, diz o ministro, é que “a Universidade do Vale do São Francisco cumpre sua missão de levar conhecimento, cultura, desenvolvimento ao semi-árido brasileiro”.

    No campus de São Raimundo Nonato (PI), a universidade tem o curso de arqueologia e preservação patrimonial. A formação de arqueólogos acontece dentro das instalações e laboratórios da Fundação Museu do Homem Americano, entidade reconhecida internacionalmente por seu trabalho de pesquisa e preservação do acervo arqueológico do Parque Nacional da Serra da Capivara.

    Evolução – Criada pela Lei nº 10.473, de 27 de junho de 2002, a Univasf foi implantada a partir de 2003 e fez seu primeiro vestibular para o curso de enfermagem no segundo semestre de 2004. Tem hoje 13 cursos de graduação, sendo seis em Petrolina, seis em Juazeiro e um em Raimundo Nonato. Oferece também dois mestrados no campus de Petrolina: em ciência dos materiais, desenvolvido em parceria com a USP e UFPE, e ciência animal no semi-árido nordestino, em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e com a Embrapa.

    Com as verbas do Reuni, a Univasf vai abrir oito novos cursos de graduação distribuídos entre os três campi e a unidade de expansão, em Senhor do Bonfim, na Bahia. Serão cinco cursos na área de ciências: sociais, da natureza, farmacêutica, da atividade física e biológicas, e os cursos de agronomia, história natural e artes.

    O professor José Weber exerceu dois mandatos na reitoria da UFES (entre 1996 e 2003), cargo que acumulou, a partir de 2003, com a implantação da Univasf. Em 2005 elegeu-se reitor da nova instituição e agora é reconduzido para um novo mandato de quatro anos. Tem graduação e mestrado em psicologia e doutorado em administração social, este pelo University of Wales College of Cardiff, na Grã-Bretanha.

    Ionice Lorenzoni

  • O Departamento de Matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI) promove na quinta-feira, dia 20, a premiação da 5ª Olimpíada Piauiense de Matemática, às 18h, no auditório Afonso Sena do Centro de Ciências da Natureza. Participaram da competição mais de 1,6 mil alunos da rede pública e particular de Teresina, dos quais 70 foram selecionados, nas seguintes etapas: ensino médio, sétima e oitava séries, quinta e sexta séries.

    A olimpíada foi organizada pelo Departamento de Matemática da UFPI, responsável também pela orientação, apoio logístico, correção de provas e apuração de resultados. "A olimpíada, mais do que uma competição de matemática, é um mecanismo de estímulo para os estudantes, pois a comunidade escolar ganha com a motivação, que se reflete na melhoria do desempenho em todas as disciplinas", disse o chefe do Departamento de Matemática da UFPI, João da Cruz Xavier Neto.

    Nacional - Já estão abertas as inscrições para a 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), de iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia. As inscrições podem ser feitas até o dia 2 de junho próximo.

    A competição terá duas etapas, com uma prova em cada uma. A primeira, em 29 de agosto e a segunda, em 18 de novembro. O objetivo da competição é estimular o estudo da matemática por meio da resolução de problemas que despertem o interesse e a curiosidade de professores e estudantes. A inscrição, individual, deve ser feita pelas escolas, na página eletrônica da Obmep.

    Mais informações pelos telefones 0800 616161 e 21 2529-5084. (Jornal Meio-Norte)

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