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Página inicial > Todas as notícias > MEC libera R$ 51,6 milhões para hospitais universitários
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  • O ministro da Educação, Mendonça Filho, vai revogar duas portarias publicadas no final de abril último. A Portaria Normativa nº 7, que instituiu o Cadastro Nacional de Concluintes (CNC) dos cursos de graduação, e a Portaria Normativa nº 8, que criou indicadores de qualidade para a educação superior. Com isso, voltam a valer os anteriores.

    A decisão do MEC está embasada em pareceres técnicos firmados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). De acordo com a presidente do instituto, Maria Inês Fini, ambas as propostas foram apresentadas sem nenhum planejamento prévio. “Sem a necessária adequação de estrutura técnica do Inep e sem comprovada justificativa ou necessidade”, disse.

    O Inep é o órgão responsável pela discussão e elaboração de novos indicadores educacionais da educação básica e da superior. “Além disso, qualquer mudança de indicadores precisa estar pactuada com a sociedade, principalmente com os usuários diretos desses pretensos indicadores, a comunidade acadêmica”, explicou Maria Inês.

    Hoje, existe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), integrado pelo conceito Enade [Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes], conceito preliminar de curso (CPC), e pelo índice geral de cursos (IGC). A produção de indicadores capazes de representar características, atributos e valores de atividades desenvolvidas nas instituições de educação superior é complexa. Portanto, requer o atendimento a requisitos mínimos, como comparabilidade, continuidade, operacionalidade e objetividade. “O Inep não é contra o aperfeiçoamento dos indicadores já existentes ou a implantação de novas formas de expressar o que se realiza no âmbito das instituições de educação superior”, esclareceu Maria Inês. “Mas, como disse, é preciso um conhecimento claro das variáveis; um banco de dados ampliado precisa ser estruturado anteriormente à implantação de um novo sistema de avaliação de qualidade da educação superior.”

    Banco — No caso do Cadastro Nacional dos Concluintes, a portaria prevê a criação de um banco de diplomas dos cursos de graduação com acesso público irrestrito, sem atentar para a necessidade da adoção de um complexo processo metodológico para a sua implantação. Além disso, deixa uma lacuna nas responsabilidades atribuídas às instituições de educação superior quanto à atualização do cadastro e à identificação da veracidade e da autenticidade das informações junto ao CNC. Ou seja, da forma como foi proposto, o CNC não garantiria o controle necessário para enfrentar o problema das fraudes na conclusão dos cursos de graduação, como a venda de diplomas.

    As portarias normativas do MEC nº 7/2016 e nº 8/2016, a serem revogadas, foram publicadas no Diário Oficial da União de 28 de abril último.

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação notificou a Faculdade de Artes, Ciência e Tecnologia (Facet), de Salvador, para que apresente em 48 horas esclarecimentos sobre os fatos denunciados pelo portal de notícias IG. Segundo a reportagem, a instituição estaria cobrando dos bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni) valores indevidos da anuidade escolar, como forma de driblar as bolsas parciais do programa.

    O ministro Aloizio Mercadante determinou supervisão in loco e ordenou o deslocamento imediato de uma equipe da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu) para verificar as práticas da instituição baiana, tanto no ProUni quanto no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Não há tolerância com desvios”, disse o ministro.

    Mercadante solicitou ainda uma rigorosa apuração junto a outras instituições para conferir o cumprimento das normas da legislação que regem os dois programas. Em conjunto, eles abrigam mais de 1,5 milhão de estudantes do ensino superior. As instituições  que não cumprirem as normas serão excluídas do ProUni e do Fies. O resultado da apuração será encaminhado à Receita Federal, por se tratar de crime fiscal. Os estudantes lesados pelas instituições terão que ser ressarcidos.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse a legislação do ProUni

    Acesse a legislação do Fies 
  • Rogério Guimarães Júnior vai cursar ciência da computação em uma das mais conceituadas instituições de ensino superior dos Estados Unidos (Foto: Divulgação / Arte: ACS/MEC )Internacionalmente premiado em diversas competições de matemática e computação, o piauiense Rogério Guimarães Júnior, 18 anos, começou a fazer as malas para realizar um sonho antigo, o de estudar no exterior. Aprovado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ele se muda em setembro para os Estados Unidos, onde pretende cursar ciência da computação.

    A preparação começou aos 14 anos quando, no primeiro ano do ensino médio, Rogério decidiu sair de Teresina, capital do Piauí, para estudar em Fortaleza, no Ceará. Filho de um auditor fiscal e de uma professora, teve o apoio dos pais, a quem deu a notícia da seleção na quarta-feira, 14 de abril, data marcada como uma das mais felizes para a família.

    “Eu sabia que queria estudar fora mas é complicado você ter uma faculdade específica, porque é um processo bem subjetivo, você não sabe direito em qual faculdade vai entrar. Daí você tenta várias, e foi isso, desde o primeiro ano. Fiz atividades que me ajudassem também quando eu chegasse ao terceiro ano e fosse aplicar para as faculdades”, disse Rogério.

    A estratégia foi apostar nas olimpíadas de conhecimento para fortalecer a preparação e o currículo. Foram 25 medalhas, entre as quais as de ouro na seletiva brasileira para a Olimpíada Internacional de Informática (IOI), em 2015, e na Competição Iberoamericana de Informática (CIIC), em 2016. Rogério Guimarães também foi prata na Olimpíada Internacional em Informática (2016), na Rússia, onde conquistou a melhor colocação entre competidores ibero-americanos.

    Ele conta que aplicou para diversas universidades no exterior. Ao ver os resultados, percebeu como o perfil do aluno pesa. Entre os selecionados para o MIT, por exemplo, metade dos aprovados participaram de olimpíadas internacionais de ciência, matemática, física ou química, observou. “Em outras faculdades não. No MIT passaram quatro brasileiros, todos são envolvidos com olimpíadas, três foram os melhores resultados do ano no Brasil em suas olimpíadas internacionais. Já em Harvard, por exemplo, eu nem fui chamado para entrevista, é uma faculdade que prioriza outras coisas”, falou. 

    Ainda no currículo de Rogério, pesa um projeto desenvolvido ao longo dos anos de preparação para as olimpíadas de conhecimento: o curso Noic de Informática, do qual é, hoje, presidente. O Núcleo Olímpico de Incentivo ao Conhecimento (Noic) é uma ferramenta utilizada por estudantes que querem se preparar para olimpíadas na área de programação.

    “Decidi criar um curso de informática que ensina a programar do zero. E o feedback foi muito bom, porque não existia material bom em português, do zero, e focado nas olimpíadas”, argumentou.

    Paralelamente, o estudante fundou, junto com um grupo de jovens pesquisadores, o CodCad, outra plataforma, esta para ensino, online e gratuito, de programação. “São diferentes cursos, cada curso com diferentes aulas e na plataforma você tem problemas de informática para resolver e a própria plataforma corrige, te dá pontuação e ranqueia. O diferencial do CodCad é que tudo que você precisa para programar está nele”, explicou.  

    Além do MIT, o piauiense também foi aprovado em Stanford. “É complicado ficar pensando o que te fez entrar em uma ou outra faculdade. O ponto é que elas têm perfis diferentes e aprovam os alunos não só com base no quanto elas acham que eles são bons, mas no quanto eles se encaixam no perfil delas.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Ministério da Educação tem conhecimento das dificuldades enfrentadas, especificamente, pelos formados em medicina no exterior. Por isso, desde 2007, por iniciativa e liderança do Ministério da Saúde, foi criado um Grupo de Trabalho Interministerial, composto por representantes do Ministério da Educação, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Saúde.

    Esse GT organizou diversas reuniões com universidades (reitores e coordenadores dos cursos de medicina), associações médicas (incluindo o Conselho Federal de Medicina) e as associações de ex-alunos. Nessas discussões, ficou claro que todos os envolvidos na questão eram favoráveis à idéia do exame nacional para a revalidação de títulos estrangeiros de medicina no Brasil.

    Com isso, um grupo de universidades públicas tem trabalhado na construção de um sistema piloto de revalidação, que formulará uma matriz de equivalência nacional e que elaborará um exame nacional para a revalidação de títulos no Brasil.

    Esclarecemos, ainda, que o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Superior, não medirá esforços para custear as universidades federais para que realizem o trabalho de revalidação de títulos, que, reconhecidamente, implica despesas adicionais.
  • No quarto dia de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação, o curso de medicina é o mais procurado pelos candidatos que buscam uma das 129.319 vagas em 101 instituições públicas de educação superior. Na lista com as dez universidades mais requisitadas, em nove os candidatos fizeram a primeira das duas opções possíveis por medicina.

    Na liderança das instituições mais procuradas está a Universidade Federal do Ceará (UFC). Em seguida, as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF). Também constam entre as dez mais procuradas, as federais de Alagoas (Ufal) e de São Carlos (UFSCar).

    Na primeira edição deste ano, o Sisu oferece vagas em 3.752 cursos. As inscrições ficam abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 11.

    Os candidatos devem acompanhar a nota de corte de cada curso e turno, divulgada uma vez por dia. Com isso, podem avaliar as chances de ser aprovados no curso de opção. Até o último dia de inscrições, o candidato pode mudar as opções — o sistema reconhecerá a última inscrição confirmada pelo candidato.

    Corte— Até o momento, a maior nota de corte do Sisu é a do curso de medicina na UFRJ, pela ampla concorrência (821,66). Na mesma instituição, o curso de engenharia elétrica, pelo sistema de cotas, teve 818,25.

    Concorrem às vagas os estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2012 e obtiveram nota na redação que não tenha sido zero. No momento da inscrição, o candidato deve especificar, pela ordem de preferência, o curso ao qual pretende concorrer e de que forma — por meio de cotas decorrentes da Lei nº 12.711, de 29 de agosto último (Lei de Cotas), de outras políticas afirmativas adotadas pelas instituições participantes do sistema ou pela ampla concorrência.

    As regras e o cronograma da primeira edição de 2013 do Sisu constam do Edital da Secretaria de Educação Superior (Seus) do MEC nº 20/2012, publicado no Diário Oficial da União de 26 de dezembro último, seção 3, páginas 24 e 25. A inscrição deve ser feita na página do Sisu na internet.

    Paula Filizola

    Confira:
    Maiores notas de corte, instituições e cursos mais procurados
    Lei nº 12.711 (Lei de Cotas), de 29 de agosto de 2012
  • A Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) aprovou nesta quinta-feira, 26, resolução que implementa benefício para os médicos que ingressarem em 2015 em programas de residência em medicina geral de família e comunidade. Os profissionais que cursarem essa modalidade, ao final dos dois anos previstos, terão direito a 10% de bônus na pontuação a partir de 2017 para acesso a outros programas de residência. Essa decisão será publicada em portaria nos próximos dias.

    A medida ajusta a Resolução da Comissão Nacional de Residência Médica nº 03/2011 à Lei 12.871/2013, a Lei do Mais Médicos. “Esta medida é fundamental, visto que a Lei 12.871/2013 prevê políticas de incentivos, pela pontuação adicional em todas as fases de processos seletivos para residência médica, para egressos de programas de formação na Atenção Básica por meio de atividades de integração ensino-serviço”, afirma Vinícius Ximenes, diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde do MEC e presidente em exercício da Comissão Nacional de Residência Médica.

    Em 2015, serão ofertadas 1.600 vagas para medicina geral de família e comunidade. Atualmente, o Brasil tem mais de 4 mil especialistas nessa modalidade e mais de 30 mil equipes da Estratégia Saúde da Família, sendo um mercado de trabalho crescente no Brasil para a profissão médica.

    Para fins de formação médica no Brasil, os termos Medicina Geral de Família e Comunidade e Medicina de Família e Comunidade são equivalentes para fins de formação médica, conforme Portaria Conjunta SGTES/MS/SESu/MEC nº 02/2014 e decisão da Comissão Nacional de Residência Médica em sua plenária de dezembro de 2014.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Médicos que queiram quitar o empréstimo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) com trabalho podem escolher um município entre os 2.219 selecionados como prioritários pelo Ministério da Saúde. Exceto o Distrito Federal, estão contempladas cidades nos 26 estados da Federação.

    Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta sexta-feira, 26, indica também as 19 especialidades médicas que podem ser escolhidas pelos profissionais e as quatro áreas de atuação prioritárias para o Programa Saúde da Família.

    Para definir a lista dos municípios, o ministério considerou como indicadores a presença de população em extrema pobreza e aquela residente na área rural. Mas para contratar médicos, as prefeituras precisam ter constituídas equipes do Saúde da Família e se enquadrar em critérios como atender populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, de assentamentos.

    Para se candidatar à vaga, o médico deve cumprir uma série de exigências, entre elas, estar inscrito no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Scnes) e informar ao ministério, em formulário digital, o início, o término e as eventuais interrupções do trabalho no município priorizado.

    Pela regra, o pagamento das prestações do Fies com trabalho ocorre após o primeiro ano de atividade do médico em equipes do Saúde da Família. O profissional tem direito de abater 1% da dívida a cada mês de atividade. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, a quitação ocorre com 100 meses de trabalho, cerca de 8,4 anos.

    Estão previstas 19 especialidades médicas – anestesiologia, cancerologia, cancerologia cirúrgica, cancerologia clínica, cancerologia pediátrica, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, neurologia, ortopedia e traumatologia, patologia, pediatria, psiquiatria e radioterapia. As áreas de atuação prioritárias são cirurgia do trauma, medicina de urgência, neonatologia e psiquiatria da infância e da adolescência.

    Ionice Lorenzoni

    Confira a Portaria Conjunta nº 2, de 25 de agosto de 2011, a relação das especialidades, áreas de atuação e os 2.219 municípios prioritários.
  • Portaria da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) do Ministério da Educação, publicada nesta sexta-feira, 17, estabelece um período de descanso obrigatório para os médicos residentes que fazem plantões noturnos.

    Para ter direito ao descanso, o residente deve cumprir, no mínimo, jornada noturna de 12 horas. O repouso será de seis horas e deve iniciar imediatamente após o período de atividade. Pela resolução, não será permitido acumular horas para uso posterior.

    Assessoria de Comunicação Social

    Leia a íntegra da Resolução CNRM nº 4/2011

  • De 8 a 24 de junho acontece, no hotel San Marco, em Brasília, o 8º Módulo de Acolhimento e Avaliação para o Projeto Mais Médicos para o Brasil, com aulas ministradas por professores convidados do Ministério da Educação, incluindo tutores e membros da comissão pedagógica.

    No módulo, 387 médicos formados no exterior ficarão no hotel durante o período, recebendo as aulas promovidas pelo MEC, em parceria com o Ministério da Saúde. Entre os conteúdos abordados estão saúde coletiva, fundamentos da medicina geral de família e comunidade, além dos procedimentos na atenção básica. Durante as três semanas, o profissional terá de participar de todos os módulos e, ao final, prestar uma avaliação. Se for aprovado, ele estará apto para desenvolver as atividades em municípios cadastrados no programa Mais Médicos.

    Para o diretor de desenvolvimento da educação em saúde do Ministério da Educação, Vinícius Ximenes, o Programa Mais Médicos para o Brasil possibilita o contato dos profissionais com as necessidades de saúde da população brasileira e suas particularidades regionais. “É importante termos uma estratégia de integração ensino-serviço para consolidarmos o cenário das ações educacionais dentro da atenção básica”, disse.

    Em paralelo, o coordenador nacional do Mais Médicos, Felipe Proenço, apresentou, na abertura, o panorama geral do programa, destacando a importância da atuação de cada médico do programa para o fortalecimento do SUS.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da SESu



  • As provas escritas do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) para aqueles que obtiveram diploma no exterior serão aplicadas neste domingo, 25. A prova objetiva será realizada entre 8 e 13 horas, horário de Brasília. As questões discursivas, entre 15 e 18 horas.


    O exame será aplicado em dez capitais para os 1.772 candidatos que tiveram as inscrições pagas e homologadas: Brasília, Rio Branco, Manaus, Salvador, Fortaleza, Campo Grande, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

     

    Pré-teste – O pré-teste do Revalida, que seria aplicado a estudantes brasileiros do sexto ano de medicina, no mesmo dia, foi adiado. A nova data para a realização do estudo será definida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

     

    Ao todo, foram inscritos 2.353 concluintes de medicina pelas 32 instituições de ensino superior, públicas e privadas, que participariam da amostra. No entanto, somente 505 confirmaram a participação no estudo. Este número, segundo a Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes), impede que os resultados do pré-teste atinjam o objetivo de subsidiar a subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos em suas decisões.

     

    O Inep continuará o diálogo com as instituições de ensino superior para definição de nova data para a realização do estudo, que segundo os especialistas é de fundamental importância para a qualificação do exame. A Subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos prevê que no próximo ano o Revalida ocorra ainda no primeiro semestre, o que permitirá a adequação do calendário para a aplicação do pré-teste.


    Assessoria de Comunicação Social do Inep

     

     

  • Médicos formados no exterior, tanto brasileiros quanto estrangeiros, devem revalidar seus diplomas prestando o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida). A primeira etapa da edição deste ano será realizada neste domingo, 1º, para quase o dobro de inscritos em relação ao ano passado. Esta edição recebeu 4.280 inscrições. Em 2015, foram 2.157 candidatos.

    A prova objetiva será aplicada de manhã, das 8h às 13h (horário de Brasília). À tarde, das 15h às 18h (horário de Brasília), os participantes farão a prova discursiva.

    Os países que apresentaram o maior número de inscritos foram Brasil (2.349), Bolívia (771), Colômbia (248), Cuba (183), Venezuela (142), Peru (133) e Argentina (109). Quanto à origem do diploma, a Bolívia lidera, com 2.168 inscritos de diferentes nacionalidades. Em seguida, vêm Cuba (877), Colômbia (231), Paraguai (215), Argentina (214) e Venezuela (212).

    O Revalida compreende duas etapas. A primeira é de avaliação escrita (prova objetiva com 110 questões e prova discursiva com cinco questões). A segunda etapa contempla avaliação de habilidades clínicas e está prevista para o mês de dezembro.
    As provas deste domingo serão realizadas em Rio Branco, Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Campo Grande.

    O Revalida foi criado para simplificar o processo de reconhecimento de diplomas de medicina emitidos por instituições de ensino estrangeiras e sua implementação está sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para atuar como médico no Brasil, o estudante formado no exterior precisa revalidar o diploma. O exame reconhece a autonomia das instituições de educação superior, que podem fazer a adesão ao processo no Ministério da Educação.

    O Revalida é orientado pela matriz de correspondência curricular para fins de revalidação de diplomas médicos expedidos por instituições estrangeiras. Na matriz foram definidos conteúdos, competências e habilidades das cinco grandes áreas de exercício profissional — cirurgia, medicina de família e comunidade, pediatria, ginecologia-obstetrícia e clínica médica.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep

     

  • Oitenta e seis médicos formados no exterior farão prova de habilidades clínicas neste sábado, 15, e domingo, 16, em Brasília. Trata-se da segunda etapa do Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por instituição de educação superior estrangeira. Dos 96 habilitados na prova escrita, 86 confirmaram a participação na prova prática.

    O objetivo do Revalida é verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no Brasil, a partir da matriz de correspondência curricular elaborada pela Subcomissão Temática de Revalidação de Diplomas (Portaria Interministerial MEC-MS nº 278, de 17/03/2011).

    O exame, criado em parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação, contou, em 2011, com a adesão de 37 instituições de ensino superior parceiras.

    Inscreveram-se ao exame 677 médicos e 536 participaram da primeira etapa, aplicada no dia 11 de setembro em seis locais, distribuídos em todas as regiões do país: Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal do Ceará (UFCE), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ao todo, 96 participantes alcançaram o mínimo de 92 pontos na prova escrita (objetiva e discursiva), tendo se habilitado para a prova prática.

    Assessoria de Imprensa do Inep
  • O Ministério da Educação abriu processo administrativo que pode conduzir ao descredenciamento da Universidade Cidade São Paulo (Unicid), com sede em São Paulo, para oferta de cursos a distância. A ação foi iniciada porque a instituição não cumpriu, no prazo limite de um ano, acordo estabelecido no termo de saneamento de deficiências. O termo, assinado em junho de 2009, previa a correção de diversos problemas constatados nos cursos a distância.

    O processo também impede que a instituição, a partir desta segunda-feira 26, realize processos seletivos, matricule novos alunos e inicie novas turmas na modalidade de educação a distância. A medida vale para todos os polos da Unicid em diversas cidades do país.

    O processo de supervisão da Universidade Cidade de São Paulo, iniciado em janeiro de 2008, identificou diversas irregularidades. Entre elas, a delegação de competência acadêmica a parceiros não credenciados pelo MEC para a oferta de cursos superiores a distância. Em um ano, a instituição não conseguiu reverter o quadro. Também foram identificadas deficiências no atendimento e na avaliação dos estudantes, além de infraestrutura inadequada em vários polos. A Unicid tem prazo de 15 dias para apresentar defesa.

    Os 7.457 estudantes da Unicid podem optar por permanecer na instituição ou entrar com pedido de transferência. De acordo com a legislação vigente, os alunos que desejarem concluir o curso em andamento na Unicid têm os direitos garantidos.

    Desde 2008, estão sendo supervisionadas 38 instituições pelo Ministério da Educação. São beneficiados 660.153 estudantes — 82% dos 805 mil que optaram pela educação a distância do país.

    Assessoria de Imprensa da Seed

    Confira a Portaria nº 48, de 23 de julho de 2010, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 26.

  • O ministério da Educação decidiu instaurar processo administrativo para aplicação de medidas contra duas instituições mantidas pela Galileo Administração de Recursos Educacionais S/A. A Universidade Gama Filho (UGF) e o Centro Universitário da Cidade (Univercidade) descumpriram termos de saneamento de deficiências (TSDs) firmados pela mantenedora com o Ministério da Educação.

    De acordo com portaria da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, publicada nesta sexta-feira, 13, além do processo administrativo, as duas instituições estão sujeitas a medidas cautelares de suspensão de ingresso de alunos, por vestibular ou transferência, nos cursos de graduação e de pós-graduação. Além disso, ficam suspensos os processos regulatórios e eventuais novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Outra medida é a restrição à participação de ambas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

    Com a instauração do processo administrativo, as duas instituições têm o prazo de 15 dias para a apresentação de defesa e de 30 dias para recorrer das medidas cautelares impostas.

    A Portaria da Seres nº 672/2013, que instaura o processo administrativo contra duas instituições, foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 13.

    Assessoria de Comunicação Social
  • O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, propôs na manhã desta terça-feira, 30, a criação de grupos de trabalho para atuar nos temas formação de professores e gestores para educação básica e educação superior a distância. Durante a abertura da reunião técnica Revolução educacional, transformação tecnológica e desenvolvimento no Brasil: Problemas e linhas estratégicas de ação, promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o ministro debateu com especialistas o sistema educacional brasileiro. No encontro, realizado em Brasília, Mercadante apresentou os principais programas e ações do Ministério da Educação, da creche à pós-graduação.

    O ministro voltou a defender a política nacional de cotas sociais, que destinará em quatro anos 50% das vagas das universidades federais para estudantes oriundos da escola pública. “As cotas são uma política de 10 anos para estimular o acesso às melhores universidades do país de estudantes da escola pública, que são 88% dos estudantes”, disse Mercadante. “Assim, 12,5% das vagas deste ano serão para alunos da rede pública.” De acordo com o ministro, dos 20% mais pobres da população, apenas 4,2% têm ensino superior ou estão na universidade, enquanto entre os 20% mais ricos, 47% tem diploma. “A verdadeira razão da desigualdade no Brasil: acesso a educação”, completou.

     

    O CGEE é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que promove e realiza estudos e pesquisas na área de ciência e tecnologia e suas relações com setores produtivos; atividades de avaliação de estratégias e de impactos econômicos e sociais das políticas, programas e projetos científicos e tecnológicos; a articulação e interação dos setores de ciência e tecnologia e produtivo.

     

    Mercadante defendeu que educação, ciência, tecnologia e inovação são os eixos estratégicos para o desenvolvimento do Brasil. Devido a ligação entre as áreas, o ministro sugeriu que o centro inclua educação entre as suas áreas de atuação.


    Assessoria de Comunicação Social

  • Instituições de ensino superior públicas e privadas de países membros do Mercosul têm prazo até 4 de fevereiro de 2015 para apresentar projetos de mobilidade acadêmica entre os países membros e associados do bloco.

    Os projetos deverão estar no âmbito do Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (Marca) e ser destinados à mobilidade de alunos de graduação, docentes e servidores envolvidos no projeto. O programa engloba as áreas de veterinária, engenharia, medicina, arquitetura, enfermagem, agronomia e odontologia. As regras e o modelo dos projetos podem ser conferidos no edital de convocação na página do programa.

    As instituições devem estar cadastradas no Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação (Arcu Sul). Cada projeto vai ser analisado pelo Ministério da Educação e a mobilidade vale para o segundo semestre de 2015 e para todo o ano de 2016.

    Marca– O Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (Marca) foi desenvolvido e implementado pelo Setor Educacional do Mercosul atendendo a duas prioridades do planejamento estratégico do setor: a melhoria da qualidade acadêmica, por meio de sistemas de avaliação e acreditação, e a mobilidade de estudantes, docentes e pesquisadores entre instituições e países.

    Participam do programa cursos de graduação avaliados e aprovados pelo Sistema de Acreditação Regional de Cursos Universitários do Mercosul (Arcu-Sul) pertencentes a instituições dos quatro países membros (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e dos países associados Bolívia e Chile. Estudantes desses cursos de graduação podem se candidatar a um intercâmbio de um semestre letivo em uma instituição de outro país.

    Acesse a página do Marca, veja o edital e confira regras e modelo dos projetos

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em 19de agosto próximo, 856 professores de língua portuguesa que lecionam no ensino fundamental público iniciam o primeiro mestrado profissional em letras (ProfLetras), aberto pelo Ministério da Educação. O curso, semipresencial, será ministrado por 34 instituições de educação superior públicas do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

    A divulgação dos selecionados está prevista para sexta-feira, 2de agosto. Em seguida, serão feitas as matrículas nas instituições e unidades (polos) escolhidas pelos professores. A concorrência às 856 vagas teve 9.369 candidatos. A parte presencial da formação será ministrada em 39 polos de 34 universidades públicas em 19 unidades da Federação das cinco regiões.

    De acordo com a coordenadora-geral do ProfLetras, Maria das Graças Soares Rodrigues, o mestrado profissional tem 360 horas e duração de dois anos. Os professores que concluírem o curso receberão certificado de mestre. Esta primeira edição é dirigida a educadores com licenciatura em letras, habilitação português, integrantes do quadro permanente da rede pública e no exercício da atividade docente do primeiro ao nono ano do ensino fundamental.

    O conteúdo a ser estudado inclui linguagem e letramento. Além das atividades presenciais, nos polos, duas vezes por semana, o professor vai estudar por videoconferências, fóruns e com material a ser postado na plataforma Moodle.

    Para introduzir os cursistas nas atividades da plataforma, o início do curso prevê aulas de elaboração de projetos e de tecnologias da educação. Segundo Maria das Graças, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) dará acesso a livros básicos para consulta e estudos dos professores nos 39 polos. A relação das obras foi sugerida pelo Fórum de Educação a Distância para Treinamento dos Professores Formadores, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Maria das Graças tem a expectativa de que a Capes ofereça bolsas aos cursistas. O valor mensal da bolsa de mestrado profissional é de R$ 1,5 mil.

    Mais informações sobre o ProfLetras na página da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve) da UFRN na internet.

    Ionice Lorenzoni
  • O mestrado profissional em matemática combina aulas a distância com aulas presenciais (Foto: José Bittar/Arquivo MEC) Chegar ao professor de matemática que ensina nas pequenas cidades do interior do país é um dos desafios do programa Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), segundo o relatório Quem é o Professor de Matemática da Escola Básica?, realizado pela Sociedade Brasileira de Matemática. O estudo traça um perfil quantitativo desses profissionais, utilizando dados dos exames de acesso de educadores ao programa de 2011 a 2013, e qualitativo, por meio de questionários digitais por amostragem.

    De acordo com o presidente do conselho gestor do Profmat, Marcelo Viana, o relatório indica a necessidade de interiorizar a oferta do mestrado profissional, para atingir o educador distante das capitais e regiões metropolitanas. Para que essa oferta seja garantida, explica, é preciso ter um corpo docente capacitado nas instituições de ensino superior participantes da rede do Profmat e um polo o mais próximo possível, para que o professor possa frequentar as aulas presenciais.

     

    Marcelo Viana lembra que o mestrado profissional em matemática tem duração de dois anos e é semipresencial, o que significa que o educador combina a pós-graduação com as atividades na escola de educação básica onde trabalha. Viana fala sobre um professor de Parintins, cidade que está a 369 quilômetros de Manaus, para ilustrar esse tipo de dificuldade. Esse professor, diz, nem barco tinha para ir ao polo de Manaus para as aulas presenciais. “Ele gastou quase todo o valor da bolsa do mestrado com passagens de avião para estar nas aulas, mas concluiu o mestrado com louvor”.

     

    Análise – O estudo sobre o Mestrado Profissional em Matemática em Rede, o Profmat, mostra que o programa de pós-graduação é oferecido nas cinco regiões do país desde 2011. Em 2013, teve a participação de 60 instituições de ensino superior, sendo 58 públicas, e 79 polos, todos vinculados à Universidade Aberta do Brasil (UAB). Mesmo que a abrangência seja significativa, o relatório aponta concentração nas capitais e grandes carências nas regiões Norte e Nordeste.

     

    A distribuição das instituições e dos polos é assim: região Norte, oito instituições e oito polos; Nordeste, 18 instituições e 25 polos; Centro-Oeste, seis instituições e 11 polos; Sudeste, 18 instituições e 25 polos; e Sul, oito instituições e nove polos. Quando olha o número de ingressos na pós-graduação nos processos seletivos de 2011 a 2013, o estudo mostra que o Sudeste aparece com 33% e o Nordeste com 32%.

     

    Quando trata de gênero, os dados mostram que os candidatos ao Profmat são prioritariamente homens (58%), com idades entre 29 e 33 anos (23%), formados em matemática há no mínimo cinco anos e no máximo nove anos (33%). Já a maior porcentagem dos aprovados no programa é das regiões Sudeste e Nordeste (69% em 2011, 68% em 2012, 71% em 2013).

     

    Sobre as notas médias obtidas nas três edições do exame, a das mulheres é inferior à dos homens. As mulheres obtiveram médias de 37,5 pontos em 2011, 33 em 2012, e 31 em 2013. Já os homens alcançaram 46,5 pontos em 2011, 41 em 2012, e 37 em 2013.

     

    Sugestões – A conclusão do relatório, que tem 200 páginas e uma série de gráficos e tabelas, sugere a realização de um estudo qualitativo, microssociológico, de aproximação de casos de professores de matemática que tiveram suas histórias positivamente afetadas pelo programa em todo o país. Professores, diz o estudo, que se apoiam na formação do Profmat para reinventar sua prática docente, reavaliar seu papel social e para se recolocar como profissionais.

     

    E para colher subsídios para futuros estudos, o relatório sugere um aperfeiçoamento do questionário que o educador preenche ao fazer a inscrição. A coleta de dados poderá solicitar informações sobre a etapa de ensino em que atua, tempo de exercício profissional, localização urbana ou rural da escola, tipo de formação inicial que teve, tipo de instituição onde fez a graduação (se pública ou privada).

     

    Outra sugestão diz respeito aos editais de convocação. Como o Profmat é um programa para aprofundar conhecimento no campo da matemática para professores que lecionam nas séries finais do ensino fundamental e do ensino médio, ele deve atender especialmente os educadores que atuam nessas etapas da educação. Para os professores da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, entre os quais predomina a formação em pedagogia, o relatório sugere a construção de um mestrado profissional específico, com foco nos processos de início da escolarização e de letramento em diversas linguagens.

     

    Procura – Desde a primeira seleção, em 2011, o Profmat recebe cerca de 20 mil inscrições por ano e abre 1,5 mil vagas por processo seletivo. Durante a formação, que é semipresencial e gratuita, o educador vinculado a um sistema público da educação básica pode solicitar bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A bolsa de mestrado para formação no Brasil é de R$ 1,5 mil por mês.


    Ionice Lorenzoni

     

    Conheça a íntegra do Relatório de Análise no portal do Profmat

     

  • Professores de física no exercício da atividade docente nesta disciplina e estudantes do último semestre do curso podem participar de seleção para ingresso no Mestrado Profissional em Ensino de Física, oferecido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). As inscrições para a pós-graduação profissional devem ser feitas até 15 de julho, pela internet.

    Este mestrado é um curso semipresencial, gratuito, com duração de dois anos, dirigido a professores que lecionam na educação básica, superior ou na disciplina de ciências no ensino fundamental. A capacitação abrange o domínio de conteúdos de física e técnicas atuais de ensino para aplicação na sala de aula. Entre essas técnicas, estão recursos de mídia eletrônica e meios tecnológicos para motivação, informação, experimentação e demonstração de fenômenos físicos.

    Na edição 2014, são oferecidas 483 vagas distribuídas em 38 polos de 34 instituições públicas de ensino superior federais, estaduais e institutos nas cinco regiões do país. A região Sudeste aparece com o maior número de vagas, 163, abertas em 14 polos; o Nordeste tem 90 vagas em sete polos; o Sul abre 80 vagas em seis polos; o Centro-Oeste, 76 vagas em cinco polos, e a região Norte, que oferece 74 vagas em seis polos.

    Seleção – A seleção dos educadores para o mestrado profissional em física será realizada em duas etapas, ambas de caráter eliminatório e classificatório, com pontuação de zero a dez. A primeira fase é uma prova escrita sobre tópicos de física geral. Os conteúdos a serem cobrados estão descritos no edital. A prova escrita será aplicada em 27 de julho, às 13h, no horário de Brasília, no polo onde o candidato concorrer à vaga. A duração é de quatro horas.

    A segunda fase da seleção é oral, quando o candidato ao mestrado profissional vai discorrer sobre sua trajetória profissional e o plano de trabalho a ser desenvolvido durante o mestrado. A defesa oral será de 11 a 15 de agosto. Os aprovados devem fazer a matrícula no período de 27 de agosto a 5 de setembro, de acordo com o calendário de cada polo.

    O Edital nº 01/2014 relaciona as exigências aos candidatos, os documentos que devem ser apresentados, traz o calendário das provas, a relação das instituições de ensino superior, polos e vagas.

    Trajetória – A primeira turma do Mestrado Profissional em Ensino de Física selecionou, em novembro de 2013, 360 professores de um conjunto de 933 inscritos. Dos selecionados, 280 educadores trabalhavam em escolas de cidades do interior do país e 80 em quatro capitais – Brasília, Manaus, Natal e Vitória.

    A pós-graduação em física, lançada em 2013, integra a série de mestrados profissionais criados pelo Ministério da Educação para qualificar professores da educação básica, com prioridade para trabalhadores do ensino público. O primeiro foi de matemática, o Profmat, aberto em 2011; o segundo, letras, o Profletras, lançado em 2013. Em 2014, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou mais três mestrados profissionais: história, artes e administração pública, ainda sem lançamento de editais.

    Ionice Lorenzoni

  • O professor Antonio do Amaral, de Cocal dos Alves (PI), vai aproveitar a oportunidade para fazer o sonhado mestrado (Foto: Efrem Ribeiro)Professores de matemática que lecionam em escolas públicas poderão se inscrever em maio deste ano no único mestrado profissional semipresencial recomendado pelo Ministério da Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O edital do exame de ingresso para a turma de 2013 tem previsão de 1.575 vagas.

    Os professores precisarão fazer uma prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1.200. Atualmente 2.500 professores da rede pública estão no Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num total de 74 polos presenciais.

    O mestrado tem duração de dois anos e a tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula. “É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação básica. Não dá para termos no Brasil alunos analfabetos em números”, diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores inscritos em 2011, na primeira chamada do programa.

    Murilo Sérgio Roballo, 43 anos, inscreveu-se em 2012 e foi o único dos candidatos a gabaritar a prova. “Sou professor há 25 anos, dou aula em dois colégios de ensino médio em Brasília, e foi uma prova tranquila”, afirma o professor, que faz as aulas presenciais na Universidade de Brasília (UnB).  “Esse mestrado é importante. Além de aperfeiçoar conhecimento vai repercutir em melhoria salarial”, comenta.

    Antonio Cardoso do Amaral, 32 anos, é professor há uma década na rede pública em Cocal dos Alves (PI), cidade a 300 km de Teresina que ganhou destaque pela conquista de medalhas na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “Pelas condições de vida e geográficas, estava difícil cursar um mestrado. Mas era um sonho meu e essa oportunidade surgiu como uma luva”, conta o professor.  

    As aulas presenciais são na sexta-feira e o professor vai de ônibus ou de carona até a Universidade Federal do Piauí. Segundo ele, o conteúdo caiu bem para as necessidades em sala de aula. “Com a conclusão desse curso, eu já vejo que é possível ir mais longe com meu trabalho de matemática na olimpíada. Vou me sentir bem mais embasado para uma melhor orientação aos meus alunos”, acrescentou.  “Quando o aluno tem talento, o professor tem de estar preparado, porque senão ele ultrapassa quem ensina.”

    Em contrapartida ao investimento do governo federal, os professores bolsistas devem atuar na escola pública nos cinco anos seguintes após a conclusão do mestrado. A prioridade do Profmat é para professores de escolas públicas, mas 20% das vagas poderão ser preenchidas por docentes da rede privada.

    Hoje a Capes tem 380 mestrados profissionais no país, com 13 mil alunos matriculados. No entanto, na modalidade semipresencial, o Profmat é o único. O diretor de educação a distância da Capes, João Carlos Teatini, acredita que a expansão dessa modalidade será acelerada no país. Programas de mestrado profissional semipresencial, em outras áreas de ensino, como letras e química, estão em estudo na Capes.

    Rovênia Amorim

    Ouça o diretor de educação a distância da Capes, João Carlos Teatini, sobre o Profmat

    Professores interessados em participar da chamada de propostas de material didático para o Profmat podem se informar na página do programa na internet
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