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  • Garantir o acesso de populações ribeirinhas a água potável. A questão inspirou dois professores da educação básica a desenvolverem projetos que aliam o conhecimento da sala de aula a benefícios diretos às comunidades. Por isso, Wemerson da Silva Nogueira, de Nova Venécia (ES), e Valter Pereira de Menezes, de Parintins (AM), foram finalistas na última edição do Global Teacher Prize – prêmio internacional da área da educação – e receberam homenagens do Ministério da Educação na cerimônia de lançamento da décima edição do Prêmio Professores do Brasil. O evento foi realizado na manhã desta segunda-feira, 8, em São Paulo.

    O professor capixaba tem 26 anos e já recebeu 20 prêmios ao longo de sua trajetória, oito deles pelo projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, incluindo o Global Teacher Prize 2017 – onde se destacou como primeiro brasileiro e latino-americano a figurar entre os dez melhores do mundo. Após o rompimento da barragem no município mineiro de Mariana, que matou 22 pessoas e causou destruição ecológica, Wemerson decidiu levar seus estudantes para estudar a tabela periódica na prática.O professor capixaba Wemerson da Silva Nogueira entre o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares, e o ministro da Educação, Mendonça Filho (foto Rafael Carvalho/MEC)

    Por meio de um filtro simples feito à base de pedras e areia oxidada, capaz de filtrar os rejeitos de mineração, o professor e os alunos têm ajudado a população que vive às margens do rio Doce a ter acesso à água potável. Embora não seja recomendada para o consumo humano, é considerada segura para uso doméstico, como lavar roupas, e também para a irrigação. No início, foram 55 filtros. Hoje, são cerca de 1,5 mil, capazes de filtrar mais de 200 mil litros de água. A garantia é dada por empresas parceiras do projeto que colaboram com serviços como a análise da água.

    O projeto começou com 30 estudantes do nono ano do ensino fundamental e do primeiro ano do ensino médio. Agora, são mais de 100. “Tiro os alunos da sala de aula e os levo até a comunidade de Regência, umas das afetadas pela tragédia. Lá na comunidade, os alunos têm uma perspectiva do que é fazer pelo próximo através da educação e consigo despertar o interesse desses alunos para querer, pelo menos, aprender sobre os elementos químicos, já que no rio Doce tem uma verdadeira tabela periódica”, detalha o professor.

    Caçula de sete irmãos, Wemerson foi o primeiro da família a chegar à graduação, por meio de um curso de educação a distância que conseguiu pagar com esforço. Seus pais são agricultores e ele viu nos estudos a única forma de ter um futuro diferente. Sobre o projeto, disse ainda ter muito a fazer. “Nossa meta é ajudar 3 milhões de pessoas atingidas pela tragédia de Mariana.”

    Ribeirinhos – O professor Valter Menezes, de Parintins (AM), também está de olho na água que chega às populações ribeirinhas. Com o projeto Água limpa para os curumins do Tracajá, ele e seus alunos do nono ano do ensino fundamental passaram a construir fossas biológicas para evitar o despejo de dejetos no rio.

    O projeto inclui o desenvolvimento de filtros destinados ao tratamento da água, de forma a torná-la própria para o consumo. “São 70 famílias beneficiadas com o projeto das fossas biológicas, abertas para impedir a contaminação do lençol freático da nossa comunidade, de onde o povo tira a água para o consumo”, explica.

    Segundo Valter, tudo começou com o questionamento de um estudante, em uma aula sobre meio ambiente e água. O jovem queria saber porque as crianças e demais moradores da região sofriam de diarreia. “A partir desse questionamento, buscamos alternativas. Adotamos a prática pedagógica do espaço não formal para trabalhar a questão da água, que é um problema mundial.”

    Castanha – Primeiro brasileiro a ser indicado ao Global Teacher Prize, em 2016, o professor e pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Márcio de Andrade também será homenageado durante o lançamento do Prêmio Professores do Brasil. Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ele realiza palestras em escolas do seu estado.

    Em uma delas, em 2011, foi procurado pela aluna do ensino médio Bianca Valeguski, que contou sobre a ideia de realizar um projeto de beneficiamento de castanhas de baru, comuns na região do cerrado. A partir da conversa, Márcio tornou-se orientador da estudante, que foi uma das vencedoras do prêmio Jovens Cientistas, em 2012.

    “Ao propor o uso de uma espécie nativa para se transformar em um produto que atende uma necessidade específica, o projeto promove a preservação das espécies. A comunidade pode se beneficiar coletando e processando essa castanha”, explica o professor, ao destacar que, do ponto de vista educacional, o aluno também participa do ambiente em que está inserido.

    Márcio defende que os estudantes utilizem a ciência para mudar a realidade dos locais onde vivem. “Se tem uma rede que vai promover transformação social, tecnológica e econômica do país é a educação”, ressalta.

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    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Programa Mais Educação já é uma realidade para 2,8 milhões de estudantes em todo o Brasil. Até 15 de abril, escolas e secretarias municipais e estaduais de educação pré-selecionadas podem fazer a adesão no portal do MEC. O Mais Educação foi lançado em 2008 e hoje está em 15 mil escolas públicas. Este ano, a meta é incluir mais 15 mil escolas, sendo 5 mil da zona rural.

    As escolas que integram o programa passam a adotar jornada diária com no mínimo sete horas. Entre os 10 macrocampos de conhecimento oferecidos pelo programa, a escola pode escolher seis, sendo um deles obrigatório, que é o acompanhamento pedagógico. Em geral, as escolas escolhem uma atividade educativa complementar na área de artes e cultura ou esportes.

    “Nós não queremos ampliar o tempo das crianças da escola para que outros saberes povoem a vida delas e encubram o não aprendizado daquilo que é fundamental, que é o aprendizado da leitura, da escrita, de cálculos”, ressalta Jaqueline Moll, diretora de currículos e integração integral da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC.

    Podem fazer a adesão as escolas que atendam estudantes de famílias de maior vulnerabilidade social e estejam na lista das pré-selecionadas pelo MEC. A adesão é feita na internet pelo Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec).

    “Estamos vivendo o trânsito de uma educação centrada em turnos para uma educação de dia inteiro, que é o modelo de países que tanto admiramos. É preciso pensar em um tempo alargado de permanência das crianças na escola como um legado do país para as próximas gerações ”, afirma Jaqueline Moll.

    Rovênia Amorim

    Ouça a diretora Jaqueline Moll sobre o Programa Mais Educação
  • O ministério selecionou as unidades de ensino que receberão o projeto-piloto do programa em 2020

    Dyelle Menezes e Tatiana Sócrates, do Portal MEC

    O Ministério da Educação (MEC) já definiu as 54 instituições de ensino que irão implementar o projeto-piloto das escolas cívico-militares em 2020. Elas estarão espalhadas por 22 estados e pelo Distrito Federal para promover um salto na qualidade educacional do Brasil. A lista foi divulgada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro.

    A região Norte será contemplada com 18 escolas. No Sul, serão 13 unidades e no Centro-Oeste, 11 instituições farão parte do programa. Além disso, outras sete escolas estarão no Nordeste e cinco no Sudeste.

    Conforme critérios de seleção estipulados pelo MEC, foram escolhidas 40 escolas estaduais e 14 escolas municipais. O modelo será implementado em parceria com o Ministério da Defesa, que já está selecionando e capacitando os militares da reserva das Forças Armadas que vão atuar na gestão educacional das instituições.

    Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino. São dois modelos. Em um, de disponibilização de pessoal, o MEC repassará R$ 28 milhões para o Ministério da Defesa arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas. Os outros R$ 26 milhões vão para o governo local aplicar nas infraestruturas das unidades com materiais escolares e pequenas reformas — nestas escolas, atuarão policiais e bombeiros militares.

    De acordo com o diretor de Políticas para Escolas Cívico-Militares, Aroldo Cursino, a implementação das escolas está saindo conforme o planejado. “Já capacitamos diretores e gestores das escolas e os policiais e bombeiros das forças estaduais. Tudo está sendo feito com o máximo de transparência e gestão necessários ao processo”, explicou.

    A adesão ao programa foi voluntária. Logo no lançamento, no dia 5 de setembro, o governo abriu prazo para as unidades da Federação manifestarem interesse — 15 estados e o Distrito Federal o fizeram. Depois, foi a vez dos municípios — mais de 600 cidades pediram para participar. 

    Confira a lista de escolas escolhidas:

    Região Norte – 18 escolas

    • Acre:

    Cruzeiro do Sul: Escola de Ensino Fundamental e Medio Madre Adelgundes Becker.

    Senador Guiomard -  Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio 15 de junho.

    • Amapá:

    Macapá: Escola Estadual Antônio Ferreira Lima Neto e Escola Estadual Prof. Antonio Munhoz Lopes.

    • Amazonas:

    Manaus: Escola Estadual Professor Nelson Alves Ferreira, Escola Estadual Professora Tereza Siqueira Tupinambá e Escola Estadual Professor Reinaldo Thompson.

    • Pará:

    Ananindeua: EEEM Prof. Francisco Paulo do Nascimento Mendes

    Belém: EEEFM Maestro Waldemar Henrique da Costa Pereira e Liceu Escola de Artes e Ofícios Mestre Raimundo Cardoso

    Santarém: EE José de Alencar

    Paragominas:  Escola Estadual de Ensino Médio Presidente Castelo Branco

    • Rondônia:

    Porto Velho: EEEFM Ulisses Guimarães

    • Roraima:

    Boa Vista: Escola Estadual Fagundes Varela

    Caracaraí: Escola Estadual Sebastião Benício da Silva 

    • Tocantins:

    Gurupi: Escola Estadual Hercília Carvalho da Silva

    Palmas: Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros

    Paraíso: Escola Estadual José Operário

    Região Nordeste – 7 escolas

    • Bahia:

    Feira de Santana: Escola Municipal Quinze de Novembro

    • Ceará:

    Sobral: EEFM Ministro Jarbas Passarinho

    Maracanaú: EEFM Tenente Mário Lima

    • Maranhão:

    São Luís: Unidade Integrada Duque de Caxias

    • Paraíba:

    João Pessoa: Caixa Escolar Chico Xavier

    • Pernambuco:

    Jaboatão dos Guararapes: Escola Municipal Natividade Saldanha

    • Rio Grande do Norte:

    Natal: Escola Municipal Professor Verissimo de Melo

    Centro-Oeste – 11 escolas

    • Distrito Federal:

    Santa Maria: Centro Educacional 416 de Santa Maria

    Gama: Centro de Ensino Fundamental 05 do Gama

    • Goiás:

    Águas Lindas de Goiás:  Colégio Estadual de Águas Lindas

    Novo Gama: Colégio Estadual Céu Azul Valparaíso de Goiás

    Luziânia: Colégio Estadual Maria Abadia Meireles Shinohara

    Santo Antonio do Descoberto: CAIC José Elias de Azevedo

    • Mato Grosso:

    Cuiabá: Escola Estadual Salim Felicio e Escola Professora Maria Dimpina Lobo Duarte (6º ao 9º ano)

    • Mato Grosso do Sul:

    Corumbá: Escola Municipal José de Souza Damy

    Campo Grande: Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito) e Escola Estadual Marçal de Souza Tupã Y

    Região Sudeste – 5 escolas

    • Minas Gerais:

    Belo Horizonte: Escola Estadual Princesa Isabel

    Ibirité: Escola Estadual dos Palmares

    Barbacena: Escola Municipal Embaixador Martim Francisco

    • Rio de Janeiro:

    Rio de Janeiro: 3ª CRE

    • São Paulo:

    Campinas: EMEF Profa. Odila Maia Rocha Brito

    Região Sul – 13 escolas

    • Paraná:

    Curitiba: Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay

    Colombo: Colégio Estadual Vinícius de Moraes

    Foz do Iguaçu: Colégio Estadual Tancredo de Almeida Neves

    Londrina: Colégio Estadual Profª Adelia Barbosa

    • Rio Grande do Sul:

    Alvorada: Escola Est. de Ensino Médio Carlos Drummond de Andrade

    Caxias do Sul: Escola Estadual de Ensino Médio Alexandre Zattera

    Alegrete: Instituto Estadual Osvaldo Aranha 

    Bagé: Escola Municipal Cívico Militar de Ensino Fundamental São Pedro

    Uruguaiana: EMEF Do Complexo Escolar Elvira Ceratti – CAIC

    • Santa Catarina:

    Biguaçu: EEB Emérita Duarte Silva e Souza

    Palhoça: EEB Prof. Ângelo Cascaes Tancredo

    Chapecó : EEB Professora Irene Stonoga

    Itajaí: Escola Básica Melvin Jones.

    Os únicos estados que ficaram de fora foram Alagoas, Espírito Santo, Sergipe e Piauí. As unidades da Federação não aderiram ao programa e seus municípios que o fizeram não tinham contingente suficiente de militares na reserva para participarem do modelo.

    Judicialização  – O município de Campinas manifestou interesse em aderir ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares por meio do Ofício nº 138/2019, de 10 de outubro de 2019). A Secretaria de Educação do município indicou a Escola Municipal Professora Odila Maia Rocha Brito para participar do modelo. Falta apenas a consulta pública da comunidade escolar da unidade educacional, um dos critérios para participação das escolas. Assim, a vaga do município de Campinas, caso não atenda ao critério de envio da consulta pública no prazo acordado, passará para o segundo colocado no Estado de São Paulo, o município de Sorocaba.

    Critérios – A seleção técnica do MEC foi realizada com critérios eliminatórios e classificatórios estipulados para dar objetividade ao processo de escolha. As regras estão em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). Dessa forma, foram eliminados municípios que não encaminharam a adesão assinada pelo prefeito e com número baixo ou sem militares da reserva residindo na cidade.

    Além disso, foram considerados classificatórios no processo de escolha dos municípios:

    • ser capital do estado ou pertencer à região metropolitana;
    • estar situado na faixa de fronteira;
    • faixa populacional, considerando a realidade estadual.

    Em caso de empate, o ministério considerou prioritários os municípios mais populosos dentro de cada estado. O objetivo foi alcançar um número maior de escolas públicas com matrículas entre 500 e 1.000, além de áreas em situação de vulnerabilidade social.

  • Secretarias estaduais e municipais de educação das cinco regiões do país estimam cadastrar este ano 1,5 milhão de jovens e adultos em cursos de alfabetização. É isso que 25 estados, o Distrito Federal e 956 municípios informaram ao Ministério da Educação, ao concluir nesta semana o processo de adesão ao programa Brasil Alfabetizado. Apenas o estado de São Paulo não aderiu.

    De acordo com Mauro Silva, diretor de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), a maioria dos parceiros inscritos nesta edição é das regiões Nordeste e Norte, onde os índices ainda são altos. Os passos seguintes à adesão são a formação de turmas, o treinamento final dos alfabetizadores e o início das aulas.

    No programa Brasil Alfabetizado, que neste ano completa dez anos, os cursos de alfabetização têm duração de seis ou oito meses e devem ser ministrados em localidades próximas das moradias dos estudantes e em horários compatíveis com as demais atividades dos matriculados. Para que o aprendizado seja mais efetivo, são obrigatórias, no mínimo, dez horas de aula semanais.

    Mauro Silva recomenda às secretarias de educação que tenham atenção especial na seleção de alfabetizadores, que é um item considerado importante no sucesso da alfabetização. As regras do programa preveem que a seleção seja por chamada pública, com prioridade para professores das redes públicas com, no mínimo, nível médio; estudantes de licenciaturas com experiência em alfabetização; educador popular com formação de nível médio.

    A bolsa mensal para o alfabetizador com uma turma é de R$ 400,00; para atender duas turmas, R$ 600,00; intérprete da língua brasileira de sinais, R$ 600,00; alfabetizador de unidade prisional a bolsa é de R$ 500,00 para uma turma e de R$ 750,00 para duas turmas. Para o coordenador de turma, a bolsa mensal é de R$ 600,00 e a formação mínima exigida é nível superior, além de experiência em educação de jovens e adultos.

    Público– O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, mostra que, da população com 15 anos ou mais, 13,9 milhões são considerados analfabetos. Quando o IBGE mostra a estatística por sexo, os homens aparecem com 9,9% do índice e as mulheres com 9,3%. Na divisão territorial, o instituto aponta que a área rural é responsável por 23,18% da população analfabeta do país; a área urbana, por 7,28%.

    Na divisão por faixa etária, os jovens também estão presentes nos índices: de 25 a 29 anos, eles são 4% e de 15 a 17 anos, 2,2%. Confira a tabela com todas as faixas etárias.

    Idade

    Porcentagem

    60 anos ou mais

    26,5%

    50 a 59 anos

    13,8%

    40 a 49 anos

    9,9%

    30 a 39 anos

    6,6%

    25 a 29 anos

    4,0%

    18 a 24 anos

    2,6%

    15 a 17 anos

    2,2%



    Entre as unidades da Federação, o IBGE registra os maiores índices de analfabetismo na região Nordeste, onde se destacam Alagoas com 24,32%, Piauí (22,93%), Paraíba (21,91%) e Maranhão (20,88%). Os menores índices estão no Distrito Federal (3,47%), Santa Catarina (4,15%), Rio de Janeiro (4,30%) e São Paulo (4,34%).

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Brasil Alfabetizado.
  • A partir deste ano, secretarias de educação estaduais e municipais podem informar a demanda por formação inicial dos professores de suas redes pela internet, na Plataforma Freire. O prazo vai até 22 de outubro. As aulas terão início no segundo semestre de 2013. Com a iniciativa, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação pretende aperfeiçoar o processo de capacitação dos professores da rede pública, a partir da abertura do calendário de atividades do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor).

    Este primeiro momento é de análise de demanda. Por isso, somente usuários com perfil definido pelas secretarias de educação, já cadastrados na Plataforma Freire, podem inserir os dados relativos aos cursos desejados pelas redes de ensino, o que deve ser feito até 22 de outubro. Já os professores interessados podem fazer a pré-inscrição nos cursos a partir de fevereiro do ano que vem.

    A diretora de formação de professores da educação básica da Capes, Carmen Moreira de Castro Neves, explica que o aperfeiçoamento permite maior clareza no processo. “A ideia é que secretarias de educação tenham visibilidade melhor da demanda de suas redes”, diz. “Assim, poderão negociar com as universidades uma oferta de cursos que realmente atenda à demanda.”

    Carmen salienta que a educação inicial e continuada de professores é uma das condições estruturantes para o desenvolvimento sustentável do país.

    Criado, em 2009, o Parfor aumenta a cada ano o número de professores atendidos. Em sua primeira edição, abriu 140 turmas em 32 instituições de educação superior, em um total de 4.273 matrículas. De acordo com o último levantamento, realizado no primeiro semestre deste ano, foram contabilizados mais de 62 mil matrículas e 1.678 turmas em 91 instituições.

    Segundo Carmen, o desafio do Parfor para os próximos anos é atender outros 500 mil professores. “Queremos que o plano continue com esse ritmo de crescimento. Para isso, é essencial o apoio das secretarias estaduais e municipais aos professores”, afirma. Ela lembra que muitas vezes, para concluir os cursos, os professores carecem de auxílio para deslocamentos e para hospedagem, quando participam de eventos. “Essa sensibilidade das redes é muito importante”, destaca.  

    O Parfor é um programa emergencial criado para permitir a professores em exercício na rede pública de educação básica o acesso à formação superior exigida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Por meio do programa, a Capes financia a oferta de turmas especiais, na modalidade presencial, implantadas em cursos de licenciatura gratuitos e de qualidade.

    Paula Filizola
  • Estudantes do ensino fundamental farão provas discursivas na segunda fase da Obmep (Foto: Wanderley Pessoa/Arquivo MEC) A segunda fase da 9ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) terá a participação de 954.863 estudantes do sexto ao nono anos do ensino fundamental e das três séries do ensino médio. As provas serão realizadas em 14de setembro, um sábado, às 14h30, horário de Brasília.

    Ao divulgar a relação dos concorrentes nesta quarta-feira, 14, a coordenação da olimpíada abriu um campo para consulta por estado, município, escola e o número de estudantes em cada unidade escolar. Alunos, professores, diretores, pais podem pesquisar os dados.

    Conforme o regulamento, as provas da segunda fase serão discursivas e os estudantes terão três horas para resolver os problemas. Fiscais selecionados pela coordenação da olimpíada aplicarão os testes em centros escolares a serem definidos e informados na página da Obmep.

    Os estudantes que chegaram à segunda etapa concorrem a 500 medalhas de ouro, 900 de prata, 4,6 mil de bronze e até 46,2 mil certificados de menção honrosa, além de bolsas de estudos em Programa de Iniciação Científica Jr (PIC).  Professores, escolas e secretarias de educação também recebem prêmios.

    Dados da coordenação da Obmep mostram que a primeira fase da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas recebeu inscrição de 47.144 escolas, 18,7 milhões de estudantes de 99,35% dos municípios. O país tem hoje 5.564 municípios.

    Ionice Lorenzoni

    Para conhecer as escolas e alunos selecionados, o calendário, a premiação consultar a página eletrônica da Obmep
  • O maior número de analfabetos entre alunos do ensino fundamental se encontra no segundo e no quarto anos, enquanto a maior defasagem na relação entre idade e série se verifica no quarto ano. Esse diagnóstico foi realizado pelo Instituto Alfa e Beto, que avaliou níveis de alfabetização de estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental e graus de defasagem escolar. A maior parte das crianças nessas situações de anormalidade tem entre nove e 11 anos.

    Participaram da avaliação cerca de 290 mil alunos de escolas públicas de 348 municípios das cinco regiões do país. O estudo também constatou que municípios do Maranhão, da Bahia e do Pará concentram o maior número de estudantes com defasagem escolar.

    O diagnóstico precedeu o trabalho de correção de fluxo escolar que o Alfa e Beto (instituto com sede em Brasília) começou a desenvolver este ano com alunos desses municípios. As atividades são custeadas pelo Ministério da Educação.

    A coordenadora do Programa de Aceleração da Aprendizagem do instituto, Rosângela Roncisvalle Gonçalves, explica que o trabalho com as crianças será feito durante todo o ano escolar de 2010. Para dar conta da tarefa, o instituto capacitou 615 professores em cursos de 40 horas. A preparação dos educadores teve duas partes – a pedagógica e a gerencial do programa.

    Entre as dificuldades que a coordenação do programa verificou nos municípios onde o Instituto Alfa e Beto (IAB) está aplicando a tecnologia estão a falta de experiência em acompanhamento gerencial e pedagógico e a presença irregular dos alunos na sala de aula. “O material e a proposta da tecnologia educacional do IAB prevê que o aluno esteja presente nas aulas todos os dias”, diz a coordenadora.

    Parceiros– O Instituto Ayrton Senna, de São Paulo, e o Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa), de Porto Alegre, também participam do programa de correção de fluxo escolar em escolas públicas, com tecnologias desenvolvidas por eles e certificadas pelo MEC. O Instituto Ayrton Senna atende escolas de 478 municípios e mais de cem mil alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental.

    De acordo com Rita Paulon, gerente de educação formal do instituto, a preparação começou em outubro de 2009, com uma série de 50 reuniões de orientação e mobilização das secretarias municipais de educação e coordenações; de novembro de 2009 a abril deste ano, aconteceu a formação dos 5.399 professores que estão aplicando a metodologia. As atividades com os estudantes começaram em março e abril e se estendem até dezembro. O instituto acompanha e avalia o trabalho dos professores e o desempenho dos alunos.

    O investimento na aplicação de tecnologias na correção do fluxo escolar é uma resposta do Ministério da Educação a pedidos formulados por municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. A prioridade no atendimento é das redes municipais com baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb), aferidos em 2005 e 2007. 

    Ionice Lorenzoni
  • O Senado Federal aprovou na noite de quarta-feira, dia 27, a medida provisória que estende a merenda e o transporte escolares a  estudantes da rede pública de educação básica. Aprovada anteriormente na Câmara dos Deputados, a medida determina que 30% dos recursos da merenda sejam destinados à compra de produtos da agricultura familiar para estimular a atuação de pequenos produtores locais. Para a medida provisória virar lei falta apenas a sanção presidencial.

    Antes restrito ao ensino fundamental, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) vai beneficiar mais 12 milhões de estudantes do ensino médio e da educação de jovens e adultos. Serão liberados este ano cerca de R$ 2 bilhões para a compra de merenda.

    O programa promove a transferência suplementar de recursos financeiros a estados, Distrito Federal e municípios para suprir, parcialmente, as necessidades nutricionais dos estudantes. O Pnae é um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo e o único com atendimento universalizado.

    Quanto ao transporte, serão beneficiados 1,1 milhão de crianças e jovens matriculados no ensino infantil e médio de escolas nas áreas rurais. Criado em 2004, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) abrangerá agora cerca de 4,7 milhões de alunos com uma verba prevista para este ano de R$ 478 milhões.

    A transferência automática de recursos financeiros do programa, de caráter suplementar, é destinada a gastos relativos à manutenção de veículos, serviços de mecânica, compra de combustíveis e lubrificantes e pagamento de serviços terceirizados, entre outros fins. Cabe a estados e municípios complementar os recursos para garantir o transporte dos estudantes.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • O valor mínimo a ser investido por aluno este ano pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) terá reajuste de 21,2% em relação a 2011. Passará, assim, de R$ 1.729,28 para R$ 2.096,68.

    O fundo deve investir, em 2012, R$ 114,3 bilhões na educação básica pública. Isso significa aumento de 19,12% em comparação com os R$ 95,9 bilhões de 2011.

    O valor mínimo nacional é definido a cada ano em função da estimativa de arrecadação dos impostos e contribuições que formam o Fundeb. Os estados que não conseguem atingir esse valor com a própria arrecadação recebem complementação da União. Este ano, terão apoio financeiro do governo federal os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

    Formado por vários impostos e transferências constitucionais, o Fundeb financia a educação básica pública. Pelo menos 60% dos recursos de cada estado, município e Distrito Federal devem ser usados no pagamento da remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício — professores, diretores e orientadores educacionais. O restante é destinado a despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, como pagamento auxiliares administrativos, secretários e merendeiras, à formação continuada de professores, à aquisição de equipamentos, à construção de escolas e à manutenção de instalações.

    O reajuste foi estabelecido pela Portaria Interministerial nº 1.809/2011, publicada no Diário Oficial da União de 29 de dezembro último, seção 1, página 20.

    Assessoria de Imprensa do FNDE
  • Professores das redes públicas das três etapas da educação básica – educação infantil, ensinos fundamental e médio – que desenvolvem experiências pedagógicas com impacto positivo no aprendizado dos alunos podem inscrever seus projetos na 4ª edição do Prêmio Professores do Brasil. Cada trabalho selecionado receberá R$ 5 mil e a escola onde o professor leciona ganhará equipamentos audiovisuais ou multimídia, no valor de R$ 2 mil.


    A Secretaria de Educação Básica (SEB) publica na próxima semana o regulamento, a data de abertura das inscrições, da avaliação dos trabalhos e da premiação. O prazo final das inscrições já está definido: 31 de agosto.


    O diretor de políticas de formação e de materiais didáticos e tecnologias da educação básica da SEB, Marcelo Soares, explica que práticas pedagógicas são experiências, jogos, brinquedos, atividades que o professor desenvolve com seus alunos que resultam em melhorias do ensino e da aprendizagem. O prêmio, diz, é um estímulo para que os professores mostrem suas experiências.


    A 4ª edição do prêmio vai contemplar dez professores em cada uma destas categorias: educação infantil, séries iniciais do ensino fundamental, séries finais do ensino fundamental e ensino médio. A verba total do prêmio soma R$ 280 mil, sendo R$ 200 mil para os professores e R$ 80 mil para as escolas onde eles trabalham.


    A Secretaria de Educação Básica criou um hotsite (minipágina eletrônica) especial para divulgar o prêmio e oferecer informações para as escolas e os professores sobre os procedimentos da inscrição ao envio dos projetos. O diretor Marcelo Soares diz que o procedimento de inscrição é simples: o formulário que estará no hotsite traz um passo a passo que começa com a identificação do professor, da escola, sua formação acadêmica e depois pede dados sobre a prática pedagógica que ele vai relatar. Depois de inscrito o projeto, o professor envia pelo correio a comprovação da experiência com fotos, vídeos, ilustrações.


    Neste ano, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da cidade de Pelotas (RS), será responsável pelo recebimento dos projetos e pela análise dos documentos segundo o que pede o regulamento do concurso. A avaliação dos trabalhos será feita por uma comissão de educadores e de especialistas convidados pelo Ministério da Educação.


    O Prêmio Professores do Brasil é realizado pelo ministério em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com a Unesco e a OEI. As fundações Bunge e SM e os institutos Pró-Livro e Votorantim são os patrocinadores.

    Ionice Lorenzoni

  • Alunos de mais de 145 mil escolas públicas recebem, no primeiro dia de aula, os livros que usarão ao longo do ano (Foto: Isabelle Araújo/MEC)

    Quando recebem seus livros didáticos, os estudantes de escolas públicas de todo o Brasil não têm ideia da operação logística monumental que demanda o processo. Para que os alunos das mais de 145 mil escolas tenham a garantia de acesso ao material essencial na prática educativa, o Ministério da Educação, por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), conta com o trabalho de diversos órgãos para levar os títulos das editoras contratadas até a sala de aula.

    O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) é quem provê as escolas de educação básica públicas de obras didáticas, pedagógicas e literárias, assim como outros materiais de apoio à prática educativa. A distribuição acontece de forma sistemática, regular e gratuita a todos os alunos da educação infantil, do ensino fundamental e médio, seja para a modalidade regular ou para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A complexa logística começa com a diferença entre eles, já que há livros feitos para durar entre um e quatro anos e outros que vão integrar definitivamente o acervo da escola.

    “Nós temos livros didáticos, que podem ser consumíveis ou reutilizáveis, e livros literários”, explica a coordenadora geral do PNLD, Nadja Cézar. “O consumível, no geral, é apenas para uso durante um ano letivo, já que o aluno escreve no livro. O reutilizável pode ser usado por até quatro anos. Hoje o fluxo do PNLD é de até quatro anos e, após isso, os livros são repostos, pois muitos já estão danificados ou desatualizados. Os literários, por sua vez, são bens permanentes, que não desatualizam nunca e vão integrar o acervo da escola.”

    Todos os títulos são entregues pelo FNDE como doação com encargos. Isso quer dizer que as escolas têm a responsabilidade de zelar pela utilização e preservação, além de garantir que o aluno devolva o livro reutilizável ao fim do ano, desde que ainda dentro do ciclo. Mas antes de qualquer coisa, é preciso explicar todo o caminho que ele percorre até chegar à mão do estudante.

    O início – Cabe ao MEC a definição das diretrizes de cada edição do programa, assim como da forma de atendimento de estudantes e professores das escolas públicas, com livros e materiais didáticos. O ministério, em parceria com o FNDE, publica periodicamente editais em que são convocados os detentores de direitos autorais para inscrever as obras que poderão ir para a escola. Estas passarão por uma avaliação pedagógica realizada por comissões de especialistas coordenadas pelo ministério.

    As obras aprovadas passam por rigorosa análise, realizada por comissões de habilitação e de negociação sob responsabilidade do FNDE, para comprovação das condições legais e editoriais exigidas para compras com recursos públicos. São elas que vão substituir os livros do último ciclo.

    Para 2019, por exemplo, foram comprados livros novos para os alunos do fundamental 1, ou seja, todas as crianças do primeiro ao quinto ano receberam títulos dos livros didáticos de cada matéria. “Isso quer dizer que esses livros vão ser utilizados por quatro anos”, explica Nadja. “O livro recebido agora em 2019 pelo aluno do primeiro ano vai ser utilizado por mais três alunos que cursarem essa série nos anos subsequentes. E quando esse estudante chegar ao quinto ano, em 2023, vai receber um livro novo, uma vez que o ciclo de quatro anos se reinicia.”

    O processo tem início por meio da adesão das escolas federais e as redes de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal ao programa de material didático. Dois anos antes do início de um novo ciclo, é lançado um novo edital, publicado no Diário Oficial da União e no portal do FNDE, que estabelece as regras para cada novo PNLD. Os títulos que se enquadram nas exigências técnicas e físicas são analisados e validados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), e posteriormente encaminhados à Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, responsável pela avaliação pedagógica. As empresas com obras aprovadas passam pela etapa de habilitação para que possam fazer parte do Guia de Livros Didáticos, uma espécie de catálogo que vai ajudar professores e diretores a definir o que vai para a sala de aula.

    O guia, preparado pela SEB com a ajuda de especialistas, contém as resenhas dos livros aprovados para uma melhor orientação na escolha dos títulos que serão adotados pelas escolas, o que é feito de forma democrática pelos educadores. Após a formalização, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do MEC (Simec), entram em ação os setores responsáveis pela contratação e distribuição dos livros.

    Quantidade – Esta é a parte mais complicada da logística, mas que tem o auxílio providencial dos dados do Censo Escolar, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O censo vai nos dizer quantos livros devem ser entregues em todo o Brasil e também nos ajudar a fazer as reposições esporádicas realizadas no meio do ciclo, em caso de livros perdidos, extraviados ou danificados. A questão de alunado novo também entra nessa conta.”

    O próprio FNDE, por meio de uma comissão de negociação, discute com as editoras a aquisição dos livros selecionados. Após a comprovação da qualidade dos títulos, como especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e normas ISO, é utilizada a parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) para levar os livros diretamente da editora para as escolas.

    Os livros chegam às escolas antes do início do ano letivo. Para as zonas rurais, a responsabilidade pela entrega fica a cargo das prefeituras ou das secretarias estaduais e municipais de educação. Quem apoia e monitora a distribuição são as mesmas secretarias, que também são responsáveis por apurar as denúncias de eventuais irregularidades relativas aos materiais distribuídos, reportar às autoridades policiais, judiciárias e de controle essas irregularidades, além de acompanhar o adequado descarte de livros após decorrido o prazo de vigência.

    “A logística de processamento e distribuição dos livros é gigantesca e complexa. O aluno nem imagina tudo o que acontece antes daquele livro estar ali na sua mesa”, ressalta a coordenadora do PNLD. “Por isso o ciclo compreende uma escolha para quatro anos. No meio desse período, são entregues apenas os títulos consumíveis e a reposição dos reutilizáveis. Agora em 2019, por exemplo, vão ser escolhidos pelos professores os livros para o ensino fundamental 2. A partir de 2020, os alunos do sexto ao nono ano receberão esses títulos para serem utilizados pelos próximos quatro anos.”

    Descarte – Os livros literários doados pelo FNDE às escolas são bens duráveis e ajudam a enriquecer o acervo da escola. Os livros didáticos devem seguir regras rígidas para o descarte quando finalizado o seu ciclo de atendimento. Tanto os didáticos consumíveis, materiais que podem ser preenchidos pelos alunos e que são trocados a cada ano, como os reutilizáveis, que são substituídos a cada quatro anos, estão sob a posse das redes e sua destinação é de responsabilidade desses parceiros.

    “As regras de descarte devem ser definidas pelos entes envolvidos, já que, após a doação pelo Governo Federal, as redes têm a posse dos livros e a autonomia de cada esfera deve ser respeitada”, explica Nadja Cézar. “O que o FNDE orienta é atenção para com a legislação local, para que o descarte seja feito da forma apropriada. Esse descarte deve ser feito com responsabilidade social, ambiental, dando preferência para a reciclagem.”

    As escolas cuidam para que os alunos devolvam o livro no fim do ano e o próximo aluno daquela série possa utilizá-lo. No fim do ciclo, porém, o aluno pode escolher levá-lo definitivamente para casa. Caso contrário, as escolas podem realizar a doação dos títulos à comunidade.

    Acesse a página do Simec 

    Assessoria de Comunicação Social

  • A professora de história Manuela Arruda, de Pontes e Lacerda (MT), município na fronteira com a Bolívia e distante 480 quilômetros de Cuiabá, participa da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) desde a segunda edição da competição, em 2010. No ano passado, ganhou a primeira medalha: um bronze conquistado com muito orgulho, após ter chegado à final em outras edições. A olimpíada é promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    A professora lembra que havia um sentimento comum entre os estudantes de Pontes e Lacerda de que chegar à faculdade era algo praticamente impossível, por morarem em uma cidade pequena – com 45 mil habitantes. Este era um sonho que muitos sequer alimentavam. Mas, após o início da olimpíada, os jovens começaram a perceber que, se estudarem, podem conseguir. “Ir para Campinas [sede do evento] é apenas um brinde. Os alunos percebem que conseguem estudar com diferentes suportes, desenvolvem capacidade de interpretação e produção textual”, diz.

    Manuela já teve um aluno que andava 10 quilômetros para chegar na escola, outro que não tinha computador para resolver as questões e um que trabalhava em oficina mecânica e chegava todo sujo. “Esse foi um dos que chegaram a uma das finais. Ele nunca tinha saído de Pontes e Lacerda, nunca tinha andado de elevador, escada rolante, nem viajado de avião. Sequer tinha ido a Cuiabá. Talvez quem esteja nos grandes centros não perceba a grandeza desses pequenos gestos. Mas a família vê a transformação desses alunos. Hoje, esse menino faz faculdade de ciência da computação”, conta, orgulhosa. “São alunos que buscam continuar estudando. Não necessariamente serão professores de história, mas serão profissionais muito humanos”.

    Fora o crescimento dos estudantes, a olimpíada tem a intenção de valorizar os professores. São oferecidos cursos de formação pela Unicamp para os docentes que participam e incentivam os alunos na competição. Em um desses cursos, Manuela teve a oportunidade de assistir as aulas do historiador Edgar Salvadori de Decca, referência na área e que faleceu no ano passado. Na avaliação da professora, a experiência foi significativa, já que alguns dos estudos dele faziam parte da bibliografia utilizada na faculdade.

    Inscrições– Os estudantes que queiram participar da 9ª edição da ONHB têm até o dia 26 de março para se inscrever com valor reduzido – R$ 30 por equipe para alunos de escolas públicas e R$ 60 para equipes de escolas particulares. Após esse dia, o valor será de R$ 45 e R$ 90, respectivamente. As inscrições seguem até 28 de abril e podem ser feitas na página eletrônica da olimpíada. Podem participar estudantes de escolas públicas e particulares, dos ensinos fundamental (oitavo e nono anos) e médio. 

    As equipes são formadas por três estudantes e um professor. A competição tem cinco fases online, nas quais os participantes têm que resolver questões de múltipla escolha e desenvolver tarefas. Cada fase dura uma semana e as respostas podem ser resolvidas por meio de debates, pesquisas em livros e na internet e com a orientação do professor. A primeira terá início dia 8 de maio e última termina em 10 de junho. Após as cinco etapas, no mínimo 200 equipes (800 participantes) classificadas para a final seguem para Campinas, nos dias 19 e 20 de agosto, onde farão prova dissertativa.

    Em 2016, a olimpíada reuniu 42,7 mil alunos de cidades de todos os estados brasileiros, com participação expressiva da região Nordeste. Neste ano, a expectativa da organização da ONHB é que o número de inscritos seja ainda maior. “O nosso ponto não é descobrir quem é o aluno que mais sabe história, mas quais são as equipes que mais conseguiram se dedicar e aprender história”, detalha a coordenadora da ONHB, Cristina Meneguello. Para ela, a competição tem uma proposta inovadora ao incentivar o desenvolvimento da análise crítica e discussões sobre os mais variados assuntos, por meio de pesquisa, da busca por informações, textos, imagens e mapas.

    Formação - A olimpíada oferece um curso online de formação para professores, que está em sua quarta edição. O tema deste ano será Imagens em sala de aula e ocorre entre os dias 1º de março e 10 de maio. As aulas são gravadas com especialistas renomados da Unicamp. O objetivo é capacitar o professor para fazer uso de imagens que contribuem com o ensino de história em sala de aula. Ao todo, mais de 560 docentes se inscreveram e vão participar do curso de formação em 2017.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Já estão abertas as inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2017 para brasileiros residentes no exterior. O exame avalia competências, habilidades e saberes adquiridos em processo escolar ou extraescolar de jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos em idade própria. A participação é voluntária e gratuita.

    Esta edição do exame é direcionada a jovens e adultos residentes no exterior, e a pessoas privadas de liberdade residentes no Japão e Guiana Francesa, que buscam obter o certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio.

    As inscrições começaram nesta segunda-feira, 3, e podem ser feitas até as 23h59 de 17 de julho. É preciso informar o número de CPF e identidade, que serão utilizados para emissão do certificado e da declaração parcial de proficiência. O participante que tiver realizado provas de edições anteriores do Encceja Exterior (2013, 2014, 2015, 2016) deverá informar o número do passaporte utilizado para fins de certificação. Para a certificação do ensino fundamental o participante deve ter 15 anos completos na data da realização da prova. Para a certificação do ensino médio, a idade é de pelo menos 18 anos na data da prova.

    A inscrição deve ser feita exclusivamente pela internet. Os responsáveis nos consulados-gerais em Tóquio e em Caiena, onde haverá aplicação para pessoas privadas de liberdade, farão a inscrição dos brasileiros submetidos a penas privativas de liberdade, por meio de outro endereço eletrônico, no mesmo período.

    Atendimentos – Participantes que necessitam de atendimento especializado ou específico devem informar, na inscrição, a condição que motiva a solicitação. É necessário ter documentos comprobatórios dessa condição, que podem ser cobrados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a qualquer momento. O atendimento especializado é direito de participantes com baixa visão, dislexia e deficiência física.

    Auxílios ou recursos de acessibilidade necessários também só podem ser solicitados na inscrição. As opções são: prova com letra ampliada, prova com letra superampliada, sala de fácil acesso e mobiliário acessível. O atendimento específico é destinado a gestantes, lactantes e idosos.

    Aplicação – O Encceja Exterior 2017 será aplicado em 10 de setembro, nos Estados Unidos (Boston, Nova Iorque e Miami); Bélgica (Bruxelas); Guiana Francesa (Caiena); Portugal (Lisboa); Suíça (Genebra); Espanha (Madri); Reino Unido (Londres); França (Paris), Holanda (Amsterdã) e Japão (Nagóia, Hamamatsu e Ota). Em unidades prisionais, o exame será realizado em Tóquio (Japão) e Caiena (Guiana Francesa), entre 11 e 22 de setembro. O Encceja Exterior 2017 é aplicado pelo Inep em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e com as respectivas representações diplomáticas do Brasil nos locais de aplicação.

    Certificação – Os resultados do Encceja Exterior 2017 podem ser utilizados para a certificação de conclusão de ensino fundamental ou do ensino médio, ou para emissão da declaração de parcial de proficiência. Para a certificação dos participantes serão consideradas a pontuação mínima indicada pelo Inep e a declaração parcial de proficiência (por área de conhecimento). A emissão desses documentos é de responsabilidade do Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB). Para a certificação, o participante poderá aproveitar os resultados obtidos em edições anteriores do Encceja (2013, 2014, 2015 e 2016) e também do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Acesse a página do Encceja para fazer a inscrição

    Acesse a página para inscrição de pessoas privadas de liberdade

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    Clique aqui para ver o cronograma do Encceja no Brasil

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Professores da rede pública têm nova oportunidade de se inscrever em cursos de licenciatura. (Foto: Tereza Sobreira)Os professores em exercício na rede pública de educação básica já podem realizar, no período de 2 a 22 de maio de 2011, as pré-inscrições em cursos de licenciatura presenciais ofertados no âmbito do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor Presencial).

    O Parfor Presencial é uma ação organizada e financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para atender os objetivos da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída pelo Decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2009.

    O objetivo principal do Parfor Presencial é garantir aos professores em exercício na rede pública uma formação acadêmica, exigida pela Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (LDBEN/1996), bem como promover a melhoria da qualidade da educação básica.

    Os cursos ofertados no âmbito do Parfor Presencial são os seguintes: primeira licenciatura, para professores sem formação superior, em exercício na rede pública; segunda licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica há pelo menos três anos, em área distinta da sua formação inicial; formação pedagógica, para professores graduados, mas não licenciados, em exercício na rede pública.

    Os professores interessados podem acessar a Plataforma Freire, sistema informatizado do MEC para gestão da formação, onde também poderão obter outras informações sobre as instituições de ensino superior, cursos e número de vagas. No mesmo sistema poderão realizar a pré-inscrição. Aqueles que nunca acessaram a plataforma devem primeiro cadastrar seus currículos.

    As inscrições deverão ser validadas pela secretaria de educação estadual ou municipal à qual o professor em exercício estiver vinculado, no período de 23 de maio a 10 de junho de 2011.

    Em caso de dúvidas, devem ligar para 0800 616161, opção 7, acessar o Fale Conosco ou enviar Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. eletrônica.

    Assessoria de Imprensa da Capes

    Acesse a Plataforma Freire.

  • Professores em exercício na rede pública de educação básica podem fazer sua pré-inscrição para cursos de licenciatura presenciais até o dia 8 de abril. O Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor Presencial) abriu inscrições nesta terça-feira, 20. Serão oferecidas 14.277 mil vagas para cursos que terão início no segundo semestre de 2012.

    O Parfor Presencial é organizado e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para atender os objetivos da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. O objetivo é garantir aos professores em exercício na rede pública a formação acadêmica exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), bem como promover a melhoria da qualidade da educação básica.

    São oferecidos cursos de primeira licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica sem formação superior; de segunda licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica, em área distinta da sua formação inicial, e formação pedagógica, para professores graduados, mas não licenciados.

    Os professores devem acessar a Plataforma Freire, sistema informatizado do MEC para gestão da formação docente, para obter mais informações.

    As pré-inscrições deverão ser validadas, no período de 9 a 23 de abril, pela secretaria de educação estadual ou municipal à qual o professor em exercício estiver vinculado. A seleção das instituições acontece entre 24 de abril e 8 de maio.

    Dúvidas sobre o Parfor Presencial podem ser esclarecidas pelo telefone 0800 616161, opção 7 ou por meio do Fale Conosco.

    Assessoria de Imprensa da Capes
  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta segunda-feira, 1º de abril, os resultados preliminares da segunda etapa do Censo Escolar 2018, módulo Situação do Aluno. A partir dessa data, as escolas têm o prazo de 15 dias para a retificação dos dados, se necessário. As alterações e correções deverão ser realizadas diretamente no módulo Situação do Aluno do Sistema Educacenso. O resultado final da Situação do Aluno 2018 será divulgado em 10 de maio.

    O módulo Situação do Aluno reúne informações sobre movimento e rendimento dos alunos, utilizados para o cálculo das taxas de aprovação e abandono escolar, fundamentais para o conhecimento da realidade escolar brasileira.

    Censo – Principal instrumento de coleta de informações da educação básica e o mais importante levantamento estatístico educacional brasileiro na área, o Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. O levantamento abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica e profissional. O Censo Escolar é indispensável para acompanhamento da efetividade das políticas públicas.

    Sistema Educacenso

    Assessoria de Comunicação Social

  • Já estão disponíveis no sistema Educacenso, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os relatórios com os dados de rendimento e movimento informados pelas escolas no módulo Situação do Aluno do Censo da Educação Básica. As instituições e as redes de ensino têm até 18 de abril para conferir as informações declaradas e, se necessário, fazer correções. Depois desse prazo, não poderão ser realizadas alterações.

    Os gestores de educação têm acesso aos dados de todas as modalidades e etapas de ensino por meio dos relatórios disponíveis. Os dados informados no módulo Situação do Aluno são utilizados no cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono, fundamentais para a verificação e acompanhamento do rendimento escolar de cada uma das escolas e do país.

    A previsão é que as informações consolidadas estejam disponíveis no dia 12 de maio.

    Os gestores podem acessar o sistema Educacenso pelo portal eletrônico do Inep.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep

     

  • Está aberto o processo de inscrição e seleção de obras de literatura para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) indígena. O edital do Ministério da Educação convoca editoras a inscrever obras que serão distribuídas a escolas indígenas públicas que oferecem educação infantil, anos iniciais do ensino fundamental e magistério de nível médio. As inscrições vão até 19 de abril.

    O PNBE indígena vai selecionar acervos literários com até 25 títulos que serão distribuídos às escolas indígenas do país todo para uso no ano letivo de 2015. Podem participar do processo autores indígenas e não indígenas que tenham produção literária relacionada aos povos indígenas brasileiros. O edital orienta que as obras devem fomentar a ruptura de estereótipos sobre histórias, culturas e identidades, apresentar abordagem positiva da pluralidade cultural indígena e da afirmação de direitos culturais diferenciados desses povos.

    Na categoria educação infantil, as obras devem privilegiar textos em verso e prosa, ou que vinculem textos ou palavras-chave a imagens. Os materiais devem ser confeccionados em papel atóxico para o manuseio por crianças de quatro a cinco anos de idade, podendo ser apresentados em diferentes tamanhos. Os livros devem trazer o selo do Inmetro.

    As obras para os anos iniciais do ensino fundamental e para o magistério de nível médio devem ser de textos em verso e prosa, livros de imagens e de histórias em quadrinhos em língua portuguesa ou bilíngue – português e uma língua indígena.

    Cada editora pode inscrever até 15 obras no total, com limite máximo de oito obras por categoria. Todas as obras passarão por triagem, pré-avaliação e avaliação pedagógica. Instituições públicas de educação superior serão convocadas pelo Ministério da Educação para fazer a avaliação pedagógica. Os processos de inscrição, recebimento das obras e da documentação e a triagem serão conduzidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); a pré-análise, avaliação pedagógica e seleção dos livros serão de responsabilidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

    Ionice Lorenzoni

    Confira o Edital de Convocação nº 1/2014 do PNBE Indígena 2015

  • O PNBE surgiu para oferecer literatura de qualidade aos estudantes brasileiros e estimular a leitura nas escolas (foto: Fabiana Carvalho/arquivo MEC – 16-4-2012)Portaria da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, publicada na segunda-feira, 29, divulga o acervo de 360 obras literárias selecionadas para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) para 2013. Os livros serão distribuídos a 85,2 mil unidades de ensino públicas federais e das redes de ensino municipais, estaduais e do Distrito Federal. O PNBE de 2013 atenderá 12,3 milhões de alunos do ensino fundamental e 7,4 milhões do ensino médio.

    Do total de instituições atendidas, 50,5 mil oferecem matrículas a estudantes dos anos finais (sexto ao nono) do ensino fundamental e 34,7 mil a alunos do ensino médio. Serão distribuídos seis acervos distintos, com 60 títulos cada um — 180 títulos no total para os anos finais do ensino fundamental e a mesma quantidade para o ensino médio.

    Segundo o secretário de educação básica do MEC, Cesar Callegari, o objetivo do programa é oferecer literatura de qualidade aos estudantes brasileiros e, com isso, fomentar a leitura nas escolas. Ele reconhece, porém, a necessidade de fortalecer alguns pontos. “Nosso grande desafio é capacitar professores para que eles possam fazer esse trabalho de mediação com os alunos”, disse. “A ideia é que eles conheçam o teor dos livros e possam usá-los adequadamente, apropriando-se do conteúdo e incentivando os alunos e seus familiares a ler.”

     

    Para o PNBE de 2013, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê orçamento de R$ 75 milhões para aquisição e distribuição das obras. Durante a realização do processo de avaliação, seleção e formação dos acervos, o MEC estabeleceu parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

     

    Incentivo — Desenvolvido desde 1997, o PNBE promove o acesso à cultura e o incentivo à leitura a alunos e professores por meio da distribuição de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência. O programa avalia e distribui obras literárias em prosa (novelas, contos, crônica, memórias, biografias e teatro), verso (poemas, cantigas), livros de imagens e de história em quadrinhos. Distribui ainda periódicos de conteúdo didático e metodológico para escolas da educação infantil, ensino fundamental e médio. Conta ainda com o PNBE do Professor, que apoia a prática pedagógica dos docentes da educação básica e da educação de jovens e adultos a partir da avaliação e distribuição de obras de cunho teórico e metodológico.

     

    O acervo do PNBE para 2013, consta da Portaria SEB nº 27, do dia 25 último, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 29, seção 1, páginas 17 a 19.

     

    Paula Filizola

     

    Matéria republicada com alteração de informações

     

     

     

     

  • Todas as escolas públicas do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do ensino médio, independente do número de alunos matriculados, receberão no início de 2011 acervos literários. A escola com o menor número de estudantes receberá do Ministério da Educação um acervo com 50 títulos e as maiores, três acervos com 150 títulos.

    Dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC responsável pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), mostram que 49.799 escolas do sexto ao nono ano do ensino fundamental e 17.830 do ensino médio serão atendidas. No conjunto, o PNBE 2011 vai distribuir para essas bibliotecas escolares 7 milhões de livros de literatura.

    Incentivar e desenvolver o gosto pela leitura, exercitar a criatividade e a crítica e contribuir com a formação cidadã dos estudantes são objetivos do PNBE, segundo a coordenadora geral de materiais didáticos da Secretaria de Educação Básica (SEB) do ministério, Jane Cristina da Silva. O programa deve contribuir também para a construção de acervos das bibliotecas escolares, conforme prevê a Lei nº 12.244/2010, de 24 de maio.

    Acervos– A seleção das obras do PNBE 2011 foi realizada pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A instituição recebeu 1.938 inscrições de livros, dos quais selecionou 300. Os livros pertencem aos gêneros poesia, conto, crônica, novela, teatro, texto de tradição popular, romance, memória, diário, biografia, relatos de experiências, obras clássicas da literatura universal, livros de imagens e de histórias em quadrinhos e traduções de obras literárias.

    De acordo com Jane Cristina, integram os acervos obras com caracteres ampliados para alunos com deficiência visual e outras que vêm escritas e acompanhadas de CD em áudio ou DVD na língua brasileira de sinais (libras). A inclusão de pessoas com deficiências, explica, é um dos objetivos do programa.

    Criado em 1997, o Programa Nacional Biblioteca da Escola faz seleções anuais de livros de literatura, adquire as obras das editoras e envia gratuitamente para as escolas públicas da educação básica. Em 2010, receberam coleções as escolas públicas da educação infantil e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Em 2011 será a vez das escolas dos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono ano) e das três séries do ensino médio.

    Confira no sítio do FNDE a relação das 300 obras do PNBE 2011.

    Ionice Lorenzoni
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