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  • Um gestor dedicado, eficiente e técnico é fator relevante para a qualidade do ensino, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao comentar matéria divulgada na imprensa sobre o perfil de diretores de escolas públicas. Segundo levantamento realizado a partir de respostas dos próprios diretores a questionário do mais recente Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2011, um em cada cinco diretores de escolas públicas no país é alçado ao cargo por políticos.

     

    “As escolas que têm um diretor dedicado, eficiente e técnico costumam ter desempenho superior a escolas de mesmo nível, mas com diretor com outro perfil”, disse Mercadante, em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira, 7, em Brasília.

     

    A proporção de gestores indicados por políticos equivale a 21,8% do total: de 56.911 diretores das redes estaduais e municipais, 12.413 foram definidos por indicação política, prática condenada por especialistas em educação.

     

    Para Mercadante, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, “seguramente será um grande impulso para melhorar a qualidade da gestão das escolas”.

     

    Conforme o ministro, o critério será objetivo, técnico e de mérito. “Nós esperamos superar definitivamente esta questão com a aprovação do PNE”, afirmou, ao citar duas estratégias que tratam especificamente do gestor da escola pública. O item 19.1 propõe priorizar o repasse de transferências voluntárias da União para os entes federados que tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, “que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar”. Já o item 19.8 propõe “desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos”.

     

    Sandro Santos

  • Wemerson era uma criança hiperativa na escola. Prestava atenção nas aulas, tirava notas boas, mas o jeito agitado acabava atrapalhando um pouco. Sem querer desestimular o bom aluno, a professora encontrou uma solução que agradou a todos: Wemerson passou a ajudá-la como monitor, orientando os coleguinhas com mais dificuldade de aprendizagem. Pode-se dizer que foi daí que começou a tomar gosto pelo magistério. Mais do que isso, foi quando ficou clara a vocação que seguiria por toda a vida.

    Apesar da pouca idade, apenas 26 anos, e de uma trajetória profissional ainda curta, iniciada em 2012, depois de se formar em ciências biológicas – hoje, dá aulas de ciências no ensino fundamental e de química no ensino médio –, Wemerson Nogueira já tem muita história para contar, mas não qualquer história. Ele é autor de inúmeros projetos que lhe renderam o reconhecimento nacional, como o título de Educador Nota 10 de 2016, concedido pela Fundação Roberto Civita a professores de destaque em práticas inovadoras – e também no exterior.

    Professor da rede pública capixaba, da pequena Nova Venécia, Wemerson é o único brasileiro entre os dez finalistas do Global Teacher Prize de 2017, considerado o Nobel da Educação. A lista foi divulgada esta semana. O prêmio inclui, além do reconhecimento mundial, um cheque de US$ 1 milhão, pago pela Varkey Foundation, da Inglaterra. Ganhará o melhor conjunto da obra, ou seja, tudo o que aconteceu durante os anos de dedicação ao magistério.

    O professor Wemerson, de 26 anos, já conta com reconhecimento nacional como educador, e agora sua disposição para levar qualidade de vida a populações carentes lhe deu fama no exterior (Foto: Arquivo pessoal)Wemerson é conhecido no meio pela criatividade das aulas e pelos projetos que melhoraram não só a qualidade do ensino em sua cidade, mas também a vida das comunidades locais. “A primeira escola em que trabalhei foi na periferia, em um lugar com alto índice de violência, uso de drogas e baixíssima perspectiva de um futuro promissor entre crianças e jovens”, conta. “Procurei a diretora e ofereci ajuda para a formação dos professores, e participação mais ativa das famílias na educação dos filhos. Em dois anos reduzimos em 90% a criminalidade, em 70% a evasão escolar e em 50% a reprovação.” 

    A partir de então, Wemerson passou a trabalhar sempre com projetos próprios, mas enriquecidos por sugestões dos alunos. No início de cada ano letivo ele costuma apresentar o plano de ensino à classe, um esboço do conteúdo que pretende ensinar nos meses seguintes. Mas são os estudantes que indicam a forma mais interessante de tudo acontecer. “No começo eles se assustam, só que logo passam a criar a partir do que é proposto. Eles são uma caixinha de surpresa, que deixa escapar ideias geniais quando é aberta.”

    Grande parte dos projetos de Wemerson vem desse diálogo com os alunos e tudo acaba sempre muito adaptado à realidade e necessidades deles. “Houve turmas, por exemplo, que aprenderam química cantando. Outras, usando um aplicativo que criei no celular. E, em um projeto recente, criamos um filtro de descontaminação da água do Rio Doce, poluído pelo desastre ecológico de Mariana”, informa. 

    O projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, por sinal, tem resultados práticos não apenas para os alunos – que ajudaram a construir o filtro e, de quebra, aprenderam a tabela periódica analisando pessoalmente os elementos químicos nas águas turvas do rio –, mas igualmente à população ribeirinha. “Começamos com 55 filtros. Hoje são mais de 500. Nossa meta é ajudar 3 milhões de pessoas afetadas pela poluição”, afirma.

    Quanto ao prêmio de U$ 1 milhão, caso venha a vencer no Global Teacher Prize de 2017, que terá o resultado divulgado em 19 de março, durante evento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, Wemerson sabe muito bem no que vai aplicar. Vai criar a Fundação Nogueira de bolsa de estudos para licenciatura em educação e de orientação a professores no ensino pedagógico contemporâneo, fora o instituto de ciência e tecnologia, de apoio a escolas públicas na região de Nova Venécia.

    “Também quero investir na minha formação. Vou viajar, conhecer outras experiências em educação – dos ambientes escolares totalmente adaptados às novas tecnologias em países como a Finlândia, por exemplo, às salas de aula onde os alunos sentam no chão no interior de algumas nações africanas.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • O secretário de Educação Básica do MEC, Manuel Palácios, se reuniu nesta quarta-feira, 6, com representante da Associação Nacional de História (Anpuh) para debater a colaboração da entidade ao texto da Base Nacional Comum Curricular. Além da Anpuh, outras entidades representativas de professores e especialistas também estão colaborando com a construção da base e vêm sendo recebidas pelo Ministério da Educação.

    De acordo com o secretário, ficou decidido que a Anpuh vai contribuir com a indicação de especialistas para o grupo dos leitores críticos, em que especialistas no ensino de cada conteúdo deverão apresentar considerações finais sobre a proposta preliminar. “Tivemos uma reunião muito produtiva e positiva, e a Anpuh participará desse processo, revisando a proposta preliminar da área de história. A Anpuh também deverá encaminhar uma lista de historiadores que devem ser trazidos para esse processo de elaboração por meio da função de leitor crítico”, explicou.

    Para a presidente da Anpuh, Maria Helena Rolim Capelato, a associação tem muito a oferecer para a discussão dos conteúdos na área de história. “Nós vamos fazer uma série de reuniões com as regionais até o final de fevereiro e vamos apresentar uma proposta para a Base Nacional Comum Curricular”, afirmou. “É importante a existência de uma base comum, a proposta é estabelecer os parâmetros para como discutir determinadas questões importantes no estudo da história”, concluiu.

    Base – A Base Nacional Comum Curricular é uma das estratégias estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para melhorar a educação básica, que abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Em setembro, o Ministério da Educação apresentou a proposta preliminar que vem sendo discutida por meio de sistema virtual, permitindo a participação da comunidade escolar e da sociedade civil, que podem oferecer contribuições ao texto.

    O portal é uma ferramenta para a construção democrática da Base Nacional Comum Curricular, com ampla consulta à sociedade. As contribuições podem ser individuais ou coletivas, sejam originárias das redes de ensino ou de movimentos e organizações da sociedade civil. Também podem ter caráter geral ou tratar pontualmente de cada tema. O prazo é até 15 de março.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Professor há 36 anos, o capixaba Pedro Antonio Galli diz que o magistério é uma das atividades mais apaixonantes e gratificantes que existem. “Árdua, sem dúvida, mas indiscutivelmente bela”, ressalta Galli, que dá aulas de artes, matemática e estatística a estudantes do ensino médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Eurico Salles, em Itaguaçu (ES).

    “Ser professor é um papel insubstituível no processo da transformação social. Além de ensinar, é saber viver, conviver, respeitar o próximo e aprender com ele”, analisa Galli. Ele explica que sua relação com o magistério começou cedo, pois suas irmãs eram professoras. “Para minha família, ser professor, mais do que uma tradição, é uma vocação.”

    Contemplado quatro vezes com o Prêmio Sedu: Boas Práticas na Educação, iniciativa da Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo para valorizar os profissionais da educação pública estadual, Galli diz que procura desenvolver metodologias que despertem o interesse dos estudantes. “Busco sempre adequá-las para tornar a aprendizagem significante e satisfatória, melhorando minha prática, oferecendo o que há de melhor aos meus alunos para formar cidadãos mais conscientes na comunidade na qual estão inseridos.”

    Em seu trabalho, o professor desenvolve projetos que agreguem várias disciplinas. “Amplio minha visão de conteúdo para além dos conceitos, inserindo procedimentos, atitudes, valores e recursos didáticos que visem a desenvolver a ligação dos conceitos teóricos com a realidade vivenciada no dia a dia, constituindo fator de motivação e de facilidade de assimilação”, ressalta.

    Com licenciatura em matemática e ciências e vários cursos de especialização, Galli leciona na mesma instituição desde 1982. “Fui professor de 75% dos professores que trabalham atualmente na escola Eurico Salles”, revela. “Procuro interagir com os colegas de profissão, com uma atitude mais atenta e receptiva, de forma a trocar informações e experiências para enriquecer as aulas.”

    Para os novos professores, Galli tem um recado: “A tarefa de ensinar é difícil, porém gratificante, e exige muitas leituras”. Além disso, enfatiza, é preciso quebrar uma série de paradigmas, pois a docência vai além de somente dar aulas. “Ela oferece oportunidades aos alunos para construir e reconstruir conhecimentos.”

    Fátima Schenini

    Conheça o Prêmio Sedu: Boas Práticas na Educação

     

  • O programa Atleta na Escola foi criado para estimular a prática de esportes no país (Foto: Divulgação/Portal Brasil) O programa Atleta na Escola, que promove a prática esportiva dentro do ambiente escolar, registrou a participação de mais de 2 milhões de estudantes entre 12 e 17 anos na etapa inicial do programa, quando os atletas disputam competições de atletismo em provas de corridas de velocidade e resistência e provas de salto.

    O Atleta na Escola é uma parceria dos ministérios da Educação, do Esporte e da Defesa, além da Casa Civil, e serve de alicerce para o plano Brasil Medalhas, investimento de R$ 1 bilhão em ações para que o país fique entre os dez melhores colocados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Em 2013, o programa teve a adesão de 22.928 escolas de 4.554 municípios em todos os estados e no Distrito Federal.

    As escolas participantes têm prazo até 15 de outubro para realizar suas competições internas e cadastrar os resultados no PDE Interativo. Os alunos com os melhores resultados participarão das etapas municipais, regionais e estaduais. Para os estudantes entre 15 e 17 anos, haverá uma etapa nacional entre 7 e 16 de novembro em Belém, no Pará.

    De acordo com o coordenador do programa no Ministério da Educação, Renausto Amanajás, o programa Atleta na Escola obteve sucesso na primeira edição. “Além da participação de 2 milhões de estudantes, já na primeira etapa, que é a fase escolar, conseguimos ter atletas selecionados para participar dos Jogos Escolares da Juventude, que aconteceu em Natal, Rio Grande do Norte”, disse.

    Para a edição de 2014 está prevista a inclusão de competições de judô, voleibol, arremesso de peso e eventos paraolímpicos.

    Assessoria de Comunicação Social

    Acesse o PDE Interativo
  • O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transmite ao vivo nesta quinta-feira, 8, em seu canal do Youtube, a partir das 10h, audiência pública sobre o edital que tratará do processo de inscrição e avaliação de obras didáticas e literárias para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Essas obras a que o edital se refere serão destinadas aos estudantes e professores dos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono ano) das escolas da educação básica pública, das redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal.

    Os principais pontos tratados serão as obras didáticas que devem apresentar aderência à Base Nacional Curricular Comum (BNCC); manual do professor impresso em Formato U, com indicação das habilidades da BNCC; manual do professor com material digital em licença aberta; material digital audiovisual obrigatório, que passa a ser critério de classificação da obra; livros de projetos integradores; livros interdisciplinares; classificação das obras didáticas aprovadas na avaliação pedagógica; obras literárias para a escola e para uso dos estudantes; além de projetos integradores para a discussão de temas transversais e socioemocionais dentro de sala de aula.

    O coordenador geral dos programas do livro, Wilson Troque, lembrou a importância da participação da sociedade na audiência pública. “Esse é um momento muito importante, porque nos permite trocar informações com a população, ouvindo suas contribuições que enriquecem muito o processo de formatação do edital“.

    As contribuições ou pedidos de esclarecimentos poderão ser encaminhados previamente, com a devida identificação, até esta terça-feira, 6, às 18h, por Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Qualquer cidadão interessado em acompanhar a audiência pode acessar o link e assistir à transmissão ao vivo. Quaisquer interessados, inscritos ou não, poderão trazer suas contribuições ao processo, em face dos trabalhos realizados na audiência pública, desde que as encaminhe, até o final da sessão e por escrito, ao presidente da Mesa Diretora. Essas contribuições serão avaliadas e estarão disponíveis no Portal de Compras do FNDE junto à Ata da Audiência Pública ou sua gravação, na página do FNDE na internet.

    A audiência começará às 10h e vai até 18h, no auditório do edifício sede do FNDE, no Setor Bancário Sul, em Brasília (Quadra 2, Bloco F, Edifício FNDE), e será aberta a todos os interessados. Não necessita inscrição prévia.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do FNDE

     

  • Promovido pelo CNE, encontro em Olinda reuniu profissionais da educação e sociedade civil, que puderam apresentar sugestões sobre o documento (Foto: Gil Menezes/Secretaria de Educação de Pernambuco)

    A segunda das cinco audiências para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ocorreu nesta sexta-feira, 28, em Olinda (PE). O encontro é promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e reuniu profissionais de educação e da sociedade civil, que puderam apresentar sugestões e ponderações sobre o documento.

    “Este debate agora é fundamental, e a audiência pública representando o Nordeste nos traz todas as impressões críticas e contribuições para aprimorarmos o documento. Ainda temos mais três audiências e um debate interno no CNE, mas a expectativa é aprovar o texto até novembro deste ano”, disse o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, presente ao evento. Entre os pontos levantados durante o debate em Pernambuco, estiveram a educação infantil e o ensino da língua portuguesa. Rossieli destacou que, de modo geral, o documento tem tido aprovação da maioria dos especialistas da área.

    O conselheiro do CNE e presidente da comissão bicameral que analisa o texto, César Callegari, falou da importância da sociedade em auxiliar o conselho na organização da Base, que vai orientar os currículos da educação básica brasileira e definir os direitos de aprendizagem. “Este é um documento da maior importância, com repercussões para os próximos vinte anos. O MEC preparou um documento que foi entregue ao Conselho Nacional de Educação e é importante que a Base Nacional saia enriquecida com estas contribuições”, acrescentou.

    O documento da Base Nacional Comum Curricular que está em avaliação agora no CNE será norteador da elaboração dos currículos das escolas públicas e privadas de educação infantil e ensino fundamental de todo o país. Após as audiências, o CNE vai preparar um parecer sobre a BNCC e um projeto de resolução. Ambos serão encaminhados ao MEC.

    Uma vez que o texto final seja homologado, terá início o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos sistemas de educação estaduais e municipais para a construção e adequação dos currículos escolares. De acordo com Rossieli Soares, a expectativa é que a parte voltada ao ensino médio seja definida ainda este ano, para que estados e municípios possam construir os currículos em 2018 e o documento chegue às escolas, na prática, em 2019.

    A primeira audiência pública foi realizada em Manaus, no início de julho. Os próximos encontros ocorrerão em Florianópolis (11 de agosto), São Paulo (25 de agosto) e Brasília (11 de setembro).

    Assessoria de Comunicação Social

  • Foi realizada nesta sexta-feira, 11, em Florianópolis, a terceira das cinco audiências públicas programadas para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O principal tema, desta vez, girou em torno do uso de novas tecnologias no ensino, sobretudo no ensino fundamental.

    “Procuramos abrir espaço para o maior número possível de representantes da sociedade, de entidades e de pessoas de maneira individual para que pudéssemos ter um debate plural, em que se pudesse respeitar eventuais pontos divergentes e se conseguisse subsídios suficientes para se fazer os ajustes à versão da Base que foi encaminhada pelo Ministério da Educação”, relata o presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE), Eduardo Deschamps.

    As discussões na terceira audiência pública trataram de novas tecnologias no ensino (Foto: Emmanuel Macedo/MEC)

    “Na região Norte, tivemos uma discussão maior entorno da educação indígena”, prossegue ele. “Na região Nordeste, foram debatidos temas atinentes à história e geografia. Aqui em Santa Catarina, apareceram mais questões no que tange à tecnologia da informação e questões de pensamento computacional em relação à Base.”

    Para Ivan Siqueira, conselheiro do CNE, o principal diferencial que se observa, depois de duas audiências realizadas, é que as participações estão mais elaboradas. “Percebe-se que as pessoas estudaram e sabem o que foi ponderado anteriormente. Então, está havendo um aprofundamento em algumas inserções e isso é muito bom. Nessa audiência se verificou que as propostas estão mais adensadas, principalmente porque várias instituições presentes têm âmbito nacional”, constata.

    O enriquecimento do debate também foi tratado pela revista Nova Escola, especializada em educação, que distribuiu panfletos aos participantes com Cinco dicas para sugestões mais eficazes.

    Para César Callegari, presidente da comissão do CNE encarregada de elaborar a BNCC, “a Base não é suficiente, mas é absolutamente necessária para que possamos dar passos significativos para a consagração do direito à educação de qualidade. Não é à toa que a lei que a estabeleceu a trata como uma base definidora de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Direito é uma construção social e para ser direito, temos de enunciar. Por isso o direito à educação deve ter seus princípios enunciados.”

    Encontro – Promovido pelo CNE, em parceria com o MEC, o encontro reuniu sociedade civil, educadores e gestores em educação do Sul do país. De julho a setembro, o CNE tem realizado uma sequência de audiências públicas em todas as regiões para discutir o texto da BNCC, apresentado em abril deste ano pelo MEC em sua terceira versão. Já foram realizados encontros em Manaus, no Norte, e em Recife, no Nordeste. Depois de Florianópolis, será a vez de São Paulo, em 25 de agosto, e Brasília, em 11 de setembro.

    Como órgão normativo do Sistema Nacional de Educação, ao CNE cabe apreciar a proposta da BNCC elaborada pelo MEC e produzir um parecer e um projeto de resolução que, uma vez homologados pelo ministro da Educação, vão se transformar em norma nacional. A expectativa do CNE é que o documento referente à educação infantil e ao ensino fundamental da Base seja aprovado até o final deste ano.

    Com os encontros, o Conselho espera ouvir representantes de todas as regiões do país, valorizando características locais, de maneira a elaborar um documento que reflita necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro.

    A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que determina os conhecimentos essenciais que todos os alunos da educação básica devem aprender, ano a ano, independentemente do lugar onde moram ou estudam.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • As aulas do Centro Nacional de Mídias da Educação podem ser acompanhadas por todas as pessoas interessadas por meio do aplicativo CNME, disponível no Google Play e na App Store, para sistemas Android e IOS, sem consumo do pacote de dados da internet.

    Desenvolvido em formato de uma rede social, o aplicativo permite a qualquer cidadão assistir as transmissões ao vivo do CNME (pela manhã, à tarde e à noite), da TV Escola e de outros canais educacionais. Apenas a participação no chat é restrita aos alunos e professores do CNME.

    O aplicativo foi desenvolvido para apoiar o trabalho dos professores na implementação dos currículos e nos projetos pedagógicos das escolas. “Com a homologação da Base Nacional Curricular Comum – Etapa Ensino Médio, as escolas e redes começam já em 2019 a elaborar os novos currículos, para que cheguem às salas de aula de 2020. O aplicativo é uma importante ferramenta de apoio”, avalia o diretor de Currículos e Educação Integral do Ministério da Educação, Raph Gomes Alves.

    A proposta pedagógica do CNME está ancorada na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e no Plano Nacional de Educação (PNE), cuja Meta 3 é ter 85% por cento dos jovens no ensino médio.

    A metodologia da educação presencial mediada por tecnologia pressupõe alunos em sala, acompanhados por um professor, e educadores no estúdio, ao vivo. Todas as atividades são realizadas em sala de aula. Esses princípios a diferenciam da Educação a Distância, onde o aluno assiste às aulas e realiza tarefas no local e hora que preferir, sem o acompanhamento direto do professor.

    A quinta competência geral da BNCC se refere às “tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas”. A metodologia da educação presencial mediada por tecnologia permite que outras competências sejam trabalhadas, de acordo com o planejamento do professor.

    Parcerias – Todos os custos de equipamento e formação de professores são financiados pelo MEC. O investimento total para implementação nos estados é de R$ 40 milhões. Da primeira fase, em 2018, participam 150 escolas de 17 estados e do DF, beneficiando 10 mil alunos de ensino médio. Para 2019, já está confirmada a adesão de 25 unidades da federação.

    O projeto é uma parceria do MEC com o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed). A realização é da TV Escola e da Fundação Roberto Marinho. Também apoiam essa iniciativa o Instituto Ayrton Senna, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Ceará (UFCE), Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).

    Assessoria de Comunicação Social

     

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    Atraídos pelas aulas de robótica, os alunos da escola paranaense passaram a se dedicar mais à leitura e à compreensão da matemática (foto: arquivo da Escola Aloys João Mann)No contraturno escolar, alunos de 9 a 11 anos de uma escola pública de Cascavel, município paranaense de 316,2 mil habitantes, aprendem programação e montagem nas aulas de robótica. A proposta da Escola Municipal Aloys João Mann é relacionar o conteúdo ao aprendizado em sala de aula.

    As aulas de reforço vão além da revisão do conteúdo visto em sala. Nelas, os alunos aprendem robótica como complemento ao ensino de ciências, matemática e até de português. Isso é possível e tem agradado aos estudantes, entre eles, Kauã Holzbach, 10 anos de idade. Depois das aulas, ele costumava ir para casa e ficar frente para a televisão. Há mais de um ano, Kauã integra o projeto de robótica educacional da escola. Ele considera as aulas desafiantes e tem aprendido a programar, montar e desenvolver robôs. “Por exemplo, eu quero que um carrinho ande na sombra, mas no sol fique parado”, explica. “Achei que era mais fácil, que era só escrever: faça isso, mas com a robótica descobri que é mais difícil, que há comandos.”

    Curioso, o estudante diz que a profissão do pai, eletricista, já chamava sua atenção e despertava interesse pela área da tecnologia. “Eu sempre quis conhecer, sempre quis saber as coisas do futuro, saber como seria melhor, moderno.”

    A experiência com robótica começou há quase dois anos na escola. Atualmente, conta com a participação de mais de 60 alunos. Gabrielli Dressel, também de 10 anos, diz gostar de programar e montar, quando está inspirada. Ela cita exemplos do que tem aprendido sobre matemática, aplicada na prática, graças às aulas no laboratório de robótica. “Eu já fiz um robô — um carro já também um robozinho”, afirma. “E também uma cancela, tipo um pedágio. Daí, programava quantos graus ela ia para cima ou para baixo, quando ela abria, se o sinal estava vermelho ou verde.”

    O projeto funciona em sala equipada com computadores, projetor multimídia, conjuntos para robótica educacional e impressora 3D. Com recursos federais do programa Mais Educação, o município investiu no material para o laboratório de robótica.

    Prática — De acordo com o professor Thiago Sodré, instrutor de robótica educacional, as aulas no laboratório aplicam na prática o conteúdo passado em sala de aula. “O conteúdo de ciências, como produção de energia, seja eólica, hidráulica, a vapor, tem um ponto em comum: uma turbina movida por algum fluido que vai converter esse movimento cinético em energia”, diz. “Então, podemos, com peças de robótica, simular um moinho de vento, acionar o motor, movimentar a roda e, depois, usar essa energia produzida em algum item, seja iluminação e funcionamento de um pilão, algo do gênero, conforme o direcionamento de cada aula.”

    Ainda segundo Thiago, os resultados na aprendizagem das crianças são visíveis. “Com a robótica, eles passaram a se dedicar mais à leitura, à compreensão da matemática”, afirma. “Foi significante a melhora porque o aluno, para programar qualquer construção robótica, tem de ler e escrever bem. Então, ele se esforça na leitura e na escrita dos códigos, a começar pelo básico — português e matemática —, e já começa a melhorar.”

    Em Cascavel, três escolas da rede municipal já oferecem aulas do projeto de robótica educacional. O pedagogo Jocemar do Nascimento coordena a iniciativa no município. “Com a robótica, é possível perceber que os alunos querem construir coisas e ver aquilo que fazem no papel e na teoria ganhando vida no computador ou no meio físico”, diz. “Então, eles têm aprendizado melhor, faltam menos às aulas.”

    Para o professor, nas aulas de robótica os alunos estudam com mais empenho. “São espaços de experimentação muito bons e ambientes nos quais os alunos têm se desenvolvido bastante.” Ele espera que cada vez mais escolas possibilitem aos alunos a alfabetização digital, considerada essencial para as novas gerações. “A alfabetização digital, da qual tem se falado muito pouco, tem de começar cedo. A faixa etária ideal para começar a trabalhar esses conceitos básicos de tecnologia com as crianças é a da alfabetização, entre os 8 e os 11 anos”, afirma.

    O projeto de robótica educacional de Cascavel capacita professores e instrutores, pois a prefeitura pretende ampliar a iniciativa e levá-la a outras escolas da rede de ensino.

    Saiba mais sobre o programa Mais Educação do MEC

    Assessoria de Comunicação Social

  • O número de inscritos do Exame Nacional de Certificação de Competências (Encceja) de 2014, aplicado no exterior, cresceu 45,9% em relação à última edição. Neste ano, 2.268 pessoas se candidataram ao exame em outros países. Em 2013, foram 1.554 inscrições.

    No Encceja aplicado no Brasil, o número de interessados aumentou 7,5%. Em 2013, foram registradas 104.663 inscrições e, neste ano, foram 112.557.

    Organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Encceja é voltado a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada.

    Os resultados garantem a certificação de conclusão do ensino fundamental para quem vive no Brasil e dos ensinos fundamental e médio para aqueles que moram no exterior. No Brasil, a certificação para o ensino médio é realizada por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    No ensino fundamental, o interessado precisa ter no mínimo 15 anos completos na data de realização das provas. Para quem pretende o certificado do ensino médio, a idade mínima é de 18 anos na data do exame.

    As inscrições para o Encceja terminaram na última segunda-feira, 31.

    As provas do Encceja Nacional serão realizadas em 1º de junho, em todos os estados. No Japão, as provas do ensino fundamental serão realizadas em 31 de maio. Para o ensino médio, as provas serão realizadas em 1º de junho. Em Portugal, Guiana Francesa, Bélgica e Estados Unidos, os exames para o ensino fundamental serão aplicados em 7 de junho. Para o ensino médio, as provas serão aplicadas em 8 de junho.

    Eduardo Aiache


  • O ministro Fernando Haddad e o secretário de ações estratégicas, Ricardo Paes de Barros, apresentam estudos sobre a jornada escolar (Foto: Fabiana Carvalho)O aumento do número de dias letivos, de 200 para 220 dias por ano, ou a ampliação da jornada diária para cinco horas são alternativas em estudo para melhorar a qualidade da educação básica. A informação foi dada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, 21.

    A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – prevê para as escolas brasileiras carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas em no mínimo 200 dias de efetivo trabalho escolar. De acordo com o ministro, há evidências de que essa carga horária é baixa.

    “Quatro horas por 200 dias é um caminho que nenhum país está trilhando”, observou Haddad. “Estamos conversando com secretários de educação, tanto municipais quanto estaduais, para verificar se nós podemos ampliar essa jornada.”

    A proposta de ampliação da jornada se sustenta em estudos que apontam que o aumento da exposição dos alunos ao professor produz impactos na aprendizagem. Além das alternativas de aumento de dias letivos e de ampliação da jornada diária, pensa-se também numa possível combinação das duas propostas.

    De acordo com o ministro, estudos estão sendo feitos para descobrir qual opção é menos onerosa para os cofres públicos, mas sem perder de vista o efeito sobre a qualidade da educação. “Não adianta adotar uma medida que é menos custosa, mas sem impacto na aprendizagem. Nós queremos efetividade para a melhoria da qualidade da educação”, disse o ministro.

    Um desses estudos está sendo coordenado pelo secretário de ações estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros. Segundo ele, o aumento do tempo de permanência dos alunos na escola produz impactos positivos na aprendizagem. Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) é a oferta de educação integral em 50% das escolas públicas de educação básica até 2020.

    Diego Rocha

    Conheça o estudo coordenado por Ricardo Paes de Barros

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  • O ministro Fernando Haddad e a presidente do Inep, Malvina Tuttman, durante entrevista (Foto: Fabiana Carvalho)Ao analisar as médias do Exame Nacional do Ensino Médio 2010 (Enem) em entrevista coletiva no Ministério da Educação, o ministro Fernando Haddad observou que o aumento de 10 pontos na média geral é um indicativo de melhora.

    O ministro destacou o aumento dos investimentos governamentais por estudante na rede pública do ensino médio, que passou de R$ 770 ao ano, em 2000, para R$ 2.373 ao ano, em 2009. Os investimentos passam pela a inclusão dos programas do governo federal de alimentação escolar, transporte e livros didáticos.

    Para avaliar a evolução da educação brasileira, de acordo com Haddad, é preciso observar três fatores. “Primeiro, se a média da educação está evoluindo positivamente, e isso tem acontecido em todos os exames. Segundo, saber se as desigualdades estão diminuindo, porque às vezes a média pode aumentar, mas a desigualdade também. Você pode destacar um pelotão que avança, e muita gente fica para trás. A terceira é equalização das oportunidades, ou seja, a garantia de que não importa cor, renda, local de nascimento; que a pessoa tenha acesso a educação de qualidade onde quer que estude. Essas três variáveis é que estão em jogo, e eu penso que tem havido evolução”, concluiu o ministro.

    Os dados do Enem estão disponíveis a partir desta segunda-feira, 12. Participaram das provas mais de 3,2 milhões de estudantes. Entre eles, um milhão de concluintes do ensino médio regular. Os resultados são calculados a partir do desempenho dos alunos concluintes.

    Diego Rocha

    Confira a distribuição dos concluintes do ensino médio regular de acordo com o desempenho médio na prova objetiva de cada ano

    Confira os resultados do Enem para os concluintes do ensino médio regular - 2009/2010

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    Liberado para consulta o desempenho médio por escola do exame de 2010
  • As crianças se divertem com a contação de histórias no estande do FNDE (Foto: Ascom FNDE)Rio de Janeiro– Uma imensa máquina de escrever acolhe o público no estande do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na 15ª Bienal do Livro do Rio. A platéia senta-se nas letras dispostas no teclado dessa máquina, para ouvir poesia e contos dos escritores e poetas convidados.

    Este ano, o estande do FNDE homenageia os escritores com os instrumentos utilizados para sua criação. Explorando o estande, é possível encontrar pufes em formato de lápis, de apontador, de borracha, bem como a luminária, a máquina de escrever e, do lado de fora, uma imensa folha de papel, com dois poemas: Para ser grande, de Fernando Pessoa, e Das Utopias, de Mário Quintana.

    Nesta sexta-feira, 2, foram realizadas duas sessões de leitura com autores selecionados do Programa Nacional Biblioteca da Escola, que distribui livros de literatura para escolas públicas de todo o país. O primeiro foi com o escritor Eucanaã Ferraz, que leu trechos do seu livro Bicho de sete cabeças e outros seres fantásticos. Os alunos do Colégio José de Alencar, da Escola Municipal Raul Veiga e do Centro Educacional Maia Santos ouviram histórias de lobisomem, zumbi, marciano, bicho papão e sereia. E depois discutiram com o autor sobre cada um deles.

    O pequeno Kayan teimou que o lobisomem é um homem que vira fera toda noite. Já o autor defendeu que ele se transformava apenas em noites de lua cheia, “porque, senão, o coitado ficava muito cansado”. Para Eucanaã Ferraz, os bichos que povoam a imaginação popular “todo mundo conhece, mas ninguém nunca os viu”.

    Mais tarde, os alunos da Escola Municipal Nicolau Antonio Taunay e do Instituto Dominus de Educação ouviram a história em cordel dos brinquedos populares feitos de sucatas. Cristianne Rothier leu também a aventura do sapo que foi a uma festa no céu de uma forma inusitada, dentro da viola do urubu, porque não sabia voar. Ao final, todas as crianças construíram seus próprios cordéis e aprenderam que a literatura de cordel nasceu do hábito de seus autores de pendurarem os livros em um barbante.

    O dia inteiro, o estande do FNDE é palco do vai e vem de alunos e professores curiosos e ávidos por novidades. A programação cultural do espaço segue até 11 de setembro, com dois encontros com autores no auditório pela manhã e dois à tarde.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE


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    Estande do MEC atrai o público infanto-juvenil na 15ª edição do evento
  • A escritora Luciana Savaget conversa com os jovens sobre o Arquipélago de Galápagos (foto: arquivo FNDE)São Paulo – Além de incentivar a leitura, as atividades no estande do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na Bienal do Livro de São Paulo buscam estimular a criatividade e atiçar a curiosidade dos estudantes. Pensando nisso, a escritora e jornalista Luciana Savaget convidou nesta quinta-feira, 16, os jovens alunos do primeiro e segundo anos do ensino médio da Escola Estadual Bairro Fazenda Grande, de Jundiaí (SP), para fazer uma viagem virtual pelo Arquipélago de Galápagos, no Pacífico, local onde Charles Darwin criou a Teoria da Evolução das Espécies.

    “O livro leva a gente para qualquer lugar”, comentou a escritora, que esteve no arquipélago em 1998 produzindo uma reportagem especial para o Globo Repórter. Do seu diário de viagem, surgiu a ideia de escrever um livro, unindo o cenário fantástico das ilhas a uma teia de crimes, intrigas e investigação.

    A obra Operação Galápagos conta a história de uma equipe de jornalistas que vai ao arquipélago para entrevistar um suposto chefe de uma quadrilha de tráfico de animais exóticos, travestido de defensor da preservação da natureza. “O livro mistura ficção com realidade e mostra um pouco do que vivi em Galápagos quando fui produzir a reportagem”, afirmou a escritora.

    Usando fotos que fez na época e imagens do programa de televisão, ela mostrou um pouco do arquipélago e convidou os alunos para uma fantástica viagem pelo mundo da leitura. “Esse contato com o público jovem é meu principal prêmio como escritora”, observou.

    Professora de português da Escola Bairro Fazenda Grande, Laura Carneiro defendeu a iniciativa, que une diversão e incentivo à leitura. “Nós já temos na escola um projeto para estimular a leitura e esse tipo de passeio cultural pode ajudar ainda mais”, afirmou.

    À tarde, foi a vez dos pequenos leitores. A escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka apresentou a obra Muliaos alunos do segundo, terceiro e quarto anos do ensino fundamental do Colégio Cristão AMA, de Carapicuíba (SP). A história estimula as crianças a visualizar um mundo diferente, um mundo de monstros. Conta que todos estavam treinando para uma competição de monstruosidades. Muli, no entanto, não assustava ninguém. Ele dava cambalhotas e, em vez de semear o medo, fazia os outros monstros rirem, o que lhe causava vergonha. Além de apresentar o livro, a autora também ensinou a desenhar o monstrinho.

    Na sequência, fechando as atividades do dia, houve contação de histórias com Sylvia Lohn, especialista em entreter e divertir a criançada.

    Nesta sexta-feira, 17, Júlio Emílio Braz apresentará seu livro Sikulume, voltado para o público juvenil, e haverá uma palestra para professores, com o tema A imagem nos livros infantis.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE
  • Coletânea dos 152 textos vencedores tem edição exclusiva e limitada (Foto: Isabelle Araújo/MEC)O velho Chico, o assentamento Oito de Abril, a poeira e a chuva, a casa da loucura são temas da produção literária de estudantes vencedores da quarta edição da Olimpíada de Língua Portuguesa, que integram a coletânea de 152 textos finalistas. Com edição exclusiva e limitada, a coletânea foi a surpresa que os promotores do evento reservaram aos alunos que vieram a Brasília para receber os prêmios, na quarta-feira, 17.

    Na apresentação de Textos Finalistas, edição 2014, o Ministério da Educação e os parceiros da olimpíada parabenizam os novos escritores e agradecem o apoio dos professores que ajudaram os estudantes a descobrir o poder da palavra escrita. A obra, com 287 páginas, traz os textos dos 38 finalistas de cada gênero – poesias, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião – criados por alunos do quinto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio das redes públicas.

    Lá vem... lá vem é o título do poema de Jullyo Cesar Ferreira da Silva, de Petrolina (PE), que conta como o rio São Francisco aparece na paisagem da cidade e como suas águas influem na vida das pessoas e da economia regional. Não só isso, o velho Chico é poesia. Esse poema está na página 48 da coletânea.

    Um segredo revelado é o relato de Valdirene Prestes Santos, de Jardim Alegre (PR), premiada no gênero memórias literárias. Valdirene relata a saga da ocupação de uma área rural no interior do Paraná, hoje o assentamento Oito de Abril. A estudante entrevistou a trabalhadora rural Elena Vieira, de 56 anos, que conta como foi sua trajetória na conquista do pedaço de terra, no período de 1997 a 2014. O texto está na página 80 do livro da olimpíada.

    O mundo de uma cor só é o texto de Isabella Kétlin Silva Barros, de Alta Floresta (RO), vencedora do gênero crônica. Isabella diz que a vida vista da sua janela não é poética, porque o ‘poeirão’ da rua domina a paisagem por meses. “Como uma engolidora das cores, ela vem como uma nuvem e cobre as flores, as folhas, os telhados...”. Mas a chegada da chuva muda o humor da estudante, que escreve “é indescritivelmente esplêndido o cheiro da chuva molhando e lavando o chão...”. A crônica está na página 172 da coletânea.

    Passado que não passou é o texto de Gabriel Schincariol Cavalcante, de Barbacena (MG), premiado em artigo de opinião. “Virou museu, livro, festival. Só não virou passado.” É assim que o estudante conta um capítulo da história de Barbacena, que foi abrigo de vários hospitais psiquiátricos, e da indiferença humana com os classificados como loucos e indigentes. “Morriam numa época em que ser triste era ser louco.” Depois, o estudante também olha a cidade hoje e escreve: “tem rosas, um povo acolhedor, é uma cidade de subidas intermináveis”. O artigo de Gabriel está na página 276 do livro de textos da olimpíada.

    O tema anual da Olimpíada de Língua Portuguesa é O lugar onde vivo. O objetivo do Ministério da Educação é estimular os estudantes a escrever sobre fatos, histórias, vivências, belezas, problemas que eles observam. Em 2014, a olimpíada mobilizou 5,1 milhões de estudantes em 46.902 escolas públicas da educação básica. Desse conjunto de alunos, 152 chegaram à etapa final, dos quais 20 foram premiados com medalha, notebook e impressora.

    A coletânea de textos pode ser lida no portal da Olimpíada de Língua Portuguesa.

    Ionice Lorenzoni

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    Ministro elogia professores ao premiar vencedores de olimpíada

  • O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prepara a divulgação dos resultados preliminares da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) 2016 para a segunda quinzena de maio. Quinze dias depois dessa divulgação começa o período para a interposição de recursos. A divulgação dos resultados finais será em agosto.

    Terão os resultados divulgados todas as escolas com no mínimo 10 estudantes matriculados no momento da avaliação e que tiveram taxa de participação de 80% dos estudantes matriculados no terceiro ano, de acordo com os dados do Censo Escolar 2016. As escolas devem manter seus cadastros atualizados para receber os resultados.

    A ANA, um dos instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), avalia os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas. Passam pela avaliação todos os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas no ano da aplicação da avaliação. Em 2016, os testes da ANA foram aplicados para 2,5 milhões de estudantes, de 50 mil escolas e 100 mil turmas.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações do Inep 

  • Acompanhado do presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, do secretário de Educação Básica, César Callegari, e da presidente da Undime, Cleuza Repulho, o ministro Aloizio Mercadante explica os números do Ideb (foto: Fabiana Carvalho) A educação brasileira avançou nos últimos anos. É o que aponta o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) de 2011. O Brasil, de acordo com os dados, atingiu as metas estabelecidas em todas as etapas do ensino básico — anos iniciais e anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

    Nos anos iniciais, o Ideb nacional alcançou 5,0. Ultrapassou não só a meta para 2011 (de 4,6), como também a proposta para 2013, que era de 4,9. Nessa etapa do ensino, a oferta é prioritariamente das redes municipais, que concentram 11,13 milhões de matrículas, quase 80% do total. O Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal foi calculado em 5.222 municípios. A meta para 2011 foi alcançada por 4.060 deles (77,5%).

    Em 2005, quando o Ideb foi calculado pela primeira vez, 57,55% das crianças nos anos iniciais estavam matriculadas em escolas municipais de redes de ensino com avaliação abaixo de 3,8 — média nacional de então. Com a evolução consistente do indicador nos últimos anos, o percentual caiu para 17,09% em 2011. Em 2005, mais de 7,1 milhões de crianças estudavam nas escolas com o Ideb mais baixo (até 3,8). Esse número caiu para 1,9 milhão em 2011.

    Com relação aos índices de avaliação mais elevados, ainda nos anos iniciais, consideradas as matrículas de redes municipais com Ideb acima da meta de 5,0, o registro era de 2,87% das crianças (cerca de 350 mil matrículas). Em 2011, o percentual saltou para 38,04%, com 4,2 milhões de estudantes acima da meta estabelecida.

    Finais— Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb nacional atingiu 4,1 em 2011 e ultrapassou a meta proposta, de 3,9. Considerada tão-somente a rede pública, o índice nacional chegou a 3,9 e também superou a meta, de 3,7.

    Assim como nos anos iniciais, a evolução constante do Ideb nos anos finais do ensino fundamental garante o aumento da proporção de matrículas nas faixas de índice mais elevado. Em 2005, 56,20% dos estudantes da rede pública (7,5 milhões) concentravam-se em faixas de Ideb inferiores a 3,4. Em 2011, o percentual caiu para 26,59% (3,2 milhões de matrículas). Redes com Ideb acima de 4,5 atendiam pouco mais de 300 mil estudantes (2,44%). Agora, abrangem mais de 2 milhões (17,17% do total de matriculados).

    De todos os municípios (cerca de 4,3 mil) submetidos à avaliação do Ideb para os anos finais do ensino fundamental, 62,5% atingiram as metas, que foram superadas também em todas as regiões do país.

    Médio— Em termos nacionais, incluídos ensino público e particular, foi igualada em 2011 a meta para o ensino médio, de 3,7. O indicador é obtido pelas notas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pela taxa média de aprovação percentual.

    Assessoria de Comunicação Social

    Veja a apresentação do ministro Mercadante, durante coletiva à imprensa

    Confira os dados por unidade da Federação, municípios e escolas

    Confira o sistema do Ideb de 2011

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    Ministro atribui evolução à ampliação dos investimentos

  • Ao abrir reunião técnica sobre os programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador, nesta terça-feira, 13, em Brasília, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, disse que a educação integral caminhou centenas de quilômetros desde 2007, quando foi instituída, mas que há muito espaço para crescer. Hoje, segundo a secretária, a educação integral é oferecida em cerca de 15 mil escolas do ensino fundamental, que atendem 3,2 milhões de estudantes.

    Maria do Pilar ressalta que a expansão dessa modalidade de ensino, com qualidade, precisa envolver estados, prefeituras, secretarias de educação, ministérios, universidades e a sociedade. Ela salientou que o investimento do MEC na educação integral alcançou R$ 1 bilhão este ano e que os recursos devem ser ampliados em 2012.

    Uma reunião de trabalho trouxe a Brasília cerca de 350 coordenadores estaduais e regionais dos programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. Durante três dias, diretores, técnicos do MEC e coordenadores vão discutir os desafios da educação integral, a expansão em escolas na área urbana, o ingresso de escolas do campo no programa e o currículo, além da apresentação de experiências desenvolvidas em vários estados.

    Expansão da educação integral [2011-2012]

    Unidades

    2011

    2012

    Escolas urbanas

    14.900

    25.000

    Estudantes

    3.200.000

    4.500.000

    Municípios

    1.500

    3.500

    Escolas no campo

    (previsão) 5.000


    De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica (SEB), Jaqueline Moll, entre as questões importantes do debate estão como preparar crianças e jovens para viver como cidadãos plenos de direitos, não apenas para o mercado de trabalho, a competitividade e o uso de novas tecnologias. “Nosso desafio não é simples”, disse ela aos coordenadores.

    Jaqueline também destacou a importância da integração das políticas públicas na melhoria da educação. Para ela, a educação integral precisa estar em conexão com programas como Escola Aberta, Saúde na Escola, e Bolsa-Família. “Nossa pauta diz que os agentes desses programas e dos territórios devem conversar cada vez mais para a ampliação do programa ser alcançada com qualidade”, afirmou. Jaqueline lembrou ainda que a presidenta da República, Dilma Rousseff, pretende levar a educação integral a 60 mil escolas públicas, urbanas e rurais, até 2014.

    Grupos de trabalho também reúnem coordenadores do programa Ensino Médio Inovador para discutir currículo escolar, educação integral e expansão. No próximo ano, segundo Jaqueline Moll, o ensino médio inovador deve chegar a 2 mil escolas das 27 unidades da Federação.

    Proposto pelo Ministério da Educação em 2009, o ensino médio inovador é um projeto de apoio técnico e financeiro oferecido a estados dispostos a melhorar a qualidade do ensino de nível médio. Entre as inovações estão o aumento da carga horária, nos três anos do ensino médio, das 2,4 mil horas atuais para 3 mil; a leitura como elemento central e básico de todas as disciplinas; o estudo da teoria aplicada à prática; o fomento das atividades culturais e professores com dedicação exclusiva.

    Ionice Lorenzoni

    Conheça o programa Ensino Médio Inovador

    Conheça o programa Mais Educação
  • Resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2012 demonstram que o Brasil é o país que mais avançou no resultado de matemática entre todos os avaliados. O desempenho dos estudantes brasileiros na faixa etária de 15 anos passou de 356 para 391 pontos no período entre 2003 e 2012.

    “Estamos comparando a evolução do Brasil neste período com países que investem muito mais por estudante e tivemos um avanço maior”, disse nesta terça-feira, 3, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “Ou seja, estamos fazendo muito com menos investimento em relação à média dos países da OCDE.”

    No Pisa de 2012, que teve como foco a área de matemática, foram avaliados 18.589 estudantes brasileiros, de 767 escolas — uma das maiores amostras dessa edição.

    De acordo com o relatório da OCDE, o Brasil teve destacado crescimento também em outras áreas avaliadas. Em leitura, por exemplo, o desempenho chegou a 410 pontos; na área de ciências, a 405. A OCDE destaca que o Brasil teve êxito em assegurar ambiente de ensino propício ao aprendizado dos estudantes. Além disso, a melhora no desempenho foi acompanhada da inclusão de mais de 420 mil estudantes na faixa dos 15 anos — a segunda maior taxa de inclusão, atrás apenas da Indonésia.

    “Conseguimos aumentar a cobertura de matrículas, reduzir a repetência e avançar na aprendizagem, em especial na matemática”, ressalta Mercadante. Para o ministro, diversas iniciativas do governo federal ao longo da última década contribuíram para a evolução dos estudantes brasileiros na avaliação, como a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep); o aumento de repasses para as redes estaduais, com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); o apoio à formação e à valorização do professor e o lançamento do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.

    Qualidade— Aplicado pela primeira vez em 2000, o Pisa avalia estudantes de 15 anos — nessa faixa etária, pressupõe-se o encerramento da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. As provas são aplicadas a cada três anos e abrangem leitura, matemática e ciências.

    O objetivo do programa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes para subsidiar políticas de melhoria da educação básica. A última edição do Pisa contou com 65 países. Além dos 34 integrantes da OCDE, realizam o exame estudantes de países como China e México. Na América do Sul, participaram Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai, além do Brasil.

    Assessoria de Comunicação Social do Inep
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