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  • Foto: Julio Cesar PaesProfessores indígenas de 23 povos de Mato Grosso e de 14 etnias da Bahia, Ceará, Acre, Minas Gerais, Amazonas, Alagoas, Paraíba, Tocantins, Santa Catarina e Rio Grande do Sul recebem nesta terça-feira, 6, em Cuiabá (MT), certificados de graduação nas áreas de ciências matemáticas e da natureza e em ciências sociais e línguas, artes e literatura.

    São 186 professores integrantes da primeira turma do terceiro grau indígena oferecido pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), no campus de Barra do Bugres, distante 180 quilômetros de Cuiabá. O curso, pioneiro no país, começou em julho de 2001 e foi encerrado em janeiro deste ano. Foram dez etapas presenciais e trabalho de campo totalizando a carga horária de 3.570 horas, distribuídas em estudos presenciais, 1.900 horas; ensino e pesquisa, 1.250 horas; e estágios supervisionados, 420 horas.

    Em outubro de 2004, a Unemat realizou o segundo vestibular para o terceiro grau indígena com 100 vagas somente para professores de Mato Grosso. Segundo o coordenador do curso, Elias Januário, a experiência realizada pela Unemat já passou por duas avaliações externas com sucesso e foi recomendada como exemplo de política afirmativa para povos indígenas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em setembro de 2003, durante conferência realizada no México.

    Prolind – Desde 2005, o Ministério da Educação, por meio do Programa de Formação Superior de Licenciaturas Indígenas (Prolind), apóia financeiramente 12 universidades federais e estaduais na construção e na oferta de cursos de licenciatura específica para professores indígenas. Até o final de junho, a Unemat receberá R$ 420 mil. Recebem recursos do Prolind as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Roraima (UFRR), Amazonas (Ufam), Campina Grande, na Paraíba (UFCG), Tocantins (UFTO) e Bahia (UFBA); e as universidades estaduais do Amazonas (Ueam), Mato Grosso (Unemat), Mato Grosso do Sul (Uems), Londrina, no Paraná (UEL), Bahia (Uneb) e do Oeste do Paraná (UOPR).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Começa nesta segunda-feira, 13, às 19h, o curso de especialização em Relações Raciais, Educação e Escola no Brasil, na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), sediada em Cáceres. O curso, com 440 horas, será realizado na Escola União e Força, Rua Quintino Bocaiúva, Centro. A atividade faz parte do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro) do Ministério da Educação.

    Segundo Paulo Alberto dos Santos Vieira, um dos professores envolvidos no projeto e coordenador do Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra), serão ministradas dez disciplinas, uma por mês, entre fevereiro e novembro. Seminários e outras iniciativas também serão realizados para apoiar o acesso e a permanência dos negros na universidade. O MEC destinou R$ 50 mil à universidade para apoiar as ações do Negra.

    “As perspectivas de desenvolver ações do Uniafro são excelentes. Temos professores de quatro municípios – Vila Bela da Santíssima Trindade, Curvelândia, Várzea Grande e Cáceres – que vão fazer o curso, o que torna a abrangência do recurso recebido interessante”, explica Paulo Vieira.

    Uniafro – O MEC está investindo R$ 2,5 milhões em 18 projetos para melhorar as condições de acesso e permanência dos estudantes negros nas universidades. Os projetos começam a ser executados este semestre por meio do Uniafro. Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas pelo programa, entre 42 instituições inscritas.

    As selecionadas já receberam entre R$ 50 mil e R$ 200 mil para desenvolver seus projetos, o que deve ocorrer em dez meses. O programa Uniafro, resultado do acordo de cooperação entre o MEC e os núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs), é coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), do MEC.

    A idéia do programa surgiu em 2003, durante encontro de representantes dos Neabs no MEC, e se fortaleceu no 4º Encontro Brasileiro de Pesquisadores Negros, realizado em setembro de 2004, em São Luís (MA). Outras informações podem ser obtidas nos telefones (61) 2104-9309, (65) 3221-0034 ou pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter: Súsan Faria

  • Foto: Julio Cruz NetoAs Nações Unidas apóiam a proposta do mecanismo triangular de ajuda aos países pobres apresentada pelo Brasil. A idéia foi destaque no discurso de Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, na abertura oficial do sexto Encontro Ministerial de Educação para Todos do E-9, realizada nesta terça-feira, 14, em Monterrey, México. Matsuura disse que a entidade está interessada e disposta a ajudar na concretização da proposta.

    “Vamos examinar as possibilidades de desenvolvimento da cooperação Sul-Sul por meio de mecanismos que permitam aos países do E-9 oferecer sua experiência e apoio a outros países em desenvolvimento”, afirmou o diretor. “A Unesco está muito interessada nesta idéia inovadora e está pronta para apoiar da maneira correta. A questão da cooperação triangular com agências financiadoras e conexão com a iniciativa fast track também deve figurar em nossas deliberações”, completou ele.

    O fast track, destinado a agilizar a liberação de recursos, é outra proposta brasileira, aprovada no encontro do E-9 em Pequim, em novembro último. A cooperação triangular de certa forma complementa aquela, na medida em que prevê a melhor utilização desses recursos. Os países do E-9 funcionariam como intermediários, oferecendo o know-how de suas políticas públicas na área educacional.

    “A Unesco reconheceu a importância dos países do E-9 no preenchimento da lacuna entre as nações pobres e aquelas que têm recursos, mas não têm programas”, declarou Alessandro Candeas, assessor internacional do Ministério da Educação brasileiro. “O Brasil tornou efetiva a agenda de educação para todos”, reiterou.

    O próximo passo, diz ele, é levar a proposição ao Conselho Executivo da entidade, que vai se reunir em março. Os países ricos também estarão representados na ocasião, o que dará mais peso ao projeto. “Até o final do semestre, todas as principais entidades terão dado apoio, e os países pobres poderão começar a escolher os projetos que mais lhe interessam.”

    A cerimônia de abertura do encontro contou com participação do presidente do México, Vicente Fox, que disse que educação para todos é uma aspiração dos democratas e dos humanistas. “A diversidade e pluralidade destes países (do E-9) fortalecem as ações conjuntas”, apontou ele.

    O ministro da Educação do México, Reyes Tamez Guerra, gastou boa parte do seu discurso para falar de avaliação, outro tema freqüente em Monterrey – fala-se muito do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (Pisa), do qual o Brasil participa. Segundo jornalistas locais, o atual governo mexicano gosta de tocar no assunto porque argumenta ter sido o primeiro a tornar públicos dados referentes à avaliação escolar e porque vai realizar no meio do ano a primeira avaliação universal do país.

    Durante a mesa de discussões, o representante do Ministério da Educação do Brasil no evento, Ricardo Henriques, voltou ao tema. Destacou que o país, além de estar universalizando o seu sistema de ensino (avaliando os alunos de 4ª e 8ª séries do fundamental e do 3º ano da educação média), investe na divulgação dos resultados. “Realizar uma boa avaliação é essencial, mas não é suficiente. É preciso fazer com que os resultados cheguem à sociedade, senão não há impacto”, ressaltou Henriques.

    Como exemplo desse enfoque, o MEC divulgou recentemente o resultado detalhado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que permitiu o acesso aos dados por município e por escola.

    Repórter: Julio Cruz Neto, enviado de Monterrey

     

  • Foto: Tereza SobreiraO ministro da Educação, Fernando Haddad, comemorou a resolução da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que aprovou nesta segunda-feira, 10, em Paris, a troca da dívida externa por investimentos em educação.

    A resolução, aprovada por unanimidade por 96 ministros de Educação na 33ª Conferência Geral da Unesco, trata de uma vitória diplomática histórica. “O Brasil, que vinha há muito defendendo a tese da troca da dívida por educação tem, agora, sua posição endossada por uma agência da ONU”, destacou.

    O ministro lembrou que a proposta da conversão da dívida já vem sendo debatida por alguns países, inclusive o Brasil e que a resolução da Unesco ampliará o espaço para o debate. “Ao assumir esta bandeira, a Unesco coloca este tema numa agenda mundial”, salientou.

    Fernando Haddad, que também participa de uma série de eventos sobre o ano do Brasil na França, disse que a proposta da troca da dívida é um mecanismo inovador para ajudar os países pobres e países em desenvolvimento. Em relação aos países considerados muito pobres e pobres o perdão da dívida se dará automaticamente. Já os países em desenvolvimento como o Brasil, poderão ter um índice de abatimento da dívida em detrimento do perdão da dívida de nações mais pobres, como as da África. Haddad adiantou que a Unesco tratará de aperfeiçoar a resolução para que o perdão da dívida tenha um impacto efetivo na educação.

    Pela primeira vez uma instância da Organização das Nações Unidas (ONU) leva a questão da dívida para o terreno da cooperação. A participação do Brasil foi fundamental, com o apoio de Argentina, Espanha, Venezuela e Costa Rica, para a aprovação do apoio à conversão.

    O tema vem sendo também objeto de discussão e apoio no âmbito da (OEA) Organização dos Estados Americanos, da Organização dos Estados Ibero-americanos OEI e do Mercosul. O assunto será objeto de diálogo entre os Chefes de Estado e de Governo ibero-americanos na Cúpula de Salamanca, nos dias 14 e 15 de outubro.

    A decisão da UNESCO chega em um momento em que os países do G-8 (os 7 países mais industrializados e a Rússia) decidiram, na recente cúpula de Gleneagles, na Escócia, ocorrido em julho, aumentar o alívio da dívida dos países pobres, em particular africanos. Na oportunidade, os principais países ricos (membros do Clube de Paris) anunciaram sua disposição em aumentar a ajuda ao desenvolvimento (incluindo a educação) em US$ 50 bilhões de dólares até 2010.

    O Ministério da Educação trabalha para que o Brasil consiga, a exemplo da Argentina, trocar parte da dívida externa por investimentos em educação. Recentemente, o governo da Espanha concedeu à Argentina o perdão de parte da dívida que será convertida em verbas para a educação. Os governos brasileiro e espanhol estão em negociação para a converter parte da dívida na formação e capacitação de professores.

    Atualmente, a dívida líquida brasileira é de R$ 192,75 bilhões, sendo que 79% desse valor não podem ser convertidos (dívida mobiliária). O débito com o Clube de Paris – grupo de credores formado por países do primeiro mundo – é de R$ 8,81 bilhões.

    Nos dias 17 e 18 de novembro, ocorrerá um seminário onde será discutido com o Governo da Espanha um incremento das relações dos países no campo educacional.(Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) promove na quinta-feira, dia 10, em Brasília, a partir das 14h, as comemorações do Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento. No Espaço Cultural Anatel, no Setor de Autarquias Sul, haverá mostra de experimentos, oficinas de ciências, exposições institucionais, de livros e de portais, experimentoteca móvel, lançamento de livros e workshop para professores, coordenadores e diretores das escolas do Distrito Federal.

    “Ajudemos os cientistas, mediante a cooperação Sul-Sul, a forjar relações de solidariedade e apoio mútuo que conduzam a benefícios práticos e sirvam de modelo no qual os demais possam se espelhar”, afirmou o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, em mensagem relativa à data. Ele pede a todos os envolvidos com a área científica que reafirmem o compromisso com um mundo pacífico, próspero e justo, mediante a ciência, e que o expressem por meio da cooperação internacional e de ações coletivas.

    A programação foi organizada pela Unesco em parceria com os ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia, Agência Espacial Brasileira (AEB), Academia Brasileira de Ciências (ABC), Secretaria de Educação do Distrito Federal, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Instituto Sangari, Conselho Britânico, Embaixada da Finlândia e Universidade de Brasília.  (Assessoria de Imprensa do escritório da Unesco no Brasil)

  • “Qualidade na educação é um valor estratégico que exige postura mais ágil e inovadora dos sistemas educacionais.” A frase foi dita nesta segunda-feira, 13, pelo diretor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Jorge Werthein, durante a 2ª Reunião do Fórum Hemisférico Educacional Qualidade da Educação. O evento reúne especialistas em educação de 34 países, no San Marco Hotel, em Brasília. Criado em 2002, o fórum é uma instância de articulação das diferentes iniciativas de educação, no hemisfério, e serve como espaço de intercâmbio.

    Na opinião de Werthein, é preciso converter a qualidade na educação em prioridade de Estado. “Há uma distância entre o discurso que valoriza a educação e os mecanismos para valorizá-la. Uma educação de qualidade só é possível com uma política que assegure estabilidade nos investimentos na área”, disse. Segundo ele, é preciso repensar a qualidade da educação na América Latina e discutir alternativas para o enfrentamento do mais difícil dos desafios educacionais: o da qualidade.

    Já Alice Abreu, diretora do Departamento de Educação, Ciência e Tecnologia da Organização dos Estados Americanos (OEA), destacou que o fórum trata de um tema importante não só para o Brasil. “O Brasil avançou nesse sentido, mas é fundamental garantir que as crianças tenham educação de qualidade, que possam ser bons cidadãos e bons trabalhadores”, afirmou. Ela disse que é preciso investir na qualidade da educação oferecida na América Latina. Para o diretor de Avaliação de Políticas do México, Sérgio Martinez, é importante conhecer as experiências dos países vizinhos.

    Metas – Com o tema A Qualidade da Educação Básica, o fórum discute indicadores educacionais adotados no continente e debate o que os países fazem para cumprir as metas definidas no Plano de Ação em Educação, propostas na segunda Cúpula das Américas, no Chile, em 1998. O fórum integra atividades preparatórias para a Cúpula das Américas, que será realizada na Argentina em novembro, e prossegue até sexta-feira, 17. O evento é organizado pelo MEC. Tem a participação de técnicos dos sistemas de avaliação e de informação dos 34 países-membros da OEA, de autoridades nacionais e internacionais, e representantes de agências internacionais ligadas à educação.

    Repórter: Susan Faria

  • A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou na quarta-feira, 9, um relatório que elogia o esforço do Brasil no combate ao analfabetismo. O documento afirma que, embora a alfabetização ainda não faça parte da agenda de todos os países, alguns têm se empenhado de forma crescente.

    “Nos últimos anos, muitos países, tais como Brasil, Burkina Faso, Indonésia, Marrocos, Moçambique, Nicarágua, Ruanda, Senegal e Venezuela, têm dedicado cada vez mais atenção ao analfabetismo, juntando-se àqueles que alcançaram resultados impressionantes nos anos 90, como Bangladesh, China e Índia”, informa o documento.

    Por isso, o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Ricardo Henriques, considera que a questão não foi avaliada de forma completa por parte da imprensa. “Há um erro de interpretação. O que o relatório diz é que o esforço do Brasil, hoje, é um dos maiores do mundo.”

    O secretário também frisa que o documento da Unesco não leva em conta os resultados obtidos pelo Brasil Alfabetizado, implantado em 2003 pelo governo federal. Nos últimos três anos, o programa atendeu 5,5 milhões de pessoas, como explicou Ricardo Henriques. “O relatório não captou os dados referentes ao Brasil Alfabetizado, porque fechou com base em dados de 2004.”

    Tomando como base a evolução do programa, o secretário acredita ser possível chegar a uma taxa de analfabetismo próxima a 3% em 2015 – atualmente, é maior que 10%. Além disso, o Brasil Alfabetizado é um programa que mudou a forma de lidar com o analfabetismo. Ao invés de fazer grandes campanhas para atender um número enorme de pessoas por meio de organizações da sociedade civil, está implantando uma filosofia continuada de educação, buscando viabilizar a continuidade dos alunos na sala de aula, com auxílio da rede pública de educação de jovens e adultos (EJA).

    Segundo a quarta edição do Relatório Global de Monitoramento da Educação para Todos, da Unesco, o Brasil está incluído no grupo de 12 países onde vivem 75% de todos os analfabetos do mundo. Integram a lista Índia, China, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Indonésia, Egito, Irã, Marrocos e República Democrática do Congo. A pesquisa mostra que 20% dos adultos do planeta são analfabetos. Entre as pessoas com idade entre 15 e 24 anos, 132 milhões são analfabetas funcionais. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • A América Latina e o Caribe são as regiões do mundo líderes no desenvolvimento da educação infantil. A informação consta do relatório Educação para Todos de 2007, que será lançado no próximo dia 26, pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura, na sede da entidade, em Nova Iorque.

    O documento considera que, apesar dos benefícios que o ensino infantil representa para o desenvolvimento e o bem-estar da criança, este nível da educação recebe pouca atenção da maioria dos países desenvolvidos. O estudo revela considerável queda no número de crianças fora da escola e aumento de meninas estudando.

    O relatório anual elaborado por especialistas da Unesco analisa o comprometimento dos países em fornecer educação básica para todas as crianças, jovens e adultos até 2015. Traz uma lista de países que apresentaram mais e menos progresso em educação. Outro quesito da análise destaca os órgãos e países que investem no desenvolvimento educacional.

    Repórter: Flavia Nery, com informações da Assessoria de Imprensa da Unesco

  • O Instituto de Estatísticas da Unesco lançará nesta quarta-feira, 28, o relatório final da pesquisa do Programa Mundial de Indicadores Educacionais, WEI–SPS, que avalia escolas primárias de 11 países, incluindo brasileiras. No Brasil, a escola primária corresponde às escolas que oferecem as séries iniciais do ensino fundamental (primeira a quarta série ou equivalente).

    O estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar os desafios que os países ainda enfrentam em oferecer educação primária, especialmente nas localidades que apresentam condições socioeconômicas desfavoráveis. Além do Brasil, a pesquisa WEI–SPS coletou informações do ensino primário na Argentina, Chile, Índia, Malásia, Paraguai, Peru, Filipinas, Sirilanka, Tunísia e Uruguai. Os dados coletados se referem a 2005 e 2006. 

    A coordenação internacional da pesquisa ficou a cargo do Instituto de Estatística da Unesco (UIS) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até o ano de 2005. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi o responsável pela coordenação nacional e se encarregou da tradução dos questionários, aplicação, coleta de dados e produção dos relatórios.

    Para a amostra, foram utilizados três estratos: dependência administrativa (pública/privada), localização (rural/urbana) e região geográfica.

    Os questionários foram aplicados a professores e diretores de escolas de todo o território nacional, sendo que a amostra incluiu 646 escolas de 488 municípios. O Brasil foi um dos países que teve maior índice de participação no preenchimento dos questionários. Os docentes responderam a dois questionários, um sobre oportunidades de aprendizagem em matemática e o outro em leitura.

    Entre os dados coletados, destacam-se informações sobre o índice de repetência dos alunos, os gastos educacionais, o uso de informática nas escolas. Também é possível constatar a proporção de alunos que vêm de famílias com apenas um genitor (pai/mãe), a prevalência de diretores do sexo feminino e a proporção de alunos cujos professores lecionam em mais de uma escola. 

    Os itens dos questionários foram selecionados a partir de instrumentos desenvolvidos por diversas organizações e projetos internacionais, como: Associação Internacional para Avaliação de Rendimento Educacional (IEA), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Programa Canadense de Indicadores de Desempenho Escolar, Levantamento sobre Escolas e Staffing (Estados Unidos), Consórcio do Sul e Oriente para Monitoramento da Qualidade  Educacional (SACQEQ), Programa holandês de Auto-Avaliação na Educação Primária (Zelfevaluatie basisonderwijs – ZEBO), Departamento de Educação de Vitória (Austrália) e o Centro de Pesquisa em Avaliação (Universidade de Melbourne,  Austrália).

    A pesquisa WEI foi idealizada em 2002 com a finalidade de contribuir com os esforços do Brasil e dos demais países envolvidos para melhorar o acesso, a qualidade e a eqüidade da educação ofertada à sua população, na medida em que ajuda a aprofundar o conhecimento sobre a complexidade dos processos educacionais.

    O estudo internacional também pretende comparar o funcionamento das escolas primárias nos diferentes contextos nacionais, sob a perspectiva da efetividade (gestão escolar e estratégias didático-pedagógicas) e da equidade (distribuição dos recursos e das boas práticas entre as escolas das diferentes regiões de cada país).

    O relatório final da publicação tem, ao todo, 219 páginas. A Unesco fará o lançamento simultaneamente em todos os países nos quais a entidade tem sede. Na próxima semana, será realizado um seminário no Brasil, reunindo representes dos países envolvidos na pesquisa para analisar os dados e projetar o uso dos seus resultados. O evento ocorrerá entre os dias 2 e 6 de junho.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • A União dos Cursos Pré-Vestibulares Comunitários da Bacia do Almada, na Bahia, conquistou o Prêmio Unesco pelo trabalho desenvolvido com a população carente, afrodescendentes e indígenas no interior da Bahia. O projeto vencedor, Inclusão Educacional no Ensino de Terceiro Grau, promove cursos pré-vestibulares gratuitos para alunos carentes e permite a eles adquirir condições de ingresso na universidade. O grupo atua de forma integrada nos municípios de Coaraci, Itajuípe, Almadina e Itapitanga.

    O projeto foi aprovado pelo Programa Diversidade na Universidade, do Ministério da Educação, destinado a apoiar ações que promovam a eqüidade social e a diversidade na educação superior para afrodescendentes e indígenas. Este ano, o MEC vai investir R$ 3,4 milhões para atender alunos em pré-vestibulares gratuitos em 12 estados.

    Esta é a primeira vez que a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) premia um município do interior da Bahia na categoria educação. Foi reconhecido pelo organismo o trabalho feito em Itajuípe.

    Oportunidade — A estudante Kátia Rejane Rodrigues Pereira, 26 anos, que ficou seis anos sem estudar, conseguiu ser aprovada no curso de pedagogia, na Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), e em turismo, na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), após ter feito o curso. “Fiz curso técnico. Se não fosse o pré-vestibular, eu não teria preparo para concorrer”, admitiu. A irmã de Kátia, Claudeídes Pereira, 30 anos, que também fez o curso preparatório, foi aprovada em economia pela Uesc.

    O coordenador do projeto, Epifânio Soares Neto, diz que este ano serão criadas oficinas vocacionais para orientar os futuros universitários na escolha do curso, além de oficinas de empreendedorismo. “A idéia de orientar na questão do empreendedorismo é despertar no estudante a noção de criar seu próprio negócio", explicou.

    O prefeito de Itajuípe, Marcos Dantas, destaca o fato de o município ter conquistado pela primeira vez, graças ao curso, o melhor índice de aprovação de estudantes no vestibular da Uesc. Para este ano, Dantas planeja ampliar o número de vagas nos cursos da rede. “O objetivo é democratizar o acesso à universidade e passar de 180 para 600 alunos, com o custo todo bancado pela prefeitura”, disse.

    Repórter: Flavia Nery com informações do jornal A Tarde

  • As secretarias estaduais e municipais de educação e organizações não- governamentais que concluíram ou que estão executando experiências inovadoras na educação de jovens e adultos podem participar do concurso Programas de Alfabetização de Jovens e Adultos na América Latina e Caribe. Os prêmios são de US$ 1.000 para o primeiro lugar e de US$ 500 para o segundo, e a inscrição dos trabalhos vai até 31 de dezembro deste ano.

    O concurso é uma promoção da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em parceria com o Conselho de Educação de Adultos da América Latina (Ceaal) e com o Centro de Cooperação Regional para a Educação de Adultos da América Latina e Caribe (Crefal). São objetivos dos organizadores: premiar as experiências bem- sucedidas na educação de jovens e adultos, particularmente aquelas construídas para atender as mulheres e os povos indígenas.

    Entre os critérios de seleção, a Unesco destaca que o método de ensino deve ser inovador, que tenha material específico, e que a duração do programa seja superior a 12 meses. O concurso visa, ainda, promover um intercâmbio de experiências em educação de jovens e adultos entre os povos de diferentes realidades sociais, culturais e econômicas que falam as línguas espanhola e portuguesa e que vivem na América Latina e no Caribe.

    O edital do concurso e a ficha de inscrição devem ser solicitados no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo fax (56-2) 655-1046; 655-1047. Informações também pelo telefone (56-2) 472-4614, com Maria Luisa Jáuregui, em Santiago, Chile.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Pesquisa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revela os primeiros resultados de um programa de alfabetização de jovens e adultos em âmbito nacional. O relatório do Programa Sesi por um Brasil Alfabetizado, elaborado pela instituição das Nações Unidas, teve sua primeira etapa divulgada nesta quinta-feira, 8, com avaliação de desempenho de 2.800 alunos de sete estados e do Distrito Federal. Os estudantes pesquisados obtiveram percentual de acerto de 68,2% em matemática e 64,9% em português. Até o primeiro semestre de 2006, o estudo revelará a situação em todo o Brasil.

    A prova com 22 questões – 11 de matemática e 11 de português – foi feita por alunos de 57 municípios de Amazonas, Ceará, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Os resultados integram o estudo Sistema de Avaliação de Competências do Programa Sesi por um Brasil Alfabetizado. Inédito no país, o estudo revela o que os estudantes estão aprendendo nos cursos de alfabetização.

    Os alfabetizados são capazes de comparar e perceber relações entre os números, como dobros e triplos. Fazem cálculos simples e identificam unidades-padrão, principalmente usadas para medir o tempo, como horas e minutos. Em português, eles reconhecem palavras usuais no cotidiano, lêem e interpretam frases e pequenos textos. Também compreendem o que está escrito em placas, outdoors, sinais de trânsito, mapas, recibos e cheques. Entre os objetivos da pesquisa está monitorar e aperfeiçoar o sistema de alfabetização do Serviço Social da Indústria (Sesi), contribuindo para a capacitação de muitos trabalhadores brasileiros e para a diminuição do analfabetismo no país.

    Testes – Na correção dos testes, os avaliadores concluíram que ao completar o curso de seis meses, os alfabetizados têm dificuldades com habilidades decisivas para o bom desempenho social. Em matemática, os alunos obtiveram médias baixas na interpretação e representação de valores envolvendo reais e centavos. O domínio da habilidade requer que os estudantes tenham a capacidade de diferenciar os valores das notas e cédulas, operar e fazer trocas com esses valores.

    Além de avaliar o processo de alfabetização, outro aspecto do estudo é que revela as carências dos alunos. Conforme depoimento dos aplicadores, as dificuldades vão desde problemas de visão até deficiências de infra-estrutura do local das aulas. Em turmas com alunos em diferentes faixas etárias, os mais jovens aprenderam com mais facilidade. Os mais velhos precisavam de explicações, além da falta de visão, coordenação motora e audição. Mas mantiveram a força de vontade porque consideram a escolarização fundamental para o resgate de sua cidadania. Além de medir os resultados dos investimentos do Sesi na alfabetização de jovens e adultos, as conclusões do estudo servirão para orientar decisões gerenciais e pedagógicas na continuidade do programa.

    O Sesi por um Brasil Alfabetizado é resultado de parceria do Serviço Social da Indústria com o MEC. Pelo acordo, firmado em 2003, o Sesi se compromete a ensinar dois milhões de pessoas a ler e a escrever em todo o Brasil até o fim de 2006. Isso corresponde a 10% da meta do governo federal de alfabetizar 20 milhões de pessoas em quatro anos. “A ação pode trazer impactos importantes, uma vez que haverá contingente maior de mulheres e homens aptos a contribuir para o crescimento econômico progressivo, melhor distribuição de renda e sociedade mais justa e democrática”, destaca o estudo. (Assessoria de Imprensa da Unesco)

  • Mestres em educação, com experiência mínima de cinco anos em planejamento e gestão educacional, têm prazo até sexta-feira, 11, para se inscrever no processo seletivo do projeto de apoio à implementação do plano de metas Compromisso Todos pela Educação. A seleção será feita pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), parceira do Ministério da Educação na execução do projeto.

    O contrato terá a duração de 12 meses. Entre as atribuições do cargo está a de articular com municípios, estados e Distrito Federal a elaboração dos Planos de Ações Articuladas (PAR) para a educação básica, integrantes das atividades do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. Estados e municípios que aderirem ao Compromisso Todos pela Educação devem apresentar ao MEC planos de trabalho sobre as atividades que vão desenvolver para melhorar a qualidade da gestão educacional, a formação de professores e a avaliação da educação.

    O currículo deve ser encaminhado ao endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até às 12h do dia 11. O edital descreve a qualificação, as atribuições e os trabalhos que o consultor deve apresentar.

    Ionice Lorenzoni

  • O Núcleo Negro para a Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual Paulista (Unesp) recebeu R$ 200 mil do Ministério da Educação para 11 projetos que pretendem levar melhorias a alunos negros da instituição.  As ações afirmativas também chegarão aos alunos negros do ensino básico de cidades paulistas nas quais a Unesp tenha base. “Vamos fortalecer o núcleo dentro e fora da instituição”, afirmou o professor Dagoberto José Fonseca, coordenador dos projetos.

    O MEC está investindo R$ 2,5 milhões no Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas, entre 42 inscritas. Elas vão receber de R$ 50 mil a R$ 200 mil para desenvolver projetos, em dez meses. As propostas atendem três eixos pedidos no edital: formação de professores, publicação de material didático e acesso e permanência na universidade.

    Com os R$ 200 mil recebidos, o núcleo pretende se fortalecer, trabalhar para a inserção e permanência dos negros na universidade e relacionar-se com os movimentos negros e organizações não-governamentais (ONGs) ligadas à causa. O núcleo tem cem negros, entre pesquisadores, professores e alunos da Unesp, e vai doar bolsas, de R$ 330,00 mensais, para alunos negros da Unesp desenvolverem projetos, como o fortalecimento da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que institui a história africana e afro-brasileira no currículo do ensino básico.

    O trabalho será feito com professores das redes municipais de Araraquara, Franca, Marília e Assis. Os bolsistas serão tutores de jovens negros do ensino médio para elevar a auto-estima deles e apoiá-los na entrada e permanência na universidade. Segundo o professor Dagoberto Fonseca, alunos de odontologia da Unesp farão o mapeamento da saúde bucal das comunidades de quilombos no Vale do Ribeira e em Araraquara.

    Eventos — O núcleo reservou R$ 6 mil para a participação em eventos, como o encontro anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC) e o Encontro da Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros, em setembro próximo, em Salvador. Parte dos recursos será usada na compra de móveis e computadores. Outro trabalho será a formação do banco de dados, que condensará teses de mestrado sobre a questão racial na Unesp.

    “O Uniafro é uma ação que precisa ter continuidade. A participação do MEC é fundamental. A reivindicação era antiga, mas só foi atendida neste governo”, disse o professor Dagoberto. Segundo ele, o que está sendo feito é importante, mas falta muito diante da necessidade de pagamento da dívida social com os negros brasileiros.

    Histórico — O Uniafro, resultado de acordo entre o MEC e os núcleos de estudos afro-brasileiros (Neabs), é coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). A idéia surgiu em 2003, em encontro dos Neabs, e se fortaleceu no 4º Encontro Brasileiro de Pesquisadores Negros, em setembro de 2004, em São Luís.

    Mais informações pelos telefones (61) 2104-9309 e (11) 5816-2578.

    Repórter: Susan Faria

  • Professores do ensino básico de vários municípios baianos participam nesta sexta-feira, dia 7, a partir das 8h, do 1º Fórum de Especialização em Educação e Relações Étnico-Raciais, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, Bahia. O encontro é uma iniciativa do programa Bantu-iê: África–Brasil e EducaA coordenação do Curso de Formação Intercultural de Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inicia na sexta-feira, dia 7, o primeiro de uma série de sete encontros com as comunidades indígenas do estado para apresentar o formato do curso superior. As aulas começam em 8 de maio e vão até 2 de junho, durante a etapa presencial no campus da UFMG. Depois se desenvolvem em fases a distância nas aldeias.

    Segundo a coordenadora do curso, Lúcia Helena Alvarez Leite, a universidade vai ao encontro do povo Xacriabá no município de São João das Missões, no norte de Minas, de onde vêm mais de 100 dos 141 alunos que iniciam o primeiro curso de graduação para professores indígenas. O objetivo é apresentar à comunidade e aos alunos o projeto e como ele se desenvolverá nos próximos cinco anos.

    A Formação Intercultural de Professores oferecida pela UFMG está estruturada em três eixos: multilinguagens, realidade socioambiental e escola indígena e seus sujeitos. A coordenadora explica que o currículo será flexível, mas que terá disciplinas obrigatórias e optativas. Duas vezes por ano, os alunos terão fases presenciais intensivas; depois, atividades em serviço nas suas escolas e comunidades. Nas etapas a distância, os estudantes serão acompanhados por 12 tutores, alunos de cursos da pós-graduação da UFMG, que terão sob suas responsabilidades grupos de dez a 12 professores cursistas.

    Os recursos para a formação vêm de três fontes: Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Estadual de Educação e a infra-estrutura física e de professores da UFMG. Do Prolind, a universidade terá R$ 500 mil; da Funai, R$ 372 mil; e da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, R$ 89 mil.

    Povos – O primeiro Curso de Formação Intercultural de Professores oferecido pela UFMG vai atender aos sete povos que habitam o estado: Xacriabá, Maxacali, Crenaque, Pataxó, Caxixó, Xucuru-Cariri, Pancararu e Aranã. Os povos que têm menor participação no curso, com um professor cada, são os Pancararu e Aranã.

    Ionice Lorenzonição das Relações Étnico-Raciais, desenvolvido com o apoio do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), em parceria com a Uesc. Os professores discutirão, no fórum, as diretrizes curriculares de história e cultura da África e políticas afirmativas.

    Desde fevereiro, eles fazem curso de especialização em educação e relações étnico-raciais voltado para a formação político-pedagógica. Os professores vão se tornar multiplicadores da inserção da temática étnico-racial na educação básica e superior. O curso, que termina em novembro, tem dez módulos, dois dos quais já foram concluídos.

    O Bantu-iê desenvolve também pesquisa de amostragem com estudantes da graduação e vestibulandos da Uesc para mapear a condição étnico-racial e sociocultural desses grupos. “O objetivo do mapeamento é a democratização do acesso e da permanência em nossa universidade”, explicou o coordenador do programa, Wagner Duarte José.

    Outra ação é o seminário de avaliação do programa, a ser realizado até o fim do ano. O Bantu-iê, conhecido também como Programa de Democratização do Acesso e Permanência das Classes Populares na Uesc (Prodape), recebeu R$ 80 mil Ministério Educação, por meio do Uniafro, e R$ 14.642,00 de contrapartida da Uesc. “Ao desenvolver o Uniafro, o MEC atua como catalisador de ações políticas fundamentais, como as do Bantu-iê”, disse Wagner.

    Investimento — O MEC está investindo R$ 2,5 milhões no Uniafro. Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas no ano passado pelo programa, dentre 42 instituições inscritas. As selecionadas desenvolvem projetos de formação de professores, de publicação de material didático e de acesso e permanência na universidade. Em março último, novo edital foi aberto. O prazo para inscrições e envio dos projetos termina no dia 17 próximo.

    Mais informações pelos telefones 61 2104-9309; 73 91914972, 3680-5284 e 3680–5329.

    Susan Faria

  • Santa Catarina é um dos estados contemplados com o Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), desenvolvido por 18 universidades brasileiras em parceria com o Ministério da Educação. O Uniafro conta, no estado, com o apoio do Programa Diversidade Étnica na Educação (Pdee), executado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em parceria com instituições estaduais e municipais.

    O Pdee apóia políticas públicas de promoção da diversidade, igualdade e inclusão social. Trabalha com formação de professores, estudos e pesquisas, produção de material didático e fortalecimento institucional. “Em 2005, realizamos com sucesso atividades de formação de professores e, com a comunidade escolar catarinense, em nove municípios, beneficiamos cerca de dez mil pessoas”, disse o professor Paulino Cardoso, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Udesc.

    Cardoso destaca também os encontros sistemáticos com gestores educacionais em vários municípios catarinenses. Os encontros resultaram na criação de programas municipais de diversidade cultural na educação, em Criciúma e Itajaí. “Este ano, estamos ampliando o trabalho”, disse Cardoso.

    Segundo ele, até o fim do ano serão lançadas duas coleções — História e Populações de Origem Africana, em cinco volumes, e História da África, também em cinco volumes.

    Além do MEC, são parceiros da Udesc no Pdee, dentre outras instituições, o Núcleo de Educação Afrodescendente da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, e as secretarias municipais de Educação de Itajaí, Criciúma e Lages.

    Prazo - O Uniafro é desenvolvido pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). No ano passado, nove universidades federais e nove estaduais  foram contempladas pelo programa, dentre 42 inscritas. Este ano, foram abertas novas inscrições. As instituições de ensino superior têm prazo até o dia 17 próximo para aderir ao programa e receber recursos para realizar projetos. Ao fazer a inscrição, é necessário preencher e enviar formulários de projeto básico e de plano de trabalho, a partir dos modelos disponíveis na internet. Mais informações pelos telefones 48 3212-5306 e 3212-5305 ou no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Susan Faria

  • Uniafro avalia resultados e perspectivas

    Brasília
    Os resultados e perspectivas do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro) serão apresentados durante seminário hoje, 7, e amanhã, 8, no Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília. O programa é coordenado pelas secretarias de Educação Superior e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC. O objetivo é conhecer e avaliar as experiências realizadas pelos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neabs) na construção de uma política pública educacional de promoção da igualdade étnico-racial.

    Desde a sua implantação, em 2004, o Uniafro fomentou a criação de 31 Neabs, formou mais de 4,5 mil professores e investiu R$ 5 milhões em projetos e pesquisas em história de cultura afro-brasileira, material didático e promoção de acesso e permanência na universidade. O programa contempla as exigências da Lei nº 10.639/03, que prevê o ensino de história do negro no Brasil, literatura afro-brasileira, história da África, história do negro nas Américas e educação das relações étnico-raciais.


    Escola de Ceres recebe inscrições até amanhã

    Ceres
    A Escola Agrotécnica Federal de Ceres, em Goiás, recebe inscrições até hoje, 7 de dezembro, para seis cursos técnicos nas áreas de agricultura, agroindústria, agropecuária, informática, meio ambiente e zootecnia. Para o ano letivo de 2007, serão oferecidas 290 vagas. As provas ocorrem no dia 10 de dezembro e o resultado da seleção será conhecido no dia 15.

    Para se inscrever, os interessados devem procurar a sede da instituição, localizada na Rodovia GO 154, Km 3, Zona Rural, em Ceres, ou as subsecretarias regionais de educação das cidades de São Miguel do Araguaia, Porangatu, Uruaçu, Goianésia e Ceres. A Escola Municipal Agropecuária Laudelino Souza Santos, em Barra do Garças, Mato Grosso, também está recebendo inscrições.
    Outras informações na página eletrônica da escola ou pelo telefone (62) 3307-7100.


    1º Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica

    Natal
    Vai até sexta-feira, 8 de dezembro, em Natal (RN), o 1º Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica (Connepi). Participam do evento, que conta com mais de 300 trabalhos, Cefets de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Roraima, Piauí, Pará e a Escola Técnica Federal de Tocantins.

    Além das sessões técnicas, o congresso contará com painéis e conferências, que discutirão, entre outros assuntos, as políticas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para a Rede Federal de Educação Tecnológica, a construção da Universidade Tecnológica e pesquisa e desenvolvimento com inclusão social. Programação completa, hospedagem e recomendações sobre a apresentação dos trabalhos podem ser acessadas na página eletrônica do Connepi. Mais informações pelo telefone (84) 4005-2668.


    Federal do Rio Grande do Sul homenageia titulares do MEC

    Porto Alegre
    O Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e entidades acadêmicas e científicas gaúchas homenagearão, na sexta-feira, dia 8 de dezembro, os professores Jorge Almeida Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC); Ronaldo Mota, secretário de Educação a Distância do MEC; e Odilon Antonio Marcuzzo do Canto, presidente da  Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

    Ronaldo Mota e Odilon do Canto fazem parte do quadro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Jorge Guimarães está ligado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento será na Churrascaria Na Brasa, às 20h30. O endereço é Rua Ramiro Barcelos, 389, em Porto Alegre (RS).


    Conaes faz reunião na próxima terça-feira

    Brasília
    A Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes) se reúne na próxima terça-feira, dia 12 de dezembro, para revisar o regimento interno e o estatuto da entidade. Na pauta também está o planejamento para 2007. A Conaes é o órgão de supervisão de coordenação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O encontro será na sala 412 do Anexo 2 do MEC.


    Inscrições para o ProUni vão até 16 de dezembro

    Brasília
    Estão abertas, até 16 de dezembro, as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) do MEC. O ProUni oferece bolsas de estudos parciais ou integrais em instituições particulares de ensino superior. O estudante que deseja concorrer a uma bolsa deve cumprir algumas exigências, entre elas, ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou escola privada na condição de bolsista integral e também ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2006 e obtido, na prova escrita e na redação, nota média igual ou superior a 45.
    Os estudantes devem realizar as inscrições na página eletrônica do ProUni. O MEC divulgará os selecionados em 20 de dezembro.


    TV Escola exibe produções mais assistidas em 2006

    Brasília
    A TV Escola está exibindo as produções mais assistidas em 2006. As reprises vão até 22 deste mês. A programação especial inclui séries como De Onde Vem?, Um Mundo de Letras, Letra Viva, Geração Saúde, Mestres da Literatura, Assembléias Escolares, História do Brasil por Bóris Fausto. Também será reapresentada uma seleção especial da Mostra Internacional Ver Ciência, com documentários de ciência e tecnologia de vários países.
    As produções podem ser vistas nos canais 27 (Sky), 237 (Direct TV) e 4 (Tecsat), antena parabólica analógica e digital. Os horários dos programas e as sinopses estão disponíveis no sítio da TV Escola.


    Concurso para nova sede da Capes

    Brasília
    Arquitetos de todo o Brasil podem apresentar projetos para a nova sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em Brasília. Organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil no Distrito Federal (IAB-DF), o concurso premiará os cinco melhores trabalhos. O primeiro colocado receberá R$ 25 mil. As inscrições estarão abertas até 23 de janeiro de 2007.
    O vencedor será responsável pela elaboração dos projetos básico, legal e executivo, nos quais serão detalhados os projetos complementares de estrutura e instalações prediais.
    As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do IAB-DF e os documentos, enviados pelos Correios. Mais informações na página eletrônica da Capes.


    Abertas as inscrições para o prêmio Siscort

    Brasília
    Para incentivar o cadastramento dos livros didáticos devolvidos pelos alunos da rede pública de ensino em 2006, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) promove a segunda edição do Prêmio Siscort (Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica). As equipes das secretarias municipais e estaduais de educação e regionais de ensino (se houver) de todo o País podem se inscrever na página eletrônica do FNDE.
    Para esta segunda edição do prêmio, a Coordenação do Livro Didático do FNDE estabeleceu quatro categorias diferenciadas de acordo com o quantitativo de escolas nos estados. Cada estado concorre em apenas uma categoria.
    Aos vencedores serão entregues um certificado de primeira colocação na categoria e uma coleção de livros de literatura do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE 2006). A apuração do resultado será no dia 5 de março de 2007, às 17h.
    Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone 0800-616161.

  • Professores das redes públicas estadual e municipal e privada de Cáceres, Mato Grosso, participam do curso de especialização em relações raciais, educação e escola no Brasil, uma iniciativa do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), do Ministério da Educação, e do Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra), da Universidade do Estado de Mato Grosso, (Unemat). Os 23 professores, egressos dos cursos de história, pedagogia e letras, já estão no sexto dos dez módulos do curso, ministrado pela Unemat. No semestre passado, eles desenvolveram projetos em sala de aula sobre preconceito racial.

    Outra iniciativa do Uniafro em parceria com o Negra é a oferta de um curso pré-vestibular gratuito para a população carente, previsto para agosto próximo, destinado principalmente a jovens afrodescendentes. Para outubro, está previsto um seminário de avaliação dos programas.

    O Negra, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unemat, é uma associação de professores, técnicos administrativos e estudantes. Tem como objetivo promover ações pedagógicas de ensino, pesquisa e extensão sobre a dimensão das relações raciais do fenômeno educativo, paralelamente à disseminação de estudos sobre essa temática. Também divulga conhecimentos sobre relações raciais, em especial junto aos profissionais da educação. O núcleo também zela pelo cumprimento da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afrobrasileira no ensino fundamental e médio.

    Selo — A Unemat recebeu este ano o selo Gênero e Raça, concedido pela Prefeitura de Cuiabá, como reconhecimento pela iniciativas destinadas a  superar as desigualdades sociais e combater o racismo. Desde o final de 2004, a universidade adota o sistema de cotas — 25% das vagas nos cursos de graduação são destinadas a alunos que se autodeclarem negros ou pardos. No vestibular do início deste mês, foram oferecidas 450 vagas a estudantes enquadrados no Programa de Inclusão Étnico-Racial da instituição.

    O Uniafro é desenvolvido pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), para permitir o acesso e garantir a permanência de estudantes negros no ensino superior, além de estimular as universidades a desenvolver ações afirmativas junto a comunidades.

    Mais informações pelos telefones (61) 2104-9309 e 2104-9221 e nas páginas eletrônicas do Uniafro e da Unemat.

    Susan Faria

  • A Universidade do Estado da Bahia (Uneb), uma das 18 instituições de ensino superior participantes do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), recebeu R$ 200 mil para desenvolver a Afrouneb (Ações Afirmativas, Igualdade Racial e Compromisso Social na Construção de uma Nova Cultura Universitária). Serão beneficiados universitários afrodescendentes e professores do ensino básico de Salvador, Santo Antônio de Jesus, Alagoinhas, Itaberaba e Senhor do Bonfim.

    Os professores farão cursos, em maio próximo, sobre história da África e das populações negras no Brasil e sobre cultura afro-brasileira. "Os cursos objetivam dar novos significados a princípios essenciais a uma prática pedagógica comprometida com a construção da igualdade étnico-racial", observou o professor Wilson Roberto de Mattos, coordenador-geral da Afrouneb. Segundo Mattos, a Afrouneb trabalha basicamente com produção de materiais, formação de professores e pesquisa e sistema de avaliação e acompanhamento dos alunos que ingressaram na universidade por meio de cotas.

    Nesta sexta-feira, dia 3, a Afrouneb divulga o resultado do concurso de escolha de sua logomarca. "A iniciativa visou também a divulgação, em toda a comunidade acadêmica, dos princípios e ações do programa", explicou Mattos. O Uniafro, segundo ele, estimula o desenvolvimento de ações importantes nas universidades brasileiras. "Os frutos da Afrouneb e dos demais projetos desenvolvidos em parceria com o Uniafro abrirão caminhos para a construção de mecanismos institucionais permanentes que garantam a representação da pluralidade cultural e a diversidade étnico-racial", disse.

    Projetos - O MEC está investindo R$ 2,5 milhões no Uniafro. Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas pelo programa, dentre 42 instituições inscritas. As selecionadas recebem entre R$ 50 mil e R$ 200 mil para desenvolver, em dez meses, projetos de formação de professores, publicação de material didático e acesso e permanência na universidade. O programa é coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Outras informações podem ser obtidas nos telefones (61) 2104-9309, (71) 3117-2350 e (75) 3631-2855 ou nos endereços eletrônicos Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Susan Faria

  • Foi divulgado o resultado da seleção de instituições de ensino superior que vão participar este ano do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra (Uniafro). São 22 projetos selecionados. Cada um receberá até R$ 150 mil, do Ministério da Educação, a partir de junho, para apoiar políticas de ação afirmativa para a população negra. O Uniafro visa dar acesso e permanência aos negros no ensino superior. Este ano, o programa tem R$ 2,5 milhões para apoiar projetos de ensino, pesquisa e extensão.

    Dos 22 projetos aprovados, 12 são de universidades que vão participar do Uniafro pela primeira vez, como a Universidade de São Paulo (USP). As demais vão utilizar os recursos para continuar realizando ou ampliar ações. São elas: a Universidade do Estado da Bahia (Uneb); as federais de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e São Carlos (SP); as estaduais de Santa Cruz (BA), Rio de Janeiro (Uerj), Londrina (PR) e Santa Catarina. O Uniafro é desenvolvido pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    Nordeste – A consultora da SESu, Deborah dos Santos, destaca que a partir desta seleção o Uniafro chega a estados como Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte e Pará. E cada universidade atende a vários municípios da região. Só na Bahia, o Uniafro atua com quatro universidades: Uneb, Estadual de Santa Cruz, Federal da Bahia e Estadual do Sudoeste da Bahia. “É um estado grande e com predominância de negros”, explica.

    Deborah dos Santos destaca que o programa estimula as universidades a desenvolver ações afirmativas junto a comunidades, envolvendo sistemas estaduais e municipais de ensino. Entre os projetos, a UEMG desenvolverá Capacitação em História Afro-Brasileira e Africana de Professores da Educação Básica da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte trabalhará com a Eqüidade Social e Igualdade Racial: Horizontes de uma Educação Democrática e Cidadã. Enquanto a Universidade Estadual de Santa Cruz continuará o programa Bantu-Iê: África-Brasil e Educação das Relações Étnico-Raciais.

    Normas – O edital do Uniafro, divulgado em 14 de março, abriu o programa para universidades federais e centros federais de educação tecnológica (Cefets) com nível de educação superior que possuam Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neabs); e instituições estaduais de educação superior que tenham Neabs ou grupos correlatos. Todo projeto tem um coordenador responsável e deve contemplar pelo menos um dos três eixos do programa: publicações, formação de profissionais da educação e promoção do acesso da permanência na educação superior.

    A publicação deve ser de obras, materiais didáticos e paradidáticos conforme a Lei nº 10.639/03, o Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE/CP) nº 3/2004 e a Resolução CNE/CP nº 1/2004, com ênfase em aspectos regionais. Os cursos poderão ser presenciais ou a distância e deverão contemplar, prioritariamente, as áreas de história do negro no Brasil; literatura afro-brasileira e africana; história da África; história do negro nas Américas; e educação das relações étnico-raciais. No ano passado, foram selecionadas 18 universidades brasileiras (nove federais e nove estaduais) dentre 42 instituições inscritas. Outras informações pelos telefones (61) 2104-9309 ou 2104-9221 e na página eletrônica do programa.

    Súsan Faria

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