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  • No Ano Internacional da Física, o Brasil conquistou a medalha de prata na 18ª edição do Torneio Internacional de Jovens Físicos, realizado na Suíça entre 14 e 18 de julho. A equipe brasileira - composta por cinco jovens estudantes de ensino médio, de São Paulo - ficou em sétimo lugar. Pelos critérios da organização do torneio, é concedida a medalha de prata da quarta à oitava colocação. Da primeira à terceira colocação, os participantes recebem a medalha de ouro. E, da nona à 15ª, a de bronze.

    Foi a segunda participação do Brasil no torneio. Na primeira, em 2004, o país ficou em 15° lugar. “Foi uma excelente colocação para quem ainda engatinha nesse tipo de competição científica. Ultrapassamos a Eslováquia e a Coréia, que já foram ouro em torneios anteriores. Ficamos praticamente empatados com a Bulgária e a Nova Zelândia, que participam há alguns anos”, afirmou o professor Ozimar Pereira, coordenador da equipe brasileira.

    Segundo ele, boa parte do excelente desempenho da equipe é resultado do ‘treinamento intensivo’ pelo qual o time passou na Universidade de Campinas (Unicamp).

    O time brasileiro - composto pelos estudantes Diogo Rodrigues Bercito, Emanuelle Roberta da Silva, Daniel Nogueira Meirelles de Souza, Juliana Ogassavara e Marcelo Puppo Bigarella - foi escolhido entre 280 jovens que fizeram parte dos 56 times inscritos na fase inicial do Torneio Internacional de Jovens Físicos Brasil. No Brasil, o torneio conta com o patrocínio da Universidade Paulista (Unip) e Intel.

    Pensamento - O Torneio Internacional de Jovens Físicos é dirigido a estudantes do ensino médio e tem o objetivo de estimular o interesse de jovens estudantes pela física, desenvolver o pensamento autônomo e crítico e incentivar o trabalho investigativo e colaborativo do estudante.

    Os problemas do torneio versaram sobre os principais temas da física, como mecânica, eletromagnetismo, termodinâmica e mecânica quântica. Algumas questões também abordaram temas teóricos, como tunelamento quântico e mecânica de rotações. Para a resolução de todos os problemas, é necessário que o estudante tenha domínio dos conceitos teóricos e práticos de física.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • O ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad, e a ministra de Educação e Treinamento da Inglaterra, Ruth Kelly, assinaram na quinta-feira, 9, memorando de entendimento para aprofundar a cooperação bilateral na área da educação. O documento prevê parcerias de interesse comum em áreas prioritárias como educação técnica e profissionalizante; formação de professores; inclusão e financiamento da educação; avaliação e indicadores educacionais, educação superior e pós-graduação; publicações científicas conjuntas; e tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação.

    O acordo, firmado no âmbito da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Inglaterra, também estabelece o desenvolvimento de estudos brasileiros no Reino Unido e de estudos britânicos no Brasil, com ênfase no ensino de português e inglês. Um dos principais objetivos é intensificar o ensino de inglês no sistema educacional brasileiro, especialmente na rede pública de educação básica.

    O memorando prevê, ainda, estímulo ao estabelecimento de parcerias e consórcios entre instituições de ensino superior e centros de pesquisa para ampliação bilateral de ações científico-acadêmicas. A produção científica brasileira cresce anualmente. Em 2005, os pesquisadores brasileiros produziram 1,8% do conhecimento científico do mundo, contra 1,5% em 2002.

    Inclusão social – O acordo, destaca Haddad, dará “particular atenção à inclusão social na educação, permitindo trocas de experiências positivas em programas que lidam com questões como alfabetização de jovens e adultos e ações afirmativas, como apoio a estudantes com necessidades educacionais especiais”.

    Reforma – Antes da assinatura, a ministra Ruth Kelly apresentou o projeto de reforma da educação britânica que está tramitando no parlamento inglês. Conforme Ruth, o objetivo é garantir maior autonomia a diretores, professores e pais na gestão escolar e a implementação de um sistema mais eficaz de avaliação da educação. Temas de interesse comum ao governo brasileiro.

    Repórter: Rafael Ely

  • O estudo da língua portuguesa em centros universitários da Síria, no Oriente Médio, e da língua árabe em universidades públicas brasileiras foi acordado nesta segunda-feira, 28, entre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o embaixador sírio no Brasil, Ali Diab, em audiência no MEC.

    O intercâmbio para o ensino das línguas está previsto no programa executivo de cooperação cultural e educacional, assinado entre os dois países em 3 de dezembro de 2003, por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Síria. De imediato, o ministro Haddad determinou à Secretaria de Educação Superior (SESu) e à Assessoria Internacional que façam um levantamento das universidades federais que já oferecem o ensino do árabe. Ali Diab fará o mesmo levantamento entre as instituições do seu país. A partir dos dados, o MEC e a embaixada pretendem formalizar instrumentos de promoção do intercâmbio entre universidades, professores e estudantes das duas línguas.

    Ali Diab consultou o ministro sobre a possibilidade de acordos diretos da embaixada com escolas para o ensino do árabe. De acordo com Haddad, não há impedimento porque a legislação educacional brasileira dá à comunidade a opção da escolha da língua estrangeira e lembrou que escolas brasileiras vão ensinar o espanhol em função das demandas criadas pelo Mercosul. O embaixador registrou que a filosofia do presidente da Síria, Bashar al-Assad, é trabalhar pelo fortalecimento das relações com o Brasil e que, nesse caso, o estudo das línguas e os intercâmbios educacionais têm papel relevante.

    Cooperação – As iniciativas de cooperação educacional entre Brasil e Síria começaram em 1997, com a celebração de um acordo. Em 2003, um programa de cooperação, com 48 artigos, detalhou as áreas educacionais de interesse comum, entre elas: intercâmbios de pesquisas científicas, planejamento, estatísticas, educação a distância, erradicação do analfabetismo, educação de jovens e adultos, informática, sistemas de avaliação, história e geografia, culturas árabe e brasileira, cooperação direta entre universidades, criação de centros de línguas e oferta de bolsas de estudo para a graduação. Hoje a intenção da Síria, explicou Ali Diab, é construir junto com o MEC projetos específicos para cada uma dessas áreas e dar partida à execução do programa de cooperação assinado há dois anos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O ministro dos Negócios Estrangeiros do Timor Leste, Zacarias da Costa, visitou o MEC nesta segunda-feira, 28, para reforçar os laços da cooperação educacional entre os governos brasileiro e timorense. O acordo de qualificação docente e ensino da língua portuguesa em Timor Leste, firmado em 2004, foi renovado este ano e estará em vigor até 2010.

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a renovação da cooperação é uma forma de estreitar laços com o Timor. Haddad falou ao ministro timorense sobre a reforma educacional em curso no Brasil, pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que se dá em todos os níveis da educação. Ele citou o censo escolar por aluno, a ampliação do acesso ao ensino superior e o investimento na educação profissional como exemplos da mudança. “É um processo profundo. Além de inovações tecnológicas, introduzimos inovações metodológicas”, afirmou.

    Haddad ainda ressaltou que a reforma educacional dá ao Brasil condições de cooperar ainda mais com países como o Timor. Segundo ele, os projetos em curso podem ser facilmente prorrogados e expandidos, e também pode-se abrir o leque para novas possibilidades. “Agora temos condições para isso”, destacou.

    Zacarias da Costa concordou e reafirmou a gratidão pelo apoio do Brasil, especialmente em reintroduzir a língua portuguesa no Timor. “Nosso país é novo e ainda tem fragilidades. Uma delas é na formação de profissionais qualificados e é nisso que também queremos investir”, explicou.

    Assim que foi declarada a independência de Timor Leste, em maio de 2002, o Brasil assinou dois acordos com o país: de cooperação educacional e de cooperação técnica, ratificados pelo Congresso Nacional em 2004. O apoio brasileiro foi solicitado para retomar a língua portuguesa como idioma mais falado no Timor, cuja população fala o tétum (idioma local) e o indonésio, conseqüência da ocupação do país pela Indonésia, entre 1975 e 1999.

    Embora o Timor Leste tenha sido colonizado por Portugal até meados da década de 1970, somente pequena parcela da população – entre 10 e 20% – fala português, já que a Indonésia proibia o uso e a publicação de revistas e jornais no idioma.

    Com a assinatura do decreto 5.274, em 2004, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) mandou a Dili, capital timorense, 50 professores, que deverão permanecer até junho deste ano. No momento, participam do programa 43 docentes, bolsistas da Capes, que realizam projetos de formação de professores em exercício, de capacitação de professores de educação pré-secundária e secundária, de ensino da língua portuguesa instrumental, de promoção da qualidade no ensino de ciências e de implantação da pós-graduação na Universidade Nacional Timor Lorosae.

    Letícia Tancredi

     

  • Dois professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) estão na Guiné-Bissau para apoiar a reestruturação de cursos técnicos de nível médio nas áreas de contabilidade e administração. A viagem faz parte de projeto de cooperação entre os governos do Brasil e daquele país do Oeste da África. Os cursos são ministrados pelo Centro de Formação Administrativa (Cenfa), subordinado ao Ministério da Educação Nacional e Ensino Superior guineense.

    As metas da missão incluem a elaboração de propostas de revisão curricular de ambos os cursos e das licenciaturas. Em etapas posteriores, serão capacitados 30 professores em sete módulos.

    Os professores Paulo Roberto Pegoraro e Heros Pontes são especialistas nas áreas de administração e contabilidade, respectivamente. A missão brasileira, que recebe o apoio da Agência Brasileira de Cooperação, permanecerá na Guiné-Bissau até esta sexta-feira, dia 3.

    Ana Júlia silva de Souza

  • Foto: Tereza SobreiraO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tratou nesta segunda-feira, 22, da participação do Brasil na instalação da Universidade de Cabo Verde, a primeira instituição pública de ensino superior do país africano. O assunto foi discutido no palácio do Itamaraty, com o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

    Integrantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) visitarão Cabo Verde para implementar o Portal de Periódicos da Capes e estreitar relações no desenvolvimento de projetos de pesquisa. A viagem foi acertada também nesta segunda-feira, num encontro (foto) entre Fernando Haddad e a ministra da Educação e Valorização dos Recursos Humanos de Cabo Verde, Filomena Martins.

    O MEC vai dar consultoria técnica no planejamento da universidade e qualificar professores. “É uma satisfação para o governo brasileiro poder ajudar Cabo Verde a instalar sua primeira universidade pública”, declarou Haddad. A cooperação brasileira foi acertada pelo presidente Lula, em julho do ano passado.

    O governo de Cabo Verde pretende formar no Brasil o corpo de professores da nova instituição. “Precisamos de um programa emergencial para formação de professores que atuarão na universidade”, disse Filomena Martins. Dos 300 professores do ensino superior do país, só 3% são doutores e 21%, mestres. O Brasil oferece bolsas de estudo a cabo-verdianos por meio do Programa de Estudantes-Convênio para a Graduação e Pós-graduação. De 2000 a 2005, vieram 1.093 estudantes de graduação e 36 de pós-graduação. Segundo a ministra, a universidade deverá ser instalada em 2006 ou 2007. “Mas o processo de criação já começou com a formação de professores e o acesso ao Portal de Periódicos”, explica.

    O Portal da Capes é um dos maiores do mundo e o único oferecido pelo governo para pesquisas em pós-graduação. Está disponível para mais de um milhão de estudantes brasileiros, registra 80 mil acessos diários e tem mais de nove mil títulos de fontes nacionais e internacionais de nível acadêmico. Segundo o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, a universidade de Cabo Verde será concebida a partir de faculdades já existentes e segundo os padrões brasileiros de instituições públicas de ensino superior. “Para instalar a universidade, precisamos de um diagnóstico dessas faculdades, o que será feito por uma comissão de especialistas da Capes na visita a Cabo Verde”, disse.

    Características – Cabo Verde é um arquipélago de dez ilhas no Oceano Atlântico, uma ex-colônia portuguesa que servia de parada nas viagens das naus e caravelas na época da colonização. Sua população é de 415.219 habitantes, mas estima-se que haja um milhão de cabo-verdianos vivendo em outros países.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Foto: Júlio Cesar PaesOs ministérios da Educação de Brasil, Argentina, França, Espanha e Portugal vão firmar convênio para trocar experiências na área de avaliação do ensino superior, quarta-feira, 27, às 17h30, no Grand Hotel Cad Oro, em São Paulo (SP). A atividade faz parte da programação do Seminário Internacional sobre a Reforma e Avaliação da Educação Superior: Tendências na Europa e na América Latina, realizado no local.

    O convênio prevê a promoção de debates, seminários, pesquisa, publicações, cursos e atividades de intercâmbio. Será assinado pelo presidente da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), Hélgio Trindade; e pelos representantes das agências de avaliação da educação superior, Bruno Curvale, da França; Gaspar Rosselló Nicolau, da Espanha; Virgílio Soares, de Portugal; e Adolfo Torres, da Argentina.

    "Vamos trocar experiências e circular informações referentes à avaliação, o que contribuirá para melhorar a qualidade das atividades de cada agência", disse Hélgio Trindade. Segundo ele, o convênio vai assegurar que o trabalho da Conaes seja qualificado pela experiência internacional.

    Reforma - O seminário é promovido pelo MEC e reúne autoridades educacionais, profissionais da educação superior, pesquisadores e representantes da sociedade civil, envolvidos na elaboração do anteprojeto de lei de reforma da educação superior e no desenvolvimento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

    Participam representantes de universidades brasileiras e dos países que assinarão o convênio (Argentina, França, Espanha e Portugal). Hoje, 25, às 16h30, o especialista belga Guy Haug fará uma conferência com o tema "Reformas na União Européia: Concepção e impacto sobre os sistemas nacionais". A programação do seminário está na página eletrônica da Conaes.

    Repórter: Susan Faria

  • Avaliar e discutir propostas de reestruturação dos conteúdos dos cursos de educação profissional em contabilidade e administração do Centro de Formação Administrativa e Gestão (Cenfa) da Guiné-Bissau é o objetivo da missão de cooperação técnica do  Ministério da Educação, que teve início nesta quinta-feira, 8, e se estende até o dia 16. Além de técnicos do MEC, a missão conta com a presença de professores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

    A agenda, proposta pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), foi organizada a partir de uma solicitação do Cenfa. Herus Pontes e Sandro César Bortoluzzi, professores da UFTPR, farão um diagnóstico dos cursos oferecidos pelo centro. “Queremos levar a experiência e o conhecimento tecnológico da nossa universidade e debater propostas com os professores locais, que possam contribuir de modo positivo na reformulação da estrutura dos cursos”, explica Bortoluzzi.

    Segundo a técnica em Planejamento e Gestão Educacional da Setec, Márcia Moreschi, durante a missão serão debatidas as próximas etapas da cooperação técnica. “Preliminarmente já identificamos algumas ações que deverão ser executadas nas futuras missões à Guiné-Bissau, como a capacitação dos professores, revisão dos conteúdos curriculares e elaboração e implantação do projeto pedagógico do centro”, afirmou.

    Guerra civil — Guiné-Bissau fica no norte da África e possui uma população de 1,4 milhão de habitantes. A economia do país é baseada na agricultura, sendo o caju a principal atividade agrícola. O parque industrial de Bissau, capital do país, foi totalmente destruído durante a guerra civil de 1998/1999. Durante esse conflito, as instalações do Cenfa foram bombardeadas e seus equipamentos e móveis saqueados. Hoje, o centro conta com 66 professores e 1.266 alunos matriculados nos cursos técnicos de administração e contabilidade.

    Marco Aurélio Fraga

  • DivulgaçãoO estudante paulista Gabriel Tavares Bujokas, de 17 anos, conquistou este mês a medalha de ouro na 46ª edição da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO). A competição reuniu 532 jovens de 91 países e o brasileiro foi o único representante latino-americano a levar o ouro. O Brasil também ganhou uma medalha de bronze e duas menções honrosas.

    A competição é considerada a mais importante da área pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Este ano, a olimpíada foi realizada entre os dias 8 e 19 de julho, no México, com jovens cujas idades variavam entre 14 e 19 anos. As provas envolveram disciplinas como álgebra, teoria dos números, geometria e combinatória. Gabriel obteve 37 pontos de um máximo de 42. “Alcançar medalha de ouro na IMO era o meu maior objetivo como estudante olímpico", afirma Gabriel, que há quatro anos se prepara para a competição e já ganhou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM), na Ibero-Americana e na do Cone Sul.

    O Brasil participa da olimpíada desde 1979. Este ano, teve uma equipe de seis estudantes. Quem escolhe os representantes brasileiros é o comitê da OBM, que há 27 anos organiza a competição entre estudantes dos ensinos fundamental (a partir da 5ª série), médio e universitário de todo o país.

    Provas – Este ano, já foram realizadas as provas da primeira fase dos níveis 1 (5ª e 6ª), 2 (7ª e 8ª) e 3 (médio). A segunda etapa ocorre no dia 3 de setembro e a terceira fase no dia 22 de outubro, para os três níveis, e no dia 23 só para os níveis 2 e 3. A primeira fase do nível universitário está marcada para o dia 3 de setembro e a segunda fase, para os dias 22 e 23 de outubro.

    Outro projeto que visa detectar precocemente talentos para a área matemática e científica e promover a melhoria do ensino é a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A competição terá a primeira edição este ano e vai avaliar quase 10,5 milhões de alunos de 31.731 escolas públicas brasileiras, o que representa 52% do número total.

    A Obmep é resultado de uma parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o MEC e tem como executores a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e o Impa. Os estudantes de 5ª a 8ª séries e do ensino médio serão avaliados em duas fases: a primeira, marcada para o dia 16 de agosto, é uma prova objetiva com 20 questões. A segunda, em 8 de outubro, será realizada apenas por 5% dos alunos que tiverem o melhor desempenho na 1ª fase.

    Premiação – No dia 9 de novembro será divulgada a lista dos premiados com informações sobre a cerimônia de premiação em Brasília. Serão distribuídas 300 medalhas de ouro, 405 medalhas de prata, 405 medalhas de bronze e 30 mil certificados de menção honrosa aos alunos mais bem classificados no exame. A olimpíada também premiará 100 professores, 100 escolas e 50 municípios que tiveram maior número de alunos premiados. Serão concedidas também 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do CNPq para os ganhadores de medalhas de ouro e prata e para 1.296 alunos (432 de cada nível) que receberem a maior pontuação, a partir do 301o lugar do resultado nacional.

    Incentivos – Há outras iniciativas bem-sucedidas no país que utilizam a matemática para estimular o estudo e a auto-estima dos estudantes. O Projeto Numeratizar, do Ceará, há dois anos realizou uma olimpíada de matemática para 80 mil estudantes de escolas públicas municipais e estaduais. No ano passado, promoveu uma oficina com os 300 alunos mais bem colocados, cerca de 150 docentes e professores de matemática das universidades estadual e federal. “Lembro de um aluno da 5ª série do ensino fundamental, de Crateús, que participou da reunião com os professores universitários, que resolvia problemas matemáticos que o seu professor não sabia. Ele é um talento para a área de cálculo que ficaria perdido no interior se não o detectássemos por meio da olimpíada”, acredita o coordenador do projeto, José Helder de Mesquita Filho. 

    Em 2004, foi firmado um convênio com o instituto paulista Maria Telles para dar uma nova oportunidade a 60 alunos de Fortaleza. Os mais bem colocados no exame fizeram uma nova seleção para estudar em outro período em uma escola particular, por meio de bolsa de estudo integral. “O que a gente percebe é que eles se sentem mais valorizados. Os alunos viram que o sonho é possível, não é tão difícil chegar à universidade. Perceberam que vale a pena continuar estudando, não desistir do vestibular após se formar no ensino médio”, afirma o professor.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Foto: OMBOs brasileiros sempre têm um bom desempenho em competições internacionais de matemática, mas desta vez se superaram. Na 12ª Competição Internacional de Matemática para estudantes universitários (IMC), ocorrida em julho, na Bulgária, a equipe nacional (foto) conquistou três medalhas de ouro, uma delas especial, quatro de prata e seis de bronze, além de quatro menções honrosas.

    O Brasil, que participa da competição desde 2003, conquistara uma medalha de ouro em 2004, mas pela primeira vez um estudante do país, Alex Corrêa Abreu, 19 anos, aluno de matemática aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ganhou a especial (grand first prize), concedida aos mais bem colocados dentre os medalhistas de ouro. Este ano, foram distribuídas nove medalhas.

    Thiago Barros Rodrigues Costa, estudante de computação da Unicamp, e Fábio Dias Moreira, aluno de matemática pura e física da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), também receberam medalhas de ouro. “Eu não esperava um resultado tão bom porque competíamos contra os melhores estudantes do mundo. O resultado foi uma surpresa”, disse Fábio, 18 anos, já premiado em competições nacionais, ibero-americanas e na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO).

    Os estudantes selecionados fazem parte da lista de premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) do ano passado. A preparação para a prova incluiu uma série de exercícios, elaborados por professores e ex-participantes da competição, aulas e treinamento específicos e treinamento via internet.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • A primeira universidade tecnológica do Brasil, a Federal do Paraná (UTFPR), será instalada oficialmente na próxima segunda-feira, 21. A cerimônia será presidida pelo reitor pro tempore, Eden Januário Netto, e contará com a presença do secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, do vice-reitor pro tempore, João Luiz Kovaleski, autoridades e parlamentares.

    A instalação dos demais campi, no total de seis, será em seguida. Dia 25 de novembro (Medianeira), dia 26 (Campo Mourão), dia 2 de dezembro (Cornélio Procópio), dia 5 (Ponta Grossa), dia 9 (Dois Vizinhos) e dia 10 (Pato Branco). A UTFPR é a primeira universidade especializada do país com denominação específica e foi transformada a partir do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) em 7 de outubro, por meio de sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Para Eden Januário Netto, a instalação da universidade tecnológica não significa uma mudança de gestão, mas um marco de etapa histórica. “É a quinta oportunidade de mudarmos em 96 anos de existência, considerando que a instituição não foi criada e, sim, transformada”, afirma Netto, referindo-se às cinco alterações de nome e estrutura pedagógica da UTFPR, desde a sua fundação em 1909.

    A instituição tem 96 anos e muita história para contar. Ela oferece 11 cursos técnicos integrados e dois subseqüentes, 41 graduações, 41 especializações, quatro mestrados e um doutorado. Tem cerca de 15.500 alunos regulares, 1.330 professores e 539 técnicos administrativos estão distribuídos em campus localizados nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Campo Mourão, Medianeira, Pato Branco/Dois Vizinhos e Cornélio Procópio.

    Repórter: Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Comunicação da UTFPR

  • Belém — Os avanços da pós-graduação e o aumento da produção científica brasileira foram abordados pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, na 59ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nesta segunda-feira, 9, em Belém (PA).

    O Brasil forma hoje cerca de dez mil doutores por ano e a expectativa é de que esse número chegue a 16 mil em 2011. Os cursos de pós-graduação oferecidos em diferentes áreas do conhecimento somam 3.632, sendo 2.393 de mestrado e 1.239 de doutorado, com o ingresso de 50 mil alunos por ano. O número de cursos novos cresce, em média, 7% ao ano.

    Com a retomada em 2004 do Plano Nacional de Pós-Graduação, a Capes fez um diagnóstico da situação da área. Um dos problemas verificados é a assimetria regional. A maior parte dos cursos está nas regiões Sudeste e Sul: são 72% dos mestrados e 80% dos doutorados, enquanto na região Norte os percentuais chegam a 4% de mestrados e 2% de doutorados. De acordo com o presidente da Capes, já foram tomadas algumas iniciativas para mudar  essa situação, como a indução da formação de consórcios entre instituições de regiões diferentes.

    Avanços — A pós-graduação brasileira avança também para o exterior. “A Capes está induzindo a realização de cursos de mestrado e doutorado em outros países, como África, Argentina, Estados Unidos e França, oferecidos por instituições brasileiras sozinhas ou em parceria com instituições estrangeiras”, explica Jorge Guimarães. “Já temos um mestrado em saúde pública em Angola, oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e três mestrados nas áreas das engenharias em Cabo Verde promovidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além disso, está em fase de aprovação um doutorado em biologia molecular de plantas, desenvolvido por meio de parceria entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) e duas instituições norte-americanas — as universidades de Ohio e Rutgers”, diz o presidente da Capes.

    A 59ª SBPC prossegue até sexta-feira, 13, com exposições, conferências, simpósios, minicursos, mesas-redondas e encontros abertos. São esperados cerca de 15 mil participantes, entre estudantes, pesquisadores, professores e cientistas.

    Fátima Schenini

  • O Ministério da Educação deu início na segunda-feira, 26, à primeira etapa de um curso de especialização para 30 técnicos do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação de Angola, país de língua portuguesa do sudoeste da África. O curso, nessa etapa, que se estenderá até sexta-feira, 30, é ministrado em Luanda, capital do país, por especialistas brasileiros na área curricular, sob a coordenação da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    A oferta da especialização, segundo Magda Ribeiro Coelho, da Assessoria Internacional do MEC, integra uma série de atividades educacionais decorrentes de acordos de cooperação assinados entre Brasil e Angola. O curso tem duração de 18 meses, ministrado em três períodos presenciais de uma semana cada um, mais atividades a distância, sob a coordenação de Sandra Pagel e Aricélia Ribeiro do Nascimento, da SEB.

    Na primeira etapa presencial, os técnicos angolanos receberão formação sobre currículo e temporalidades humanas no cotidiano da escola, ministrada por Jaime Bachmann, professor de estudos sociais da Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste de Santa Catarina, e sobre currículo, conhecimento e cultura, com a professora Antônia Pereira dos Santos, especialista em administração escolar da Universidade Católica de Brasília.

    A segunda fase, de 25a 29 de agosto, vai abordar currículo e organização dos tempos e espaços escolares, com Nilma Lino Gomes, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, e currículo, alfabetização e letramento, com Telma Ferraz, professora adjunta do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, e com Cecília Goulart, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.

    A última parte do curso, de 8 a 12 de dezembro, terá os temas currículo e processos de aprendizagem, com Maria Isabel Ferraz Pereira Leite, professora do programa de pós-graduação em educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense; currículo e avaliação do ensino-aprendizagem, com Cláudia de Oliveira Fernandes, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e currículo e educação especial, tema ainda sem especialista confirmado. Ao final do curso, os estudantes vão apresentar ao governo de Angola uma proposta curricular para a educação básica.

    O país — Angola foi colonizada por Portugal no século 15 e se tornou independente em 1975. Tem hoje 12,2 milhões de habitantes e uma área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, com 18 províncias. É um país rico em petróleo e diamantes, mas ocupa o 162º lugar no índice de desenvolvimento humano.

    O país africano mantém com o MEC diversos acordos de cooperação, um deles, com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que oferecem mestrado em saúde pública, em parceria com a Universidade Agostinho Neto, de Luanda.

    Ionice Lorenzoni

  • Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) embarcam no próximo dia 8 para Praia, capital de Cabo Verde. Eles irão ajudar a implementar, no país africano, um programa de merenda escolar nas escolas públicas de ensino básico, semelhante ao brasileiro. A iniciativa faz parte de um memorando de entendimento assinado, no ano passado, pelo FNDE com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Angola, Moçambique e Cabo Verde.

    Os três países são atendidos na área alimentar pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU), criado com o objetivo de resolver situações emergenciais. Mesmo depois das emergências, porém, aquelas nações continuaram por vários anos sendo assistidas pelo PMA, que está agora saindo da região. Segundo Márcia Molina, coordenadora de monitoramento e avaliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), a escolha do Brasil para dar assistência técnica em alimentação escolar se deve ao sucesso da experiência.

    “O Pnae é universal. Seus princípios são voltados para direitos humanos, acompanhamento, recursos descentralizados e fomento local”, exemplifica Márcia Molina. Ela destaca o fato de a compra da merenda ser local, o que permite movimentação do comércio e aquisição de produtos naturais e saudáveis. A formação e a capacitação de conselhos da alimentação escolar são outros pontos positivos para acompanhar e fiscalizar o programa.

    Praia —Em Cabo Verde, a missão do FNDE permanecerá até o dia 22 de fevereiro, visitando escolas, vendo a realidade, as condições socioeconômicas e a produção agrícola. Em seguida, a missão vai propor um programa semelhante ao Pnae. Participarão das ações representantes do Ministério da Educação de Cabo Verde e de organizações não-governamentais.

    O programa atenderá a cerca de 100 mil alunos da educação básica de Cabo Verde, a partir do final deste ano.

    No Brasil, a merenda escolar é oferecida a 37 milhões de estudantes matriculados em escolas públicas de ensino fundamental. Com orçamento de R$ 1,5 bilhão em 2006, o Pnae  é considerado um dos maiores programas na área de alimentação escolar no mundo. Mais informações no sítio do FNDE.

    Súsan Faria

  • Ministro Fernando Haddad discursa na 34ª Conferência Geral da Unesco, em Paris (Foto: Divulgação)O Brasil quer um banco de projetos baseado nas melhores práticas educacionais de cada país-membro e parceiro da Unesco. O pedido foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 18, durante discurso na 34ª Conferência Geral da Unesco, em Paris. Haddad deu ênfase à posição do país em relação ao caráter da educação: “O Brasil considera educação um bem público, e não mercadoria, sujeita às regras do mercado e do lucro”.

    “O Brasil está dando o primeiro passo”, disse. Haddad se referiu ao seminário internacional que o Ministério da Educação pretende organizar para o segundo semestre de 2008. O objetivo é a troca de experiências de êxito e de larga escala já aplicadas nos países. “Nossa intenção é consolidar um portfolio de melhores práticas que poderão colocar a cooperação internacional em novas bases a serem transformadas em políticas públicas nos países em desenvolvimento.”

    Haddad criticou a falta de parceria internacional, ao sublinhar o oitavo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). “A parceria global para o desenvolvimento tem sido o objetivo menos discutido e implementado.” Para dar o exemplo e colaborar com o desenvolvimento de parcerias, o Brasil está colocando à disposição suas melhores práticas educacionais e pretende financiar projetos de outros países. “Apesar das limitações econômicas, o Brasil quer construir importantes parcerias de cooperação Sul-Sul.” O ministro lembrou que diversos países da América do Sul e da África já se beneficiam da cooperação brasileira, “que, acima de tudo, é solidária”, afirma.

    Financiamento educacional, distribuição gratuita de livros didáticos, avaliação da qualidade, alimentação escolar e formação de professores foram algumas áreas citadas para troca de informações. “Não basta apenas mobilizar mais recursos. É fundamental pôr à disposição da Unesco, das agências internacionais e dos mecanismos bilaterais de cooperação um banco de projetos baseado nas melhores práticas educacionais vigentes em nossos países.”

    Haddad falou da visão brasileira da educação como um sistema que privilegia todos os níveis de ensino. Ao citar o Plano de Desenvolvimento da Educação, ele afirmou que o Brasil parte do princípio de que a educação é responsabilidade do Estado, mas também é um esforço social mais amplo. “A educação não se desenrola apenas na escola, mas tem lugar na família, na comunidade e em todos os espaços de interação, especialmente no trabalho.”

    A visão sistêmica do Plano de Desenvolvimento da Educação permitiu, segundo o ministro, cuidar de todos os níveis, inclusive da educação científica e profissional. “O Brasil está reduzindo o hiato entre a pesquisa científica e sua vinculação com o sistema produtivo.” Uma lei de incentivos fiscais à produção nacional de ciência e tecnologia e a duplicação, em quatro anos, de pólos de tecnologia e profissionalizantes, são ações para elevar a colocação do Brasil na produção científica mundial. “Em breve, estaremos entre os dez países com maior produção em ciência e tecnologia”, disse.

    Após o discurso na sessão plenária, o ministro se encontrou com o diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura.

    A Conferência Geral da Unesco segue até 3 de novembro, com cerca de dois mil participantes de 193 estados-membros da Unesco.

    • Confira o discurso do ministro da Educação na íntegra

    Manoela Frade

  • Ao longo desta semana, de 20 a 24 de novembro, o Brasil e outros 16 países latinos participam de um estudo que vai investigar o desempenho de alunos de 3ª e 6ª séries do ensino fundamental, e quais fatores contribuem para explicar os diferentes níveis de aprendizagem na região. Trata-se do Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce), coordenado pelo Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade da Educação (LLECE), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) é responsável pela operacionalização do Serce no Brasil.

    O estudo tem o objetivo de avaliar a aprendizagem dos alunos latino-americanos nas áreas de matemática, linguagem e ciências. A idéia é fornecer informações aos sistemas educacionais dos países participantes e compartilhar experiências exitosas, com foco na eqüidade e numa ótica de escola como espaço de desenvolvimento social coletivo, e não apenas voltada para o acúmulo de conhecimento individual. Participam, além do Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México, Paraná, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

    No Brasil, irá responder às provas do Serce uma amostra de cerca de 14 mil alunos de 3ª e 6ª séries de ensino fundamental, de 175 escolas públicas e privadas, em 25 unidades da Federação (as exceções são Acre e Rondônia). A amostra de escolas foi definida aleatoriamente por um comitê técnico internacional. Dentro de cada escola selecionada serão avaliadas todas as turmas das séries de interesse. Além das provas, os alunos responderão a questionários com perguntas sobre o ambiente escolar e familiar. Pais, professores e diretores de escola também serão ouvidos.

    O primeiro estudo do Laboratório Latino-Americano de Avaliação foi feito em 1997 e teve participação de 11 países – as análises podem ser vistas na página eletrônica do Inep. Os resultados da edição deste ano serão divulgados no decorrer de 2007. (Assessoria de Imprensa do Inep)

  • O governo australiano promove, de 3 a 5 de abril próximo, em Brisbane, o Fórum Internacional de Educação. Os objetivos do evento são facilitar a cooperação internacional na área educacional, ampliar o diálogo sobre as perspectivas da educação em âmbito global e buscar soluções para os desafios do setor.

    O Ministério da Educação enviou delegação à Austrália, chefiada pelo secretário de educação a distância, Ronaldo Mota. Além do fórum, a agenda prevê visitas à Universidade de Queensland, encontros com representantes do Departamento de Educação, Ciência e Treinamento (Dest) e do governo australiano, além de reuniões bilaterais com os ministros participantes para tratar de parcerias com China, Coréia do Sul e Timor Leste, por exemplo. Serão discutidas possíveis cooperações na área de ciência e tecnologia, em setores como nanotecnologia, biotecnologia, aqüicultura e oceanografia.

    Integrantes da missão brasileira cumprem agenda nesta quinta-feira, dia 30, em Camberra. O coordenador-geral de cooperação internacional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Benício Schmidt, falará sobre o sistema educacional brasileiro. A equipe se encontrará com representantes da Universidade de Camberra. Na sexta-feira, 31, haverá reunião na Universidade de Macquarie, em Sydney, e encontro com a diretoria do Departamento de Educação e Treinamento do Instituto de Sydney.

    Cooperação - Em abril de 2005, os ministros da Educação da Austrália e do Brasil assinaram memorando de entendimento para cooperação no campo da educação e capacitação. Entre os acordos firmados estavam o intercâmbio de pessoal acadêmico e estudantes entre escolas e instituições de educação profissional e tecnológica e de educação superior; assistência mútua e troca de informações nas áreas de interesse de escolas de ambos os países; desenvolvimento de atividades conjuntas para o emprego de tecnologia da informação, particularmente da internet, na área da educação, e apoio a bolsas de estudo para pesquisas de pós-graduação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento dos recursos humanos.

    Mais informações sobre o fórum na página eletrônica da Australian Education International.

    Lívia Jappe

  • O jornalista e comentarista econômico Luis Nassif afirmou, nesta quinta-feira, 9, que o Brasil precisa se aperfeiçoar no processo de patenteamento de produtos. Nassif, que palestrou sobre o tema patentes e tecnologia no seminário Avaliar para Avançar, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), disse que, antes de se patentear algum produto, existem outros aspectos mais relevantes que devem ser levados em conta, como o controle de processos. “É preciso saber fabricar e não apenas fazer inovações potencialmente patenteáveis. Se você tem as patentes, mas não domina a técnica produtiva, o aproveitamento é mínimo”, ressaltou.

    Para o jornalista, o Brasil tem que aprender – assim como os outros países já fazem – o procedimento pelo qual as patentes passam, antes de serem aprovadas. Na sua opinião, dominar o conhecimento sobre as patentes significa reverter resultados em inovação, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Nassif também observou que, a partir dos anos 90, a universidade passou a estimular demasiadamente as patentes, como se fossem o caminho para se alcançar a evolução. “Internacionalmente, as patentes não possuem o papel fundamental que tinham antes, justamente por causa de uma superdosagem ocorrida nos últimos anos.”

    Inserção social — Em outra mesa de debate, o acadêmico da área de Educação, Robert Verhine, palestrou sobre o tema inserção social. Ele destacou a importância da produção bibliográfica e o seu impacto sobre a vida acadêmica e para a geração de conhecimento. “Não podemos supor, contudo, que a produção acadêmica possa ser um instrumento-guia para as mudanças sociais. Deve ser, sim, complemento para essas mudanças”, considerou.

    As discussões realizadas durante o seminário, segundo o diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, abordam os cenários da pós-graduação sob o ponto de vista, sobretudo, da avaliação. A questão da inserção social, exemplifica Janine, é muito importante, porque é uma novidade de avaliação de cursos pela Capes. “Com o panorama de todas as oficinas apresentadas no seminário, cobrimos questões relevantes da pós-graduação no Brasil.”

    O seminário Avaliar para Avançar também contou com as oficinas O Futuro do Mestrado Profissional e As Publicações em Periódicos. Mais de 300 pesquisadores de todo o País participaram do encontro, que integra as comemorações dos 55 anos da Capes e dos 30 anos da avaliação da pós-graduação.

    Cristiano Bastos


  • O Ministério da Educação apresentou na última quarta-feira, 23, e nesta quinta, 24, o programa Brasil Profissionalizado no Espírito Santo e Ceará, segundo e terceiro estados a solicitar recursos do programa. O Piauí foi o primeiro a fazer a solicitação. Com o Brasil Profissionalizado, o MEC vai investir R$ 900 milhões nos próximos quatro anos (2008-2011) na construção, ampliação ou reforma de escolas públicas de ensino médio e profissional.

    Durante a apresentação do Brasil Profissionalizado em Vitória, na quarta-feira, 23, representantes do MEC orientaram os gestores locais e receberam as demandas de adesão ao programa. Os estados que possuam rede de ensino médio ou de educação profissional de nível médio e tenham assinado o Compromisso Todos pela Educação podem solicitar adesão ao programa. Os recursos do MEC também podem ser utilizados na aquisição de mobiliário, equipamentos e laboratórios de formação de professores na área de ciências.

    De acordo com Irineu Colombo, diretor de Articulação Institucional da Setec, o Governo do Espírito Santo vai escolher as áreas dos cursos que serão ofertados nas escolas públicas, de acordo com a demanda por mão-de-obra, e elaborar os projetos. “A escolha dos cursos dependerá dos arranjos produtivos locais”, explicou. “O MEC analisa o pedido e define se vai investir recursos diretos, incentivar parcerias com o Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Cefet-ES) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) ou fornecer assistência técnica.”

    Colombo afirmou ainda que, dependendo do curso que o Governo do Estado quiser implantar, o Cefet-ES ou a UFES poderão atuar na formação dos professores da rede estadual. Além disso, a estrutura do Cefet servirá como referência para criação de laboratórios. “Pretendemos implantar laboratórios básicos de química, física, biologia, matemática e informática”, observou.

    O secretário de Educação do Espírito Santo, Haroldo Corrêa Rocha, ressaltou a importância do programa para o Estado. “Com esse financiamento direto do MEC nas escolas estaduais, a comunidade será a grande beneficiada”, disse.

    Ceará – Nesta quinta-feira, 24, o MEC apresentou o programa em Fortaleza. Segundo a secretária de Educação do Ceará, Izolda Cela, a expectativa é de que o programa atenda, só em 2008, 4.410 alunos da rede pública estadual. A meta, segundo a secretária, é que cinqüenta escolas estejam cadastradas no Brasil Profissionalizado até 2010.

    O governador em exercício, Francisco Pinheiro, destacou que, com a iniciativa, o Ceará prova que a educação é a única forma de mudar o cenário de possibilidades para os jovens. “O Governo está trabalhando muito, principalmente por meio de programas como esse, para incluir os jovens no mercado de trabalho”, afirmou.

    Após a aprovação dos projetos enviados pelos estados, os recursos serão repassados via convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), explicou Roberto Lunelli, um dos coordenadores do programa, durante a apresentação do programa em Fortaleza.

    Sophia Gebrim

     

  • O Rio Grande do Norte é o sétimo estado a solicitar recursos do Brasil Profissionalizado, programa do Ministério da Educação que visa o aumento da oferta de ensino médio integrado ao profissional no país. Nesta quarta-feira, 28, representantes do MEC estiveram em Natal para lançar o programa no estado.

    Dentre as ações do Brasil Profissionalizado no Rio Grande do Norte está prevista a reforma e adequação de 30 escolas para a oferta do Programa Nacional de Integração de Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). E também a reforma e adequação de mais 10 escolas do ensino médio integrado, aquisição de mobiliários, equipamentos e laboratórios destinados ao ensino profissional.

    Os recursos do programa também podem ser utilizados para a formação de professores na área de ciências. O Brasil Profissionalizado prevê ainda a construção de 10 centros de excelência em ensino profissional e tecnológico de nível médio que serão instalados em municípios pólo do estado, que serão escolhidos mediante pesquisa e cadeias produtivas.

    Marisa de Souza Pinheiro, subcoordenadora de ensino profissional da Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, afirmou que o programa tem o objetivo de prestar assistência financeira a ações de desenvolvimento e estruturação do ensino médio integrado à educação profissional. Segundo ela, será enfatizada a educação cientifica, “por meio da articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos arranjos produtivos locais e regionais”.

    Em 2008, o MEC vai investir R$ 210 milhões no Brasil Profissionalizado. Até 2011 serão mais R$ 690 milhões. A meta do programa é atender 800 mil alunos, capacitar 14 mil professores e construir 2.500 laboratórios em todo o País.

    No próximo dia 2 de junho o programa será lançado em Palmas (TO).

    Sophia Gebrim

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