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  • Uma delegação de representantes do Ministério da Educação está na República Popular da China para discutir os detalhes relativos à implementação do Programa Executivo de Cooperação Educacional para o triênio 2006/2008, assinado entre os dois países, em novembro de 2005. A missão é chefiada pelo coordenador-geral de Cooperação Internacional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Benício Schmidt.

    Entre os temas que fazem parte do acordo e serão discutidos esta semana, até a sexta-feira, 24, estão a realização de atividades de cooperação, intercâmbio acadêmico entre as universidades dos dois países, envolvendo alunos, professores e pesquisadores de graduação e pós-graduação. Outra questão é o ensino de línguas, visando à difusão do português na China e do chinês no Brasil, com o envio de professores para lecionar nas universidades de cada país.

    Cooperação – Uma delegação do Ministério da Educação da China (RPC) esteve na Capes, em junho de 2005. Liderada pelo diretor do Centro de Desenvolvimento dos Graus Acadêmicos e da Formação de Pós-Graduação do Ministério da Educação, Wu Boda, a missão chinesa veio conhecer os programas da Capes. Na ocasião, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, fez uma apresentação sobre o funcionamento da instituição e destacou o fato de que os dois países possuem uma forte cooperação em áreas como biotecnologia, genética e espacial (satélites).

    Integram a comitiva Ramiro Laterça, assessor internacional da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC); Mathias Gonzales Souza, gestor de planejamento da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC); e Vanessa Costa, da assessoria internacional do MEC.

    Repórter: Fátima Schenini

     

  • Projetos de intercâmbio de pós-graduação entre Brasil e Cuba serão avaliados esta semana, em Havana, por especialistas em educação. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, participa do Encontro Binacional de Educação Capes e Ministério da Educação Superior de Cuba.

    Uma comissão formada por representantes dos dois países julgará 57 projetos brasileiros e cubanos. A parceria foi criada para estimular a troca de experiências científicas em áreas prioritárias definidas pelos dois países. Segundo Guimarães, o objetivo da missão, além de julgar as propostas, é ampliar o intercâmbio e incluir novos parceiros. “Precisamos aprofundar a pesquisa conjunta em diversas áreas importantes. Entre elas, tecnologia da informação e energia”, destacou.

    Os projetos apresentados estão ligados a programas de doutorado com conceitos 5, 6 ou 7 na avaliação da Capes. As equipes selecionadas receberão até três bolsas de estudo por ano para estudantes de doutorado. Além disso, são financiadas missões de trabalho dos professores envolvidos nos projetos.

    Análise — A missão, coordenada pelo presidente da Capes, é composta pelos pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá, da Universidade de Brasília e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Celso Pinto de Melo, pró-reitor de pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco, e Sandoval Carneiro Júnior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Entre os critérios analisados estão o caráter inovador da pesquisa a ser realizada e a possibilidade de aumento da produção científica.

    Além de analisar as propostas dos brasileiros e cubanos, o grupo conhecerá os principais institutos de pesquisa e universidades de Cuba com o objetivo de aumentar a parceria entre os dois países.

    Repórter: Adriane Cunha

  • Novas propostas de intercâmbio de pós-graduação entre grupos de pesquisa brasileiros e cubanos foram aprovadas na quarta-feira, 7, na cidade de Havana, Cuba. A comissão julgadora analisou 57 projetos, dos quais foram recomendados 30. Os estudos desenvolvidos serão nas áreas de biologia, engenharias, meio ambiente, física e educação.

    De acordo com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, o Encontro Binacional de Educação Capes e Ministério da Educação Superior de Cuba (MES) serviu para conhecer os processos de apresentação de projetos nos dois países. Com isso, Guimarães acredita que as propostas que serão apresentadas em julho do próximo ano terão mais qualidade. “Queremos um número maior de estudantes de doutorado envolvidos neste intercâmbio. Isso é importante para os dois lados”, disse.

    Para o diretor de Ciência e Tecnologia do MES, José Luís Garcia Cuervas, a aprovação do número de projetos foi de extrema importância, porque houve um aumento comparado a outros anos. Segundo Cuervas, o encontro irá permitir uma melhor formulação de propostas de estudos conjuntos. “Com as reuniões já definimos nossas áreas prioritárias e percebemos uma boa recepção brasileira.”

    Entre as prioridades estão o desenvolvimento de pesquisa em vegetais, humana e animal, ciências da computação, bioinformática, biologia, engenharia biomédica, matemática, física e ciências agrárias. Cuervas espera também intensificar o envio de estudantes cubanos financiados por bolsa-sanduíche.

    Programa – O programa Capes/MES foi criado para estimular a troca de experiências científicas em áreas prioritárias definidas pelos dois países. Os projetos brasileiros apresentados estão ligados a programas de doutorado com conceitos 5, 6 ou 7 na avaliação da Capes. As equipes selecionadas receberão até três bolsas de estudo por ano para estudantes de doutorado. Além disso, são financiadas missões de trabalho dos professores envolvidos nos projetos.

    Para o pró-reitor de pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Celso Pinto de Melo, um dos avaliadores dos projetos, uma cooperação internacional só tem sucesso quando os dois lados apresentam uma proposta estruturada. “O importante é ter objetivos claros, envolvendo professores e estudantes para formar novos profissionais”. Outros dois critérios analisados são o caráter inovador da pesquisa e a possibilidade de aumento da produção científica.

    Os pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá, da Universidade de Brasília e Embrapa, e Sandoval Carneiro Júnior, da Universidade Federal de Rio de Janeiro (UFRJ) integraram o grupo que analisou os projetos do lado brasileiro.

    Repórter: Adriane Cunha

  • O ministro da Educação, Tarso Genro, participa em Havana, Cuba, de 31 de janeiro a 4 de fevereiro, do Congresso de Pedagogia 2005, do 1º Congresso Mundial de Alfabetização, da 14ª Feira Internacional do Livro e assina com o ministro da Educação, Luis Gómes Gutiérrez, um protocolo de intenções que prevê intercâmbio e cooperação entre o Brasil e Cuba.

    Na agenda de trabalho, Tarso Genro participa segunda-feira, 31, da abertura do Congresso de Pedagogia, evento que vai discutir 17 temas, dos quais se destacam a educação sexual, a família, a mulher e igualdade de gênero; a atenção integral às crianças, adolescentes e jovens com necessidades educacionais especiais; a formação inicial e permanente dos professores; a qualidade da educação; as tecnologias da informação e as comunicações no processo educacional. Nos dias 1º e 2 de fevereiro, o ministro visita três instituições de ensino: a Escola Secundária Básica José Martí, o Instituto Superior Politécnico e a Universidade de Havana, além ter de um encontro com o ministro da Educação Superior de Cuba, Fernando Vecino Alegret. Também na quarta-feira, 2, Tarso Genro faz uma conferência no  Congresso de Pedagogia.

    Feira do Livro - Quinta-feira, 3, o ministro Tarso Genro abre a 14ª Feira Internacional do Livro de Havana (FILH), em Fortaleza San Pedro de la Cabaña. A FILH deste ano homenageia o Brasil com diversas atividades, entre elas, uma exposição sobre o cantor, poeta, compositor e escritor Chico Buarque; uma mostra do artesanato brasileiro; e mostra de 17 filmes de longa metragem e sete de curta metragem. Durante a feira, os cubanos também poderão assistir a uma série de palestras sobre o Brasil apresentadas pelo escritor Frei Beto, pelo historiador Eduardo Rômulo Bueno, pelo professor e poeta Sérgio Capparelli, pelo sociólogo e ensaísta Emir Sader, entre outros. Na sexta-feira, 4, Tarso Genro encerra sua participação nas atividades em Cuba com uma vista ao Museu da Alfabetização e do encerramento do Congresso de Pedagogia e do 1º Congresso Mundial de Alfabetização.

    Protocolo - Ainda sem dia marcado, durante a visita, os ministros da Educação do Brasil, Tarso Genro, e de Cuba, Luis Gómez Gutiérrez, assinam um protocolo de intenções que prevê a troca de experiências e promoção da qualidade da educação entre os dois países. As ações decorrentes do protocolo abrangem a educação em todos os níveis, do pré-escolar à educação superior, do ensino técnico e profissional à educação de jovens e adultos, além da formação de professores.

    Com duração de cinco anos, o protocolo propõe uma série de intercâmbios, entre eles, de delegações em cada nível de ensino para troca de experiências; a facilitação da participação de docentes e especialistas em eventos científicos e pedagógicos, de cursos de pós-graduação e estágios.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Júlio César PaesFoi firmado na segunda-feira, 29, durante encontro do ministro da Educação, Fernando Haddad, com o embaixador cubano no Brasil, Pedro Nuñez Mosquera, um acordo de cooperação na área educacional. Haddad entregou ao embaixador uma carta para o ministro da Educação de Cuba, onde afirma a intenção de utilizar o programa de alfabetização cubano Yo si puedo (Sim, eu posso) em um projeto-piloto de alfabetização nos municípios piauienses de Murici dos Portelas, Caxingó e Buriti dos Lopes.

    Na carta, Haddad informa que o treinamento dos alfabetizadores brasileiros para o projeto-piloto, com duração de cinco meses e meio, terá início em 3 de outubro próximo e o das classes de alfabetização, em 17 de outubro. Inicialmente, serão atendidos 100 jovens e adultos.

    O acordo de cooperação integra parte do protocolo de intenções firmado em setembro de 2003 entre os governos dos dois países para a cooperação internacional de alfabetização de jovens e adultos. Um especialista cubano prestará assessoria técnica na implementação do programa, que será supervisionado pelo MEC.

    A aplicação do método no contexto brasileiro prevê a adaptação do material didático cubano ao universo vocabular e cultural dos alfabetizandos brasileiros. A proposta metodológica é constituída de encontros presenciais, em que o processo de ensino-aprendizagem é mediado pela utilização de tecnologias, como aparelhos de TV e vídeo.

    A aprendizagem ocorre pela correspondência entre números, letras, bichos e cadeias causais de associação. Também são utilizados vídeos metodológicos que orientam os monitores a conduzir o encontro para que os alfabetizandos aprendam com mais facilidade. O material audiovisual é composto por 17 fitas em VHS, nas quais estão distribuídas 65 videoaulas, que totalizam 32,5 horas de gravação. A videoaula de cada encontro tem a duração de 30 minutos.

    O programa cubano de alfabetização foi elaborado pelo Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño (Iplac), de Cuba, com a finalidade de erradicar o analfabetismo da America Latina. O método já é usado no Haiti, Argentina, Venezuela, Nicarágua. Neste ano, está sendo implantado na República Dominicana com a finalidade de alfabetizar 600 dominicanos no prazo de seis meses.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A direção do Centro Nacional de Investigação Científica (CNIC) apresentou o processo de registro de patentes adotado por Cuba à missão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) que realiza uma série de reuniões de trabalho, nesta semana, no país caribenho. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e os pesquisadores Maria de Fátima Grossi de Sá e Celso Pinto de Melo, estiveram reunidos com o diretor do CNIC, Carlos Gutierrez Calzado.

    O centro cubano desenvolve pesquisas científicas e tecnológicas, principalmente na área biomédica. São investigados novos medicamentos a partir de produtos naturais. Um deles é o chamado Abexol, um extrato purificado de cera de abelha, cujos componentes servem como antioxidantes e suplemento alimentar.

    “O CNIC é o órgão governamental cubano que negocia nacionalmente e internacionalmente parte das pesquisas desenvolvidas no país”, diz Calzado. Ele explica que Cuba tem uma preocupação de sempre patentear seus produtos. “Procuramos parceiros que financiem a pesquisa, mas primeiro realizamos o registro no país e depois fazemos o procedimento nos países interessados.” O centro também investe em estudos nas áreas de neurociências, material de implantes cardíacos e combate a diversas doenças.

    Para a consultora da Capes e pesquisadora da Embrapa Maria de Fátima Grossi de Sá, o Brasil tem muito a aprender com Cuba sobre a questão de registro de patentes. “O Brasil está em um bom nível de pesquisa e Cuba consegue transformar as suas pesquisas em produto, apresentando resultados econômicos para o país”, afirma. Segundo ela, cada instituto de pesquisa cubano tem de forma clara a política de registro de patentes.

    O processo é realizado por um escritório, instalado dentro de cada instituto, formado por um advogado, um economista e três profissionais da área científica. “Acho isso um ponto importante para o Brasil. Nós, brasileiros, ainda temos que aprender a finalizar e utilizar os resultados das pesquisas com mais eficiência, isso quer dizer aumentar o número de patentes”, afirma Fátima, que acrescenta: “A cooperação com os cubanos pode intensificar a troca deste tipo de experiência de registro de produtos”.

    Mais de 200 mil mestres e doutores estudaram no CNIC desde 1965, quando foi criado. Atualmente, a instituição possui 700 funcionários e tem relação com 130 universidades cubanas.

    Repórter: Adriane Cunha

     

  • Produção e Saúde Animal é o tema do seminário que inicia nesta terça-feira, 27, em Havana, com o objetivo de integrar docentes e pesquisadores, ampliar a pesquisa e a formação de recursos humanos entre os dois países. A delegação brasileira é liderada pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC), Jorge Guimarães.

    De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da Universidade Agrária de Havana, Pablo Hernandéz Alfonso, Brasil e Cuba já possuem tradição em parcerias de intercâmbio de formação de recursos humanos na área de ciências agrárias. “Queremos não só colaborar com o Brasil na formação de recursos humanos, mas também fazer a troca de tecnologia", diz.

    A realização desse encontro foi acertada durante missão de trabalho realizada pela Capes à Cuba, em dezembro último, quando foi identificada a necessidade de formação de novas parcerias nessa área. Em abril, a cooperação entre Brasil e Cuba na área de ensino superior, pesquisa e extensão foi discutida por reitores e representantes do governo cubano. Eles participaram, em Brasília, do 2º Encontro de Reitores de Universidades Brasileiras e Universidades Cubanas, promovido pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), com o apoio do MEC e do Ministério das Relações Exteriores.

    Intercâmbio – Doze projetos de intercâmbio de pós-graduação entre grupos de pesquisa brasileiros e cubanos foram selecionados para participar do programa que a Capes desenvolve em parceria com o Ministério de Educação Superior (MES) de Cuba. Conhecido como Capes-MES, o programa foi criado para estimular a troca de experiências científicas em áreas definidas como prioritárias pelos dois países. Para o presidente da Capes é necessário ampliar o número de estudantes de doutorado envolvidos neste intercâmbio.

    Integram a missão os pesquisadores Cleber Oliveira Soares, do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte da Embrapa e Hermann Schatzmayr, da Fundação Oswaldo Cruz; os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Termignoni e Elizabeth Obino Cirne Lima; Clarice Weis Arns, da Unicamp; e o assessor técnico da Capes, Sérgio Avellar.

    Fátima Schenini

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Ministério da Educação Superior de Cuba aprovaram 17 projetos de pesquisa conjunta. A decisão foi tomada durante reunião do Programa de Cooperação Científica entre Instituições de Ensino Superior do Brasil e de Cuba, realizada em Havana, entre 8 e 11 deste mês.

    Juntamente com os projetos que solicitaram renovação neste ano, haverá um total de 31 projetos apoiados em 2008. Entre as novas propostas, serão realizados estudos nas áreas de engenharia mecânica, ciências veterinárias, ciência e engenharia dos materiais, física, demografia, agronomia e energia. O programa financia a qualificação, intercâmbio e cooperação de grupos de pesquisa entre os dois países. A duração dos projetos conjuntos é de no máximo dois anos, sem prorrogação. As atividades de pesquisa terão início em março de 2008.

    Cada projeto brasileiro recebe R$ 10 mil para custeio. O programa financia duas viagens de missão de trabalho e duas de estudos a Cuba para cada projeto selecionado. As missões de trabalho, de no máximo 60 dias, envolvem professores e pesquisadores; há financiamento para passagens aéreas, diárias e auxílio instalação. Já missões de estudo, de 60 dias a 12 meses, envolvem estudantes de doutorado e pós-doutorado. Eles também recebem passagens aéreas, seguro saúde e auxílio instalação.

    Adriane Cunha

  • Foto: Wanderley PessoaO Brasil é o país da América Latina que mais insere alunos com necessidades especiais em escolas regulares, seguido de México e Chile. A informação foi dada dia 11, pela filósofa espanhola Rosa Blanc Guijarro, na abertura do 2º Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva - Direito à Diversidade, em Brasília. O encontro se estenderá até sexta-feira, 15. Atualmente, 34,4% dos 566.753 estudantes com necessidades especiais freqüentam o nível regular de ensino no Brasil.

    De acordo com Rosa Blanc, especialista da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os benefícios da educação inclusiva abrangem o desenvolvimento físico e intelectual das crianças portadoras de necessidades. "Os outros alunos também aprendem valores como respeito, companheirismo e cidadania, e os professores têm um melhor desenvolvimento profissional ao lidar com as diferenças dentro da sala de aula", explicou.

    Promovido pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), o seminário tem como objetivo ampliar a formação de professores que atuam como multiplicadores do ensino inclusivo. Desde que foi lançado, em 2003, o programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade formou 23 mil professores em 1.869 municípios. Com a realização do encontro, a expectativa é aumentar a rede de capacitação de educadores para mais 600 municípios.

    "Nossa preocupação é garantir o direito e o acesso de todos os alunos à educação regular, além de capacitar os profissionais para atender da melhor forma as pessoas com necessidades especiais", disse a secretária de educação especial, Cláudia Dutra.

    Tecnologia - Para o ministro interino da Educação, Jairo Jorge, apesar dos avanços, é preciso continuar trabalhando. "É um dever do Estado garantir tecnologia, a competência e a capacitação de professores e gestores para atuarem com portadores de necessidades educacionais especiais", disse. Jairo Jorge lembrou que a inclusão permeia todas as ações do MEC.

    Durante o seminário serão realizados debates e apresentações de experiências bem-sucedidas em educação inclusiva. Haverá, ainda, exposição de trabalhos, considerados modelos, desenvolvidos em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro interino da Educação, Jairo Jorge da Silva, recebeu nesta quarta-feira, 4, a visita do embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, para tratar dos interesses educacionais no contexto das relações bilaterais Brasil e Estados Unidos.

    Segundo o embaixador, essa cooperação já existe e é antiga. “O que objetivamos neste momento e promover uma articulação melhor, renovar os acordos de cooperação e agendar um encontro de trabalho dos dois titulares das pastas para ver como otimizar essa cooperação”, disse.

    Histórico - Em 10 de outubro de 2005, o ministro Fernando Haddad teve um encontro com a secretária de Educação norte-americana, Margareth Pellings, em Paris, onde reforçaram o interesse de consolidar a cooperação em programas voltados para a educação.

    Nos dias 5 e 6 de novembro do ano passado, quando da visita do presidente George Bush a Brasília, o encontro gerou um comunicado conjunto, com a definição de onze ações de cooperação, destacando propostas voltadas para a melhoria da qualidade da educação básica e a expansão da oferta da educação superior.

    Abnedur acredita que as condições conjunturais são favoráveis para a efetivação de ações objetivas nas áreas de meio ambiente, ciência e tecnologia e educação. “Nosso empenho agora é para que não percamos tempo neste início de ano. Vamos reforçar a parceria e agilizar um plano de ação conjunta, pois sentimos que nossos parceiros estão plenamente dispostos”, assegurou.

    Visita - Durante o encontro, o ministro interino, Jairo Jorge, informou sobre a visita do ministro Fernando Haddad a Washington, prevista para maio de 2006, onde esses interesses deverão ser aprofundados.

    Repórter: José Leitão

  • Coordenadores de projetos participantes do Programa de Consórcios em Educação Superior entre Brasil e Estados Unidos participam de reunião na Universidade Vanderbilt, em Nashville (EUA), até quinta-feira, 1º de novembro. O programa é uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Fundo para Melhoria da Educação Pós-Secundária (Fund for the Improvemento of Post Secondary Education – Fipse) do Departamento de Educação dos Estados Unidos.

    Durante o encontro haverá debates sobre o que já foi realizado, com relatos das experiências obtidas, pois os dois países têm realidades diferentes. O encontro, iniciado nesta terça-feira, 30, prevê ainda uma sessão de trabalho com a participação de estudantes, entre eles, norte-americanos que estudaram no Brasil e brasileiros que realizaram intercâmbio nos Estados Unidos. A diretora de Administração da Capes, Denise Neddermeyer, coordena os debates.

    Este é o 7º encontro do Programa Capes-Fipse, que a cada ano é realizado em um país. Em 2007, a reunião foi na Universidade de São Paulo (USP), no Brasil. O programa possui, atualmente, 44 consórcios em andamento. Desde que foi criado, em 2001, já contemplou 70 projetos. Seu principal objetivo é auxiliar a inserção dos cursos de graduação das instituições de ensino superior brasileiras no cenário internacional, por meio da modernização curricular, reconhecimento mútuo de créditos e intercâmbio de docentes e alunos.

    As propostas de projetos de consórcios institucionais bilaterais apresentadas podem ser em qualquer área de formação acadêmica. As parcerias devem incluir, no mínimo, duas instituições de ensino superior de cada país. O edital para 2008 será lançado no final de novembro. Mais informações sobre o Fipse na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e o Fundo para Melhoria da Educação Pós-Secundária (Fund for the Improvement of Post Secondary Education − Fipse), do Departamento de Educação dos Estados Unidos, iniciaram negociações para a criação de um grande programa de consórcios entre universidades das Américas. As bases do programa serão discutidas em março de 2007, durante reunião na sede do Fipse, em Washington. A previsão é de que as atividades tenham início em 2008, com a realização de projetos-pilotos.

    A informação é do coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes, Leonardo Barchini Rosa, que participou esta semana, em São Paulo, do Sexto Encontro Anual de Coordenadores de Projetos do Programa de Consórcios em Educação Superior Brasil-EUA, mais conhecido como Programa Capes-Fipse. O programa realiza reuniões anuais, alternadamente nos dois países.

    Desde que foi criado em 2001, para promover o intercâmbio e a cooperação em nível de graduação entre instituições de ensino superior do Brasil e dos EUA, por meio de parcerias universitárias binacionais, o Capes-Fipse financiou 53 consórcios e atendeu 230 instituições. O programa é centrado, principalmente, na modernização curricular, reconhecimento recíproco de créditos e dupla diplomação. De acordo com Leonardo Rosa, nos cinco anos de execução do programa, mais de 1.200 alunos de graduação já participaram do intercâmbio.

    Fátima Schenini

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, assina no dia 16 de outubro, em Roma (Itália), memorando de entendimento com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) para disseminar o modelo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) brasileiro nos países em desenvolvimento em que a FAO atua, criando condições para as nações combaterem a fome e a desnutrição, a partir da alimentação escolar.

    Segundo o acordo, o MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – órgão executor do programa –, coloca-se à disposição da FAO para auxiliar na implantação da logística do PNAE em países definidos pelo organismo, e sob a sua coordenação.

    O governo brasileiro vai formar monitores, entre especialistas em nutrição e contadores, nos países definidos pela FAO. Após o curso inicial, os monitores treinarão profissionais da educação envolvidos com a alimentação escolar. O objetivo é formar equipes gestoras, capacitadas sobre dimensão sistêmica da horta escolar, gestão e organização participativa, transparência e controle social, produção de refeições para atender à clientela escolar, noções de higiene pessoal, higiene dos alimentos e promoção da saúde.

    Paris – No próximo dia 25, o presidente, José Henrique Paim Fernandes, e o diretor de Assistência Educacional do FNDE, Daniel Balaban, embarcam para a Europa para participar de reuniões. No dia 26, em Paris, apresentam os diversos programas da autarquia no Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No dia 27, têm reunião com membros da Coordenação Sul – que congrega ONGs francesas na área dos direitos humanos e alimentação – e do Comitê Francês para a Solidariedade Internacional, para estudar a possibilidade de o Brasil fornecer assessoria técnica a prefeituras francesas, para alimentação escolar. A Coordenação Sul vai articular o investimento de prefeituras francesas em projetos voltados à melhoria da qualidade da merenda escolar brasileira.

    Roma – No dia 28, em Roma, participam de encontro preparatório do acordo entre o MEC e a FAO. “Vamos verificar como o Brasil pode atuar para a implementação dos programas, de que modo será a assistência técnica e detalhar as operações”, diz Paim. À tarde, visitam o Programa Mundial de Alimentos, para discutir formas de cooperação no âmbito da Rede de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe. No dia 29, se reúnem com ONGs que cooperam com o Brasil no campo da segurança alimentar.

    Reconhecimento internacional – Ao longo de 2005, o programa brasileiro de alimentação escolar vem sendo estudado em fóruns internacionais. Em março, foi apresentado na 32ª Sessão do Comitê Permanente de Nutrição da Organização das Nações Unidas (ONU). Além de ser tema de uma das 11 oficinas da reunião, foi incluído no estudo de caso da situação brasileira apresentado aos mil participantes, 400 estrangeiros. O encontro foi palco de discussão das Metas do Desenvolvimento do Milênio, que fazem parte da Declaração do Milênio da ONU.

    Na semana de 23 a 27 de maio, a coordenadora-geral do programa, Albaneide Peixinho, fez palestra na 31ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar da FAO, em Roma. Em julho, o diretor de Ações Educacionais do FNDE, Daniel Balaban, apresentou o programa no Fórum Social Brasil-França, em Paris. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)

  • Doutorandos brasileiros e franceses terão agora título reconhecido automaticamente nos dois países. A iniciativa, inédita, faz parte do acordo que será assinado no dia 10 de outubro, em Paris, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, para a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). O anúncio foi feito na quinta-feira, 22, pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, durante o lançamento da Semana de Ensino Superior Francês no Brasil, na Embaixada da França, em Brasília.

    Pelo acordo, estudantes brasileiros poderão fazer doutorado em universidades da França e bolsistas franceses virão para instituições brasileiras. Para Guimarães, o novo acordo irá ampliar ainda mais a parceria de 40 anos que os dois países mantêm. “A França já é o segundo país com o maior número de bolsistas da Capes, cerca de 500. Com a implantação do Colégio Doutoral, este número será superado”, afirmou.

    O embaixador francês no Brasil, Jean de Gliniasty, disse que as universidades brasileiras e francesas desejam desenvolver e aprofundar a colaboração mútua. “O conceito de dupla diplomação permitirá aos nossos estudantes não somente conhecer e praticar duas línguas, mas também se abrir para uma outra cultura, que é indispensável no mundo atual em termos de enriquecimento pessoal e profissional”, avaliou Gliniasty.

    O governo brasileiro, por meio da Capes, financia cerca de 500 bolsistas na França nas áreas de engenharias, economia, direito e artes. Só o programa Capes/Cofecub, que promove formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado), além do aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores, existe há 26 anos.

    Outro programa com a França é o Brafitec. Foi implementado em 2002 para promover o intercâmbio de estudantes e a formação de professores nas disciplinas de engenharias. Desde então, foram aprovados 17 projetos, resultando em 24 missões de trabalho, 85 missões de estudo do Brasil, envolvendo 222 bolsistas brasileiros e franceses.

    Semana - A Semana de Ensino Superior Francês no Brasil irá até o dia 29 deste mês em quatro estados brasileiros. A Embaixada da França, em parceria com a Agência EduFrance e o Centro Franco-Brasileiro de Documentação Técnica e Científica (CenDoTec), quer mostrar como os estudantes brasileiros podem obter, por um período, a experiência no ensino superior francês. Segundo os organizadores, o intercâmbio pode favorecer o diálogo institucional entre as universidades francesas e brasileiras, ampliando a cooperação bilateral.

    Estão previstos Salões EduFrance, destinados ao público estudantil em São Paulo e no Rio de Janeiro, com a presença de mais de 100 estabelecimentos de ensino superior franceses; encontros institucionais, a fim de favorecer o diálogo entre os universitários franceses e brasileiros e os responsáveis pelos departamentos de relações internacionais dos estabelecimentos de ensino superior franceses e brasileiros (São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Nordeste); conferências científicas destinadas a estudantes e professores universitários. Confira a programação completa na página eletrônica da Agência EduFrance.

    Repórter: Adriane Cunha

  • A Escola Central de Nantes, na França, sedia, de 31 de maio a 3 de junho, a segunda edição do Fórum de Cooperação Franco-Brasileira para Formação de Engenheiros (Brafitec). No evento, serão debatidos os resultados da parceria universitária que promove o intercâmbio de estudantes de graduação em engenharia. O Brafitec é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) em parceria com a Conferência dos Diretores de Escolas e Formação de Engenheiros.

    “Vamos discutir o aprimoramento do que já é feito. É, também, um momento de troca de experiências entre os participantes e de propor melhorias”, disse a coordenadora adjunta da cooperação internacional da Capes, Fátima Bataglin. Desde a criação do programa, em 2002, até abril deste ano, 315 estudantes brasileiros participaram do intercâmbio com 19 projetos de pesquisa selecionados pela Capes.

    Entre os temas que serão debatidos estão a aproximação das estruturas curriculares nas áreas abrangidas pelas parcerias e a viabilização do reconhecimento recíproco de créditos obtidos nos estabelecimentos de ensino. Além disso, estão na pauta o favorecimento de condições para os estudos integrados nas instituições participantes e o oferecimento de oportunidades de prática profissional internacional mediante estágios em empresas franco-brasileiras.

    Podem participar do Brafitec os alunos de graduação das áreas de engenharia que tenham concluído 50% do total de créditos requeridos pelos cursos na ocasião do início do projeto. Só poderão se inscrever alunos que estejam no início ou na metade do curso. Atualmente, as inscrições para o programa estão fechadas.

    Bolsa mensal – O curso tem duração de um ou dois semestres, com auxílio de bolsa mensal, bilhetes aéreos, seguro-saúde e auxílio-instalação. No Brasil, o projeto tem de ser coordenado por um professor titular em regime de dedicação integral. A universidade ou o centro de engenharia deverá ser o proponente do projeto e a apresentação pela reitoria da instituição é obrigatória. Mais informações no sítio da Capes.

    Lívia Jappe

  • Representantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e do Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub) estarão reunidos na quinta-feira, dia 23, e na sexta, 24, para analisar e selecionar propostas de projetos para o Programa de Intercâmbio Científico Brasil–França.

    Serão avaliadas 142 propostas de instituições interessadas em participar do programa, mais conhecido como Capes-Cofecub, que apóia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior dos dois países e estimula a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e professores. Também serão analisados 38 pedidos de renovação de projetos para o biênio 2007-2008.

    De acordo com Jussara Pereira Prado, assessora da Coordenação-Geral de Cooperação Internacional (CGCI), a excelência do projeto e da equipe é a única prioridade estabelecida pelo edital de 2006. Ela salienta que o programa é reconhecido como formador de recursos humanos e pesquisa de alto nível, tanto no Brasil quanto na França.

    Criado em 1978, o Capes-Cofecub tem, entre seus objetivos, o estímulo à formação e ao aperfeiçoamento de pós-graduandos e professores dos dois países nas modalidades de doutorado-sanduíche (estágio de doutorando no exterior) e pós-doutorado. Atende, atualmente, 122 projetos. (Assessoria de Imprensa da Capes)

  • As 100 propostas inscritas para o Programa de Intercâmbio Científico Brasil-França serão analisadas até esta quinta-feira, 8, em Poitiers, na França, durante a reunião mista Capes–Cofecub 2007.

    O programa, que apóia projetos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior e de pesquisa dos dois países, é uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária com o Brasil (Cofecub). O presidente da Capes, Jorge Guimarães, e o coordenador- geral de Cooperação Internacional, Leonardo Barchini Rosa, participam do encontro, juntamente com o presidente do Cofecub, Pierre Jaisson, e consultores dos dois países.

    Das propostas que serão analisadas, 49 são da área de ciências exatas (sendo 27 de engenharia e computação, nove de física, oito de química, três de geociências e duas de matemática); 27 de ciências da vida (16 propostas de ciências biológicas, medicina e saúde e 11 de ciências agrárias e biotecnologia); e 26 propostas pertencem à área de ciência humanas, englobando ciências humanas, sociais e lingüística. Também será feita a avaliação de pedidos de renovação de projetos para o período 2008/2009 e a definição das diretrizes e da programação dos projetos para 2008.

    O Capes-Cofecub foi criado em 1978, para estimular a formação e o aperfeiçoamento de doutorandos e docentes. Desde sua criação, já atendeu a mais de 500 projetos. Em 2007, estão em atividade 123 projetos. Mais informações na página eletrônica da Capes.

    Fátima Schenini

  • Rio de Janeiro - Os ministros da Educação do Brasil e da França assinaram nesta terça-feira, 23, acordo de cooperação na área do ensino técnico-profissionalizante. O protocolo, firmado durante o 2º Encontro Empresarial Brasil–União Européia, no Rio de Janeiro, já está em vigor.

    O ministro Fernando Haddad destacou que a parceria ocorre em um momento muito importante, em razão da reestruturação da educação profissional e tecnológica e da ampliação das possibilidades de acesso a essa modalidade de ensino.

    “Passamos por uma vigorosa expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, com a criação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Há a reformulação do ensino médio pelos estados, com o apoio do programa Brasil Profissionalizado, e a reforma do Sistema S, que ampliará o acesso e a gratuidade a estudantes de baixa renda e a trabalhadores”, enumerou Haddad.

    O ministro francês, Xavier Darcos, ressaltou que as dificuldades enfrentadas pelo ensino técnico são semelhantes não apenas entre Brasil e França, mas em países de todo o mundo. “Esse quadro se dá pela dificuldade de conciliar uma educação genérica com a especialização para o mundo do trabalho”, disse. De acordo com Darcos, a parceria franco-brasileira permitirá o intercâmbio de experiências bem-sucedidas nos setores da indústria aeronáutica, automotiva e eletrônica, de saúde pública e assistência social, de turismo, hotelaria e gastronomia.

    Os ministros confirmaram os preparativos para a realização do primeiro seminário binacional sobre o tema, que deve ocorrer em novembro de 2009, no Brasil.

    Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, também firmaram parcerias nas áreas da educação, defesa, meio ambiente, cooperação econômica e cultura. “Não são acordos de faz-de-conta, em que cada presidente assina e, dez anos depois, não se concretizam”, enfatizou Lula.

     

    Rodrigo Dindo

  • Foto: Wanderley PessoaNo contexto da visita do presidente Jacques Chirac ao Brasil, nesta quinta-feira, 25, o ministro da Educação da França, Giles de Robien, manteve reunião de trabalho com o ministro Fernando Haddad antes de assinar, na presença dos presidentes dos dois países em cerimônia no Palácio da Alvorada, dois protocolos de intenções entre os ministérios da Educação do Brasil e da França. O principal objetivo dos documentos é a promoção recíproca de línguas e culturas nacionais e a criação de um fórum franco-brasileiro do ensino superior e da pesquisa.

    Durante o encontro os dois ministros apresentaram propostas de cooperação entre os países, que possuem diversos programas bilaterais de ensino e pesquisa, como a Cooperação Franco-Brasileira para Formação de Engenheiros (Brafitec), que promove o intercâmbio de estudantes de engenharia, e o Colégio Doutoral Franco-Brasileiro, que concede 30 bolsas anuais para brasileiros fazerem uma parte do doutorado na França.

    Fernando Haddad comentou que pretende criar cátedras de estudos brasileiros em universidades francesas, com recursos do fórum das empresas estatais. Giles de Robien disse, por sua vez, que gostaria de fazer uma parceria entre os institutos universitários de tecnologia (IUT), da França, e os centros federais de educação tecnológica (Cefets). A intenção é formar profissionais de áreas específicas, como a locomotiva.

    Foto: Wanderley PessoaHaddad também entregou uma carta a Robien explicando o que vai apresentar durante a próxima reunião do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), que vai ocorrer em Moscou, (Rússia), nos dias 1º e 2 de junho. São duas sugestões: a conversão da dívida externa em investimentos em educação e a cooperação triangular Norte (países ricos), Sul (países em desenvolvimento) e Sul (países pobres). Os ricos financiariam a implementação de programas educacionais bem-sucedidos dos países intermediários, como o Brasil e a Índia, em nações mais pobres. Robien aprovou a proposta e ficou de estudá-la na próxima semana.

    Ponto de vista – Segundo Alessandro Candeas, chefe da assessoria internacional do MEC, o encontro foi importante porque mostrou que “os dois países compartilham do mesmo ponto de vista em relação à educação, o que será evidenciado na reunião do G-8”. “O encontro mostrou que a agenda da educação é um dos temas centrais da visita do presidente francês Jacques Chirac ao Brasil. A linha de ação que une Norte-Sul-Sul é um novo formato de cooperação internacional”, afirmou.

    A cooperação educacional entre Brasil e França é a mais antiga que o país possui. Teve início formal em 1948, com a assinatura do acordo cultural bilateral, mas remete à fundação da Universidade de São Paulo (USP), na década de 30. Um grupo de renomados professores franceses, como Fernand Braudel e Claude Lévi-Strauss, veio ao país para dar aulas na instituição. A contribuição destes professores foi decisiva para a modernização das ciências sociais no país.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Foto: Wanderley PessoaOs ministros da educação do Brasil e da França assinaram nesta terça-feira, 11, em Paris, um acordo de cooperação internacional para a pós-graduação. Fernando Haddad e Gilles de Robien estabeleceram a criação do Colégio Doutoral Franco-Brasileiro (CDFB). O programa, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), irá permitir que doutorandos brasileiros e franceses, participantes do Colégio, tenham o título reconhecido automaticamente nos dois países.

    O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, representante da agência na cerimônia, disse que o Colégio irá corresponder à necessidade de internacionalização de um ensino de pós-graduação de qualidade. “A dupla titulação é uma importante conquista para o Brasil, principalmente, para o bolsista que integrar o programa. A banca será mista e o diploma será concedido pela universidade brasileira e pela francesa”, informou Janine.

    Pelo acordo, estudantes brasileiros poderão fazer doutorado em universidades da França e bolsistas franceses virão para instituições brasileiras com cursos recomendados pela Capes. Eles deverão estar inscritos na universidade de origem no primeiro ano de tese e acompanharão os cursos preparatórios (língua e metodologia da pesquisa), para preparar sua estada na universidade parceira. A seleção dos estudantes será feita conforme os critérios definidos por cada parte nacional e também respeitará a regulamentação adotada pela universidade hospedeira, sendo submetida para aprovação a cada país parceiro. A tese será defendida perante uma banca mista, da qual necessariamente farão parte os dois co-diretores. A viagem e a acolhida deverão ser autorizadas pela direção dos programas de pós-graduação das instituições participantes dos dois países. Os dois governos definirão ainda o número de bolsas anual.

    Parceria - O governo brasileiro, por meio da Capes, financia cerca de 500 bolsistas na França em diversas áreas, entre elas, engenharias, economia, direito e artes. A maior parte das bolsas é oferecida pela Coordenação de Programas no Exterior da agência.

    Além disso, existem outros dois programas da área de Coordenação de Cooperação Internacional da Capes com o governo francês. O programa Capes/Cofecub existe há 26 anos e promove formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado), além de aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores. Outro programa com a França é o Brafitec. Foi implementado em 2002 para promover o intercâmbio de estudantes e a formação de professores nas disciplinas de engenharias. Desde então, foram aprovados 17 projetos, resultando em 24 missões de trabalho, 85 missões de estudo do Brasil e envolvendo 222 bolsistas brasileiros e franceses.

    Repórter: Adriane Cunha

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