Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página
  • Pessoas de todo o país e até do exterior interessadas em discutir a importância da educação básica brasileira podem participar do chat da Conferência Nacional de Educação Básica, desta terça-feira, 15, até sexta-feira, 18, em Brasília.

    Transmitida em caráter experimental pela TV MEC, a conferência reúne delegados de todos os estados. O objetivo do chat é ampliar a interação com o público.


  • Uma comitiva formada por representantes de instituições educacionais da China está no Brasil para pesquisar sobre a educação, em especial, o sistema de financiamento do ensino básico do país. A comitiva quer entender como funciona o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef).

    Hoje, 4, os integrantes da missão chinesa participaram de uma reunião, na Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. Eles conheceram a atuação do poder público em relação à educação, os direitos e deveres constitucionais do ensino no Brasil e o sistema de financiamento da educação.

    A China tem cerca de 93% de estudantes matriculados no ensino básico. Segundo o presidente da Sociedade de Ciências Sociais de Pequim, Tao Xiping, o país passa, atualmente, por mudanças na lei que rege a educação, devido à grande dificuldade para custear as despesas relativas a esta área. Tao disse estar entusiasmado com a experiência brasileira do Fundef e salienta a possibilidade da ampliação do financiamento por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

    Modelo - O presidente afirmou, ainda, que o modelo brasileiro de arrecadação de fontes de recursos para a educação é inovador e pode servir de exemplo para a China. Amanhã, 5, pela manhã, a comitiva irá visitar uma escola particular de Brasília e, à tarde, conhecerá o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação (Inep/MEC). Na quarta-feira, 6, eles visitarão uma escola pública no Rio de Janeiro.

    Sandro Santos

  • São Paulo — O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira, 3, em São Paulo, do ciclo de debates Ações Afirmativas: Estratégias para Ampliar a Democracia. Organizado pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, o evento tem como objetivo promover a interlocução entre governo federal e instituições públicas e privadas sobre ações afirmativas para a superação da discriminação racial.

    Haddad falou sobre a importância da política de cotas, implementada em 38 universidades públicas, independentemente da aprovação, na Câmara dos Deputados, de projeto de lei que reserva vagas a estudantes de escolas da rede oficial em universidades públicas.

    O ministro destacou os resultados positivos obtidos pelos alunos cotistas em provas como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Todas as previsões catastrofistas de que os cotistas reduziriam a qualidade do ensino superior estão sendo desmentidas pelo desempenho desses alunos”, disse. Ainda segundo Haddad, mesmo que a reserva de vagas causasse prejuízo acadêmico, as universidades estariam resgatando uma dívida histórica com o povo.

    Rodrigo Dindo

  • Começa no próximo dia 16, em Brasília, o Seminário Nacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que vai fazer um balanço sobre as ações realizadas desde a criação do programa, em 2003, e discutir as perspectivas para o futuro. Devem participar do evento, que vai até quarta-feira, 18, cerca de 450 pessoas, entre representantes dos governos federal, estaduais e municipais, entidades ligadas à segurança alimentar e nutricional e sociedade.

    O PAA é uma das ações do Fome Zero que, de um lado, adquire por preço justo alimentos de agricultores familiares e, de outro, distribui os produtos aos brasileiros em situação de vulnerabilidade social e alimentar, beneficiando, inclusive, escolas públicas e creches. Seu objetivo é promover o direito humano à alimentação adequada e assegurar o princípio da soberania alimentar do Brasil. Desde 2003, o PAA já investiu R$ 1,5 bilhão na agricultura familiar, ao adquirir produtos de 432,8 mil agricultores e repassá-los a 24,4 milhões de pessoas.

    Alimentação escolar – Desde o início de sua atuação, o PAA é parceiro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Produtos comprados de agricultores familiares são doados a creches e escolas públicas para reforçar a merenda dos estudantes. Em maio, essa parceria foi reforçada com o Decreto nº 6.447/2008, da Presidência da República, que ampliou o PAA e definiu que os agricultores familiares podem vender seus produtos diretamente para a alimentação escolar, sem necessidade de licitação. O FNDE, agora, está definindo os procedimentos para a aquisição desses produtos com recursos do Pnae.

    A ampliação do PAA e a venda dos produtos para a alimentação escolar são alguns dos assuntos abordados durante o seminário. Agentes do FNDE vão mostrar como o PAA ajuda a suplementar a merenda nas escolas, por meio de doações, e adiantar detalhes da sistemática para a compra direta da agricultura familiar.

    O seminário é promovido pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Desenvolvimento Agrário; Agricultura; e Educação, além do FNDE, Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Será realizado na Academia de Tênis – SCES trecho 4 conjunto 5 lote 1 B, das 9h às 19h.

    Mais informações no sítio do seminário.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Como está a cidadania ambiental dos nossos jovens? Este é o tema de uma pesquisa que a professora Regina Viegas, docente do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ), vem realizando junto aos alunos de ensino médio técnico do centro. O objetivo da pesquisa é gerar um banco de dados de informações sobre o perfil da cidadania ambiental desses jovens, permitindo, a partir daí, definir ações específicas complementares de educação ambiental voltadas a contribuir, direcionar e ampliar a visão ambiental dos jovens brasileiros.

    “Percepção ambiental é como cada pessoa observa o ambiente que o cerca. A partir daí, avalia-se como cada um interage com o meio a sua volta, influenciando positiva ou negativamente as pessoas e o ambiente em que vive”, explica a professora Regina.

    Foram aplicados 272 questionários aos alunos que freqüentavam o ensino médio técnico do Cefet-RJ em 2005, envolvendo as turmas do terceiro ano do ensino médio e os alunos que cursam o ensino técnico no centro. Este quantitativo representa quase a totalidade dos alunos concluintes da escola no ano de 2005.

    “Após a análise dos dados pesquisados, apesar de confirmar vários pontos positivos do perfil da cidadania ambiental dos jovens, foram apresentados alguns pontos preocupantes”, adverte Regina.

    Resultados – A metade dos alunos admite que os assuntos relacionados ao meio ambiente não vêm sendo tratados com freqüência nas escolas, enquanto que 90,8% admitem que este assunto também não é abordado no âmbito das famílias. Além disso, 75% não acessam sítios ligados à temática ambiental, enquanto a maioria não acredita na ação dos órgãos normativos de controle ambiental, sendo que apenas 59,2% acreditam nos trabalhos das ONGs ambientalistas.

    Do grupo amostrado, verificou-se que 73,1% não acreditam que a ação de um cidadão sozinho possa alterar a continuidade de uma ação danosa ao meio ambiente, sendo que 33,3% deles admitem não causar nenhum tipo de agressão ao meio ambiente.

    As indústrias (35,5%) são vistas como agentes que não investem em meio ambiente e não atendem à legislação ambiental, enquanto o governo apresenta um índice elevado (74,2%) para o mesmo tipo de avaliação, sendo exigida por 31,9% dos jovens a criação de novas leis na área ambiental. Estes mesmos jovens acabam por decidir a compra de produtos e serviços apenas à luz dos critérios preço e qualidade, descartando a opção potencial da análise de agressão ao meio ambiente.

    Otimismo – Entre os aspectos positivos, 77,5% se interessam por assuntos ligados à temática ambiental e 85,5% acreditam que o conhecimento da problemática ambiental é essencial para a sua formação profissional. Além disso, 85,6% admitem a viabilidade da adoção do princípio do desenvolvimento sustentável e 88% recusam aceitar mais poluição por um aumento do nível de emprego.

    “Esses dados são de extrema importância para nós, pesquisadores. Reflete o perfil dos alunos do Rio de Janeiro e do Brasil como um todo. Agora, devemos avaliar os resultados e ver onde podemos melhorar”, finaliza a professora.

    Sophia Gebrim

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (Cefet-MA) lançou, este mês, na unidade de Buriticupu, distante 420 quilômetros de São Luís, o projeto Cefet em Ação: cidadania e educação. A meta é diminuir o índice de indisciplina e o baixo rendimento escolar registrado nas instituições públicas de ensino de Buriticupu, contribuindo para o aumento da auto-estima dos estudantes.

    A metodologia de seleção dos discentes adotada segue levantamento feito nas escolas públicas municipais e estadual, da área urbana da cidade, que ofereçam o nono ano (antiga 8ª série do ensino fundamental) e tenham alunos com baixo rendimento escolar e diversidade comportamental. A proposta é trabalhar com 40 estudantes, no total.

    Para o diretor do Cefet de Buriticupu, professor José Dioclides Góes Gonçalves, a cidade precisa melhorar o nível do ensino fundamental para que os alunos tenham condições de ingressar no centro.

    O projeto será desenvolvido de agosto a novembro de 2008, durante 204 horas, período no qual serão trabalhadas as disciplinas de português e matemática. Todas as ações estarão voltadas para reduzir o baixo rendimento e controlar a indisciplina escolar em 80%, até o final de outubro, e os 20% restantes, até o final de novembro de 2008.

    Assessoria de Comunicação Social do Cefet-MA

  • O ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, apresentou nesta terça-feira, 24, aos comunicadores das universidades federais, propostas de estrutura da TV Pública, que se chamará Rede Brasil. No encontro, que ocorreu no Ministério da Educação, Franklin anunciou que o governo federal deve enviar, em agosto, ao Congresso Nacional uma medida provisória ou projeto de lei criando a TV Pública.

    Para Franklin Martins, entre as funções da TV Pública, estão a produção de conteúdo plural e de perseguir a isenção. (Foto: Wanderley Pessoa)Na abertura do encontro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a Rede Brasil vai abrir novas possibilidades de comunicação para as quais a educação deve estar preparada. Melhorar a integração e aumentar as parcerias do MEC com as universidades é uma dessas possibilidades, explica Haddad.

    A proposta de estrutura básica da futura TV Pública, que deve constituir um sistema de comunicação, se divide em três partes: modelo de gestão pública — capaz de produzir e transmitir noticiário plural, aberto, de estímulo ao espírito crítico, que vê a pessoa como cidadã e não como consumidora; modelo de financiamento plurianual — que garanta recursos para um período mínimo de quatro anos; e um modelo de construção de rede — capaz de utilizar as estruturas das TVs educativa, cultura e universitária. A gestão pública, explica o ministro Franklin Martins, será constituída por uma diretoria executiva e por um conselho com cerca de 15 representantes do governo federal e de diferentes categorias, não de corporações.

    A participação das TVs na rede, segundo a proposta do governo federal, terá pelos menos três gradações: membro pleno, membro associado e parceiro. Os membros pleno e associado terão, por exemplo, participação no conselho de programação da emissora. Para os membros plenos, desde que migrem para a gestão pública, o governo federal oferecerá recursos para produção e transmissão de conteúdos digitais e treinamento de pessoal. Para os membros associados, o governo também vai financiar a capacitação de pessoal e ajudar com recursos para a produção de conteúdos temáticos que possam ser transmitidos em horários de programação da Rede Brasil. Já emissoras como as TVs universitárias e legislativas podem repassar totalmente a programação da TV Pública, independente do grau de parceria.

    A programação da Rede Brasil deve se caracterizar por uma grade comum com 12 horas de duração e transmissão simultânea em todas as emissoras da rede; 4 horas de programação local; e 4 horas de programação independente. A produção de conteúdos independentes deve ocorrer a partir de edital.

    Os comunicadores das universidades federais informaram ao ministro Franklin Martins que as TVs universitárias têm modelos muito distintos entre e si e que necessitam de recursos para modernizar a estrutura e a capacitação para a produção de conteúdos locais e regionais a serem transmitidos numa rede mais ampla como a TV Pública. Para o ministro da Secretaria de Comunicação Social, a Rede Brasil e as TVs universitárias constituirão um espaço de colaboração mútua que renderá uma programação de qualidade que pensa no cidadão e não no consumidor, como fazem as TVs comerciais.

    Ionice Lorenzoni

    Confira o áudio da notícia

    Áudio: Franklin Martins fala a comunicadores

  • Coari (AM) – No coração da Amazônia, uma cidade se destaca pelo ritmo acelerado de desenvolvimento econômico. Coari, a quinta maior do estado do Amazonas – com cerca de 65 mil habitantes –, antes era conhecida pela fruticultura e, em especial, pela produção de bananas. Hoje, se destaca por produzir petróleo e gás natural, na plataforma da Petrobrás em uma região chamada Urucu.

    A partir de agora, Coari passa a ser produtora, também, de conhecimento. Com a inauguração, nesta quarta-feira, 10, da unidade de ensino descentralizado (Uned) do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Amazonas (Cefet-AM) e do campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), os habitantes do centro amazonense terão acesso a uma educação profissional e superior de qualidade. Com isso, poderão ajudar a manter o desenvolvimento sustentável da região.

    A inauguração das duas unidades teve a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, gestores das três esferas de governo e cerca de 2 mil pessoas. “Quando olhamos o mapa do Amazonas, temos de entender que as pessoas que nascem às margens do rio têm tanto direito à educação quanto as que nascem em berço de ouro”, destacou Lula.

    O presidente pediu aos jovens que continuem reivindicando melhorias na educação. Segundo ele, o governo trabalha melhor quando tem conhecimento do que acontece no país.  “O Brasil está fazendo por vocês aquilo que não fez por mim quando eu tinha a idade de vocês. Não quero que passem pela mesma dificuldade que eu passei por não ter tido acesso à educação”, ressaltou.

    O governador do Amazonas, Eduardo Braga, lembrou a falta de esperança dos habitantes do interior do estado. “Os jovens terminavam o ensino médio e, muitas vezes, cursavam de novo, por falta de opção de educação superior”, contou. “A partir de agora, formaremos os futuros engenheiros, bioquímicos e administradores da Petrobrás. Além disso, Coari vai mostrar para o mundo como os amazonenses sabem cuidar da Amazônia”, comemorou.

    A Uned de Coari oferece cursos de nível médio integrados e subseqüenciais em edificações e informática, beneficiando 490 alunos. Já o campus da UFAM em Coari pretende abarcar 1,2 mil alunos até o fim da implantação, divididos em seis cursos: biotecnologia, enfermagem, nutrição, fisioterapia e licenciaturas duplas em matemática/física e química/biologia.

    Distante 370 quilômetros da capital Manaus, a cidade de Coari torna-se um pólo na área da educação. O campus da UFAM, por exemplo, recebe alunos de municípios limítrofes, como Tefé e Codajás .

    Letícia Tancredi

    Leia mais...
    Campus da Ufam chega a Coari
    Centro de ensino muda a vida de Coari

  • O Instituto Comunidade Praia Verde (Coprav) promove neste sábado, dia 11, em Santo Antônio do Descoberto, cidade goiana do Entorno do Distrito Federal, o lançamento do projeto Afro Cultural, financiado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) no valor de cerca de R$ 100 mil. O projeto será desenvolvido na escola de ensino fundamental Rui Barbosa e em mais três escolas de ensino médio - Centro Educacional nº 1 da Candangolândia, Centro Educacional do Núcleo Bandeirante e o Centro Educacional do Riacho Fundo.

    A iniciativa beneficiará crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e cultural. Serão desenvolvidas, até julho, oficinas de dança, percussão e voz, capoeira, serigrafia, curso de ioruba, projeto de bonecas negras, noções de cidadania e respeito às diferenças. O objetivo é resgatar as origens africanas nas relações étnico-raciais e contribuir para o processo de conscientização dos valores afro-brasileiros.

    As oficinas e cursos serão ministrados como atividades complementares aos estudos para melhorar o rendimento escolar e a auto-estima e incentivar o hábito da leitura, de forma a promover o ingresso, a permanência e o reingresso de crianças e adolescentes que apresentem dificuldade de aprendizagem. O Coprav vai envolver nas ações de apoio educacional cerca de 2,5 participantes, entre alunos, professores, servidores das escolas e familiares.

    Serão ministradas também palestras sobre violência doméstica e sexual, abusos, maus-tratos e outras práticas discriminatórias. Como política pública, o Ministério da Educação estará capacitando 5,5 mil profissionais para identificar, na sala de aula, crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, muitas vezes, na própria família.

    No lançamento, haverá a apresentação do projeto à comunidade de Santo Antônio do Descoberto. Participarão professores e alunos da Escola Rui Barbosa, de ensino fundamental. A comunidade escolar do município - alunos, professores e servidores - será instruída sobre a aplicação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que inclui no currículo da rede oficial a temática história e cultura afro-brasileira. O Coprav promoveu nos dias 4 e 5 últimos o curso de capacitação de monitores e coordenadores das oficinas sobre noções da língua ioruba, ministrado pelo professor Jorge Manoel Adão.

    São parceiros da Secad no projeto a Sociedade Ilê Axé Baraleji Owo Omo Omolu, os grupos Tupã, Movimento Arte e Educação, Associação de Capoeira Jogo de Dentro, Grupo Aquarela, banda de hip-hop Sub-Versão, Movimento Negro Unificado do DF e Escola Rui Barbosa. (Assessoria de Imprensa da Secad)

  • São Luís — Até esta quarta-feira, 13, o município maranhense de Raposa tinha apenas uma escola de ensino médio. Com a inauguração do Centro de Ensino Médio José França de Sousa, cerca de 800 alunos terão a oportunidade de prosseguir nos estudos quando terminarem o ensino fundamental. Por isso, o dia foi especial para a comunidade.

    O prédio, de 646 metros quadrados, tem seis salas de aula, biblioteca, laboratórios de informática, ciências e matemática, banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais e quadra poliesportiva, coberta. O terreno foi cedido pela prefeitura.

    “A escola não é municipal, estadual ou federal. É comunitária. Pertence a todos os moradores de Raposa”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao lado do governador Jackson Lago, durante a cerimônia de inauguração. Eles foram recebidos pela Banda Marcial das Escolas Estaduais do Maranhão.

    Segundo Haddad, a parceria entre governo federal, estado e município é fundamental, principalmente agora, com a implantação do Fundo da Educação Básica (Fundeb). Com mais recursos, o Maranhão pode ampliar o número de escolas e a formação continuada de professores. “Agora, temos um rumo, um plano estratégico para garantir que toda criança tenha o direito de aprender”, ressaltou o ministro.

    Letícia Tancredi

    Confira outras notícias da Caravana da Educação

  • O Escola de Fábrica capacita jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, por meio de cursos de iniciação profissional (Fotos: Divulgação/Cefet Química de Nilópolis/RJ)A cidade do samba, no Rio de Janeiro, vai virar sala de aula nesta quinta-feira, 28, às 16h, com a aula inaugural do Escola de Fábrica, do Ministério da Educação. O programa tem o objetivo de capacitar jovens de baixa renda para o mercado de trabalho, por meio de cursos de iniciação profissional.

    O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Química de Nilópolis (RJ), as escolas de samba Beija-Flor de Nilópolis e Acadêmicos do Grande Rio, a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras) e os institutos Stimulu, Fecundar de Cultura e Rio Scenarium são os parceiros do programa.

    De acordo com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, o Escola de Fábrica estabelece uma parceria entre o MEC e as empresas a fim de gerar emprego e renda onde os cursos são oferecidos. “No caso da Beija-Flor e Acadêmicos do Grande Rio, os cursos são voltados para a indústria do carnaval.”

    No estado fluminense, serão abertos 26 cursos de iniciação profissional que beneficiarão 540 alunos em quatro municípios: Duque de Caxias, Nilópolis, Rio de Janeiro e Cordeiro. Serão investidos pelo Ministério da Educação R$ 1,2 milhão nos cursos do Rio de Janeiro. Os alunos receberão uma bolsa de R$ 150,00, alimentação, uniforme, material didático e  acompanhamento de todas as atividades executadas.

    Entre os cursos oferecidos estão: escultura em espuma, corte e costura, maquiagem artística, logística de barracão, chapelaria, marcenaria artística, confecção de adereços, serralheria, confecção de indumentária, expressão corporal e representação cênica em desfiles, recepção e hospitalidade no carnaval, música e percussão.

    Para o diretor do Cefet Química, Luiz Edmundo Vargas de Aguiar, a aula inaugural tem como objetivo dar visibilidade às ações de responsabilidade social promovidas pela instituição na área da indústria cultural. “Queremos evidenciar o potencial do estado não só como pólo turístico, mas como um centro de referência para formação de profissionais”, diz.

    Em 2008, o Ministério da Educação vai investir R$ 26 milhões no programa, beneficiando dez mil alunos em 21 estados. Mais informações pelo telefone (21) 3978-5907.

    Marco Fraga

  • O Comitê Local Cidade Educadora realiza, em Dourados (MT), o 1º Congresso Dourados Cidade Educadora. O objetivo é discutir o desenvolvimento regional sustentável com foco na economia voltado para os direitos humanos e a cidadania.

    O evento termina na sexta-feira, 15, e vai debater também o papel das universidades na construção do conceito de Cidade Educadora. Será elaborada, ainda, a Carta da Cidade de Dourados, que estabelecerá as bases e princípios do município para se filiar à Associação Internacional das Cidades Educadoras (Aice).

    De acordo com o diretor de Políticas em Educação a Distância, Hélio Chaves Filho, o conceito de uma cidade educadora parte do principio de que a educação não pode ficar restrita aos muros da escola, sendo um guia nas relações sociais e humanas. “Este é um dos desafios da educação brasileira cujas ações do governo federal, sobretudo com o Plano de Desenvolvimento da Educação, visam à inclusão pela educação”, afirmou Chaves Filho.

    A idéia de Cidade Educadora surgiu há 16 anos em Barcelona, na Espanha, com o objetivo de adotar a educação como direito fundamental a todos os cidadãos, além de identificar e desenvolver aspectos educativos presentes nas políticas de cada localidade.

    Compromissos — A rede, organizada pela Aice, surgiu no 1º Congresso Internacional das Cidades Educadoras, realizado em 1990. Na ocasião, foi firmada uma carta de intenções com compromissos, como o acesso de todos os moradores aos meios de formação e desenvolvimento pessoal, a educação para a diversidade e para a saúde e a utilização do espaço urbano como instrumento de ensino.

    No total, cerca de 340 cidades de 34 países fazem parte da rede das Cidades Educadoras. No Brasil, participam as cidades de São Paulo, Sorocaba, Santo André, São Carlos, Piracicaba, Porto Alegre, Gravataí, Caxias do Sul, Cuiabá, Belo Horizonte e Campo Novo dos Parecis. (Assessoria de Imprensa da Seed/MEC)

  • O Ministério da Educação inaugura nesta quinta-feira, dia 26, às 15h, a primeira escola técnica de Charqueadas, Rio Grande do Sul. A nova instituição é uma unidade de ensino descentralizada (Uned) do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas. 

    A Uned de Charqueadas integra o programa de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. Foi projetada para suprir a demanda do município por educação profissional pública, gratuita e de qualidade. Há na região grande procura por profissionais e quadros técnicos de nível médio para empresas dos setores metalúrgico, mecânico, moveleiro, agroindustrial, têxtil e de alimentos.

    Para instalar a unidade, foram investidos R$ 1,5 milhão, verba oriunda do programa de expansão do MEC. A escola está instalada em uma área de seis mil metros quadrados, doada pela prefeitura.

    Compromisso — A cerimônia de inauguração contará com a presença do secretário de educação profissional e tecnológica, Eliezer Pacheco; do secretário-executivo, José Henrique Paim Fernandes, e do prefeito de Charqueadas, Jaime Guedes Silveira. Eliezer considera a Uned de Charqueadas mais um passo da política de expansão da rede. “Estamos reafirmando o nosso compromisso de promover a inclusão social e educacional, além da expansão de escolas”, afirmou.

    As aulas começaram no dia 11 de setembro, com o curso técnico de nível médio em informática na modalidade educação de jovens e adultos. Inicialmente, foram oferecidas 40 vagas, com ingresso por meio de sorteio. Em fevereiro de 2007, será implantado o curso técnico de mecatrônica, integrado com o ensino médio, com 96 vagas e ingresso por vestibular. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • Estão abertas até 2 de dezembro as inscrições para o processo seletivo de ingresso na unidade de ensino descentralizada de Charqueadas (RS). Vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Sul, a instituição oferece 56 vagas para o curso de mecatrônica e 64 para o de informática.

    Com duração de quatro anos, os dois cursos são desenvolvidos de forma integrada com a educação profissional técnica e o ensino médio. Para ingressar nesse modelo, o candidato deve ter concluído a última série do ensino fundamental. O curso de mecatrônica forma profissionais capazes de operar, manter e promover melhorias em sistemas mecatrônicos industriais, integrando as áreas de mecânica, eletroeletrônica, automação e informática. Já o de informática qualifica os egressos para atuar no projeto de soluções de software, dimensionar e instalar redes de computadores.

    As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do Cefet-RS. A taxa, de R$ 32, deve ser paga nas agências lotéricas credenciadas pela Caixa Econômica Federal. As inscrições são específicas para cada curso e turno. As provas serão realizadas em 16 de dezembro, às 9h e às 15h.

    Marco Fraga

  • A Secretaria Municipal de Educação de Charqueadas, Rio Grande do Sul, promove nesta sexta-feira, dia 15, em parceria com o Ministério da Educação, o Seminário Regional para Dirigentes e Técnicos Municipais de Educação. O encontro tem o objetivo de capacitar dirigentes municipais e assessorias técnicas para o encaminhamento de projetos de convênios com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    O seminário terá a participação de todas as secretarias municipais de educação da Região Carbonífera e de outras regiões do estado. Dirigentes e assessores técnicos terão uma formação mais adequada no encaminhamento de projetos para captação de recursos junto ao FNDE.

    A programação do seminário prevê a apresentação de um painel por Ernesto Erivelton Rodrigues, representante da Coordenação Geral de Ações Educacionais Complementares da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). (Assessoria de Imprensa da Secad)

  • A cidade gaúcha de São Leopoldo será sede a partir de amanhã, dia 1º de junho, até sexta-feira, 3, do Congresso Internacional de Educação a Distância. A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), por meio da Unidade Acadêmica de Educação Continuada, e a Rede de Instituições Católicas (Ricesu) são as organizadoras do encontro, que pretende provocar uma reflexão sobre qualidade na perspectiva da inclusão social.

    A participação da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) baseia-se no princípio de que qualidade em educação a distância não é apenas tecnologia ou informação. É a formação da pessoa para a vida e para o mundo do trabalho.

    Na abertura, o professor Sérgio Roberto Kieling Franco, representante do Ministério da Educação, fará palestra sobre a qualidade da educação a distância no Brasil. Também está prevista a participação da professora Rena Palloff, do Fielding Graduate Institute, e do professor Keith Pratt, da Northwest Arkansas Community College, dos Estados Unidos. Eles são autores dos livros Construindo Comunidades de Aprendizagem no Ciberespaço e O Aluno Virtual. Paralelamente, será realizado um seminário sobre biblioteca universitária e educação a distância, na quinta-feira, 2, às 14h.

    O Congresso Internacional de Qualidade em Educação a Distância será realizado no Anfiteatro Padre Werner, da Unisinos, em São Leopoldo. A programação está na página eletrônica Ricesu. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Caruaru (PE) — A primeira das quatro etapas das obras do campus do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terminou recentemente. Mas o campus funciona desde o início do ano em salas improvisadas do pólo comercial de Caruaru, a 135 quilômetros de Recife. Dois vestibulares foram realizados, com vagas para os cursos de design, administração, economia, engenharia civil e pedagogia.

    Há maior procura pelos cursos de design, administração e economia, segundo o vice-diretor do campus, Nélio Vieira de Melo. “A demanda por design é grande porque a indústria de moda aqui é muito forte”, destaca Melo.

    No início, esperavam-se apenas candidatos da região do Agreste e da Zona da Mata. Mas os dois vestibulares foram muito concorridos. Chegaram candidatos de todos os lugares, principalmente de Recife. “Para favorecer o estudante da região, criamos um bônus de incentivo à interiorização. O aluno de baixa renda que tiver cursado o ensino médio no interior tem um acréscimo de 10% em sua nota do vestibular”, conta Melo. A universidade também organizou um cursinho nos fins de semana para ajudar o estudante da escola pública a se preparar.

    Aluna do segundo período de pedagogia, Girleide Torres Lemos, 20 anos, terminou o ensino médio em escola pública, mas não usou o bônus para conseguir a vaga — ele só passou a existir depois da aprovação da estudante. Para Girleide, a criação do campus em Caruaru possibilitou a continuação dos estudos. “Precisaria ter dinheiro para ir a Recife e disponibilidade de tempo muito maior para o deslocamento”, observa a aluna, que mora em Vila Murici, na área rural de Caruaru, a 30 minutos de ônibus da universidade.

    Como trabalha no período da manhã, Girleide não teria tempo para trabalhar, estudar e ainda participar de pesquisas de extensão, caso tivesse de se deslocar até Recife. “Sem a interiorização, eu não teria condições de estudar”, diz. Como bolsista de extensão, a estudante recebe R$ 200 mensais, que usa para pagar o transporte até a faculdade.
    Aulas — Girleide é professora da rede municipal. “Ensino crianças entre sete e 11 anos, num curso multisseriado”, explica. Nas aulas multisseriadas, alunos de faixas etárias e séries diferentes aprendem num mesmo ambiente. Ela é concursada e acredita que as aulas de pedagogia a ajudaram a passar no concurso. “Tudo o que aprendi no primeiro período caiu na prova. Os alunos das escolas particulares estão vendo o mesmo conteúdo lá pelo quinto período”, avalia Girleide. Ela recebe R$ 429 por 20 horas semanais de trabalho.

    Diferente de Girleide, Bruno Alves, 17 anos, estudante do primeiro período de engenharia civil, diz que teria condições financeiras de estudar em Recife caso não houvesse a opção do ensino superior federal em Caruaru. “Preferi ficar perto de casa”, revela Bruno. Para ele, a maior vantagem da interiorização foi levar à região ensino de qualidade. “Tenho certeza de que o ensino federal é melhor do que o privado”, avalia.

    O vice-diretor Nélio Melo concorda que há diferenças entre o ensino público e o privado. Professor de filosofia, ele trabalhou por 11 anos na rede privada. “Tinha oito turmas com até 70 alunos. Não havia condição de avaliar qualitativamente o estudante”, conta. “A universidade federal prevê mais tempo para o professor atender o aluno”, destaca.

    O campus de Caruaru atende hoje 645 alunos, mas deve chegar a 1,2 mil com os dois vestibulares previstos para o ano que vem. Há 60 professores, entre assistentes e adjuntos, cujos salários variam de R$ 3 mil a R$ 5.190. Para setembro, está prevista a contratação de mais 30 professores.

    Maria Clara Machado

    Confira as notícias da Caravana da Educação

  • Recife — O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pernambuco oferecerá cursos superiores a distância e cursos técnicos na unidade de Ipojuca. De acordo com o edital dos concursos, publicado no dia 25 no Diário Oficial da União, as inscrições para os dois vestibulares serão feitas exclusivamente pela internet, entre os dias 7 e 20 de junho.

    Para concorrer a uma das vagas, é necessário ter nível médio. Metade delas será destinada a alunos de escolas públicas pelo sistema de cotas. Durante o período de inscrição, computadores serão colocados à disposição, na rede pública do município, para os candidatos que não tenham acesso à internet.

    Milhares de empregos serão gerados com a implantação de uma refinaria e de um estaleiro em Ipojuca. Daí o interesse do Cefet-PE de realizar o primeiro vestibular no município. Serão 216 vagas, com duração de dois anos, para os cursos de automação industrial, química e segurança do trabalho. Todos tiveram o currículo adaptado para atender o mercado de petróleo e gás.

    A unidade de Ipojuca deve ser concluída até o final de setembro. Já foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões, numa parceria entre o governo federal e a prefeitura. Até a conclusão, serão aplicados R$ 9 milhões. Graças a parcerias firmadas com empresas do setor privado na área de petróleo e gás, os laboratórios da unidade contarão com tecnologia de ponta.
    Licenciatura — O Cefet-PE oferecerá, neste primeiro vestibular, 350 vagas nos cursos superiores a distância de licenciatura em matemática, com duração de quatro anos, e de tecnologia em gestão ambiental, com dois anos e meio. Para concorrer, é necessário, também, ter nível médio. Os cursos serão aplicados nos municípios-pólo de Ipojuca e Pesqueira, Pernambuco; Itabaiana, Paraíba; Dias d’Ávila, Bahia, e Santana do Ipanema, Alagoas. Metade das vagas do curso de licenciatura em matemática será destinada a professores da rede pública que ensinem nos municípios-pólo.

    As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do Cefet-PE. As taxas são de R$ 15 para os cursos técnicos e de R$ 50 para os cursos superiores a distância. (Assessoria de Imprensa do Cefet-PE)

  • Os municípios baianos de Laje, Jitaúna, Saúde, Aiquara, Quijingue e Mulungu do Morro terão escolas de ensino médio no próximo ano. O titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes, e a secretária de educação da Bahia, Anaci Bispo Paim, assinaram na quarta-feira, 31 de agosto, no Ministério da Educação, termo aditivo de convênio do Projeto Alvorada que permitirá a construção de uma unidade em cada município.

    O acordo faz parte do replanejamento do convênio 83/2002, que libera um saldo de R$ 28,8 milhões, a ser aplicado na melhoria e na expansão do ensino médio em áreas de baixo índice de desenvolvimento humano (IDH). “A intenção é melhorar a aplicação desse dinheiro a fim de garantir o investimento no ensino médio e dar condições aos estudantes de continuar os estudos em sua própria cidade”, explicou Fernandes.

    Segundo Anaci, as aulas naqueles municípios são ministradas em espaços improvisados. “Não há escolas construídas para esse nível de ensino”, explicou a secretária. “Com a assinatura do termo aditivo, vamos autorizar a abertura do processo para a construção e dar início às obras a fim de viabilizar o atendimento já em 2006.”

    As escolas, que seguem um projeto padrão, atenderão 720 alunos. Cada unidade terá seis salas de aula, espaço para laboratórios de informática e de ciências, salas de vídeo e de leitura e quadra de esportes, além da estrutura administrativa. A contrapartida do estado será dotá-las de mobiliário e equipamentos. “Uma escola não é feita só de sala de aula”, destacou Anaci. “É necessária toda uma infra-estrutura para que funcione como espaço pedagógico e promova o desenvolvimento do aluno.”

    Os recursos também serão utilizados para a formação continuada de professores das diversas áreas do conhecimento e reaparelhamento de outras 124 escolas do estado. Elas receberão computadores, impressoras, retroprojetor e ar condicionado.

    Repórter: Heloisa d’Arcanchy

  • Técnicos do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai) oferecerão assessoria técnica para que prefeituras de seis municípios do Amazonas desenvolvam projetos de construção de escolas que atendam as especificidades do ambiente escolar do índio. Na região do Alto Solimões vivem cerca de 40 mil índios do povo ticuna. Eles estudam em escolas dos municípios de Amaturá, Benjamin Constant, Santo Antonio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Tonantins.

    Segundo dados do Censo Escolar de 2006, o número de matrículas de estudantes indígenas na região corresponde a 10% do total do País, que é de 174.255. Ou seja, mais de 17 mil índios estudam em escolas das seis cidades. Há demanda na região para a construção de 18 escolas.

    As comunidades indígenas participam da discussão dos projetos arquitetônicos e opinam sobre a área na qual as escolas devem ser construídas. A partir de desenhos feitos por professores indígenas, arquitetos, topógrafos e engenheiros do MEC e da Funai desenvolveram projetos arquitetônicos de pequeno porte, com apenas duas salas de aula; de médio porte, com quatro salas; e de maior porte, com seis. Em todos eles há definição de espaços para professores, biblioteca e alimentação.

    De acordo com Kleber Gesteira, coordenador de educação escolar indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), a secretaria dispõe de R$ 2,8 milhões para a construção de escolas indígenas este ano. “Esta é a previsão inicial, mas o total de recursos para este fim pode aumentar”. Além disso, com a assessoria técnica oferecida pelo MEC e pela Funai, as prefeituras terão mais oportunidades de firmar convênio com a Secad e obter recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    Maria Pereira

Fim do conteúdo da página