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  • Foto: Wanderley PessoaPela primeira vez no Japão, uma instituição brasileira de ensino é reconhecida como escola estrangeira e passa a integrar o sistema educacional privado daquele país. A medida vai beneficiar a comunidade brasileira, que reúne 300 mil emigrantes. A escola Professor Kawase recebeu, no dia 28 de novembro, o certificado de miscellaneous school do governo da província de Gifu.

    A certificação é fruto de trabalho conjunto dos ministérios da Educação e das Relações Exteriores, que convenceram o governo japonês a recomendar a suas províncias a flexibilização das regras de reconhecimento. Em abril deste ano, o ministro da Educação, Fernando Haddad, foi ao Japão para discutir a melhoria da educação de brasileiros naquele país.

    Cerca de 90 instituições de ensino básico atendem, no Japão, entre 60 mil e 90 mil crianças em idade escolar. São filhos de brasileiros que não se adaptam ao modelo pedagógico japonês, especialmente pelas dificuldades impostas pela língua. As instituições brasileiras eram vistas como meras empresas e nem sequer eram reconhecidas como escolas pelo sistema educacional nipônico.

    “O reconhecimento da escola Professor Kawase representa um extraordinário ganho político para nós e benefícios para os alunos brasileiros”, disse a chefe substituta da Assessoria Internacional do MEC, Cláudia Baena. Ela explicou que, ao integrar o sistema privado japonês, as instituições que  recebem o título de miscellaneous school passam a contar com isenção de  vários impostos nacionais e regionais, como o de renda e sobre consumo. Podem receber subsídios públicos e ocupar prédios públicos. Os alunos têm direito a passe escolar para transporte.

    “Todos esses ganhos serão revertidos em mais qualidade de ensino e possivelmente em mensalidades mais baixas, já que haverá menos impostos a pagar”, disse Cláudia. O título também possibilita às crianças prosseguir os  estudos em escolas japonesas.

    Mais dois estabelecimentos brasileiros, a Escola Fuji, da província de  Shizuoka, e o Cantinho Brasileiro, na de Aichi, devem ser reconhecidos até março de 2007. Outras seis províncias estudam a possibilidade de seguir a orientação do governo japonês e flexibilizar as regras para a concessão do título de miscellaneous school.

    Maria Clara Machado

  • Para preservar o açaizeiro e oferecer à comunidade rural outras formas de cultivo e remanejamento florestal, os professores da Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, no Pará, criaram o Projeto Pupunheira. A substituição do palmito do açaí pelo da pupunha é uma solução para a preservação do açaizeiro, que está em extinção na região.

    O custo de mão-de-obra e o tempo de produção do palmito também estão sendo avaliados pelos técnicos. O palmito da pupunheira – palmeira nativa da América Central à Amazônia – tem uma significativa vantagem sobre o do açaizeiro. Enquanto este leva cinco anos para ficar pronto para o consumo, o tempo de produção do palmito da pupunheira é de dois anos.

    Parceria – O projeto foi implantado na escola graças à parceria com a Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Secretaria Executiva de Agricultura do Pará (Sagri).

    Sob coordenação do professor João Tavares Nascimento, o projeto também é um laboratório para os alunos dos cursos de agropecuária, manejo florestal e agroindústria da instituição. Ao todo, 70 estudantes vão participar de todas as fases de cultivo do palmito, que vão do plantio das mudas até sua industrialização e comercialização. (Assessoria de Comunicação da Setec)

  • O professor Carlos Humberto Sanson Moulin assumiu na quarta-feira, 14, em Brasília, a direção da Escola Agrotécnica Federal (EAF) do município de Alegre, no Espírito Santo. Entre suas metas está a criação do curso superior de apicultura para atender às demandas dos estudantes capixabas e, também, dos mineiros da Zona da Mata.

    O curso superior de tecnologia em apicultura, já aprovado pelo Ministério da Educação, terá início em março. A seleção dos estudantes está prevista para janeiro. “Também pretendo abrir cursos superiores de cafeicultura e agroindústria”, afirmou o professor Carlos Humberto.

    Criada há 52 anos, a escola de Alegre tem 43 professores, 99 servidores e 596 estudantes, distribuídos pelos cursos técnicos de agropecuária, apicultura, cafeicultura e informática.

    Repórter: Ana Júlia Silva de Souza

  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Sombrio, Santa Catarina, recebe até 10 de fevereiro inscrições para seleção de um engenheiro agrônomo. Nas provas, marcadas para 12 de março, serão cobradas noções de informática, língua portuguesa e conhecimentos gerais e específicos.

    As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet. A taxa é de R$ 40,00.

    Mais informações pelo telefone (48) 3334-6400. (Assessoria de Imprensa da Setec)

  • Foto: Wanderley PessoaO Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem), que em 2006 destinará à rede pública 15,5 milhões de livros para sete milhões de alunos, já chegou a algumas escolas de Brasília. No Centro de Ensino Médio Elefante Branco, por exemplo, 2.200 estudantes serão beneficiados.

    Para o diretor do centro, Francisco de Assis Rocha, os livros didáticos, de português e matemática, são uma conquista prevista na Constituição de 1988. “Gradativamente, o governo está conseguindo fazer com que os livros e a sua gratuidade se tornem uma realidade para o ensino médio, coisa que até então não existia”, avalia. Rocha acredita que os livros, que estão no colégio à espera do começo do ano letivo, em fevereiro, facilitarão a vida do estudante e de sua família. Segundo o diretor, o beneficio vai tirar das famílias um ônus grande, a aquisição do material didático.

    Foto: Wanderley PessoaOutra vantagem que o diretor vê na distribuição dos livros é a revolução que vai ocasionar na postura do aluno em relação à escola. “Em vez de receber o material explicado pelo professor no quadro-negro, agora ele passa a ter uma fonte de pesquisa guardada consigo”, observa Rocha.

    O diretor ressalta a participação efetiva dos professores na seleção do material que compõe os livros. Os docentes, explica, receberão uma grande quantidade de títulos. Antes, eles tiveram que discutir com os demais colegas quais seriam as melhores escolhas para o Distrito Federal. “Isso fez com que houvesse unicidade de conteúdos nas escolas”, afirma.

    Aprendizado – A aluna Crislany Soares Ribeiro, 17, que se prepara para cursar o segundo ano do ensino médio no Elefante Branco, elogia a iniciativa. Para ela, que pretende ingressar num curso superior de publicidade e propaganda por meio de uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni), os livros gratuitos, além de amenizar as despesas dos pais, evitam que o aluno fique preso a apostilas e fotocópias.

    Isso, na sua opinião, facilita o aprendizado dos conteúdos dados em sala de aula. “Com os livros didáticos, fica muito mais fácil entender as matérias e não se perde a explicação do professor”, afirma a estudante.

    Repórter: Cristiano Bastos

     

  • Buenos Aires – Descobrir na prática o que cada disciplina do currículo escolar pode contribuir para a construção de uma vida mais autônoma é o que a estudante Amanda Oliveira, 17 anos, mais gosta em sua escola. Diferentemente da maioria dos jovens presentes ao Seminário Internacional Ensino Médio – Direito, Inclusão e Desenvolvimento, que terminou nesta quarta-feira, 4, em Buenos Aires, Argentina, Amanda disse que não mudaria nada em sua escola.

    Caso único entre os estudantes da Argentina, Chile e Brasil que participaram do encontro – 23 ao todo –, Amanda acredita que o método de atrelar as disciplinas regulares ao contexto da vida do estudante estimula o aprendizado e faz o jovem se identificar com a escola.

    Ela mora no interior de Pernambuco, no município de Tuparetama, e estuda na escola municipal Anchieta Torres. Antes da proposta curricular implantada em 2004, segundo conta Amanda, os próprios professores passavam uma imagem de que a vida no campo não poderia resultar em sucesso e depreciavam o trabalho ligado à agricultura.

    “Eles preparavam o aluno para sair do campo e não ser agricultores como os pais”, disse. “Viam a agricultura como um castigo”, afirma.

    Orgulhosa de sua origem, a estudante diz que quer sim ser agricultora como os pais e se sente capaz de melhorar a sua realidade a partir dos conhecimentos que aprende na escola.

    A mudança de atitude foi conseqüência de uma postura de valorização da região e de novo significado do papel da escola que agora contribui para formar cidadãos dispostos a intervir no meio em que vivem.

    Na escola, Amanda aprende matemática, por exemplo, ao planejar hortas em que é preciso considerar aspectos como o perímetro do solo e a distância entre as verduras. Os conteúdos de química ganham mais sentido ao se fabricar adubos e biofertilizantes criados em atenção ao desenvolvimento sustentável. “A gente não usa inseticida. O biofertilizante é feito com água, fezes de animais, caldo de cana e cinzas”, exemplifica.

    Outros alunos – Mais infra-estrutura, qualidade de ensino, diálogo com professores e direção, participação com voz ativa nas decisões da escola e uma formação que privilegie a construção de cidadãos capazes de construir uma sociedade mais justa foram outras reivindicações dos jovens que participaram do seminário.

    Maria Clara Machado

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  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Senhor do Bonfim, Bahia, implantou em seu refeitório um programa de boas práticas para aumentar a segurança alimentar dos alunos e servidores que ali fazem refeições diariamente. O programa compreende ações de controle de qualidade dos alimentos e da água, manejo de resíduos, cuidados com a saúde e a higiene dos colaboradores. A adequação da estrutura física, treinamento dos colaboradores e o controle da higienização das instalações, móveis, equipamentos e utensílios também merecem atenção.

    Quando o programa estiver plenamente implantado no refeitório, a escola iniciará a adequação das demais unidades de produção, preparação, armazenamento e comercialização de alimentos. Assim, o abatedouro, as unidades de fabricação de alimentos, o almoxarifado e a cantina devem ser contemplados. As práticas também serão implantadas na produção primária.

    A base do trabalho da escola é a Resolução nº 216 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 15 de setembro de 2004. O texto dispõe sobre o regulamento técnico de práticas para serviços de alimentação.

    Segundo pesquisa do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura da Bahia, cerca de 70% das vagas em hospitais são ocupadas por pessoas que ingeriram alimentos contaminados, o que representa enorme perda para os cofres públicos.

    Rodrigo Farhat, com informações da Assessoria de Imprensa da EAF

  • Na Escola Estadual XV de Novembro, em Tocantinópolis (TO), toda segunda-feira é dia de planejar as atividades da semana escolar. O calendário  inclui todas as disciplinas curriculares e integra as turmas — da educação infantil ao ensino fundamental — em torno de um projeto semanal comum. A posição de destaque é sempre da leitura. Para professores e diretoria, atividades de produção textual e leitura são a base para um aprendizado sólido.

    Foco na leitura é prioridade das atividades da escola XV de Novembro (Foto: João Bittar)“Sem ler e entender o que se está lendo é impossível resolver um problema de matemática ou aprender biologia”, exemplifica o professor Carlos Henrique Aguiar. Ele dá aulas de alfabetização para a turma de aceleração, destinada a crianças que estejam fora da série correspondente à idade. O professor compartilha da visão de toda a equipe escolar, que no fim de setembro elegeu o dia D da leitura e movimentou professores, alunos e  funcionários.

    As turmas dos professores Carlos Henrique e Joelda Caetano da Silva Bispo uniram-se para apresentar uma peça, adaptada de um conto do escritor Ivan Ângelo. Os professores explicam que o conto, Negócio de Menina com Menino, foi escolhido por abordar temas presentes no dia-a-dia das crianças. “Passarinho, gaiola e diferenças sociais”, resume Carlos Henrique.

    As crianças tiveram de ler o conto e encená-lo. Para isso, usaram uma gaiola e muita imaginação. “A história fala do menino pobre que se depara com uma menina rica da cidade. De repente, o pai dela quer comprar o passarinho que o menino demorou a manhã toda para encontrar, mas ele não vende”, conta Joelda.

    Aula de matemática no refeitório: crianças aprendem a identificar medidas e frações tiradas dos textos das receitas (Foto: João Bittar)A leitura não se restringe às aulas de alfabetização ou português e se mistura aos conteúdos de todas as disciplinas. Na semana do dia D, a professora de ciências Eunice Martins Pereira resolveu levar o conteúdo da sala de aula para a cozinha. Os alunos pesquisaram receitas e, para preparar os alimentos, tiveram de identificar os números fracionários correspondentes às medidas de ingredientes e aprender sobre os componentes da cada receita.

    “Eles acrescentaram três quartos de copo de açúcar e descobriram que a beterraba tem vitaminas A, B, C, as quais previnem anemia e resfriado”, conta Eunice. Os alunos prepararam um bolo de beterraba e doces conhecidos como brigadeiro. De forma divertida, perceberam como a leitura é fundamental para qualquer atividade e como a matemática e as ciências estão presentes em coisas simples do dia-a-dia.

    Biblioteca — Independentemente das atividades do calendário semanal, todos os dias, em todas as salas, há o momento da leitura, no qual são trabalhados diferentes tipos de texto — contos, notícias, poemas, histórias em quadrinhos e até bulas de remédios. Os alunos ainda visitam semanalmente a biblioteca, além de participar das atividades previstas com o professor. Eles são acompanhados por uma monitora, responsável pela biblioteca, que desenvolve a leitura de forma diversificada, ao contar histórias e estimular a interpretação, a escrita e a oralidade.

    Segundo a coordenadora pedagógica Maria Ezilene Marinho, a maioria das crianças já sabe ler e escrever aos oito anos de idade. Cada professor compreende a importância de se ensinar a ler e escrever desde cedo.

    A professora Joelda, que ensina os alunos do segundo ano, diz que já passou por vários desafios ao se deparar com crianças pouco ou nada alfabetizadas. Quando isso ocorre, ela não desiste. “Estamos aqui para isso mesmo: superar os desafios”, destaca. Ela lembra a história de uma aluna muito distraída em sala, incapaz de acompanhar as aulas. “Cheguei a suspeitar que ela fosse especial. Mas, trabalhando no reforço, com palavrinhas e texto, ela deu um salto. Hoje, lê que é uma beleza”, orgulha-se. Para Joelda, a recompensa da dedicação está no aprendizado do aluno. “A gente se sente gratificada ao ver o resultado.”

    Os nove professores da Escola XV de Novembro têm nível superior. Eles recebem cerca de R$ 1,5 mil por 40 horas de trabalhos semanais.

    Maria Clara Machado

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  • O programa Escola da Vida, da Secretaria de Educação de Goiás, entregou ontem, dia 28, em Goiânia, certificados de conclusão do curso de alfabetização a 368 jovens e adultos. Em todo o Estado de Goiás, este mês, 18.357 pessoas concluíram o curso.

    Desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação, o Escola da Vida entra, agora, na quarta etapa, com a meta de alfabetizar mais 50 mil pessoas ainda este ano. Para a execução da próxima fase, a secretaria tem promovido reuniões com prefeitos a fim de consolidar parcerias. No início de abril, começa o cadastramento das novas turmas de alfabetizadores e alfabetizandos. A capacitação dos professores também terá início no próximo mês para que as aulas comecem em 9 de maio.

    As prefeituras ajudarão a cadastrar alunos e professores, além de indicar um profissional para atuar junto às subsecretarias na coordenação do programa em cada município. A secretaria capacitará e pagará os salários dos alfabetizadores, fornecerá material didático, dará suporte técnico-pedagógico às turmas e será responsável pela certificação.

    Auto-estima - Os alunos que estão recebendo os certificados começaram a estudar em setembro do ano passado, prosseguiram durante as férias escolares e concluíram o curso em 28 de fevereiro. "É na formatura que acontece a confirmação da auto-estima dos alunos", disse Nazira Elias de Fátima, assessora técnico-pedagógica da secretaria.

    O programa mobilizou cerca de mil alfabetizadores para atender alunos em 179 municípios goianos. As aulas foram ministradas em salões comunitários ou paroquiais, em fundos de quintal e em escolas. Durante seis meses, os mais de 18 mil alunos tiveram aulas em 1.012 salas.

    Os alfabetizadores são pessoas da comunidade, capacitadas para desenvolver, além da alfabetização, atividades de melhoria da qualidade de vida dos alunos. Para tanto, recebem salário fixo de R$ 120,00, mais R$ 7,00 por aluno. Cada alfabetizador pode receber, no máximo, por 25 alunos.

    De segunda a quinta-feira, as aulas têm duas horas e meia de duração com atividades de alfabetização (letramento). A aula de sexta-feira, com a mesma duração, é reservada aos projetos de promoção social. Dentre eles, artesanato, costura, bordados, fabricação de doces e salgados, pintura e desenho. Até agora, nas três etapas, a Escola da Vida alfabetizou 45.379 jovens e adultos. (Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Educação de Goiás)

  • Começa nesta quarta-feira, 29, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Programa Escola de Altos Estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Com a chancela do Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o programa fomenta a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Além disso, fortalece, qualifica e amplia as agendas de pós-graduação de instituições brasileiras. A Capes vai aplicar cerca de R$ 150 mil no projeto da UFRJ.

    O simpósio Perspectivas da Biologia do Desenvolvimento no Brasil abre as atividades do programa. Serão três dias de debates entre pesquisadores, professores do Brasil e do exterior e alunos de pós-graduação no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.

    A palestra inicial será proferida pela professora emérita do Collège de France, Nicole Le Douarin. A professora é especialista na área e há mais de 40 anos pesquisa o assunto. Nicole Le Douarin cunhou o termo “crista neural” – porção superior do sistema nervoso na fase embrionária responsável pela formação da cabeça, medula e face. Na sexta-feira, 1º, o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, encerra o encontro. A expectativa é que o simpósio reúna cerca de 250 participantes

    A partir de janeiro de 2007, o programa vai oferecer cursos em quatro universidades federais (UFBA, UFSC, UFC e UFMG) e uma estadual (Unicamp). Serão abordadas temáticas contemporâneas ligadas à formação embrionária e células-tronco. A professora Nicole Le Douarin vai liderar a equipe que percorrerá o País e ministrará cursos de até 120 dias para alunos de pós-graduação das universidades participantes. “É preciso amenizar as assimetrias regionais do Brasil. Nosso compromisso é com a expansão do conhecimento e com o despertar da pesquisa”, analisa Vivaldo Moura Neto, professor da UFRJ e coordenador do projeto na universidade. Em cada instituição espera-se a participação de 50 alunos de pós-graduação.

    João Neto

  • A produção científica na área das ciências humanas vai receber um impulso do Ministério da Educação, que quer fazer o país chegar pelo menos ao mesmo patamar da produção mundial. Para isso, está sendo desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) um programa da Escola de Altos Estudos integrando os mais reconhecidos talentos no mundo às universidades brasileiras.

    O objetivo, afirma o presidente da Capes, Jorge Guimarães, é aproveitar o conhecimento dos especialistas internacionais. “Enquanto a produção científica mundial em ciências sociais é de 10%, no Brasil o índice é menor do que 2%”, justifica. Guimarães explica que a produção na área de humanas costuma perder para a de exatas porque as técnicas de humanas exigem mais criatividade intelectual, leitura e concentração.

    A Escola de Altos Estudos é um programa da Capes que promoverá a visita de professores estrangeiros de alto nível ao Brasil para qualificar projetos de pós-graduação de mestrado, doutorado e pós-doutorado nacionais. O programa, no entanto, não será dirigido exclusivamente aos projetos de ciências humanas. Até a primeira quinzena de outubro, chegaram 42 projetos à Capes.

    Do total, 18 propostas são da área de humanidades, enquanto 24 propõem desenvolver o conhecimento em exatas. O resultado demonstra que a iniciativa do MEC está mobilizando os cursos de pós-graduação na área de ciências sociais.

    O professor de pós-graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Sílvio José Lemos Vasconcellos, coordena o projeto Pesquisa, Avaliação e Intervenção em Adolescentes com Traços de Psicopatia, enviado para concorrer na Escola de Altos Estudos.

    A proposta é trazer o pesquisador David Kosson, da Universidade de Medicina dos Estados Unidos, autor de um teste desenvolvido somente nos EUA e Canadá para diagnosticar a psicopatia em crianças e jovens. O paciente com o transtorno tem dificuldade de interagir com outras pessoas.

    A psicopatia em adolescentes é uma área muito carente de estudos no Brasil. “A idéia é trazer esse tipo de diagnóstico para cá porque, quanto mais precocemente o transtorno for identificado, mais fácil fica o tratamento do paciente”, explica. Além disso, Vasconcellos argumenta que a vinda do pesquisador norte-americano vai promover estudos que permitirão aos psicólogos brasileiros conhecer os fatores determinantes para a ocorrência da psicopatia, como a violência e a criminalidade.

    Integração – Na avaliação do coordenador do Programa de Ciências Morfológicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Vivaldo Moura Neto, o programa vai estimular a integração entre pesquisadores de diferentes universidades do país especialistas em áreas pouco estudadas. “Esse programa vai abrir uma cooperação entre pesquisadores de diferentes universidades ao dar suporte para a vinda de lideranças estrangeiras e exigir a integração entre pesquisadores de várias instituições brasileiras”, avalia o professor que atua na área de biologia do desenvolvimento.

    Inscrições – A Escola de Altos Estudos vai selecionar dez projetos este ano, que receberão R$ 150 mil para trazer os especialistas ao Brasil. Os cursos interessados em participar podem apresentar projetos durante todo o ano, pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou pelos Correios,  para a Capes: Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Anexo I, sala 205 – CEP 70047-900, Brasília (DF). As propostas aprovadas podem ser ampliadas para outros cursos de pós-graduação. As aulas dos professores estrangeiros serão veiculadas na internet.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • As instituições de ensino superior que oferecem cursos e programas de pós-graduação e as sociedades de pesquisas científicas podem inscrever projetos de cooperação acadêmica internacional na Escola de Altos Estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). O prazo para encaminhar propostas vai de 1º de julho a 1º de setembro deste ano.

    A Escola de Altos Estudos é uma iniciativa da Capes para fomentar a cooperação acadêmica e o intercâmbio internacional em cursos e programas de pós-graduação stricto sensu de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Seu objetivo é trazer professores e pesquisadores estrangeiros de alto nível que possam fortalecer, ampliar e qualificar os programas de pós-graduação das instituições.

    Para concorrer aos recursos públicos, as universidades precisam oferecer cursos e programas de pós-graduação stricto sensu com notas de cinco a sete nos processos de avaliação da Capes e as sociedades científicas devem ser credenciadas junto à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

    Projeto – O projeto da instituição deve indicar, entre outros pontos, o professor a ser convidado, seu currículo, justificativa, programa do curso a ser ministrado, infra-estrutura logística disponível, número máximo de matrículas presenciais e estimativa de orçamento.

    A seleção será em duas fases. Na primeira serão escolhidos 20 projetos e na segunda, os dez que serão financiados pela Capes. Serão aplicados R$ 1,5 milhão, o que dará R$ 150 mil por projeto. O edital Capes nº 2/2006 pode ser consultado no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Ionice Lorenzoni

  • A Escola de Altos Estudos vai selecionar dez projetos este ano. Eles receberão R$ 150 mil da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) para trazer professores estrangeiros de alto nível ao país e, assim, qualificar seus programas de pós-graduação. Os cursos de pós-graduação poderão apresentar projetos à Escola de Altos Estudos durante todo o ano. É o que determina o Edital nº 23/06 da Capes, publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira, 2. O documento modifica as regras anteriores, que estabeleciam o prazo para a inscrição de programas em 1º de outubro.

    Segundo o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes, Leonardo Rosa, a mudança foi feita porque as propostas exigem uma série de medidas que podem levar tempo. “As propostas devem ser aprovadas no âmbito da instituição que oferecerá o curso e devem conter uma carta de aceitação do professor estrangeiro que virá ao Brasil”, explica.

    Outra alteração prevista no edital refere-se aos cursos de pós-graduação que podem concorrer ao programa. O novo texto determina que, preferencialmente, os cursos com conceito cinco, seis ou sete nas avaliações feitas pela Capes podem enviar projetos. A regra anterior delimitava a participação só de cursos com notas entre cinco e sete. Rosa diz que cursos com avaliações três ou quatro também podem apresentar bons projetos.

    Cooperação acadêmica – A escola pretende fomentar a cooperação acadêmica internacional em cursos de pós-graduação stricto sensu (que exigem apresentação de dissertação ou tese) de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O programa promoverá a visita de professores e pesquisadores ao Brasil, para apoiar projetos de pós-graduação. “A idéia é intensificar a presença brasileira no circuito acadêmico internacional trazendo importantes nomes da ciência mundial”, diz o ministro da Educação, Fernando Haddad.

    Os projetos devem indicar o nome e o currículo do professor estrangeiro a ser convidado, a justificativa do convite, carta do professor demonstrando interesse e características do curso que será ministrado. As propostas devem ser enviadas para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos Correios para a Capes: Esplanada dos Ministérios, Bloco L, anexo 1, sala 205 – CEP 70047-900, Brasília (DF). As propostas aprovadas podem ser ampliadas para outros cursos de pós-graduação. O coordenador de Cooperação Internacional da Capes diz que as aulas dos professores estrangeiros serão veiculadas na internet.

    Repórter: Flavia Nery

  • Duas das medidas anunciadas nesta quinta-feira, 8, pelo presidente da República e pelo ministro da Educação são voltadas para o aperfeiçoamento dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros. São iniciativas pioneiras que vão trazer ao país docentes e pesquisadores estrangeiros de alto nível e ampliar as pesquisas focadas na temática da educação.

    O primeiro projeto é a criação da Escola de Altos Estudos, que pretende intensificar a presença brasileira no circuito acadêmico internacional. Sob a gestão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), ela vai fomentar o intercâmbio de docentes e pesquisadores de alto nível, como reforço aos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil.

    “Não se trata de uma escola física, mas da vinda ao país de grandes nomes da ciência internacional para fortalecer o intercâmbio educacional e científico brasileiro”, diz o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, a troca de experiências entre grupos de pesquisa já é incentivada pelo governo por meio de acordos com mais de 30 países. “Agora, o fomento regular será complementado com mais essa ação e os programas de pós-graduação poderão matricular seus alunos nesses cursos.”

    Parcerias – Por meio da Escola de Altos Estudos, serão organizados cursos de curta duração em parceria com os programas de pós-graduação de instituições nacionais. Os cursos e programas de pós-graduação associados poderão sugerir nomes de docentes e pesquisadores reconhecidos internacionalmente, propor cursos de pós-graduação stricto sensu a serem oferecidos e atribuir a cada curso proposto créditos que poderão ser contabilizados pelos alunos nos programas em que estejam matriculados.

    Todos os cursos da Escola de Altos Estudos serão documentados e integrarão o acervo da Capes. O orçamento previsto para o primeiro ano é de R$ 2 milhões. “A iniciativa permitirá a convivência dos nossos pós-graduandos com pesquisadores do mais alto nível, enriquecendo o processo formativo já em curso no Brasil”, afirma o presidente da Capes, Jorge Guimarães. Ele acrescenta que esse tipo de contato vem ocorrendo nos encontros científicos nacionais e no exterior, mas em escala menor. “Agora, vamos atribuir uma condição de formalidade aos programas, com a Capes fomentando a vinda e a estada no país dessas personalidades por um tempo maior.”

    Observatório da Educação – O segundo projeto é o do Observatório da Educação e visa consolidar uma rede de pesquisa e de disseminação de informações concentrada na temática da educação, em todas as áreas do conhecimento. Seu público-alvo são grupos de pesquisa de instituições de educação superior, públicas e privadas, vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu que desenvolvem linhas de pesquisa voltadas para a educação, nos diferentes campos do conhecimento, em qualquer eixo temático. Os temas serão educação básica, educação superior, educação profissional, educação continuada e educação especial.

    Com o programa – que será gerido em conjunto pela Capes e pelo Inep –, o MEC pretende contribuir para a criação e o fortalecimento de programas de mestrado e de doutorado na temática da educação e ampliar as áreas de concentração em educação em programas de pós-graduação existentes no país, nos diferentes campos do conhecimento.

    O observatório também vai apoiar a formação de mestres e doutores capacitados para atuar nas áreas de gestão de políticas educacionais, avaliação educacional e formação de docentes, e promover a capacitação de professores e a disseminação de conhecimentos sobre educação.

    Objetivos – O decreto de criação articula a política de fomento e financiamento da pós-graduação à política de disseminação de informações. O observatório irá fomentar recursos humanos, nos níveis de mestrado e de doutorado, especializados no tratamento e na disseminação das informações constantes dos bancos de dados oficiais, sobretudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep/MEC) e da Capes.

    O observatório vai estimular a utilização de dados estatísticos produzidos pelo Inep como subsídio ao aprofundamento de estudos sobre a realidade educacional brasileira. Serão investidos no programa R$ 2,2 milhões por ano. “Teremos como base os núcleos de pesquisa sobre educação em caráter multidisciplinar selecionados mediante edital, cujos estudos servirão de base para a formulação de políticas educacionais, subsidiando as ações do governo”, diz Jorge Guimarães.

    Números da pós – Os esforços feitos para qualificar a pós-graduação do país têm surtido efeitos significativos: a formação de doutores subiu de seis mil, em 2001, para cerca de dez mil, em 2006; o Portal de Periódicos da Capes aumentou de 1.882 títulos de artigos científicos, em 2001, para 10.377 títulos, em 2006. Por outro lado, os acessos ao portal saltaram de nove mil por dia, em 2001, para mais de 80 mil acessos diários, em 2006. (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

     

  • O estudo sobre a biologia do desenvolvimento vai ganhar um reforço internacional a partir de quinta-feira, 19, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As aulas do primeiro projeto de pós-graduação aprovado pela Escola de Altos Estudos, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), começam neste dia com a vinda de quatro pesquisadores franceses. Os especialistas darão o curso RNA de Interferência, que consiste numa técnica de desenvolvimento embrionário, a 20 professores e 40 alunos brasileiros.

    Esta é a primeira fase do projeto Perspectivas da Biologia do Desenvolvimento no Brasil aprovado pela Capes. A iniciativa da UFRJ vai trazer a professora do Collège de France e integrante das academias francesa e brasileira de ciências, Nicole Le Douarin. A pesquisadora trabalha há mais de 40 anos com o desenvolvimento da crista neural, que é uma estrutura de células do embrião responsável por formar o sistema nervoso.

    Segundo o coordenador do projeto e do Programa de Ciências Morfológicas da UFRJ, Vivaldo Moura Neto, essa é uma área pouco estudada no Brasil e que pode promover avanços importantes. A idéia é desenvolver pesquisas com genes maternos e paternos para aprender a influência do material genético na definição do indivíduo. “As pesquisas podem ajudar a detectar doenças prematuramente e aprimorar os estudos sobre célula-tronco”, explica.

    As atividades só terminam em maio de 2007, com a realização de vários cursos sobre temas específicos de biologia do desenvolvimento. Além de Nicole, virão ao Brasil pesquisadores americanos e franceses, que se juntarão a professores da UFRJ, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto prevê que os docentes brasileiros darão aulas nas universidades federais da Bahia, Ceará, Santa Catarina e Universidade de Campinas para disseminar o conhecimento aprendido com pesquisadores internacionais.

    Inscrições – A Escola de Altos Estudos vai selecionar dez projetos este ano, que receberão R$ 150 mil, para trazer especialistas internacionais para qualificar projetos de pós-graduação de mestrado, doutorado e pós-doutorado nacionais. Os interessados em participar podem apresentar projetos à Capes durante todo o ano. Até a primeira quinzena de outubro, chegaram mais de 40 propostas.

    Repórter: Flavia Nery

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    Escola de Altos Estudos quer estimular produção em ciências humanas

  • A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Codó, no Maranhão, recebe inscrições, até 2 de dezembro, de estudantes interessados em ingressar em 2006. São 180 vagas, distribuídas para os cursos técnicos em agropecuária e agroindústria, nas modalidades integrada, subseqüente e para jovens e adultos.

    Para se inscrever, os alunos deverão apresentar documento de identidade, comprovante de residência e duas fotos 3x4 em um dos seguintes locais: na sede da escola ou na Biblioteca Pública Municipal, em Codó, ou nas secretarias municipais de educação de Coroatá, Caxias, Coelho Neto, Pedreiras, Dom Pedro, Colinas, Presidente Dutra, Peritoró e São Mateus.

    Mais informações podem ser obtidas na Diretoria de Desenvolvimento Educacional, pelo telefone (99) 3661-6442.

    Repórter:Rodrigo Farhat

  • Estudantes de 16 a 24 anos, matriculados no ensino público regular, terão a chance, a partir de junho, de fazer sua iniciação profissional em uma das 560 escolas de fábrica que serão abertas em 250 municípios de 18 estados. Iniciativa do governo federal, o projeto vai funcionar por meio de parceria entre o Ministério da Educação e a empresa onde o aluno estuda.

    Segundo a diretora do projeto Escola de Fábrica, Jane Bauer, 11.500 alunos iniciam as aulas, teóricas e práticas, em 15 de junho. Dentro de 20 áreas definidas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) serão oferecidos mais de 100 cursos, como marcenaria, turismo, hotelaria, confecção e mecatrônica. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Tarso Genro, darão a aula inaugural, em Porto Alegre (RS), no dia 15 de junho, para os dois mil alunos do estado. Depois disso, a cada dia, haverá uma aula inaugural nos estados participantes.

    A meta inicial do Escola de Fábrica para 2005 era trabalhar com 500 escolas, mas o MEC ampliou para 560 com os mesmos recursos. Jane Bauer diz que chegaram ao ministério 1.500 propostas de cursos, "a maioria muito boa". Nas 560 escolas estarão envolvidas 700 empresas. Muitas delas, sendo pequenas, constituíram redes para dividir responsabilidades na execução do curso. Formaram redes, por exemplo, pequenas confecções e setores do comércio.

    Curso - Para concorrer à vaga, o jovem deve ter entre 16 e 24 anos, estar matriculado em escola pública no curso regular de educação básica (ensino fundamental, médio, educação de jovens e adultos, Brasil Alfabetizado) e comprovar renda per capita de até um salário mínimo e meio. Os cursos terão duração de 600 horas e serão ministrados entre 15 de junho e 16 de dezembro de 2005. O curso é composto por três módulos: um módulo de 120 horas para reforço escolar do ensino básico, que serve como estímulo à freqüência; um módulo com 120 horas, onde serão abordados temas transversais para a formação do cidadão, como noções sobre direito do trabalho; o terceiro módulo terá duração de 360 horas e será destinado à formação profissional, das quais 60 horas são de aulas práticas.

    O MEC e seus parceiros têm atribuições diferentes na execução do projeto. O ministério vai investir R$ 25 milhões, divididos em bolsa-auxílio mensal de R$ 150,00 por aluno e que será repassado em três parcelas, no valor total de R$ 30 mil, aos gestores para a elaboração da proposta pedagógica do curso e formação de professores. Cabe ao ministério dar orientação pedagógica e supervisionar os cursos. A empresa vai selecionar os alunos, montar e mobiliar a sala de aula, fornecer orientadores da área técnica que serão responsáveis pelas aulas práticas, oferecer alimentação, transporte, uniforme e seguro aos alunos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Foto: Tereza SobreiraO programa Escola de Fábrica, do Ministério da Educação, promove no dia 29 próximo a aula inaugural de sua sétima turma em Feira Santana, município baiano a 108 quilômetros de Salvador. No ano passado, 96 jovens de 16 a 24 anos de idade ingressaram no programa, que oferece formação profissional em parceria com a iniciativa privada.

    Os estudantes terão aulas no centro de treinamento da Savon, indústria de produtos de higiene. Eles terão noções básicas de matemática, higiene, cultura, formas de relacionamento e produção.

    A Escola de Fábrica contribui para a formação de trabalhadores especializados para o pólo industrial da cidade, a segunda maior da Bahia, com 500 mil habitantes. O programa já formou cinco turmas e inicia outras duas, cada uma com 20 alunos — as aulas da sexta turma já estão em andamento.

    “A maioria dos jovens nunca entrou em uma fábrica”, afirmou o diretor-superintendente da Savon, Gabriel Eustáquio de Rezende. Segundo ele, a empresa, que tem sede em São Paulo, pretende estender o programa a outras filiais. “A Escola de Fábrica transforma os jovens de baixa renda. Resgata o prazer deles pela vida”, disse o superintendente do Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CTEB), Claudenir Moreira Machado. “Muitos estavam desiludidos, mas agora buscam o mundo do trabalho, resgatam a cidadania.”

    Uma das turmas do programa em Feira de Santana, a de processos administrativos, incluiu portadores de necessidades especiais nas áreas visual, mental e auditiva. Na cidade baiana, a Escola de Fábrica trabalha em parceria, também, com a prefeitura, com outras indústrias e sindicatos.

    Mais informações pelo telefone (75) 3625-8524.

    Repórter: Susan Faria

  • O programa Escola de Fábrica aprovou 13 novos cursos em São Paulo, com a oferta de 280 vagas. No estado, 1.160 jovens já estudam em oficinas do programa. Outros 545 começaram os cursos em 2005 e já se diplomaram. No total, São Paulo está formando 1.985 jovens, que devem ser absorvidos no mercado de trabalho.

    São oferecidos cursos de iniciação profissional em arte e pintura de exteriores (20 vagas em Poá); práticas administrativas e comerciais, técnicas de vendas, marketing, interpretação de desenho mecânico, pequenos reparos e marcenaria (140 vagas em São Paulo); agente comunitário, serviços de encanamento e instalação de tubulações e monitoria ambiental, jardinagem e paisagismo, suporte operacional e administrativo e produção têxtil (cem vagas em Guarulhos).

    A prefeitura Guarulhos é a unidade gestora de cinco cursos, em parceria com o Ministério da Educação e as empresas Tecnicor, Quitaúna (reciclagem de lixo), Proguaru (progresso e desenvolvimento de Guarulhos) e Saae (serviço autônomo de água e esgoto). De acordo com a professora Maria de Fátima Vieira, uma das coordenadoras da Escola de Fábrica em Guarulhos, cem alunos já se formaram pelo programa no município e muitos estão empregados. "Só a Tecnicor, que é ligada ao setor têxtil, absorveu 18 dos 20 primeiros que ajudou a formar", destacou.

    O programa em Guarulhos, município com 1,2 milhão de habitantes, tem ainda a participação das secretarias municipais do Trabalho e da Educação. Antes do início dos cursos, Maria de Fátima faz palestras nas escolas públicas de Guarulhos para explicar o que é a Escola de Fábrica e divulgar o período de seleção dos alunos - para as próximas turmas, termina no próximo dia 10. As aulas começam em outubro próximo. A professora também mantém contatos com agências de empregos em busca de vagas para os jovens formados.

    Este ano, o programa deve formar cerca de 15 mil alunos em 230 municípios. Desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), em parceria com prefeituras, organizações  não-governamentais, secretarias de educação, fundações, escolas e cooperativas, empresas e indústrias, atende jovens de 16 a 24 anos de baixa renda.

    Mais informações pelo telefone (61) 2104-8122 ou em Guarulhos, pelo telefone (11) 2185-0062; no endereço eletrônico  Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e na página eletrônica do programa.

    Repórter: Súsan Faria

  • O programa Escola de Fábrica oferece 11 novos cursos para profissionalizar 240 jovens de baixa renda na região Centro-Oeste. As aulas terão início ainda este mês em alguns municípios e em outubro, nos demais. Com a oferta, sobe para 1.620 o número de alunos atendidos pelo programa na região.

    Desde a instituição do programa, em 2005, o Ministério da Educação aprovou projetos que deram 240 vagas a Goiás; 120 ao Distrito Federal;  1.160 a Mato Grosso do Sul e 100 a Mato Grosso. Em Goiás, a Escola de Fábrica, presente Jaraguá e Goianésia, formou 80 jovens em 2005 e cem este ano. Já foram abertas mais 20 vagas de auxiliar administrativo em Goianésia; 20 de corte e costura e 20 de serigrafia e estamparia em Jaraguá. No total, serão 240 jovens goianos capacitados para o mercado de trabalho.

    Em Jaraguá, a 112 quilômetros de Goiânia, 180 jovens fizeram, este ano e no anterior, cursos de 600 horas nas áreas de corte e costura, design, estamparia, garçom e atendimento. A cidade tem se destacado nos ramos de indústria e comércio de confecções.

    O desenvolvimento econômico do município contribuiu para a abertura de restaurantes e hotéis. Daí a oferta de cursos específicos para qualificar a mão-de-obra local. “Esperamos abrir este ano mais duas turmas”, disse Isabella da Mata Trindade, diretora do departamento de projetos da Fundação Grace Machado, entidade parceira do programa no município. Na opinião do empresário Ronaldo Avelar, os jovens aprendem e tiram dúvidas sobre a área na qual pretendem trabalhar. Alunos do curso de garçom e atendimento tiveram aulas em seu restaurante.

    Na cidade goiana de 37 mil habitantes, os alunos da Escola de Fábrica foram selecionados dentre os que participaram do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e estudantes da educação de jovens e adultos (EJA).

    O Distrito Federal foi contemplado pela primeira vez este ano, com 80 alunos. Outros 40 farão o curso de marcenaria, bambu e fibras naturais com  gestão da Universidade de Brasília (UnB).

    Em Mato Grosso do Sul, foram 400 alunos em 2005 e 620 este ano. Outras 140 vagas foram abertas, o que totalizará 1.160 jovens capacitados. Eles farão cursos de recepcionista de hotel, garçom, artesanato regional, camareira, monitor ambiental e panificação e confeitaria, no município de Bonito. Em Mato Grosso, o programa ofereceu 100 vagas — 20 em 2005 e 80 este ano.

    Escola de Fábrica no Centro-Oeste

    EstadoNovos cursosNovos alunosTotal de alunos desde 2005
    Goiás360240
    Distrito Federal140120
    Mato Grosso do Sul71401.160
    Mato Grosso100
    Total112401.620

    Consolidação — Desenvolvida em parceria com entidades sem fins lucrativos e com a iniciativa privada, a Escola de Fábrica deve formar, este ano, cerca de 15 mil alunos em 280 municípios de todo o Brasil. Em 2005, 11.418 jovens passaram pelo programa. Para o próximo ano, serão oferecidas outras dez mil vagas.

    As inscrições de projetos serão recebidas em novembro e em dezembro próximos. “A Escola de Fábrica está se consolidando no país. A tendência é aumentar o número de projetos inscritos e, com isso, aumentar a qualificação profissional dos jovens de baixa renda”, disse Lizete Marques Kagami, coordenadora-executiva do programa.

    Mais informações pelos telefones (61) 2104-8061 e na página eletrônica do programa.

    Repórter: Susan Faria

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