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  • A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promove na quarta-feira, dia 6, e na quinta, 7, em Pelotas, Rio Grande do Sul, o Seminário de Formação de Rede de Educação a Distância. O encontro, que tem o apoio do Projeto Alfa, do Ministério da Ciência e Tecnologia, conta com recursos da União Européia, que oferece estímulo à inovação tecnológica por meio da oferta de linha de financiamento, não-reembolsável.

    Participarão do seminário representantes de vários países da Europa e da América Latina. Estará em debate a importância das novas tecnologias na área da educação a distância. As inovações já são notadas em diversos segmentos de formação e atualização profissional, com o aumento do número de profissionais que utilizam redes de computadores, o que impõe a necessidade de capacitação.

    O professor Sérgio Franco, diretor de políticas em educação a distância da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), representará o Ministério da Educação. "A discussão ocorrerá em torno das estratégias de capacitação para o uso educacional de redes de computadores que privilegiam a construção do conhecimento e enfatizam a atuação do profissional de educação na sociedade tecnológica", disse Franco.

    Assessoria de Imprensa da Seed.

     

  • Foto: Tereza SobreiraA oitava edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve a participação de 3.002.508 inscritos este ano. Desse total, cerca de 2,2 milhões (74,79%) fizeram a prova e apenas 25,21% não compareceram no último domingo, 25. O balanço é preliminar, mas o índice de presença deste ano é mais do que o dobro de 2004 (cerca 1 milhão). A participação neste ano foi a maior desde 2000.

    O maior comparecimento foi registrado no Rio de Janeiro, com 81.4% de presença. A ausência mais expressiva ocorreu no Amazonas, com 41%, embora tenha sido a menor dos últimos três anos no Estados (55,80% em 2002, 55,80% em 2003 e 66,05 em 2004). O Estado com maior número de inscritos (920.957) foi São Paulo, com presença de 74.4% desse total, a maior desde 2002.

    A Edição desse ano contou com uma equipe técnica de 220.449 profissionais, distribuídos em 4.375 locais de prova, em 730 municípios das 27 unidades da Federação. O serviço de atendimento telefônico do MEC, "Fala, Brasil", registrou 1.414.771 ligações. E cerca de 2 milhões de participantes acessaram o site do Enem.

    Resultados - Cada participante receberá, a partir do dia 16 de novembro, no endereço indicado no ato da inscrição, o Boletim Individual de Resultados. Constarão, nesse boletim, duas notas: uma para a parte objetiva da prova e outra para a redação e, ainda, uma interpretação dos resultados obtidos para cada uma das cinco competências avaliadas. Os alunos que informaram o número do CPF na ficha de inscrição terão acesso exclusivo pela Internet ao Boletim Individual de Resultados. (Assessoria de Imprensa do Inep: (61) 2104-8023 / 8037 / 9563)

    Veja o quadro de apuração de faltosos


     

  • O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) lançaram edital para apresentação de propostas para publicação de periódicos científicos brasileiros. Serão destinados R$ 5 milhões para apoiar os projetos.

    As duas agências querem contribuir para aumentar o nível de qualidade das revistas de diversas áreas do conhecimento da ciência e tecnologia. Podem concorrer ao financiamento pesquisadores que editam periódicos científicos nacionais ligados à instituição, sociedade científica brasileira e dirigentes de entidades mantenedoras nacionais.

    Serão prioridade as propostas de revistas divulgadas simultaneamente na internet, com acesso aberto, e em todas as áreas do conhecimento. Os projetos devem apresentar periódicos que já tenham circulação mínima nos três últimos anos, possuir abrangência nacional ou internacional no corpo editorial, conselho científico e colaboradores, com afiliação institucional em todos os fascículos. A publicação deve ser formada por artigos dedicados a uma determinada área ou subárea do conhecimento, sendo 80% científicos ou técnico-científicos sobre pesquisas originais e não divulgadas em outras revistas.

    As inscrições podem ser feitas até as 18h do dia 26 de setembro de 2007, na página eletrônica do CNPq. O resultado será divulgado na primeira quinzena de novembro de 2007, nos sítios do CNPq e da Capes.

    Assessoria de Imprensa da Capes, com informações do CNPq

  • Melhorar o controle interno sobre as ações e programas executados em todo o país pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Com esse objetivo, peritos criminais da Polícia Federal ministraram na quinta-feira, 18, palestra para cerca de cem servidores das áreas de auditoria, acompanhamento e execução, no Ministério da Educação, em Brasília.

    Peritos do Instituto Nacional de Criminalística mostraram as formas mais utilizadas pelas organizações criminosas para adulterar documentos, fraudar licitações e forjar a entrega de produtos ou serviços. “A prevenção é a melhor forma de combater a corrupção e de preservar os recursos públicos”, afirmou  Evaldo Oliveira de Assis, da área contábil e financeira do instituto.

    O FNDE é a autarquia responsável pela distribuição de recursos para merenda escolar, alfabetização de adultos e muitos outros programas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Segundo Assis, uma das formas mais eficientes de diminuir a incidência de crimes é a capacitação dos conselheiros responsáveis pelo controle social desses programas em cada município. “Quem fiscaliza tem de apontar os responsáveis pelas irregularidades. Não pode ficar omisso”, disse.

    “Essa cooperação inédita com a Polícia Federal é muito importante para o nosso trabalho”, afirmou o auditor-chefe do FNDE, Gil Loja. “Precisamos aprofundar a apuração o máximo possível e é imprescindível saber como obter evidências e fazer a manutenção de provas.”

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Comissão de Implantação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) promove uma jornada de conferências com especialistas em educação superior da Europa e da América Latina em sua terceira reunião, que será realizada em Curitiba, de 5 a 7 de maio. O objetivo dos encontros mensais do comitê é debater o planejamento institucional e acadêmico da futura universidade, criando uma instituição de ensino superior inovadora. As reuniões da comissão contam com a participação de pensadores e educadores convidados para impulsionar a integração e o intercâmbio de idéias e experiências.

    O presidente da comissão, Hélgio Trindade, fará a abertura do evento com a palestra “A Unila: paradigmas e perspectivas”, marcada para o dia 5 de maio, segunda-feira, a partir das 9h, na Sala do Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a presença do reitor, Carlos Augusto Moreira Jr., e convidados.

    Ao longo do dia estão programadas oficinas sobre experiências internacionais e nacionais na área da educação superior, como a conferência do professor francês Guy Haug, um dos mentores do “Processo de Bolonha”, tratado que fomentou a integração universitária na Europa. Outro convidado estrangeiro é Miguel Rojas Mix, chileno que vive na Europa desde os anos 70 e, atualmente, dirige a cátedra Unesco da Comunidade Íbero-americana e Integração. Rojas Mix fará palestra sob o título “Pertinencia y relevancia en los procesos de integración académica latinoamericana”. Os demais dias da reunião estão destinados aos trabalhos internos da comissão.

    O Projeto de Lei 2878/08, que cria a Unila, está em tramitação no Congresso Nacional. A proposta da futura universidade é criar uma instituição bilíngüe (português/espanhol), em ciências e humanidades, destinada a formar estudantes latino-americanos para contribuírem à integração e ao desenvolvimento regional da América Latina. A Unila será sediada em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira da Argentina, do Brasil e do Paraguai, e parte de seu projeto arquitetônico será de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer.

    A meta é que, após aprovada, em cinco anos, a Unila contemple 10 mil alunos e contrate 500 docentes, metade dos quais brasileiros e a outra metade dos demais países da região. A Comissão de Implantação da Unila é formada por 13 especialistas em educação superior e integração regional e foi empossada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em março de 2008.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O Ministério da Educação divulgou a relação de vencedores do concurso histórico-literário Caminhos do Mercosul 2005, cujo tema foi Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade. Em primeiro lugar, ficou o trabalho da pernambucana Juliana Melcop de Castro, Areia, Curvas e Poesia: Psicologia de uma Composição. Os seis estudantes premiados farão uma viagem a Brasília, no período de 2 a 9 de outubro.

    O concurso foi realizado também nos três outros países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai) e nos dois associados (Bolívia e Chile). São seis vencedores de cada, totalizando 36. Todos viajarão juntos para Brasília. Os gastos com transporte aéreo e terrestre, hospedagem e alimentação serão custeados pelo Brasil.

    Promovido pelo Setor Educacional do Mercosul (SEM) e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o concurso é dividido em três seleções em cada país: na escola, na secretaria estadual de educação e no Ministério da Educação.

    Memória - O concurso foi lançado em 26 de março de 2003, para comemorar o Dia do Mercosul e os dez anos de criação do bloco. É coordenado por um país a cada ano. Em 2003, foi a Argentina, que escolheu o tema O Gaúcho e o Cruzeiro do Sul; em 2004, foi o Chile, com Pablo Neruda: poeta, cidadão, político e Prêmio Nobel de Literatura.

    Repórter: Aroudinan Martins

  • Compromisso Todos pela Educação

    A adesão ao compromisso Todos pela Educação é o primeiro passo para que estados e municípios recebam recursos e assistência técnica relativos a 40 tipos de ações previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado em abril de 2007. A adesão é voluntária.

    Já aderiram os 26 estados e o Distrito Federal e 5.445 dos 5.563 municípios brasileiros. Todos os 185 municípios de Pernambuco já fizeram sua adesão.

    O Ministério da Educação oferece atendimento prioritário a 1.242 municípios que não têm condições técnicas para fazer o diagnóstico da sua realidade. Esses municípios apresentam índice de desempenho da educação básica (Ideb) menor do que a média nacional (3,8). Para essas prefeituras, o MEC enviou consultores com a missão de ajudar a fazer o diagnóstico e a montar os planos de ações articuladas (PAR).

    Estados e municípios vão dizer onde estão suas carências. Por exemplo, se um município tem população indígena, mas não tem escola específica para atender esses estudantes, pode apresentar projeto para obter recursos pelo PAR. Na segunda-feira, dia 19 de maio, 2.078 municípios assinarão convênios de cooperação técnica com o MEC.

    Plano de Ações Articuladas (PAR) em Pernambuco:

    • O estado já elaborou
    • 117 municípios já elaboraram
    • Municípios prioritários: 65 (todos com PAR)

    Fundo da Educação Básica (Fundeb)

    O Fundo da Educação Básica é constituído por contribuições dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e do governo federal. Os recursos públicos são aplicados para melhorar a qualidade da educação da criança que está na creche ao jovem no ensino médio, passando pelo adulto que está se alfabetizando.

     São atendidos pelo Fundeb, hoje, 40,2 milhões de alunos. Os recursos do fundo são utilizados também para pagar o salário dos professores e para melhorar sua formação.

    Este ano, os recursos do Fundeb, de R$ 60 bilhões, são distribuídos de acordo com o número de matrículas registradas no censo escolar. Os nove estados que não conseguem aplicar o valor-padrão por aluno recebem uma complementação mensal do governo federal. Essa complementação será de R$ 3,2 bilhões, em 2008. O repasse de R$ 3,2 bilhões da União é feito em 12 parcelas, de janeiro a dezembro. Pernambuco recebe anualmente R$ 102,7 milhões.

    Receita total do Fundeb em 2007: R$ 46.922.755.304,64

    • Estados: R$ 21.824.573.002,51
    • Municípios: R$ 25.098.182.302,13
    • Pernambuco: R$ 1.719.789.529,69

    Previsão para 2008

    • Receita de contribuição dos estados, Distrito Federal e municípios: R$ 58,8 bilhões
    • Complementação da União: R$ 3,2 bilhões
    • Número de beneficiários: depende do Censo Escolar
    • Alunos já beneficiados: 40,2 milhões

    Universidade Aberta do Brasil (UAB)

    A Universidade Aberta do Brasil é um sistema criado pelo governo federal para levar educação superior pública de qualidade ao interior. A UAB é composta por uma rede de 49 universidades federais que oferecem cursos a distância, com auxílio de tutores, em 290 pólos.

    Hoje, estudam gratuitamente nos pólos da UAB cerca de 30 mil universitários. Os alunos formados recebem certificados e diplomas das universidades federais parceiras.

    Em 2008, a UAB, presente em todos os estados, vai crescer ainda mais. Serão abertos 270 pólos e 90 mil vagas. As universidades parceiras serão 57.

    Pólos da UAB em Pernambuco:
    1º edital: 5 pólos e 780 vagas
    :

    • Ipojuca
    • Limoeiro
    • Olinda
    • Pesqueira
    • Trindade

    Caminho da Escola

    O Caminho da Escola é um programa do MEC destinado a financiar a compra de ônibus novos e seguros para o transporte dos estudantes que moram nas áreas rurais. Os ônibus são padronizados na cor amarela e certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

    Para baratear o preço dos ônibus, o governo federal reduziu a zero a cobrança de quatro impostos — PIS, Cofins, ICMS e IPI. A compra é feita por pregão eletrônico. Os municípios podem adquirir os veículos com recursos próprios ou por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos recursos chegam a R$ 627,4 milhões. Outra forma de adquirir os veículos é por meio de recursos previstos no orçamento federal.

    Em dezembro de 2007, no pregão eletrônico, os preços dos ônibus ficaram abaixo dos valores mínimos orçados com base em estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) — variaram entre R$ 114 mil e R$ 173 mil, conforme a capacidade do veículo, para 23, 31 ou 44 alunos. O pregão eletrônico para os barcos destinados ao transporte fluvial de estudantes deve ocorrer este ano, após caracterização feita com o apoio do Inmetro.

    Municípios contemplados até 19/05:

    Metas:

    • Com recursos do BNDES: aquisição de 15 mil veículos até 2011, com a previsão de três mil veículos por ano.
    • Com recursos da União: aquisição de quatro mil veículos até 2011, com a previsão de mil veículos por ano.

    Expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica

    Até 2002, havia apenas 140 escolas técnicas no país. Com o plano de expansão, em 2005, o MEC projeta a construção de 214 escolas nos estados e no Distrito Federal. O objetivo é abrir vagas e oportunidades a milhares de jovens que moram no interior e não seguirão os estudos na educação superior.

     A expansão ocorre em duas fases. A primeira, com 64 novas escolas, das quais 50 já estão em funcionamento — as demais têm obras em andamento. A segunda, com 150 novas escolas. Tudo vai ficar pronto até 2010. Com as 214 novas escolas funcionando, o Brasil abre cerca de 500 mil vagas em cursos de educação profissional e tecnológica.

    Em Pernambuco, havia oito escolas técnicas até 2002. Com a expansão, serão mais 7 unidades e mais 8,4 mil vagas.

    Escolas técnicas (fases I e II da expansão):

    • Garanhuns
    • Caruaru
    • Afogados da Ingazeira
    • Oricuri
    • Salgueiro
    • Ipojuca
    • Floresta

    Expansão da educação superior pública

    Com o programa de expansão das universidades federais, o MEC atende os jovens e os adultos que vivem fora dos grandes centros urbanos ao levar até eles a universidade pública e gratuita. A expansão compreende a criação de dez universidades e de 88 campi no interior até 2010. Quando estiverem prontos, serão abertas 35 mil vagas por ano.

    Em Pernambuco, a expansão ficará assim distribuída:

     Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

    • Campus de Petrolina/PE - Ao final da implantação – 1.280 vagas

     Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

    • Campus de Garanhuns - Ao final da implantação – 1.480 vagas
    • Campus de Serra Talhada - Ao final da implantação –2.080 vagas

     Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    • Campus do Agreste/Caruaru – Ao final da implantação – 4.100 vagas
    • Campus de Vitória de Santo Antão - Ao final da implantação – 1.250 vagas

     Total de matrículas pela expansão – 10.190

    Programa de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni)

    As 53 universidades federais já estabelecidas no país recebem recursos do governo federal para ampliar o número de  cursos e de vagas no turno da noite e abrir cursos de licenciatura para a formação de professores que atuarão na educação básica.

    Todas as universidades aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das  Universidades Federais (Reuni) e enviaram planos de trabalho ao MEC, nos quais explicam como aplicarão os recursos. O investimento no programa será de R$ 2,2 bilhões até 2012.

    Com esse investimento, as vagas nos cursos presenciais passarão das 124.196 oferecidas em 2002 para 229.270 em 2012 — aumento de 84,6%.

    Nos cursos noturnos, a ampliação no número de vagas também será significativa: de 32.871 em 2007 para 79.040 em 2012.

    Metas de crescimento em Pernambuco até 2012:

    • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) até 2012

     Cursos de graduação: de 84 para 106
    Cursos noturnos: de 22 para 35
    Vagas: de 5.285 para 6.707
    Investimento: R$ 66 milhões

    •  Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

    Cursos de graduação: de 13 para 21
    Vagas: de 4 mil para 7 mil
    Investimento: R$ 11.357

    •  Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

    Cursos de graduação: de 84 para 106
    Vagas:  11.101 para 15.877
    Investimento: R$ 29 milhões

    •  Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)

    Cursos de graduação:  13 para 21
    Vagas: de 4 mil para 7 mil
    Investimento: R$ 11 milhões

    Programa Universidade para Todos (ProUni)

    O Programa Universidade para Todos (ProUni) oferece bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. A contrapartida às instituições é a isenção de tributos federais — Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

    Números do ProUni:

    • 163.854 bolsas integrais e parciais em 2007
    • 106.048 bolsas integrais e parciais no primeiro semestre de 2008
    • 855.734 alunos inscritos no processo seletivo do primeiro semestre de de 2008
    • 380 mil bolsistas atendidos desde o início do programa

    Número de bolsas em Pernambuco:

    • 2005: 1.733
    • 2006: 2.130
    • 2007: 2.117
    • 2008: 1.839 (apenas 1º semestre)
    • Total: 7.819

    Proinfância

    O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) repassa recursos aos municípios para construção, reestruturação e aquisição de equipamentos e mobiliário de creches e pré-escolas públicas. Além de recursos financeiros, o MEC envia o projeto arquitetônico da creche ao município e apóia a construção do plano político-pedagógico.

    A intenção é permitir que a criança seja atendida com qualidade e tenha todos os espaços necessários para aprender. Os prefeitos dos 496 municípios que já aderiram ao Proinfância receberão autorização de pagamento para a construção de creches e pré-escolas públicas na segunda-feira, dia 19. Outros 331 assinarão convênios para participar do programa. O município recebe em torno de R$ 700 mil para a construção de cada unidade.

  • Com recursos de R$ 382,5 mil, sete municípios e uma entidade sem fins lucrativos de Pernambuco desenvolverão ações educativas complementares e de apoio educacional. As ações, sob orientação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), movimentarão este ano R$ 23 milhões em todo o país. Os recursos beneficiarão 1,1 milhão de alunos da educação básica e cerca de 30 mil profissionais de educação de 25 estados. No total, são 420 projetos educacionais de prefeituras e entidades privadas sem fins lucrativos.

    Em Pernambuco, um dos exemplos é o da a prefeitura de Orobó. O projeto vai atender 556 alunos, 460 familiares e 36 profissionais de educação. Com recursos de R$ 73 mil, serão desenvolvidas, principalmente, atividades no campo, onde há incidência de trabalho infantil e baixa escolaridade dos pais e alunos. O objetivo é incentivar a permanência dos estudantes na escola e prevenir situações de risco social.

    O trabalho em Orobó prevê oficinas de dança, nas quais terão preferência ritmos regionais, como ciranda, xote e forró, para valorizar a cultura local e a diversidade. Também serão realizadas oficinas de teatro, música e ciências. Nestas, serão abordados temas como o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.

    As oficinas esportivas contemplarão capoeira, futebol, futsal e tênis de mesa. São atividades destinadas a melhorar o desenvolvimento psicomotor, a lateralidade e a disciplina. Farão parte do projeto 31 escolas municipais.

    O objetivo das ações educativas complementares é garantir a redução da exposição de crianças, adolescentes e jovens a situações de risco, desigualdade, discriminação e outras vulnerabilidades sociais e ambientais. Outro propósito é promover o ingresso, o regresso, a permanência e a motivação dos alunos.

    Jacira Silva

  • O controle dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) é tema do 1º Encontro Estadual dos Conselheiros do Fundef, a ser realizado nesta quarta-feira, 19, em Recife (PE). Os participantes também discutirão as formas de acompanhamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que deverá substituir o Fundef e financiar também a educação infantil e o ensino médio.

    O valor total do Fundef previsto para o estado de Pernambuco em 2005 é de R$ 1 bilhão. Sendo que 60% devem ser aplicados na remuneração dos profissionais do magistério e 40% na melhoria das instalações escolares, pagamento dos demais profissionais da educação, compra de equipamentos, materiais didáticos, capacitação de professores, manutenção do transporte escolar e custeio em geral.

    Conselhos - O Poder Executivo estadual ou municipal é obrigado a disponibilizar mensalmente ao Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundef todos os dados e informações sobre os recursos recebidos e sua utilização. Os conselhos foram criados para supervisionar a aplicação do dinheiro e o censo escolar. Os tribunais de contas são responsáveis pela fiscalização, caso seja encontrado algum indício de irregularidade. Ao Ministério Público cabe zelar pela garantia constitucional do ensino fundamental gratuito, exigindo o cumprimento dos dispositivos legais.

    O encontro dos conselheiros do Fundef será no Hotel Recife Palace, Av. Boa Viagem, 4.070, Recife (PE), a partir das 8h30. (Assessoria de Imprensa da SEB)

  • A educação escolar indígena de Pernambuco ganha nesta terça-feira, 18, dois reforços: a criação do Conselho de Educação Escolar Indígena, que será o quarto conselho estadual a ser instalado no país, e o plano de melhoria e modernização da rede física das escolas.

    Os investimentos nas obras escolares serão de R$ 10,5 milhões, dos quais R$ 6,5 milhões do governo de Pernambuco, R$ 3 milhões do Programa de Apoio à Escola Indígena repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e R$ 1 milhão do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola).

    O plano de modernização da rede vai atingir 29 escolas. De acordo com dados do Censo Escolar de 2005, Pernambuco tem 119 escolas indígenas onde estudam 9.437 alunos assim distribuídos: 1.910 na educação infantil; 5.049 nos anos iniciais do ensino fundamental; 537 nos anos finais da educação fundamental; 79 no ensino médio; e 1.882 na educação de jovens e adultos.

    Conselho – O Conselho de Educação Escolar Indígena de Pernambuco, que será criado por projeto de lei, terá entre suas atribuições formular políticas públicas, articular entidades e acompanhar as ações de educação escolar dos dez povos que habitam o estado. Será composto por 20 conselheiros: 14 representam os povos indígenas e os outros seis, as secretarias de Educação, Cultura, Administração e Reforma do Estado e as organizações não-governamentais que atuam na educação indígena. De acordo com o coordenador de educação escolar indígena do MEC, Kleber Gesteira, Pernambuco será o quarto estado a criar seu conselho. Os outros são Tocantins, Amazonas e Mato Grosso. A Bahia, informa Kleber, tem um fórum de educação escolar indígena e o Mato Grosso do Sul criou um comitê.

    Ionice Lorenzoni

  • A Escola Agrotécnica Federal de Belo Jardim, Pernambuco, sedia a partir deste sábado, 21, até o dia 27, os Jogos das Escolas Agrotécnicas Federais do Nordeste (1os Jeeafn). São esperados cerca de 700 atletas das escolas agrotécnicas de Belo Jardim, Vitória de Santo Antão e Barreiros (Pernambuco), Crato e Iguatu (Ceará), Codó (Maranhão), Souza (Paraíba) e Satuba (Alagoas).

    Os jogos serão abertos às 19h30, com desfile em carro aberto pelas ruas de Belo Jardim. A cerimônia de abertura, no ginásio poliesportivo da escola, está marcada para as 20h30, com apresentação do Coral Lourdes Guilherme do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Norte.

    “Os jogos representam um marco na integração entre alunos, servidores e professores de todas as instituições envolvidas”, disse o diretor-geral da EAF de Belo Jardim, Francisco Henrique Duarte Filho. “O evento aproximará, pelo esporte, as escolas co-irmãs, além de significar o coroamento da prática desportiva no âmbito das próprias escolas agrotécnicas.”

    Mais informações sobre os jogos na página eletrônica da escola e pelos telefones (81) 3726-1355 e 3726-2277.

    Repórter: Sophia Gebrim

  • Possibilitar a jovens fora das universidades uma melhor preparação para o mundo do trabalho foi uma das questões levantadas pelo colóquio Ensino Médio Integrado e Educação Profissional. O debate ocorreu nesta quarta-feira, 16, na Conferência Nacional de Educação Básica, em Brasília.

    De acordo com o professor Dante Henrique Moura, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Norte, o ensino médio, como está, perde o sentido para a vida dos jovens. Dante salienta que o conteúdo ensinado em sala tem pouca relação com a vida da maior parte dos estudantes. “Que tipo de trabalho o estudante pode fazer com o ensino médio de cunho propedêutico?”, provoca.

    Para Dante, a educação básica precisa discutir o mundo do trabalho, já que a maioria dos jovens não cursa uma faculdade após o fim do ensino médio — a taxa bruta de acesso ao ensino superior é de 20% e a líquida, de apenas 12%, de acordo com Censo Escolar de 2006.

    Segundo o professor, o ensino médio, ao focar a formação propedêutica, com as disciplinas regulares da grade curricular, privilegia apenas a parcela de jovens que pretende ingressar na universidade, mas não oferece outras perspectivas à maioria.

    Dante explica que o ensino médio na modalidade profissional oferece tanto o conteúdo propedêutico (geral) quanto o técnico, permitindo que o estudante seja qualificado para enfrentar as exigências elevadas do mercado de trabalho. “O ensino médio integrado oferece uma formação humana integral ao indissociar trabalho, ciência, cultura e tecnologia”, diz.

    Maria Clara Machado

  • Professores de escolas da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica envolvidas com atividades de pesca visitarão Santiago da Compostela, Espanha. O objetivo da viagem, que começa neste sábado, 15, e se estenderá até o dia 22, é conhecer o sistema pesqueiro daquele país, como parte de acordo de cooperação na área de aqüicultura. Serão visitados o Instituto de Aqüicultura da Universidade de Santiago e o Instituto Politécnico Marítimo Pesqueiro do Atlântico, dentre outros órgãos.

    Além disso, as experiências dos centros federais de educação tecnológica (Cefets) e das escolas agrotécnicas federais (EAFs) envolvidas com o setor pesqueiro serão apresentadas aos espanhóis. “Queremos que o encontro seja uma troca de experiências. Temos muito o que ensinar a eles, já que o Brasil é um país com grande potencial pesqueiro”, ressalta Edmar Almeida de Moraes, representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) na delegação brasileira.

    A Setec pretende estender a cooperação de forma a permitir que professores brasileiros façam cursos de mestrado e doutorado naquele país. Em dezembro do ano passado, foi firmado acordo com a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca para a implementação de uma política de formação nas áreas de pesca marinha (oceânica), continental (rios e lagos) e aqüicultura familiar. O acordo prevê a criação de cursos de formação inicial e continuada, de nível médio e tecnológicos.

    A Setec investe em cursos de formação inicial e continuada na área em todo o País e prevê a criação de 14 núcleos de pesquisa nas cinco regiões.

    Sophia Gebrim

  • Pernambuco e Sergipe serão pioneiros na oferta de pescado na merenda escolar, em 2008. (Foto: João Bittar) “A oferta de pescados na alimentação escolar de 43 milhões de estudantes das redes públicas de educação representará um grande impulso para o mercado de aqüicultura brasileiro”, afirmou nesta terça-feira, 18, o diretor de ações educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rafael Torino, durante a assinatura do termo de cooperação técnica entre o fundo e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República.

    O acordo servirá para estudar medidas que possibilitem maior aproveitamento da produção de pescadores e de aqüicultores familiares na oferta da merenda escolar. Uma das ações previstas é a capacitação de merendeiras, para que utilizem o alimento de forma adequada. Também pescadores e comunidades produtivas passarão por cursos para atender a exigências técnicas e sanitárias previstas na legislação brasileira.

    Para elaborar o plano de formação e capacitar as primeiras 500 pessoas nos estados de Pernambuco e Sergipe, o FNDE repassou R$ 200 mil ao Centro Colaborador da Alimentação Escolar da Universidade Federal de Pernambuco.

    Na solenidade, realizada no Palácio do Planalto, foi lançado o estudo Aqüicultura no Brasil — o desafio é crescer, desenvolvido em parceria entre a Secretaria da Pesca e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O trabalho mapeia o potencial brasileiro para a área e aponta a aqüicultura como uma das atividades mais promissoras do setor primário da economia, com geração de alimentos, de emprego e de renda. “Só com a solução de determinados gargalos produtivos verificados no estudo poderemos gerar algo em torno de dez milhões de empregos”, afirmou o secretário especial de aqüicultura e pesca, Altemir Gregolin.

    Pesca — Também para viabilizar a venda de pequenos produtores para estados e municípios será constituído, nos primeiros dias de 2008, um grupo de trabalho para estudar, entre outros temas, o processamento dos pescados a serem consumidos por crianças e adolescentes.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Foto: Tereza SobreiraPesquisa encomendada pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) sobre o ensino particular revela que 53% dos entrevistados apóiam a adoção das cotas para os alunos que freqüentaram o ensino médio em escola pública. “Os dados demonstram que existe uma aceitação por parte da sociedade das políticas afirmativas, com corte na questão social”, afirma o presidente da Fenep, José Antonio Teixeira. A pesquisa apontou, ainda, que 36% dos entrevistados apóiam as cotas na questão racial.

    Teixeira acredita que o prazo ideal para a aplicação da medida seja o período de dez anos, prazo inicialmente previsto na proposta do MEC, e não os quatro anos definidos pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, disse nesta sexta-feira, 10, que pretende levar o projeto ao colégio de líderes e ao plenário da casa, depois que líderes do PSDB e do PFL anunciaram ontem, 9, que conseguiriam as 51 assinaturas necessárias para evitar que o projeto fosse direto ao Senado.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que o mais importante é a aprovação do projeto de cotas, pois irá reforçar a escola pública e dar uma chance aos alunos oriundos dela, que têm demonstrado desempenho satisfatório na universidade. Quanto aos prazos, Haddad entende que o sistema precisa de um tempo para adaptação, tempo este que servirá para reforçar a própria política. Ele acredita que há espaço para negociação entre o movimento social e os reitores, que defendem o prazo de dez anos. O MEC poderá ser mediador no processo. Sobre a questão do mérito dos cotistas, o ministro cita o exemplo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na qual em nenhum curso o desempenho dos cotistas foi inferior aos demais alunos.

    Percentual e constitucionalidade – José Antonio Teixeira acredita que haja espaço para a negociação do prazo no plenário da Câmara ou mesmo depois no Senado. Ele não concorda com os críticos do percentual de 50% para as cotas. “Hoje, 84% dos estudantes do ensino fundamental são de escolas públicas. Portanto, 50% de vagas para os oriundos das escolas públicas é um número aceitável”, considera.  

    Outro debate que vem sendo travado é sobre a constitucionalidade do projeto. O titular da faculdade de Direito da USP, Fabio Konder Comparato, afirma que está no artigo 3º da Constituição brasileira o objetivo de erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais, sendo isso dever do Estado. O projeto de cotas pode ser interpretado, segundo o professor, a partir deste artigo. Já o advogado José Roberto Covac, afirma que o projeto vai contra o artigo 208 da Constituição, que diz que é dever do Estado garantir acesso aos níveis mais elevados de ensino de acordo com a capacidade de cada um.

    A pesquisa – Foi aplicada em oito regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Distrito Federal. No total, foram feitas 1001 entrevistas. O público-alvo foi selecionado mediante três estágios. No primeiro, foram selecionados municípios a partir do total de domicílios nos quais as famílias possuíam renda familiar igual ou superior a R$ 2,4 mil (oito salários mínimos) e, ao mesmo tempo, onde residiam crianças entre sete e 17 anos cursando o ensino fundamental e/ou médio em escola particular. A seguir, foram selecionados setores censitários e, a partir daí, os entrevistados, utilizando-se cotas proporcionais em função do sexo, idade e condição de atividade (economicamente ativo ou não).

    Repórter: Rodrigo Dindo

  • Duas pesquisas realizadas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em 2004, revelaram que é grande a exposição à publicidade de guloseimas nos intervalos de programas infantis na televisão. A nutricionista responsável pelo estudo, Paula Morcelli de Castro, afirma que para cada dez minutos de propaganda, um minuto tem o objetivo de promover o consumo de produtos alimentícios, contribuindo para gerar hábitos nem sempre saudáveis.

    Segundo ela, "isso indica que as crianças são estimuladas a consumir diariamente comidas muito calóricas e pouco nutritivas. A nossa preocupação é que esse hábito continue na adolescência e na idade adulta, levando à obesidade", afirma. Para chegar a essas conclusões, a pesquisadora gravou dez horas de programação infantil em duas das maiores emissoras do país, no horário das 8h às 12h, em julho, mês de férias escolares. A idéia do projeto era verificar a quantidade dos anúncios e o perfil dos produtos. Dos 600 minutos gravados, cinco minutos e três segundos foram gastos com a venda de produtos alimentícios. Estudo da Organização Mundial de Saúde apontou que apenas 30 segundos de propaganda já são suficientes para exercer forte influência sobre as crianças.

    De acordo com a nutricionista, o consumo das guloseimas é facilitado pelo preço das marcas e pela variedade e disponibilidade no mercado. Ela reconhece que para os pais também é mais fácil dar um pacote de salgadinhos e um refrigerante do que cozinhar para seu filho. "A praticidade é tentadora", explica.

    Guloseimas - Outro estudo da Unifesp, concluído em 2003, identificou que bolacha recheada e salgadinhos já são sinônimos de refeição para os pequenos estudantes. O trabalho de mestrado da nutricionista Gabriela Halpern partiu da gravação de um mês de propaganda nas três maiores emissoras de televisão do país - 37% faziam referência a bolachas, doces e balas - e de entrevistas com 235 alunos de 8 anos de idade, em média, de escolas das redes pública e privada.

    A conclusão foi preocupante: apenas 9% das crianças identificaram seu lanche com o produto da televisão, porém todos os alimentos anunciados na programação infantil foram consumidos no lanche escolar ou solicitados de alguma forma aos pais durante o período da pesquisa. O trabalho também mostrou que entre os alunos de classe média das escolas particulares a dupla favorita, salgadinho e bolacha com recheio, pode ser encontrada em 50% das lancheiras. Já os alunos da rede pública, embora consumissem a merenda oferecida pela escola, freqüentemente pediam aos pais para ir a lanchonetes.

    Soluções - Na opinião dos nutricionistas, a solução para o problema passa por uma regulamentação mais adequada das propagandas e da conscientização dos profissionais. "Seria interessante que as agências de publicidade consultassem um profissional de nutrição antes de criar uma campanha. Faltam informações nutricionais e as pessoas não sabem o que estão comprando", disse José Augusto Taddei, chefe de nutrição e metabolismo da Unifesp. Ele destacou a importância de se ter em casa um hábito alimentar estabelecido pelos pais para que as crianças comam guloseimas só de vez em quando. "O que não pode acontecer é a substituição da refeição por esses alimentos", ressalta.

    Enquanto isto não acontece, Taddei aconselha que os pais fiquem atentos ao consumo exagerado de alimentos gordurosos e calóricos por seus filhos. A sugestão é tentar convencê-los a trocar, no primeiro momento, salgadinhos, bolachas e refrigerantes pelas versões diet ou light desses produtos, que não contêm açúcares e gorduras.

    Ensinando a comer - Pesquisadores de nutrologia ligados à Unifesp criaram o jogo Prato Feito em conjunto com uma empresa fabricante de brinquedos para ensinar crianças acima de sete anos a fazer uma alimentação equilibrada e montar refeições diversificadas e apetitosas.

    Brincando com os grupos alimentares (energéticos, reguladores e construtores) a criança aprende a identificar os nutrientes de cada alimento e substituí-los por outros que tenham a mesma propriedade nutricional. Podem participar de duas a quatro pessoas e vence o jogo o participante que montar primeiro o seu prato com itens de todos os grupos da pirâmide e completar o caminho do tabuleiro. (Sonia Jacinto, com informações da Assessoria de Imprensa da Unifesp)

  • A Coordenação-Geral de Educação Ambiental da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) divulgou os resultados da pesquisa Perfil dos Conselhos Jovens de Meio Ambiente. Realizada pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente em parceria com a equipe da Rede da Juventude pelo Meio Ambiente (Rejuma), a pesquisa foi realizada com integrantes dos conselhos jovens (CJ) de todas as unidades federativas no período de dezembro de 2004 a janeiro deste ano.

    O levantamento mostra a situação dos conselhos e oferece dados sobre o perfil de seus integrantes com o objetivo de colher subsídios para a elaboração de um projeto de política pública que promova uma nova forma de articulação da juventude nos coletivos jovens de meio ambiente.

    Os conselhos jovens de meio ambiente são grupos informais, compostos por jovens lideranças e membros de organizações sociais de juventude. Foram criados em 2003, em um processo de educação ambiental promovido pelo Ministério do Meio Ambiente em cooperação com o Ministério da Educação, na Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.

    Os jovens foram co-responsáveis pela organização da conferência nos estados, segundo o princípio "jovem educa jovem". Vários desses grupos permaneceram em atividade após o encerramento da conferência. Atualmente, participam do programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas, da Secad, e realizam ações próprias de mobilização na Rejuma.

    A amostragem da pesquisa alcançou 161 participantes de 24 estados e do Distrito Federal, o que representa 38% do universo de 424 jovens atuantes em CJ de todo o país. Foi constatado equilíbrio de gêneros, com leve predomínio do sexo feminino (56%). A maioria (66%) está na faixa etária entre 18 e 25 anos. Nas capitais estão 62%. As áreas urbanas concentram 95%. Autodeclararam-se pardos e negros, 65%.

    Com relação às atividades desenvolvidas paralelamente ao trabalho nos CJ, 39% são estudantes universitários, 30% estão na informalidade e 29% exercem trabalhos remunerados. Os oriundos de famílias de baixa renda - até cinco salários mínimos - são 51%.

    Ambiente - Quanto à percepção ambiental, 46% consideram que o ser humano causa impactos no ambiente. Para 26%, o ambiente é apenas fonte de recursos para as atividades humanas. São apenas 9% os conservacionistas, que defendem a natureza intocável. Outros 8% aliam a visão mística à relação com o ambiente.

    Em relação ao envolvimento social, o vínculo dos integrantes dos CJ com organizações ou movimentos participativos é coerente com a proposta original de criação dos conselhos. Constatou-se a predominância de jovens ligados a organizações não-governamentais (42%) em relação a movimentos estudantis (16%).

    A intenção de contribuir para a construção de uma sociedade sustentável, melhoria da qualidade de vida, preservação e valorização do meio ambiente, igualdade social e melhorar o país motiva 21% dos entrevistados. A solidariedade sensibiliza 18%.

    Grande parte dos jovens (39%) está nos CJ desde a criação, o que favorece a continuidade do processo e a consolidação das ações desenvolvidas. Ao mesmo tempo, é estimulada a adesão de novos integrantes. Um grande desafio é a busca de reconhecimento e espaço nas comissões interinstitucionais de educação ambiental (Cieas).

    A pesquisa aponta o fortalecimento dos CJ como fator estratégico para a consolidação da política nacional de meio ambiente e de educação ambiental, ao incentivar a participação da juventude nos debates, nas decisões e na implementação de ações socioambientais que contribuem para a construção de sociedades sustentáveis.

    Para Soraia Silva Mello, assessora técnica da Coordenação-Geral de Educação Ambiental da Secad, a pesquisa visa a atender a necessidade de se conhecer o perfil dos jovens que em 2003 desempenharam trabalho relevante na Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente.

    Os contatos com os conselhos jovens de meio ambiente devem ser feitos pela internet. Mais informações sobre a pesquisa podem ser obtidas no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Repórter: José Leitão

  • Utilizar as árvores frutíferas nativas das florestas de araucária nas áreas de preservação permanente e reserva legal, gerando renda alternativa para os agricultores familiares. Com este propósito, o professor Idemir Citadin, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Pato Branco, tem mapeado e identificado o germoplasma — base genética que reúne o conjunto de material hereditário da planta — da ocorrência de jabuticabeiras no estado, selecionando o material de qualidade desejável — frutos com maior tamanho de polpa e menor sementes e mais teor de oxidantes — e buscando encontrar um método de clonagem que reduza o período juvenil da planta.

    Pela legislação paranaense, todos os agricultores devem ter 20% de sua área protegida como reserva legal, até 2020. José da Silva é um desses agricultores. Ele está na região há 50 anos. Sua família veio de Orleans, em Santa Catarina, para Vitorino, no Paraná, no início dos anos 50. Ele foi um dos poucos que preservou as jabuticabeiras.

    José começou plantando milho, criando porcos e galinhas no terreno e mantinha, ainda, uma horta no fundo da casa. Ele diz que a jabuticaba sempre existiu na região. “Não valia muito e as pessoas derrubavam os pés para destinar a área à lavoura. Com a mecanização, qualquer árvore era derrubada. Pinheiros e jabuticabeiras eram postas abaixo para fazer lenha”, conta.

    Rendimento — Hoje, seu rendimento vem da erva-mate, do leite e do arrendamento de cinco alqueires de terra, onde tem plantados soja e milho. No inverno, ele cultiva aveia e azevém, que serve de pastagem para o gado. José diz que a jabuticaba é uma fruta complicada. Depois da florada, a fruta está pronta para ser colhida em 40 dias. É tudo muito rápido, em dois dias, a fruta está no chão, perdida.

    Essa e outras experiências estão relatadas na série Cadernos Temáticos, publicação que a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) lança na segunda-feira, 4, em Curitiba, às 18h, no Auditório da UTFPR. (Assessoria de Imprensa da Setec)                                                                  

     

  • Professores e estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas, com sede em Manaus, estão pesquisando espécies de plantas da região com propriedades para o tratamento de doenças da boca causadas por fungos e bactérias. As pesquisam visam também à criação de um banco de dados sobre plantas medicinais da região. O projeto envolve cinco professores e cinco alunos de licenciatura em biologia e química.

    Uma das linhas de pesquisa testa planta capazes de combater bactéria que se instala no canal dentário (Foto: Rodrigo Farhat)De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Lucena, odontóloga e professora de biologia no Cefet-AM, o trabalho foi iniciado em janeiro de 2004, com a identificação e coleta de 15 tipos de plantas usadas na medicina popular da região para tratamento de problemas da mucosa da boca e em canais dentários. Depois de analisar as plantas nos laboratórios do Cefet, os pesquisadores encontraram possibilidades de comprovação de princípios ativos para tratamento dessas doenças em três espécies. Este ano, segundo Juliana, o grupo de pesquisadores vai trabalhar na identificação dos componentes específicos de cada planta e testá-los.

    Com as pesquisas, será possível criar um banco de dados sobre plantas medicinais da Amazônia (Foto: Rodrigo Farha)A pesquisa mais avançada é a de testes para o combate à Candida albicans, fungo que prolifera nas mucosas oral e vaginal. Juliana explica que o fungo é resistente aos fármacos conhecidos. Em busca de respostas, a pesquisa pretende identificar nas plantas o componente específico para tratar o problema, definir uma fórmula e testar a eficácia.

    Outra linha da pesquisa testa plantas capazes de combater a bactéria que se aloja no canal do dente e se dissemina pelo sangue, gerando doenças que atingem a garganta, provocam erisipela e podem chegar ao coração. A terceira pesquisa busca um fármaco para tratar o estreptococo faecalis, que tem origem intestinal, mas é encontrado no canal dentário, onde se manifesta na forma de abcesso.

    A estruturação da área de pesquisa, segundo Juliana, foi possível com o aumento dos cursos de graduação. Em 2000, o centro tinha dois cursos superiores. Hoje, são nove — sete de tecnologia e dois de licenciatura. Na pós-graduação lato sensu, são 11 cursos.

    Ionice Lorenzoni

  • Ações para fortalecer o papel da universidade pública na pesquisa em ciência, tecnologia e desenvolvimento regional foram debatidas na manhã desta quarta-feira, 28, por reitores de todo o Brasil, para que o país possa subir no ranking mundial na área de pesquisa. A posição atual é o 17º lugar.

    De acordo com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, o quadro é otimista. Segundo ele, nos últimos anos, o Brasil cresceu mais de quatro vezes na área. “A ciência brasileira é feita com predominância na pós-graduação, sobretudo no doutorado, que é oferecido pelas universidades públicas. E para que a pós-graduação cresça, são necessários programas como o da expansão universitária, além da autonomia das instituições”, disse.

    Guimarães citou o que a Capes pretende fazer para criar condições mais favoráveis ao desenvolvimento da pesquisa nas universidades, como a atualização do Plano Nacional de Pós-graduação 2007-2011 e a execução do Plano Nacional de Pós-Doutorado, incluído no Plano de Desenvolvimento da Educação. “O Brasil faz ciência com doutores, mas os países desenvolvidos a fazem com pós-doutores”, explicou.

    Ele ainda falou sobre o já instituído projeto Novas Fronteiras, que leva instituições de ensino superior ao semi-árido, Amazônia, Brasil Central e Pantanal, sobre a continuidade dos mestrados e doutorados institucionais e a questão da regionalidade. “As universidades de diferentes regiões do país não podem ser iguais”, ressaltou.

    CNPq — As universidades federais compõem 50% dos grupos de pesquisa no diretório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), como apontou José Roberto Felício, diretor do CNPq. A partir de 2003, o conselho passou a trabalhar com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), para apoiar o desenvolvimento científico regional. Foram investidos  R$ 150 milhões em pesquisas.

    Inovação — Criatividade é imprescindível para fazer pesquisas e interagir com a indústria e empresas privadas. Baseado nessa premissa, Carlos Aragão, diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), afirmou ser necessária a criação de ambientes de inovação, que sejam regionais e disponham de recursos humanos qualificados, recursos financeiros adequados e recursos legais, para driblar a burocracia, além de ter infra-estrutura logística. “Esse seria um núcleo com pessoas qualificadas para fazer pesquisa de ponta. Para isso, as universidades federais e os novos campi criados terão papel fundamental”, salientou.

    Letícia Tancredi

     

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