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  • O projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB) encerrará no dia 13 de abril próximo o prazo de recebimento de propostas para a criação de cursos a distância. Também será a data final para apresentação, por parte de municípios, estados e Distrito Federal, de propostas de criação de pólos de apoio presencial para cursos a distância.

    As prefeituras interessadas em constituir pólos de apoio presencial devem encaminhar à UAB, até o prazo determinado, proposta com detalhamento da infra-estrutura física e logística (laboratórios didáticos e de informática, bibliotecas e recursos tecnológicos), descrição dos recursos humanos necessários (tutores presenciais e equipes técnica e administrativa) e uma lista dos cursos a serem oferecidos, com o respectivo número de vagas.

    Segundo a coordenadora-geral da UAB, Maria Medianeira Padoin, as instituições públicas estarão, por meio da educação a distância, mais próximas da comunidade. “A Universidade Aberta do Brasil permitirá que muitas das teorias que defendem integração de ensino, pesquisa e extensão sejam vivenciadas de maneira mais efetiva, dentro e fora das universidades”, afirmou.

    Expansão — Após o prazo estipulado, será feita a análise das propostas, entre 17 de abril e 30 de junho, com publicação do resultado no período de 3 a 7 de julho. Os convênios aprovados serão formalizados de 10 de julho a 31 de agosto. “Somente depois de cumpridas todas essas formalidades serão iniciadas as atividades para adequação dos pólos, preparação de tutores, produção de material didático e demais ajustes, o que deve ocorrer ainda este ano”, disse a coordenadora. O início dos cursos está previsto para março de 2007.

    Conforme Maria Medianeira, a criação da UAB é resultado de políticas públicas do Ministério da Educação para a democratização e a expansão do ensino superior. “A idéia é levar ensino superior público e gratuito a todas as regiões distantes dos grandes centros urbanos”, afirmou. A UAB pretende ampliar as alternativas dessa expansão com padrões de qualidade como forma de combate ao histórico quadro brasileiro de desigualdade de acesso à educação superior.

    Na sua  primeira etapa, a UAB será formada a partir da adesão voluntária das 55 universidades federais, além do conjunto de centros federais de educação tecnológica (Cefets), articulados e integrados com a rede de pólos de apoio presencial, criados e mantidos pelos municípios e estados. Cada pólo pode apoiar cursos a distância de diferentes instituições. “Assim, o estudante não precisa morar na cidade onde será instalada a sede da instituição consorciada, o que permitirá o atendimento a todo o território nacional, com a interiorização do ensino superior”, disse Maria Medianeira.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Foto: Tereza SobreiraSão Paulo — O Ministério da Educação vai receber 7,5 mil  computadores para serem utilizados em 150 pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). As aulas terão início no primeiro semestre de 2007. Os computadores foram doados pela Intel, empresa da área de inovação tecnológica que firmou contrato com o MEC nesta quinta-feira, 21, em São Paulo.

    Outros 1,5 mil equipamentos serão utilizados em programas de inclusão digital, como o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo). “Até o fim deste ano, todas as escolas de ensino médio do País terão seu laboratório de informática”, garantiu o ministro da Educação, Fernando Haddad.

    O convênio prevê ainda a capacitação de 500 mil professores até 2011. “Mais importante do que os computadores é o reconhecimento da empresa ao projeto inovador de acesso à educação superior que é a UAB”, destacou o ministro.

    Prioritariamente, a Universidade Aberta vai oferecer cursos de licenciatura e formação inicial e continuada para professores da educação básica. Mas também serão ofertados cursos superiores nas diferentes áreas do conhecimento e para a capacitação de dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

    Repórteres: Rodrigo Dindo e Sandro Santos

  • O ministro não contém o entusiasmo, tamanha a convicção de que o sucesso da Universidade Aberta do Brasil é apenas questão de tempo. Pouco tempo. Os municípios interessados em aderir têm até abril para enviar seus projetos, e ele acredita que a procura será enorme.

    Ao entrar na Sala de Cristal do Ministério da Educação, Fernando Haddad mal espera pelas perguntas. Diz que está animado com esta “grande inovação” concebida pelo governo federal e fadada a sensibilizar a sociedade brasileira. “Tenho a certeza que nós vamos ver no Brasil algo inédito, uma intensa mobilização social para que os prefeitos forjem os melhores projetos possíveis e tenham chance de ser selecionados.”

    O objetivo da UAB é aumentar o acesso ao ensino superior (limitado hoje a 10% da população de 18 a 24 anos), através de educação a distância. Todo prefeito que deseja oferecer um curso superior a distância com apoio de uma instituição federal de ensino pode apresentar um projeto de pólo de apoio presencial ao MEC.

    DivulgaçãoBasta oferecer as condições mínimas exigidas, por exemplo, para viabilizar a conexão à internet com banda larga e receber o conteúdo pedagógico. O espaço físico deve ser adequado e a proposta precisa respeitar a realidade local. E os monitores vão receber treinamento de tutores das universidades federais.

    Levar em conta as peculiaridades regionais é uma filosofia presente nas políticas públicas do ministério como um todo. Além de ser uma questão de respeito, é uma forma de inibir o êxodo para as metrópoles e promover o desenvolvimento local. “Um desenvolvimento mais simétrico do país, a não-necessidade de um jovem talentoso migrar para os grandes centros”, define o ministro. “Todo prefeito que tinha o sonho de trazer uma universidade federal para o seu município vai poder oferecer esta oportunidade única de acesso ao ensino gratuito, e de qualidade.”

    Haddad considera a educação a distância imprescindível para melhorar os indicadores num país do tamanho do Brasil. “Fazer isso no Chile, na Coréia, que são países pequenos, é uma coisa. Fazer isso num país em que 20% da população está na zona rural é outra. Então, temos de pensar em inovações institucionais, nos valendo da enorme revolução tecnológica que o mundo está vivendo, com o acúmulo de conhecimento nas nossas universidades, e disponibilizar isso para a população.”

    Na opinião dele, a qualidade do aprendizado se equivale à da educação presencial. “Antes, havia um temor de que a qualidade poderia ficar comprometida. Hoje, nós temos a segurança de que é possível oferecer educação a distância com a mesma qualidade, ou até mais. Porque todo o conteúdo passa por um crivo prévio, o que nem sempre é o caso na educação presencial. Você não confere a aula de todo professor antes de ele ministrar.”

    Repórter: Julio Cruz Neto

     

  • DivulgaçãoOs acordos de cooperação técnica para implantação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) serão assinados na 3ª Reunião Plenária do Fórum das Estatais pela Educação. A solenidade será realizada na quinta-feira, dia 27, às 15h, no Palácio do Planalto, com presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro da Educação, Fernando Haddad.

    O projeto, que visa ao aumento da oferta de cursos e programas de educação superior a distância, foi criado no âmbito do fórum pelo Ministério da Educação, empresas estatais e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A implementação se dará a partir de parcerias com universidades e consórcios públicos.

    A criação da UAB faz parte do conjunto de políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal para a educação, especialmente no que se refere à expansão universitária de qualidade e à promoção da inclusão social. No Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior.

    O projeto-piloto da UAB prevê a implantação, a partir de março de 2006, no Ceará, em Mato Grosso, no Pará, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com cursos a distância de graduação em administração, cada um com cerca de 16 pólos de atendimento. A primeira parceria será firmada com o Banco do Brasil.

    De acordo com titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, o projeto será desenvolvido em parceria com as universidades públicas federais e estaduais. “Os cursos terão duração de quatro anos, os três primeiros estruturados em base comum e o último destinado às diferentes ênfases para o referido curso (a serem definidas pelas instituições)”, afirmou.

    Tutoria — O candidato será acompanhado por um processo de tutoria ativa, em pólos regionais. Com auxílio da informática, o processo permitirá o monitoramento direto do desempenho e o fluxo de atividades, o que facilitará a identificação de possíveis dificuldades de aprendizagem.

    A idéia é oferecer, inicialmente, três mil vagas no país, 600 por região. O processo seletivo, previsto para janeiro, deve ter provas de português, matemática e conhecimentos gerais, além da análise de títulos. “Trata-se de um marco histórico para a educação brasileira”, disse Mota. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A discussão sobre a implantação de cursos e pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) reunirá em Brasília nesta quarta-feira, 2, e na quinta, 3, coordenadores de pólos e representantes de instituições que oferecem os cursos. Será realizado o 1º Encontro Regional de Coordenadores do Sistema UAB da Região Centro-Oeste, no Hotel Lake Side (Setor de Clubes Norte), a partir das 9h.

    O encontro permitirá a troca de informações gerais sobre a implementação dos pólos e cursos, além de definir o processo de acompanhamento e supervisão. A proposta é incentivar o intercâmbio de experiências entre colaboradores do sistema UAB.

    Para o diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Celso Costa, é  importante consolidar o planejamento estratégico da UAB de forma coletiva, contando com a colaboração de todos os envolvidos no processo. Com quase 40 mil alunos, a UAB é um programa do governo federal destinado a disseminar a oferta de cursos de educação superior por meio do ensino a distância. O programa conta com 289 pólos em todo o Brasil. Na Região Centro-Oeste, 18 pólos oferecem cursos de licenciatura a 2.650 alunos.

    Ainda este ano, o programa vai expandir a capacidade de atendimento. “Na Região Centro-Oeste, por exemplo, outros 28 pólos começam a entrar em funcionamento em agosto”, diz Costa. Outros 270 devem ser inaugurados até o fim deste ano. Com isso, a UAB vai atingir a marca de 613, o que representa o atendimento a cerca de cem mil alunos.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Municípios carentes e distantes das grandes capitais poderão ter acesso ao ensino superior público e gratuito com a implantação do sistema Universidade Aberta do Brasil. O programa de educação superior a distância deve beneficiar cerca de 60 mil estudantes de todos os estados brasileiros. Já existem 290 pólos instalados e 170 deles devem começar a funcionar em junho.

    Roraima é um dos estados que verá, em breve, o ensino superior chegar aos municípios mais remotos da região. Foram instalados sete pólos em municípios carentes, alguns próximos à fronteira com a Guiana ou localizados em terras indígenas. De acordo com Ville Medeiros, coordenador da UAB na Universidade Federal de Roraima, a intenção é atingir o maior número de pessoas, inclusive os índios.

    O coordenador considera que os pólos serão um avanço não só para seu estado, mas para toda a região Norte. “Os cursos trarão uma emancipação tecnológica, digital e de conhecimentos, além de reconhecimento para toda a região”, afirma. A previsão é de que em junho, 250 alunos iniciem cursos de física, química, economia, administração e comunicação.

    Outra atribuição importante da UAB, na região, será a formação de professores indígenas para atuar na alfabetização de suas comunidades. “A UAB dará condições básicas para a educação de muitos povos indígenas. Lá, nós não temos um grande aparato de profissionais formados, então isso cai como uma luva para potencializar toda a nossa região”, explica o coordenador.

    Pernambuco — A UAB também será fundamental para o desenvolvimento tecnológico dos municípios de Pernambuco. Quem afirma é a coordenadora do programa na Universidade Federal Rural do estado, Marizete Santos. “Apesar do grande potencial tecnológico da região, não temos profissionais com qualificação suficiente para atender à demanda das indústrias. Com a UAB, poderemos formar mão-de-obra, professores e desenvolver a região”, considera.

    A UFRPE possui quatro pólos instalados nos municípios de Pesqueira,  Ipojuca, Trindade e Limoeiro, além de dois na Bahia e um em Ananais, Tocantins. Quando entrarem em funcionamento, oferecerão cursos de licenciatura em computação e sistemas da informação. A coordenadora explica que cada pólo localiza-se propositalmente longe dos demais: “Escolhemos municípios distantes e localizados em regiões que possam realmente crescer junto com os cursos”.

    Os pólos que oferecem os cursos de sistemas da informação foram instalados em regiões mais próximas às indústrias. Já os de licenciatura em computação localizam-se mais no interior, onde a carência de professores da área é maior. Marizete lembra, ainda, que os cursos poderão resolver outro problema da região: “Nossos professores não usam, hoje, tecnologias nas salas de aula. Com a UAB, além de capacitá-los para isso, colaboraremos com a inclusão digital e com o suporte dos computadores da cidade”.

    Cíntia Caldas

  • Instituição com 39 anos, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) receberá, de 2008 a 2012, R$ 56,5 milhões do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) para ampliar o número de cursos de graduação e a oferta de vagas. A UFU tem sede em Uberlândia e um campus em Ituiutaba.

    Para ampliar o campus de Ituiutaba, o governo federal vai repassar à UFU R$ 23,5 milhões do Reuni, entre 2008 e 2009. Serão criados nove cursos de graduação e abertas novas vagas em administração (40 vagas), ciências contábeis (40), ciências biológicas (80), física (80), geografia (80), história (80), matemática (80), pedagogia (80), química (80). A meta é atingir 3.200 novas vagas até 2012.

    Com o Reuni, a Universidade Federal de Uberlândia deve ampliar de 57 para 79 o número de cursos de graduação presenciais. As matrículas passarão das 2.910 oferecidas em 2007 para 4.260, em 2012.

    A UFU foi autorizada a funcionar pelo Decreto-Lei nº 762, de 14 de agosto de 1969, e federalizada pela Lei nº 6.532, de 24 de maio de 1978.

    Assessoria de Comunicação Social


     

  • Pesquisadores do Instituto de Eletrônica de Potência da Universidade Federal de Santa Catarina desenvolveram um aparelho que processa energia solar fotovoltaica ao converter energia solar em energia elétrica. O protótipo entra, agora, em fase de testes.

    Segundo o coordenador da pesquisa, Denizar Martins, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFSC, o projeto tem o propósito de ajudar as pessoas que vivem em lugares sem sistemas de transmissão e distribuição de energia. Até 2004, segundo o Ministério de Minas e Energia, cerca de 12 milhões de brasileiros não tinham acesso à energia elétrica. Para Martins, a busca de alternativas pode auxiliar as comunidades a obter melhores condições de vida. “Em reservas indígenas e comunidades carentes, um refrigerador pode armazenar, além de alimentos, vacinas e remédios”, explicou. Ele ressalta que o aproveitamento da energia solar fotovoltaica é uma solução viável para as regiões Norte e Nordeste, onde a incidência de sol é abundante.

    O processo, chamado conversão fotovoltaica, começa nos painéis instalados sobre o prédio do instituto. Eles captam a energia solar, que chega ao conversor e, depois, a um refrigerador. Parte é armazenada em um banco de baterias, as quais alimentam a geladeira na ausência de sol. “São as baterias que definem por quanto tempo o sistema funcionará. Duas baterias mantêm o refrigerador ligado por até 15 horas”, disse Martins.

    Custo — Uma preocupação era criar um sistema de baixo custo e fácil implementação. O protótipo foi construído com peças disponíveis no mercado nacional. “Equipamentos como esse existem no exterior, mas o preço torna sua importação inviável”, salientou Martins. Além de desenvolver um produto brasileiro, os pesquisadores tornaram-no aplicável em refrigeradores comuns, vendidos em lojas de eletrodomésticos.

    O projeto começou com uma dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em engenharia elétrica e foi concluído por um aluno de graduação. Em outubro, os pesquisadores do instituto apresentarão o trabalho em Xangai, China. (Assessoria de Imprensa UFSC)

  • Garantir a inclusão social de surdos na sociedade por meio de formação acadêmica e, com isso, abrir espaços no mercado de trabalho é a proposta da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A instituição oferece o curso a distância de licenciatura em letras na língua brasileira de sinais, a libras.

    Promovido em parceria com as secretarias de Educação a Distância (Seed/MEC) e de Educação Especial (Seesp/MEC), o curso foi desenvolvido em rede nacional com mais oito instituições educacionais. Cada uma delas oferece 55 vagas, além de outras 60 no pólo da UFSC. O propósito é o de formar o professor para o ensino de libras como primeira língua ao lecionar para alunos surdos e como segunda para os que falam o português.

    Aqueles que concluírem o curso poderão atuar na formação de professores em nível universitário, de fonoaudiólogos e de alunos surdos e ouvintes. Os alunos receberão a titulação da UFSC como licenciados em língua brasileira de sinais para atuar como professores em diferentes espaços educacionais.

    Compõem a rede o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC), no Rio de Janeiro, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade de São Paulo (USP), as universidades federais do Amazonas (Ufam), do Ceará (UFC), da Bahia (UFBA) e de Santa Maria (UFSM) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiás. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • O protótipo de uma plataforma de 60 centímetros de altura, acionada por controle remoto, para uso de cadeirantes, criada por Darci Gonçalves, técnico em fabricação mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), foi o ponto de partida para a instituição investir em projetos de promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência. O projeto começou em 2004 e hoje a universidade já conta com dois tipos de plataformas e três modelos de elevadores para acesso de cadeirantes aos laboratórios, aulas práticas e salas de aula.

    Darci Gonçalves, que é servidor concursado da UTFPR há 17 anos, trabalha na Divisão de Conservação de Edifícios e Produção da Universidade onde cria e desenvolve projetos. Em 2004, diz, a instituição propôs um desafio aos professores: criar projetos para facilitar o acesso a todos os setores da universidade. Darci explica que se entusiasmou pela idéia e criou a primeira plataforma. Ela tem 60 centímetros, é móvel e acionada por controle remoto. Essa plataforma é usada por cadeirantes para operar um torno mecânico.

    A segunda plataforma criada por ele tem quatro metros e é usada para levar cadeirantes para as atividades ao segundo andar do prédio. A série seguinte é de três modelos de elevadores fixos: o de um metro e meio de altura é usado pelos alunos para alcançar a bancada dos laboratórios; o de três metros de altura, com opção de uma parada, dá acesso às salas de aula do segundo andar da universidade; e o de seis metros de altura, e uma parada, é para ir aos laboratórios de química e física do campus de Curitiba. Este mesmo elevador, mas com três paradas, está em teste em Campo Mourão, onde a UFTPR tem um campus. A série é denominada Elevador para Alunos Especiais e numerada conforme a altura. Os projetos da UTFPR foram desenvolvidos com recursos do Programa Incluir: Acessibilidade na Educação Superior, do Ministério da Educação.

    De acordo com Darci Gonçalves, os projetos de plataformas de elevadores passam por ajustes dos desenhos para se adequarem às normas técnicas. Os passos seguintes serão patentear as marcas e buscar parcerias para a fabricação. Como ainda não tem o desenho final, Darci não revela o preço dos elevadores, mas garante que fica muito abaixo do praticado no mercado. O reitor Carlos Eduardo Cantarelli, que tomou posse nesta quarta-feira, 23, em Brasília, disse que conhece e aprova as iniciativas que promovem a acessibilidade na instituição e que vai apoiar o registro das patentes.

    Ionice Lorenzoni

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    Posse de reitor marca expansão da UTFPR

  • A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), uma das dez instituições de ensino superior que estão sendo criadas pelo governo federal, vai aumentar a sua capacidade física. Estão em construção mais três blocos de salas de aula. Com isso, poderá dobrar o número de cursos que oferece. O Ministério da Educação já autorizou a realização de concurso público e a contratação de professores e técnicos administrativos. A criação da UFGD faz parte do programa Expandir, do MEC, destinado a aumentar o número de vagas e a interiorizar o ensino superior.

    Criada oficialmente em 2 de agosto de 2005, a nova universidade funciona a 10 quilômetros do centro de Dourados, Mato Grosso do Sul, na área antes ocupada pelo campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A UFGD já oferece 15 cursos de graduação, um de doutorado e três de mestrado.

    De acordo com o diretor-administrativo da instituição, Wedson Desidério Fernandes, serão ofertados 26 cursos de graduação, quatro de mestrado e dois de doutorado, em cinco anos. O número de alunos, hoje de três mil, superará os dez mil, também em cinco anos. A UFGD conta com 92 professores. Ainda este ano, pretende contratar outros 160. Os 70 técnicos administrativos ganharão o reforço de outros 75. A universidade recebeu R$ 4,5 milhões para investimentos em 2005 e R$ 10,5 milhões este ano.

    “A expansão e a interiorização das universidades federais é importante para o Brasil. Esperávamos por essa iniciativa há muito tempo”, disse Fernandes. “Passamos um longo período sofrendo as conseqüências da falta de técnicos e de professores, uma situação insustentável, que está sendo corrigida.”

    Investimentos — O MEC está investindo R$ 592 milhões na expansão e na interiorização do ensino superior público. Em 2005, foram repassados R$ 192 milhões às instituições federais de ensino superior. Em 2006, serão mais R$ 162 milhões e, em 2007, R$ 238 milhões.

    O governo federal está criando dez universidades federais e consolidando 42 campi. A expansão alcança 68 municípios brasileiros e vai abrir 125 mil matrículas em cinco anos.

    Mais informações sobre a UFGD pelos telefones (67) 3411-3600 e 3411-6002.

    Repórter: Susan Faria

  • A futura Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que terá sede em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi recomendada como “um espaço aberto, nos campos curriculares e de pesquisa, para experimentação de temas transdisciplinares inovadores das cátedras ibero-americanas”. A recomendação consta da Declaração de Cáceres, que fechou o Encontro Internacional de Cátedras Unesco sobre a Ibero-América, realizado em Cáceres, na Espanha, de 3 a 6 deste mês.

    De acordo com o coordenador do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea), Hélgio Trindade, que apresentou o projeto da Unila no encontro, a concepção da nova universidade foi bem recebida pelos coordenadores. A nova instituição deverá desenvolver estudos e pesquisas em áreas de interesse comum aos países do Mercosul, segundo Hélgio Trindade, que é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

    Promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o encontro internacional reuniu professores de universidades da América Latina e da Espanha para discutir temas como educação, desenvolvimento, direitos humanos, diversidade cultural, cultura de paz, cultura e educação.

    O objetivo do evento é criar entre as cátedras um espaço de discussão e articulação de atividades em rede, sob a coordenação do Instituto Internacional para a Educação Superior da América Latina e Caribe (Iesalc), um dos patrocinadores do evento.

    Ionice Lorenzoni

  • A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) é a primeira instituição de nível superior do país a adotar o acesso preferencial de professores negros em concurso público. A decisão foi aprovada pelo conselho universitário, em reunião no último dia 16, e já é válida para o próximo concurso. Serão oferecidas 20 vagas nas áreas de ciências sociais e aplicadas, humanas, educação, ciências exatas, naturais e tecnológicas e letras.

    O concurso será aberto a professores auxiliares, com remuneração de R$ 1.216,98; assistentes (mestres), R$ 2.068,29; e adjuntos (doutores), R$ 2.799,62. O regime é de 20 horas. O edital, em fase de elaboração, estará disponível na página eletrônica da universidade em meados de janeiro de 2006.

    A justificativa para a novidade baseou-se numa passagem do livro Inclusão Étnica e Racial no Brasil, do professor José Jorge de Carvalho, do departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB). No capítulo seis – A questão das cotas no ensino superior –, o autor aponta que o número de professores negros no ensino superior é insignificante. "Sem preferência de acesso, não há inclusão. O primeiro estudo do problema da discriminação racial no Brasil tem de ser lido a partir do topo da pirâmide escolar".

    A proposta, única nos meios acadêmicos para concurso público de magistério, foi encaminhada pelo Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Raça e Alteridade (Negra) e apresentada pelo conselheiro Paulo Vieira, coordenador do Negra/Unemat. O professor ressalta a importância da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do Conselho Estadual dos Direitos do Negro em Mato Grosso, no sucesso da ação.

    "Também assinalamos a importância das ações desenvolvidas pelo Ministério da Educação, por meio das secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e de Educação Superior (SESu)", destacou Vieira. Segundo o professor, a nova ação é constitucional tanto do ponto de vista administrativo quanto jurídico.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Caxias do Sul (RS) − Em reunião com a comunidade acadêmica da Universidade de Caxias do Sul (UCS), na serra gaúcha, nesta terça-feira, 17, o ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu um documento com dois pedidos. No primeiro, professores, funcionários e estudantes pedem que a universidade tenha acesso gratuito ao Portal de Periódicos da Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. O portal é o caminho mais curto no Brasil para as principais informações da produção científica mundial.

    Os representantes da UCS argumentam que a instituição se diferencia de outras universidades particulares por adotar um modelo tipicamente comunitário. O conselho gestor, por exemplo, é formado por educadores do MEC e das secretarias estadual e municipal de Educação. Além disso, alegam os caxienses, a UCS atende a uma região do Rio Grande do Sul, a metade norte, que não possui universidade federal. A mais próxima, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fica em Porto Alegre, a 150 quilômetros.

    O segundo pedido é uma flexibilização de critérios do Programa Universidade para Todos, o ProUni. São pré-requisitos do programa o candidato ter cursado o ensino médio em escola pública ou ter gozado de bolsa integral em escola particular. O documento de Caxias do Sul atribui ao ProUni a democratização do acesso da população carente ao ensino superior. E, por isso mesmo, justifica, pede que seja permitido também o acesso de estudantes oriundos de cursos supletivos. Segundo a comunidade acadêmica da UCS, a maioria desses estudantes não pôde concluir o ensino médio em tempo normal porque se viu obrigada a optar pelo mercado de trabalho. Outro argumento é que nem todos os municípios do interior possuem escolas públicas de segundo grau. E as bolsas nas escolas particulares costumam ser parciais − até 80% −, acrescenta o documento.

    O ministro Fernando Haddad se propôs a analisar se as duas solicitações se enquadram nas políticas públicas do MEC. O Diretório Central dos Estudantes programou para a noite um encontro de Haddad com os bolsistas do ProUni da UCS. Eles pretendem reivindicar ao ministro a federalização da Universidade de Caxias do Sul.

    Repóter: Rodrigo Dindo

  • Para garantir a permanência dos alunos cotistas na universidade, a Assessoria de Diversidade, Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da Vice-Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) realizou nesta terça-feira, 17, no auditório da Reitoria, uma reunião de trabalho visando integrar ações da universidade e seus parceiros. Participaram instituições como a Fundação Universidade de Brasília (Proest/FUB), Coletivo de Empresários Afrodescendentes Brasileiros (Ceabra), Fundação Universitária da UnB (Fubra) e a ONG Educafro Brasília.

    Segundo o assessor da Vice-Reitoria para Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da UnB, Jaques Jesus, "são 600 alunos cotistas que necessitam de apoio para viabilizar sua permanência nos cursos. A inclusão racial e social requer esses apoios que estão sendo construídos pela UnB e suas parcerias".

    Para o aluno cotista do curso de química, Marcos Paulo Noleto de Sousa Alves, 19 anos, morador de Samambaia (DF), "o sistema de cotas é um facilitador para alunos negros de baixa renda que penam uma dupla exclusão: a racial e a social. Fiz meus estudos na rede pública de ensino e o sistema de cotas me possibilitou alcançar a universidade. Sou bolsista e isso vai me ajudar a permanecer na universidade e concluir meu curso", afirmou.

    O representante da FUB, Aiporê de Moraes, informou que a instituição está oferecendo bolsas de estudo para alunos cotistas participar de projetos de levantamento e diagnósticos nas linhas de ação voltadas para a geração de empregos, saúde sanitária, meio ambiente e comunidades remanescentes de quilombolas: "Essas bolsas ajudam no desenvolvimento dos planos de pesquisas e podem ajudar o aluno cotista na sua permanência nos cursos escolhidos", concluiu.

    A coordenadora do programa de estágios da FUB, Susana Xavier, assegurou que a idéia é aliar a competência técnica à experiência prática, com uma abordagem social e humana. "Atendemos 1.200 alunos com bolsas de R$ 500, em média". 

    A Educafro Brasília está oferecendo cursinhos pré-vestibulares para afrodescendentes e carentes sociais em Sobradinho (DF), no Centro Social da quadra 13. Há uma turma de 45 alunos e outros 45 em lista de espera, enquanto estão sendo providenciados professores voluntários e outra sala de aula.

    Segundo o coordenador cultural e pedagógico da Educafro, Gerivaldo Oliveira, "são ações afirmativas, onde temos a oportunidade de fazer nossa parte. Num segundo momento, vamos tentar ampliar as cotas e criar condições para a manutenção destes alunos dentro das universidades", concluiu.

    Repórter: José Leitão

  • Para garantir a permanência dos alunos cotistas na universidade, a Assessoria de Diversidade, Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da Vice-Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) realizou nesta terça-feira, 17, no auditório da Reitoria, uma reunião de trabalho visando integrar ações da universidade e seus parceiros. Participaram instituições como a Fundação Universidade de Brasília (Proest/FUB), Coletivo de Empresários Afrodescendentes Brasileiros (Ceabra), Fundação Universitária da UnB (Fubra) e a ONG Educafro Brasília.

    Segundo o assessor da Vice-Reitoria para Inclusão Racial e Apoio aos Cotistas da UnB, Jaques Jesus, "são 600 alunos cotistas que necessitam de apoio para viabilizar sua permanência nos cursos. A inclusão racial e social requer esses apoios que estão sendo construídos pela UnB e suas parcerias".

    Para o aluno cotista do curso de química, Marcos Paulo Noleto de Sousa Alves, 19 anos, morador de Samambaia (DF), "o sistema de cotas é um facilitador para alunos negros de baixa renda que penam uma dupla exclusão: a racial e a social. Fiz meus estudos na rede pública de ensino e o sistema de cotas me possibilitou alcançar a universidade. Sou bolsista e isso vai me ajudar a permanecer na universidade e concluir meu curso", afirmou.

    O representante da FUB, Aiporê de Moraes, informou que a instituição está oferecendo bolsas de estudo para alunos cotistas participar de projetos de levantamento e diagnósticos nas linhas de ação voltadas para a geração de empregos, saúde sanitária, meio ambiente e comunidades remanescentes de quilombolas: "Essas bolsas ajudam no desenvolvimento dos planos de pesquisas e podem ajudar o aluno cotista na sua permanência nos cursos escolhidos", concluiu.

    A coordenadora do programa de estágios da FUB, Susana Xavier, assegurou que a idéia é aliar a competência técnica à experiência prática, com uma abordagem social e humana. "Atendemos 1.200 alunos com bolsas de R$ 500, em média". 

    A Educafro Brasília está oferecendo cursinhos pré-vestibulares para afrodescendentes e carentes sociais em Sobradinho (DF), no Centro Social da quadra 13. Há uma turma de 45 alunos e outros 45 em lista de espera, enquanto estão sendo providenciados professores voluntários e outra sala de aula.

    Segundo o coordenador cultural e pedagógico da Educafro, Gerivaldo Oliveira, "são ações afirmativas, onde temos a oportunidade de fazer nossa parte. Num segundo momento, vamos tentar ampliar as cotas e criar condições para a manutenção destes alunos dentro das universidades", concluiu.

    Repórter: José Leitão

  • O reitor da Universidade de Coimbra (Portugal), Fernando Seabra Santos, apresentou em Belo Horizonte, no último dia 19, a proposta de criação do Programa José Bonifácio de Andrada e Silva. O trabalho visa articular e consolidar iniciativas de mobilização entre a mais antiga instituição de ensino superior portuguesa e universidades brasileiras.

    “Queremos identificar novas modalidades de cooperação em áreas científicas estratégicas de interesse comum e em termos de intercâmbio estudantil”, justificou Fernando Seabra. A Universidade de Coimbra acolhe cerca de dois mil estudantes estrangeiros. Pouco mais de uma centena são brasileiros.

    O nome do programa é uma homenagem ao Patriarca da Independência do Brasil, que foi professor de metalurgia da universidade. Participaram do encontro representantes de 15 universidades que já desenvolvem parcerias com a instituição portuguesa. De acordo com Sandra Almeida, diretora de relações internacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o reitor da Universidade de Coimbra quer ampliar as redes de contato com o Brasil. “A idéia é aumentar o intercâmbio de professores, estudantes e projetos de pesquisa em pós-graduação entre os dois países”, explica.

    Desafios – Apesar de bem recebida, a idéia de ampliar a cooperação entre os dois países precisa superar algumas dificuldades. Entre elas, destacam-se: a busca de recursos para financiar a participação de alunos carentes em programas de intercâmbio; a definição da abrangência do programa (graduação ou pós-graduação); e a garantia de reciprocidade das iniciativas.

    O reitor Fernando Seabra entende a preocupação dos brasileiros no que se refere à reciprocidade, uma vez que alguns alunos querem permanecer em Portugal depois de concluir os estudos. Entre as possibilidades de intercâmbio, citou a co-tutela em projetos de doutorado.

    Com relação ao financiamento para ampliar o acesso ao intercâmbio, o reitor Lúcio José Botelho, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), defendeu a criação de um fundo de cooperação institucional específico. “Se o intercâmbio for realizado por conta dos alunos, só os ricos participarão. É preciso popularizar a proposta”, disse.

    Repórter: Flavia Nery

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou nesta terça-feira, 2, o papel da universidade pública na formação do magistério. No painel sobre educação do seminário O Brasil que Queremos Ser, comemorativo dos 40 anos da revista Veja, Haddad lembrou que as universidades federais assumiram a tarefa da formação de professores. “Infelizmente, algumas instituições sem tradição executavam uma tarefa que deveria ser nossa”, disse o ministro, em São Paulo.

    Entre outras iniciativas do Ministério da Educação para a valorização do  magistério estão a fixação do piso nacional do professor em R$ 950 e a implementação de diretrizes de carreira. “Os próprios professores são os primeiros a identificar problemas em sua formação. Para eles, a prioridade não é o salário, mas a formação”, afirmou Haddad.

    A valorização do professor, de acordo com o ministro, é um dos aspectos capazes de possibilitar a organização do sistema educacional brasileiro. Segundo Haddad, o conjunto de variáveis inclui a transparência na gestão da educação, o financiamento adequado e a avaliação sistemática. “Temos de fazer com que a sociedade incorpore a educação como valor, assim como incorporou a democracia. Educação de qualidade só se consolida como mudança cultural.”

    Investir em educação mais do que a média de outros países é um dos objetivos do MEC. O ministro ressaltou que a proposta é o investimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação — a média internacional é de 4%.

    Letícia Tancredi

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    Ministro quer oportunidades para todos

  • A Universidade Federal do Amapá (Unifap), com sede em Macapá, vai ampliar, até 2012, o número de cursos e as vagas na graduação, mestrado e doutorado. Para executar seu plano de trabalho, o Ministério da Educação repassará à instituição R$ 13,8 milhões do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Serão 14 novos cursos, sendo seis na graduação e oito de mestrado e doutorado.

    Os recursos serão investidos no período de 2008 a 2012 na criação de três novos cursos diurnos, que passam de 25 para 28, e em três cursos à noite, de 11 para 14 nos próximos cinco anos. Em 2012, a universidade terá 1.385 novas vagas na graduação. Na pós-graduação, a oferta passará de quatro para 12 cursos.

    A Unifap foi criada pela Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987.

    Assessoria de Comunicação Social

  • A Câmara de Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reúne na segunda-feira, 8, para tentar fechar uma proposta de consenso para implementação do sistema cotas na instituição. A Câmara, formada por coordenadores dos 45 cursos da universidade, vai debater pela terceira vez este ano a reserva de vagas para alunos afrodescendentes, indígenas e da rede pública. A reunião será às 9h, na Pró-Reitoria de Graduação.

    A proposta que vier a ser aprovada será encaminhada aos conselhos universitário e de ensino e pesquisa, instâncias com poder de decisão. A questão das cotas para grupos étnicos e sociais começou a ser debatida no ano passado, quando o reitor Rubens Rassel criou comissão para esse fim integrada por representantes da universidade e da sociedade.

    O grupo propôs cotas equivalentes a 26% das vagas para alunos negros, 25% para egressos do ensino público e 1% para índios. A proposta foi fechada após várias reuniões e seminários, abertos ao público, dos quais participaram instituições que adotaram a reserva de vagas. Segundo o reitor, a Ufes não pode ficar alheia ao debate.

    “A reserva de vagas foi adotada em diversas instituições do país, e o tema está na agenda das universidades brasileiras”, afirmou Rassel. Ele reconhece que a proposta é polêmica, mas acredita que o debate democrático é importante para que a universidade tenha uma definição. “O processo deve ser aberto à manifestação de todas as opiniões para que a Ufes construa coletivamente uma posição”, defendeu.

    Proposta — Na proposta a ser formulada, a Câmara de Graduação deve definir a partir de quando e de que forma se dará a reserva de vagas. Com 13 mil alunos na graduação e 950 professores, a Ufes não adotará a reserva em seu próximo vestibular. A medida, se aprovada, deve valer somente a partir do vestibular de novembro próximo.

    A primeira instituição a adotar cotas foi a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 2003. No mesmo ano, aderiram a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), a do Estado da Bahia (Uneb) e a Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Desde 2004, 23 universidades já adotaram o critério de cotas.

    Súsan Faria, com informações da Assessoria de Imprensa da Ufes

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