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  • O Brasil e a Índia assinaram um acordo de cooperação acadêmica para ampliar o intercâmbio nas áreas de biotecnologia, ciências da computação e das engenharias. A cooperação foi formalizada na segunda-feira, 4, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Nova Déli, Índia. No Brasil, o programa será implementado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e, na Índia, pela Secretaria de Ensino Superior do Ministério de Desenvolvimento de Recursos Humanos.

    De acordo com o presidente da Capes, Jorge Guimarães, os dois países realizarão seminários para ampliar a troca de informações. O primeiro deles será no Brasil com áreas do setor econômico e o segundo, na Índia, vai tratar do setor energético. A Capes ficará responsável pela organização dos dois encontros. “A nova parceria vai explorar temas em que os países avançaram como a ciência da computação e os biocombustíveis”, disse. Segundo Guimarães, o programa vai promover o intercâmbio de estudantes de doutorado e implementar quatro cátedras nas áreas de ciências sociais que serão ministradas por doutores dos dois países. As atividades começam em 2008.

    Adriane Cunha

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad, do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Matilde Ribeiro, definiram nesta quarta-feira, dia 1º, os critérios para ampliar a qualificação das trabalhadoras domésticas. A formação de professores para a aplicação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que prevê o ensino de história e da cultura afro-brasileiras na rede de ensino fundamental e médio do país, também foi tema da reunião interministerial.

    “O trabalho integrado entre os ministérios pode gerar, além da qualificação para o trabalho, o aumento da escolaridade para as trabalhadoras domésticas”, disse Haddad.

    Já em andamento, o Programa de Trabalho Doméstico Cidadão, do MTE, forma trabalhadoras domésticas em seis estados por meio de um programa-piloto. O MEC vai agregar-se a esse trabalho com a adaptação do material pedagógico para formação, no ensino fundamental, dos participantes do programa. A estimativa é que duas mil trabalhadoras sejam formadas ainda este ano no ensino fundamental, além de fazerem o curso de qualificação.

    Outra decisão dos ministros foi a ampliação da parceria para a formação de professores com vistas ao que estabelece a Lei nº 10.639/2003. Em 2005, cinco mil professores foram formados a distância pelo MEC. Para 2006, serão outros 45 mil, em convênio firmado com a Universidade de Brasília.

    Na reunião, os ministros concordaram que para cursos de formação presencial o MEC dará prioridade aos municípios que tenham estrutura de promoção da igualdade racial, como forma de valorizar o trabalho e a mobilização de cada uma delas. Pelos números apresentados pela ministra Matilde Ribeiro, 107 municípios contam com essas estruturas.

    Repórter: Rodrigo Dindo

  • O governo federal apresenta, nesta quinta-feira, 9, durante reunião do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), em Brasília, projeto de enfrentamento ao analfabetismo entre os jovens. A iniciativa – parceria da Secretaria-Geral da Presidência e dos ministérios da Educação, do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – será desenvolvida no âmbito do Programa Brasil Alfabetizado e integra a Política Nacional de Juventude.

    O projeto será apresentado no Salão Social do Parlamundi (LBV) – no Edifício Parlamundi, Quadra 915 Sul – pelo secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, Ricardo Henriques, e pelo secretário nacional de Juventude, Beto Cury. “Reduzir o analfabetismo entre os jovens é um dos nove desafios da Política Nacional de Juventude e a participação do Conjuve será fundamental para ajudar a mobilizar a sociedade na identificação desses jovens”, explica Beto Cury.

    Segundo o Censo Demográfico de 2000, há 2,8 milhões de analfabetos entre os 48 milhões de brasileiros de 15 a 29 anos. Mais da metade mora na Região Nordeste (1,7 milhão). A Região Sudeste tem 477 mil jovens analfabetos. Na Região Norte, o analfabetismo atinge 306 mil jovens. Na Região Sul, são 130 mil jovens e no Centro-Oeste há 108 mil jovens analfabetos.

    Na próxima semana, o MEC publica resolução divulgando abertura de prazo para estados, municípios e organizações da sociedade civil apresentarem projetos de alfabetização ao Brasil Alfabetizado. Na resolução, destaque para a alfabetização de jovens. “Com a parceria do Conjuve e dos movimentos sociais, vamos mobilizar o jovem para a entrada no processo de alfabetização, já que a baixa auto-estima é um complicador para ele assumir sua condição de não alfabetizado”, afirma Ricardo Henriques.

    De 2003 a 2004 o programa Brasil Alfabetizado atendeu 885 mil jovens de 15 a 29 anos em todas as regiões. Em 2005/2006 foram cadastrados 391 mil e até maio esse número deverá atingir 500 mil jovens, segundo o coordenador-geral do programa, Tancredo Maia Filho. “O atendimento médio dessa população tem sido de 26% dos cadastrados no Brasil Alfabetizado”, diz Maia.

    Conjuve – O Conselho Nacional de Juventude, o primeiro da história do Brasil, foi criado em fevereiro de 2005, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É um órgão consultivo e assessora a Secretaria Nacional de Juventude na formulação de diretrizes da ação governamental; promove estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica juvenil; e assegura que a Política Nacional de Juventude seja conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da ampliação da participação cidadã.

    O Conjuve é formado por 20 conselheiros representantes do poder público e 40 da sociedade civil. A representação do poder público contempla, além da Secretaria Nacional de Juventude, os ministérios com programas voltados para juventude, a Frente Parlamentar de Políticas para a Juventude da Câmara dos Deputados, o Fórum Nacional de Gestores Estaduais de Juventude e representantes das associações de prefeitos. Entre os 40 conselheiros da sociedade há representantes dos movimentos juvenis, ONGs, especialistas e personalidades com trabalho voltado à juventude. (Assessoria de Comunicação do MEC)

     

  • Para Haddad, a parceria com o Confea reforça um dos pilares do Plano de Desenvolvimento da Educação, que é a qualidade da formação profissional. (Foto: Júlio César PaesO Ministério da Educação e o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) firmaram nesta segunda-feira, 3, em Brasília, termo de cooperação técnica para estabelecer normas de regulação e supervisão dos cursos, em caráter experimental. Na experiência-piloto, o MEC vai oferecer ao conselho o acesso aos projetos pedagógicos dos cursos em processo de reconhecimento e renovação de reconhecimento referente às áreas sob sua responsabilidade. O Confea vai indicar especialistas para as comissões encarregadas de elaborar as especificações técnicas dos cursos.

    Para o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, a assinatura do convênio com o MEC tem o objetivo de buscar integração entre as organizações, em favor da formação de profissionais. “A área da tecnologia começa a ocupar posição estratégica maior no processo de desenvolvimento da economia brasileira, e esses profissionais terão papel fundamental”, afirmou. Ele ainda ressaltou a adequação das grades curriculares como incentivo à juventude para que a área tecnológica seja uma opção de profissão mais significativa.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, acredita que sem o investimento em formação não será possível recuperar as altas taxas de crescimento econômico. Para ele, a área de engenharia é vital para o crescimento. “Os recursos humanos não podem ser o gargalo. Os profissionais são responsáveis por puxar o fio da meada do crescimento”, destacou. Haddad também ressaltou que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) busca parcerias, como a realizada com o Confea, em favor da qualidade da educação brasileira.

    Segundo o secretário de educação superior, Ronaldo Mota, a relação do Ministério com o Confea é positiva na discussão de questões sobre processos regulatórios e diretrizes curriculares dos cursos. Mota citou a proposta de reestruturação de alguns cursos de engenharia, pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), como um elemento de destaque no aperfeiçoamento dos cursos. “Há propostas tão interessantes e inovadoras que seria um crime não as divulgarmos para servirem de exemplo”, disse.

    Letícia Tancredi

  • O ministro da educação, Fernando Haddad, destacou a importância das parcerias na elaboração de projetos sociais na área da educação. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira, dia 2, Haddad ressaltou o engajamento cada vez maior da população em relação ao tema. Ele afirmou que o próprio Ministério da Educação firma parcerias diversas para a participação da comunidade no desenvolvimento da educação.

    Um exemplo é o programa Escrevendo o Futuro, no qual o MEC tem como parceira a Fundação Itaú Social. O programa é responsável pela Olimpíada da Língua Portuguesa, que será lançada em 2008. Espera-se a participação de sete milhões de crianças.

    A Fundação Itaú Social e a Rádio Bandeirantes lançaram na terça-feira, dia 1º, a sétima edição do Prêmio Escola Voluntária, que visa à elaboração de projetos sociais que incentivem o trabalho voluntário entre os alunos. Este ano, o prêmio vai abranger escolas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal. Podem participar estudantes dos últimos anos do ensino fundamental e de qualquer série do ensino médio. As inscrições estendem-se até 30 de junho.

    Segundo Haddad, várias experiências de projetos semelhantes ocorrem no Brasil e têm melhorado o nível educacional em estados e municípios. “A sociedade chegou a um grande nível de maturidade no debate sobre educação”, disse.

    Mais informações sobre o prêmio nas páginas eletrônicas da Rádio  Bandeirantes e da Fundação Itaú Social.

    Letícia Tancredi

  • Dourados – Brincar de bola e ao mesmo tempo aprender a multiplicar, dividir e somar. Essa novidade foi idéia do estagiário Marcelo Alvares. Ele é estudante do quarto semestre de educação física de uma universidade particular em Dourados (MS), cidade distante 225 quilômetros de Campo Grande. Marcelo e outros sete estudantes universitários estagiam na Escola Municipal Professora Efantina de Quadros.

    O ensino ganhou reforço depois que os universitários passaram a lecionar na escola Efantina de Quadros (Foto: João Bittar)A brincadeira de Marcelo foi levada da teoria estudada na faculdade à quadra de esportes da escola. Funciona assim: os alunos formam duas colunas, uma de frente para a outra. Então, o estagiário elabora um problema que precisa ser resolvido a partir das contas matemáticas. “Por exemplo, pergunto quem é o aluno cuja posição na fila é igual ao resultado da soma de três mais dois, ou da multiplicação de um vezes cinco”, explica. Esse aluno, que representa o resultado da conta, pode propor uma brincadeira com a bola, mas antes os colegas precisam identificá-lo.

    A direção da escola resolveu apostar nas parcerias com a comunidade para melhorar a qualidade do ensino e enriquecer os processos de aprendizado. Para os sete estagiários, a parceria é uma via de mão dupla e proporciona aprendizado mais eficaz, inclusive para eles. “Muitos universitários se formam sem saber se têm vocação para dar aula”, acredita Marcelo.

    Os alunos de biologia Matheus Santos e Priscila Ribas também estão descobrindo as salas de aulas pela perspectiva do professor. Eles estudam na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e dão aulas de ciências – biologia, química e física – a estudantes de 5ª a 8ª série do ensino fundamental.

    O estágio deles tem duração de três meses e inclui planejamento de aulas, observação dos professores da escola e regência, que é a prática como professor. “A gente observa os professores e vê o que poderia ser mudado. Aí, a gente tenta aplicar as mudanças quando damos aula para ver se dá certo”, explica Priscila. Segunda ela, a idéia é aprender e fazer críticas construtivas à equipe escolar a um só tempo.

    Priscila e Matheus se deram conta de que há um ponto em comum entre turmas de diferentes faixas etárias. “Durante a explicação, vimos que interagir com os alunos desperta a atenção deles”, conta Priscila. Então, para ensinar conceitos de física, ela e o colega dão como exemplo aspectos ligados ao universo dos estudantes. “Com o jogo de futebol, por exemplo, dá para ensinar conceitos de força, trabalho e velocidade. Daí, eles percebem que o ensino está presente no dia-a-dia e não é só teoria.”

    Já Marcelo aprendeu na disciplina recreção, na faculdade, que alunos de 1ª a 4ª série ainda precisam desenvolver o equilíbrio e a coordenação motora e que o ideal para esse segmento é atrelar exercícios físicos a brincadeiras. Para estimular o equilíbrio, Marcelo usa algumas atividades lúdicas. “Em uma delas, os meninos se sentam em fila e vão passando a bola para trás, de um para o outro”, exemplifica. O estagiário explica que essa brincadeira prioriza não só o equilíbrio, mas o espírito de grupo e garante que os alunos se divertem.

    As parcerias com duas universidades particulares, uma estadual e com a UFGD começou há dois anos. A diretora da escola, Marli Viegas Machado, acha que o colégio só ganha ao receber os estagiários. “O tema da nossa gestão é a gestão democrática. A gente quer o envolvimento com universidade e com vários setores da comunidade”, diz.

    A boa iniciativa coloca em prática uma das ações previstas no plano de metas do Compromisso Todos pela Educação, em que a escola precisa firmar parcerias externas à comunidade escolar, visando à melhoria da infra-estrutura ou à promoção de projetos socioculturais e ações educativas. Ao assumir o compromisso com o Ministério da Educação de melhorar a qualidade do ensino, os governantes se comprometem a seguir as 28 metas previstas no plano. Na escola Efantina de Quadros, as parcerias ajudam a elevar a qualidade do ensino, que hoje é exemplar. O desempenho da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é 4,1 – a média brasileira é 3,8.

    Outras parcerias – Além das universidades, outras instituições ajudam a escola na tarefa de formar e ensinar alunos e até os pais. A seção estadual da Ordem dos Advogados do Brasil promove palestras semanais sobre temas como direitos do consumidor, cidadania, gravidez na adolescência e o Estatuto da Criança e do Adolescente. O instituto municipal do meio ambiente explica sobre reciclagem do lixo, arborização, como fazer uma horta e sobre a recuperação de nascentes. Já a igreja adventista organiza acampamentos nos finais de semana para discutir boas maneiras e bons princípios. E a guarda municipal vai à escola para esclarecer dúvidas sobre o sistema de trânsito.

    Maria Clara Machado

  • A Universidade Federal do Maranhão pretende formar parcerias para implantar cursos de turismo e hotelaria em São Luís, na antiga fábrica de tecidos Santa Amélia, no centro histórico da capital. O assunto foi levado na quinta-feira, 31 de julho, ao governador do estado Jackson Lago, pelo reitor Natalino Salgado Filho. Participaram da reunião representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Ronaldo Mota.

    O imóvel que vai abrigar os cursos foi construído no século 19. O complexo, doado à UFMA em 1987, é formado por três prédios. Segundo o reitor, o projeto de implantação dos cursos vai revitalizar as instalações da antiga fábrica e o centro histórico de São Luís, além de impulsionar o setor turístico e hoteleiro do estado.

    “Aprovo a iniciativa. O estado está aberto para conversar com a universidade”, garantiu o governador. O presidente do Iphan, Luís Fernando de Almeida, pretende ampliar o projeto para implantar moradias para estudantes e professores. 

    De acordo com o secretário Ronaldo Mota, a educação é o princípio motor para mudar as relações sociais e alterar um espaço físico como o centro histórico, visando sua recuperação, e também mudar as pessoas e sua relação com a cidade. “Precisamos estimular professores, alunos e técnicos para a mudança”, disse. “Viemos aqui, por intermédio da UFMA, pedir o apoio ao governo do estado.”

    Assessoria de Imprensa da Sesu

  • O financiamento da educação brasileira, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), os programas de transporte e de saúde dos escolares foram os principais pontos de interesse da delegação da Comissão de Educação do Parlamento da África do Sul que, na manhã de hoje, 28, visitou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    A delegação, composta por 12 parlamentares de diferentes partidos sul-africanos, ficará no Brasil até o dia 4 de março. Neste período, manterá encontros de trabalho com várias secretarias do MEC para se inteirar dos programas, ações e projetos educativos desenvolvidos no país.

    "Uma das questões em que estamos mais empenhados na África do Sul é a melhoria da educação. Por isso, queremos aprender com as experiências dos outros países", afirmou o chefe da delegação, B. J. Tolo.

    Além do encontro no FNDE, os parlamentares conversarão sobre reforma universitária, na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC); o uso da televisão escolar para aperfeiçoamento e atualização do conhecimento dos professores, na Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC); e as medidas para minimizar os processos burocráticos do acesso ao financiamento de fundos da administração escolar, o acesso à educação básica e fundamental e as diretrizes curriculares, na Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    O grupo também vai debater, na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), temas como a educação inclusiva, as reformas para a garantia da qualidade da educação e a provisão de educação universal para famílias de baixa renda. (Assessoria de Comunicação Social do FNDE)


  • Com o objetivo de promover e discutir iniciativas de inclusão digital, acontece a partir desta segunda-feira, 6, até quarta-feira, 8, na Câmara dos Deputados, a 3ª Assembléia Geral da Associação Internacional de Parlamentares para a Tecnologia da Informação em Brasília (Ipait). A entidade, que abriga 42 países, pretende incentivar a cooperação multilateral na área da tecnologia da informação, por meio da atuação parlamentar.

    Com o tema “As tecnologias da informação a serviço da inclusão social”, a assembléia reafirma o compromisso brasileiro com o compartilhamento das tecnologias da informação, entendendo-as como elemento de superação da pobreza do mundo. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação a Distância (Seed), montará um estande no local para demonstrar e explicar seus projetos.

    Multimídia – Um dos programas que será apresentado, o Rived, oferece a alunos e professores atividades pedagógicas multimídia que facilitam a interatividade, visando ao desenvolvimento do pensamento científico e raciocínio crítico. Já o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) tem o objetivo de universalizar as tecnologias de informação e comunicação, as chamadas TIC, nas escolas públicas de ensino básico.

    A TV Escola, um dos principais projetos do MEC, por exemplo, tem 17 horas de programação diária em horários alternativos, além de exibir documentários, debates e séries educativas. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Belo Horizonte — O ministro da Educação, Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira, 19, do lançamento do Programa Escola Integrada, promovido pela prefeitura de Belo Horizonte (MG), na escola municipal Professora Consuelita Cândida. O programa amplia a jornada nas escolas municipais para nove horas, com atividades dentro e fora da escola.

    Com a nova carga horária, os alunos também usarão espaços públicos como praças, parques e centros comunitários para aulas de línguas estrangeiras, informática, auxílio no dever de casa, brincadeiras e outras atividades.

    No início, o programa atenderá a 10.065 crianças e adolescentes, distribuídos em 29 escolas municipais de ensino fundamental. Para as atividades fora da escola, os alunos saem em grupos de 25, acompanhados de um monitor para cada grupo. Os monitores são estudantes e bolsistas de universidades ou integrantes de ONGs.

    O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, acredita que até o final de 2008 todas as 187 escolas da rede municipal serão contempladas pelo programa. “A importância desse projeto se dá no sentido de que são utilizados espaços e recursos humanos já existentes, em vez de duplicar o número de escolas e professores”, afirmou. O prefeito ainda deu destaque ao slogan do projeto: “A cidade é uma sala de aula”.

    Crescimento — O ministro Fernando Haddad disse que o lançamento do projeto simboliza um tipo de parceria que coloca a educação como um dos fatores principais para o crescimento do país, pois envolve, principalmente, a comunidade no processo educacional. “O passo que está faltando para que o Brasil tenha maior desenvolvimento econômico e melhor distribuição de renda é a qualidade da educação. Projetos como esse são o caminho”, ressaltou.

    Também participaram do evento representantes de secretarias de educação, de ONGs, do Ministério dos Esporte, reitores e especialistas em educação. Durante a manhã, eles percorreram alguns espaços selecionados para o programa, como o Parque Escola Jardim Belmonte.

    Letícia Tancredi e Rodrigo Dindo

  • O número de deficientes visuais inscritos na 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) cresceu 2.700% em relação ao ano passado, quando 338 alunos com essa deficiência se inscreveram na competição. Este ano, participarão do concurso aproximadamente 9.200 estudantes com deficiência visual parcial ou total.

    Segundo a coordenadora-geral da Olimpíada, Mônica Souza, o crescimento de alunos com deficiência visual é decorrente do interesse das escolas em inscrever mais candidatos e da vitória do estudante Paulo Santos Ramos, de 16 anos, que ganhou medalha de ouro no ano passado. Paulo tem artrite reumatóide – não enxerga, quase não ouve, usa cadeira de rodas e tem os movimentos comprometidos – e participou da olimpíada com outros 220 alunos da Escola Classe 405 Sul, de Brasília, sendo o único vencedor do grupo.

    A escolha dos melhores alunos será feita em duas fases: a primeira prova no dia 29 de agosto e a segunda no dia 18 de novembro. De acordo com Mônica Souza, a inscrição na primeira fase do concurso considera apenas os que têm deficiência visual, já que eles precisam de provas em braille, com texto ampliado ou com explicações para o aluno por meio de um intérprete. “Os alunos com outros tipos de deficiência fazem a prova da primeira fase na própria escola, como os outros estudantes”, disse. No entanto, Mônica explica que na segunda fase, onde participam 5% do total de inscritos, há necessidade de contabilizar todos os que têm deficiência, já que a prova é realizada fora da escola. “Temos que considerar o ambiente em que um aluno cadeirante (que usa cadeira de rodas), por exemplo, fará a prova”, explica.

    Prêmios - A premiação da Olimpíada Brasileira de Matemática é dividida entre alunos, professores, escolas e municípios. No total, participarão 14 milhões de alunos de 32.603 escolas públicas de ensino fundamental e médio. Para os estudantes, serão distribuídas medalhas e 2.001 bolsas de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os cem professores com alunos mais bem classificados ganharão um curso de aperfeiçoamento no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Além disso, cem escolas receberão laboratórios de informática e cinco municípios (um de cada região do país) receberão quadras de esportes. Em março de 2007, serão divulgados os nomes dos vencedores.

    A competição tem como objetivo estimular o estudo da matemática no ensino médio e fundamental e criar novos vínculos entre o aluno e a escola. Além disso, os alunos desenvolvem sua auto-estima quando se destacam entre milhares de outros estudantes. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas é organizada pelo Impa, Sociedade Brasileira de Matemática e ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia.

    Flavia Nery

  • Rio Branco ― “A escola precisa ser mais pública e menos estatal”, disse o ministro Fernando Haddad, na tarde desta terça-feira, 9, no lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), na secretaria de educação do Acre, em Rio Branco.

    O ministro disse que a comunidade precisa participar do processo de melhoria da qualidade da educação porque não há possibilidade de sucesso do PDE sem mobilização das famílias.

    Na visão do ministro, os pais têm que se envolver tanto quanto os gestores escolares. Precisam fiscalizar se as metas do plano estão sendo seguidas pela equipe escolar e também ajudar a melhorar os índices escolares a partir de parcerias com a escola.

    “As famílias são as mais interessadas na melhoria da educação, já que seus filhos aprendem mais quando isso ocorre”, ressaltou o ministro.

    Haddad destacou ainda que a novidade do PDE é inaugurar uma cultura de qualidade, em que, além do acesso da criança à escola, é preciso assegurar o aprendizado efetivo de cada aluno. “Por isso, viemos até aqui estabelecer um regime de trabalho com o estado e com as prefeituras”, afirmou.

    Representantes de todos os 22 municípios acreanos participaram do lançamento do PDE, mesmo com as dificuldades de acesso a que estão sujeitos, já que na maior parte do estado não há estradas e o transporte fluvial é restrito.

    “Com a adesão de todos ao PDE, com a expansão universitária e da rede de educação tecnológica, temos certeza de que o estado dará um salto qualitativo”, assegurou o ministro. A expansão universitária levou um campus da Universidade Federal do Acre a Cruzeiro do Sul, cidade distante 700 quilômetros da capital. A Universidade da Floresta, como é conhecido o campus, já funciona em instalações provisórias e deve ficar pronto até 2010. Já a expansão federal da rede de educação profissional e tecnológica trará uma escola a Rio Branco e outras duas unidades serão construídas nos municípios de Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

    O ministro elogiou o trabalho do governo acreano, que vem atrelando crescimento socioeconômico e investimentos em educação. “O Acre já galgou degraus importantes e está melhor que há dez anos atrás. Em 2010, o cenário será ainda mais expressivo”, comemorou.

    Para que isso seja possível, o ministro espera estabelecer compromissos com todos os municípios do estado até abril do ano que vem, a partir da adesão de cada um ao plano de metas do Compromisso Todos pela Educação e da elaboração de planos de ações articuladas, de acordo com as dificuldades de cada região. Os planos norteiam as estratégias para melhorar a educação de cada rede.

    Maria Clara Machado

  • A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) promove nesta quinta-feira, dia 26, às 9h, videoconferência para orientar os participantes da 1ª Conferência de Educação Profissional e Tecnológica (Confetec), que será realizada de 5 a 8 de novembro, em Brasília.

    O coordenador-geral do evento, Elias Vieira de Oliveira, fará uma breve explanação sobre o que será a 1ª Confetec e como será realizada. “Vamos  explicar um pouco o que é a educação profissional e qual a importância de um evento para a área”, disse Elias. Durante a programação, ele divulgará detalhes e informações importantes sobre os quatro dias de trabalhos na conferência.

    Encerradas as explicações, os participantes podem encaminhar perguntas e dúvidas ao coordenador, que dará as resposta on-line. A videoconferência pode ser acompanhada em todos os estados, por meio de computador conectado à internet.

    Mais informações na página eletrônica da Setec e no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Sophia Gebrim

     

  • Os estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2006 podem concorrer a 50 mil bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) a partir desta quarta-feira, dia 23. Somadas às do primeiro semestre, as bolsas agora oferecidas totalizam 160 mil apenas este ano. Em 2008, o número será ainda maior. Até 2010, 400 mil bolsas devem ser oferecidas.

     Confira o áudio da notícia

    O Enem é obrigatório para o candidato a vaga no ProUni. Portanto, para concorrer às bolsas de 2008, os estudantes que estão concluindo o ensino médio e os que já o concluíram em anos anteriores devem se inscrever até 15 de junho. Neste primeiro semestre, 97.072 dos 2.783.001 participantes do Enem de 2006 foram contemplados.

    O ProUni oferece bolsas parciais e integrais em cursos de graduação ou seqüenciais de formação específica para estudantes de baixa renda. A nota do Enem é utilizada como critério de seleção para a concessão de bolsas —  quanto maior a nota, maior a chance de o candidato escolher o curso e a instituição no qual estudará.

    O candidato precisa ter atingido no mínimo 45 pontos no Enem (média entre as provas de redação e conhecimentos gerais). Além disso, é necessário ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral da rede particular; comprovar renda familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 570,00) para concorrer à bolsa integral e de até três salários mínimos (R$ 1.140,00) para a bolsa parcial (50% do valor da mensalidade).

    As inscrições serão feitas somente pela internet, na página eletrônica do programa.

    Cíntia Caldas

  • Quem tirou 100 pontos nas quatro provas objetivas e 5 na redação pode pedir o certificado

    Guilherme Pera, do Portal MEC

    Não perca tempo! Já estão disponíveis os resultados do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) de 2019. Basta acessar a página de internet do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pela aplicação do exame, e conferir.

    Poderá retirar o certificado quem tiver alcançado a nota mínima exigida nas quatro áreas do conhecimento e na redação — são 100 pontos nas provas objetivas e 5 na de texto.

    Fique atento! Apesar de ser o aplicador da prova, não é no Inep que se recebe o certificado ou a declaração parcial. As secretarias estaduais de Educação devem ser procuradas para emitir o certificado. Além disso, no caso do aprovado no ensino médio, também é possível pedir o documento em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia que firmaram Termo de Adesão ao Encceja.

    O candidato deve ir ao instituto que indicou no momento da inscrição para realizar a solicitação do certificado. O atendimento pode ser realizado em 283 campi de 32 institutos credenciados que estão espalhados em 24 unidades da Federação. Apenas Ceará, Alagoas e Tocantins não possuem institutos cadastrados. 

    Declaração parcial – Quem alcançou a nota em apenas algumas das áreas terá direito à declaração parcial de proficiência. Com o documento, o participante fica liberado de fazer as mesmas matérias na próxima edição do exame, ou seja, poderá se inscrever apenas para os eixos que faltaram.

    No caso da declaração parcial de proficiência em linguagens, códigos e suas tecnologias, no ensino médio, o participante deve ter atingido, ao mesmo tempo, o mínimo de 100 pontos na prova e 5 pontos na redação, na mesma edição do exame.

    No ensino fundamental, pode solicitar a declaração parcial de proficiência quem conseguiu, pelo menos, 100 pontos em língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes e/ou educação física. O participante também precisa ter alcançado nota 5 ou superior em redação, na mesma edição do Encceja.

    Diploma na mão – A busca pela qualificação abre novos horizontes para jovens e adultos. Ao receber o certificado do ensino médio, por meio do Encceja, a pessoa pode se inscrever para fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo. Além disso, a aprovação na prova abre portas para programas governamentais de ensino superior ou técnico, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

    Encceja – O Encceja tem o objetivo de certificar o ensino para pessoas que não concluíram a educação básica na idade correta. O Inep é responsável por aplicar e corrigir as provas, publicar os resultados e entregá-los para as instituições certificadoras.

    Para cada nível de ensino, são aplicadas provas objetivas e redação. No caso do ensino fundamental, o participante responde questões de múltipla escolha sobre Ciências Naturais, Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física, História e Geografia. Já no ensino médio, as provas testam os conhecimentos do candidato em Ciências da Natureza, Matemática, Linguagens e Códigos e Ciências Humanas. As disciplinas são cobradas sempre associadas a tecnologias.

  • Aulas de informática, oferta de ensino profissionalizante, aumento das reuniões na escola é o que reivindicam 96% dos pais de alunos das escolas públicas do ensino fundamental, da zona urbana, segundo pesquisa nacional divulgada nesta segunda-feira, 23, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aníso Teixeira (Inep/MEC).

    O Inep foi a campo pela primeira vez na sua história para ouvir os pais sobre o que eles acham da qualidade da escola de seus filhos, da atuação de professores e diretores e da infra-estrutura dos espaços. A pesquisa nacional Qualidade da Educação: a Escola Pública na Opinião dos Pais foi realizada em janeiro e fevereiro deste ano com dez mil pais de todas as regiões do país, quando foram ouvidas 370 famílias por estado, 19 escolas por estado e 20 famílias por escola. Ao dar notas – de 0 a 10 –, a localização da escola ficou com nota 8,7; as condições da sala de aula, 7,9; o espaço do recreio, 7,8; a conservação do prédio, 7,6. As notas mais críticas foram atribuídas ao acesso à informática, que ficou com 2,9, e para a biblioteca, que obteve 6,5.

    Na avaliação do presidente do Inep, Eliezer Pacheco, a pesquisa mostra uma série de problemas da escola pública de ensino fundamental, mas revela que ela é vista pelos pais como “algo extremamente importante para a mobilidade social de seus filhos”. Pacheco destaca que os pais pedem acesso à informática e melhores bibliotecas, por exemplo, mesmo que 27% deles não saibam ler e escrever ou não completaram a 4ª série do ensino fundamental. Os pais também disseram que desejam participar mais da vida da escola, o que para o presidente do Inep sinaliza que as escolas devam convocá-los mais freqüentemente.

    Comparação – Quando os pesquisadores pediram aos pais que comparassem a escola que eles freqüentaram com a dos filhos, eles disseram que a escola dos filhos é melhor (57,2%); que o ensino é melhor (57,3%); que o professor é melhor (54,7%); e que o filho está preparado para enfrentar a vida (72,1%). O Inep constatou também que os alunos das escolas públicas urbanas vêm de famílias com renda familiar baixa: 53,47% têm renda bruta mensal de até R$ 519,99 e apenas 0,40% têm renda superior a R$ 5.200,00. É crítico o nível de leitura dos pais. Quase 75% deles responderam que nunca ou raramente lêem jornal, livro ou revista, mas que assistir televisão é o principal lazer de 50% dos entrevistados.

    Violência – Roubos, brigas, gangues, consumo e tráfico de drogas na escola e nos seus arredores também são problemas que preocupam os pais. Para o presidente do Inep, essa violência relatada não é diferente da que existe na sociedade, “porque a violência é também uma das faces da miséria” que deve ser resolvida com políticas afirmativas, de distribuição de renda e de uma cultura de paz. Eliezer Pacheco lembra que a abertura das escolas públicas nos finais de semana mostra que um ambiente de agregação social limita a violência, revelando a importância dessa iniciativa por meio da parceria entre estados, municípios, o Ministério da Educação em convênio com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

  • Pró-reitores de instituições particulares de ensino superior do país estão reunidos em Salvador (BA), no VI Encontro Nacional sobre Pós-Graduação e Pesquisa nas IES Particulares. O evento começou na noite de quarta-feira, 24, e termina na sexta, 26. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, falou sobre o anteprojeto da reforma universitária e suas repercussões para o sistema nacional de pós-graduação e para as instituições privadas.

    Segundo Guimarães, o número de matrículas na pós-graduação brasileira cresce 11% ao ano no mestrado e 14% no doutorado. Já os cursos novos aumentam na faixa de 8%. Um cenário que demonstra a demanda por formação além da graduação em áreas de ponta, como, por exemplo, na ciência da computação. De acordo com ele, a Capes incentiva a criação de cursos de mestrado profissional em áreas específicas para a formação de recursos humanos, visando ao mercado e não o foco acadêmico.

    O presidente da Capes afirmou ainda que existe carência de profissionais de alto nível no país. “Hoje, o Brasil tem 254 mil docentes universitários. Só 21% têm doutorado e cerca de 30% fizeram mestrado, ou seja, quase a metade dos nossos docentes universitários não tem mestrado.”

    Reforma - A reforma universitária, diz Guimarães, agrega uma série de avanços e melhorias como a implementação do Plano Nacional de Pós-Graduação, um trabalho coordenado pela Capes que prevê a formação de 16 mil doutores brasileiros a partir de 2010. Para ele, a reforma é um marco regulatório que permitirá um avanço de qualidade no ensino superior, principalmente, para o setor privado.

    Conforme Jorge Guimarães, alguns setores manifestam que há discriminação na criação de cursos novos em instituições de ensino superior (IES) privadas, mas ressaltou que “não há preconceito da Capes em relação a propostas de cursos de mestrado e doutorado particulares, o que se exige é qualidade”. Dos 1.900 programas de pós do país, 17% estão nestas instituições.

    Desafios - De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da Universidade de Salvador (Unifacs) e coordenador do encontro, Luiz Antônio Magalhães Pontes, o debate estabelecido busca formas de superar os desafios do setor. Para as instituições privadas, além das restrições conjunturais e de mercado, cada vez mais aumentam as exigências de produção intelectual institucionalizada; a qualificação do corpo docente em nível de mestrado e doutorado; a adoção do regime de tempo integral e de responsabilidade social, dentro das medidas de controle; avaliação e regulação implementadas pelo estado. “Todos esses temas serão discutidos nas oficinas. No final dessa reunião, iremos enviar um documento com as proposições para os órgãos públicos”, disse Luiz Pontes.

    Temas - Entre os assuntos debatidos pelos cerca de 200 participantes, estão o acesso ao Portal de Periódicos da Capes; os efeitos do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) e seus reflexos na realidade das instituições privadas; a criação de mestrados profissionais; e a ampliação da pesquisa nas universidades privadas.

    Para Luiz Pontes, o principal desafio do setor privado é a pesquisa. “Acredito que mesmo as instituições pequenas têm condições de criar grupos eficientes de pesquisa. Mas isso deve ser feito com foco nas potencialidades locais e regionais.” Segundo ele, a cooperação com empresas públicas e privadas pode ser uma alternativa para alavancar o processo.

    Repórter: Adriane Cunha

  • O número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ultrapassa as expectativas. São mais de cem mil estudantes apenas nos três primeiros dias. O prazo de inscrições teve início na segunda-feira, dia 14, e se estenderá até 15 de junho. O número de alunos participantes deve chegar, ao fim do prazo, a quatro milhões.

     Confira a notícia em áudio.

    A quantidade de inscritos cresce desde a primeira edição. Em 1998, 157.221 estudantes fizeram a prova. Em 2000, quando muitas instituições de ensino superior passaram a utilizar o exame como parte do processo seletivo, o número dobrou — foram 390.180 estudantes. A fase de maior crescimento teve início em 2001, quando a prova passou a ser gratuita para alunos de escolas públicas e para aqueles que comprovem falta de condições de pagar a taxa de inscrição. Naquele ano, o exame teve 1,6 milhões de inscritos.

    A criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2005, também teve reflexos diretos no número de inscritos no Enem. Participaram do exame 3.004.491 estudantes.

    Para concorrer a uma bolsa do ProUni, o estudante precisa obter nota mínima de 45 pontos no Enem. Neste primeiro semestre, 97.072  participantes do exame de 2006 foram contemplados pelo ProUni com bolsas de estudo em mais de 1,4 mil instituições particulares de educação superior.  Atualmente, 560 estão cadastradas. A relação dessas instituições, por estado, é encontrada na página eletrônica do Enem. Na mesma página podem ser feitas as inscrições para o exame.

    Cíntia Caldas

  • Governo federal investiu R$ 3 milhões em obras, mobiliário e equipamentos na unidade de ensino que atende à região norte do Rio Grande do Sul (Foto: Divugação)Passo Fundo —Vitor Gineitis, 30 anos, trabalha como soldador, das 22h às 6h, em uma empresa do município de Não-Me-Toque (RS). Dorme três horas, e antes do almoço já pega o ônibus para Passo Fundo, distante 60 quilômetros. O curso de mecânica industrial começa às 13h30. Vitor é um dos 166 alunos da nova escola técnica federal inaugurada nesta terça-feira, 30, em Passo Fundo. “Vale o esforço”, resume o estudante, que ao final do curso já tem a promessa de promoção no trabalho.

    Devido ao mau tempo, o avião que trazia de Porto Alegre o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, não conseguiu pousar no aeroporto local. Por telefone, já na capital gaúcha, Haddad fez uma saudação ao público.

    O governo federal investiu R$ 3 milhões em obras, mobiliário e equipamentos na unidade de ensino que atende à região norte do Rio Grande do Sul. Cerca de 25% dos alunos são de municípios vizinhos a Passo Fundo. A escola oferece, desde 1º de outubro, cursos técnicos gratuitos de sistemas de informação e mecânica industrial.

    Para o prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, a nova escola é um marco histórico para o desenvolvimento da região. O coordenador de Infra-Estrutura da Rede de Educação Profissional do MEC, Luiz Carlos do Rego, destacou a interiorização das escolas técnicas. “O jovem deve se formar e conseguir emprego aqui, daí a necessidade dos cursos estarem direcionados ao mercado de trabalho regional”, disse.

    A escola de Passo Fundo, vinculada ao Cefet Pelotas, integra a primeira fase do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. A rede conta hoje com 175 unidades. Em 2010, chegará a 354. Serão 500 mil vagas de ensino técnico profissional. No Rio Grande do Sul, serão construídas mais 13 escolas dentro do plano de expansão.

    Vestibular — A partir do dia 12 de novembro, estarão abertas as inscrições para o processo seletivo de 2008. Serão oferecidas vagas para os cursos técnicos de sistemas de informação e mecânica industrial, nos turnos da manhã, tarde e noite. Informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3311-2916.

    Felipe De Angelis

  • Com o apoio do Programa Brasil Alfabetizado, do Ministério da Educação, a Pastoral da Criança começa 2006 com um projeto de alfabetização de oito mil jovens e adultos em todo o país. Para desenvolver esta ação, o MEC repassou à Pastoral, em dezembro de 2005, R$ 783.090,00.

    O recurso, em cota única, será aplicado para capacitar e remunerar os alfabetizadores e supervisores e para ajuda de custos mensal, de R$ 20,00, que serão utilizados para suprir necessidades básicas como giz e papel. Segundo a assessora de educação de jovens e adultos da Pastoral, Érica Ana Hobold, a alfabetização será feita por 750 voluntários e acompanhada por 100 supervisores.

    Como o programa de alfabetização de jovens e adultos da entidade trabalha com as necessidades das comunidades das periferias urbanas e do interior, o convênio com o MEC não prevê o adicional na remuneração dos alfabetizadores segundo o número de alunos em sala de aula.

    Periferia – Em muitos casos, informa a diretora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, um voluntário alfabetiza três a cinco adultos em sua própria casa. Para a Pastoral, explica, é mais importante fazer a educação chegar à periferia do que esperar para montar turmas de 15 a 20 alunos.

    O programa de alfabetização da Pastoral da Criança se desenvolve em nove módulos de 40 horas cada, totalizando 360 horas, o que corresponde a um ano de atividade.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

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