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  • A reforma universitária, o Portal de Periódicos, bolsas de mestrado e de doutorado são temas que atraem o público que visita o estande do Ministério da Educação na 57ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se realiza em Fortaleza até sexta-feira, dia 22. Em forma de jangada estilizada, o estande do MEC acompanha o tema do encontro, Do Sertão Olhando o Mar: Cultura e Ciência. Diferentes órgãos e secretarias do MEC criam canais diretos de comunicação entre o governo e professores, estudantes e demais profissionais ligados à área da educação.

    O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), considerado o maior banco de informações científicas do mundo, tem sido muito procurado por pessoas em busca de esclarecimentos sobre bolsas de estudos para pós-graduação no país e no exterior. A enfermeira Adla Almeida, de Quixadá, Ceará, por exemplo, procura o máximo possível de informações sobre cursos no exterior. Com especialização já concluída, ela tem interesse em estudar, estagiar ou realizar pesquisas fora do país.

    Protótipos — Os centros federais de educação tecnológica (Cefets) do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, e Rio Grande do Sul também participam do evento. O Cefet do Rio de Janeiro apresentou o protótipo de um aeroplano não-tripulável, controlado por rádio, para o transporte de cargas. De acordo com Renato de Almeida Faria, aluno de engenharia industrial mecânica do Cefet, o projeto obteve o 11º lugar entre 63 que participaram de competição promovida pela Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE).

    Para Renato, participar da reunião da SBPC é uma experiência que dá estímulo e confiança. “É muito bom poder mostrar que o Cefet não é só uma escola de nível técnico, mas oferece também cursos de graduação, desenvolve projetos, tem alunos trabalhando e laboratórios funcionando”, destacou.

    A estudante Priscila Sampaio, do curso superior de automação do Cefet do Rio Grande do Norte, mostrou dois protótipos desenvolvidos em sala de aula. São veículos controlados tanto por computador quanto por controle remoto.

    Repórter: Fátima Schenini


     


  • A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) realiza nos dias 27, 28 e 29 próximos, em Natal (RN), o Seminário Estadual de Educação do Campo. Cerca de 400 pessoas, entre secretários municipais de educação, técnicos, professores e representantes de movimentos sociais do estado, participarão do seminário.

    O objetivo é debater as diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo, além dos instrumentos destinados a dar apoio pedagógico aos projetos de educação profissional no campo.

    Na noite de abertura, amanhã, dia 27, estarão presentes Antônio Munarim, coordenador-geral de educação do campo da Secad; a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma Faria; o secretário estadual da Educação, da Cultura e dos Desportos, Wober Júnior, além de representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e de movimentos sociais.

    Mais informações na Assessoria de Imprensa da Secad, pelos telefones (61) 2104-9401; 2104-9382 e 2104-9872

  • A Coordenação de Educação do Campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) promove, em março, seminários no Rio Grande do Norte e em Goiás, e realiza, de 14 a 17, em Brasília, uma reunião ampliada do Grupo de Trabalho Educação no Campo (GPT).

    Durante os seminários realizados pela Secad, em parceria com as secretarias estaduais de educação, serão debatidas as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), e construídos, no mínimo, três mapas: da situação da educação do campo, das experiências inovadoras locais e das demandas específicas dos municípios. Ao final de cada evento, serão criados grupos executivos (GEs) integrados por representantes da Secad, do Conselho Estadual de Educação, universidades, órgãos públicos e organizações dos movimentos sociais do campo no estado. Os seminários ocorrerão de 9 a 11 de março no Rio Grande do Norte e de 22 a 24, em Goiás.

    GPT - A reunião do GPT terá a responsabilidade de debater os encaminhamentos das demandas da educação do campo dentro dos diferentes setores do Ministério da Educação. O grupo é formado por representantes de todas as secretarias do MEC e também do CNE, mas para esta reunião ampliada serão convidados os representantes de movimentos sociais, entre eles a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), além de movimentos de mulheres e de pequenos agricultores.

    Ionice Lorenzoni

  • Todas as regiões do país, especialmente o Nordeste, manifestaram ao Ministério da Educação interesse em abrir cursos de licenciaturas em educação do campo. Das 24 propostas apresentadas por instituições de ensino superior públicas – federais, estaduais e municipais –, 13 são da região Nordeste, justamente onde há maior carência de professores capacitados para trabalhar nas escolas rurais. O Norte é segunda região que mais precisa de professores do campo.

    Dos planos de trabalho inscritos na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), 13 são de instituições federais de ensino superior e 11 são estaduais e municipais. Em Pernambuco, por exemplo, a Associação das Instituições de Ensino Superior do Estado (Assiespe) reuniu cinco autarquias que trabalham com educação superior e apresentou um projeto coletivo que prevê a oferta de cursos em Arco Verde, Araripe, Belo Jardim, Salgueiro e Serra Talhada. Os 24 projetos inscritos passam agora por análise e seleção na Secad.

    Pelo Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), o Ministério da Educação vai repassar às instituições selecionadas R$ 4 mil por aluno por ano, durante quatro anos. Os recursos poderão ser utilizados de diversas formas, entre elas, para hospedagem e alimentação dos estudantes, criação de acervos bibliográficos específicos, custeio de despesas dos tutores. A oferta das licenciaturas em educação do campo deve ter como base o projeto piloto que está sendo testado pelas universidades federais de Brasília (UnB), Minas Gerais (UFMG), Bahia (UFBA) e Sergipe (UFSE), pioneiras nesse tipo de formação.

    O modelo básico do curso – tempo de duração, currículo e regime de alternância – deve ser seguido pelas universidades que vão participar da expansão da educação do campo. O curso será de quatro anos, desenvolvido em oito etapas semestrais. A formação se alterna em etapas presenciais denominadas Tempo-Escola, que acontece em regime intensivo, num período que varia de 40 a 60 dias por semestre, e fases em que os alunos aplicam a teoria à prática, desenvolvem pesquisas ou mobilizam a comunidade onde residem e trabalham, que são chamadas Tempo-Comunidade. A licenciatura em educação do campo articula conhecimentos teóricos e prática.

    Concorrentes – Da região Norte participam do processo de seleção as universidades federais de Rondônia (UFRO) e do Amapá (UFAP) e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Pará; da região Sudeste, as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM/MG) e a Universidade Estadual de Montes Claros (MG); da região Sul, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e as universidades estaduais do Centro-Oeste e do Oeste do Paraná; do Centro-Oeste, a Universidade de Brasília (UnB); da região Nordeste, as universidades federais de Alagoas (UFAL), Maranhão (UFMA), Piauí (UFPI), Paraíba (UFPB), Rural do Semi-Árido (Ufersa/RN), do Vale do São Francisco (Univasf/PE); as estaduais de Pernambuco (UPE), do Ceará (UCE), de Alagoas (UEAL), da Bahia (Uneb), Regional do Cariri (CE).  Pernambuco apresentou três propostas de instituições municipais, sendo dois consórcios: a do Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco; a da autarquia de Afogados da Ingazeira, em parceria com a Faculdade de Formação de Professores de Afogados da Ingazeira, e a da Assiespe, que reúne cinco instituições municipais.

    Ionice Lorenzoni

  • Começou hoje, 14, a reunião do Grupo Permanente de Trabalho de Educação do Campo do MEC (GPT). Serão três dias de trabalho sob a forma de seminário de aprofundamento dos debates sobre as questões da educação do campo levantadas nos seminários estaduais. Também serão discutidos os resultados da 2ª Conferência Nacional de Educação do Campo e indicativos de novos passos na concretização de uma política pública para o setor, compromisso assumido pelo governo brasileiro.

    Participam do evento cerca de 50 representantes do governo federal e da sociedade civil, dirigentes de movimentos sociais e de processos educativos do campo, bem como de intelectuais que produzem conhecimento nessa área. Como resultado final, esperam-se indicações claras e bem elaboradas de políticas educacionais voltadas para os povos do campo no país.

    Repórter: Sandro Santos

  • A Coordenação de Educação do Campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) vai promover, entre fevereiro e maio, dez seminários estaduais para debater as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), e construir, no mínimo, três mapas: da situação da educação no campo, das experiências inovadoras locais e das demandas específicas dos municípios.

    Promovidos pelo Ministério da Educação em parceria com as secretarias estaduais de educação, os seminários, explica o coordenador de Educação do Campo, Antônio Munarim, consistem "num processo de concertação entre os entes estatais, juridicamente responsáveis pela educação escolar, e os sujeitos sociais coletivos interessados e ativos na educação do campo". O primeiro seminário de 2005 será de 16 a 18 de fevereiro, em Pernambuco. Ao final de cada seminário, serão criados Grupos Executivos (GEs) integrados por representantes da Secad, do Conselho Estadual de Educação, universidades, órgãos públicos e organizações dos movimentos sociais do campo. É responsabilidade do GE firmar no estado um processo político de concertação permanente e estrutural sobre as questões da educação do campo, uma vez que 93% das escolas rurais são de responsabilidade das prefeituras e outra parte, dos estados.

    Além dos seminários, a Secad realizará entre 14 e 17 de março, em Brasília, uma reunião ampliada do Grupo de Trabalho Educação do Campo (GPT) para debater os encaminhamentos das demandas da educação do campo nos diferentes setores do MEC.  O GPT é formado por representantes de todas as secretarias do Ministério da Educação e também do CNE, mas para esta reunião ampliada serão convidados os representantes de movimentos sociais, entre eles, a Contag, MST, Via Campesina, CPT, CNBB, além de movimentos de mulheres e de pequenos agricultores.

    Demandas - De acordo com Antônio Munarim, a demanda central recolhida pela Secad nos 17 seminários estaduais, realizados entre junho e dezembro de 2004, é a formação de educadores para o campo. Essa formação deve ter em conta as especificidades da realidade rural, tanto na forma como no conteúdo. O segundo ponto reivindicado é a universalização da educação básica. Os participantes dos seminários acreditam que só com formação específica dos professores será possível aumentar os índices de permanência dos alunos da área rural na escola. Dados da Secad apontam que hoje 26,5% da população rural do país, com mais de dez anos de idade, tem apenas um ano de estudo, enquanto na área urbana esse percentual é de 10,2%; que 55,5% da população rural tem menos quatro anos de estudo, contra 25,9% na área urbana; e 88,1% dos habitantes do campo têm menos de oito anos de estudo, contra 60,6% da população urbana.

    Agenda - Os dez seminários promovidos pela Secad serão realizados entre fevereiro e maio deste ano. Em fevereiro em Pernambuco (16 a 18) e na Paraíba (23 a 25); em março, no Rio Grande do Norte (9 a 11), em Goiás (22 a 24), em Sergipe (29 a 31); em abril, no Paraná (6 a 8), no Pará (13 a 15); em maio, em São Paulo, Minas Gerais e Brasília, ainda sem data.

    Ionice Lorenzoni

     

  • O sucesso da educação pública, diz Haddad, não depende só de medidas administrativas, mas da soma de boa gestão, valorização do magistério, avaliação e mais financiamento. (Foto: Júlio César Paes)“O que temos que comemorar é a guinada. É termos saído da inércia”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao anunciar nesta quarta-feira, 11, que o Brasil superou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) previsto para ser alcançado em 2007. A média nacional é de 4,2 pontos na 4ª série do ensino fundamental. A nota projetada para 2007 foi 3,9.

    Mesmo com a boa notícia, o ministro explicou que existe um longo caminho a percorrer para o país atingir padrão de qualidade comprável aos países desenvolvidos “e à altura do potencial do povo brasileiro”. A explicação para o bom desempenho das redes públicas estaduais e municipais nos exames da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que constituem a base do Ideb, segundo Haddad, está na decisão que o MEC tomou em 2005.

    Naquele ano, o ministério orientou as escolas a estabelecer foco na aprendizagem, determinou que todas as escolas passariam por avaliações e fixou metas a serem alcançadas. “A reorientação dos sistemas de ensino, na minha opinião, explica os resultados positivos que divulgamos hoje”, disse. Em 2006, com a Caravana da Educação percorrendo os 26 estados da Federação e o Distrito Federal, o MEC reforçou ainda mais esse trabalho. A caravana passou estado por estado explicando o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). “Nossa atenção foi para os secretários, diretores de escolas, prefeitos e governadores. Explicamos o trabalho do MEC que envolve mais financiamento, mais gestão, metas, avaliação periódica e divulgação de resultados.”

    Desafio – Melhorar a qualidade do ensino médio é o principal desafio do Ministério da Educação e das redes estaduais de ensino. De acordo com o ministro, a evolução do Ideb acontece por etapas. Em 2003 e 2005, verificou-se uma melhora dos índices nos anos iniciais do ensino fundamental; em 2007, aqueles resultados refletiram-se nos índices da 8ª série. Na próxima avaliação, que será em 2009, o reflexo deve aparecer no ensino médio. “Não se consegue corrigir tudo de uma vez. É preciso compreender que essa é uma boa onda que temos que reforçar.”

    Mas o ministro também chama a atenção para as especificidades do ensino médio. “Para atender o que buscam os jovens, será preciso combinar políticas públicas próprias, porque eles já estão com os olhos voltados para o mercado de trabalho.” Para a juventude que cursa o ensino médio público, o governo federal, disse Haddad, começou com o livro didático, que até 2003 não existia; em 2007, expandiu o Bolsa-Família para jovens de 17 anos; e trabalha agora para oferecer transporte escolar e mais vagas gratuitas em cursos técnicos e profissionais dentro do Sistema S.

    Mais recursos – Sobre os investimentos que serão feitos nos sistemas de ensino para consolidar as políticas em desenvolvimento, o ministro explicou que o Plano Plurianual aprovado pelo Congresso Nacional vai agregar, daqui a três anos, R$ 19 bilhões em recursos novos para o ministério. Em 2008 e 2009, estão previstos recursos adicionais de R$ 7 bilhões para programas e ações do PDE, sendo R$ 3,5 bilhões por ano.

    Ideb – O cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica combina o desempenho dos alunos dos sistemas estaduais e municipais na Prova Brasil com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em provas aplicadas a cada dois anos. A Prova Brasil é um teste de leitura e matemática para turmas de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental (ou 5º e 9º anos, nos sistemas de nove anos). Os alunos do ensino médio fazem o Saeb, que também avalia habilidades em língua portuguesa (foco na leitura) e matemática (resolução de problemas). O Saeb é uma avaliação por amostra.

    Confira os resultados do Ideb 2007

    Ionice Lorenzoni

  • Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira, 25, mostram a evolução da educação no país, no período de 1999 a 2004. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2004, “foi possível verificar que houve melhoria acentuada no nível de escolarização das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade”.

    Considerando as faixas de idade em que os alunos devem cursar o ensino pré-escolar, o fundamental e o médio, verificou-se que a parcela que não freqüenta a escola diminuiu de 29% para 18,2% no grupo de 5 e 6 anos de idade, de 4,3% para 2,8% no de 7 a 14 anos e de 21,5% para 17,8% no de 15 a 17 anos.

    A taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais caiu de 12,3% para 10,4%. Considerando apenas a faixa de 10 a 14 anos, em que espera-se que o cidadão esteja ao menos alfabetizado, a taxa baixou de 5,5% para 3,6%, segundo o documento. O MEC só considera analfabeta a pessoa com 15 anos ou mais.

    Os dados de analfabetismo salientam as diferenças regionais, refletindo a evolução diferenciada dos níveis de escolarização: 5,7% no Sul, 6,1% no Sudeste, 8,3% no Centro-Oeste, 11,7% no Norte e 20,6% no Nordeste.

    Em 2004, em todo o Brasil, o percentual de jovens de 7 a 14 anos que não estavam na escola foi de 2,9%. Sudeste e Sul mostram melhor desempenho: 1,9% e 2,2%, respectivamente. No Norte e Nordeste, o número é maior: 5,1% e 3,9%, contra 2,8% no Centro-Oeste.

    Para o total de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade, o percentual dos que não freqüentavam a escola em 2004 é de 8,9%, sendo o de homens (9,5%) maior que o das mulheres (8,4%).

    Na faixa pré-escolar (5 e 6 anos), 18,9% não freqüentavam a escola. Os resultados desse indicador para as regiões Sudeste (13,9%) e Nordeste (15,9%) ficaram substancialmente abaixo dos referentes aos demais (25,8% no Centro-Oeste, 27,3% no Sul e 31% no Norte). Mais informações na página eletrônica do IBGE.

    Repórter: Sandro Santos

  • O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques, disse, na audiência pública Professor (a) e Educação de Qualidade: chaves para a inclusão social, que a maior causa das desigualdades sociais é a forma heterogênea com que se distribuiu a educação pelo país. A audiência ocorreu nesta quinta, 28, na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, promovida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em comemoração à Semana EFA 2005 (Education for All) no Brasil.

    Ricardo Henriques afirmou que a maioria das escolas públicas do ensino básico tem baixa qualidade. "Devemos associar fortes choques de qualidade à expansão do ensino", disse. Segundo ele, além de muitos terem acesso à educação de qualidade e outros, não, há a exclusão educacional, em parte da população rural, de índios, de quilombos e na área prisional.

    O secretário lembrou que a agenda da Secad é lidar com as populações alijadas da educação, inclusive os 65 milhões de brasileiros com mais de 15 anos, sem ensino fundamental completo - 16 milhões deles, analfabetos. Para Ricardo Henriques não é possível construir uma política pública sem o Executivo interagir com o Legislativo. "Depende do engajamento dos deputados a aprovação do Fundeb, que reestruturará o financiamento da educação", disse. O secretário falou sobre a defasagem histórica dos salários dos professores e destacou programas do MEC de valorização da categoria, como o Pró-Licenciatura.

    Também, participaram do evento: parlamentares, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional de Educação (CNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O deputado e presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, Paulo Delgado (PT/MG), abriu o evento.

    Celebração - A Semana EFA 2005 começou com um "abraço" no Congresso Nacional, dado por alunos do ensino médio. Este ano, o evento, iniciativa da Unesco com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, é dedicado ao tema "Educar para Superar a Pobreza". A Semana é celebrada desde a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em 1990, em Jomtien (Tailândia), quando foi defendida a idéia de educação de qualidade para todos. Em 2000, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar (Senegal), 180 nações se comprometeram a assegurar boa educação às crianças até 2015 e expandir oportunidades de aprendizado para jovens e adultos.

    Para isso, seis metas foram estabelecidas: expandir e melhorar a educação e cuidados com a infância; assegurar, até 2015, educação gratuita e de qualidade; assegurar que as necessidades de aprendizagem de jovens sejam satisfeitas por meio de acesso a programas de aprendizagem; atingir, até 2015, 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos; eliminar, até 2005, disparidades de gênero na educação primária e secundária; e alcançar igualdade de gênero até 2015, com foco no acesso de meninas à educação básica de qualidade e melhorar a educação.

    O Brasil comemora a Semana EFA desde 1993 e é um dos poucos países do mundo que tem artigo em sua Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), determinando que o Plano Nacional de Educação deva ser elaborado com base na Declaração Mundial de Educação para Todos.

    Repórter: Susan Faria

  • Pesquisa realizada pelo Ministério da Educação, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Agência de Notícias da Infância (Andi) aponta a educação como a questão social mais focalizada pelo jornalismo impresso nacional. Os dados serão divulgados no seminário "A educação na imprensa brasileira: responsabilidade e qualidade da informação". O evento será realizado na próxima quarta-feira, 18, no Hotel Ca d Oro, em São Paulo (SP).

    Das 9 às 19 horas, o MEC, a Unesco e a Andi vão apresentar a pesquisa sobre a veiculação do tema educação nos jornais brasileiros e analisar os resultados. O objetivo é aprofundar o diálogo profissional e ético entre aqueles que produzem conhecimentos em educação - educadores, especialistas e assessores de comunicação - e aqueles que levam informações à sociedade, jornalistas e articulistas.

    O seminário visa, também, analisar os limites e a abrangência da cobertura sobre educação, levando em conta a complexidade da área, além de avaliar o papel da educação na promoção de uma sociedade igualitária.

    Debates - Os trabalhos serão desenvolvidos em três mesas: apresentação dos resultados da pesquisa, discussões sobre políticas públicas e controle social e sobre limites e abrangência da cobertura sobre educação. Uma mesa especial será formada com jornalistas das 27 unidades da Federação e de profissionais de veículos de comunicação nacionais, convidados para analisar e debater os dados da pesquisa. Confira a programação.

    Repórter: Sandro Santos

  • Montevidéu — Ao abrir nesta terça-feira, 4, em Montevidéu, a 3ª Sessão Especial do Parlamento do Mercosul, o ministro da Educação, Fernando Haddad, convidado especial, conclamou os países do bloco comercial sul-americano a enfrentar a crise econômica que se avizinha com mais investimentos na área da educação. “O continente tem um déficit educacional bastante expressivo. No Brasil, ele ainda é mais acentuado”, disse. “Cada ano de escolaridade no Brasil e no Mercosul tem um impacto muito elevado na renda do educando. Trata-se de um investimento que pode e deve continuar sendo feito.”

    O ministro Haddad lembrou ainda que o Brasil atrasou sua agenda da educação de maneira bastante significativa. Só depois da Constituinte de 1988, segundo ele, teve início um processo de transformação, que agora vem se acentuando. “Antes, em pouquíssimos momentos da história nacional, mesmo em fases de elevado crescimento econômico, isso se reverteu em investimentos importantes na área da educação.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Internos e ex-internos do Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) de Brasília gravaram um CD com 17 músicas de rap. Duas músicas e um jingle que conscientizam motoristas sobre os perigos na direção concorrem ao 6º Prêmio Denatran Educação para o Trânsito, cujo resultado regional será divulgado nesta sexta-feira, 14.

    O prêmio, promovido pelo Ministério das Cidades, teve 30 mil trabalhos inscritos no ano passado. O objetivo é contribuir para um trânsito mais seguro, civilizado e humano e reduzir o número de acidentes no país. No Caje, além das oficinas de arte, funciona uma escola formal para os internos, além de oficinas profissionalizantes.

    “Espero, a partir do CD, ganhar uma chance de trabalho”, disse um dos internos, de 19 anos, natural do Recanto das Emas (Distrito Federal). Ele é um dos autores da música Não Dei Valor, cujo refrão diz: “Passei um tempo fora da escola e o que aprendi estou lembrando agora”. A música, que começa com o som de vidros quebrados, adverte: “Ser motorista não é tirar a carteira e sair pelas vias fazendo besteira”. “Álcool e volante, um grande perigo, essa combinação pode acabar contigo”.

    Para outro interno, também de 19 anos, natural de Sobradinho (Distrito Federal), o CD é o começo. “Foi um aprendizado. Fizemos o trabalho com muita vontade”, disse.

    Origem — Tudo começou com o Grupo de Teatro Unidos pela Liberdade, formado por sete ex-detentos do Sistema Penitenciário de Brasília (Papuda). O grupo, que oferece oficinas no Caje, teve a idéia de induzir os jovens a fazer música. O grupo se conheceu na prisão, onde começou a trabalhar com arte e teatro, e já deu mais de sete mil horas de aulas no Caje e em escolas de Brasília, principalmente oficinas de hip-hop. “A arte mudou meu modo de pensar. Deu para perceber que educação e cultura são fundamentais”, ressaltou Chico de Aquino, do Unidos pela Liberdade.

    Piauiense de Floriano, 44 anos, quatro filhos e uma neta, Chico e seu grupo trabalham com teatro, música, dança, atividades circences e oficinas. Ontem, o grupo apresentou a peça Os Comédias, uma História de Vida, no Seminário Nacional pela Educação nas Prisões, no Hotel Gran Bittar, em Brasília. Segundo Chico, a idéia é lançar o CD dos internos em setembro, com mil cópias. Parte irá para o Conselho da Defesa da Criança e do Adolescente e para o Grupo Católico de Evangelização de Brasília, ligado à Pastoral Carcerária.

    No ano passado, o Unidos pela Liberdade trabalhou por oito meses no Caje, onde promoveu oito oficinas para 280 internos de 12 a 20 anos, em convênio com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. “É importante que os internos não fiquem ociosos. Quanto mais atividades oferecermos, melhor”, disse Edílson Carlos Guimarães, assessor do Caje.

    Esforço — Segundo a professora Claudésia Garcia de Oliveira, da escola do Caje, o CD foi produzido e gravado em uma semana. “Os meninos se esforçaram. Ficaram centrados e aceitaram o diálogo”, afirmou. Claudésia, professora de física, trabalhou ao lado do Unidos pela Liberdade com 26 internos para fazer o CD. Segundo a professora, os alunos nem sempre gostam de estudar, mas a partir da música sentiram-se estimulados.

    O jingle Se Liga, Motorista, que concorre no concurso do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), fala em respeitar as leis de trânsito e a sinalização. A outra música que disputa o prêmio, Fique Ligado, tem o refrão “Quando é que vamos parar, parar e raciocinar, quantas vidas o trânsito ainda vai levar?”

    O prêmio varia de R$ 1,5 mil a R$ 4 mil para os vencedores, em diversas categorias. Os internos do Caje concorrem à de ensino médio.  O resultado será divulgado em setembro.

    Mais informações na página eletrônica do Denatran e pelos telefones (61) 3429-3349, 3901-6970 e 8146-2413.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Foto: AdrianeUm programa de intercâmbio educacional foi assinado nesta quarta-feira, 1º, em Brasília, entre o Brasil e a Índia. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, e o embaixador da Índia, Hardeep Singh Puri, assinaram o documento que permitirá a formação de recursos humanos e a cooperação técnica nos níveis fundamental, médio, superior e de pós-graduação.

    Na cerimônia, o embaixador do Brasil na Índia, José Pimentel, destacou a importância do acordo. Segundo ele, a integração acadêmica será essencial para todo o processo de intercâmbio técnico-científico que os dois países pretendem intensificar. No encontro, estavam presentes o chefe da Assessoria Internacional do MEC, Alessandro Candeas, e coordenador-geral da Cooperação Internacional da Capes, Benício Schmidt, empresários dos dois países, além de representantes de diversas áreas do governo brasileiro e indiano.

    Alessandro Candeas disse que “é grande o interesse recíproco no adensamento das relações acadêmicas, de forma a superar o desconhecimento mútuo. Apesar disso, Brasil e Índia são parceiros naturais, pela semelhança de contextos ecológicos e, de certa forma, sociais e têm imenso potencial de cooperação em todos os níveis, sobretudo no educacional. O intercâmbio acadêmico é passo preliminar para todas as cooperações, na medida em que permite que ambas as sociedades se conheçam melhor”.

    Para o presidente da Capes, Jorge Guimarães, um dos objetivos do programa com a Índia é o lançamento de um edital para intercâmbio de pesquisadores, professores e estudantes. Missões de trabalho, de estudo e visitas técnicas de brasileiros à Índia permitirão a troca de conhecimento em áreas como engenharias, ciências da computação, biotecnologia, nanotecnologia, ciências políticas, agricultura, arquitetura, entre outras. Guimarães disse, ainda, que a experiência indiana em educação a distância pode servir de exemplo para o modelo brasileiro.

    De acordo com Benício Schmidt, outra área muito desenvolvida na Índia é a engenharia. “O Indian Institute of Technology é um dos maiores do mundo na formação de recursos humanos em matemática e engenharia, são seis campi. Esperamos fazer um intenso intercâmbio com estes pesquisadores e professores indianos”, afirmou.

    Seminário – Durante o evento, o chefe da Assessoria Internacional informou que o MEC e o governo indiano realizarão em maio um seminário para debater as parcerias na área educacional. Em março, o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Capes participará, na Índia, de uma reunião preparatória de organização do encontro.

    Repórter: Adriane Cunha

  • O representante do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, fala durante debate no Fórum Mundial de Educação. Ao lado, a senadora Marina Silva e o teólogo Leonardo Boff (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr) Belém (PA) - Educação, transgressão e construção da cidadania planetária foi o tema da abertura do Fórum Mundial de Educação, que ocorre paralelamente ao Fórum Social Mundial, que terá início nesta terça-feira, 27, em Belém. A senadora  Marina Silva, o teólogo Leonardo Boff e o representante do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, discutiram o papel da educação para a superação das atuais crises econômico-financeira e ecológica.

    Para Gadotti, a educação é fundamental para qualquer mudança social. “O fórum está aqui para afirmar o direito universal de todos por uma educação de qualidade, gratuita, libertária e transformadora”, defendeu.

    No mesmo sentido, o teólogo Leonardo Boff pensa que a educação, para ser alavanca de mudanças substanciais, tanto no sentido de evitar futuros problemas econômicos como garantir uma vida social mais justa, precisa aliar conhecimento racional e afetivo. “Não basta ensinar a razão intelectual, é preciso completá-la com a razão cordial, em que se sente o sofrimento do outro”, disse ele. “As escolas devem passar a dimensão da responsabilidade pelo futuro comum”, enfatizou.

    Em discurso caloroso e emocionado, a senadora  Marina Silva destacou que não é possível resolver a atual crise econômica sem passar pela solução dos problemas ambientais. Na visão dela, a escola tem um papel fundamental em um novo processo civilizatório, que rejeita a idéia de cultura baseada na lógica de mercado. “O erro é achar que não dependemos da sustentação do outro para existirmos”, afirmou.

    Para Marina, a adoção de ideais de sustentabilidade econômica, social e ambiental dependem de práticas de ensino preocupadas com o futuro das próximas gerações. “A educação precisa formar militantes pela civilização”.

    Maria Clara Machado

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  • Ampliar o processo de inclusão digital nas escolas públicas de todo o país é a meta dos ministérios da Educação e das Comunicações. Com este propósito, o titular da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), Ronaldo Mota, reuniu-se, no dia 13 passado, com o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Mauro Oliveira, a fim de estabelecer um grupo de trabalho destinado a facilitar o acesso à tecnologia da informação e à comunicação.

    No encontro, que contou com a participação dos coordenadores Jean Marc e José Eduardo Bueno, do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), Antônio Albuquerque, do Governo Eletrônico de Serviços e Atendimento em Comunicações (Gesac), e de assessores dos dois ministérios, ficou estabelecido que o grupo trabalhará em sintonia para que as comunidades brasileiras tenham acesso ao computador e à internet.

    O ProInfo, que visa promover o uso da tecnologia como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio, e o Gesac, que tem como objetivo levar a internet às diversas comunidades, estão de acordo com a proposta do governo federal de incluir os cidadãos brasileiros no processo digital, como forma de diminuir as diferenças sociais. O uso de software livre, que garante liberdade aos usuários de executar, copiar, estudar, modificar e aperfeiçoar o programa, é estimulado. O ambiente dispõe de aplicativos de escritório, navegador para internet, correio eletrônico, entre outros.

    Atualmente, 2.361 escolas públicas possuem acesso à internet proporcionado pelo projeto Gesac. O objetivo do governo federal para 2005 é obter, pelo menos, uma escola com laboratório de informática conectado à internet por município brasileiro. 

    Esta nova etapa dos projetos será apoiada pelo Fórum das Estatais, ministérios e outras organizações do governo federal, estados e municípios. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Representantes do Ministério da Educação participaram na quinta-feira, 29, do painel Programas de Educação no Mercosul, no 1º Encontro Cidades Integradas do Mercosul, em Santa Maria (RS). Durante o encontro, será elaborada a Carta das Cidades, com um conjunto de propostas e objetivos do bloco a ser encaminhado às autoridades.

    No painel, foi detalhada a política nacional de educação ambiental destinada a estimular os países parceiros a desenvolver ações educativas na área e participar da Conferência Internacional Infanto-Juvenil do Meio Ambiente, em 2010. O MEC vai promover a terceira edição nacional da conferência em novembro do próximo ano, com a participação da rede de ensino pública e privada.

    Outro tema abordado foi o desenvolvimento de ações voltadas para a integração regional. A região de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, foi escolhida estrategicamente pelo MEC como sede do Instituto Mercosul de Estudos Avançados (Imea) e da futura Universidade Latino-Americana (Unila). Criado há cinco meses, o Imea visa a ampliar o intercâmbio e a promover a articulação da pós-graduação e da pesquisa entre universidades públicas brasileiras e instituições de educação superior dos demais membros do bloco.

    A Unila, integrante do Programa de Expansão do Sistema Público Federal de Educação Superior, uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), reservará 50% das vagas a estudantes da América Latina. Metade do corpo docente deve ser formada por professores visitantes.

    No encontro, também foi apresentado o Programa de Expansão e Interiorização da Rede Federal e Tecnológica, que prevê atendimento em áreas fronteiriças, além do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos.

    Outros temas abordados foram as escolas de fronteira e a Universidade Aberta do Brasil.

    Juliana Meneses

  • Os meios de comunicação reproduzem o atraso social e educacional do Brasil e a educação é decisiva para promover inclusão social e cidadania. A opinião é do professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Narciso Júlio Freire Lobo, que participou de uma videoconferência nesta terça-feira, 16, promovida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).

    Na avaliação de Lobo, a educação é o principal instrumento para o aumento da qualidade da programação do rádio e da televisão. “Não adianta criticarmos os veículos de comunicação pela programação de baixo nível. São necessárias mudanças profundas na educação”, afirmou.

    Já para o pesquisador Luís Carlos Cerquinho, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), os jovens são protagonistas dos processos de educação e comunicação. “Com o advento de mídias como a televisão, o cinema e a indústria fonográfica, os jovens começaram a se destacar. Por meio de movimentos sociais e estudantis, eles geraram transformações que configuram a temática desse debate”, declarou.

    Mídia e educação – A videoconferência é preparatória para o 4º Telecongresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos, que será realizado de 18 a 20 de outubro, com o tema Mídia e Educação: Incluir na Sociedade do Conhecimento. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 (para trabalhos científicos sobre o papel de mídias na educação de jovens e adultos). O evento é organizado pelo Sesi em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    Na programação, estão previstas participações do jornalista Heródoto Barbeiro, da rádio CBN e TV Cultura, e Lúcia Araújo, gerente-geral do Canal Futura. A edição anterior do Telecongresso Internacional, em 2003, teve a participação de 245 núcleos de recepção em 25 estados, com 14.404 inscrições, 74 trabalhos apresentados e debates com 50 representantes brasileiros e estrangeiros. Mais informações na página eletônica telecongresso.

    Repórter: Flavia Nery, com assessoria de comunicação da Confederação Nacional da Indústria

  • Vila Velha é o maior município do Espírito Santo. São mais de 414 mil habitantes. A educação da cidade apresenta desafios dignos do porte do município. Para o prefeito Max Freitas Mauro Filho, a maior dificuldade está em garantir educação às crianças de menos de quatro anos de idade. Ele está em Brasília, para o encontro de prefeitos que comemora o primeiro ano do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Ao todo, 2.078 dirigentes municipais vieram à capital federal. Juntos, ele vão discutir problemas e levantar soluções para que a educação brasileira atinja em 2022 uma nota compatível com países desenvolvidos, principal meta do PDE.

    Em Vila Velha, segundo o prefeito, cerca de 20 mil crianças não estão na escola. Para reverter o quadro, Max Mauro Freitas veio a Brasília para solicitar a construção de uma creche com recursos do Proinfância. Ele já foi atendido. A creche atenderá a cerca de 300 crianças do bairro João Goulart, área considerada a mais carente de todo o Espírito Santo. “Lá eles não têm creche nenhuma e os 50 mil habitantes precisam muito”, esclarece o prefeito.

    Outra demanda de Vila Velha foi pelos laboratórios de informática. Serão 10 novos laboratórios com recursos do Proinfo ainda este ano. Apesar de não ter elaborado o Plano de Ações Articuladas (PAR), o município já está sendo atendido por algumas das 40 ações do PDE.  “Já assinei o compromisso Todos pela Educação, mas o PAR ainda está em fase de elaboração”, relatou Max Freitas.

    Cidades como Vila Velha – com mais de 200 mil habitantes – são consideradas prioritárias para o atendimento do Ministério da Educação. É que apesar de muitas serem economicamente adiantadas, a educação das grandes cidades enfrenta dificuldades ainda maiores. A capital que obteve melhor índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) foi Curitiba, que ficou atrás de outras 400 cidades.  Como essas localidades atendem muitos estudantes, elas estão entre as que receberão recursos prioritariamente do PDE.

    Ana Guimarães

  • Entre as 910 inscrições de prefeituras, organizações não-governamentais (ONGs) e pessoas que concorrem ao Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), o tema Educação Básica de Qualidade para Todos tem o segundo maior número de trabalhos. O primeiro é Acabar com a Fome e a Miséria.

    Dados da coordenação do ODM Brasil indicam que a educação está presente em 17% das inscrições feitas por prefeituras, em 22% entre as ONGs e em 8% dos destaques.

    Os 910 trabalhos estão sendo avaliados por comitês técnicos sob a coordenação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esses comitês vão escolher os 16 melhores projetos de cada categoria. Todas as experiências escolhidas serão visitadas até o dia 30 deste mês. No dia 5 de dezembro, um júri especial selecionará as 24 melhores experiências, que serão premiadas em 14 de dezembro.

    Objetivos – O Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é parte de um compromisso firmado em 2000, em Nova Iorque (EUA), pelo Brasil e outros 188 países, de realizar um esforço global para eliminar a fome e a extrema pobreza até 2015. Os ODM devem ser alcançados com políticas de promoção da educação, saneamento, saúde, habitação, respeito ao meio ambiente e igualdade de gênero. Os trabalhos que concorrem ao ODM devem contribuir para um ou mais objetivos; ter caráter inovador; perspectiva de continuidade; integrar políticas; ter participação comunitária.

    No Brasil, a educação é uma das ações-chave para alcançar as metas do milênio. Formação de professores, financiamento da educação infantil ao ensino médio, avaliação, ampliação da distribuição de livros didáticos, aumento das verbas federais para a merenda e o transporte escolar, ensino fundamental de nove anos e informática nas escolas são exemplos de programas de inclusão social e promoção da cidadania.

    O maior dos programas é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), proposta de emenda constitucional que tramita no Congresso. Quando em vigor, o fundo atenderá as três etapas da educação básica: ensinos infantil, fundamental e médio, que correspondem a 12 anos de escolarização. Hoje, com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), o governo federal investe, em média, R$ 570 milhões por ano para complementar as verbas de estados e municípios. Com o Fundeb, nos próximos quatro anos, o investimento federal será crescente até atingir R$ 4,3 bilhões anuais.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • vídeo No pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, nesta segunda-feira, 9, o ministro Fernando Haddad disse que o investimento em educação exige planejamento de longo prazo.

    Segundo ele, a evolução do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 3,8, em 2005, para 4,2, em 2007, mostra uma seqüência de melhoria nos índices da educação. “Nossa meta é chegar à nota 6, que representa a média dos países
    O ministro disse ainda que essas ações de melhoria da educação passam pelo apoio ao professor. Haddad destacou a aprovação do piso nacional do magistério e a Universidade Aberta do Brasil, com cerca de 560 pólos de formação profissional. mais desenvolvidos do mundo”, declara.

    Para atingir esse objetivo, o governo federal tem investido em ações que beneficiam da creche à pós-graduação. Na área da avaliação, o ministro anunciou que, em outubro deste o ano, o MEC irá aplicar a Prova Brasil aos alunos do quinto e do nono ano do ensino fundamental, além dos estudantes que concluem o ensino médio. A Prova Brasil, em conjunto com os índices de aprovação, é a base do Ideb.



    Assessoria de Comunicação Social

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