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  • Será aplicado, pela primeira vez no Brasil, o Exame de Proficiência em Língua Brasileira de Sinais (Prolibras), cumprindo a exigência do decreto que reconheceu Libras como língua, em 2002. As provas ocorrem no próximo domingo, 28, e na terça-feira, 30 de janeiro, em todo o país.

    Duas categorias serão avaliadas, a de instrutor de Libras e a de tradutor/intérprete. A avaliação consiste em prova objetiva, domingo — que aborda a estruturação da língua —, e uma prática, em que o candidato terá que preparar uma aula em Libras (para os instrutores) ou traduzir um texto do português para Libras (para tradutores/intérpretes).

    Só fará a prova prática, na terça-feira, quem for aprovado na prova objetiva, cujo resultado sai no dia 29. A divulgação do resultado final dependerá do número de candidatos que fizerem os testes práticos, que serão gravados e remetidos para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), organizadora do exame, para avaliação.

    “O exame, além de ser um reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais, é também uma condição para melhorar sua qualidade”, afirma Kátia Marangon Barbosa, coordenadora-geral de Desenvolvimento da Educação Especial, da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC).

    O MEC, por meio da Seesp, promove ações efetivas na área, como o curso de formação continuada de professores em Libras, em vigor desde 2003. Quase todos os estados já têm professores formados, tanto na capital, quanto no interior. Além disso, o ministério apóia muitos outros cursos pelo Brasil, por meio de convênios e parcerias com estados e municípios.

    Inscrições — O total de inscritos para o primeiro Prolibras é de 4.731, de todos os estados do Brasil. A capital com o maior número de inscrições é São Paulo, com 719, seguida por Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre e Brasília. “Acreditamos que seja um trabalho que vai frutificar”, diz Kátia. “Esperávamos cerca de dois mil candidatos ao todo e tivemos mais que o dobro”, comemora.

    A coordenadora explica que o MEC tem a incumbência de realizar o exame de certificação anualmente, durante os próximos dez anos. Como estão surgindo cursos de graduação na área, Kátia acredita que, após esse período, não será mais necessária a aplicação do teste para obter a certificação, pois o aluno já sairá da universidade com a habilitação em Libras. O segundo Prolibras deve ocorrer em setembro ou outubro deste ano.

    Letícia Tancredi

  • A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou na quarta-feira, 12, o resultado do terceiro exame de proficiência em Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). Dos 3.825 inscritos, 1.281 foram aprovados no exame, dos quais 558 com proficiência no ensino da Libras e 723 com proficiência em tradução e interpretação da Libras.

    “Esse exame, Prolibras, garante um título de domínio, é como se fosse a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), só que em Libras”, explica o presidente da Comissão Permanente de Vestibular da UFSC, Julio Felipe Sezeremeta. A UFSC foi a universidade responsável pela elaboração e aplicação da prova, realizada em todo o país. Já está assegurado que o exame de proficiência em Libras será aplicado em todo o país até 2015, tudo para garantir qualidade no ensino e aprendizagem da linguagem.

    Desde dezembro de 2005, quando o decreto 5.626 regulamentou a Libras, mudanças significativas ocorreram dentro e fora das universidades brasileiras.“Trazer o status de língua oficial para a Libras foi muito importante. Acredito que houve mais conscientização e respeito aos surdos”. Quem garante é a coordenadora-geral do curso de Letras/Libras da UFSC, professora Ronice Müller de Quadros.

    Mais do que medir o entrosamento do candidato com a linguagem, a aplicação das provas e a titulação que vem a partir do exame também é um fator que contribui para a quebra de preconceitos e a inclusão dos surdos no cotidiano da sociedade. “Já temos o curso de letras/libras em diversas universidades do país, além da linguagem também ter sido inserida no currículo de graduações como fonoaudiologia e pedagogia”, conta Ronice Müller.

    Há no Brasil um total de 4.104 pessoas certificadas pelo Prolibras, sendo 1. 938 para atuar no ensino da Libras e 2.167 na tradução e interpretação da Libras. Mais detalhes sobre o Prolibras/2008 podem ser obtidos na página eletrônica da UFSC.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Luciano Marques, do Portal MEC

    O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida) vai ser alterado para atender melhor às demandas daqueles que se formaram fora, mas pretendem exercer a profissão no Brasil. O Novo Revalida vai ter ao menos duas edições por ano e o aluno terá a oportunidade de fazer a segunda fase do processo mais de uma vez.

    Outra mudança é a organizadora do processo. O Revalida, criado em 2011, estava sob a competência do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Novo Revalida, por sua vez, ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Educação Superior (SESu), com colaboração do Conselho Federal de Medicina.

    Os novos parâmetros do exame foram elaborados por um Grupo de Trabalho interministerial, que efetuou estudo e diagnóstico dos processos de revalidação dos diplomas de medicina no Brasil. O GT é composto de representantes:

    • do Ministério da Educação (MEC);
    • do Inep;
    • do Conselho Federal de Medicina (CFM);
    • da Secretaria de Educação e Gestão do Trabalho (SGETS/MS);
    • da Associação Médica Brasileira;
    • da Academia Nacional de Medicina.

    A previsão do MEC é que publicação da portaria para instituir o Novo Revalida e do edital ocorram ainda esse ano.

    Prova – O Revalida tem por objetivo verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema de Saúde do Brasil (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no País.

    As provas continuarão sendo realizadas como antes, em duas etapas. A primeira com uma prova objetiva e a segunda com prova prática, em uma estação clínica. A diferença, agora, é que o aluno que reprovar a segunda fase pode refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas – anteriormente, o candidato precisa realizar todo o processo desde o início.

    O conteúdo das duas provas abrange as cinco grandes áreas da medicina: Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina da Família e Comunitária/Saúde Pública. Na parte prática, uma banca examinadora avalia habilidade de comunicação, raciocínio clínico e tomada de decisões.

    Complementação – Após passar nas duas etapas, o candidato precisa revalidar o diploma em uma universidade pública brasileira. Essa revalidação pode precisar de uma complementação de grade curricular. Existem, por exemplo, questões epidemiológicas. Alguém que se formou em Harvard, nos Estados Unidos, não estudou sobre dengue e demais doenças tropicais.

    A universidade é quem vai definir se há ou não a necessidade de complementação. Só depois desse processo o candidato pode ir a um conselho de medicina para requisitar o registro.

    Histórico – O Revalida foi estabelecido em 2011. Foram sete edições até 2017, com um total de 24.327 inscrições e aprovação de 6.544 candidatos para a segunda etapa do exame. A maioria dos participantes nas sete edições era de nacionalidade brasileira — no último exame, aproximadamente 60%. A Bolívia lidera a quantidade de tentativas de revalidação de diploma.

  • Estão abertas até o dia 15 de junho as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Todos os estudantes que vão concluir o ensino médio este ano ou que já o concluíram em anos anteriores podem participar. Entre eles, os da educação de jovens e adultos (antigo supletivo).

     Confira as informações em áudio

    Atualmente, 560 instituições de ensino superior utilizam o Enem para substituir ou complementar seus processos seletivos. Além de poder comparar o desempenho com o dos demais alunos, o estudante que participa do exame tem outros benefícios, como a chance de participar do Programa Universidade para Todos (ProUni). Neste primeiro semestre, 97.072 participantes do Enem de 2006 foram contemplados com bolsas de estudos. O ProUni utiliza a média geral do participante no exame para fazer a classificação.

    O Enem verifica o nível de conhecimento, as competências e habilidades que os estudantes adquiriram durante o ensino médio. Para resolver as questões, os alunos precisam pensar,  interpretar, analisar e utilizar informações disponíveis não só nos livros, mas também em jornais, revistas, televisão e internet, na natureza e em sua própria experiência de vida.

    De acordo com o coordenador-geral do Enem, Dorivan Ferreira, o estudante pode fazer uma auto-avaliação e descobrir suas possibilidades individuais para resolver problemas cotidianos. “Eles devem saber, por meio do exame, se o que aprenderam durante a educação básica está servindo para torná-los cidadãos hoje”, afirmou Ferreira.

    Em 2006, a nona edição do exame recebeu 3.731.925 de inscrições. A prova foi aplicada simultaneamente em 800 municípios. Este ano, participarão mais de quatro milhões de estudantes. As inscrições devem ser feitas na página eletrônica do Enem.

    Cíntia Caldas

    Atualizada em 15 de maio de 2007 às 17h50

  • Foto: Wanderley PessoaMais de mil jovens e adultos brasileiros residentes no Japão e na Suíça farão, nos dias 23 e 24 de setembro, exames supletivos de ensino fundamental e médio. Este ano, pela primeira vez, as provas serão aplicadas também em duas penitenciárias de Tóquio. Os exames são oferecidos pelo Ministério da Educação em parceria com a Embaixada do Brasil no Japão, o Consulado em Zurique (Suíça) e a Secretaria de Educação do Paraná.

    No Japão estão inscritos 1.040 jovens e adultos, dos quais 270 para as provas do ensino fundamental, onde a idade mínima é de 15 anos, e 770 para o ensino médio, com idade mínima de 18 anos completos até o dia da prova. Por solicitação do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio, no Japão, o MEC vai aplicar provas na penitenciária de Kurobane e na Escola de Disciplina de Menores de Kurihama, ambas na jurisdição de Tóquio, onde brasileiros cumprem penas. São 58 inscritos, dos quais 33 farão provas do ensino fundamental e 25 do ensino médio.

    Dados do consulado indicam que a maior parte dos brasileiros internos em penitenciárias japonesas tem entre 20 e 30 anos; nas penitenciárias juvenis, entre 18 e 26 anos; e nas escolas de disciplina, entre 15 e 20 anos, portanto jovens e adultos em idade escolar. Na Suíça, onde o supletivo será aplicado pela segunda vez, estão inscritos 22 brasileiros: seis para as provas do ensino fundamental e 16 para o ensino médio.

    Provas – As provas para o ensino fundamental serão em 23 de setembro e para o ensino médio, em 24 de setembro. Ambas serão nas cidades de Suzuka, Hamamatsu, Ota e Yokohama, na penitenciária de Kurobane (Tochigi-ken) e na Escola de Disciplina de Menores de Kurihama (Kanagawa-Ken), onde se concentram dekasseguis (estrangeiros com ascendentes japoneses que vão ao Japão para trabalhar). Na Suíça, os exames serão aplicados em Zurique. Para saber os locais das provas, o candidato deve consultar o endereço eletrônico onde fez a inscrição, a Embaixada do Brasil em Tóquio, ou os consulados-gerais em Tóquio e Nagóia. Na Suíça, é preciso procurar o Consulado de Zurique. Mais informações também na página eletrônica do Departamento de Educação de Jovens e Adultos (Deja).

    Oferecidos pelo MEC e seus parceiros desde 1999, os exames supletivos visam facilitar a vida dos filhos de brasileiros com trabalho temporário ou residentes no Japão para que, ao voltar ao Brasil, possam cursar o ensino profissional ou superior. Em 2005, a oferta foi estendida aos brasileiros na Suíça. Terceira maior comunidade brasileira no exterior, depois dos Estados Unidos e do Paraguai, o Japão reúne cerca de 240 mil brasileiros em atividade temporária – 40 mil em idade escolar.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) realizam nesta terça-feira, 5, na sede do CNE/MEC, a partir das 14h30, o 10º Encontro Nacional do Fórum Brasil Educação, onde será debatido o tema Dimensões da Exclusão Social no Brasil.

    O Fórum Brasil Educação, realizado desde 2002, tem como objetivo oferecer à sociedade um espaço de debate para promover a compreensão e a reflexão sobre as perspectivas da educação no Brasil. Faz parte da pauta a discussão de temas como a melhoria da qualidade de ensino e a erradicação do analfabetismo.

    O evento será aberto pelo ministro da Educação, Tarso Genro, e contará com as presenças do presidente do CNE, Roberto Cláudio Bezerra, do presidente da Câmara de Educação Superior, Edson de Oliveira Nunes, e do diretor do Departamento de Supervisão da Educação Superior, Mário Pederneiras. (Assessoria de Imprensa da SESu)

     

  • O plano de expansão das universidades federais do Ministério da Educação vai destinar, até o final de 2008, R$ 26 milhões para a ampliação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Serão construídos três novos campi vinculados à UFMT nos municípios do Médio Araguaia, de Sinop e Rondonópolis. Ao todo, serão criadas 6.100 vagas no ensino superior público do estado. De acordo com o censo da educação superior de 2005, Mato Grosso tem cinco instituições públicas e 51 privadas, além de 68.563 alunos matriculados em universidades.

    O campus do Médio Araguaia vai oferecer 400 vagas a partir de 2009 nos cursos de letras (habilitação em português e literatura da língua portuguesa), matemática, biologia, física, licenciatura em informática e farmácia/bioquímica. Até o final de 2008, serão alocados R$ 6 milhões para a construção do campus.

    Em Sinop, serão ofertadas 2.800 vagas em 2009, com investimentos de R$ 13,5 milhões até o final de 2008. Os cursos serão nas áreas de agronomia, zootecnia, medicina veterinária, engenharia florestal, enfermagem, licenciatura em química, licenciatura em matemática e licenciatura em física.

    O campus de Rondonópolis vai receber R$ 6,7 milhões até o final de 2008 para a implementação da unidade. Serão oferecidas 2.900 vagas nos cursos biblioteconomia, licenciatura em informática, psicologia, zootecnia, engenharia mecânica, engenharia agrícola e enfermagem.

    Capacitação — A formação de professores do ensino básico está entre as prioridades do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Em Mato Grosso, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) vai ofertar 1.355 vagas de formação inicial a professores em exercício que não tenham graduação.

    Os cursos serão ministrados em parceria com instituições públicas de ensino superior em cinco municípios-pólo: Juará, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Ribeirão Cascalheira e São Félix do Araguaia. Em Mato Grosso, as instituições parceiras da UAB são o Centro Federal de Educação Tecnológica, a UFMT e a Universidade Federal de São Paulo.

    O Plano de Desenvolvimento da Educação foi lançado em abril pelo Ministério da Educação. Para inaugurar o PDE em Mato Grosso e garantir a participação do estado e dos seus 141 municípios, o ministro Fernando Haddad visita Cuiabá nesta quarta-feira, 28.

    Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação

    Confira as notícias da Caravana da Educação

  • O Ministério da Educação, em sua estratégia para o desenvolvimento social e econômico das localidades mais longínquas do país, aposta na expansão do ensino técnico e superior. Um exemplo é o campus de Coari da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Serão contratados, neste semestre, 30 professores e abertas vagas para 240 alunos em oito cursos de graduação. Na mesma região serão investidos cerca de R$ 3 milhões na instalação de uma unidade da Rede Federal de Educação Tecnológica.

    Localizadas nas capitais, as universidades federais às vezes são a única opção de ensino público superior em alguns estados. Assim, enquanto nas regiões Sul e Sudeste o percentual das matrículas no ensino superior de jovens entre 20 e 24 anos é de 15,7% e 14,9%, respectivamente, na região Norte é de 6,88%. Lá, 64% dos alunos matriculados estão nas instituições federais, o que demonstra a necessidade de expansão e interiorização — no sistema brasileiro como um todo, esse percentual é de apenas 22%.

    O edital do concurso para a contratação dos professores para o campus de Coari deve ser publicado até o fim deste mês. As provas estão previstas para abril. O vestibular, para os dias 26, 27 e 28 de maio — cursos de licenciatura em matemática, física e ciências, além de biotecnologia, enfermagem, fisioterapia, pedagogia e nutrição. As aulas começarão em agosto.

    Estão sendo investidos R$ 20 milhões na expansão do ensino superior no Amazonas, incluídos os campi de Benjamim Constant e Humaitá. Com recursos de R$ 2,7 milhões, as obras da unidade de educação tecnológica terão início em abril, com previsão de entrega em novembro de 2006. O objetivo dos cursos técnicos é impulsionar o desenvolvimento da região com projetos realizados junto à população e às empresas locais, sempre procurando potencializar o que cada região oferece em termos de trabalho, cultura e lazer.

    “O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Amazonas será contemplado com mais uma unidade para a formação e a qualificação dos trabalhadores com uma estrutura física adequada, laboratórios didáticos e quadro de docentes de alta qualificação”, disse o secretário de educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.

    Prosperidade — Coari está localizada no coração da floresta amazônica, a 370 quilômetros de Manaus, com uma população de 67.096 habitantes — 39.504 na zona urbana e 27.592 na rural. A convivência harmoniosa com a fauna, flora e o solo amazônico são as principais fontes de prosperidade econômica e social.

    Com a implantação de uma usina a gás, que deve estar funcionando até o final deste ano, e com os investimentos destinados à economia primária, Coari passará a gerar cerca de 40 mil empregos. A unidade de ensino descentralizada (Uned) do município terá uma área de abrangência que permitirá, pela proximidade geográfica, o acesso aos cursos e atividades de estudantes, filhos de agricultores e proprietários rurais, residentes em seis municípios, num total de 201.678 habitantes.

    Repórter: Sandro Santos

  • Especialistas e dirigentes de educação a distância estarão reunidos no Rio Grande do Sul nesta semana. Expansão, qualidade, regulação, novas tecnologias e conteúdos digitais serão alguns dos temas debatidos no 5º Congresso Brasileiro de Educação Superior a Distância e no 6º Seminário Nacional de Educação a Distância.

    O secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, destaca que 2007 foi um ano excepcional para esta modalidade de educação  no país, com avanços qualitativos e quantitativos. Números do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) demonstram a permanente expansão do sistema. De 2003 a 2006, o número de cursos de graduação a distância passou de 52 para 349, um aumento de 571%. A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) calcula que, em 2007, mais de dois milhões de brasileiros utilizaram a educação a distância.

    O Rio Grande do Sul é exemplo nesta modalidade de educação. É o estado com maior número de pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). São 32 pólos atendendo a um público de 4.650 estudantes. A UAB, uma das prioridades do Plano de Desenvolvimento da Educação, possui 291 pólos de apoio presencial em funcionamento em todo o país, ofertando 40 mil vagas.

    Bielschowsky fará a palestra de abertura, nesta terça-feira, 22, às 19h, apresentando uma análise da política de educação a distância (EAD). O secretário representará o ministro da Educação, Fernando Haddad. Além disso, no dia 23 fala sobre o financiamento em EAD.

    O 5º Congresso Brasileiro de Educação Superior a Distância e o 6º Seminário Nacional de Educação a Distância serão realizados no centro de eventos da UFRGS/Faurgs, em Gramado (RS). O encontro termina no dia 25. Outras informações na página eletrônica dos eventos.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • Foto: Wanderley PessoaO ministro da Educação, Fernando Haddad, participa nesta terça-feira, 15, às 10h30, em Porto Alegre, de audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde apresenta as ações do governo federal na área da educação. Entre os temas, Haddad fala sobre a expansão da educação superior e profissional no estado, a oferta de cursos de graduação a distância em 37 municípios através da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e as bolsas de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni). Às 12h30, na Assembléia Legislativa, concede entrevista coletiva; e às 15h30, visita as obras de ampliação da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

    Quarta-feira, 16, às 10h, em Charqueadas, o ministro vistoria a reforma dos prédios que vão abrigar a nova unidade de ensino descentralizada (Uned) do Cefet de Pelotas. A Uned está com inscrições abertas para o primeiro curso de informática, modalidade educação de jovens e adultos. São 40  vagas e as aulas começam em setembro.

    O projeto de expansão da educação superior e profissional no Rio Grande do Sul atinge diretamente 17 municípios, mas outros 150, aproximadamente, serão beneficiados pelas ações de novos campiuniversitários e escolas de educação profissional em fase de implantação no estado. Os investimentos federais em 2006 e para 2007 somam R$ 83,9 milhões, dos quais R$ 73,8 milhões destinam-se à expansão do ensino superior e R$ 10,1 milhões, à  educação profissional.

    O estado terá 13 novas unidades de educação superior, a partir da  implantação da Universidade Federal do Pampa (UniPampa), com sede em Bagé e campiem nove municípios; da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e de campi da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

    Na educação profissional, estão em fase de criação as unidades de ensino descentralizadas (Uned) de Charqueadas e Passo Fundo pertencentes ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas; a de Júlio de Castilhos, ligada ao Cefet de São Vicente do Sul, e a Escola Técnica Federal de Canoas.

    Educação superior

    UniPampa — A criação da universidade resulta de um acordo de cooperação técnica firmado em novembro de 2005 entre o Ministério da Educação e as universidades federais de Santa Maria (UFSM) e de Pelotas (UFPel). A UniPampa situa-se numa região composta por 105 municípios e cerca de 2,6 milhões de habitantes que sofre com a estagnação econômica e com a elevada demanda por educação superior.

    Este ano realizou-se o primeiro vestibular para o preenchimento de 1.550 vagas em 30 cursos que estão divididos entre a sede e nove campi — Bagé oferece dez cursos e 500 vagas; Caçapava do Sul, um curso com 50 vagas; Dom Pedrito, um curso e 50 vagas; Jaguarão, três cursos e 150 vagas; São Gabriel, quatro cursos e 200 vagas; Alegrete, três cursos e 150 vagas; São Borja, três cursos e 150 vagas; Uruguaiana, três cursos e 150 vagas; Itaqui, um curso e 50 vagas; Santana do Livramento, dois cursos e 100 vagas.

    Em 2008, quando a implantação da UniPampa for concluída, a universidade oferecerá 67 cursos e 13.250 matrículas de graduação. Os investimentos do MEC somam R$ 60 milhões — 50% este ano e o restante em 2007.

    Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) — Além da parceria com o MEC na implantação da UniPampa, a UFSM participa da expansão com a criação, em 2005, dos campi de Frederico Westphalen e de Palmeira das Missões. O investimento federal nas duas unidades é de R$ 10 milhões nos exercícios de 2005 a 2007.

    O campus de Frederico Westphalen recebeu este ano e no anterior R$ 2,5 milhões. Para 2007, estão previstos mais R$ 2,5 milhões. A criação já permitiu a abertura de três cursos — jornalismo, engenharia florestal e agronomia —, que oferecem um total de 175 vagas. Até que as obras sejam concluídas, os alunos têm as aulas teóricas no Colégio Jesus Maria José e as práticas, na Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato. Hoje, o campus tem 20 professores e 24 servidores técnico-administrativos. Quando plenamente implantado, oferecerá 1.380 vagas em cursos de graduação.

    O campus de Palmeira das Missões recebeu, no mesmo período, R$ 2,5 milhões, mesmo valor previsto para 2007. Neste semestre, foi realizado vestibular para preencher 176 vagas nos cursos de zootecnia (56), administração (80) e enfermagem (40). Para o início das aulas, a instituição conta com 20 professores e 24 servidores administrativos. Quando a estrutura física estiver pronta, serão oferecidas 320 vagas em seis cursos de graduação.

    Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) — Tramita no Congresso Nacional, desde 18 de junho, o projeto de lei que transforma a Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre em universidade. Além de ampliar o número de vagas dos cursos já existentes, de biomedicina e nutrição, a UFCSPA abre neste semestre 220 vagas em cinco novos cursos de graduação — enfermagem (50 vagas), fisioterapia (40), fonoaudiologia (30), psicologia (50) e licenciatura em ciências biológicas (50). Quando a instituição estiver totalmente implantada, em 2011, contará com 233 professores. Os investimentos chegarão a R$ 3,8 milhões.

    Universidade Aberta do Brasil (UAB) – A instituição vai oferecer, em 2007, cursos a distância em 37 municípios do Rio Grande do Sul que aderiram ao programa do MEC. Quatro universidades federais – Rio Grande (FURG), Santa Maria (UFSM), Pelotas (UFPel) e Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Cefet Rio Grande do Sul – indicaram ao ministério que querem participar da UAB com 12 cursos de graduação, entre os quais, formação pedagógica de docentes, educação ambiental, agricultura familiar e sustentabilidade.

    Programa Universidade para Todos (ProUni) — Criado em 2004, o ProUni já ofereceu, no Rio Grande do Sul, 19.504 bolsas de estudos a jovens de baixa renda em instituições particulares de ensino superior. Em 2005, foram distribuídas no estado, 8.138 bolsas. Este ano, o número subiu para 11.366.

    Expansão da educação profissional e tecnológica

    No Rio Grande do Sul, a rede federal de educação profissional e tecnológica é composta por 16 unidades, quatro das quais fazem parte do projeto de expansão. Contam com Cefets os municípios de Bento Gonçalves, Pelotas e São Vicente do Sul; com escolas agrotécnicas federais (EAF), os de Alegrete e Sertão. Sapucaia do Sul tem uma unidade de ensino descentralizada do Cefet de Pelotas. Há ainda colégios agrícolas em Frederico Westphalen e Santa Maria; colégios técnicos industriais ligados às universidades federais de Rio Grande (Furg) e de Santa Maria (UFSM); escola técnica ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o  Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça, da UFPel.

    A expansão da rede prevê a criação da Escola Técnica Federal de Canoas, das Uneds de Charqueadas e Passo Fundo, ligadas ao Cefet de Pelotas, e da Uned de Júlio de Castilhos, ligada ao Cefet de São Vicente do Sul.

    Escola Técnica Federal de Canoas — O projeto de lei de criação foi enviado ao Congresso Nacional em julho. Este ano, o MEC tentará, no Congresso Nacional, a aprovação da lei e a inclusão, no Orçamento de 2007, de recursos de R$ 3,2 milhões para as obras de infra-estrutura e aquisição de mobiliário e equipamentos. No próximo ano, a tarefa do ministério será garantir a liberação dos recursos. Os primeiros cursos devem ser oferecidos no segundo semestre de 2007.

    Uned de Charqueadas — Vinculada ao Cefet de Pelotas, a unidade recebeu do MEC R$ 1,5 milhão para a reforma de 11 pavilhões doados pela prefeitura. Construídos há dez anos para oferecer ensino profissionalizante a alunos da sétima e da oitava séries do ensino fundamental, os pavilhões nunca foram ocupados. Já foram reformadas as salas de aula e estão em fase de conclusão as obras dos laboratórios, que atenderão os 40 alunos do curso técnico de nível médio em informática, com duração de três anos, na modalidade educação profissional de jovens e adultos.

    O curso terá ênfase na manutenção de equipamentos e na montagem de redes, que demandam mão-de-obra qualificada. As inscrições estarão abertas entre os dias 14 e 18 deste mês para jovens e adultos que tenham concluído o ensino fundamental e com 18 anos completos. No dia 22 próximo, às 20h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, será feito o sorteio de 40 vagas e de 40 suplentes para o caso de algum estudante não apresentar os documentos necessários. As aulas terão início em 11 de setembro, com 16 professores e 16 servidores técnico-administrativos.

    Em 2007, a Uned vai abrir um curso de mecatrônica de ensino médio integrado ao profissional, com 96 vagas. Para 2008, a direção da unidade estuda a abertura de outro curso técnico ou curso superior em tecnologia.

    Município com cerca de 35 mil habitantes, Charqueadas é o centro da região carbonífera do estado, formada por oito municípios. A atividade econômica está centrada na indústria metal-mecânica e na confecção de peças para o setor automotivo.

    Uned de Júlio de Castilhos — O objetivo da unidade é potencializar a formação profissional de técnicos de nível médio para atender demandas de 40 municípios do entorno de Júlio de Castilhos, onde predominam a agropecuária extensiva, produção de soja e milho e agricultura familiar. O investimento federal para a infra-estrutura e compra de equipamentos será de R$ 2,7 milhões, que serão repassados no próximo ano ao Cefet de São Vicente do Sul, responsável pela construção da unidade.

    Uned de Passo Fundo — O projeto de construção está em fase de licitação. Os recursos, de R$ 2,7 milhões, para obras e equipamentos já foram repassados ao Cefet de Pelotas, responsável pelo edital, pelo projeto e pela supervisão da execução da obra. Os cursos devem atender demandas da região, que tem sua economia baseada na indústria, na agricultura e na pecuária.

    Ensino médio

    Fundebinho – Através do Programa de Equalização das Oportunidades de Acesso à Educação Básica (Prodeb), conhecido como Fundebinho, o governo federal vai repassar, este ano, ao Rio Grande do Sul, R$ 6,7 milhões. Os recursos visam fortalecer e aumentar a oferta de ensino médio público no estado e podem ser aplicados na formação de professores, ensino da língua espanhola e reforma de escolas. Os recursos do Fundebinho, em 2006, somam R$ 409,4 milhões, a serem divididos entre os 26 estados e o Distrito Federal.  (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Os estados que não possuem escola técnica ou agrotécnica federal, as regiões carentes do interior do país e as periferias dos grandes centros urbanos são os alvos do Ministério da Educação no plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica. O plano prevê a construção de três escolas técnicas federais (ETF), quatro escolas agrotécnicas federais (EAF) e 25 unidades descentralizadas vinculadas aos centros federais de educação tecnológica (Cefets).

    O início da execução deste plano, apresentado pelo MEC ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 24 de junho deste ano, depende de aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 70/2005, no plenário do Senado. Este PLC, já aprovado na Câmara dos Deputados, modifica o artigo 47 da Lei nº 9.649/1998. O artigo 47 diz que a União poderá criar novas ETF, EAF e unidades descentralizadas “somente” em parceria com estados ou municípios, organizações não-governamentais e setor produtivo. No PLC, a palavra “somente” é trocada por “preferencialmente”.

    A mudança dessa parte da lei permite à União, com recursos orçamentários próprios, abrir e manter escolas ou unidades descentralizadas de Cefets em estados que não conseguiram construir parcerias, explica o coordenador-geral de Supervisão da Gestão das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, Gleisson Rubin. Hoje, não possuem escola técnica o Acre, Amapá e Mato Grosso do Sul; e não têm escola agrotécnica o Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

    Interior – Já as unidades descentralizadas (UD) serão construídas em regiões do interior, longe dos centros formadores e nas periferias urbanas. Entre os municípios interioranos que devem receber as UDs estão Picos, no Piauí, e Campina Grande, na Paraíba. Nas áreas pobres das regiões metropolitanas, por exemplo, terão prioridade o Bairro Guarus, em Campos (RJ), e as periferias de Natal (RN) e Fortaleza (CE).

    O plano todo, explica Gleisson, prevê 32 novos projetos e o atendimento de cerca de 1.300 municípios. Se o plenário do Senado aprovar a lei este ano, o MEC vai fazer emendas ao orçamento de 2006 e definir quais obras serão construídas primeiro.

    Repórter Ionice Lorenzoni

  • Os estados do Acre, Amapá e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal, também serão contemplados pela primeira vez, em 2007, com instituições federais de educação tecnológica (Ifets). As unidades a serem criadas estão previstas no projeto de expansão da rede federal de ensino tecnológico. A finalidade da rede – que está completando 97 anos em 2006 – é promover a profissionalização sustentável, a inclusão, a capacitação e a inovação tecnológica. Pelo projeto também serão contemplados municípios interioranos e a periferia dos grandes centros urbanos.

    Ao todo, o projeto de expansão da rede prevê a criação de 40 unidades de ensino: três escolas técnicas federais, cinco escolas agrotécnicas federais e 32 unidades de ensino descentralizadas. A expansão vai beneficiar a área de abrangência de 1.500 municípios. Serão 66.936 novas vagas em cursos técnicos de nível médio e superiores de tecnologia e 5.138 novos postos de trabalho. Destes, 2.110 para professores. O investimento da rede é de R$ 90,9 milhões, para construção e adaptação de espaços físicos, e R$ 52,2 milhões para recursos humanos.

    Segundo o coordenador-geral de orçamento, planejamento e gestão da Secretaria de Educação Tecnológica (Setec/MEC), Getúlio Marques Ferreira, o objetivo da ampliação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, hoje composta por 144 instituições, é formar e educar cidadãos críticos e profissionais competentes, com autonomia ética, política, intelectual e tecnológica. “A construção do conhecimento profissional e tecnológico será resultado das relações que serão empreendidas entre o mundo do trabalho, da cultura e das ciências”, afirma.

    Mercado de trabalho – Para Getúlio Ferreira, a implantação de escolas federais de formação profissional e tecnológica nos estados ainda desprovidos destas instituições, além das periferias dos grandes centros urbanos e os municípios interioranos, possibilitará que os cursos oferecidos sejam articulados com as potencialidades locais do mercado de trabalho. “Com esse projeto, a rede terá crescimento na oferta de cursos e vagas poucas vezes alcançadas ao longo da história educacional brasileira”, ressalta.

    Repórter: Cristiano Bastos

  • Ampliar os espaços de formação profissional e elevar o nível de escolaridade de um número cada vez maior de jovens e adultos são os objetivos do plano de expansão da rede federal de educação tecnológica. Entre 2006 e 2007, o MEC vai investir R$ 183 milhões na construção e adaptação de espaços físicos e em recursos humanos. Com a expansão, a rede federal, que tem 144 unidades, contará com 203 até o fim de 2007, um crescimento de 41%.

    Segundo o coordenador-geral de supervisão das instituições federais de educação tecnológica (Ifets), Gleisson Cardoso Rubin, a expansão vai atender prioritariamente às localidades do interior e periferias dos grandes centros urbanos, além dos estados que têm instituições ligadas à rede de ensino tecnológico. “A escolha permitirá que Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal recebam suas primeiras escolas técnicas federais”, diz.

    Executado desde dezembro de 2005, o plano de expansão prevê 59 instituições de ensino: 33 unidades de ensino descentralizadas (Uneds), cinco escolas técnicas federais, quatro escolas agrotécnicas federais e a federalização de 17 escolas do segmento comunitário construídas com recursos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). As instituições vão gerar 74 mil vagas nos ensinos técnico (nível médio) e tecnológico (nível superior), beneficiando 1,5 mil municípios.

    Recuperação – Algumas obras aproveitam instalações inacabadas. Um exemplo é o da Uned de Inhumas (GO). Na década de 90, o governo federal investiu R$ 1 milhão (valor atualizado) na construção de uma escola técnica, cuja obra foi interrompida na fase inicial. Para o coordenador das Ifets, o aproveitamento da estrutura irá permitir que o MEC entregue até o fim deste ano uma escola com infra-estrutura moderna e adequada às atividades de ensino. “Isso mostra o cuidado que temos no uso dos recursos empregados na recuperação dessas novas escolas”, explica Rubin.

    Do total de recursos previstos para a ampliação da rede federal, R$ 57 milhões estão sendo investidos na construção, reforma e aquisição de mobiliários e equipamentos de 26 das 33 Uneds, como em Charqueadas (RS), Ipanguaçu (RN) e Santo Amaro (BA). As futuras instalações destas unidades estão sendo construídas em espaços que abrigaram escolas que foram abandonadas ao longo dos anos.

    Marco Aurélio Fraga

  • A expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica será um dos temas principais da visita que o titular da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), Eliezer Pacheco, faz nesta quinta-feira, dia 4, à tarde, ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) da Bahia. Nos próximos dois anos, segundo as previsões, serão implantadas no estado quatro unidades de ensino descentralizadas (Uneds) vinculadas ao Cefet-BA.

    Ainda este ano, serão inauguradas unidades em Simões Filho e Santo Amaro. Em 2007, será criada uma Uned em Camaçari, além da incorporação à rede de uma escola comunitária de Porto Seguro, construída com recursos do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep).

    Na Bahia, as novas instituições oferecerão cursos gratuitos. "Como estamos empenhados no processo de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica em todo o país, tendo os Cefets como principal alicerce dessa política, o objetivo é conhecer os projetos do Cefet-BA para que possamos analisar as possibilidades de ampliação das atividades da instituição", disse Pacheco.

    Marco Aurélio Fraga

  • A expansão da rede profissional tecnológica, nestes próximos quatro anos de governo, criará mais de 150 escolas técnicas federais e, assim, vai recuperar uma defasagem histórica no Brasil. Somadas as atuais instituições, a rede federal de educação tecnológica alcançará 350 unidades distribuídas em todos os estados e no Distrito Federal.

    As palavras do secretário de Ensino Profissional e Tecnológico do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco, marcaram nesta terça-feira, 6, a posse dos diretores das escolas agrotécnicas dos munícipios de Alegrete (RS), Inconfidentes (MG) e de Senhor do Bonfim (BA). Foram empossados, respectivamente, os diretores Carla Comerlato Jardim, Paulo Roberto Ceccon e João Luís Almeida Feitosa.

    A expansão, em sua primeira etapa, iniciada em janeiro de 2006, ampliou em 74 mil o número de matrículas e, para a segunda fase, segundo Eliezer Pacheco, a previsão é que mais de 200 mil matrículas sejam oferecidas. Na opinião do secretário, o governo anterior impediu o processo de expansão e, portanto, foi responsável por uma defasagem muito grande no desenvolvimento do ensino tecnológico no país. “Levando em conta as dimensões do Brasil, 350 escolas ainda é um número reduzido. Temos que construir mais escolas técnicas, pois é condição indispensável para o crescimento econômico”, afirmou.

    As escolas técnicas englobam os centros federais de educação tecnológica (Cefets), unidades descentralizadas de ensino (Uneds), escolas agrotécnicas federais (EAFs), escolas vinculadas às universidades federais, além da Universidade Tecnológica do Paraná (UTPR), criada em 2005 com o objetivo de atender à grande demanda por cursos tecnológicos na região.

    Cristiano Bastos

  • A concretização do plano de expansão da rede federal de educação tecnológica vai exigir a criação de 1.893 cargos de professores e mil cargos de servidores técnico-administrativos, de acordo com o Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet). Segundo o presidente da entidade, Sérgio Gaudêncio Portela de Melo, o estudo será apresentado ao governo federal na próxima semana.

    O Concefet, que congrega os 34 centros federais de educação tecnológica, estima que cada uma das 26 novas unidades descentralizadas (Uneds), em 18 estados, terá mil alunos em média. E que, quando em pleno funcionamento, atenderão entre 26 mil e 30 mil estudantes em todo o país. Para que a expansão seja um sucesso, explica Gaudêncio, será preciso ter quadros de professores e de servidores.

    Mas o desafio do conselho em 2006 vai além da concretização da expansão da rede, informa o presidente. Duas outras situações relativas à contratação de professores e servidores também serão levadas ao governo federal: é o caso de dez unidades de Cefets, criadas há cerca de dez anos, que funcionam com quadros emprestados porque nunca houve autorização para criação de cargos e abertura de vagas; e das escolas agrotécnicas transformadas em Cefets, que têm um número mínimo de professores. Nestes, diz Gaudêncio, cada professor atende entre 50 e 60 alunos.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Os três novos campi da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Guarulhos, Diadema e Santos, vão gerar 800 vagas por ano. O campus de Diadema oferecerá os cursos de Engenharia Química, Farmácia e Bioquímica, Tecnologia Farmacêutica e Ciências Biológicas. Já no campus de Guarulhos, os interessados poderão se candidatar às vagas de Ciências Sociais, História, Pedagogia e Filosofia. As áreas biológicas ficarão por conta do campus da Baixada Santista, que oferece os cursos de graduação em Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Psicologia e Educação Física.

    As inscrições para o vestibular 2007, que podem ser feitas pelo sítio da Unifesp, vão até 6 de outubro e as aulas começam em março de 2007. A taxa de inscrição é de R$ 97,00 e deve ser paga por meio de boleto bancário em qualquer agência do País. A confirmação dos registros dos candidatos deverá ser efetivada pela instituição até o dia 16 de novembro. Para aqueles que não têm acesso à internet, a orientação é de que procurem pontos de acesso gratuito, como os Infocentros da prefeitura de São Paulo.

    O vestibular terá apenas uma fase e as provas serão feitas nos dias 13, 14 e 15 de dezembro próximo. Serão testadas as habilidades dos candidatos em conhecimentos gerais, língua portuguesa, língua estrangeira, redação e conhecimentos específicos.

    Os novos campi da Unifesp fazem parte do Programa de Expansão Universitária do Ministério da Educação. O programa visa ampliar o número de vagas nas instituições públicas, retomando o crescimento do ensino superior. O diretor do Departamento de Desenvolvimento da Educação Superior da Secretaria de Educação Superior (Dedes/SESu), Manuel Palácios, esteve recentemente em Osasco, onde acompanhou o reitor da Unifesp, Ulysses Fagundes Neto, em visita a locais disponíveis para a construção de um novo campus. Palácios informou que a Unifesp também deverá criar um campus em São José dos Campos, atendendo a uma proposta da prefeitura.

    “Estamos realizando investimentos para que a Unifesp atue nas diversas áreas do conhecimento e seja mais uma grande universidade de São Paulo”, explicou Palácios. Ele informou que o campus de Osasco deverá voltar-se para a tecnologia, com cursos nas diversas áreas da engenharia. Também está prevista a abertura de cursos de Ciências do Mar em Santos. Em São José dos Campos, a universidade deverá atuar na área de biotecnologia, com a criação de um Centro de Pesquisa, previsto pela prefeitura da cidade.

    Mais informações sobre o processo seletivo da Unifesp e sobre o Programa de Expansão Universitária podem ser encontradas nas páginas eletrônicas da Unifesp e MEC, respectivamente.

    Repórteres: Ana Guimarães e Alexandre Marino

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, dá mais um passo para fortalecer o programa de expansão e interiorização das universidades públicas federais. Ele anuncia nesta quinta-feira, 10, às 15h, em Teófilo Otoni (MG), a liberação de recursos para a construção do campus universitário no município. O MEC vai destinar R$ 8 milhões – metade este ano e metade em 2006 –  para a implementação do novo campus, ligado à recém-criada Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), que tem sede em Diamantina (MG).

    Com o recurso do ministério, será construído o prédio do campus em terreno doado pela prefeitura de Teófilo Otoni. Serão comprados equipamentos, móveis e montada a infra-estrutura para o funcionamento da unidade. A solenidade será nesta quarta-feira, na prefeitura municipal, com a presença do presidente Lula; do ministro da Educação, Fernando Haddad; da prefeita Maria José; e da reitora da UFVJM, Meirele São Geraldo.

    Cursos – A Unidade Acadêmica Teófilo Otoni da UFVJM deverá impulsionar o desenvolvimento do Vale do Mucuri. Serão criados cursos que atendam às vocações regionais, para proporcionar o desenvolvimento local e oferecer oportunidades aos jovens da região. Com a construção do campus, a UFVJM, que tem 1.516 alunos, oferecerá 660 vagas a mais, anualmente.

    Quando de sua total implantação, o campus terá 105 professores. No início, serão criadas 30 vagas para professores e 15 para técnicos administrativos. Já a partir do segundo semestre de 2006, serão oferecidos cursos de graduação de serviço social, administração, economia, ciências contábeis e matemática, com 60 vagas anuais para cada curso.

    Jequitinhonha – A UFVJM foi criada em 6 de setembro, a partir da transformação das Faculdades Integradas Federais de Diamantina (Fafeid) em universidade federal, como parte do programa federal de expansão da educação superior pública e gratuita no interior do país. São 1.516 alunos. Estão em funcionamento os departamentos de Ciências Agrárias, com os cursos de agronomia, engenharia florestal e zootecnia; e o de Ciências da Saúde, com enfermagem, farmácia, nutrição, fisioterapia e odontologia.

    Serão criados 11 cursos, como licenciatura em física, química, ciências biológicas e educação física, além de bacharelado em engenharia hídrica. Os municípios dos vales do Jequitinhonha e Mucuri ocupam 33% de Minas Gerais. A região tem como característica o baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e reduzida presença de instituições de ensino superior.

    A transformação da Fafeid em UFVJM propõe ampliar e dar continuidade a um ensino de qualidade, com a integração da base – ensino, pesquisa e extensão – voltada para o desenvolvimento regional e nacional. A mudança, além de representar a redefinição da organização acadêmica, visa reorientar os cursos, para que estejam em sintonia com as novas características do mercado e as novas tecnologias de produção. A Fafeid foi criada em 30 de setembro de 1953 pelo ex-presidente Juscelino Kubitscheck. E prioriza a prestação de serviços à população do Vale.

    Expansão – Desde o ano passado, o governo federal voltou a investir na expansão de vagas públicas e gratuitas, com a criação de universidades e extensões, levando o ensino superior para o interior. O MEC está criando nove universidades federais – ABC (SP), Grande Dourados (MS), Recôncavo Baiano (BA), Triângulo Mineiro (MG), Semi-Árido (RN), Alfenas (MG), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (MG), Tecnológica do Paraná (PR) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (RS) – e implantando ou consolidando 36 campi.

    Os campi e universidades ampliam o acesso à educação superior e geram canteiros de obras e empregos na construção civil. Mais informações pelos telefones (38) 3531-1024 e 3531-1030 (UFVJM); 3529-2210 e 3529-2200 (prefeitura de Teófilo Otoni).

    Repórteres: Susan Faria e Elaina Daher

  • O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta terça, 12, que o MEC está estudando novas formas que garantam a oferta de vagas para o ensino superior. Segundo Haddad, a expansão do número de instituições privadas ocorrida nos últimos anos não é suficiente para aumentar o acesso aos cursos superiores, o que pode ser comprovado pelo aumento do número de vagas não ocupadas dessas instituições.

    “O formato da expansão anterior estava calcado na idéia de que as pessoas que concluíam o ensino médio teriam recursos para honrar uma mensalidade de universidade ou faculdade. O que podemos perceber é que a maior parte dessas pessoas depende do ensino gratuito ou fortemente financiado ou subsidiado pelo Estado”, ressaltou Haddad.

    Segundo o ministro, muitas instituições privadas têm infra-estrutura adequada e já receberam aprovação do ministério para a criação de novos cursos ou de novas turmas, mas não há alunos.

    Haddad acredita que a expansão do setor privado não é capaz de garantir a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE). Pelo plano, 30% da população entre 18 e 24 anos deve estar cursando o ensino superior até 2011.

    Propostas — Foram apresentadas propostas para ampliar o acesso ao ensino superior. A expansão do ensino superior tecnológico, dos cursos a distância e o aumento da cobertura de programas como ProUni e Fies foram apontados como possíveis medidas a serem adotadas no sentido de garantir o acesso aos cursos de graduação.

    “O presidente Lula já encomendou estudos ao ministério no sentido de ampliar o acesso aos programas”, comentou Haddad. Uma das sugestões que deverá ser apresentada ao presidente é que o aluno possa pagar o financiamento do Fies prestando serviço nas universidades. “Colocaremos esse aluno em algum programa do ministério, como alfabetizador, por exemplo. Ele pagará com o seu engajamento”, explicou.

    Outra maneira de garantir a educação superior é a criação de pólos de educação a distância. A partir de 2007, segundo o ministro, 300 pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) serão instalados e 60 mil alunos serão matriculados em cursos de graduação oferecidos pelo governo.

    As declarações foram dadas na apresentação do censo da educação superior, ocorrida na sede do ministério, nesta terça-feira, 12.

    Ana Guimarães Rosa

     

  • Nos próximos cinco anos, a previsão é que o número de matrículas nas universidades federais chegue a mais de um milhão, por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). É um crescimento de cerca de 50% em relação a hoje.

    A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por exemplo, possui três campi: Araras, São Carlos e Sorocaba. A universidade aderiu ao Reuni e prevê que, nos próximos quatro anos, aumente os cursos de graduação de 35 para 58. A evolução das vagas também é marcada neste período, passando de 1.445 para 2.717. Com o Reuni, os cursos de pós-graduação ganham destaque na UFSCar, indo de 38 para 60.

    O campus de Sorocaba, durante a primeira fase do programa de expansão universitária do Ministério da Educação, criou os cursos de ciências econômicas e ciência da computação, somando sete cursos, com mais de 700 vagas. O investimento total, até 2009, está previsto em R$ 18,5 milhões.

    Assessoria de Comunicação Social

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