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  • Foi publicado nesta terça-feira, 6, no Diário Oficial da União, o encaminhamento do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional, do texto do projeto de lei que “altera a estrutura e a remuneração da carreira do magistério superior pertencente ao plano único de classificação e retribuição de cargos e empregos”.

    Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o projeto terá o caráter de regime de urgência, que dará prioridade na votação à matéria.

    Nova categoria – O projeto prevê que os professores que possuem mestrado, doutorado ou especialização receberão aumento de 50% no valor pago por sua titulação. Haverá, também, a criação de uma nova categoria de professores (professor associado), dando progressão na carreira dos docentes, e, ainda, será criado um processo de equiparação entre ativos e aposentados no valor da gratificação de estímulo à docência.

    Para este projeto, o governo investirá R$ 650 milhões. De acordo com o ministro, todos os professores terão os seus salários reajustados acima da inflação. A média de aumento para os professores é de 9,25%.

    Repórter: Sandro Santos

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai encaminhar ao Congresso Nacional, no início de junho, a proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb). A informação foi dada hoje, dia 19, pelo ministro da Educação, Tarso Genro, que se reuniu com Lula no Palácio do Planalto.

    De acordo com Tarso Genro, a proposta que será enviada ao Congresso é a mesma elaborada pelo Ministério da Educação. "O presidente Lula garantiu novos recursos para o Fundeb e a manutenção do atual orçamento da educação", informou o ministro. O fundo vai destinar R$ 55,4 bilhões de novos recursos da União aos ensinos infantil, fundamental e médio e à educação de jovens e adultos no prazo de 14 anos. Nos primeiros quatro anos, os recursos acrescentados anualmente ao orçamento serão crescentes, até chegar aos R$ 4,3 bilhões em 2009.

    Sobre a negociação entre os ministérios da Fazenda e da Educação para fechar o texto da PEC, Tarso Genro declarou que é natural a tendência de os técnicos da equipe econômica tentarem reduzir os recursos em virtude da estabilidade da economia. "Eu e o ministro Antonio Pallocci colocamos a educação como prioridade de governo sem prejudicar a estabilidade", disse.

    Beneficiados - Os 18,2 milhões de alunos de escolas públicas municipais e estaduais dos 1.922 municípios mais pobres do país, que registram o menor índice de escolaridade, são o alvo principal do Fundeb. De acordo com a PEC, os dez estados com piores indicadores educacionais terão recursos novos para a educação básica a partir de 2006.

    No Maranhão, Piauí, Ceará, Pará, Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Amazonas, a média de investimento por aluno quase dobrará. A proposta prevê que estados e municípios destinem 20% de sua receita de impostos para o Fundeb. Os recursos são divididos por estado, segundo o número de alunos matriculados na região.

    Repórter: Flavia Nery

  • Foto: Wanderley PessoaO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, participam sábado, dia 22, no Rio de Janeiro, da formatura de cerca de 40 mil alunos de cursos de alfabetização e educação de jovens e adultos (EJA). O evento será realizado na Cidade do Rock (Avenida Salvador Allende, Barra da Tijuca). As turmas reúnem pessoas com mais de 15 anos.

    Do total, 32.652 são formandos do programa Brasil Alfabetizado, numa parceria do Ministério da Educação com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Os outros 4.471, formados no Brasil Alfabetizado, ingressaram no projeto Transformar, outra parceria entre MEC, Sesi e Firjan, que alia a educação de jovens e adultos ao ensino profissionalizante. Eles estão concluindo a primeira etapa do projeto, equivalente ao primeiro segmento do ensino fundamental.

    Para o titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques, o projeto representa um exemplo concreto da articulação entre alfabetização e educação de jovens e adultos, uma política do MEC, e também uma experiência de EJA profissionalizante. “A ação fortalece a política de entender a alfabetização como um processo que tem início no Brasil Alfabetizado e continuidade na EJA”, disse Henriques.

    Desde 2004, a Secad centraliza as políticas de alfabetização e EJA. Criado em 2003 pelo governo federal, o Brasil Alfabetizado tem como meta enfrentar o alto índice de analfabetismo no país. Em 2003 e 2004, o programa atendeu 3,3 milhões de pessoas. Para este ano, a meta é chegar a 2,2 milhões de brasileiros com mais de 15 anos.

    Na EJA, os resultados também são positivos. O programa Fazendo Escola, que destina recursos suplementares a estados e municípios para manutenção das turmas, atendeu, em 2004, 1.834.235 jovens e adultos de 2.088 municípios. Este ano, 3.342.531 estudantes de 4.175 municípios recebem recursos do MEC, que destinou R$ 486 milhões ao programa.

    Repórter: Iara Bentes

  • Na foto as alunas Verônica Pinheiro dos Santos e Julia Soares Parreiras nas extremidades e as professoras: Andrea Guimarães e Fátima Gomes no meio (Foto: Divulgação Setec)O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entrega nesta quinta-feira, 27, às 16h30, em cerimônia no Palácio do Planalto, o Prêmio Jovem Cientista, que chega à 23ª edição. O primeiro lugar foi conquistado pelas estudantes Júlia Soares Parreiras e Verônica Pinheiro Santos, alunas do curso técnico de edificações do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Minas Gerais. Elas foram orientadas pelas professoras Andréa Rodrigues Marques Guimarães e Fátima de Cássia Oliveira Gomes.

    O  prêmio, oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia, teve  como tema, este ano, Energia e Meio Ambiente. O Cefet-MG venceu na categoria estudante do ensino médio, com o trabalho Ciências para Melhoria da Qualidade de Vida: Energia Solar como Alternativa para Desinfecção de Água em Garrafa Pet.

    O projeto consistiu em desenvolver uma maneira barata e eficiente de purificação da água. Segundo Verônica, a idéia surgiu em sala de aula. Depois de muita pesquisa, o grupo optou por usar materiais como papelão e garrafas pet no projeto. “Resolvemos buscar informações e aperfeiçoar um método que já existia, tornando-o mais acessível financeiramente”, disse a estudante. “Já tínhamos contato com pessoas que usavam garrafas pet cheias de água e as deixavam no telhado. Acabamos descobrindo que faziam isso para tornar a água potável”, afirmou Júlia.

    O prêmio, o segundo consecutivo recebido pela instituição, é resultado do esforço individual de professores e alunos e, principalmente, da política de bolsas de iniciação científica do Cefet-MG, que nos últimos anos ampliou o número de vagas destinadas aos alunos do ensino médio técnico.

    Para o diretor-geral do Cefet, Flávio Santos, o fato de a instituição receber o prêmio por dois anos seguidos vai ao encontro da política institucional de ampliar a produção científica. “Isso vem sendo feito com o aumento do número de bolsas de iniciação científica, tanto no ensino técnico quanto no superior e por meio do fortalecimento da pós-graduação”, disse. “O resultado é o aumento da produção científica, ampliação do número de patentes e uma melhor formação dos recursos humanos.”

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Após participar de compromissos relacionados ao Ano do Brasil na França e à Conferência Geral da Unesco, o ministro da Educação, Fernando Haddad, acompanha o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem a outros países da Europa a partir desta quarta-feira, 12.

    Na cidade do Porto, em Portugal, Haddad participa na quarta da 8ª Cimeira Luso-Brasileira, na qual também serão tratados temas educacionais. Dentre eles, a difusão da língua portuguesa em outros países e a criação do Instituto Machado de Assis, que funcionará nos moldes do Instituto Camões, de Portugal. Além disso, será discutido o acordo ortográfico da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

    Na sexta-feira, 14, a delegação vai a Salamanca, Espanha, para a 15ª Cúpula Ibero-Americana. A proposta de trocar parte da dívida externa por investimentos educacionais está na pauta do encontro. Lula e Haddad apresentarão a proposta aos países participantes da cúpula, formada por 19 países latino-americanos mais os europeus Espanha, Portugal e Andorra. 

    Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela que o valor da dívida externa do Brasil é de US$ 203,9 bilhões (R$ 457 bilhões). Aos credores do Clube de Paris, o país deve US$ 2,6 bilhões (R$ 5,8 bilhões). O valor que pode ser convertido é de aproximadamente US$ 730 milhões (R$ 1,6 bilhão). A negociação está mais avançada com a Espanha. O MEC já apresentou seis projetos e recebeu a aprovação para aquele que trata da capacitação de professores de língua espanhola. A Argentina, primeiro país da América Latina a propor tal procedimento, conseguiu a conversão de 68 milhões de euros (R$ 183 milhões) com a Espanha.

    Além da troca da dívida, a cúpula vai discutir o estímulo ao ensino do espanhol e do português nos dois países. O Brasil avançou este ano com relação à língua espanhola. O presidente sancionou, em agosto último, a Lei nº 11.161, que torna obrigatória a oferta do espanhol nas escolas públicas e privadas de ensino médio.

    Alimentação escolar — No dia 16, a comissão brasileira estará em Roma, para as comemorações do Dia Mundial da Alimentação. No dia seguinte, Haddad assina acordo de cooperação com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) destinado a disseminar o modelo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) brasileiro em países em desenvolvimento. O MEC pretende ajudar na implantação da logística do Pnae em países indicados pela FAO. Confira a agenda completa do ministro Fernando Haddad.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre o ano letivo do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) com uma palestra para 1.200 estudantes, às 10h15, na Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), no Recife.

    O programa é destinado a jovens de 18 a 24 anos que ainda na concluíram o ensino fundamental e estão fora do mercado de trabalho. Até o fim do ano, a iniciativa será estendida às outras 25 capitais do país e ao Distrito Federal. Participam da cerimônia os ministros Luiz Dulci, da Secretaria-geral da Presidência; Tarso Genro, da Educação, e Márcia Lopes, interina do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

    Às 9 horas, Lula se encontra com o deputado Ricardo Fiúza (PP/PE), na residência do parlamentar. Depois, segue para o Hospital Esperança, onde visita o ex-governador e deputado federal Miguel Arraes (PSB/PE). Às 11h40, ainda no campus da UFPE, o presidente inaugura o Centro Regional de Ciências Nucleares (CRCN), que começou a ser construído em 1999. Trata-se do primeiro centro de desenvolvimento tecnológico do setor instalado no Nordeste. O CRCN conta hoje com três laboratórios (metrologia, dosimetria e radioproteção) em condições de realizar estudos em áreas ligadas ao emprego de radiações ionizantes e de técnicas nucleares na Medicina.

    Após a solenidade, Lula deixa o local com destino à Base Aérea do Recife onde, às 13h40, embarca para Brasília. Na capital do país o presidente já tem agendados, às 17 horas, despachos internos no Palácio do Planalto.

    (Agência Brasil)


      
     

  • Diretores das melhores escolas públicas do país posam para foto com o presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR) “Estou muito orgulhoso de estar aqui com vocês”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao se encontrar com os 27 diretores das escolas públicas que apresentam os mais altos índices educacionais em cada estado. Eles já entraram para a história do Brasil pelos resultados obtidos em suas cidades, e agora levam para casa a lembrança de um encontro com o próprio presidente da República, na data oficial do país. Um símbolo da vitória pessoal de cada um deles.

    Após ouvir o Hino Nacional, no encerramento do desfile, o presidente fez questão de cumprimentar cada um dos diretores. Eles aguardavam ansiosos para ver o presidente de perto desde quinta-feira, dia 6, quando chegaram a Brasília. O encontro não estava previsto na agenda presidencial, mas Lula atendeu ao desejo dos diretores e esperou que eles atravessassem a pista do desfile para abraçá-los.

    O presidente Lula pediu que nenhum dos diretores de escola ficasse fora da foto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)As 24 mulheres e os três homens se sucederam nos abraços e apertos de mão com o presidente da República. Lula foi mais receptivo do que eles esperavam e chamou o fotógrafo oficial: queria uma foto ao lado dos 27. Ele pediu ao fotógrafo para não deixar ninguém de fora. O fotógrafo subiu de volta ao palanque, também a pedido do presidente, e enquadrou melhor os diretores.

    Lula tratou com amizade e admiração cada um dos diretores e dirigiu a cena descontraidamente ao organizar as rodadas de fotografia. Afinal, todos queriam um retrato exclusivo com Lula. Máquinas em punho, eles levarão para casa o registro do dia em que comemoraram a Independência ao lado do presidente.

    Minutos antes, o alto-falante havia anunciado com destaque a presença deles no desfile: “Registramos a presença dos diretores das escolas com melhores índices de educação do país. A nação agradece”, ouviu-se na voz grave do locutor.

    Mão estendida, ao lado da primeira–dama, dona Marisa Letícia, o presidente cumprimentou um a um pelo trabalho, que virou referência nacional. “É muito importante estar com vocês hoje”, enfatizou Lula. Os diretores foram convidados pelo Ministério da Educação para participar das festividades do dia que comemora a Independência e para ouvir deles sugestões e críticas capazes de ajudar a melhorar a educação básica.

    “De Norte a Sul, a educação é o caminho”, bradou emocionado o diretor da escola municipal Professora Guita, no Amapá, Charle José Gonçalves da Silva, ao apertar a mão de Lula. A comemoração do diretor recupera o tema do Sete de Setembro — A Educação é o Caminho — e lembra que os 27 diretores representam as escolas de todos os estados brasileiros.

    Maria Clara Machado

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  • Mais jovens entrando nas universidades e mais jovens da periferia virando doutores, diz Lula em discurso na abertura de campus em Mossoró (Foto: Ricardo Stuckert)Ao inaugurar nesta sexta-feira, 19, o campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em Mossoró (RN), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a expansão do ensino superior e da educação técnica. “Se cada presidente da República tivesse feito duas ou três universidades, nós teríamos 100 universidades. Se cada presidente da República tivesse feito três ou quatro escolas técnicas, a gente não teria tanta defasagem”, disse, referindo-se à interiorização da educação pública federal.

    O campus da Ufersa em Mossoró atende à necessidade de qualificar mão-de-obra local e regional para promover o desenvolvimento tecnológico e científico da região. Entre as obras inauguradas em Mossoró pelo presidente Lula e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, estão 12 salas de aula do departamento de ciências, 12 salas para o departamento de ciências animais e salas de trabalho para os professores. Com dois anos de existência, a Ufersa oferece dez cursos de graduação com 860 vagas, das quais, 200 são no período noturno.

    Sobre a expansão da educação superior no Brasil todo, o presidente destacou o avanço na abertura de vagas entre 2003 e 2008. Em 2003, explicou, o país abria a cada ano 113 mil novas vagas nas universidades e  em 2009 esse número subirá para 227 mil. Isso significa “mais jovens entrando nas universidades e mais jovens da periferia virando doutores”.

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • A unidade de Petrópolis do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ) será inaugurada neste sábado, 13, às 12h. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, conhecerão as instalações que já estão em funcionamento desde o dia 18 de agosto.

    Este ano foram ofertadas 120 vagas, distribuídas igualmente em três cursos de graduação, cada um com 40 vagas: técnico em telecomunicações, superior de tecnologia em gestão de turismo e licenciatura em física. A expectativa é de que até 2011, quando estiver completamente instalada, a unidade Petrópolis ofereça 1,2 mil vagas.

    A nova unidade faz parte do plano de expansão da educação profissional e tecnológica que, até 2010, entregará a todo o país mais 214 escolas técnicas. Até 2002, havia apenas 140 unidades. A intenção é ampliar o acesso à educação de qualidade e suprir a demanda por profissionais bem formados.

    Assim, os cursos guardam estreita relação com as especificidades locais. Em Petrópolis, além dos cursos iniciais, está prevista a oferta do curso de engenharia em 2009. No segmento da educação profissional técnica de nível médio, serão oferecidas, ainda em 2008, 40 vagas no curso técnico de telecomunicações (ênfase em TV digital), destinadas a alunos de escolas públicas.

    Foram investidos cerca de  R$ 2,4 milhões para a construção da unidade Petrópolis – R$ 1,2 milhão do governo federal e o restante do município, do estado e de instituições privadas.

    O Cefet-RJ utiliza a infra-estrutura física de um sistema multicampi, com três escolas na capital: a sede e uma unidade no bairro Maracanã e outra no bairro Maria da Graça. Na região da Baixada Fluminense há uma unidade no município de Nova Iguaçu. A unidade de Petrópolis totaliza cinco campi do Cefet-RJ.

    Maria Clara Machado

  • Foto: Wanderley PessoaA aula inaugural do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) será dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 20, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife. Este programa é destinado aos jovens que terminaram a 4ª série, mas não concluíram a 8ª do ensino fundamental e estão fora do mercado formal de trabalho. Além de retornarem à escola, os estudantes vão receber um auxílio financeiro de R$ 100,00/mês e terão aulas de informática e de idiomas. A duração do curso é de 12 meses, com direito ao certificado do ensino fundamental.

    O prefeito de Recife, João Paulo, recepcionará a comitiva presidencial, que também contará com a participação dos ministros da Educação, Tarso Genro, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e do Trabalho e Emprego, Luís Marinho, além do secretário Nacional da Juventude, Beto Cury, e da coordenadora Nacional do ProJovem, Maria José Feres. Os órgãos citados formam o Grupo de Trabalho Interministerial da Juventude, que elaborou o programa.

    O ProJovem deve chegar às 27 capitais do país e ao Distrito Federal até o final deste ano, beneficiando 200 mil alunos de 18 a 24 anos. Em 2006, a previsão é de que mais 200 mil jovens sejam matriculados. Na primeira etapa, 14.400 jovens serão atendidos por prefeituras de nove capitais: Recife (onde as aulas começaram na segunda, 18), Salvador e Fortaleza (início na próxima semana), Boa Vista, Porto Velho, Florianópolis, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre (ainda sem previsão).

    O Brasil tem aproximadamente 1,8 milhão de jovens com o perfil exigido pelo programa. Destes, cerca de 1,04 milhão está nas capitais. De acordo com a assessoria do ProJovem, esta é uma das razões que fizeram o governo federal começar por elas.

    Recursos - Os investimentos do ProJovem este ano são da ordem de R$ 311 milhões. O dinheiro vai custear o auxílio financeiro dos estudantes, o salário de todos os profissionais - educadores, gestores e administrativos -, bem como a compra de equipamentos, merenda e material didático. Serão comprados 14.800 computadores e impressoras, comuns e no sistema braile, estabilizadores, maquinário e móveis. Também está previsto o gasto de R$ 0,50/aluno/dia com a merenda. A contrapartida dos municípios será o espaço físico.

    Repórteres: Susan Faria e Sandro Santos

  • Foto: Tereza SobreiraO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros da Educação, Fernando Haddad, do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, participam da abertura do 7º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Eneja), nesta quarta-feira, 31, às 19h, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília. São esperadas três mil pessoas. O evento será realizado até sábado, 3 de setembro, em Luziânia (GO), com cerca de 540 participantes.

    A edição deste ano tem como tema Diversidade na EJA: Papel do Estado e dos Movimentos Sociais nas  Políticas Públicas. Vai abordar a necessidade de tratar a diversidade como um valor cultural de fundamental importância para a EJA, assim como ampliar o horizonte em que se realizam as políticas nessa área, para a dimensão da educação continuada.

    A EJA (foto) é uma modalidade do ensino fundamental que atende pessoas com mais de 15 anos que não completaram os estudos. Cerca de cinco milhões de brasileiros freqüentam turmas desta modalidade em todo o país. O MEC, por meio do programa Fazendo Escola, oferece a estados e municípios (responsáveis pela oferta de EJA) recursos suplementares, que variam de acordo com a realidade de cada localidade beneficiada. Este ano, são R$ 486 milhões destinados a 3.342.531 pessoas.

    Premiação – Durante a cerimônia de abertura serão entregues dois prêmios relacionados à EJA: o Crer para Ver – Inovando a EJA, resultado de parceria entre o MEC, a empresa de cosméticos Natura e a Fundação Abrinq; e a medalha Paulo Freire, que será entregue à entidade que mais tenha se destacado na contribuição para reduzir os índices de analfabetismo. Confira a programação do evento.

    Repórter: Iara Bentes

  • Santo André (SP) - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, estiveram em Santo André, São Paulo, nesta sexta-feira, 28, para ver de perto as obras da Universidade Federal do ABC. Por determinação do presidente, os trabalhos, que seriam concluídos em meados de 2009, serão acelerados e devem ser encerrados já no próximo ano.

    Mesmo em instalações provisórias, o campus da UFABC atende cerca de mil alunos de graduação e 96 de pós-graduação, desde 2006. Ali trabalham 110 professores, todos doutores, e 85 servidores. O governo federal investirá R$ 117,2 milhões na construção de seis prédios — dois edifícios para salas de aula, um centro cultural, um restaurante, um conjunto esportivo e uma torre do relógio. O edifício do bloco B, quase pronto, recebeu a visita do presidente e de Haddad, acompanhados do ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, e do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins.

    Lula fez questão de cumprimentar cada operário. Um mestre-de-obras perguntou ao presidente se ele continuará ampliando as vagas no ensino superior federal. Lula respondeu que serão dez novas universidades e mais 48 extensões universitárias até 2010.

    Os prédios da UFABC ocuparão um terreno de 77 mil metros quadrados, doado pela Câmara Municipal, e abrigarão 11 mil alunos. A universidade faz parte do projeto de expansão da educação superior do governo federal. Estão previstos recursos de R$ 11 milhões para a implantação, no próximo ano, de uma extensão  da UFABC na cidade vizinha de São Bernardo do Campo. O presidente anunciou a compra do terreno no qual será erguido o novo campus, no centro da cidade — o custo foi de R$ 50 milhões.

    Acordo — Durante a visita, Haddad adiantou à comunidade acadêmica que está previsto para outubro o Plano Nacional de Assistência Estudantil, resultado de acordo com a União Nacional dos Estudantes. Serão investidos R$ 200 milhões em 2008, dos quais R$ 70 milhões em uma nova modalidade de bolsa, a de iniciação à docência. Na visão do ministro, a bolsa inova ao estimular a formação de professores e reforça a qualidade da educação básica. Outros R$ 140 milhões serão destinados à assistência estudantil, mais especificamente à alimentação e à moradia de alunos de baixa renda.

    Criada pela Lei nº 11.145, de 26 de julho de 2005, a UFABC atende a alunos do ABC Paulista, área industrial formada por sete municípios da região metropolitana de São Paulo — Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A universidade inovou ao adotar o bacharelado interdisciplinar — todos os alunos cursam três anos iniciais de bacharelado em ciência e tecnologia.

    Michele Yanagihara, 19 anos, aluna do segundo ano, é monitora da disciplina bases experimentais das ciências naturais. “Fizemos experimentos de óptica, vimos os diversos tipos de clorofila presentes nas plantas e estudamos cromatografia”, enumera a estudante, já familiarizada com os termos específicos da área.

    Ela constatou que a pesquisa reforça o aprendizado e já decidiu que quer trabalhar com pesquisa. “Gostaria que as empresas investissem mais em pesquisadores”, diz. Depois dos três anos iniciais, o estudante pode se formar ou prosseguir os estudos em uma área específica.

    Maria Clara Machado

  • O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu nesta terça-feira, 14, a colaboração dos deputados e senadores na aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que cria o Fundo da Educação Básica (Fundeb). A proposta foi enviada hoje ao Congresso Nacional, no lançamento do conjunto de programas intitulado Ações para a Qualidade na Educação. “Agora, vamos precisar da colaboração, que não nos tem faltado, dos deputados e senadores, que examinarão as medidas enviadas. Se tiverem de mudar alguma coisa, que mudem para melhor”, declarou o presidente, em solenidade no Palácio do Planalto.

    Durante a solenidade, Lula afirmou que a aprovação representará um enorme avanço no financiamento do ensino público. Com o Fundeb, que substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), o número de alunos atendidos passará de 30 milhões para 47 milhões.

    Em quatro anos, o investimento federal será crescente, até chegar a R$ 4,3 bilhões anuais. “Nunca se investiu tanto na educação básica. Os recursos terão conseqüência imediata no ensino”, disse o presidente.

    Para o ministro da Educação, Tarso Genro, o Congresso Nacional nunca faltou ao país em momentos importantes. “Apesar do momento político que estamos passando, o Congresso vai ter sensibilidade para votar este ano a proposta do Fundeb”, disse. Tarso Genro lembrou que a PEC não é uma proposta de partido, mas uma política de Estado, apoiada por ampla maioria dos setores envolvidos.

    Anteprojeto - O Ministério da Educação concluiu a versão preliminar do anteprojeto de lei que regulamenta o Fundeb. O documento será debatido com os estados e municípios, por meio das suas entidades representativas como o Consed (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação) e a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

    Ampliação — O pacote de ações encaminhado ao Congresso inclui o projeto de lei que aumenta de oito para nove anos o período do ensino fundamental. Quando a lei for aprovada, as crianças começarão a estudar aos seis anos — hoje, começam aos sete. O resultado é a inclusão de estudantes das camadas populares no sistema de ensino.

    Foi encaminhado, ainda, projeto que cria bolsas de estudo para os programas Pró-Licenciatura, Proformação e Pró-Letramento, todos de formação de professores do ensino básico da rede pública. O projeto atenderá 230 mil professores sem a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

    Lula assinou, ainda, medida provisória que cria bolsas de estudo para os programas Escola de Fábrica, Universidade para Todos (ProUni) e de Ensino Tutorial (PET). O Escola de Fábrica visa a ampliar as possibilidades de formação profissional ao capacitar alunos de baixa renda para o mercado. Cerca de 11 mil estudantes receberão do governo federal até R$ 150,00 para freqüentar escolas de profissionalização montadas em empresas. Até o fim deste ano, serão 24 mil alunos formados. Para os alunos do ProUni que cursam o ensino superior em cursos de turno integral, o governo repassará uma bolsa-permanência de R$ 300,00, para despesas.

    Outra medida é a instituição de um sistema de bolsas pelo PET. Neste caso, o governo as concederá a alunos e professores. O estudante poderá participar de atividades acadêmicas que contribuam para sua formação e para a qualidade do ensino superior, sob a orientação de um professor, que será seu tutor.

    Jovens e adultos — Portaria assinada hoje estabelece que as 101 escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica devem reservar 10% de suas vagas, em 2006, e 20%, em 2007, a cursos integrados de ensino médio e de ensino profissional técnico, na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA). A iniciativa é voltada para jovens com mais de 17 anos que tenham concluído o ensino fundamental. Em três anos, 80 mil estudantes devem ingressar na EJA profissionalizante.

    Repórter: Flavia Nery


     

  • Foto: Tereza SobreiraO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta terça, 19, em solenidade dedicada ao Dia do Índio, no Palácio do Planalto, que os ministros da área social estão preparando um pacote de cidadania para as populações indígenas. "Queremos ver se chega escola de qualidade e saúde às terras indígenas. Queremos que parte dessas terras seja transformada em terras produtivas para que os índios possam viver do resultado de seu trabalho", declarou o presidente.

    Dentro desse processo, o Ministério da Educação vem atuando para reconhecer as diferenças dos 430 mil índios do país e promover uma educação especializada para os 150 mil indígenas em idade escolar. De acordo com o ministro da Educação em exercício, Fernando Haddad, três ações podem ser destacadas: o aumento do orçamento da educação indígena para este ano; o repasse maior para a merenda escolar dos alunos índios e a reserva de vagas no Programa Universidade para Todos (ProUni).

    Este ano, os investimentos em educação indígena aumentaram 233% em relação a 2003 - passaram de R$ 3,3 milhões para R$ 11 milhões. A merenda escolar destinada aos estudantes índios é de R$ 0,34 por dia, enquanto nas escolas públicas é de R$ 0,18.

    Em relação ao ProUni, das 112 mil bolsas de estudos oferecidas a estudantes carentes em universidades privadas, 46 mil foram reservadas a negros e indígenas, de acordo as proporções dessas populações em cada estado, segundo o IBGE.

    Homologação - Durante a solenidade, o presidente assinou a homologação de cinco reservas indígenas. Lula disse que o governo ainda tem um trabalho longo para devolver aos índios tudo o que foi retirado deles ao longo dos anos. "Ainda vai levar muitos anos para que a gente consiga devolver aquilo que um dia foi tirado de vocês", ressaltou aos representantes de comunidades indígenas.

    Desde o início do governo Lula, foram homologadas 55 terras indígenas, que totalizam 9,5 milhões de hectares. O ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, lembrou que a relação do índio com a terra é diferente e profunda. "É por meio da terra que os índios podem dar continuidade a sua cultura e tradições", explicou.

    Repórter: Flavia Nery

  • A aprovação do Fundo da Educação Básica (Fundeb) deve ser a prioridade dos deputados e senadores neste período de convocação extraordinária do Congresso Nacional. A afirmação foi feita pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no programa semanal de rádio Café com o Presidente, que vai ao ar todas as segundas-feiras pela Rádio Nacional.

    Lula ressaltou que o Fundeb tem de ser aprovado antes do Orçamento da União de 2006, para que o governo tenha condições de fazer o remanejamento dos recursos necessários a sua implementação. “Será um acréscimo muito importante, sobretudo porque vai favorecer pessoas dos estados mais pobres e melhorar a vida dos professores brasileiros", declarou o presidente.

    Lula lembrou que a implementação do Fundeb beneficiará os estados mais pobres ao atender estudantes da creche até o ensino médio. “O Fundeb vai garantir que as crianças mais pobres, que hoje entram na escola com sete anos, possam entrar na creche, possam ter pré-escola e a escola”, afirmou. “Ou seja, quando começar o ensino fundamental, esta criança já terá formação para poder evoluir na escola.”

    Repórter: Flavia Nery

  • Discurso do PresidenteMais dinheiro para a educação. Foi o que defenderam o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, diante de cerca de dois mil prefeitos, durante o encontro de comemoração do primeiro ano do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O evento ocorreu nesta segunda-feira, 19, no Alvorada Park Hotel, em Brasília.

    “O governo não consegue construir todas as creches de que os municípios precisam”, disse o presidente em relação ao Proinfância - uma das ações previstas no PDE, que destina recursos à construção, ampliação e reforma de creches e pré-escolas públicas de educação infantil. Na solenidade de hoje, 496 municípios receberam ordens de pagamento que somam R$ 363,4 milhões para a construção de 515 creches, em todo o país.Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ministro da Educação, Fernando Haddad, durante encontro com prefeitos (Foto: Júlio César Paes)

    “Quando a primeira creche estiver funcionando, vamos chamar os ministros da área econômica e os parlamentares para ver que é preciso investir mais”, disse o presidente.

    O ministro Haddad lembrou a proposta de emenda constitucional nº 96, da senadora Ideli Salvatti, que prevê o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) de maneira gradual e tramita no Congresso. A desvinculação, hoje, retira cerca de R$ 7 bilhões anuais do orçamento da educação.

    Para Haddad, mais dinheiro para o setor, garantido com o fim da DRU e  a partir de emendas ao orçamento federal, permitirá democratizar o acesso aos programas do ministério. Na visão do ministro, é preciso aumentar as verbas da educação para que todas as ações do PDE sejam cumpridas e alcancem seu objetivo principal: equalizar as oportunidades educacionais. “Não importa onde a criança nasça, seu direito de aprender deve ser garantido”, destacou.

    “Nenhum pai vai permitir que o seu filho seja transportado em veículo diferente do que foi padronizado pelo Inmetro”, exemplificou o ministro em relação ao programa Caminho da Escola, que busca assegurar transporte de qualidade e com segurança a estudantes de áreas rurais. Para que os veículos padronizados atendam a todos os alunos do campo, o ministro defende a ampliação dos recursos para a educação.

    Haddad mostrou ao presidente a maquete dos ônibus escolares que serão adquiridos pelos municípios via financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos próprios ou por meio de recursos previstos no orçamento federal. Os investimentos federais para a aquisição dos primeiros 513 veículos são de R$ 72,5 milhões.

    “Agora, vamos poder dar tratamento adequado às crianças do campo”, disse o presidente. Lula também conheceu o projeto arquitetônico em miniatura das creches que serão construídas com recursos federais.


    Leia o discurso do Presidente na íntegra
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    Maria Clara Machado

  • DivulgaçãoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 22, ao conhecer o campus de Imperatriz, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que a educação deve ser tratada como investimento e não gasto. “É proibido usar a palavra gasto quando se fala em educação no governo. Educação é investimento. Gasto é quando se deixa de investir na educação para depois investir em presídios”, disse.

    O campus de Imperatriz integra o plano de expansão da rede federal de educação superior. As obras vão permitir a abertura de cursos de engenharia de alimentos, enfermagem e comunicação social. Em 2007, serão oferecidos cursos de farmácia, química e biologia. Além do campus de Imperatriz, o projeto de expansão no Maranhão contempla também o campus de Chapadinha. Serão destinados R$ 16,3 milhões ao estado. Quando os dois campi estiverem em pleno funcionamento, quatro mil alunos serão atendidos.

    O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou a importância da interiorização da educação superior como forma de induzir o desenvolvimento local e enfrentar as desigualdades regionais do país. Dos 40 campi previstos no plano de expansão, 15 serão construídos ou consolidados no Nordeste. “Estamos levando a universidade para cidades que nunca contaram com uma instituição pública de educação superior”, ressaltou.

    Parnaíba – Pela manhã, Lula e Haddad estiveram em Parnaíba, onde será ampliado um campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Este ano, o campus oferecerá três novos cursos: turismo, engenharia de pesca e ciências biológicas. Em 2007, serão criados os cursos de biomedicina, fisioterapia, psicologia e matemática. Com o projeto de expansão, a UFPI ganha, além da ampliação do campus de Parnaíba, outro em Bom Jesus e Picos. Só na universidade serão investidos R$ 20 milhões – R$ 6 milhões para Parnaíba, outros R$ 6 milhões para Picos e R$ 8 milhões para Bom Jesus. O governo autorizou a contratação de 100 professores para atender aos três campi.

    Marabá – No fim da tarde, Lula e Haddad conferiram as instalações do campus de Marabá, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Além da expansão em Marabá, a UFPA será contemplada com a ampliação dos campi de Santarém, Bragança e Castanhal. Ao todo, o investimento é de R$ 6 milhões.

    Repórteres: Rafael Ely e Rodrigo Dindo

     

  • Foto: Tereza SobreiraO presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta sexta-feira, 24, em solenidade no Palácio do Planalto, o plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica. O projeto, entregue pelo ministro da Educação, Tarso Genro, e pelo presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Concefet), Luís Edmundo de Aguiar, prevê a expansão do ensino técnico para mais 1.300 municípios, em 18 unidades da Federação.

    “Não existe valor agregado mais importante em qualquer produto deste país do que o valor do conhecimento que a gente der a nossa juventude e ao povo”, declarou o presidente Lula. Serão criadas 32 escolas e 54.136 vagas em cursos técnicos de nível médio e superiores de tecnologia. A proposta implica na geração de 3.338 novos empregos e no investimento de R$ 70 milhões para a construção de escolas ou adaptação das estruturas já existentes, compra de equipamentos e capacitação profissional.

    Para Lula, o Brasil não pode mais considerar o dinheiro destinado à educação como gasto. “Não existe investimento mais sagrado para uma nação do que o investimento na formação da sua gente”, disse. Confira o discurso do presidente na íntegra.

    Decreto – Durante a solenidade, o presidente Lula assinou decreto que cria o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (ProEJA), que será desenvolvido pela rede federal de educação tecnológica. O programa vai oferecer cursos de formação inicial e continuada para jovens e adultos e educação profissional técnica de nível médio para os que têm o ensino fundamental. Nos próximos dois anos, serão abertas 20 mil vagas em cursos.

    “Esse ato conecta a educação profissional com as classes carentes, a quem este ensino era destinado e que, por condições históricas e sociais, foram se tornando vinculadas aos setores médio e superior da população”, explicou Tarso Genro. Em 2006, 10% das vagas da rede de educação profissional e tecnológica serão destinados à oferta de educação profissional integrada ao ensino médio. Em 2007, a exigência será de 20%.

    Rede – A regra vale para as 144 escolas da rede: 34 centros federais de educação tecnológica (Cefets), 43 unidades descentralizadas, 36 escolas agrotécnicas federais (EAF), 30 escolas técnicas vinculadas às universidades federais e a Escola Técnica Federal de Palmas (TO). “A gente não quer parar por aí. Gostaríamos de influenciar, sobretudo, as escolas públicas estaduais para, também, contribuírem com o novo desafio de integrar os ensinos técnico e médio”, disse o presidente do Concefet, Luis Edmundo de Aguiar. Confira o discurso.

    Com 95 anos de existência, a rede federal de educação tecnológica é composta por 144 instituições que oferecem 666 cursos técnicos e 189 cursos tecnológicos, em 23 estados da Federação. São 11.900 professores que atendem, hoje, 230 mil estudantes.

    Repórter: Flavia Nery

  • Uma delegação de 21 representantes da Internacional de Educação (IE) — organização à qual todas as confederações de educação do mundo são ligadas — será recebida na tarde desta sexta-feira, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Eles vieram ao Brasil para participar do 30º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que ocorre em Brasília, até o dia 20. O tema da conferência é Educação Pública: a diferença que promove a igualdade.

    No encontro no Palácio do Planalto, os representantes pedirão ao presidente que oriente os parlamentares a fim de que o piso salarial nacional para os professores da educação básica entre em vigor o mais rápido possível. A matéria está em tramitação na Câmara dos Deputados, precisa passar por duas comissões na casa e votação em plenário antes de seguir para apreciação no Senado e posterior sanção presidencial. A CNTE e a IE temem que a votação se estenda até o segundo semestre deste ano.

    Caso seja aprovado, o piso estabelece o valor mínimo de R$ 950, pago a professores da educação básica que tenham formação de nível médio para um regime de trabalho de 40 horas semanais.

    “O 30º Congresso da CNTE se realiza num momento de bastante mobilização, não apenas pela implantação do Plano de Desenvolvimento da Educação, mas também pela mobilização em torno da aprovação do piso dos professores”, afirmou o secretário executivo adjunto do MEC, Francisco da Chagas Fernandes.

    Além da aprovação do piso, os membros da IE também apóiam a CNTE quanto à manutenção dos recursos para a área educacional, mesmo com o fim da cobrança da CPMF, e devem abordar o tema no encontro com o presidente. Em nota, a CNTE divulgou que “é imprescindível que os recursos para a educação não sejam submetidos a restrições”. A organização reivindica ainda que os programas de expansão e qualificação da educação, além de processos de valorização dos profissionais da área, não sejam interrompidos.

    A IE é uma instituição que representa cerca de 30 milhões de trabalhadores em educação no mundo. Os membros da organização que estão no Brasil são ligados a entidades de educação de 14 países: Estados Unidos, França, Espanha, Curaçao, Costa Rica, Bélgica, Alemanha, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, África do Sul, Honduras e Cuba. Além deles, cerca de 2,4 mil profissionais da educação participam da conferência.

    Conferência nacional — Temas ligados à educação básica estarão novamente em discussão em abril, na 1ª Conferência Nacional da Educação Básica, quando todos os setores ligados à área se reúnem em Brasília para debater medidas capazes de elevar a qualidade do ensino e a gestão democrática. Entre os temas a serem discutidos estão a criação do sistema nacional de educação e o regime de colaboração entre governos. Quase todos os estados e o DF já realizaram conferências estaduais e escolheram os delegados que participarão da conferência nacional. Falta apenas o Pará, que realizará seu encontro a partir deste sábado, dia 19.

    Maria Clara Machado

  • Durante a solenidade de entrega da terceira versão do anteprojeto da Lei da Reforma da Educação Superior, nesta sexta-feira, 29, no Palácio do Planalto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionará cinco projetos de lei de criação de universidades federais, todos de autoria da Presidência da República. São eles:

    - PLC nº 56/2005, que transforma a Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM) em Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, MG;

    - PLC nº 57/2005, que cria a Fundação Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), por desmembramento da Fundação Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS);

    - PLC nº 59/2005, que transforma a Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas - Centro Universitário Federal (Efoa/Ceufe) em Universidade Federal de Alfenas (Unifal), de Minas Gerais;

    - PLC nº 60/2005, que cria a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cruz das Almas, por desmembramento da Universidade Federal da Bahia;

    - PLC nº 61/2005, que transforma a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (Esam) em Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), no Rio Grande do Norte.

    Repórter: Flavia Nery

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