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  • Cerca de 50 professores por estado e do Distrito Federal já começaram a ser capacitados para a implantação do projeto Xadrez nas Escolas, que começará no segundo semestre de 2005. A iniciativa é da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) em parceria com o Ministério dos Esportes. A idéia é que o ensino do jogo de xadrez seja mais um instrumento pedagógico nos projetos da rede oficial de ensino.

    O projeto será implantado em até 50 escolas de 25 unidades da federação, exceto São Paulo e Acre. Cada escola receberá um kit contendo um livro sobre xadrez, 20 jogos e um mural para que o professor possa ensinar os alunos. A seleção das escolas será feita pelas secretarias de educação dos estados. A orientação do MEC é que sejam escolhidas as escolas mais carentes.

    De acordo com a responsável pelo projeto na SEB, Miriam Sampaio de Oliveira, com o tempo, um número maior de escolas deverão ser atendidas gradativamente, pois o xadrez estimula o desenvolvimento do aluno. "O xadrez ajuda o aluno em vários aspectos, como raciocínio rápido, memorização, resolução de problemas, imaginação e criatividade. Por isso, acreditamos que o sucesso do projeto fará com que ele se estenda para mais escolas", considerou.

    Em 2003, o MEC e o Ministério dos Esportes, em parceria com governos estaduais, levaram o xadrez para as escolas municipais de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Teresina (PI). Com resultados positivos confirmados, agora virá a fase de implantação.

    O projeto busca também a inserção de alunos portadores de necessidades especiais, contribuindo para o acesso, a inclusão e a permanência desses alunos nas escolas e na comunidade. Além disso, deverá ser expandido para jovens em privação de liberdade. Segundo Miriam, no estado do Paraná, o xadrez é ensinado há 20 anos e apresenta ótimos resultados pedagógicos.

    Edmilson Freitas

  • Presidente Lula durante formatura da 1ª turma de formandos em Administração da Faculdade Zumbi dos Palmares (Foto: Ricardo Stuckert/PR)São Paulo – “Precisamos criar um país em que todos possam sentar nos bancos das universidades”, disse o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva na madrugada desta sexta-feira, 14, para 126 formandos – 87% negros – e suas famílias. O presidente e o ministro da Educação, Fernando Haddad, participaram, em São Paulo, da colação de grau da primeira turma de administração da Faculdade Zumbi dos Palmares – que busca ampliar o acesso do negro ao ensino superior.

    Para o presidente, o jovem pobre brasileiro se depara com duas dificuldades ao prestar vestibular: a alta competitividade para conseguir uma vaga nas universidades federais e a falta de recursos para pagar mensalidades caras nas particulares. “Vamos reverter essa situação porque, até 2010, vamos inaugurar dez universidades novas, 48 extensões universitárias em todo o Brasil e 214 escolas técnicas” afirmou.

    Em relação ao acesso ao ensino superior dos negros, Lula destacou que o país está mudando para melhor. “A gente não via um negro dentista, um negro médico. Quantos negros advogados?” perguntou o presidente. Já o ministro Haddad contou que em 15 anos na Universidade de São Paulo (USP) – estudou direito, economia e filosofia – não conviveu com nenhum colega negro. “Hoje vivemos a realidade em que as universidade públicas adotam políticas afirmativas e as particulares contam com o ProUni”, lembrou, referindo-se ao Programa Universidade para Todos de concessão de bolsas a alunos de baixa renda.

    Haddad destacou que uma das medidas para ampliar o acesso ao ensino superior de todos os brasileiros foi a assinatura dos acordos de metas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), realizada na quinta-feira, 13, no Palácio do Planalto. Todas as 53 universidades federais aderiram ao Reuni, que prevê, entre outras medidas, a duplicação do número de vagas até 2012.

    “Se continuarmos com essas políticas públicas, de financiamento estudantil, concessão de bolsas, ampliação de vagas e apoio a iniciativas privadas, o Brasil será mais igual na sua diversidade”, ressaltou o ministro.

    Durante a cerimônia, o presidente contou a história de duas alunas pobres e negras da instituição – Elaine Duarte e Andressa Santos – que conseguiram se formar mesmo em condições adversas, e destacou o apoio das famílias nesse processo.

    De acordo com o presidente, o pai de Elaine era vigia desempregado e sua renda como catador de papelão era insuficiente para custear os estudos da filha. Diante das dificuldades, os pais não deixaram de apóia-la. A frase que a mãe sempre repetia – “a gente toma sopa de pedra, mas você termina a faculdade” – representa a luta da família para garantir à filha o direito de aprender que eles não tiveram. Já Andressa vendia frutas desde pequena para complementar a renda familiar. Hoje, as duas estão empregadas em bancos.

    Os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Márcio Fortes (Cidades), Edson Santos (Igualdade Racial), Miguel Jorge (Desenvolvimento), Luiz Marinho (Previdência) e Orlando Silva (Esporte) também participaram da cerimônia de colação de grau.

    Maria Clara Machado

    Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva  / áudio

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