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  • Palhaços, cantigas de roda, fantasias, canções, tambores e batuques deram as boas vindas ao público na inauguração do Teatro Universitário Cláudio Barradas, da Universidade Federal do Pará (UFPA), na última sexta-feira, 19.

    “O teatro é um vírus que a gente pega e que, graças a Deus, não tem cura. Com todas as nossas limitações de espaço e falta de meios, a arte feita aqui sempre foi magnífica. Por isso, me sinto honrado e emocionado ao ver nosso antigo sonho se tornar real”, agradeceu o padre Cláudio Barradas pela homenagem que leva seu nome.

    O diretor do Instituto de Ciências da Arte, Afonso Medeiros, explicou que o nome escolhido para o espaço representa uma geração de artistas, cujas histórias de vida, além da de Cláudio Barradas, se confundem com as histórias do teatro no Pará e do teatro como ciência na universidade, como as de Maria Sylvia Nunes e de Eri Correia. “Esperamos estar à altura do sonho que vocês nos transmitiram”, disse Afonso.

    Já o reitor da UFPA, Alex Fiúza de Mello, ressaltou que os investimentos em artes fazem parte de uma visão estratégica da universidade. “Enquanto a ciência produzida na Amazônia tem dificuldades de se tornar uma referência mundial devido ao seu histórico de atraso tecnológico, no campo das artes, podemos obter um Prêmio Nobel. Por meio das artes, filmes,  peças de teatro, danças, melodias, ritmos e da literatura podemos, estrategicamente, mostrar a cor, o cheiro e o olhar do amazônida sobre a Amazônia ao mundo.”

    Assessoria de Imprensa da UFPA
  • Belém - Um modelo integrado de universidade multicampi pode ser a solução para a crescente demanda por vagas nos novos cursos de graduação e programas de pós-graduação no Pará. Técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA) iniciaram em setembro uma série de visitas a unidades da instituição no interior do estado e constataram a necessidade de criação e expansão de campi e polos.


    A proposta de modelo integrado multicampi, apresentada pelas unidades de Abaetetuba, Cametá e Tucuruí, é tema de debate durante visita ao campus de Tocantins, iniciada na terça-feira, 15, com encerramento nesta quarta, 16. Os três campi criaram grupo de trabalho para implantar um modelo multicampi de cooperação que possibilitará a integração da infraestrutura física, servidores e oferta de vagas e cursos nas cidades ligadas aos polos das três unidades. O trabalho conjunto ampliará os serviços prestados, com perspectiva, ainda, de implantação de programas de pós-graduação em desenvolvimento regional.


    “Cada campus oferece cursos de graduação específicos. Isso significa que temos professores e projetos de pesquisa e extensão em determinadas áreas do conhecimento”, explica o vice-coordenador do campus de Abaetetuba, Afonso Nascimento. “Pensamos em compartilhar essa infraestrutura para que outros municípios tenham acesso ao que é ofertado apenas em outra cidade.”


    Uma das possibilidades discutidas é a oferta de graduações específicas ministradas por professores de um campi que já ofereça determinado curso. Seria o caso, por exemplo, de abrir uma turma de graduação em letras com habilitação em língua inglesa no campus de Abaetetuba, que tem habilitações em português e espanhol. Enquanto isso, Cametá, que oferece português e inglês, teria uma turma especial de espanhol.


    Visão — “O projeto dará certo porque caminha para um modelo de universidade verdadeiramente multicampi, no qual os espaços e os servidores atendam à sociedade onde for necessário”, disse o reitor da UFPA, Carlos Maneschy. “Essa nova visão de universidade multicampi mais integrada deve crescer e se estender a todos os campi da UFPA.”


    De acordo com Maneschy, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) oferece à instituição a perspectiva de estender ensino, pesquisa e extensão a várias unidades acadêmicas. Ele lembra, no entanto, que a execução de projetos não previstos pelo Reuni requer investimentos na contratação de professores e técnicos e na infraestrutura. Isso exige a formulação de planos de longo prazo.

    Assessoria de Imprensa da UFPA


    Republicado com correções

  • Em balanço do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação, divulgado às 9h desta segunda-feira, 7, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) registrou o maior número de inscritos - 22.297. A UFRJ oferece 4.745 vagas.

    A Universidade Federal do Ceará (UFC) registrou o segundo maior número de inscritos, com 13.455 estudantes. A oferta de vagas na instituição é de 6.258 vagas. Logo em seguida, está a Universidade Federal Fluminense (UFF), que até o momento, já teve 9.867 inscritos. A UFF oferece 4.789 vagas.

     

    O Sisu entrou no ar no início da madrugada desta segunda-feira. Até 9 horas desta segunda-feira, mais de 146 mil candidatos se inscreveram. Entre 00:01 e 1 hora, na primeira hora de funcionamento, o sistema registrou mais de 80 mil candidatos inscritos. Na primeira edição deste ano, a oferta de vagas chega a 129.319, em 3.752 cursos. Ao todo, 101 instituições públicas de educação superior selecionarão estudantes por meio do Sisu. Antes da abertura do sistema, vinte mil pessoas já estavam logadas. Com a abertura das inscrições, esse número saltou para 50 mil.

     

    Clique aqui para ler mais sobre o Sisu

     

    Assessoria de Comunicação Social


    Confira a oferta de vagas na página do Sisu na internet




  • Obras de ampliação e via de acesso à UFRPE somam um investimento de R$20,4 milhões (Foto Rafael Carvalho/MEC)O Ministério da Educação inaugurou, na manhã deste sábado, 22, oito obras da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no campus Dois Irmãos, em Recife. Além da TransRural, via que vai garantir mobilidade e acessibilidade à instituição, foram entregues o prédio Ariano Suassuna, que é um complexo administrativo dos cursos de história, administração, letras e ciências sociais; o edifício da editora universitária; o complexo acadêmico administrativo, que irá abrigar mais de dez cursos de graduação à distância; os galpões de avicultura, bubalinocultura e da fábrica de ração; e a ampliação da rede elétrica de média tensão. Juntas, as obras somam um investimento de R$ 20,4 milhões.

    Durante a cerimônia de inauguração, o ministro da Educação, Mendonça Filho, destacou que essa ampliação da capacitação e de investimento na UFRPE garante a construção de um futuro melhor e assegura expansão de oportunidade para todos os jovens. “Essas obras são muito positivas e mostram claramente uma ação concreta de atendimento da necessidade da população que estuda na zona rural”, disse.

    “Nós estamos expandindo o campus, melhorando a infraestrutura e acrescentando opções para que os alunos possam ter o melhor acesso possível à educação superior no estado de Pernambuco”, celebrou Mendonça Filho, afirmando que sua missão não acaba aí. “Eu quero continuar a trabalhar para que a gente possa valorizar cada vez mais a expansão da rede de educação superior.”

    A reitora da UFRPE, Maria José de Sena, declarou que essas são obras imprescindíveis para garantir o bom funcionamento da instituição. “São obras de gabinetes de professores, de coordenações de cursos de graduação. Além da TransRural, que veio dar uma mobilidade impar à universidade.” Segundo ela, a instituição sofria problemas sérios de acessibilidade e, a partir de agora, ampliará o acesso a todos.

    Obras – A via TransRural, que contempla a construção de vias pavimentadas e rede elétrica, atenderá a população da UFRPE no fluxo e deslocamento dentro da instituição. Sua construção irá beneficiar mais de 15 mil pessoas, entre alunos, professores, servidores e visitantes da instituição. Ela é considerada a principal obra estruturante da UFRPE, pois, além de fortalecer a mobilidade interna, garantirá acessibilidade a pessoas com dificuldade de locomoção.

    O edifício Ariano Suassuna, que teve a obra iniciada há sete anos, sediará o complexo administrativo dos cursos de história, administração, letras e ciências sociais. Ele irá beneficiar, indiretamente, cerca de 1.400 alunos ligados a esses cursos.

    O novo prédio da editora universitária da UFRPE (EdUFRPE) contará com instalações modernas e vai concentrar toda a política editorial da universidade, apoiando as atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão por meio dos serviços de impressão e publicação.

    Já o complexo acadêmico administrativo, conhecido como a prefeitura da universidade, vai abrigar as novas instalações da Unidade de Educação a Distância e Tecnologia (EaDTec). No total, serão ofertados cerca de dez cursos de graduação a distância, impactando diretamente mais de 700 estudantes ligados aos mais diferentes cursos da unidade.

    Investimentos – Desde que o ministro Mendonça Filho assumiu o comando do Ministério da Educação, em maio de 2016, a pasta já liberou R$ 82,5 milhões em investimentos para a UFRPE. Nos dois anos que antecederam a sua chegada, a universidade havia sido comtemplada com somente R$ 11 milhões.

    “Esse montante mostra a nossa prioridade para a área da educação, provando que ações firmes e concretas transformam a realidade da educação no Brasil”, disse o ministro durante a inauguração das novas obras na UFRPE. “Nós estamos proporcionando o acesso aos mais pobres a cursos de nível superior gratuitos, porque são cursos ofertados pela rede de educação superior do Ministério da Educação”, comemorou.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • O ministro Aloizio Mercadante dá posse à reitora da UFRRJ, Ana Maria Dantas Soares (Foto: João Neto/MEC)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deu posse, nesta quarta-feira, 27, em Brasília, à nova reitora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Ana Maria Dantas Soares. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da universidade, que tem mais de cem anos, e seu mandato vai até 2017.

    Com a expansão e reestruturação da rede federal de educação superior, desde 2006, a UFRRJ, que tem sede na Seropédica, inaugurou outros dois câmpus – Três Rios e Nova Iguaçu. Foram abertos 28 novos cursos de graduação, chegando a 56 o total oferecido pela universidade. Participante do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a Rural do Rio de Janeiro ampliou em mais de 4 mil o número de matrículas no período – eram 7.895 em 2006 e chegou a 11.972 em 2011.

     

    O ministro da Educação destacou a importância da expansão da rede federal para o desenvolvimento do país. “Há uma grande demanda por acesso no país, fizemos o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 4,7 milhões de estudantes, 1,8 milhões eram concluintes do ensino médio”, afirmou Mercadante.

     

    Ana Maria Dantas Soares é licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), especialista em planejamento e administração universitária pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutora em ciências sociais, desenvolvimento, agricultura e sociedade pela UFRRJ. A reitora faz parte do corpo permanente dos programas de pós-graduação em educação agrícola e em práticas de desenvolvimento sustentável e exerceu o cargo de vice-reitora da UFRRJ entre 2005 e 2013.


    Diego Rocha

     

     

  • Uma turma de 42 estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Passo Fundo (RS), é a primeira do país a iniciar um curso de medicina dentro da Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de Ensino Superior. A política, que prevê a criação de novos cursos de medicina e o aumento de vagas nos cursos já existentes, foi instituída pelo governo federal na Medida Provisória nº 621, em 8 de julho deste ano, junto com o Programa Mais Médicos.

     

    O diretor do campus Passo Fundo da UFFS, Vanderlei de Oliveira Farias, explica que tipo de profissional a instituição vai formar: um médico generalista, que terá contato permanente com a prevenção, atenção e assistência básica de saúde durante toda a graduação. Antes da criação dessa nova política, disse o diretor, o aluno fazia estágios no Sistema Único de Saúde (SUS) e a formação era realizada dentro de hospitais. “Em Passo Fundo, o aluno não fará visitas ao SUS, ele fará sua formação”, explicou, lembrando: “A vida real da medicina não é o consultório. Os alunos do nosso campus não vão tirar os pés da realidade.”

     

    Para concretizar essa parte do projeto pedagógico, a universidade fez parcerias com cinco secretarias municipais de saúde, sendo quatro em cidades próximas do campus, e também em Passo Fundo.


    Diversidade – A coordenadora acadêmica do curso de medicina, Alessandra Germani, informou que o forte do projeto pedagógico é a diversidade populacional a que os acadêmicos terão acesso. No município de Sertão, que tem 6,2 mil habitantes, os alunos vão conhecer a saúde em duas comunidades quilombolas; em Pontão (3,8 mil habitantes) será em dois assentamentos da reforma agrária; em Água Santa (3,7 mil habitantes) em uma aldeia indígena kaingang; em Ernestina (3 mil habitantes), conhecerão a vida de agricultores familiares. Em Passo Fundo, município com 200 mil habitantes, que também é a sede do campus, vão acompanhar a saúde dos moradores de dois bairros urbanos.

     

    Para dinamizar a formação em campo, que será em sistema de rodízio, os estudantes foram divididos em seis grupos. Cada equipe de sete alunos terá contato, uma vez por semana, durante um semestre, com moradores de um município e, no caso de Passo Fundo, com os dois bairros urbanos. Nas duas primeiras semanas do curso, que aconteceu de 17 a 30 deste mês, os acadêmicos foram para os municípios.

     

    Nesse contato de imersão, acompanhados por professores do campus e por profissionais de saúde das cinco cidades, eles conheceram a rotina do sistema de saúde da localidade onde vão atuar neste semestre, as equipes locais do Programa Saúde da Família, ouviram o secretário municipal de saúde, visitaram as comunidades e seus sistemas de organização. Para tratar da parte prática desenvolvida em campo e as experiências, os 42 alunos participarão, de agora em diante, de um seminário mensal com seus professores e preceptores dos municípios.

     

    Como o campus Passo Fundo ainda não tem sede própria, o curso de medicina é ministrado no Seminário Nossa Senhora Aparecida, que foi alugado pela UFFS. O local tem salas de aula, laboratórios, biblioteca. A universidade também fez convênios com dois hospitais-escola – o São Vicente de Paula e o Hospital da Cidade –, e com o hospital municipal Doutor César Santos, onde os estudantes vão estudar outros pontos do currículo e no quinto ano do curso terão aulas práticas.


    Quem são – Selecionados pelas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre aproximadamente 13 mil candidatos, os 42 alunos do curso de graduação em medicina do campus Passo Fundo vêm de oito estados da Federação. A maior parte, 27, é de cidades do Rio Grande do Sul, e os demais são de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Tocantins. O diretor do campus, professor Vanderlei Farias, destaca que 90% dos selecionados fizeram a educação básica em escolas públicas e que apenas um estudante desse grupo é filho de médico. A idade dos alunos está na faixa de 20 anos e quatro deles têm de 34 a 36 anos.


    UFFS – Criada em setembro de 2009, a Universidade Federal da Fronteira Sul tem sede em Chapecó (SC) e campus em Cerro Largo, Erechim e Passo Fundo, os três no Rio Grande do Sul, e em Laranjeiras e Realeza, no Paraná. No conjunto, tem 39 cursos, sendo medicina o mais recente. A UFFS atende a população de 396 municípios da mesorregião Fronteira Mercosul, que abrange o sudoeste do Paraná, o oeste de Santa Catarina e o noroeste do Rio Grande do Sul.

     

    Ionice Lorenzoni

     

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  • Laura, 24 anos, da etnia terena,  obteve o diploma em medicina na UFSM e pretende trabalhar no interior  sul-mato-grossense (foto: Felipe Michalski/UFSM )A primeira estudante indígena a ingressar no curso de medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) graduou-se na última sexta-feira, 9. Laura Feliciana Paula, 24 anos, da etnia terena, passou no vestibular em 2010. Com o diploma, a jovem médica pretende voltar para Anastácio, município sul-mato-grossense de 24,8 mil habitantes.

    “Quando entrei na universidade, ainda não tinha benefícios exclusivos para estudantes indígenas”, recorda a estudante. Em 2011, ela conseguiu o benefício socioeconômico automático para estudantes indígenas. “A partir do momento da matrícula, já tínhamos as refeições gratuitas no restaurante universitário e conseguimos também a moradia estudantil, sem precisar passar por seleção.”

    Nascida em São Paulo e criada em Anastácio, a jovem médica tem como meta trabalhar na cidade onde cresceu. Lá, cerca de 80 famílias terenas vivem em aldeia urbana.

    Para a diretora de políticas de educação do campo, indígena e para as relações étnico-raciais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação, Rita Gomes do Nascimento, o recente acesso à educação superior pelos indígenas traz melhorias não apenas para o estudante, mas para toda a comunidade. “Dá qualificação para que ele assuma funções estratégicas para o povo indígena”, diz.

    Rita avalia que as políticas públicas específicas para essas populações são potencializadas com a educação superior. “A formação de médicos, por exemplo, vai aliar o aprendizado da universidade com os conhecimentos que ele já tem do seu povo. Isso vai melhorar a qualidade do trabalho realizado por ele.”

    Incentivo — O último Censo Escolar indica que mais de 32 mil indígenas estão nas universidades em todo o país. Um dos grandes aliados desses estudantes é o programa Bolsa-Permanência, do MEC. O auxílio financeiro do programa permite minimizar as desigualdades sociais e contribui para a permanência e a diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

    O valor destinado a indígenas e quilombolas varia em relação ao dos demais estudantes em razão de especificidades relativas a critérios como organização social, condição geográfica, costumes, línguas, crenças e tradições. Atualmente o valor é de R$ 900.

    Assessoria de Comunicação Social 

  • Guerras, desastres naturais, perseguição política e miséria são responsáveis por grande parte do fluxo migratório em todo o mundo – inclusive no Brasil, que recebe grande número de refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade todos os anos. Foi pensando nessas pessoas que a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) lançou, por meio de edital, um programa de acesso à formação técnica, tecnológica e superior voltado para esse público. Até 5% das vagas serão direcionadas para esses estudantes a partir do primeiro semestre letivo de 2017.

    Os estrangeiros interessados em um dos cursos oferecidos pela UFSM têm prazo até 15 de março para solicitar na instituição ingresso ainda no primeiro semestre deste ano. Quem procurar a instituição após essa data, poderá iniciar os estudos a partir do próximo semestre.

    Serão admitidos imigrantes ou refugiados que tenham concluído o ensino médio ou equivalente no país onde residiam, tenham sido impossibilitados de dar continuidade ao ensino técnico ou superior pelo motivo de imigração ou que já tenham concluído os estudos equivalentes e não tenham interesse na revalidação do diploma. O programa não inclui imigrante que tenha concluído o ensino médio regular no Brasil.

    Início – A ação surgiu a partir da iniciativa da cátedra Sérgio Vieira de Melo, que tem como objetivo incentivar a pesquisa e a difusão do direito internacional dos refugiados, e do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com o programa de pós-graduação do curso de direito da UFSM. 

    A universidade já recebia refugiados e imigrantes, mas a publicação do edital torna a medida um programa permanente de acesso à universidade. Antes dois alunos desse perfil estavam matriculados na instituição. Com a publicação do edital a instituição já recebeu 16 solicitações. A maior parte delas é de haitianos, mas também já foram recebidos pedidos de pessoas oriundas da Colômbia, El Salvador, Cuba, Equador e Guiné Bissau, entre outros.

    O coordenador de Planejamento Acadêmico (Prograd) da UFSM, Jerônimo Siqueira Tybusch, acredita que a medida reforça o papel da universidade na implantação de políticas afirmativas que ajudem a incluir grupos que enfrentam maior dificuldade para acessar o ensino técnico e superior no país.

    “É importante tornar a universidade realmente universal. A gente precisa ser aberto de forma a constituir processos democráticos que percebam toda a diversidade do nosso país, do continente e de todo o mundo”, defende o coordenador.

    Critérios –Podem ingressar no programa os imigrantes ou refugiados que tenham recebido a concessão de residência no país há no máximo cinco anos. Quem tiver impossibilitado de apresentar os documentos que comprovem o grau de escolaridade, poderá recorrer à certificação de conclusão de ensino médio por meio do Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja).

    Inicialmente, a comprovação seria feita pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas com as mudanças no exame anunciadas recentemente pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, o edital da USFM será adaptado para utilizar o programa definido pelo Ministério da Educação.

    Para a coordenadora do núcleo para assuntos transversais do MEC e chefe substituta da Assessoria Internacional da pasta, Auriana Diniz, a ação é importante tanto para os refugiados e imigrantes como para o país.

    “É mais uma universidade que abre seus olhos para a questão do refúgio. Há pessoas que entram no país nessa situação que têm uma formação boa e querem prosseguir seus estudos”, afirma. “É muito importante que a universidade abra as portas para que essa formação possa ser consolidada e que eles possam continuar suas vidas. A UFSM vai se juntar a outras universidades, como as federais de São Carlos (Ufscar) e de Minas Gerais (UFMG), que entendem que tanto o refugiado como o imigrante podem contribuir para o país.”

    Assessoria de Comunicação Social

     

  • O Ministério da Educação decidiu instaurar processo administrativo e suspender a autonomia universitária da Universidade Iguaçu (Unig), do Rio de Janeiro. Com a suspensão, em medida cautelar, a instituição está impedida de fazer registro de diplomas. A medida foi adotada com base em indícios de irregularidades no registro de diplomas pela instituição, uma das que estão sob investigação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

    De acordo com o titular da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, Maurício Romão, os alunos que concluíram cursos ou estudam em entidade credenciada pelo MEC citada no relatório da CPI devem ficar tranquilos. “Vamos avaliar cada caso e identificar medidas que venham a garantir os direitos desses estudantes”, afirmou.

    Outra medida aplicada foi a interrupção do processo de recredenciamento da Unig até a conclusão do processo administrativo. Além disso, a Associação de Ensino Superior de Nova Iguaçu, mantenedora da Unig, tem prazo de 15 dias para afastar o corpo diretivo da instituição e nomear um interventor, cujo nome deve ser encaminhado ao MEC também no prazo de 15 dias. A universidade deve ainda apresentar, no mesmo prazo, balanço financeiro dos últimos cinco anos, com indicação da entrada de recursos oriundos do registro dos diplomas.

    Comissão — A Unig é uma das instituições citadas no relatório final da CPI da Assembleia Legislativa de Pernambuco para investigar a oferta irregular de educação superior. Após a conclusão dos trabalhos, em junho último, os deputados pediram o indiciamento de 20 pessoas e recomendaram ao Ministério Público Federal medidas judiciais e extrajudiciais contra as instituições.

    A CPI pediu ao MPF que acione a Justiça contra 17 instituições, credenciadas ou não pelo MEC: Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional (Fadire), Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), Uninacional, Faculdade Santo Augusto (Faisa), Universidade Iguaçu (Unig), Instituto Educacional de Desenvolvimento Cultural e Pesquisa em Desenvolvimento Humano (Ieduc), Instituto de Ensino Superior de Americana (Iesa), Centro de Ensino Pesquisa e Inovação (Cenpi), Instituto Educacional Ruymar Gomes (Ierg), Instituto de Desenvolvimento Educacional Brasileiro (Ideb), Instituto Superior de Educação de Floresta (Isef), Faculdade Ecoar (Faeco), Instituto de Optometria de Pernambuco (IOP), Faculdade de Saúde de Pernambuco (Fasup), Anne Sullivan University, Instituto Belchior e Faculdade Anchieta de Recife.

    O MEC conduz também investigações sobre as demais entidades credenciadas citadas no relatório da CPI. Quanto às não credenciadas, há estudos sobre medidas para responsabilização civil e penal.

    A decisão do MEC em relação à Unig consta da Portaria da Seres nº 738/2016, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 23.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Inauguração do Memorial Darcy Ribeiro contou com a presença do presidente Lula e do ministro Haddad. (Foto: Fabiana Carvalho)Espaço que lembra a fusão de uma oca indígena com uma nave espacial foi inaugurado na Universidade de Brasília (UnB) nesta segunda-feira, 6, em homenagem a Darcy Ribeiro. A inauguração do memorial, que leva o nome do educador e antropólogo, teve a presença dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e José Pepe Mujica, do Uruguai.

    “O legado que Darcy Ribeiro deixou é especial e precisava de uma maneira de se abrigar no presente; essa é a intenção da construção desse memorial”, disse Lula. Segundo o presidente, “é um modo de fazer a criatura encontrar seu criador”, em referência à UnB, já que Ribeiro foi um dos responsáveis por sua fundação, e ao próprio espaço do memorial, batizado de “beijódromo” pelo educador, que também participou da concepção do projeto.

    Lula destacou o engajamento de Darcy Ribeiro com a causa da educação. “Parecia que ia faltar Brasil para dar cabo de tantos sonhos dele.” O presidente também ressaltou a luta de Ribeiro em prol do fortalecimento da América Latina, durante o período em que o antropólogo esteve exilado, na ditadura militar. “Hoje, o Mercosul e a Unasul representam um de seus sonhos”, afirmou.

    O presidente do Uruguai, país onde Darcy Ribeiro se exilou por mais tempo, entende que a construção de um memorial para o educador mantém viva sua história. “Os monumentos servem à vida, não à liturgia”, observou Mujica. “Os valores defendidos por Ribeiro continuam presentes, principalmente o que se refere à educação e formação serem voltadas não para o indivíduo, mas para o povo.”

    Estiveram presentes à inauguração o ministro da Educação, Fernando Haddad, da Cultura, Juca Ferreira, e o ministro da educação e cultura do Uruguai, Ricardo Ehrlich, além de professores, estudantes, pesquisadores e outras autoridades.

    O Memorial Darcy Ribeiro tem dois andares e abriga uma biblioteca, um espelho d’água e salas de aula. Há, também, um espaço de convivência e de apresentações culturais. O projeto foi criado pelo arquiteto e amigo de Darcy Ribeiro, João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé. A construção é resultado de convênio entre o Ministério da Cultura e a Fundação Darcy Ribeiro, com investimento de R$ 8,5 milhões.

    Darcy Ribeiro, nascido em Montes Claros (MG), viveu entre 1922 e 1997 e dedicou sua vida à educação e ao estudo dos povos indígenas. Ao lado de Anísio Teixeira, criou a UnB e foi seu primeiro reitor. Ribeiro também foi responsável, na década de 80, pela implementação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), escolas de tempo integral no Rio de Janeiro.

    Em 1992, Darcy Ribeiro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Entre suas obras mais conhecidas estão Culturas e línguas indígenas do Brasil(1957), Os índios e a civilização (1970), O processo civilizatório (1968), Diários índios (1996), além dos romances Utopia selvagem (1982) e Migo (1988).

    Letícia Tancredi
  • A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) inaugurou nesta quarta-feira, 11, um novo prédio de salas de aula com capacidade para 1.280 alunos, no campus Centro. A cerimônia de inauguração das 25 salas, em Porto Alegre, teve a participação do ministro da Educação, Henrique Paim.

    A construção do novo prédio faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que tem como objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior.

    O ministro visitou também as obras do Hospital de Ensino Odontológico que está sendo construído pela UFRGS, na Faculdade de Odontologia, no campus Saúde. O hospital contará com clínica, sala de urgência, raios-x e sala de esterilização.

    O ministro acompanhou ainda as obras de duas das cinco creches que estão em construção no município de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Estudantes brasileiros e de sete países sul-americanos podem concorrer a 600 vagas, em 12 cursos de graduação, abertas pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas até 6 de fevereiro, pela internet.

    A universidade oferece 300 vagas para brasileiros, sendo 25 por curso de graduação, todos presenciais com início no primeiro semestre deste ano. As outras 300 vagas serão preenchidas por cidadãos da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru e Colômbia, selecionados pelos ministérios de Educação de seus países, mediante critérios definidos em termos de cooperação com a Unila.

    De acordo com o edital divulgado pela universidade, a seleção dos estudantes brasileiros será feita com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010 ou de 2009. Alunos que tenham feito todo ou parte do ensino médio em escolas públicas e que informem essa condição na ficha de inscrição recebem uma pontuação denominada Fator Escola Pública, que varia de 1,20 a 1,05, informa o reitor da instituição, Hélgio Trindade.

    Cursos

    As vagas abertas pela Unila estão distribuídas em 12 cursos de graduação: antropologia – diversidade cultural latino-americana; ciências biológicas – ecologia e biodiversidade; ciências econômicas – economia, integração e desenvolvimento; ciências da natureza – biologia, física e química (licenciatura); ciência política e sociologia – sociedade, estado e política na América Latina; desenvolvimento agrário e segurança alimentar; engenharia de energias renováveis; engenharia civil e infraestrutura; geografia – território e sociedade na América Latina; história – direitos humanos na América Latina; letras – expressões literárias linguísticas; relações internacionais e integração.

    No Edital nº 32/2010, o estudante encontra todas as informações sobre o processo de inscrição, documentos, prazos, vagas, cursos, critérios de avaliação e classificação.

    A Universidade Federal da Integração Latino-Americana faz parte de um conjunto de universidades federais criadas no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover a integração regional e internacional. A Unila está situada em Foz do Iguaçu (PR), cidade que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai. Foi criada por lei em 12 de janeiro de 2010.

    Instituição de caráter multicultural e multidisciplinar, abriu os seis primeiros cursos de graduação em agosto do ano passado. Tem atualmente 200 alunos, sendo 100 brasileiros e 100 vindos da Argentina, Uruguai e Paraguai. Com a seleção de 2011, a instituição vai ampliar para 800 o número de alunos e passará de seis para 12 cursos.

    O Portal da Unila traz informações sobre a trajetória da universidade, cursos de graduação e pós-graduação, intercâmbio com universidades e centros de pesquisas, entre outros dados.

    Ionice Lorenzoni
  • Foz do Iguaçu (PR) – O curso de especialização em literatura latino-americana ofertado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) recebe inscrições até 31 de janeiro. O objetivo desse curso é gerar debates, estudos e propostas de ensino em literatura na América Latina, procurando aproximações, olhares e cruzamentos de ideias.

    “O principal diferencial dessa especialização é que ela vai buscar entender a literatura latino-americana de maneira compartilhada e comparativa, passeando por diversos gêneros literários – poesia, romance, conto e ensaio”, explica o coordenador do curso, professor Luís Augusto Fischer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Ele lembra que o estudo comparativo é uma maneira de romper a fronteira do desconhecimento de escritores da América Latina, permitindo, dessa forma, uma integração literária. Um exemplo disso está “na barreira invisível que separa a literatura brasileira da hispânica”, pontua Fischer.

    O curso vai trabalhar, ainda, na perspectiva do período que compreende o século 19 até os dias atuais. O objetivo é traçar uma relação com o contexto histórico dos 200 anos de literatura latino-americana. As temáticas vão interagir com temas como cultura, memória, política e imaginário.

    As aulas serão ministradas pela manhã, na sede da Unila, localizada no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR). O período da tarde será dedicado a seminários, leituras e orientação aos alunos.

    O corpo docente é formado por professores doutores e doutorandos de importantes instituições do Brasil, Argentina e Uruguai, que apresentam estudos com linhas comparativas entre autores latino-americanos.

    Inscrições

    A inscrição pode ser apresentada tanto em espanhol como em português, e deve ser feita por meio de ficha disponível na página eletrônica da Unila. O curso é gratuito e terá duração de quatro meses – entre 14 de março e 30 de junho de 2011. No total, serão oferecidas 30 vagas.

    O curso destina-se, principalmente, a professores vindos de diferentes países da América Latina e Caribe que atuam na área de Letras, em particular professores e pesquisadores de literatura em instituições de ensino de nível médio e superior. São necessários, para as inscrições, documentos como curriculum vitae, memorial descritivo, carta de referência e declaração de que se dedicará em tempo integral.

    A especialização cumpre as exigências legais de 360 horas aula, e, ao final, se aprovado em todas as disciplinas e na monografia, o aluno obterá o certificado de especialização em literatura latino-americana, expedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Unila.

    Outras informações podem ser obtidas pelo telefone +55 (45) 3576-7325, ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Assessoria de Imprensa da Unila

    Veja quem são os professores do curso de especialização
  • Estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 podem concorrer a 150 vagas, em seis cursos de graduação, oferecidas pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Esta é a primeira seleção da Unila, instituição com sede em Foz do Iguaçu (PR). As inscrições estão abertas até dia 16.

    De acordo com o reitor pro tempore da Unila, Hélgio Trindade, até segunda-feira, 5, a instituição recebeu 1.200 inscrições, mas esse número deve dobrar até o final do prazo. A maior procura é de estudantes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas há também inscritos do Nordeste e do Norte.

    Além de brasileiros, a universidade abriu 150 vagas para alunos da Argentina, Uruguai e Paraguai. As inscrições dos estrangeiros serão recebidas pelos ministérios da Educação desses países que, ao final do processo, encaminham as listas de candidatos para a Unila, que fará a seleção. As aulas, que serão presenciais, começam em 16 de agosto.

    Cada curso tem 50 vagas, das quais 25 são para brasileiros e 25 distribuídas para alunos argentinos, uruguaios e paraguaios. Os cursos são de ciências biológicas – ecologia e biodiversidade, no turno da manhã; relações internacionais e integração, turno da tarde; economia, integração e desenvolvimento (noite); sociedade, estado e política na América Latina (tarde); engenharia ambiental e energias renováveis (manhã); e engenharia civil de infraestrutura (manhã).

    Hélgio Trindade explica que o primeiro ciclo de estudos, que terá dois semestres, compreende formação nas áreas de metodologia, línguas e estudos da América Latina. Depois desta etapa, que é comum aos seis cursos, os estudantes começam a formação específica na área escolhida.

    Como os alunos vêm de diferentes regiões do Brasil e dos países do Mercosul, a Unila oferece assistência estudantil àqueles que precisam de ajuda para frequentar a instituição. A assistência compreende moradia, alimentação, transporte e saúde. Informações sobre prazos, datas e documentos estão no Edital nº 006/2010.

    Em 2011 – No próximo ano, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana vai abrir 1.700 vagas em 19 novos cursos. A seleção de alunos brasileiros será feita com as notas do Enem 2010 pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação.

    Ionice Lorenzoni
  • A Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab) vai ocupar, a partir de novembro, um prédio cedido pela Prefeitura de Redenção (CE), onde vai desenvolver suas atividades até que a sede seja construída. A lei que criou a Unilab foi sancionada no dia 20.

    De acordo com o presidente da comissão de implantação da universidade, Paulo Speller, o prédio vai abrigar todas as atividades da instituição por cerca de dois anos – reitoria, biblioteca, salas de aula, laboratórios, restaurante.

    Os cinco primeiros cursos, diz Speller, terão 350 vagas, sendo 175 para brasileiros e 175 para alunos dos cinco países africanos de língua portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – e dos asiáticos – Timor Leste e Macau. As aulas estão previstas para o primeiro semestre de 2011.

    A seleção dos estudantes brasileiros será com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e dos estrangeiros terá processos diferenciados. Segundo Speller, a instituição preparou uma versão das provas do Enem que podem ser aplicadas ou adotar o Programa Estudante-Convênio da Graduação (PEC-G), usado pelas universidades federais para selecionar alunos de outros países.

    Os primeiros cursos são de enfermagem, agronomia, administração pública, engenharia de energia e licenciatura em ciências da natureza e matemática. Cada curso terá 70 vagas.

    Ao mesmo tempo que define os espaços físicos para uso imediato, cursos, concursos para professores e servidores e seleção de alunos, Paulo Speller faz reuniões com a associação dos municípios do Maciço do Baturité, que representa 15 cidades, para escolher as áreas dos primeiros cursos de especialização a serem abertos pela Unilab. A instituição já identificou necessidades de quadros profissionais em saneamento básico e para a produção de flores, que é uma vocação regional e fonte de divisas de exportação para a Europa.

    O diferencial da Unilab, segundo Speller, será a inserção regional e o olhar para as potencialidades e carências do estado e da região Nordeste, além do intercâmbio com os países africanos. Os países de língua portuguesa serão atendidos primeiro, mas o projeto da universidade prevê uma expansão gradual da oferta de vagas para todo o continente africano.

    Apoio– Até que a Unilab tenha quadros profissionais próprios e estrutura administrativa, ela terá apoio da Universidade Federal do Ceará (UFCE), que é a tutora da instituição. Esse processo deve durar 12 meses. O professor Paulo Speller foi nomeado reitor da nova universidade e sua posse está prevista para agosto.

    Ionice Lorenzoni

  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta terça-feira, 10, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, da inauguração de dois campi da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ): o campus Centro Oeste Dona Lindu, em Divinópolis, e o campus de Alto Paraopeba, no município de Ouro Branco, ambos em Minas Gerais. A cerimônia será transmitida pela TV NBR e pela TV MEC.

    O campus localizado em Divinópolis abriga os cursos de medicina, enfermagem, farmácia e bioquímica, além do mestrado em saúde pública. Em funcionamento desde abril de 2008, o Campus Centro-Oeste Dona Lindu conta atualmente com 703 alunos de graduação, 26 de mestrado, 105 professores e 41 técnicos administrativos. Ocupa uma área de 15 mil metros quadrados, com três prédios já finalizados, 31 laboratórios, 18 salas de aula, 13 setores administrativos, gabinetes e salas para professores, biblioteca, anfiteatro, área de convivência e estacionamentos.

    No campus de Alto Paraopeba, em Ouro Branco, funcionam cinco cursos de graduação da área de engenharia. Lá estudam 1.300 alunos, grande parte no período noturno. A previsão é de que, até 2012, sejam 2.500 alunos e 125 docentes.

    A UFSJ foi fundada em 1987 e transformada em universidade federal em 2002. Além da sede e mais dois campi em São João Del Rei, a instituição possui outros três campi em cidades mineiras: Centro Oeste Dona Lindu, em Divinópolis; Campus Alto Paraopeba, no município de Ouro Branco, e um campus em Sete Lagoas.

    Assessoria de Imprensa da Sesu


    Assista a cerimônia de inauguração pela TV MEC
  • Juiz de Fora (MG) – A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançou edital do vestibular para os cursos de licenciatura em enfermagem e licenciatura em computação, na modalidade a distância, pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Ao todo serão oferecidas 615 vagas, distribuídas em 15 cidades polo onde o Centro de Educação a Distância (Cead) da instituição atua, nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As inscrições já estão abertas e poderão ser realizadas até as 16 horas do dia 7 de maio.

    Serão 320 vagas para o curso de licenciatura em enfermagem, que será oferecido nos polos de Juiz de Fora, Timóteo e Salinas, em Minas Gerais; de Iguaba Grande, Rio das Ostras e São José do Vale do Rio Preto, no Rio de Janeiro, além de Vitória, no Espírito Santo, e Santos, em São Paulo. As demais 295 vagas serão para o curso de Licenciatura em Computação, distribuídas entre os polos de Araxá, Barroso, Bicas, Cataguases, Ilicínea, Juiz de Fora, Salinas, Santa Rita de Caldas, Sete Lagoas e Timóteo, todos em Minas Gerais.

    Para se inscrever, o interessado deve ter concluído o ensino médio, no caso da licenciatura em computação. Para o curso de licenciatura em enfermagem, o candidato deve ser bacharel em enfermagem. A inscrição deve ser feita pela página da UFJF, com o preenchimento da ficha de inscrição e o pagamento do boleto bancário no valor de R$50,00. As provas serão realizadas no dia 23 de maio no polo que oferece o curso para o qual o candidato se inscreveu. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (32) 2102-3487 ou 3488, ramal 24.

    Assessoria de Comunicação Social da UFJF

    Confira o edital do vestibular.
  • A Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do Ministério da Educação decidiu instaurar processo administrativo para desativação do curso de medicina da Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), câmpus de Belo Horizonte. A instituição mineira tem prazo de 15 dias para apresentar defesa.

    De acordo com a secretaria, foram constatadas deficiências graves no curso, que já passava por procedimento de supervisão, instaurado para a apuração de denúncias. Em 28 de janeiro de 2011, foi fixado prazo para o saneamento das deficiências constatadas pelo MEC e imposta medida cautelar de suspensão de ingresso de novos alunos no curso.

    Ao fim do prazo, o MEC designou comissão de supervisão para a verificação do cumprimento das medidas saneadoras. O relatório final da comissão constatou, no entanto, que as deficiências persistiam e até mesmo se agravaram durante o período proposto de recuperação.

    Recentemente, o MEC também tomou conhecimento de que a Unincor foi forçada a desocupar o imóvel no qual funcionava o câmpus do curso de medicina, o que agravou ainda mais o quadro.

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse reiteradas vezes que o MEC está empenhado em supervisionar e regulamentar os cursos das instituições de educação superior. “O processo de fiscalização para a melhoria da qualidade do ensino superior não tem trégua”, afirmou. “Vamos continuar avaliando todas as instituições.” Sobre o caso específico dos cursos de medicina, o ministro salientou: “O Brasil precisa de mais médicos, sem abrir mão da qualidade da formação”.

    O processo foi instaurado por meio da Portaria nº 19/2013, da Seres, publicada no Diário Oficialda União desta quinta-feira, 24, seção 1, página 100.

    Paula Filizola
  • O fogão solar traz várias vantagens para 81 famílias de dois assentamentos. Foto: Arquivo UFCGUm projeto de extensão da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no campus do município de Sumé, no Cariri paraibano, ensinou 81 famílias de dois assentamentos da reforma agrária a construir um tipo de fogão solar e a cozinhar. Economia de tempo e de trabalho das mulheres, de consumo de lenha e carvão, proteção do meio ambiente são pontos de destaque do projeto.

    Para o diretor do campus, Márcio Caniello, o repasse de conhecimentos e de tecnologias e a interação com as comunidades são deveres da universidade. “Nossa missão é promover o desenvolvimento da Paraíba com projetos de extensão e pesquisa”, diz. O campus começou funcionar em julho de 2009 e integra o programa de expansão das universidades federais do Ministério da Educação.

    Em fevereiro e março deste ano, professores e estudantes da unidade da UFCG em Sumé realizaram quatro oficinas sobre o fogão solar com agricultores dos assentamentos Novo Mundo, no município de Camalaú, e Serrote Agudo, município de Prata.

    Nas oficinas, explica a diretora do projeto, Luciana Cantalice, as famílias receberam informações sobre modos de proteger o meio ambiente com práticas simples como substituir parte do cozimento das refeições com o uso da energia solar. No Nordeste, diz o professor Caniello, a lenha é significativa na matriz energética. Substituir seu uso, pelo menos em parte, tem impacto positivo na vida das comunidades e na preservação.

    Desconfiança. Essa foi a reação imediata dos assentados na possibilidade efetiva de cozinhar com o calor do sol, mas a experiência deles mostrou que é viável, diz a diretora. A tecnologia do fogão solar que chegou ao Cariri paraibano foi desenvolvida pelo professor Olívio Teixeira, da Universidade Federal de Sergipe, e repassada ao campus de Sumé.

    O fogão é feito com duas caixas de papelão de 60 x 60 centímetros, embutidas, altura de 40 centímetros, uma chapa de zinco pintada de preto fosco que fica no fundo da caixa, papel alumínio para revestimento interno, cola, fita adesiva e um vidro para cobrir. O custo unitário é de R$ 65,00. Em 2010, o campus de Sumé recebeu R$ 50 mil do Banco do Nordeste para executar o projeto nos dois assentamentos.

    De acordo com Luciana Cantalice, nas oficinas os agricultores receberam o conjunto de materiais do fogão solar adquirido pela universidade e aprenderam a montá-lo. Nos assentamentos Novo Mundo e Serrote Agudo, 81 famílias fizeram os fogões, aprenderam a usá-los e aprovaram a tecnologia. Se não ficar exposto à chuva e ao sereno, a duração do fogão é de dois anos.

    120 graus – O fogão exposto ao sol do Cariri alcança 120 graus centígrados e demora um pouco mais que na cozinha convencional para preparar os alimentos, mas dispensa cuidados como manter o fogo aceso com lenha ou carvão ou controlar o gás de botijão. Para cozinhar, os alimentos são colocados na caixa em panela fechada com tampa e para assar, em assadeira.

    Na experiência dos assentamentos do Cariri, o arroz cozinha em 1h30, o feijão verde em 2h30, o peixe assa em 1h30, a carne bovina ou de bode em 2h30. E não queima os alimentos, explica a diretora. Depois das primeiras desconfianças nas possibilidades do fogão, Luciana diz que as mulheres se entusiasmaram com o projeto e começaram a assar bananas, pães, bolos. Deu certo e hoje a comunidade está reunindo receitas que vai divulgar em livro com apoio do campus.

    Com temperatura média anual de 25 a 27 graus centígrados, 2.800 horas de sol por ano, chuvas escassas, a população rural do Cariri paraibano pode usar a tecnologia do fogão solar com vantagem, explica Márcio Caniello. Em 2011, o campus vai apresentar novo projeto ao Banco do Nordeste na tentativa de obter mais recursos para replicar o fogão solar em outros assentamentos.

    Longe da capital
    – A universidade chegou à região há dois anos, tem 788 estudantes em cursos superiores de graduação, dos quais 75% são do Cariri e 90% deles da Paraíba. A criação da unidade da UFCG em Sumé faz parte da primeira fase de expansão das universidades federais promovida pelo Ministério da Educação, a partir de 2005.

    O município de Sumé, com 16 mil habitantes segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, fica a 130 quilômetros de Campina Grande, onde está a sede da universidade, e a 264 quilômetros de João Pessoa, a capital do estado. O Cariri paraibano, que ocupa o sul do estado, reúne 29 municípios onde vivem 160 mil pessoas.


    Ionice Lorenzoni
  • Pesquisas sobre o petróleo e o pré-sal exigem profissionais qualificados em ciências do mar (Foto: Steferson Faria / Petrobras)Bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia com ênfase em ciências do mar. Este é o novo curso criado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que será ministrado no campus da Baixada Santista, em Santos, litoral do estado. São 200 vagas para o primeiro semestre letivo deste ano.

    Todas as vagas para o bacharelado interdisciplinar estão no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que recebe inscrição de candidatos a partir do próximo sábado, 7. Para concorrer, os estudantes devem ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011.

    De acordo com Nildo Batista, coordenador da secretaria de planejamento acadêmico e gestão de novos cursos na Unifesp, a formação de recursos humanos para ciências do mar é extremamente necessária e estratégica, dada a evolução do país no campo das pesquisas do petróleo e da exploração do pré-sal.

    A escolha do campus da Baixada Santista para sediar o curso se deve à presença de importantes complexos industriais de siderurgia, química e petroquímica reunidos no pólo industrial de Cubatão, que é também um amplo mercado de trabalho ainda carente de mão de obra qualificada.

    Bacharelado- Com três anos de duração, o bacharelado interdisciplinar em ciência e tecnologia com ênfase em ciências do mar compreende estudos distribuídos em quatro eixos: o ambiente marinho; a vida marinha; a sociedade e trabalho no mar; mar, ciência e tecnologia. Segundo o professor Nildo, ao concluir o bacharelado, o profissional estará preparado para o mercado de trabalho e para concurso público em empresas da área, como a Petrobrás.

    Será, ainda, candidato a ingressar em cursos de engenharia, com duração de dois anos, para obter o segundo diploma. Ao final de 2014, duas engenharias serão oferecidas para a primeira turma do bacharelado: engenharia de petróleo e energias renováveis e engenharia ambiental portuária.

    O professor Nildo explica que após 2014, o campus da Baixada Santista vai abrir mais três cursos exclusivos para oriundos do bacharelado em ciências do mar – engenharia de pesca, oceanografia e ecologia marinha. O projeto político-pedagógico da Unifesp para o campus da Baixada Santista prevê a criação da grande área de ciências do mar e meio ambiente que vai reunir o bacharelado, as três engenharias, a oceanografia e ecologia marinha no Instituto do Mar.

    Devido à amplitude de oportunidades de formação e qualificação profissional que o bacharelado abre, Nildo Batista diz que espera uma grande procura de estudantes e profissionais pelo curso no Sisu. A oferta de 100 vagas no turno da noite também deve ampliar o leque de candidatos. As outras 100 serão no turno da manhã e cada turma terá 50 alunos.

    No conjunto de seus campus, a Universidade Federal de São Paulo oferece 2.391 vagas em 46 cursos de graduação pelo Sistema de Seleção Unificada do primeiro semestre de 2012.

    Agenda— Os candidatos a vagas na educação superior pública por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) podem consultar, pela internet, a relação das instituições de ensino que aderiram ao sistema para o processo seletivo do primeiro semestre de 2012, cursos que oferecem e número de vagas. Está à disposição um roteiro que orienta o processo de inscrição. As inscrições estarão abertas de 7a 12 deste mês.

    Ionice Lorenzoni
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