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  • As secretarias de educação de todo o país, que participam do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos - Fazendo Escola, têm até a próxima segunda-feira, 31, para apresentar os nomes que comporão as equipes coordenadoras do programa nos estados. A informação é da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    Com orçamento de R$ 460 milhões em 2005, o dinheiro do programa de educação de jovens e adultos (EJA) destina-se à formação continuada de professores, aquisição, impressão ou produção de livros didáticos, remuneração de professores e aquisição de gêneros alimentícios para atendimento, exclusivo, da alimentação escolar dos alunos que estão freqüentando a sala de aula de EJA - Fazendo Escola.

    A EJA beneficia aproximadamente dois milhões de alunos de escolas públicas urbanas ou rurais das redes municipal, estadual ou do Distrito Federal, matriculados na modalidade educação de jovens e adultos - inclusive aqueles remanescentes do programa Brasil Alfabetizado - de acordo com o Censo Escolar.

    Ação integrada - O programa é executado em parceria entre Secad; FNDE, responsável pela assistência financeira; secretarias de educação dos estados, municípios e Distrito Federal; a equipe coordenadora e o Conselho de Acompanhamento e Controle Social, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (CACs/Fundef), responsável pelo encaminhamento da prestação de contas dos recursos.

    A documentação para a apresentação das equipes estaduais coordenadoras de EJA deve ser encaminhada, até o dia 31 de outubro, à Coordenação-Geral de Educação de Jovens e Adultos (CGEJA/Deja/Secad/MEC) - Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 718 - Brasília - DF - CEP 70047-900.

    Répórter: José Leitão

  • Foi aberto nesta terça-feira, 22, no Ministério da Educação, em Brasília, o Fórum dos Coordenadores Estaduais do Ensino Médio. Questões como a formação de professores em nível médio, o ensino médio noturno e a valorização da formação científica são discutidas por representantes de todos os estados, do Conselho Nacional da Educação (CNE) e do Conselho Nacional dos Dirigentes das Escolas de Educação Básica (Condicap), entre outros.

    Na manhã desta terça-feira, dia 22, foi discutida a formação de professores em nível médio, também conhecida como curso normal. A modalidade recebe aproximadamente 200 mil matrículas em 18 estados. No Espírito Santo, porém, ela não é oferecida. Os estudantes só podem obter a formação a partir do ensino superior.

    De acordo com os especialistas presentes, grande parte dos alunos recorre ao curso normal para ter condições de custear um curso universitário. A partir da reunião, pretende-se a estruturação de um quadro mais claro sobre as condições dos cursos normais e que haja uma garantia da qualidade na formação.

    Outro tema a ser abordado no fórum é o ensino médio noturno. Estarão em debate formas de combater a evasão e soluções para adaptar o ensino aos alunos que trabalham durante o dia e estudam à noite. “A realidade desses alunos é diferente, e o ensino deve levar isso em consideração”, disse a diretora de políticas do ensino médio do Ministério da Educação, Lúcia Lodi.

    O encontro será encerrado nesta quarta-feira, 23.

    Ana Guimarães

  • São Paulo — “A nossa Copa do Mundo será em 2022.” A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na manhã desta sexta-feira, 30, em São Paulo, durante encontro do movimento Brasil Competitivo. A referência do ministro diz respeito à meta do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) de alcançar nota 6 no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) no bicentenário da Independência.

    Para um público formado por empresários ligados ao movimento Todos pela Educação, o ministro defendeu o fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU) para a educação, anunciado esta semana pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em caso de aprovação da CPMF. A medida representa um acréscimo de R$ 19 bilhões para a educação em quatro anos. “Temos uma economia mais sólida e um equilíbrio fiscal mais claro. Portanto, não há razão para se manter a vinculação do orçamento da educação.” Haddad disse ainda que, pela primeira vez, observou toda a sociedade mobilizada em torno de uma bandeira, como no caso da DRU.

    Ao concluir sua participação no evento, Haddad lembrou que o Brasil deu passos importantes na busca da melhoria da educação brasileira. “A introdução do conceito de avaliar, a fixação de metas por escola e o aumento do grau de transparência na divulgação dos dados tornam o processo mais visível. Com isso, as escolas tornam-se mais públicas e menos estatais.”

    Assessoria de Comunicação Social

  • Quatro representantes das organizações não-governamentais Agência Coreana para Oportunidade e Promoção Digital (Kado) e Korea Internet Volunteers (KIV) – da Coréia do Sul – ministram, até o próximo dia 18, o curso Introdução Geral de Tecnologia da Informática para 120 alunos da graduação em telemática do Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (Cefet-CE). A iniciativa busca dar aos estudantes da área um conhecimento mais amplo da realidade mercadológica de um país conhecido pelo domínio da tecnologia de ponta.

    As aulas teóricas abordam transmissão em rede, sistema digital, tecnologia de informação e introdução à rede. Já as práticas abordam montagem, conservação e reparo de computadores (hardware), construção de servidor de internet e de sítios eletrônicos (software – Windows e Linux), além de Java.

    Equipe – Integram a comitiva coreana o PhD em telemática pela Universidade Hanyang Kim Hong Ik e os estudantes Jun Hyo Kim, Jeong Nam Kang e Ilri Kim. Outra equipe das ONGs encontra-se em Natal (RN) desenvolvendo ação semelhante. (Assessoria de Comunicação do Cefet-CE)

  • O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de São Paulo recebeu, nesta quinta-feira, 18, a visita de 15 educadores da República da Coréia do Sul. O objetivo era conhecer o ensino tecnológico brasileiro para verificar as boas práticas utilizadas e a possibilidade de aplicá-las no ensino coreano.

    A comitiva decidiu visitar o Cefet-SP após o resultado do Enem-2007, que colocou a instituição em primeiro lugar entre as escolas públicas de ensino do estado de São Paulo.

    Segundo o sub-secretário de educação da província de Jeollanamdoâ da República da Coréia do Sul, Seon Seong Soo, há semelhança entre os dois países, pois ambos precisam de mão-de-obra técnica especializada. “Queremos achar um meio de resolver os obstáculos enfrentados na Coréia do Sul”, conclui.

    Assessoria de Imprensa da Setec

  • Os Correios lançaram o selo postal focalizando o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), do Ministério da Educação, no último sábado, 8, em comemoração à Semana da Pátria. O selo faz parte da Série América, anualmente emitida pelos Correios dos países que compõem a União Postal das Américas, Espanha e Portugal (Upaep).

    No lançamento, o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, que representou o ministro da Educação, Fernando Haddad, e o diretor comercial dos Correios, Samir Hatem, carimbaram o primeiro selo, dando início à sua circulação. Ele fará parte do acervo filatélico dos Correios e servirá como fonte de pesquisa e registro do acontecimento no contexto histórico e sociocultural do país.

    Para o diretor dos Correios, “a educação a distância é um recurso de incalculável importância, como modo apropriado para atender a grandes contingentes de alunos e sem risco de reduzir a qualidade”. Segundo ele, o tema sugerido pela Upaep aos seus países-membros foi Educação para Todos, motivo pelo qual os Correios buscaram no MEC o apoio necessário para a definição da abordagem a ser adotada. O ProInfo, desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), foi selecionado por se tratar de um programa educacional com abrangência e destaque no cenário nacional.

    “A escolha dos Correios está em total sintonia com a prioridade máxima conferida à educação no Brasil”, afirma Ronaldo Mota. Para ele, “não há caminhos que não passem pela educação”. O secretário informou, ainda, que este ano o MEC universaliza a distribuição de laboratórios de informática, por meio do ProInfo, para todas as escolas de ensino médio públicas do país.

    ProInfo — O programa apóia o desenvolvimento de conteúdos curriculares em todos os níveis e modalidades. Destina-se a professores, alunos, técnicos e gestores, que devem aprender, ensinar e gerenciar ações educacionais utilizando tecnologias. A partir de março de 2007, o ProInfo iniciou a distribuição de 75.580 computadores para 7.500 escolas de ensino médio que não têm laboratório de informática. Além disso, vai contemplar todas as 11,9 mil escolas rurais de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental a partir do segundo semestre de 2007. O programa distribuiu e instalou mais de 135 mil computadores e equipamentos em escolas públicas desde 1997.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • 06/11/2006 18h12 A decisão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de destinar 50% de suas vagas no vestibular de 2007 ao sistema de cotas, segundo o vice-reitor da instituição, José Américo da Costa Barroqueira, baseou-se no princípio do resgate social. A decisão foi anunciada na sexta-feira, 3, após debate realizado ao longo de 2006 com a comunidade acadêmica da UFMA e outras instituições.

    De acordo com a decisão da universidade, da reserva de 50% das vagas,  metade será para estudantes afrodescendentes (egressos de escolas públicas ou privadas) e a outra metade para estudantes de escolas públicas. Outra política anunciada pela UFMA garante uma vaga de cada curso de graduação, a cada semestre, a pessoas com deficiência física e indígenas. “O ingresso na universidade, por meio das cotas, é uma ação afirmativa que resgata a dívida nacional de longa data que estamos reparando”, afirma o vice-reitor.

    Estudos – A deliberação da UFMA, explica o vice-reitor, foi tomada a partir de amplo estudo, desenvolvido a partir de junho pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da instituição. A aprovação do projeto de cotas foi unânime na comunidade universitária, e passou por amplo debate e amadurecimento em seminários, que contaram com a participação do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (Neab) e de outras instituições.

    Cristiano Bastos

  • O ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e o presidente Lula durante cerimônia de abertura da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (Foto: Wilson Dias/ABr)O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou nesta segunda-feira, 15, os avanços na democratização do acesso à educação superior. “Graças a Deus que 40% dos alunos do ProUni são negros das periferias”, comemorou, durante a abertura da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, em Brasília.

    Desde a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), em 2005, 430 mil bolsas em instituições de ensino superior privadas foram destinadas a alunos de baixa renda. Entre os bolsistas, 45,39% se autodeclararam pretos ou pardos.

    Para o presidente Lula, as políticas de cotas para afrodescendentes e as bolsas do ProUni ajudam a diminuir as desigualdades no acesso à educação e representam avanços em favor dos direitos humanos. “Uma das maiores conquistas dos direitos humanos é a democracia. Não há retorno na conquista desses direitos”, disse.

    Para Lula, a Constituição assegura que não deva ter preconceito, mas o preconceito não é combatido por lei. O preconceito é cultural (Foto:Wanderley Pessoa)Segundo Lula, o respeito aos direitos humanos depende de uma sociedade civil ativa. “A Constituição assegura que não deva ter preconceito, mas o preconceito não é combatido por lei. O preconceito é cultural”, enfatizou.

    A 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos ocorre até o dia 18 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O encontro reúne representantes de todos os estados e do Distrito Federal, onde ocorreram debates preparatórios para a conferência nacional. São 1.228 delegados, 300 convidados e 700 observadores. Os participantes pretendem elaborar um documento com sugestões para a construção de um plano nacional de direitos humanos.

    Maria Clara Machado

  • O projeto que destina 50% das vagas nas universidades públicas para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas também prevê que um percentual das vagas seja destinado a alunos que se declararem negros ou índios em uma proporção igual à população de negros, pardos e indígenas levantada no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em cada estado.

    Na opinião da professora da faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre o Negro Brasileiro, Eunice Prudente, a medida é "mais que justa". "Somos plenamente a favor. Como resultado de nossas pesquisas, os afrodescendentes e índios brasileiros têm uma situação especial e peculiar em relação aos demais cidadãos brasileiros pela experiência histórica que têm enfrentado, principalmente, a discriminação étnica", diz.

    Segundo ela, a criação de cotas nas universidades públicas é uma prestação de serviço de natureza público-social do governo brasileiro para com a situação de afrodescendentes e índios brasileiros. Eunice lembra que a Constituição prevê ações afirmativas a portadores de necessidades especiais - o mesmo dispositivo, acrescenta a professora, poderia ser aplicado ao caso de negros e índios, "pela terrível experiência histórica que tiveram nessa República".

    O projeto de lei foi aprovado por três comissões da Câmara dos Deputados: Educação e Cultura; Direitos Humanos e Minorias; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Pelo regimento interno da Cãmara, ele deve seguir para a apreciação no Senado. (Com informações da Agência Brasil)

  • O parto de uma índia e a primeira menstruação de uma menina são temas que integram o conteúdo do material pedagógico preparado para a comunidade potiguar, da Paraíba. São rituais típicos da tribo, que serão estudados e discutidos pelos alunos nas escolas.

    “O material explica todo o procedimento e depois apresenta questões para discussão em sala de aula, atividades práticas e de aplicação junto à comunidade”, explicou a coordenadora de implantação de novos modelos do Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola), Débora de Moraes.

    Esse material faz parte de uma estratégia de produção de conteúdos para treinamento de professores das escolas indígenas. Para isso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) vai produzir uma série de materiais pedagógicos. A iniciativa faz parte do programa Escola Ativa, que também vai oferecer formação continuada aos professores. Este ano, estão sendo produzidos três tipos de materiais, já que o programa vai atender três comunidades indígenas.

    Os livros para os índios devem ser adequados às características socioculturais de cada povo, salientou o coordenador de educação escolar indígena do Ministério da Educação, Kleber Gesteira. “É preciso adequar os conteúdos às diferentes línguas, conhecimentos tradicionais, literatura, mitologia, uso do território e outras características próprias de cada comunidade indígena.”

    Nesta etapa do programa Escola Ativa, são atendidas as tribos do Alto Solimões, no Amazonas; de três municípios da Paraíba e de dez cidades cearenses. Ao todo, serão formados 461 professores indígenas.

    O Brasil tem 220 sociedades indígenas, em 618 áreas. São mais de 440 mil pessoas, espalhadas em 24 estados, e 180 línguas. De acordo com o Censo Escolar de 2005, há 2.324 escolas em terras indígenas e 164 mil estudantes. Cerca de 90% dos 9,1 mil professores que atuam em aldeias são indígenas. Quase 25% deles não têm nível médio. Aproximadamente 40% têm nível médio com habilitação em magistério indígena.

    Repórter: Flavia Nery

  • O estudante cotista Joelson Souza de Santana, 23 anos, aluno do curso de português-japonês da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foi o único brasileiro selecionado para estudar, como bolsista, durante um ano, na Universidade de Estudos Estrangeiros de Osaka, Japão. Joelson ganhou a bolsa ao participar de uma seleção que envolveu candidatos de todo o mundo.

    Ganhar a bolsa do governo japonês foi, segundo o estudante, sua maior conquista. “É o momento mais importante da minha vida”, disse. Negro, filho de empregada doméstica e de motorista de caminhão, morador de um subúrbio do Rio, ele estudou em escola pública. Em 2004, ingressou na universidade graças ao sistema de cotas.

    A reserva de vagas permitiu a Joelson romper as barreiras sociais para virar estatística e comprovar a importância da política de cotas num país onde apenas 6% dos jovens entre 18 e 25 anos estão matriculados no ensino superior. Esse índice cai ao se analisar o número de afrodescendentes nas universidades. No Brasil, somente 25% dos universitários são negros. De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000, 46,5% da população brasileira é formada por negros e pardos.

    Conquista — Joelson sabe que sua conquista serve como referência para outros alunos que enfrentam as mesmas dificuldades. “O sistema de cotas é importante para um indivíduo que se encaixa nas características de ser negro e morador do subúrbio, por exemplo”, afirmou.

    A seleção para estudar no Japão não deslumbrou Joelson, que mostra consciência do potencial de sua conquista. “Posso ser um exemplo para as pessoas que se enquadram no sistema de cotas. O estudante pode ver isso como algo inspirador”, disse.

    Com dedicação integral aos estudos, Joelson Santana freqüenta as aulas no turno da manhã. À tarde, é monitor de japonês, com uma bolsa de R$ 190,00 por mês. De viagem marcada para outubro, o estudante receberá do governo japonês ajuda de custo no valor de U$ 1,3 mil mensais (R$ 3,17 mil) e vai morar no alojamento da própria universidade. A passagem também será custeada pelos japoneses.

    Repórter: Sandro Santos

  • O Ministério da Educação vai liberar as obras do Portal Domínio Público aos outros sete membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 12, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante audiência com o embaixador Luís de Matos da Fonseca, secretário executivo da CPLP. Serão oferecidas mais de 30 mil obras digitalizadas para acesso gratuito. “Também queremos incluir no portal textos de países de língua portuguesa para diversificar o material disponível em domínio público”, disse o ministro.

    Lançado em novembro de 2004, o Portal Domínio Público coloca à disposição dos usuários da internet uma biblioteca virtual. Em pouco mais de dois anos, o portal registrou mais de três milhões de visitas.

    Outra iniciativa anunciada durante a reunião foi o lançamento do edital do segundo concurso Literatura para Todos, ainda este mês. A competição, criada em 2006, estimula a produção de obras destinadas a estudantes que freqüentam a educação de jovens e adultos e classes de alfabetização.

    A novidade este ano é a abertura do concurso para candidatos de países africanos de língua portuguesa. Serão oferecidas premiações para vencedores brasileiros, além de um prêmio especial para o escritor africano. O embaixador Luís Fonseca ficou entusiasmado em divulgar a iniciativa na CPLP.

    Outra proposta apresentada durante a audiência foi a ampliação da Universidade Aberta do Brasil para a CPLP. Haddad propôs levar o projeto de formação de professores da educação básica para os membros da comunidade lusófona. A idéia é aumentar a oferta de programas de capacitação da forma como é oferecido o Proformação em São Tomé, Timor Leste e Guiné-Bissau.

    CPLP — Criada há dez anos, a comunidade é integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Os principais objetivos da CPLP são promover o acordo político e ideológico entre os membros e entre a comunidade e outros organismos internacionais; estimular a cooperação técnica entre os países em diversas áreas; e, sobretudo, defender e promover a língua portuguesa.

    Flavia Nery

  • Ministro Haddad apóia e parabeniza medalhistas da Olimpíada de Matemática (Foto:Ricardo de Freitas)

    Rio de Janeiro — André Macieira da Costa, de Minas Gerais, Camila Ramalho Almeida, da Bahia, e Marcelo Silveira Pereira, do Ceará, foram os representantes dos medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) que tiveram encontro na manhã desta terça, 26, no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), no Rio de Janeiro, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Cerca de 200 medalhistas reuniram-se com ministro na manhã de hoje. Eles estão na cidade para participar, à tarde, da cerimônia de premiação da edição de 2007, que terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Os representantes falaram da importância da Obmep como forma de incentivar o ensino da matemática. “A matemática precisa deixar de ser a vilã das matérias. Pode ser divertida e trazer reconhecimento ao aluno”, disse Camila. Para Marcelo, a disciplina nunca é citada como a melhor. Segundo ele, os alunos sempre falam nas outras matérias e fazem da matemática “a pior do mundo”. Ganhador de medalhas nas três edições, André afirma que o incentivo ao estudo da matemática passa pela Obmep.

    Segundo os medalhistas, as fórmulas para a boa participação nas olimpíadas são conseqüência das boas notas na escola: bons professores, estímulo dos pais desde cedo e não olhar a disciplina como algo muito difícil.

    O ministro Fernando Haddad lembrou-se de um professor de matemática que trabalhava a questão de forma lúdica e desafiadora ao salientar que a olimpíada, com o foco na matemática, contribui para ampliar o horizonte da educação brasileira. Falou ainda da Olimpíada da Língua Portuguesa, lançada nacionalmente no dia 19. De acordo com o ministro, as duas olimpíadas, compreendidas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), ajudam a qualificar a educação brasileira.

    De forma descontraída, Haddad disse aos estudantes que era mais difícil estar ali como vencedor da Obmep do que na Seleção Brasileira —  uma alusão ao fato de 17 milhões de alunos terem participado da olimpíada. Segundo ele, o desafio do Ministério da Educação é fazer o resultado dos medalhistas chegar a todas as escolas públicas do país.

    Ao final, indagado por um aluno sobre a questão da formação de professores, Haddad relatou todo o esforço do MEC nesse sentido, com a criação do piso nacional e com o trabalho da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), que terá como nova função formular a política de preparação de professores da educação básica. Um dos exemplos citados foi a Universidade Aberta do Brasil (UAB), que tem como prioridade a formação de professores para essa etapa do ensino.

    Recorde — A terceira edição da Obmep teve um número recorde de participantes. Estiveram envolvidos 17,3 milhões de alunos, 38,5 mil escolas e 98% dos municípios do país. A competição foi criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar jovens talentos. A primeira Obmep teve a participação de 10,5 milhões de alunos de 31 mil escolas. A segunda edição contou com 14 milhões de estudantes de 32,6 mil instituições de ensino.

    Além das medalhas de ouro, prata e bronze para os vencedores, todos os premiados receberão bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também serão concedidos certificados de menção honrosa a até 30 mil alunos.

    A iniciativa é dirigida a alunos da quinta à oitava série (sexto ao nono ano) do ensino fundamental e a alunos do ensino médio das escolas públicas municipais, estaduais e federais. A inscrição é feita pelas escolas, que concorrem a prêmios, assim como professores e municípios. Os professores são contemplados com cursos de aperfeiçoamento e as escolas, com computadores portáteis e livros. Os municípios com maior pontuação recebem troféus.

    A ação é promovida pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com o Impa e a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

    Assessoria de Comunicação Social

  • O atendimento a cerca de 1,6 milhão de crianças até seis anos de idade, mantidas pelo governo federal em creches e pré-escolas financiadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), pode passar para o Ministério da Educação. A coordenadora de educação infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Karina Rizek Lopes, explica que o atendimento a essas crianças pelo MEC está vinculado ao repasse dos recursos — R$ 245 milhões — do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

    Segundo Karina Lopes, a discussão do assunto caberá a um grupo de trabalho interministerial, composto por representantes do MEC, do MDS, do Ministério do Planejamento, do Conselho Nacional de Assistência Social e de outras entidades. O grupo tem até setembro para apresentar propostas.

    “Há consenso entre o MEC e o MDS. Não podemos, nesta transição, perder nenhuma criança, nenhuma instituição hoje atendida com os recursos do Fundo Nacional de Assistência Social”, disse Karina. “Nossa idéia é, conjuntamente, investir na qualidade social da educação das crianças até seis anos.”

    Campanha — Em parceria com o MDS e com a colaboração do grupo de trabalho, o MEC prepara uma campanha nacional de credenciamento e integração das instituições de educação infantil aos sistemas de ensino. A meta é lançar tal campanha no segundo semestre.

    Criada nos anos 70, a Rede da Assistência Social presta atendimento a crianças até seis anos em jornadas integral e parcial. O programa envolve 4,6 mil municípios e 16 mil instituições.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • Bambu, palha e rede. Materiais que conferem identidade aos prédios que abrigam escolas e creches da educação infantil. Representantes de secretarias municipais e estaduais, de movimentos sociais e entidades ligadas à educação propuseram soluções para adequar o ambiente das creches às realidades do campo. Eles se reuniram em Brasília nos dias 30 e 31 de julho para discutir educação infantil no campo com técnicos dos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

    “Precisamos pensar onde colocar os atadores de rede”, sugeriu a coordenadora de educação do campo da secretaria estadual do Pará, Natalina Mendes. Em seu estado, é costume dormir em redes, disse Natalina, e as crianças se sentiriam menos ambientadas em berços ou camas.

    Uma representante do Maranhão relatou que nas comunidades quilombolas de seu estado, as crianças não gostam dos muros. Para Lourdes Vicente, do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Ceará, a cerca-viva foi uma boa opção para proteger as crianças dos animais, sem dar a sensação de aprisionamento. Na visão de Lourdes, as experiências locais podem facilitar a construção de creches e escolas de educação infantil em lugares que enfrentam problemas similares.

    No Ceará, para construir as paredes das escolas, o cimento foi usado em proporção reduzida, o que proporcionou economia no orçamento e a preservação do meio ambiente. “Os tijolos são feitos com 80% de terra do próprio local e não são queimados”, ressaltou Lourdes. Para diminuir o calor, muitas escolas dos assentamentos usam bambu e palha no lugar das telhas e do concreto tradicionais.

    Para Lourdes, a infra-estrutura das escolas precisa guardar estreita relação com o projeto político-pedagógico. Por isso, ela defende que, nas áreas de assentamentos e da agricultura familiar, o currículo inclua o cuidado com a horta escolar. “Assim, o trabalho funciona como princípio educativo. Além disso, o plantio ajuda a melhorar os hábitos alimentares”, disse.

    No Acre, para integrar a instituição de ensino ao espaço das comunidades e despertar nas crianças a identificação com o ambiente, a idéia foi construir as escolas indígenas em forma de oca. No estado, segundo a representante da secretaria municipal de Rio Branco, Lígia Ribeiro, é difícil seguir o modelo convencional de oferta de ensino porque a população do campo é muito dispersa. “Estamos pensando um modelo de educação infantil em áreas isoladas e de grande mobilidade”, afirmou.

    A idéia, de acordo com Lígia, é levar o professor até as casas das famílias mais distantes e oferecer formação tanto às crianças quanto a seus pais. “Muitos adultos são analfabetos”, lamentou. O projeto deve ser testado em 2009, com prioridade para a alfabetização de crianças, jovens e adultos. Cada professor deverá cuidar de até cinco famílias.

    Apoio— O MEC oferece um modelo de escola para atender às crianças até seis anos na educação infantil. De acordo com o coordenador de Infra-Estrutura Educacional do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), Erinaldo Vitório, o modelo é adequado à realidade urbana e pode ser adaptado às especificidades de cada região. “O MEC tem de velar pelo padrão mínimo de qualidade”, disse. Segundo Erinaldo, o FNDE oferece assistência técnica e/ou financeira para o desenvolvimento de projetos específicos.

    Maria Clara Machado

  • Cerca de 25% dos municípios que já receberam autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para comprar veículos escolares com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do programa Caminho da Escola, podem deixar de receber os recursos este ano. São36 prefeituras, de um total de 148 com autorização já aprovada pela STN, que não fizeram a solicitação de adesão à ata de registro de preços do pregão realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), essencial para a liberação do crédito.

    “Para dar continuidade ao processo, o município precisa pedir a adesão. Do contrário, o processo fica parado”, afirma José Maria Rodrigues de Souza, coordenador-geral do Caminho da Escola. A solicitação deve ser feita utilizando o Anexo V da Resolução nº 7/2008 do FNDE. “É um passo simples, basta preencher o formulário, assinar e enviar ao FNDE”, explica José Maria. “E, em função das eleições deste ano, o prazo para assinatura do contrato junto ao agente financeiro é dia 30 de junho. Depois disso, só três meses após a eleição.”

    Até agora, 166 cidades foram habilitadas pelo BNDES a receber os recursos, sendo que 148 já possuem autorização da STN para encomendar o novo transporte — veja a lista das 36 prefeituras que ainda não fizeram a adesão à ata de registro de preços. Mais de 600 veículos já estão na linha de montagem. A estimativa é que, a partir de junho, esses veículos comecem a ser entregues aos municípios que tiveram o processo aprovado.

    Zonas rurais — O programa Caminho da Escola é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O novo programa de transporte escolar, voltado para os 8,4 milhões de estudantes da educação básica pública que moram em áreas rurais, vai permitir a renovação da frota, para oferecer maior segurança ao transporte dos estudantes.

    Os veículos são adaptados à zona rural e certificados pelo Inmetro, que elaborou com o FNDE o conjunto de especificações técnicas de cada categoria. Os ônibus terão cor padronizada em todo o país (amarelo e preto).

    Entre outras características, devem possuir suspensão do tipo metálica e mais alta que os veículos convencionais para circulação em terrenos acidentados; filtros de ar para o funcionamento do motor em estradas empoeiradas; e pneus de uso misto para uso em estradas de terra e asfalto e em trajetos de curtas e médias distâncias. Aqueles com mecanismo de acessibilidade devem ter plataforma elevatória e espaço reservado para cadeiras de roda, com o sistema de retenção das cadeiras para o transporte de alunos portadores de necessidades especiais.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A presença das mulheres é crescente em todos os níveis de ensino no Brasil. Elas se consolidam como maioria a partir do ensino médio, dominam a graduação e detêm o maior número de bolsas de mestrado e doutorado, segundo o estudo Trajetória da Mulher na Educação Brasileira, lançado hoje, dia 7, no Ministério da Educação.
    Participaram do lançamento a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM); o secretário-executivo do MEC, Fernando Haddad, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Eliezer Pacheco.

    O trabalho, realizado pelo Inep e pela SPM, é um dos resultados do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, lançado em 2004 pela secretaria. Entre as reivindicações do plano estão a elaboração e a publicação de estudos e dados sobre a situação da mulher na sociedade brasileira.

    O estudo reúne diversos dados sobre as mulheres na educação, colhidos pelo Inep de 1996 a 2003, por meio do Censo Escolar, do Censo da Educação Superior, dos exames nacionais aplicados aos estudantes de educação básica e superior e cadastros de instituições e cursos. Conforme Eliezer Pacheco, a publicação visa a ampliar as possibilidades de análise da trajetória da mulher na educação brasileira para auxiliar na transformação da realidade educacional das mulheres.

    Dados - O número de matrículas do sexo feminino na educação infantil cresceu 48,1% entre 1996 e 2003, enquanto as matrículas do sexo masculino aumentaram 52,5%. As regiões Sul e Sudeste apresentaram os maiores índices de elevação, em ambos os sexos. Na Região Sul, o crescimento feminino foi de 64,3%; o masculino, de 67,9%. Na Região Sudeste, o número de mulheres aumentou 65,9%; o de homens, 69,0%. A Região Nordeste apresentou os menores índices de crescimento - 23,6% para mulheres e 25,5% para homens.

    No ensino fundamental, as matrículas das mulheres cresceram 2,25%; as dos homens, 5,63%. A proporção, que era de 97,8 meninas para cada cem meninos em 1996, baixou para 94,7 em 2003, o que levou os organizadores da publicação a concluir que há uma relação desigual entre os sexos.

    Segundo dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, (Saeb), as meninas da oitava série vão melhor em língua portuguesa, enquanto os meninos se sobressaem em matemática.

    Maioria - Em 2003, a população brasileira chegou próximo dos 174 milhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os homens são 48,8%; as mulheres, 51,2%. Isso significa que há no Brasil 4.250.434 mulheres a mais do que homens (maioria de 2,4%). Porém, quando se observa a população masculina e feminina por grupos de idade, constata-se a superioridade numérica masculina na faixa etária até 19 anos, que varia em torno de 2%.

    Na faixa a partir dos 20 anos, os números se invertem. Até os 19 anos, os homens constituíam 50,4% do total em 1996 e 50,9 % em 2003. Dos 20 anos em diante, passaram a constituir 47,6% em 1996 e 47,5% em 2003. A diferença em favor das mulheres chega próximo aos 4% na faixa de 40 a 59 anos.

    Retorno - O ensino médio apresenta dados surpreendentes. O crescimento das matrículas foi de 58% para ambos os sexos, no período. Considerando que a população brasileira cresceu apenas 4,3% no grupo de 15 a 19 anos, os índices indicam não apenas o aumento no tempo de estudo da população jovem, mas ainda um retorno de grupos de mais idade à escola.
    A partir do ensino médio, as mulheres apresentam uma superioridade
    numérica em relação aos homens. Em 2003, o índice de matrículas é de 54,0% para elas e de 46,0% para os homens.

    Nesse nível de ensino, as estudantes com menos de 17 anos são melhores em redação (nota média de 61,1, contra 58,6 dos meninos). Na parte objetiva, as meninas da mesma idade ficam com 54,3 e os meninos, com 59,7. As alunas de 17 a 22 anos têm média de 59,6 a 52,2, enquanto os alunos conseguem de 57,1 a 49,4. Na parte objetiva, as meninas saíram-se com notas de 51,1 a 42,5; os meninos, de 56,6 a 47,5.

    Com mais de 22 anos, as mulheres tiveram média 51,3 na redação; os homens, 49,8. Na objetiva, as mulheres chegaram a 41,5 e os homens, a 47,6.

    Conforme a publicação, do ponto de vista dos estudos de gênero, é preciso discutir os resultados por meio de estudos que questionem as diferenças percebidas entre as aptidões de homens e mulheres, qual a importância do direcionamento profissional e cultural diferenciado a partir da infância, como efetivamente são apresentados os conteúdos programáticos na escola e o que efetivamente avaliam os instrumentos de avaliação.

    Graduação - A pesquisa mostra um grande salto quantitativo tanto para homens quanto para mulheres em termos de graduação. O índice de crescimento feminino, no entanto, foi mais alto. A diferença entre os sexos, que era de 8,7% em 1996, a favor das mulheres, passou para 12,8% em 2003. O crescimento foi observado em todas as regiões, com destaque para as regiões Norte (de 3,9% para 21,2%) e Centro-Oeste (de 15,8% para 19,9%).

    Segundo os dados do Censo da Educação Superior de 2003, os cursos com maior percentual de mulheres foram serviço social e orientação (93,8%), fonoaudiologia (92,9%), nutrição (92,8%) e secretariado (92,6%). Entre os homens, estão mecânica (92,1%), construção e manutenção de veículos a motor (91,8%), transportes e serviços (88,1%) e eletrônica (88,1%).

    A participação das mulheres na educação superior surpreende não apenas pelo número de matrículas de graduação, mas também pela crescente presença no corpo docente, nos níveis mais elevados de titulação. Enquanto o número de professores homens cresceu 67,9% de 1996 a 2003, o de professoras aumentou em 102,2%.

    De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educação superior aumentou em média 112,1%. O crescimento do número de mestres homens ficou abaixo da média (106,1%), enquanto o de mulheres foi de 119,4% - mais de 7% cima da média. O mesmo pode se afirmar sobre a participação feminina
    entre professores com doutorado. No mesmo período, o crescimento global foi de 80,9%. O de docentes homens ficou em 69,2%; o de docentes mulheres chegou a 104% - aproximadamente 24% acima da média global e 35% acima da média masculina.

    Dados de 2005 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) mostram que as mestrandas e doutorandas são maioria entre os bolsistas (54%). Entre os homens, o percentual é de 46%. As mestrandas são 54,4% e as doutorandas, 53,7%. No corpo docente, o predomínio ainda é masculino, principalmente na engenharia e nas ciências agrárias. A presença das mulheres é mais expressiva nas áreas de lingüística, letras, artes e ciências humanas.

    Políticas - O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres contém 199 ações, distribuídas em 26 prioridades, definidas na 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Na área da educação, o plano permitirá a redução do analfabetismo entre as mulheres, principalmente entre aquelas com idade acima de 45 anos, negras e índias.
    Possibilitará, também, o combate à violência doméstica e sexual contra a mulher. Em seu capítulo 2, Educação Inclusiva e não Sexista, o plano apresenta políticas de educação para a igualdade de gênero destinadas a melhorar a qualidade do atendimento educacional, a valorização profissional, o aumento das taxas de matrícula feminina em todos os níveis e modalidades de ensino e a promoção de ações afirmativas para público específico.

    Entre os objetivos do plano de ação estão a incorporação da perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual no processo educacional formal e informal, a garantia de um sistema educacional não discriminatório, que não reproduza estereótipos de gênero, raça e etnia, e a promoção do acesso à educação básica de mulheres jovens e adultas. Até 2007, pretende-se reduzir em 15% a taxa de analfabetismo entre mulheres acima de 45 anos e aumentar em 12% a freqüência de crianças até seis anos em creches ou pré-escolas na rede pública.

    O plano também pretende valorizar iniciativas culturais das mulheres, estimular a difusão de imagens não-discriminatórias e não-estereotipadas e selecionar livros didáticos e paradidáticos da rede pública para garantir o cumprimento adequado dos critérios de seleção referentes à não-discriminação de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

    Também integram as ações o apoio financeiro e a garantia de recursos adicionais a estados e municípios que desenvolvam atividades educacionais de promoção de eqüidade de gênero; a proposta de inclusão das temáticas de gênero, raça, etnia e orientação sexual nos currículos do ensino superior; a incorporação de diretrizes relativas a gênero, raça e etnia no âmbito da educação profissional e tecnológica e o direcionamento da utilização dos recursos destinados à educação básica para a construção e a ampliação de novas escolas de educação infantil, de creches e pré-escola e promoção de campanha na mídia, com informações referentes ao acesso à educação e sua importância na vida das mulheres. (Assessoria de Imprensa do Inep)


    Graduação - A pesquisa mostra um grande salto quantitativo tanto para homens quanto para mulheres em termos de graduação. O índice de crescimento feminino, no entanto, foi mais alto. A diferença entre os sexos, que era de 8,7% em 1996, a favor das mulheres, passou para 12,8% em 2003. O crescimento foi observado em todas as regiões, com destaque para as regiões Norte (de 3,9% para 21,2%) e Centro-Oeste (de 15,8% para 19,9%).

    Segundo os dados do Censo da Educação Superior de 2003, os cursos com maior percentual de mulheres foram serviço social e orientação (93,8%), fonoaudiologia (92,9%), nutrição (92,8%) e secretariado (92,6%). Entre os homens, estão mecânica (92,1%), construção e manutenção de veículos a motor (91,8%), transportes e serviços (88,1%) e eletrônica (88,1%).

    A participação das mulheres na educação superior surpreende não apenas pelo número de matrículas de graduação, mas também pela crescente presença no corpo docente, nos níveis mais elevados de titulação. Enquanto o número de professores homens cresceu 67,9% de 1996 a 2003, o de professoras aumentou em 102,2%.

    De 1998 a 2003, o percentual de mestres na educação superior aumentou em média 112,1%. O crescimento do número de mestres homens ficou abaixo da média (106,1%), enquanto o de mulheres foi de 119,4% - mais de 7% cima da média. O mesmo pode se afirmar sobre a participação feminina
    entre professores com doutorado. No mesmo período, o crescimento global foi de 80,9%. O de docentes homens ficou em 69,2%; o de docentes mulheres chegou a 104% - aproximadamente 24% acima da média global e 35% acima da média masculina.

    Dados de 2005 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) mostram que as mestrandas e doutorandas são maioria entre os bolsistas (54%). Entre os homens, o percentual é de 46%. As mestrandas são 54,4% e as doutorandas, 53,7%. No corpo docente, o predomínio ainda é masculino, principalmente na engenharia e nas ciências agrárias. A presença das mulheres é mais expressiva nas áreas de lingüística, letras, artes e ciências humanas.

    Políticas - O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres contém 199 ações, distribuídas em 26 prioridades, definidas na 1ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Na área da educação, o plano permitirá a redução do analfabetismo entre as mulheres, principalmente entre aquelas com idade acima de 45 anos, negras e índias. Possibilitará, também, o combate à violência doméstica e sexual contra a mulher. Em seu capítulo 2, Educação Inclusiva e não Sexista, o plano apresenta políticas de educação para a igualdade de gênero destinadas a melhorar a qualidade do atendimento educacional, a valorização profissional, o aumento das taxas de matrícula feminina em todos os
    níveis e modalidades de ensino e a promoção de ações afirmativas para público específico.

    Entre os objetivos do plano de ação estão a incorporação da perspectiva de gênero, raça, etnia e orientação sexual no processo educacional formal e informal, a garantia de um sistema educacional não discriminatório, que não reproduza estereótipos de gênero, raça e etnia, e a promoção do acesso à educação básica de mulheres jovens e adultas. Até 2007, pretende-se reduzir em 15% a taxa de analfabetismo entre mulheres acima de 45 anos e aumentar em 12% a freqüência de crianças até seis anos em creches ou pré-escolas na rede pública.

    O plano também pretende valorizar iniciativas culturais das mulheres, estimular a difusão de imagens não-discriminatórias e não-estereotipadas e selecionar livros didáticos e paradidáticos da
    rede pública para garantir o cumprimento adequado dos critérios de seleção referentes à não-discriminação de gênero, raça, etnia e orientação sexual.

    Também integram as ações o apoio financeiro e a garantia de recursos adicionais a estados e municípios que desenvolvam atividades educacionais de promoção de eqüidade de gênero; a proposta de inclusão das temáticas de gênero, raça, etnia e orientação sexual nos currículos do ensino superior; a incorporação de diretrizes relativas a gênero, raça e etnia no âmbito da educação profissional e tecnológica e o direcionamento da utilização dos recursos destinados à educação básica para a construção e a ampliação de novas escolas de educação infantil, de creches e pré-escola e promoção de campanha na mídia, com informações referentes ao acesso à educação e sua importância na vida das mulheres. (Assessoria de Imprensa do Inep)

     

     

  • Chega a 180 mil o número de professores e gestores da educação de todo o Brasil interessados em participar dos cursos de capacitação em educação digital promovidos pelo Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado). O programa é uma realização da Secretaria de Educação a Distância (Seed).

    De acordo com a coordenadora-geral de Formação em Educação a Distância da Seed, Simone Medeiros, o Proinfo Integrado não tem vagas fechadas. A oferta de cursos, que são promovidos em parceria com as secretarias estaduais e municipais de educação, é organizada a partir da demanda dos estados e municípios no Plano de Ações Articuladas (PAR).

    Os cursos são divididos em três etapas, totalizando 180 horas/aula. O primeiro curso – introdução à educação digital – é de 40 horas/aula e visa familiarizar professores e gestores escolares para o uso de recursos básicos da informática, usando Linux educacional. Tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TICs, com 100 horas, tem o objetivo de possibilitar que profissionais da educação possam identificar as novas tecnologias no cotidiano escolar e delas se apropriar, utilizando-as no planejamento das aulas com seus alunos.

    O terceiro curso, de 40 horas, é de complementação local, para a elaboração de projetos. “É uma formação complementar às duas primeiras, onde cada estado é que vai organizar sua formação, de acordo com a realidade local”, diz Simone Medeiros. Ela adianta que está sendo construída uma rede nacional de formadores/multiplicadores responsáveis pela formação dos professores e gestores escolares.

    No primeiro semestre de 2008, foram realizados quatro encontros de formadores/multiplicadores para o curso de introdução à educação digital: dois em Brasília, um em Fortaleza e um em São Paulo. Foram capacitados 1.200 profissionais da educação, que farão a formação dos demais multiplicadores nos núcleos de tecnologia educacional dos estados (NTEs) e nos núcleos de tecnologia dos municípios (NTMs). “Será essa rede de formadores que fará a capacitação de professores e gestores nas escolas com laboratórios de informática”, explica Simone Medeiros.

    Fátima Schenini

  • O Brasil já está na 15ª colocação no ranking da produção científica mundial. Com 19.428 artigos publicados em 2007, o país responde por 2,02% do total da produção científica no mundo, superando a Suíça (1,89%) e a Suécia (1,81%) e aproximando-se da Holanda (2,55%) e da Rússia (2,66%). Os números foram divulgados nesta terça-feira, 8, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães.

    Entre os países latino-americanos, o Brasil é destaque. Em segundo lugar no continente vem o México, na 28ª posição mundial, com 7.469 artigos publicados no mesmo período, o que corresponde a 0,78% da produção no mundo. Quando combinados os fatores território (países com mais de quatro milhões de quilômetros quadrados), população (países com mais de 100 milhões de habitantes) e economia (países com PIB maior do que 400 milhões de dólares), o Brasil figura entre os quatro primeiros produtores científicos do mundo, junto com a Rússia, os Estados Unidos e a China.

    No quesito qualidade, medido pela porcentagem de citações – quantidade de artigos citados em outras publicações – o Brasil está em 25º lugar na lista mundial, com 57,6% de artigos citados no período de 2003 a 2007. Em primeiro, está a Dinamarca, seguida pela Suíça. Nesse ranking, China e Rússia ficam atrás do Brasil.

    “Continuamos uma trajetória consistente no aumento da produção científica brasileira”, afirma Haddad. “Nossa grande tarefa, agora, é traduzir esse acúmulo de conhecimento para a área do magistério, formando professores para a educação básica.” Segundo o ministro, outro passo importante a ser dado é transformar o potencial de produção científica em aplicação no trabalho. “A Lei de Incentivo à Pesquisa começa a sair do papel. Começam a chegar os primeiros projetos de pesquisa aplicada”, relata.

    Para Jorge Guimarães, entre os motivos para a boa colocação do país estão os programas de iniciação científica, o fortalecimento da pós-graduação, a formação de grupos de pesquisa, as cooperações internacionais e, mais recentemente, o Portal de Periódicos da Capes. “O mundo dobrou a produção científica de 1981 a 2006. O Brasil aumentou em nove vezes”, exemplifica.

    A área brasileira que se destaca no âmbito mundial em produção científica é a agricultura, com 4.139 artigos produzidos entre 2003 e 2007 – 4% da produção total em todo o mundo. Já dentro do país, o destaque vai para a medicina: 3.745 artigos publicados em 2007. Entre os artigos brasileiros citados nos últimos quatro anos, 71% são da área de neurociências. “Os artigos brasileiros sobre agricultura são pouco citados mundialmente porque a nossa agricultura é tropical; não interessa tanto para países com outro clima”, explica Guimarães.

    Para o presidente da Capes, a expectativa para a produção científica brasileira em 2008 é grande. Até agora, o número de publicações é de 18.390. Destas, 14.961 são de artigos científicos. “É quase certo que ultrapassemos a marca de 2007”, comemora. 

    Letícia Tancredi

  • Foto: Wanderley PessoaO portal de domínio público do Ministério da Educação tem cerca de três milhões de acessos por mês. Só em abril, 35.844 usuários acessaram a página da biblioteca digital gratuita, com mais de cinco mil obras literárias, músicas, fotografias, vídeos e quadros. Inaugurado pelo ministro Tarso Genro em novembro, o portal tem vídeos da TV Escola - ligada à Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) -, como os dos escritores Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Machado de Assis e Mário de Andrade. Há obras do português Eça de Queiroz e do inglês William Shakespeare. O usuário tem a opção de fazer cópia dos textos e imprimi-los, totalmente ou em parte.

    O portal é uma referência para professores, estudantes, pesquisadores e a comunidade e pretende contribuir para o desenvolvimento da educação e da cultura e aprimorar a construção da consciência social, da cidadania e da democracia. "Ao disponibilizar informações e conhecimentos de forma livre e gratuita, o portal busca incentivar o aprendizado, a inovação e a cooperação entre os geradores de conteúdo e usuários", explica o ministro Tarso Genro.

    Este mês, o coordenador-geral de gestão em educação a distância do MEC, Espartaco Madureira Coelho, apresentou o portal no Colóquio Internacional de Literatura Comparada e Novas Tecnologias, na UFRG, evento promovido pela Associação Internacional de Literatura Comparada, com representantes do Brasil, Uruguai, Espanha, Itália e França.

    Conteúdo - Segundo o consultor José Guilherme Ribeiro, órgãos públicos, bibliotecas e a administração federal, estadual e municipal podem oferecer conteúdo, sobretudo de obras de domínio público, cujos autores morreram há mais de 70 anos. Escritores contemporâneos também podem autorizar a publicação de suas obras. O cadastramento é feito na página eletrônica da biblioteca. É projeto do MEC cadastrar e digitalizar outras obras no portal. Para isso, o ministério vai fazer uma licitação até junho.

    "A idéia é colocar à disposição obras de interesse geral", diz Jean Marc Georges Mutizig, diretor do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica da Seed. É uma opção para baratear custos e estar ao alcance de mais pessoas. "Queremos oferecer serviços adicionais, como chat e fóruns, para torná-lo mais atrativo", disse. O portal de domínio público do MEC tem parcerias com bibliotecas virtuais, editoras, gravadoras e universidades. Voluntários, autores e tradutores podem colaborar com a iniciativa. O portal pode ser acessado na página eletrônica do domínio público.

    Repórter: Susan Faria

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