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  • Maior comprador de livros do mundo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai aproveitar seu estande na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa nesta quinta-feira, 14, para apresentar o trabalho realizado na área de material didático e de incentivo à leitura. O evento vai até 24 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi.

    Além dos programas que fornecem livros didáticos para todos os alunos da educação básica pública (ensinos médio e fundamental), o FNDE vai mostrar como funciona o Programa Nacional Biblioteca da Escola, que encaminha às instituições de ensino acervos com obras de literatura, de pesquisa e de referência. Somente este ano, foram enviados às escolas públicas mais de oito milhões de exemplares, divididos em 282 mil acervos, em benefício de 29 milhões de estudantes da educação básica e infantil. Alguns dos títulos estarão em exposição no estande do fundo.

    Em relação aos livros didáticos, os números são ainda maiores. Nesta semana, o FNDE fechou a compra de 103 milhões de obras, que beneficiarão os cerca de 36 milhões de alunos do ensino fundamental e médio a partir de 2009. No ano passado, foram adquiridos mais de 128 milhões de exemplares. 

    O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e as políticas federais do livro e de incentivo à leitura serão abordados durante palestra do presidente do FNDE, Daniel Balaban, nesta sexta-feira, 15, no Salão de Idéias Volkswagen, durante a bienal. “Todas as ações do PDE são importantes e acabam tendo relação com o tema livro e literatura. A educação é sistêmica. Professores mais bem preparados se interessam mais pela literatura e podem passar esse interesse para seus alunos, formando novos leitores”, afirma Balaban.

    Aspecto lúdico — O estande do FNDE na bienal também pretende envolver crianças e adultos no mundo mágico dos livros, com destaque para as diversas formas de comunicação e linguagem, passeando por obras em braille, na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e em áudio. Haverá encontros com autores renomados, como Ignácio de Loyola Brandão; oficinas de ilustração, confecção e conservação de livros; além da narração de histórias, onde contadores experientes levarão crianças, jovens e adultos a entrar nas histórias fantásticas desse mundo lúdico.

    Realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a 20ª edição da bienal vai reunir 350 expositores nacionais e estrangeiros em 70 mil metros quadrados do pavilhão do Anhembi, representando mais de 900 selos editoriais. A expectativa é de que mais de 800 mil pessoas visitem os onze dias da feira.

    Confira a programação do estande do FNDE.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Fundação Bienal do Mercosul está oferecendo uma boa oportunidade para os universitários: um curso gratuito de formação de mediadores para a 5ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Para concorrer às 300 vagas, os estudantes devem estar matriculados no terceiro semestre em diante. Não há restrições para os candidatos, que podem ser de qualquer área.

    O curso será realizado entre os dias 9 de agosto e 1º de setembro, na sede do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, em Porto Alegre (RS), e contará com a participação do curador-geral da bienal, Paulo Sergio Duarte, além de professores e críticos de arte, que explicarão a evolução da arte contemporânea e como a bienal funciona. Os alunos serão divididos em duas turmas: manhã (8h30 às 12h) e noite (19h às 22h30).

    As inscrições podem ser feitas na página eletrônica  da bienal e estão abertas até o dia 5 de agosto. Os candidatos devem enviar uma mensagem para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com currículo resumido, carta de interesse e a preferência de horário para freqüentar as aulas. Os selecionados receberão uma mensagem eletrônica no dia 8 de agosto. Os 300 estudantes serão avaliados ao longo do curso e 175 serão selecionados para uma segunda etapa, que começa no dia 8 de setembro. Esses jovens serão contratados para atuar como mediadores da bienal e receberão bolsa-auxílio de R$ 400,00. Os demais candidatos poderão ser chamados pela fundação, conforme a necessidade do evento.

    Este ano, a bienal tem como tema Histórias da Arte e do Espaço, e ocorre de 30 de setembro a 4 de dezembro, em Porto Alegre. O escultor mineiro Amílcar de Castro será o homenageado desta edição, que conta com obras de artistas de toda a América Latina e mais as presenças confirmadas dos norte-americanos Ilya Kabakov e Stephen Vitiello, da iugoslava Marina Abramovic e do francês Pierre Coulibeuf.

    Repórter: Raquel Sá

  • Rio de Janeiro — Cabelo raspado quase rente ao couro cabeludo, camiseta da escola agarrada na barriga, olhinhos brilhando, Marcos Vinícius Deveso, sete anos, pediu: “Conta uma história de monstro!”. Mal ouviu o pedido, o escritor e ator José Mauro Brant não se fez de rogado: abriu uma maleta cheia de publicações e de lá tirou o livro Bruxa, vem à minha festa!, de Arden Druce.

    Durante os vinte minutos seguintes, embarcou com o menino e outras 42 crianças na história da bruxa que convidava animais, como a coruja e o gato, e personagens imaginários, como o dragão e o fantasma, para uma muito divertida festa.

    Ao lado dos colegas, todos alunos de primeira série do ensino fundamental do Instituto Educacional Cardoso Ribas e do Centro Cultural Vivenda, no Rio de Janeiro (RJ), Marcos Vinícius passou boa parte da manhã desta sexta-feira, 14, no estande do Ministério da Educação, na 13ª Bienal do Rio de Janeiro, ouvindo histórias e folheando livros. Pouco antes do meio-dia, depois de outras cinco histórias e de 'sapecar' um beijo no ator — que, àquela altura, já tinha virado 'tio' da garotada —, o menino lamentou: “Que pena que acabou...”. Mas logo se conformou, ao entrar na fila para ganhar de presente um dos livros do acervo do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE),  do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    O PNBE é um programa voltado para a aquisição de obras de literatura brasileira e estrangeira, infanto-juvenis, de pesquisa, de referência, além de outros materiais de apoio a professores e alunos — como atlas, globos e mapas — e sua distribuição às bibliotecas das escolas públicas de educação básica.

    Em 2006, o FNDE investiu R$ 46,3 milhões para atender a 46.700 escolas com aproximadamente 14 milhões de alunos matriculados nas séries finais do ensino fundamental. Este ano, serão comprados seis milhões de livros que irão beneficiar 29 milhões de estudantes da educação infantil, das séries iniciais (1ª a 4ª) do ensino fundamental e do ensino médio.

    Fim de semana — Neste final de semana continua a programação do estande do MEC/FNDE na 13ª Bienal do Livro. Sábado, 15, às 10h30, tem oficina de encadernação de livros para leigos, com Lílian Dias e Tony Barreto; à tarde, das 13h às 14h, a escritora Marina Colasanti conversa com estudantes e professores sobre suas obras e o processo de criação; das 15h às 16h, o escritor Bartolomeu Campos de Queirós fala a respeito do livro O olho de vidro do meu avô; e das 17h às 18h, Fátima Café conta histórias para as crianças.

    A programação de domingo, 16, começa às 10h30, com uma oficina de ilustração comandada pela artista Graça Lima, que, das 13h às 14h, fala sobre Viagens na Imagem. O poeta Ferreira Gullar se apresenta no estande das 16h às 17h, para um bate-papo informal com o público e, das 17h30 às 18h30, Fátima Café volta a animar a garotada com divertidas histórias. Mais informações na página eletrônica da bienal.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • A Escola Agrotécnica Federal de Muzambinho (EAF-Muzambinho), em Minas Gerais, é considerada, hoje, um centro de referência em pesquisas com oleaginosas – matérias-primas para produção de combustível verde, mais conhecido como biodiesel. Resultado da fusão de óleos vegetais com o álcool, o biodiesel é o mais novo combustível de origem renovável. As alternativas de matéria-prima para o fornecimento do óleo vegetal são diversas no Brasil, como é o caso do girassol, pinhão manso, soja, amendoim, algodão, dendê, milho, entre tantas outras que podem ser cultivadas de acordo com a aptidão agrícola e o clima de cada região do País.

    O girassol, o pinhão manso e o nabo forrageiro são as culturas pesquisadas pelos alunos e professores da EAF-Muzambinho. Eles verificam a adaptação dessas culturas ao solo da região, estudam as possíveis pragas e os defensivos agrícolas mais adequados, o melhor adubo e o espaçamento que deve ser utilizado entre as plantas e, ainda, métodos e períodos de plantio e colheita.

    Esses alunos, depois de capacitados pela escola, adquiriram conhecimento no que diz respeito à cultura do girassol, o que possibilitou que eles prestassem assistência técnica, na forma de estágio não remunerado, para a cooperativa de miniusinas de biodiesel, a Biobras. Atualmente, essa cooperativa é formada por nove miniusinas de processamento do combustível verde, abastecidas pela produção de mais de dois mil pequenos produtores rurais.

    Os alunos da escola também estão sendo capacitados para de serem integrados ao mercado de trabalho, uma vez que o município de Muzambinho terá, para o próximo ano, a sua própria miniusina de biodiesel.

    Segundo o professor Alberto Donizete Ales, responsável pelas pesquisas realizadas na EAF-Muzambinho, desenvolver as oleaginosas – matéria-prima do biodiesel –, com sustentabilidade, respeitando o meio ambiente e os conhecimentos tradicionais das populações envolvidas, é preocupação constante dos estudos. “As pesquisas realizadas são fundamentais para que os pequenos produtores rurais sejam direcionados e orientados de forma correta, a fim de tirar o melhor proveito econômico, ambiental e social do combustível verde”, explica.

    O professor conta ainda que no Brasil, mais de 200 mil famílias de pequenos produtores rurais estão envolvidas com as plantações de oleaginosas, o que faz do novo combustível um fator fundamental para a inclusão social.

    Seminário – A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC) estará presente no 7º Seminário Nacional de Energia e Responsabilidade Social Ambiental no Brasil, que acontece nesta terça-feira, 5. Será distribuída a publicação da secretaria, lançada no último mês de agosto, que apresenta desde a história do biodiesel no Brasil até a produção do combustível verde nas escolas da rede federal de educação profissional e tecnológica.

    Sophia Gebrim e Rosilã Pereira

  • Na cidadezinha gaúcha de Nova Bassano, com pouco mais de 8 mil habitantes, alunos de oitava série, nível médio e técnico, estão melhorando seu rendimento e expandindo suas experiências em sala de aula a partir do uso da tecnologia. A utilização de blogs (páginas pessoais na internet que permitem interação através de textos, imagens e comentários) e outras ferramentas educacionais tornou-se recorrente, servindo de exemplo para os demais professores da região. A iniciativa foi da professora Marli Dagnese, coordenadora do laboratório de informática educativa do Colégio Estadual Padre Colbachini, subordinado ao Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Bento Gonçalves.

    O desejo de ampliar as possibilidades de abordagens educativas surgiu quando Marli participou de um seminário sobre tecnologias na educação, em que descobriu as potencialidades do blog. “Vi que permitia a interação dos alunos e a publicação de seus textos de maneira fácil”, explica a professora. Em seguida, ela buscou informações e tirou dúvidas em fóruns e blogs educativos, para iniciar a utilização de novas ferramentas.

    A primeira experiência foi o blogVidas Secas – da ficção à realidade, onde são veiculados trabalhos escolares referentes a obras literárias. “Isso estimula a produção, pois eles (alunos) vêem que seu trabalho está sendo valorizado. É a escola saindo de seus muros”, ressalta a professora.

    Para estimular os alunos do ensino técnico, que chegavam cansados às aulas noturnas de redação e expressão, a professora montou o blog Opinião. Nele, os alunos acessam links para textos com posicionamentos diversos e depoimentos a respeito de um determinado tema que deve nortear a produção de artigos. “A utilização de tecnologia facilita, pois o jovem tem atração por novidades. Indo ao encontro dessa expectativa é possível quebrar resistências”, comenta Marli.

    A partir dessa experiência, a professora montou uma oficina em parceria com os professores de educação de jovens e adultos e a coordenação pedagógica de sua escola. Foi construída uma proposta de trabalho que pode ser conferida no blog EJA - Tempo Comunidade. A proposta foi montada a partir da leitura de jornais, em um período extraclasse.

    ProInfo – Experiências como esta são possibilitadas pelo Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), que tem como objetivo universalizar as tecnologias de informação e comunicação nas escolas do ensino básico. O ProInfo já atendeu 5.140 escolas públicas em 1.819 municípios, beneficiando 5,8 milhões de alunos e 218 mil professores com a instalação de 59 mil computadores em NTEs e escolas. O programa já capacitou 300 mil professores e formou 24 mil monitores para dar apoio técnico aos laboratórios das escolas.

    Ferramentas – Além dos blogs, a professora Marli promove webquests com os alunos para dinamizar as pesquisas. O professor monta um site e propõe um desafio. “Por exemplo, uma pesquisa sobre escritores como Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes. Só que, em vez de os alunos simplesmente copiarem e colarem os conteúdos que encontram na internet – o que normalmente ocorre -, eles têm que dramatizar as poesias e apresentar a vida dos autores, o que os força a compreender o assunto”, observa Marli.

    Os chats também são utilizados como ferramenta educacional. A professora já promoveu um bate-papo entre uma especialista em educação e seus alunos. Depois, eles tiveram que fazer dissertações sobre os assuntos discutidos na conversa para serem inseridas no blog e na página do colégio.

    Com o intuito de compartilhar suas experiências com o uso de tecnologias, Marli, junto com duas professoras de Joinville (SC), montou o Trocando Letras. No blog, elas expõem as etapas de seus projetos, o desenrolar, as expectativas, as frustrações e compartilham as alegrias. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Belém (PA) - O ministro da Educação, Fernando Haddad, destacou, durante reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que as universidades federais têm responsabilidade primordial na formação de professores da educação básica. “Infelizmente, os nossos professores não têm acesso a uma formação de qualidade”, afirma.

    Para resolver essa questão, o ministro citou a importância do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) e as novas atribuições da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), que passa a cuidar também da formação dos professores da educação básica. Outro ponto é o reforço às licenciaturas presenciais. “Formamos poucos professores e a maior parte deles fica na própria universidade ou leciona nas escolas privadas.”

    Ensino superior — Ainda na reunião da Andifes, o ministro reforçou a importância do programa de apoio a planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Segundo Haddad, o programa resgata um documento da Andifes, de 1997, que apresenta possibilidades de ampliação do número de vagas nas instituições federais de ensino superior. Do resgate desse documento nasceram propostas de ampliação do número de vagas e redução das taxas de evasão, ocupação de vagas ociosas e aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno.

    Com o Reuni, a meta do MEC é dobrar, em dez anos, o número de estudantes de graduação a partir do aumento da relação professor/aluno e da contratação de mais docentes. Serão 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação.

    Rodrigo Dindo

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  • O Prêmio Inovação em Gestão Educacional 2008 premiará com R$ 100 mil os dez municípios com experiências que alcançaram resultados significativos para a qualidade da educação a partir de mudanças na gestão de suas redes de ensino. O prêmio deverá ser investido no desenvolvimento, ampliação e avaliação dos projetos premiados. Os dirigentes municipais têm prazo até 18 de abril para inscrever suas experiências pela página eletrônica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Concedido a cada dois anos, o Prêmio Inovação tem como objetivo incentivar os municípios a tornarem públicas suas experiências inovadoras em gestão educacional que contribuam para o alcance das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e do Compromisso Todos pela Educação. As experiências devem pertencer a um dos seguintes grupos temáticos: gestão pedagógica, gestão de pessoas, planejamento e gestão (democrática, infra-estrutura e financeira) e avaliação e resultados educacionais.

    O prêmio, instituído pelo Ministério da Educação e coordenado pelo Inep, está em segunda edição. Em 2006, recebeu 265 inscrições de todas as regiões do Brasil. Este ano, as experiências deverão estar vinculadas ao PDE, identificando-se diretamente com uma ou mais diretrizes estabelecidas pelo plano, com foco no direito de aprender de cada criança, jovem ou adulto.

    O dirigente receberá junto ao Guia do Participante uma carta da comissão organizadora do prêmio informando o código de acesso para o preenchimento do formulário de inscrição pela Internet. Além dos dirigentes municipais de educação, os municípios premiados na edição anterior podem se inscrever, desde que apresentem nova experiência. Mais informações sobre a inscrição estão no Guia do Participante, disponível na página do Inep.

    Além dos experimentos premiados, todas as iniciativas aprovadas farão parte do Banco de Experiências do Laboratório, que serão divulgadas a fim de contribuir com os dirigentes educacionais na elaboração de políticas de gerenciamento de seus sistemas e elevar a qualidade da Educação Básica.

    Assessoria de Imprensa do Inep

  • Fortaleza (CE) - Em sala de aula, a professora de português pede aos alunos que levem, de casa, rótulos de embalagens que contenham palavras com o dígrafo lh. Cada aluno chega com seu rótulo e o cola no mural. A professora dá explições sobre ortografia. No mesmo quadro e com os mesmos rótulos, a professora de matemática pede aos alunos que pesquisem os preços dos produtos. Em outra aula, elabora uma situação-problema para ser resolvida por eles.

    É assim que funciona o Mercadinho, nome dado ao cartaz de rótulos elaborado pela Escola de Ensino Fundamental Maria Alacoque Bezerra de Figueiredo, no município de Barbalha, Ceará. O mural, que auxilia no aprendizado de português e matemática das crianças da quarta série, foi uma das boas práticas analisadas no estudo Aprova, Brasil, realizado em 2006 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Ministério da Educação.

    Apesar das dificuldades e da carência do bairro no qual está localizada, a escola foi uma das 33 que obtiveram melhores notas na Prova Brasil, exame nacional que avaliou, em 2005, alunos da quarta e da oitava séries do ensino fundamental de escolas públicas. O desempenho na quarta série da escola cearense foi de 200,15 em português (o máximo é 350) e de 237,98 em matemática (máximo de 375). A média nacional em português foi 172,9 e em matemática, 180.

    As boas notas são atribuídas ao esforço para manter os alunos atentos ao ambiente em que se encontram e para que eles aprendam com as coisas simples do dia-a-dia, como explica a coordenadora pedagógica Danniely Batista. Ela afirma que o desempenho poderia ser ainda melhor se a escola tivesse um espaço mais adequado para o desenvolvimento das atividades. “A infra-estrutura da escola deixa um pouco a desejar”, admitiu. Segundo ela, o prédio foi reformado recentemente, mas ainda há muito a ser feito, como a construção da biblioteca e a ampliação de algumas salas. A parte externa precisa de reparos. As ruas que levam à escola não são asfaltadas, e os alunos vão a pé para as aulas.

    Família — Outro problema são os lares desestruturados. A maior parte dos alunos tem famílias desunidas ou são crianças abandonadas pelos pais. Por isso, sempre que o aluno falta à aula sem aviso dos responsáveis, a coordenação tenta entrar em contato. Se não tiver resposta, uma professora vai à casa da criança. Caso o estudante apresente dificuldades no aprendizado, os coordenadores relatam o caso à Secretaria de Educação, que manda um psicólogo à escola.

    Os pais dos alunos são, em geral, analfabetos ou não conseguiram terminar os estudos. É o caso de Tereza Cristina da Silva, mãe de Patrícia D'Ávila, nove anos, estudante da quarta série. Mãe solteira, Tereza freqüentou a escola só até a oitava série, mas não quer o mesmo futuro para Patrícia e seu outro filho, Davi, de 15 anos, que cursa o ensino médio em outro estabelecimento. “Deus me livre de eles ficarem sem estudar”, disse Tereza. “Em casa, sempre oriento a Patrícia em suas tarefas e fico feliz em ver que a escola incentiva as crianças a ter interesse pelas aulas.”
    Reforço — A escola oferece aulas de reforço, principalmente, em leitura e escrita. Por isso, os alunos de oito anos, com poucas exceções, já sabem ler e escrever. Assim, a idade dos estudantes corresponde à série em que eles efetivamente devem estar. Os alunos da quarta série, por exemplo, têm entre nove e dez anos.

    O colégio tem um projeto cultural, criado e coordenado, há quatro anos, pela professora Maria de Barros Mendonça com a ajuda voluntária da filha, Elaine Mendonça. Juntas, elas formam grupos de alunos para cantar, dançar, recitar poesias e fazer apresentações nas escolas de Barbalha e de outras cidades ao redor do município.

    Depois do Aprova, Brasil, já surgiu uma nova prática na escola, o detalhamento das atividades, que funciona como agenda semanal dos professores. É um subprojeto do programa municipal Barbalha Letrada e Alfabetizada. A cada semana, os professores têm que elaborar em sala de aula uma atividade cultural extra, diferente, relacionada ao ensino da língua portuguesa.

    Letícia Tancredi

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  • Mais de 70 coordenadores de pólos e instituições federais de educação superior estarão reunidos em Boa Vista na quarta-feira, 7, e na quinta, 8, no 1º Encontro Regional de Coordenadores do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). É o primeiro de uma série de cinco encontros programados para este ano a fim de discutir a implantação dos cursos e pólos da UAB, programa do governo federal destinado a expandir e interiorizar a oferta de cursos de educação superior por meio da educação a distância.

    Com mais de 291 pólos em funcionamento, a UAB atende 40 mil alunos em todo o Brasil. Na Região Norte já existem 52 pólos, que oferecem cursos de aproximadamente dez instituições federais de educação superior. “É uma ótima oportunidade para trocarmos experiências, aprofundarmos o planejamento estratégico da UAB e também definirmos rotinas que permitam uma melhor gestão dos pólos de apoio presencial”, diz o diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Celso Costa. Ele ressalta que a idéia é consolidar o planejamento estratégico da UAB de forma coletiva, contando com a colaboração de todos os envolvidos no processo.

    Além dos coordenadores, devem estar presentes o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Roberto Ramos Santos, e o secretário de Educação do estado, Luciano Fernandes Moreira.

    Destinada principalmente à capacitação de professores da rede pública, a UAB vai atingir a marca de 562 pólos até o fim deste ano. O número representa um aumento de 93% em relação a 2007. Ao atingi-lo, o governo federal terá percorrido mais da metade do caminho (67%) para alcançar a meta de 830 pólos até 2010 e consolidar o programa.

    Renata Chamarelli

  • Professores que conseguiram despertar em seus alunos o gosto pela leitura e pela escrita, o interesse pela ciência, literatura, matemática, geografia, artes agora podem contar aos colegas como planejaram e executaram essa atividade na sala de aula e ainda concorrer a um prêmio de R$ 5 mil.

    O Prêmio Professores do Brasil valoriza esse tipo de experiência desenvolvida por professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental — 1ª a 4ª ou 1ª a 5ª séries. Neste ano, os promotores vão distribuir R$ 100 mil para as 20 melhores experiências. As inscrições podem ser feitas até o dia 30. O objetivo do prêmio é valorizar o professor comprometido com a promoção da aprendizagem e receptivo ao conhecimento nas dimensões física, cognitiva, lingüística, emocional, social e afetiva de seus alunos.

    Referência — Para participar, o professor deve relatar uma experiência desenvolvida com sua turma em 2006 ou que esteja em andamento para conclusão em 2007. Terá peso e relevância a consistência pedagógica do projeto e a possibilidade da iniciativa servir de referência na sua área de trabalho em outras escolas do Brasil. Podem participar professores da rede pública e de instituições privadas sem fins lucrativos. Na educação infantil, aqueles que trabalham em creches e pré-escolas (crianças até seis anos) e no ensino fundamental, os que lecionam nas séries iniciais.

    O prêmio se destina aos dez mais bem classificados no ensino infantil e aos dez primeiros colocados do ensino fundamental. Cada um receberá R$ 5 mil, troféu e diploma e terá a experiência divulgada na rede de ensino. A inscrição deve ser feita nas secretarias de educação estaduais ou municipais ou na secretaria executiva da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) nos estados. Cada estado e o Distrito Federal selecionará as seis melhores experiências e as enviará para a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) para concorrer na etapa nacional. O regulamento do prêmio está na página eletrônica da SEB.

    O Prêmio Professores do Brasil é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com as fundações Orsa e Bungue, Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e Undime.

    Ionice Lorenzoni

  •  "Se eu tivesse o privilégio de ser brasileiro, seria totalmente a favor da reforma universitária que está em curso, pois é uma das mais progressistas e equilibradas que eu conheço". A afirmação é do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, para quem a reforma universitária proposta pelo Ministério da Educação é progressista, equilibrada e ocorre num momento propício para mudanças. De acordo com ele, o debate colocado pelo governo brasileiro é oportuno porque está em curso no mundo o fenômeno da globalização neoliberal da universidade, que é a criação de um mercado transnacional de bens universitários.

    “É toda aquela idéia de transformar a universidade em um mercado. Não num mercado nacional, como são as universidades privadas aqui, mas num mercado global, em que todas as universidades vendam serviços universitários para todo mundo”, explicou em entrevista ao jornal O Estado de Minas. “Esta reforma, está, no meu entender, a criar um clima bom de pensar o futuro da universidade”, elogiou.

    Boaventura é autor do livro Pelas mãos de Alice, em que discute as três crises vividas pelo sistema universitário: hegemonia, legitimidade e institucional. A primeira se caracteriza pela perda da exclusividade do monopólio do saber; a segunda, pela excessiva especialização que levou a universidade a elitizar o ensino e o acesso; e a terceira se refere à tendência das instituições seguirem padrões para atender as pressões do mercado.

    Para reverter esses problemas, Boaventura aponta cinco frentes de trabalho: acesso, extensão, pesquisa-ação, ecologia do saber e uma interação maior entre universidade e a educação básica.

    O pensador esteve no Brasil pela primeira vez no começo da década de 70, quando pesquisou uma favela do Rio de Janeiro para a sua tese de doutorado. Recentemente, Boaventura voltou ao País para lançar dois livros: A Universidade no século XXI e Fórum Social Mundial: manual de uso.

    Para ele, o sistema de cotas não é a solução definitiva para a inclusão social, mas permite o acesso à educação superior de uma geração inteira de negros. “Cotas não vão resolver o problema da dívida colonial brasileira, mas é um passo importante para saldar uma parte dela. Depois, deve-se alterar o conteúdo das matérias ensinadas na universidade”, diz.

    Mercantilização – Bovaentura não vê com bons olhos a situação atual em que a universidade passou a ser vista como um mercado de serviços universitários, com cursos oferecidos on line e consumo de estudos estrangeiros, como franquias universitárias. Para ele, a universidade deve ser um espaço público para a sociedade pensar, em médio e longo prazos. “As relações mercantis não se estabelecem dessa forma: precisam de retorno, obter lucro no final do ano. Se prevalecer uma lógica mercantil, haverá meia dúzia de universidades dominando o mercado estudantil mundial”, resume.

    (ACS/MEC com informações do O Estado de Minas)

  • O programa Salto para o Futuro, da TV Escola, acaba de obter a inscrição no International Standard Serial Number (ISSN), o número internacional para publicações seriadas. É um identificador reconhecido internacionalmente para individualizar o título de publicações seriadas, como jornais e revistas, tornando-o único e definitivo. No caso, será utilizado para registrar cada edição do boletim que faz parte do programa.

    Segundo Ana Laura, assessora do núcleo de produção da TV Escola, o identificador funciona como um certificado ISO. A International Organization for Standardization (ISO) é uma entidade não-governamental, com sede em Genebra, Suíça, que promove, em todo o mundo, o desenvolvimento da normalização e de atividades relacionadas para facilitar o intercâmbio internacional de bens e serviços. “É como se fosse um certificado de qualidade. Isso é importante para quem participa e escreve artigos e textos publicados no boletim, que agora ganhou status de publicação relevante para o meio acadêmico”, destacou Ana Laura.

    Por ser válida internacionalmente, a publicação deve estar acessível    para consulta a qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. “Quando um estudante de mestrado publicar um texto no Salto para o Futuro, valorizará seu currículo profissional, pois o ISSN garante a qualidade”, explicou Ana Laura.

    Todos os boletins do Salto para o Futuro terão o código a partir da primeira edição deste ano. O profissional que produzir textos para os boletins do programa terá a produção identificada pelo código. Ou seja, as pessoas, em todo o mundo, terão acesso ao texto a partir de uma pesquisa com base na inscrição ISSN. Para obter o registro de publicações seriadas, o interessado  deve procurar pelas instruções de solicitação no Centro Brasileiro do ISSN, na página eletrônica do Instituto Brasileiro de Informação em  Ciência e Tecnologia (Ibict).  (Assessoria de Imprensa Seed)

  • Como aprender matemática, vivenciar a biologia e praticar português numa horta? A proposta ousada faz parte do projeto Educando com a Horta Escolar, que leva meninos e meninas do ensino fundamental a aprender na prática – e de forma prazerosa – as disciplinas curriculares, além de criar consciência sobre a preservação do meio ambiente e melhorar seus hábitos alimentares. O projeto, concebido e executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), foi apresentado nesta terça-feira, 27, para a ministra da Educação da Bolívia, Magdalena Cajias, que pretende implantar algo semelhante em seu país.

    “É um projeto muito bom. Os alunos aprendem, se divertem, trabalham em cooperação e se alimentam melhor”, afirmou a ministra, após visitar duas escolas de Santo Antônio do Descoberto (GO), um dos três primeiros municípios a receber o projeto. “Na Bolívia, já tivemos experiências com hortas escolares, mas não tiveram continuidade. Falta dar sustentabilidade ao projeto, como ocorre aqui no Brasil”, disse.

    Ampliação – O projeto, que consiste no plantio de hortas nas escolas, teve início no fim de 2005 com experiências-piloto em três municípios brasileiros – Bagé (RS), Saubara (BA) e Santo Antônio do Descoberto (GO). Este ano, foi ampliado para outros 14 municípios e, em 2009, deve ser estendido para mais 40.

    Segundo a coordenadora nacional do Horta Escolar, Najla Barbosa, o comprometimento dos gestores municipais é fundamental para os bons resultados alcançados, já que o projeto é acompanhado e financiado pelo FNDE durante um ano e depois segue com recursos próprios de cada localidade. Para ela, as hortas não só modificam os hábitos alimentares das crianças, que passam a comer verduras e legumes, como atingem também seus familiares.

    De acordo com a diretora da Escola Chico Xavier, de Santo Antônio do Descoberto, Ana Áurea Machado, a melhora no aprendizado dos alunos é imediata. “Eles aprendem geometria e a lidar com medidas na hora de fazer os canteiros; produzem textos sobre a horta e também aprendem a plantar, como adubar, quando regar. Na colheita, fazem cálculos de massa. Realmente, o aprendizado fica mais interessante assim”, afirma.

    Leila Ferreira, diretora da Caminho da Luz, outra escola visitada pela ministra da Bolívia, aponta outro benefício: “Os estudantes passaram a se alimentar de forma mais nutritiva, comendo verduras, por exemplo, o que não faziam antes”.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Implantar um programa nacional de alimentação escolar na Bolívia com base no modelo brasileiro. Este foi o objetivo da reunião de hoje, 26, em Brasília, entre a ministra da Educação da Bolívia, Magdalena Cajias, e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Daniel Balaban. “Devemos enviar um grupo de técnicos à Bolívia em breve para fazer um diagnóstico da situação local”, afirmou Balaban. “Depois, ajudaremos na elaboração da legislação para oficializar o programa e, em seguida, ajudaremos na capacitação dos gestores públicos.”

    A ministra vai aproveitar a visita ao Brasil para conhecer o projeto Educando com a horta escolar. Amanhã, 27, ela visitará duas escolas em Santo Antônio do Descoberto (GO), um dos três primeiros municípios brasileiros a implantar o projeto, que é uma parceria entre o FNDE e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O Educando com a horta escolar promove o envolvimento da comunidade escolar na criação de hortas, proporcionando alimentação mais saudável para os estudantes e aprendizado prático e interdisciplinar para alunos, professores e diretores.

    A rede pública de ensino da Bolívia não tem um programa nacional de alimentação escolar. Segundo a ministra Magdalena Cajias, 40% dos municípios bolivianos oferecem apenas o desjejum às crianças, e com os recursos próprios de cada localidade. “Há diferenças sociais e econômicas muito grandes na Bolívia. Em La Paz, por exemplo, o desjejum é muito bom; em outras cidades, porém, deixa muito a desejar”, disse. Magdalena elogiou a amplitude universal do programa brasileiro e seu caráter social e econômico, já que a alimentação escolar auxilia no aprendizado, ajuda a manter as crianças na escola e fomenta a agricultura local.

    Para o presidente do FNDE, um dos passos mais importantes para a implementação de um programa de alimentação escolar é a elaboração de normas claras para respaldar essa política pública. “É necessário que seja um programa de Estado, e não de governo”, observou Balaban. “Ou seja, a Bolívia precisa de um marco legal para que o programa seja constante, para que haja continuidade nas ações, independentemente do governo.” Segundo a ministra, o governo boliviano já está produzindo um anteprojeto de lei sobre a alimentação escolar.

    Técnicos do FNDE também vão ajudar na capacitação dos agentes públicos bolivianos responsáveis pela gestão do programa. Ainda este ano, um grupo deles deve vir ao Brasil para visitar escolas e conhecer a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “O programa é integrado e só funciona se todos os envolvidos estiverem devidamente capacitados”, disse Balaban.

    Assessoria de Comunicação Social do FNDE

  • Mais de dois mil estudantes receberão bolsa permanência do ProUni. O aproveitamento e a frequência de cada aluno são informados ao MEC ao final de cada semestre (Foto: Júlio César Paes)Mais de dois mil estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni) começam a receber na primeira semana de março, retroativo a fevereiro, a bolsa-permanência de R$ 300,00. A relação dos 2.148 beneficiários está na página eletrônica  do ProUni. Para consultar a lista, o aluno precisa informar o número do seu CPF ou o registro no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    De acordo com o coordenador do ProUni, Celso Ribeiro, tem direito à bolsa-permanência todo o estudante do programa que faz uma graduação presencial com seis ou mais semestres de duração e com carga superior a seis horas diárias. Em 2007, o Ministério da Educação reservou em seu orçamento cerca de R$ 10 milhões para pagar a bolsa-permanência. O aluno recebe 12 bolsas por ano e se tiver aproveitamento de, no mínimo, 75% em todas as disciplinas do curso, combinado com freqüência de 75%, terá o benefício durante todo o curso.

    As instituições de ensino superior que recebem alunos do ProUni são obrigadas a informar ao MEC, ao final de cada semestre, o aproveitamento e a freqüência de cada beneficiário. “Os alunos do ProUni são esforçados, têm bom desempenho, daí o baixo índice de desligamento do programa”, avalia Celso Ribeiro. O resultado, completa, se deve a uma seleção criteriosa que é feita entre milhares de concorrentes com base nas melhores notas do Enem.

    O que fazer — O estudante que ganhou a bolsa-permanência em 2007 deve abrir uma conta corrente, individual, na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil, informar o número da conta na instituição onde estuda e assinar o termo de concessão de bolsa. O MEC faz o depósito sempre na primeira semana de cada mês.

    Ionice Lorenzoni

  • Para garantir a bolsa de estudos do ProUni, o candidato pré-selecionado pelo MEC deve levar os documentos pessoais à instituição onde pretende estudar (Foto: Júlio César Paes)Os 101.997 estudantes pré-selecionados para o Programa Universidade para Todos (ProUni) devem comparecer à instituição de ensino superior onde concorrem a uma vaga – até 1º de fevereiro– para comprovar as informações prestadas na ficha de inscrição.

    Das bolsas de estudos oferecidas pelo Ministério da Educação, 52.686 são integrais (cobrem 100% da mensalidade) e 49.311 são parciais (pagam 50% da mensalidade). Neste processo, as vagas estão disponíveis em cerca de 1.400 instituições de ensino superior de todos os estados da Federação e no Distrito Federal.

    Para saber se está nesta listagem do MEC, o candidato à bolsa do ProUni tem três opções: consultar a página eletrônica do programa; solicitar informação pelo telefone gratuito 0800 616161; ou ir à instituição de ensino superior onde disputa a vaga. Para a consulta na página do ProUni na internet, o estudante deve informar o número de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2007 eo Cadastro de Pessoa Física (CPF).

    Documentos – Entre os documentos obrigatórios que o pré-selecionado deve apresentar à instituição estão: comprovante de renda familiar, por pessoa, de um salário mínimo e meio (R$ 570,00) se concorre à bolsa integral e de até dois salários mínimos por pessoa (R$ 1.140,00) se solicitou bolsa de 50% da mensalidade; e satisfazer pelo menos uma das seguintes condições: ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em escola privada com bolsa integral; candidato com deficiência; ser professor concursado da rede pública da educação básica, em efetivo exercício, concorrendo à vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. Neste caso, o professor não precisa comprovar renda familiar.

    Criado pela Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005, o Programa Universidade para Todos já concedeu bolsas de estudos para mais de 300 mil estudantes de baixa renda em faculdades, centros universitários e em universidades privadas. O processo seletivo é semestral. Podem concorrer candidatos que tenham feito o Enem e obtido nota mínima de 45 pontos.

    Ionice Lorenzoni

  • Os professores da rede pública estadual e municipal que trabalham em atividades de apoio ao Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil) vão receber bolsas mensais do Ministério da Educação. Para supervisores, a bolsa é de R$ 450,00; formadores, R$ 350,00; tutores, R$ 250,00.

    Embora o MEC não tenha definido o início do pagamento das bolsas, é certo que será retroativo a fevereiro de 2006, quando começou a primeira turma. Entre formadores, supervisores e tutores, 1.050 professores já têm direito às bolsas. De acordo com a coordenadora-geral da educação infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e coordenadora nacional do Proinfantil, Karina Rizek Lopes, o programa está presente em Goiás, Sergipe, Rondônia, Ceará, Alagoas, Amazonas, Bahia e Piauí. Em julho, deve ser formado um novo grupo para atender Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Pernambuco e Roraima.

    Para trabalhar no ProInfantil, os professores bolsistas precisam fazer formação específica, com certificação, de supervisor, formador ou tutor e atender uma série de critérios, dentre os quais, pertencer aos quadros da rede estadual ou municipal, ser selecionado pela respectiva rede de ensino, assinar termo de compromisso para o exercício da função durante a execução do programa e dispor de tempo para cumprir a carga horária.

    Jornada — Será responsabilidade da secretaria estadual de educação selecionar os professores formadores, que terão jornada semanal de 20 horas dedicadas ao programa, e os supervisores, com carga horária semanal de 40 horas. A secretaria municipal indicará os tutores, que terão jornada de 40 horas.

    Na sexta-feira, dia 12, foram publicadas duas portarias no Diário Oficial da União. A Portaria nº 1 (páginas 12 e 13 da Seção 1) regulamenta a formação de supervisor, formador e tutor. A nº 2 (páginas 13 e 14) regulamenta a concessão, a manutenção, a suspensão e o cancelamento do sistema de bolsas para supervisor, formador e tutor do Proinfantil.

    Ainda sobre o programa, a Resolução nº 39 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), publicada no Diário Oficial da União em 1º de dezembro de 2006 (páginas 18 e 19, seção 1) definiu orientações, diretrizes, valores e prazos para o recebimento da bolsa.

    Ionice Lorenzoni

  •  Até dia 17 de outubro, estão abertas as inscrições para o processo seletivo de 2008 do Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes). O projeto da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) é um apoio financeiro aos alunos estrangeiros regularmente matriculados em cursos de graduação em instituições federais de ensino superior (Ifes).

    No valor mensal de um salário-mínimo (R$ 380,00) por 12 meses renováveis, a bolsa auxilia a manutenção dos estudantes durante o curso, uma vez que muitos vêm de países pobres. Atualmente, o MEC investe cerca de R$ 3 milhões no Promisaes, beneficiando aproximadamente 615 alunos. Em 2008, serão distribuídas cerca de 500 bolsas.

    O projeto fomenta a cooperação técnico-científica e cultural entre países com os quais o Brasil mantém acordos nas áreas de educação e cultura, especialmente os africanos. Dessa forma, consolida a política de intercâmbio e integração entre Brasil e outros países em desenvolvimento.

    Além de matriculado numa Ifes, o aluno deve ser participante do Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), ter bom desempenho acadêmico, não exercer atividade remunerada e não receber outro auxílio financeiro governamental. O coordenador do projeto, Hilton Sales, esclarece que o PEC-G é um programa de apoio a estudantes de outras nacionalidades. Os estudantes estrangeiros ocupam as vagas ociosas das universidades federais, não preenchidas no processo seletivo tradicional.

    Seleção — A instituição de ensino superior realiza uma pré-seleção dos candidatos a partir dos seguintes critérios: condição socioeconômica; rendimento acadêmico; freqüência escolar; previsão de envolvimento do aluno em atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão, onde haja contribuição do contexto sociocultural do país de origem (oficinas, eventos, seminários, monitorias, projetos de extensão). O MEC faz a avaliação final.

    Programa — Criado em 2005 pela SESu, o Promisaes beneficia estudantes da América Latina e Caribe e da África: Antígua e Barbuda, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela; Angola, Benin, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné-Bissau, Mali, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Quênia, República do Congo, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal e Togo.

    O formulário de inscrição está disponível na página eletrônica da SESu.

     

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • Foto: Tereza SobreiraAo abrir o seminário internacional Bolsa-Família: Dois Anos Superando a Fome e a Pobreza no Brasil, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse não se incomodar com as pessoas que consideram o Bolsa-Família um programa assistencialista. “O que menos incomoda é saber se é assistencialista ou não. O que me incomoda é saber se as crianças estão se alimentando, as mães colocando os filhos nas escolas, as grávidas fazendo exames e as crianças tomando vacinas”, afirmou Lula na quinta-feira, dia 20, no Palácio do Itamaraty.

    Para o presidente, o resultado final da Bolsa-Família poderá ser avaliado no futuro, ao se analisar quantos anos de vida e saúde o programa ofereceu às crianças brasileiras. Lula lembrou também que o Bolsa-Família é uma das ações que integram o Fome Zero, programa que combate a miséria no Brasil. “O ProJovem, o Escola de Fábrica e o Segundo Tempo também são alguns dos 31 programas que fazem parte do Fome Zero e do nosso desejo de resolver o problema do emprego, da fome e da educação no país”, disse.

    Ao fazer um balanço dos dois anos de criação do Bolsa-Família, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou que a iniciativa é uma conquista do governo e da sociedade brasileira, com a participação de parceiros nacionais e internacionais. Ele reforçou a importância da parceria com outros ministérios para a realização do Fome Zero. Com o Ministério da Educação, o principal trabalho é feito com a merenda, que alimenta 37 milhões de alunos, além do acompanhamento da freqüência, que garante a permanência dos estudantes na escola.

    Meta — O Bolsa-Família atende oito milhões de beneficiários em todos os municípios brasileiros. A meta é chegar a 8,7 milhões de famílias em dezembro e a 11,2 milhões em 2006. Desde a criação, em outubro de 2003, o governo destinou R$ 20 bilhões ao programa de transferência de renda.

    Para o vice-presidente de finanças e administração do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), João Sayad, a iniciativa do governo é importante para reduzir o índice de pobreza no país. “O BID apóia a iniciativa porque ela representa uma ação direta e de bom senso”, disse.

    No seminário, que termina na sexta-feira, dia 21, serão discutidos os resultados alcançados pelo programa e os desafios para seu aperfeiçoamento.

    Confira o discurso do presidente Lula na abertura do evento

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Redes municipais e educacionais têm prazo ate 26 de julho para informar a frequência escolar dos alunos de seis a quinze anos (Foto: Wanderley Pessoa)As redes municipais e estaduais de educação básica têm prazo até 26 de julho para informar ao Ministério da Educação a freqüência escolar de alunos de seis a 15 anos atendidos pelo programa Bolsa-Família relativa a abril e maio. Para a família continuar a ser atendida, o aluno deve ter pelo menos 85% de presença nas aulas.

    No mesmo prazo, as secretarias de Educação devem informar, pela primeira vez, a freqüência de 1,2 milhão de estudantes de 16 e 17 anos que participam do Benefício Variável Jovem (BVJ). O benefício é de R$ 30 mensais para até dois estudantes por família. Para recebê-lo, os jovens precisam freqüentar 75% das aulas.

    Na avaliação do coordenador de monitoramento da Diretoria de Estudos e Acompanhamento de Vulnerabilidades Educacionais da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Marcos Maia, a informação do índice de freqüência referente a fevereiro e março, enviada pelos municípios, foi excelente. No período, foi informada a presença de 83,05% dos 15,7 milhões de estudantes.

    Esse dado, diz Maia, é bem superior ao alcançado em fevereiro e março de 2007 (66%). A comemoração se justifica. Pela série histórica da Bolsa-Família, muitas crianças e adolescentes mudam de escola ou são matriculados pela primeira vez nos dois primeiros meses de cada ano, o que obriga as secretarias a buscar dados para incluir os alunos no sistema.

    Ionice Lorenzoni

    *Republicada com correção de informações

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