A regulamentação do Programa de Educação Tutorial (PET), que concede bolsas de estudo para alunos de graduação, está concluída e será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. Portaria nesse sentido será assinada nesta quinta-feira, 29, às 14h30, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e o secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan. A solenidade será na Sala de Atos, 9o andar do edifício-sede do MEC, com a presença de representantes do Fórum de Pró-Reitores de Graduação, da Comissão Nacional de Acompanhamento e Avaliação do PET, dos alunos bolsistas e de universidades que participam do programa.
Para o PET se consolidar, expandir e ser mais bem avaliado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, no dia 23, a Lei nº 11.180/2005 instituindo o programa, que existe há 26 anos. O PET beneficia com bolsas de pesquisa alunos de cursos de graduação de universidades federais, estaduais, municipais e privadas. Visa à melhoria do ensino, formação acadêmica, atuação coletiva e planejamento de atividades. Os alunos podem se preparar para o exercício profissional de forma crítica e ética. Eles ganham bolsa mensal de R$ 241,00 que será reajustada, em 2006, para R$ 300,00. O MEC estuda reajustes das bolsas dos tutores, hoje estabelecidas em R$ 855,00 (para mestres) e R$ 1.267,00 (para doutores).
Distribuição – O total de 3.177 universitários é beneficiado pelo PET. São 1.236 alunos na região Sudeste, seguida da região Sul (854), Nordeste (707), Centro-Oeste (192) e Norte (188). Dos 3.177 bolsistas, 69,37% estudam em universidades federais; 25,63% em estaduais; 4,43% em particulares; e 0,57% em universidades municipais. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, todos os bolsistas são de universidades federais.
Os beneficiados são de São Paulo (605 universitários), Minas Gerais (441), Rio de Janeiro (128), Espírito Santo (62), Paraná (335), Rio Grande do Sul (310), Santa Catarina (209), Distrito Federal (108), Goiás (24), Mato Grosso do Sul (38), Mato Grosso (22); Acre (10), Amazonas (88), Pará (90), Alagoas (39), Bahia (58), Ceará (264), Maranhão (48), Paraíba (76), Pernambuco (120) e Rio Grande do Norte (102).
Segundo o diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior, Celso Ribeiro, o orçamento do PET, hoje, de R$ 14,7 milhões, subirá em 2006 para R$ 20,4 milhões. As 57 universidades participantes estão autorizadas a complementar em até 12 o número de alunos do programa, por grupo. Com a medida, o número de bolsistas deve aumentar para 3.576. Serão 399 novos bolsistas ainda este ano.
Regulamentação– O PET foi oficializado em junho, com a assinatura da MP nº 251/2005, pelo presidente Lula, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada no dia 23 deste mês. O programa, criado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) é ligado à Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). A regulamentação estabelece critérios transparentes para sua expansão. Define como ele deve funcionar, como se constituirá academicamente, cria consultores para sua avaliação e conselho gestor, com participação de alunos bolsistas e professores tutores.
“O programa oferece a possibilidade de se materializar a relação entre ensino, pesquisa e extensão”, diz Iguatemy Maria de Lucena Martins, coordenadora do programa. No início de 2006, o MEC publicará edital para a entrada de novas universidades no PET. Informações na página eletrônica do programa.
Repórter: Susan Faria