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  • Alunos de escolas públicas e particulares de todo o país usam a internet para discutir questões ligadas ao meio ambiente, como a destinação do lixo ou o aquecimento do planeta. A utilização da tecnologia como ferramenta pedagógica tornou-se possível com a criação de uma  comunidade virtual para debater os temas da 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. O encontro será realizado em Brasília, de 3 a 9 de abril de 2009, mas já é tema de discussões entre os estudantes e professores que participarão do encontro e de todos os interessados.

    A comunidade virtual é resultado de parceria entre o Ministério da Educação e a Fundação Telefônica, do Grupo Telefônica. O acordo de cooperação que permitiu a criação da comunidade foi formalizado nesta quarta-feira, 17, em Brasília. “Na comunidade virtual, há conferência todos os dias”, disse a coordenadora-geral de educação ambiental da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Rachel Trajber.

    Para ela, o espaço virtual representa uma instância importante de democracia participativa, no qual jovens e professores de escolas diferentes e, muitas vezes, distantes entre si podem trocar experiências e compartilhar informações.

    Qualquer aluno ou professor pode participar da comunidade, mas na conferência nacional só poderão eleger delegados os alunos dos anos finais do ensino fundamental — entre 11 e 14 anos — de escolas públicas ou particulares cadastradas no censo escolar e inscritas no encontro. A expectativa é a de que a conferência receba 700 delegados.

    Na comunidade, os estudantes contam como andam, na escola, as atividades preparatórias para a conferência. Eles participam de chats e de fóruns de debates, desenvolvem blogs, criam galerias, enviam fotos e fazem comentários. Todas as atividades estão relacionadas à discussão de problemas sociais e ambientais e contribuem para formar cidadãos preocupados com um futuro sustentável.

    Projeto — A estudante Lorena Ortega, de Parobé (RS), tomou gosto pelos debates e defende, no fórum virtual, um projeto de meio ambiente para cada escola. “Se todas as escolas montarem um projeto de meio ambiente e, uma vez por ano, promoverem um fórum para discutir idéias e ensinar as pessoas a cuidar do meio ambiente, vamos todos em busca de um mundo melhor”, afirmou.

    Na visão do secretário André Lázaro, a comunidade é uma iniciativa que vai ao encontro das políticas do MEC de criar um ambiente de educação que transcenda o disciplinar. “O aprendizado não fica restrito à escola, mas a ajuda na tarefa de oferecer educação formal”, destacou.

    A 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente é iniciativa dos ministérios da Educação e do Meio Ambiente. As escolas de ensino fundamental ainda podem se cadastrar para participar do encontro nacional. Mais informações no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

    Maria Clara Machado

  • Escolas públicas das redes municipais e estaduais que realizaram conferências sobre o meio ambiente têm até 8 de março para informar ao Ministério da Educação as atividades, ações e trabalhos realizados. Esse é também o prazo para a realização das conferências estaduais.

    As conferências escolares e as estaduais são etapas preparatórias para a 3ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, prevista para abril, em Luziânia, Goiás, com o tema Mudanças Ambientais Globais: Pensar mais Agir na Escola e na Comunidade.

    Alunos, professores, funcionários e representantes da comunidade escolar tiveram a oportunidade de conhecer e discutir os quatro subtemas propostos (água, ar, terra e fogo) e suas relações com as mudanças ambientais globais. Todos assumiram compromissos e responsabilidades com base nos temas e indicaram um delegado e um suplente, com idade de 11 a 14 anos, para participar do evento nacional.

    De acordo com levantamento da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação, apenas 11 mil escolas encaminharam as informações. Para a coordenadora-geral de Educação Ambiental da Secad, Rachel Trajber, as escolas devem se cadastrar, mesmo que não estejam participando do evento nacional. Para ela, o importante é levar a reflexão sobre as questões ambientais às instituições de ensino e saber quais ações estão sendo desenvolvidas.

    Estados — As conferências estaduais, segundo momento preparatório do evento nacional, são opcionais. Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Roraima e São Paulo a realizaram em 2008 e definiram as delegações. Para fevereiro, estão previstas conferências no Amazonas, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte; em março, em Alagoas, Amapá, Rondônia, Sergipe e Tocantins.

    As duas conferências nacionais já realizadas, em 2003 e em 2006, mobilizaram cerca de 23 mil escolas e oito milhões de pessoas em todo o processo. Para este ano, no encontro nacional, espera-se a participação de mais de mil pessoas na cidade goiana, entre delegados, educadores, representantes de secretarias dos estados e do Distrito Federal. Estarão presentes observadores internacionais interessados em conhecer a metodologia do encontro.

    Durante o evento, os delegados apresentarão os compromissos assumidos e, após as discussões, elaborarão a Carta das Responsabilidades, que será entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    A conferência é uma iniciativa do órgão gestor da política nacional de educação ambiental, formado pela Coordenação-Geral de Educação Ambiental da Secad e pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

    Gláucia Magalhães

     

  • Programa Territórios da Cidadania pretende superar a pobreza no meio rural, por meio do desenvolvimento regional, da melhoria da qualidade de vida e da garantia de direitos e cidadania (Foto: Júlio César Paes)Foi lançado nesta segunda-feira, 25, o Programa Territórios da Cidadania, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com outras 15 pastas, entre elas a da Educação. O programa pretende superar a pobreza no meio rural, por meio do desenvolvimento regional, da melhoria da qualidade de vida e da garantia de direitos e cidadania. Este ano serão beneficiados 60 territórios com os menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do país. Outros 60 serão selecionados em 2009.

    O investimento total previsto no Territórios da Cidadania é de R$ 11,3 bilhões para a execução de 135 ações, com eixos no apoio às atividades produtivas, na cidadania e acesso a direitos e na qualificação da infra-estrutura. O valor destinado à educação e à cultura, somado, será de R$ 587 milhões. Entre as ações voltadas para a educação estão a construção de escolas no campo, a expansão das escolas técnicas, a ampliação da frota de ônibus escolares – pelo programa Caminhos da Escola – e a capacitação e formação de profissionais de nível médio e superior para a reforma agrária.

    Os territórios selecionados para este ano totalizam 958 municípios de todos os estados da federação, agrupados pela semelhança nas características sociais, econômicas, ambientais e culturais, que constituem uma mesma identidade. Nessas localidades vivem 24 milhões de pessoas, das quais 7,8 milhões são habitantes da área rural. O programa beneficia agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas, famílias de pescadores e comunidades tradicionais.

    O programa será desenvolvido em conjunto com as três esferas de governo e a comunidade. Será instalado um colegiado territorial em cada localidade, para a elaboração de um plano de desenvolvimento local e de uma agenda de ações. Cada proposta apresentada será analisada por técnicos das respectivas pastas. A meta é que até abril já estejam definidas as prioridades dos territórios e os cronogramas de execução.

    “Vivemos um período que nos permite criar coisas novas e mostrar que o Brasil está disposto a se transformar numa grande nação”, destacou o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, essa fase teve início com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que incentivou os ministros a fazer o mesmo com suas pastas. Na educação, por exemplo, foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em abril do ano passado, que determina metas de qualidade a serem atingidas, principalmente, na educação básica.

    O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, concorda com o Presidente e acredita que o programa Territórios da Cidadania é ousado. “A elaboração desse programa só foi possível porque a economia voltou a crescer de forma segura e consistente. Aos poucos, vamos diminuindo os abismos sociais”, afirmou.

    A relação dos territórios e todas as informações relativas aos investimentos, obras e ações em cada território estão disponíveis ao público no portal do programa.

    Letícia Tancredi

  • “Assegurar o direito à educação é cumprir a lei e está acima de qualquer discussão político-partidária”, destacou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, ao discursar na Semana de Educação de Jovens e Adultos, na noite da quarta-feira, 10, em Natal. Ele lembrou que o acesso à educação é um direito previsto na Constituição, promulgada há 20 anos, mas ainda não garantido de fato.

    O evento teve início na segunda-feira, 8, e prossegue até o próximo sábado, 13. Nos dois primeiros dias, os trabalhos foram voltados para a formação dos consultores do Programa Brasil Alfabetizado que atuam em campo. Estão reunidos todos os atores sociais envolvidos com alfabetização e educação de pessoas com mais de 15 anos e gestores de educação dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal.

    Participam representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed); da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme); do Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).

    A tônica dos discursos tem sido o fortalecimento do regime de colaboração entre União, estados e municípios em prol da educação de qualidade. É consenso entre os participantes a necessidade de garantir resultados concretos, com o aumento da oferta e da qualidade da educação de jovens e adultos no Brasil.

    Geraldo Grossi, representante do Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação, conclamou todas as entidades reunidas a participar da Conferência Nacional de Educação, prevista para abril de 2009. Ele acredita que o encontro será uma grande oportunidade para inserir de forma efetiva a questão da Educação de Jovens e Adultos no cenário nacional.

    Juliana Meneses

  • O Ministério da Educação vai premiar com bolsas de estudos os 50 alunos que tiraram as melhores notas nas 20 áreas do conhecimento que participaram em 2005 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Eles vão ganhar bolsas de R$ 940,00 para cursar mestrado ou de R$ 1.394,00 para fazer doutorado.

    Para receber a bolsa, o aluno precisa apresentar à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) dois documentos: comprovante de aprovação em programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pelo MEC e cópia do boletim de desempenho do Enade 2005 emitido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

    Para Adriano Caribe Ribeiro, que concluiu o curso de matemática na Universidade Católica de Salvador, na Bahia, e que tirou a maior nota, 93,7, entre os 50 melhores do Enade, a bolsa de estudos é um incentivo importante para qualificar a carreira, mas ele ainda não sabe como vai combinar seu trabalho com o mestrado. “Tenho 34 anos, consegui me formar um pouco tarde, leciono em três turnos, mas vou tentar conciliar as duas coisas”. Adriano pretende participar no próximo ano da seleção para mestrado na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Já Guilherme Augusto Dubiela, formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fará a seleção para o mestrado em ciências térmicas, na mesma instituição, em março de 2007. Ele, que tem 23 anos e obteve nota 88,1, diz que a bolsa é um prêmio e que seu objetivo é usá-la para conseguir o título de mestre “em um dos programas de pós-graduação mais conceituados do país”.

    Das instituições de ensino superior que tiveram alunos com as melhores notas no Enade 2005, 18 são federais, nove particulares e cinco são estaduais, além do Instituto Militar de Engenharia e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Quatro universidades federais – UFRJ, UFSC, UFPR e UFSCar – se destacaram pelas boas notas dos alunos em três cursos. Alunos da UFRJ obtiveram as melhores notas nos cursos de biologia, engenharia metalúrgica e fundição e física; da UFSC, em engenharia sanitária, engenharia e engenharia mecânica; da UFPR, em engenharia bioquímica e biotecnologia, engenharia industrial madeireira e engenharia florestal; na UFSCar, em engenharia de computação, física e engenharia de produção.

    Em 2005, na segunda edição, o Enade avaliou cerca de oito mil cursos nas áreas de arquitetura e urbanismo, biologia, ciências sociais, computação, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, pedagogia, química e oito grupos das engenharias. Participaram 344.501 alunos, dos quais 153.133 estavam no último ano do curso e 191.368 cursavam o primeiro ano. Na primeira edição do exame, em 2004, a Capes deu bolsas de estudos aos 13 alunos melhor avaliados.

    Enade – Um dos pilares do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o Enade afere o rendimento dos alunos no primeiro e no último ano do curso de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. É realizado por amostragem, com a avaliação da mesma área do conhecimento de três em três anos. A participação no exame consta do histórico escolar do estudante.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Os campi I e II da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Marabá ganharam novas instalações nesta terça-feira, 21. Participaram da cerimônia de inauguração o reitor Alex Fiúza de Mello, representantes do MEC, professores e alunos.

    Como parte da primeira fase do Programa de Expansão Universitária, do Ministério da Educação, o campus I tem, agora, novo prédio de salas de aula e uma biblioteca ampla. Já o campus II, por meio de uma parceria entre a universidade e a Companhia Vale do Rio Doce, ganhou dois prédios novos — com mais salas de aula, laboratório, biblioteca e auditório — uma cantina e uma guarita. Entre as novidades previstas para o campus de Marabá está o curso de mestrado em aproveitamento de recursos materiais e novos materiais, que deve ser implantado até 2009.

    A inauguração das novas instalações dá início a uma série de comemorações pelos 20 anos de interiorização da UFPA no estado. Até o fim do ano, outros campi —nos municípios de Altamira, Santarém, Breves, Castanhal, Bragança, Abaetetuba e Soure — também realizarão eventos, que incluem inaugurações de prédios e salas, reuniões, programações culturais e audiências públicas.

    Marabá — Hoje, o campus de Marabá tem 3,3 mil alunos, distribuídos entre os cursos ofertados na cidade de Marabá e nos núcleos de integração em Canaã dos Carajás, Jacundá, Parauapebas, Rondon do Pará e Xinguara. São onze cursos no período regular: agronomia, ciências sociais, direito, engenharia de materiais, engenharia de minas e meio ambiente, geologia, letras, matemática, pedagogia, química e sistema de informação; quatro na modalidade à distância: administração, licenciaturas em química, biologia e matemática; e cinco nos núcleos de integração: ciências naturais, matemática, letras, pedagogia e ciências sociais.

    Nos últimos 20 anos, 1,6 mil alunos se formaram no campus de Marabá. Só no primeiro semestre deste ano, foram 120, que representam mão-de-obra qualificada para a indústria local, composta por grandes empresas fabris com projetos minerais e agroindústrias.

    Localizada no sudeste paraense, a microrregião de Marabá tem cerca de 260 mil habitantes, distribuídos em quase 20 mil quilômetros quadrados. A economia local é baseada na indústria e na agropecuária.

    Letícia Tancredi

     

  • Promotores e procuradores do Ministério Público Federal, dos Estados e do Distrito Federal tomaram conhecimento, na manhã desta quinta-feira, 13, do funcionamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope). Eles participam do Seminário Nacional de Educação: Compromisso do Ministério Público.

    De acordo com o secretário executivo adjunto do MEC, Francisco das Chagas, o papel do Ministério Público tem sido fundamental para a melhor adequação do financiamento da educação. “A ajuda dos Ministérios Públicos vem desde o Fundo de Manutenção da Educação Fundamental (Fundef) e tem sido efetiva. Com as experiências acumuladas, conseguimos ajustar bem o Fundeb”, ressalta.

    O encontro vai até dia 14 e ainda promoverá debates sobre a efetivação do direito à educação infantil; a articulação dos conselhos tutelares, de direitos, de controle social, de educação e de assistência social, e as atribuições do Ministério Público na fiscalização do direito à educação. 

    Letícia Tancredi

  • Laje do Muriaé. Este é o nome da minha cidade, uma pequena e pacata cidade do interior, comum, com pessoas comuns e histórias bem bizarras, eu diria.

    Laje... Ponto de encontro nos finais de semana seja onde for: no Obelisco, na ponte, brincar de pique-esconde, sem ter que se preocupar.

    Laje... Que guarda segredos dos casais apaixonados, segredos do escurinho do cinema, segredos que nem mesmo as fofoqueiras seriam capazes de revelar.

    Horários rígidos para chegar em casa, obediência e devoção, essa era uma relação que hoje em dia não existe não.

    E quando se uniam para contar aquelas histórias? Quem não sabe do Velho Diabo, Bastos Seco? Foi jogado no rio, o velho boiou; tocaram fogo, o velho ressuscitou... O jeito foi enterrá-lo na igreja, nem o diabo pôde com tanta esperteza.

    A cachoeira, se falasse, diria: “Que saudade de quando os lajenses vinham pra cá!”. Eram dias gostosos, menos o domingo, que era dia de na casa da vovó almoçar.

    Ainda sinto pena do escravo que foi arrastado pelo seu senhor, a quem ousou desonrar. “Morro do Arrastado, uma cruz nesse lugar hoje está. Velho coitado, sua rebeldia teve que pagar...”

    Falando em rebeldia, chegamos a uma conclusão: não se fazem mais jovens como antigamente, não. Eles eram o que ouviam, tinham um não, sem antes perguntar o porquê, sem antes ter explicação.

    As visitas à Torre não podiam faltar. Lá eles brincavam, mas hoje em dia é propriedade particular.

    Carnavais de belas fantasias, becos e bastante folia vinham o povo animar. Já a Ciranda Esperança, com belas canções na madrugada, vinha o povo acordar.

    Políticos menos espertos, menos corruptos talvez, mas o mensalão naquela época, pelo menos, não tinha vez.

    E a cervejaria da cidade? Não me lembro, não sei, só que pelas histórias que me contam a rebeldia lá teve sua vez. Com a “noite da garrafada” quebraram todo o lugar, mais um ato de quem queria por seus direitos lutar.

    Lugar de bêbados e mendigos amigos, bem-vindos eu sei, a velha Colombina se embelezava sempre mais uma vez. Humildade até para pedir esmolas: “Me da uma pratinha pra linha comprar? Tenho muitas roupas pra costurar”.

    Enchentes... Até que era divertido, as pessoas aproveitavam a piscina natural para se banhar, os churrascos nessa ocasião não podiam faltar.

    Independentemente de classe ou cor, os jovens tinham uma cultura a honrar, pois a escola de música, eles iam freqüentar, não por obrigação, mas por uma vontade que vinha do coração.

    O prefeito “pé-de-chinelo” mostrou que na prefeitura tinha o seu lugar, mostrou ao povo sua humildade, humildade de quem soube governar.

    Fica até bem difícil com os dias de hoje comparar, as coisas se perdem quando os anos nas costas vêm pesar.

    A nostalgia minha mãe sente quando as histórias vem me contar, de coisas tão maravilhosas que viveu nesse lugar.

    C. E. ARY PARREIRAS
    Cidade: Laje do Muriaé
    UF: RJ
    Professora: MARIA DE LOURDES PEREIRA COSTA ALBERONI
    Aluna: THAÍS DE SÁ FRAVOLINA


    Poesia vencedora da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa.  

  • O ministro Mendonça Filho se despediu, na tarde desta quinta-feira, 5, do Ministério da Educação. No ministério, Mendonça inaugurou um painel, que destaca em uma linha do tempo as principais ações da pasta desde sua fundação aos dias atuais. O painel fica localizado na passarela que liga o edifício-sede do MEC aos anexos. “Estive no cargo de Ministro da Educação por menos de 2 anos, e tive que priorizar as ações mais importantes, mais relevantes para a educação brasileira”, disse o ministro.

    “Tivemos que cuidar de assuntos desde os institutos federais e universidades federais, que viviam uma crise severa do ponto de vista de custeio e manutenção e continuidade dos investimentos. Nós conseguimos resgatar todos os recursos de custeio de manutenção dessas instituições”, completou. O ministro também foi ao auditório do MEC, onde agradeceu o apoio dos servidores e colaboradores da pasta. Ele também participou da cerimônia que marcou o fim de sua gestão, com sua foto anexada à galeria dos ex-ministros da Educação.

    O ministro relembrou as principais ações de sua gestão, como a Reforma do Ensino Médio e a Política de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. “A Reforma do Ensino Médio é uma política pública de grande impacto que lançamos ao longo de nossa gestão frente ao MEC, que vem ao encontro de um anseio antigo da educação brasileira”, lembrou. “O Brasil, diferente do resto do mundo, tinha a imposição de 13 disciplinas obrigatórias, inflexível, que não leva em conta a personalidade e o desejo do aluno”.

    Outro ponto importante destacado pelo ministro foi o aumento de matrículas no Ensino Médio em Tempo Integral, projeto iniciado, de forma pioneira, quando foi vice-governador e governador de Pernambuco (1999-2016). “Nós tínhamos uma oferta muito reduzida de matrículas nas escolas em tempo integral no Brasil, uma realidade que difere do mundo todo e nós lançamos a política nacional de ampliação da educação em tempo integral, ofertando 500 mil novas matrículas para todo o Brasil”, pontuou. 

    Mendonça Filho reuniu sua equipe para se despedir dos servidores do MEC, que lotaram um dos auditórios do edifício-sede (André Nery/MEC)

    Para um auditório lotado, Mendonça Filho falou dos desafios de comandar uma pasta tão complexa e que impacta de maneira tão forte a vida das pessoas. “Naquela oportunidade (quando assumiu o ministério), eu tinha a noção clara de que, para dar certo à frente do MEC, eu precisaria compor uma boa equipe, com pessoas que tivessem de fato algo a contribuir em favor da educação no Brasil. E essa equipe que nós montamos representa exatamente isso, o que há de melhor em termos de qualificação. Pessoas que dedicaram e dedicam suas vidas em favor de um país melhor e mais justo”, reconheceu.

    Depois quase dois anos à frente do MEC, Mendonça Filho destacou o empenho da equipe em melhorar a vida dos estudantes de todo o país. Segundo ele, graças a esse trabalho em conjunto foi possível alcançar diversos avanços na educação. “Essa equipe é que proporcionou as mudanças no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), as mudanças no âmbito da educação básica, que foram muitas desde o programa Mais Alfabetização, à política de formação de professores, incluindo a residência pedagógica, e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, disse Mendonça.

    “O mesmo eu posso dizer com relação ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Ficamos gratificados de expressar que entregamos melhor do que encontramos”, ressaltou. Por fim, o ministro participou da cerimônia onde sua foto foi anexada à galeria dos ex-ministros da Educação. “Jamais esquecerei os grandes e importantes momentos que vivi no Ministério da Educação. Muito obrigado”, concluiu.

    Assessoria de Comunicação Social

  • Em co-produção da TVE Brasil e da TV Escola, começa a ser exibida no dia 19 próximo, às 18h30, a série Um Menino Muito Maluquinho, inspirada no personagem do escritor e cartunista Ziraldo. Lançada oficialmente na terça-feira, dia 7, no Museu da República, no Rio de Janeiro, a série tem 26 episódios de meia hora cada um e marca a retomada da TVE na produção de programas infanto-juvenis. A direção é de César Rodrigues, que participou do filme Menino Maluquinho 2, e o roteiro é de Anna Muylaert, coordenadora de textos das séries Castelo Rá-Tim-Bum e Mundo da Lua. Anna também assina a adaptação para a TV, com Cao Hamburguer.

    No lançamento, ocasião em que foram exibidas as chamadas e o primeiro episódio, o ministro interino da Educação, Jairo Jorge afirmou que o programa será um marco na televisão brasileira. Ziraldo, criador do personagem, se disse emocionado com a transposição de sua obra para a telinha. "Meu filho teve muita sorte. Depois de um belo filme no cinema, ganha agora uma versão muito delicada para a TV. O roteiro é sensível, enfatiza o afeto, a ternura", disse o autor.

    A atriz Ilva Niño, que interpreta Irene, a empregada da família de Maluquinho, salienta que a série é educativa, fala de amor, carinho, família. "É de suma importância esse tipo de produção para as crianças na TV. É preciso cuidar da infância", afirmou.

    Antônio Pedro Borges, que viveu o avô do protagonista no cinema e agora o repete na televisão, afirma que a obra resgata as maluquices infantis, sem enquadrá-las. "Ser maluquinho é legal", destacou.

    A TV Escola, da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), pretende exibir a série a partir de maio e avalia a possibilidade de enviá-la às escolas públicas em forma de DVD. Carmem Neves, diretora de capacitação e produção da secretaria, afirmou que a exibição de o Menino Maluquinho será uma ótima oportunidade para aumentar a audiência da TV Escola, além de incentivar o gosto pela literatura.

    A parceria com a TVE faz parte do compromisso do MEC de apoiar programas de qualidade para as crianças. "A TV brasileira vive hoje uma crise que reproduz, na verdade, a crise da sociedade, na medida em que espelha a violência, a barbárie, a banalização da vida. É fundamental que tenhamos, na contracorrente, programas com conteúdo diverso, humanista, inspirador, que estabeleça virtudes, qualidades", disse Jairo Jorge. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • A série Um Menino Muito Maluquinho, desenvolvida a partir do personagem criado por Ziraldo, foi selecionada entre 55 programas de 27 países na 33a edição do NHK Japan Prize, da televisão japonesa, e ganhou o primeiro lugar na categoria de melhor produção para o público de até 12 anos. O Ministério da Educação apoiou a produção e veiculou a série na TV Escola.

    A série tem direção de César Rodrigues, roteiro de Anna Muylaert e adaptação para a TV de Anna Muylaert e Cao Hamburguer, o mesmo diretor de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias. Os 26 programas mostram a vida do personagem criado pelo cartunista mineiro em três momentos: aos cinco, aos dez e aos 30 anos, interpretados respectivamente por Felipe Severo, Pedro Saback e Fernando Alves Pinto.

    “A premiação da série coroa o trabalho de seus produtores e idealizadores. Reafirma a busca da qualidade nos produtos públicos, notadamente na TV Escola”, diz o ministro Fernando Haddad.

    Além do prêmio japonês, a série participou da seleção oficial do Prix Jeunesse 2006, em Munique, na Alemanha; do Cineport 2006, Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, em Portugal; e também do último Festival Internacional da Televisão, em Barcelona.

    Um Menino Muito Maluquinho será reprisada a partir do dia 6 de janeiro, aos sábados, com repetições aos domingos, sempre às 15 horas, na TV Escola, que pode ser acessada por antenas parabólicas analógica e digital e também pelas tevês por assinatura Sky (27), Directv (237) e Tecsat (4). (Assessoria de Comunicação Social do MEC)

  • Cumprimento cada uma das servidoras do Ministério da Educação, que nesta data representam o compromisso diário de todas as mulheres na construção de um mundo melhor. Quando transformam o cotidiano, modificam as relações  sociais formam cidadãos e desenham um novo país.

     

    Ministro Tarso Genro

  • Representantes dos seis países do Mercosul e de 14 países da América Latina, que falam a língua espanhola, vão discutir, de 4 a 7 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR), a educação ambiental e trocar experiências sobre estudos e pesquisas climáticas desenvolvidos na região.

    Os participantes do 1º Encontro Mercosul de Educação Ambiental vão debater também temas da Década das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) e do Tratado da Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, que dá os pilares da Conferência Rio 92. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) vai apresentar sua experiência na realização de duas conferências ambientais infanto-juvenis e relatar como está preparando a terceira conferência, que será realizada em 2009.

    O encontro, segundo Rachel Trajber, coordenadora-geral de Educação Ambiental da Secad, foi sugerido pelo Ministério da Educação do Brasil, que tem uma das legislações mais avançadas na área. A Lei nº 9.795, de 24 de abril de 1999, instituiu a política nacional de educação ambiental, que tem como órgãos gestores os ministérios da Educação, que trabalha com os sistemas de ensino, e do Meio Ambiente, na política ambiental do país.

    A expectativa é que desse encontro, diz a coordenadora, saia uma agenda comum sobre as políticas de educação ambiental para a América Latina. O MEC vai sugerir que os países da região organizem conferências nacionais de educação ambiental e convidá-los para participar da conferência internacional sobre meio ambiente que ocorrerá em 2010, no Brasil.

    Participarão do evento técnicos da área de educação ambiental dos países do Mercosul e dos 14 países que falam o espanhol, representantes das secretarias da juventude e de entidades internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

    Ionice Lorenzoni

  • Visite o hot site do eventoO Brasil sedia o 3º Fórum Educacional do Mercosul, de terça a quinta-feira próximas, em Belo Horizonte, onde representantes de governos, organizações não-governamentais e da sociedade civil dos países do bloco discutirão a educação com perspectiva da integração regional. O evento integra o Encontros do Mercosul Educacional. Participam representantes do Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Chile. Peru e Equador também foram convidados.

    A presidência pro-tempore do Mercosul, desde julho até dezembro próximo, é exercida pelo governo brasileiro. Neste período, a meta brasileira é intensificar a integração, aprofundar a cooperação educacional entre os países do bloco e estreitar as relações entre governo e a sociedade civil.

    O fórum será aberto pelo secretário executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro. “O objetivo é estreitar relações governamentais e da sociedade civil para fortalecer a integração da região”, observa o secretário.

    A seu ver, o bloco dos países do Cone Sul precisa ser uma parceria de sociedade. “O Mercosul precisa ser mais do que um acordo de governo, pois enfrentamos problemas comuns, ainda que em proporções distintas”, alerta. ”A reunião é importante para promover essa convergência e fortalecer a integração também educacional”, diz.

    Desta vez, o evento discutirá temas como inclusão, financiamento, integração, aprendizagem e trabalhadores. O primeiro fórum foi realizado em Buenos Aires, com o tema Por uma Região com Eqüidade e Inclusão. No ano passado, ocorreu em Assunção, onde se debateram políticas e estratégias para prevenção do fracasso escolar.

    Cerca de 500 pessoas participam do fórum, em Belo Horizonte. Na terça-feira, 21, cada comissão nacional apresentará a situação da educação em seus países. Na quarta-feira, 22, representantes de entidades sociais de todos os países se reunirão em cinco diferentes grupos de trabalho para discutir propostas a respeito dos temas-eixos do fórum. E na quinta-feira, 23, cada grupo de trabalho apresentará a síntese de suas discussões. A abertura e o encerramento do fórum ocorrem no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Do Brasil, além de dirigentes do MEC e da UFMG, estarão presentes representantes da Fundação Getúlio Vargas, Fundação Abrinq, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Campanha Nacional pelo Direito à Educação/Ação Educativa, União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Secretaria Nacional dos Professores de Espanhol, universidades e fóruns estaduais e municipais de direitos da criança e do adolescente, além de secretários de Educação, prefeitos e parlamentares.

    No dia 24, será realizada a reunião de ministros da Educação dos países do bloco e do Programa para a Coesão Social na América Latina (EuroSocial), ligado à União Européia e à Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), cujos dirigentes discutirão – no Hotel Quality – experiências em educação nas prisões.

    E ainda serão realizadas uma reunião do Comitê Coordenador Regional (integrado por assessores internacionais dos ministérios de Educação do bloco), no Conservatório da UFMG; a Jornada da Educação Profissional e Tecnológica do Mercosul, no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/MG); o Fórum de Educação Superior no Mercosul: Desafios e Expectativas; e a 1ª Feira de Ciências da Educação Básica, ambos na UFMG.

    A mobilização do fórum é feita por um comitê nacional, composto por organizações não-governamentais, estudantis, sindicais, empresariais, autoridades educacionais municipais e estaduais do Brasil, Itaú, Instituto Faça Parte, Educafro e Instituto Paulo Freire. O MEC é o organizador, com apoio da prefeitura de Belo Horizonte e da UFMG.

    Susan Faria

    Republicada com novas informações

     

  • A formação e preparação para o mercado de trabalho, elemento-chave nas estratégias de inclusão social, desenvolvimento e crescimento socioeconômico, estará em debate no seminário Políticas da Educação Profissional e Tecnológica nos Países do Mercosul, que ocorre em Montevidéu, Uruguai, de quarta-feira, 15, ao dia 17.

    A relação da educação com outras políticas públicas, a inovação tecnológica, a qualificação dos professores e a criação de um sistema de equivalência de títulos nos países do Mercosul também estão entre as pautas do seminário.

    O secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Eliezer Pacheco, apresentará a visão da política educacional brasileira. “A América Latina, especialmente o Brasil, vive um momento de reconstrução, após o ciclo neoliberal que sucateou a universidade pública e a rede federal de educação profissional”, explica Eliezer. Segundo o secretário, a educação deve ser humanista e inclusiva. “Nos recusamos a formar consumidores no lugar de cidadãos, colocando o currículo como instrumento do treinamento de habilidades e técnicas a serviço da reprodução capitalista”, diz.

    Reunião — Nos dias 16 e 17, em Montevidéu, ocorrerá a 15ª reunião da Comissão Regional Coordenadora da Educação Tecnológica. De periodicidade semestral, o grupo avalia ações de ensino e traça diretrizes para o setor. Também será apresentada proposta de realização do 7º Congresso de Educação Tecnológica dos países do Mercosul, a cargo de Argentina e Chile.
    Felipe De Angelis

  • Garantir aos jovens acesso e maior inserção entre a escola secundária e o mercado de trabalho. Para alcançar esse objetivo é necessário o desenvolvimento de metodologias que contribuam para elevar a qualidade de ensino e diminuir os índices de evasão escolar. Em busca disso, coordenadores de escolas do Mercosul estão reunidos na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) até esta sexta-feira, 3, em Brasília. Eles pretendem desenvolver um projeto-piloto sobre certificação profissional para que seja implantado em duas escolas de cada país do Cone Sul.

    O Projeto Hemisférico Educação Secundária foi aprovado na Cúpula das Américas pelos ministros da Educação, em 2003. Tem vigência de quatro anos, envolve 32 países e recebe o apoio de, entre outras instituições, da Organização dos Estados Americanos (OEA), Centro de Formación Profesional de Lãs Colônias Memonitas (Paraguai), Instituto Tecnológico Superior Battle y Ordoñez y Gral Flores (Uruguai), Liceo Industrial de La Construcción (Chile), Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina e do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte.

    Esses são alguns dos coordenadores de colégios da sub-região do Mercosul incumbidos de desenhar um projeto-piloto na área de certificação profissional para que seja adotado nessas escolas. Eles estão definindo com quantos alunos devem trabalhar, aspectos sobre formação e certificação e áreas que serão utilizadas. Tratam, também, das especificidades de cada país. A meta, segundo a coordenadora substituta da sub-região do Mercosul, Márcia Moreschi, é ter um referencial que possa nortear os educadores desses países.

    “O objetivo é fazer com que trabalhadores, alunos ou qualquer pessoa que tenha desenvolvido competências por meio da educação formal possam ter certificadas as suas competências. E que a certificação facilite a reintegração daquele que saiu da escola”, disse Sérgio Tapia Hernadez, representante da unidade gestora do Chile.

    Beneficiários — Entre os principais beneficiários do projeto estão os educadores e os capacitadores que trabalham no sistema educativo de cada país. Eles terão ferramentas de trabalho e orientações curriculares e temáticas de acordo com as necessidades e expectativas dos setores produtivos. Em segundo lugar, os estudantes, jovens e adultos do segundo ciclo da educação secundária, que ingressarão no mercado de trabalho porque poderão, na condição de egressos deste nível educacional, ter acesso a oportunidades e expectativas do setor produtivo. E, por último, os empregadores, que poderão utilizar as normas desenvolvidas para cada uma das áreas de formação e identificar as habilidades dos funcionários. O Projeto Hemisférico Educação Secundária tem por coordenador a Costa Rica, como co-coordenador técnico o México e abrange as sub-regiões da América Central, Mercosul e Caribe.

    Ana Júlia Silva de Souza

  • Merenda escolar e Fundeb já podem ser aplicados nas escolas por meio das secretarias de educação de estados e municípios (Foto: Júlio César Paes)As secretarias de educação de estados e municípios já podem dispor dos recursos referentes a julho do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e da transferência automática do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). O valor total é de R$ 459 milhões.

    Foram destinados R$ 317,4  milhões do Fundeb, como complementação, a Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Os nove estados tiveram arrecadação insuficiente para garantir o valor mínimo por aluno estabelecido na legislação. Até dezembro, receberão os valores constantes do cronograma de repasse da complementação da União, conforme a Portaria Interministerial nº 598, de 19 de maio deste ano.

    Complementação do Fundeb por estado (em R$)

    Alagoas 11.163.283
    Amazonas 2.218.860
    Bahia 72.675.358
    Ceará 41.985.041
    Maranhão 79.790.681
    Pará 75.724.380
    Paraíba 4.192.461
    Pernambuco 16.653.236
    Piauí 12.996.699
    Total 317.400.000

    Às ações da merenda escolar foram destinados R$ 135 milhões, a serem   aplicados em escolas públicas do ensino fundamental urbanas e rurais, de indígenas e de quilombolas, em creches e no pré-escolar.

    Para o PDDE, foram liberados R$ 6,5 milhões.

    Lucy Cardoso

  • Balanço FNDE

    A capacitação de conselheiros, gestores e técnicos que fiscalizam os recursos públicos da merenda escolar e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), além da ampliação do livro didático do ensino médio e da distribuição de dicionários, são destaques do balanço de 2005 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Na avaliação do presidente do FNDE, Henrique Paim, ao atingir este ano a capacitação de 20 mil conselheiros da merenda e do Fundef, o FNDE dá um salto de qualidade na busca da correta aplicação dos recursos públicos transferidos aos municípios. Em 2006, disse, a capacitação será intensificada com uso dos recursos tecnológicos da educação a distância (EaD). O controle social é importante, segundo Paim, porque só para a merenda escolar, o governo repassou este ano R$ 1,2 bilhão aos municípios. No caso do Fundef, os conselhos têm responsabilidade pelo controle de como o prefeito aplica verbas do transporte escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

    Livros– Outro item destacado por Henrique Paim é a universalização da oferta dos livros didáticos de português e matemática para as três séries do ensino médio. Em 2005, primeiro ano de distribuição, o programa atendeu os alunos da 1ª série do ensino médio das regiões Norte e Nordeste. Em 2006, os alunos de todas as regiões iniciarão as aulas com os dois livros. O FNDE reserva duas novidades para 2006 sobre livros: a distribuição de dicionários para as turmas de 5ª a 8ª série. Cada sala de aula receberá dez dicionários para uso dos alunos.

    A segunda novidade é a garantia, em 2006, de recursos da ordem de R$ 49 milhões para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). As verbas, explicou Paim, estão garantidas no Plano Plurianual (PPA) e asseguradas nos orçamentos de 2006 e 2007.

    Também merece destaque no balanço a assinatura do protocolo entre o FNDE e o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que prevê a transferência da tecnologia social do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) aos países africanos e ao Haiti, este na América Central. Na África terão prioridade os países de língua portuguesa: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Convocados pela FAO, técnicos do FNDE já iniciaram assessorias em Angola e no Haiti.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

  • Recife — O 3º Congresso Internacional de Alimentação Escolar para a América Latina foi encerrado na quarta-feira, 31 de outubro, com a leitura da Carta de Recife. O documento contém 13 recomendações, dentre elas, a garantia da alimentação escolar como um direito dos estudantes e a orientação para que os programas de merenda escolar tenham caráter pedagógico e contribuam para a formação de hábitos alimentares saudáveis, respeitados a cultura alimentar e o desenvolvimento local sustentável.

    Na solenidade de encerramento do congresso, o representante do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Francisco Espejo, lembrou que uma boa nutrição é fundamental para o desempenho escolar. Foram lidos os relatórios com as conclusões e recomendações das cinco oficinas de trabalho — direitos humanos na alimentação escolar; alimentação escolar e desenvolvimento sustentável em equilíbrio com o meio ambiente; controle social na alimentação escolar; avanços e desafios na gestão da alimentação escolar e alimentação saudável e adequada no ambiente escolar — e premiados os cinco melhores trabalhos científicos apresentados.

    O encontro reuniu em Recife cerca de 600 especialistas, que falaram das experiências dos países latino-americanos e do Caribe. Entre os participantes estrangeiros estavam a ministra da Educação da Bolívia, Magdalena Cajias; a presidente da Rede Latino-Americana de Alimentação Escolar, Barbara Belmont; a presidente da Child Global Foundation, Gene White; o diretor de políticas estratégicas do PMA, Stanley Samakage, além de Francisco Espejo.

    Assessoria de Imprensa do FNDE

  • O sucesso de programas educacionais brasileiros, como a merenda escolar e a formação de professores, chega a países africanos, que estão adaptando as experiências. São Tomé e Príncipe, país formado por duas ilhas, na altura da linha do Equador, é uma das nações com quem o MEC desenvolve cooperação técnica. Entre 3 e 9 de fevereiro, técnicos do ministério estarão na capital  — que tem o nome do país, São Tomé e Príncipe — avaliando e discutindo a implementação destes programas na área da educação básica.

    Serão avaliados os resultados do projeto-piloto do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação), implementado em dois distritos (Caué e Cantagalo). O Proformação é um curso a distância, em nível médio, com habilitação para o magistério na modalidade normal, feito pelo MEC em parceria com estados e municípios. Destina-se aos professores que, sem formação específica, lecionam nas quatro séries iniciais, classes de alfabetização, ou educação de jovens e adultos (EJA), nas redes públicas de ensino.

    No Brasil, o Proformação, iniciado em 1999, já formou 33.993 professores. Outros 2.400 terminam o curso de dois anos em julho. Em São Tomé e Príncipe, o programa começou em 2004 e terminou no ano passado, formando 77 professores. “Vamos avaliar o projeto-piloto e expandir o programa”, explicou Suzi Mesquita Vargas, gerente de treinamento, suporte, monitoramento e avaliação da coordenação nacional do Proformação.

    Além da assessoria técnica, o MEC doou 100 kits para São Tomé e Príncipe, cada um com 32 livros nas áreas de linguagens e códigos, vida e natureza, identidade, sociedade e cultura, matemática e lógica, fundamentos da educação e organização do trabalho pedagógico. Suzi Mesquita destaca que o Proformação — com material impresso — chega a lugares onde nenhuma outra tecnologia alcança. “É um programa de sucesso no Brasil e considerado pela Unesco como um dos quatro melhores dentro do Educação para Todos.”

    Em maio de 2006, no Seminário Internacional do Proformação, em Brasília, representantes de São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné-Bissau discutiram a implementação do programa. O Proformação é executado no Timor Leste, com apoio da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). 

    Merenda — Uma dirigente do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) vai discutir, em São Tomé e Príncipe, com representantes do governo a universalização da merenda escolar, a exemplo do que é feito no Brasil para alunos do ensino fundamental. Angola, Moçambique, Cabo Verde e Haiti desenvolvem projetos semelhantes ao Pnae, com parceria do MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    Súsan Faria

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