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  • Os professores de espanhol que trabalham em escolas públicas do ensino médio receberão do MEC, a partir de 2006, um livro, uma gramática e dois dicionários em língua espanhola. Os materiais didáticos serão distribuídos primeiro para as escolas que já oferecem o espanhol e a seguir para aquelas que incluírem a disciplina na grade curricular no próximo ano. A decisão está na Portaria nº 3.771, publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 27.

    A portaria, assinada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, distribui as responsabilidades pela aquisição e distribuição das obras didáticas entre a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). Caberá à SEB fazer a triagem, seleção e avaliação pedagógica do livro do professor, da gramática, de um dicionário bilíngüe espanhol/português e português/espanhol e de um dicionário monolíngüe espanhol/espanhol; a inscrição das obras, triagem, aquisição e distribuição ficarão a cargo do FNDE.

    A execução do programa deverá seguir seis etapas que serão objeto de editais específicos. Uma das exigências diz que a inscrição das obras será feita pelos titulares dos direitos autorais e a compra por negociação direta do FNDE com os titulares dos direitos autorais. A decisão do MEC de oferecer os materiais didáticos em língua espanhola cumpre dispositivos da Lei nº 11.161/2005, que instituiu o ensino de espanhol na educação básica e deu prazo de cinco anos para sua implantação.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Professores de Goiânia fazem até amanhã, 10, curso de capacitação em Tecnologia Assistiva com ênfase na comunicação alternativa. O objetivo é capacitar educadores a utilizar e desenvolver ferramentas que possibilitem a interação e o aprendizado do aluno com necessidades educacionais especiais. A cidade fecha o ciclo de capitais beneficiadas pela iniciativa da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), em parceria com a Associação dos Familiares e Amigos do Down do Rio Grande do Sul. Também foram atendidos os estados de Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul, Amazonas e Alagoas.

    A carga horária é de 40 horas, sendo 30 horas presenciais, dez horas a distância e cada turma é formada por 25 educadores. A Seesp está elaborando o cronograma para estender o atendimento a outros estados no segundo semestre.

    Segundo a coordenadora-geral de Desenvolvimento da Educação Especial, Kátia Barbosa, o enfoque é nas tecnologias e ajudas técnicas que o professor pode utilizar em sala de aula para ajudar o aluno a vencer suas limitações. “As chamadas ajudas técnicas vão de softwares sofisticados até a ferramentas simples como, por exemplo, acrescentar uma mola na tesoura para facilitar a utilização do objeto por um aluno com dificuldades motoras. Até sucata pode ser utilizada para fazer uma adaptação”, explica.

    Kátia Barbosa conta que a capacitação faz com que o professor se sinta habilitado a desenvolver seu trabalho e a inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais com os demais estudantes realmente se efetive.

    Dentre os pontos abordados no curso estão: educação inclusiva; atendimento educacional especializado; conceito de tecnologia assistiva na perspectiva da inclusão; a comunicação aumentativa e alternativa e sua utilização na educação inclusiva; prática e confecção de pranchas de comunicação com software; adaptação de livros de estórias, com utilização de software; utilização das ferramentas de apoio às várias atividades da rotina escolar e informática acessível.

    Repórter: Juliana Meneses

  • Professores que lecionam a língua inglesa em escolas públicas brasileiras de educação básica terão, no segundo semestre, a oportunidade de participar de seleção para mil vagas de um curso de atualização a distância, com certificado da Open University, da Inglaterra. O acordo, em fase de finalização, faz parte do memorando de entendimento celebrado na semana passada, em Londres, pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Educação e Treinamento da Inglaterra, Ruth Kelly, que visa aprofundar a cooperação bilateral.

    A atualização dos professores, explica o secretário de Educação a Distância, Ronaldo Mota, terá duração de 120 horas, sendo 60 horas no segundo semestre deste ano e outras 60 horas no primeiro semestre de 2007. O curso será a distância, oferecido pela Open University em convênio com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e a avaliação será presencial, no Brasil, com professores da instituição inglesa.

    Para concorrer ao curso os professores terão que atender a uma série de critérios, entre eles: ser efetivo da rede pública estadual ou municipal; estar no efetivo exercício do magistério, em sala de aula no ensino fundamental ou médio; e ter graduação em inglês.

    Critérios – Assim que o acordo for finalizado, o MEC vai divulgar os critérios de seleção e a data para o inicio das aulas. Neste momento, explica Ronaldo Mota, a Open University está preparando os conteúdos do curso que serão específicos para professores brasileiros que ensinam a língua inglesa.

    A Seed estima que as redes municipal e estadual têm cerca de 70 mil professores de inglês. Mota anunciou que o Ministério da Educação também estuda a celebração de acordo semelhante com a Universidade Aberta da Espanha para a atualização de professores brasileiros que ensinam a língua espanhola nas redes públicas da educação básica.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • No dia 4 de novembro, o Núcleo Tecnológico de Educação (NTDE) de Boa Vista (RR) irá promover o Primeiro Encontro de Educação e Tecnologia com o objetivo de capacitar professores e gestores para o uso da tecnologia em favor da educação.

    O curso contará com palestras de professores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

    Os laboratórios serão coordenados pelo NTDE através das diretrizes do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação (Seed/MEC), que provê informações para professores, alunos, técnicos e gestores através da tecnologia.

    O ProInfo é um incentivo ao uso de tecnologias. Por esse motivo, o MEC já instalou 59 mil computadores em escolas públicas e núcleos tecnológicos de educação. O ProInfo já beneficiou 5,8 milhões de alunos e 218 mil professores em 5.140 escolas públicas de 1.819 municípios do país. O ProInfo também apóia as escolas no desenvolvimento de projetos comunitários, facilitando o acesso aos laboratórios de informática para pais de alunos e outros membros da comunidade em torno da escola que, dessa forma, constitui-se em espaço de inclusão digital. (Assessoria de Imprensa da Seed)

  • Foto: Tereza SobreiraMais de 50% dos professores de quatro universidades públicas aprovam o sistema de cotas raciais e sociais para ingresso de alunos nas instituições. Entre aqueles que já deram aula para cotistas, o índice sobe para 66%. Os dados são da pesquisa Três Anos de Cotas realizada pelo Programa Políticas da Cor, do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), entre outubro de 2005 e fevereiro de 2006.

    A pesquisa envolveu 558 professores dos cursos de direito, engenharia civil, medicina, história e pedagogia das universidades federais de Alagoas (Ufal) e de Brasília (UnB), além das estaduais da Bahia (Uneb) e do Rio de Janeiro (Uerj). Os professores responderam questionários sobre nove pontos, desde a avaliação do sistema de cotas, convívio inter-racial na universidade, posição quanto às cotas raciais e sociais até o desempenho dos alunos. As instituições que participaram da pesquisa têm o sistema de cotas há três anos. Dados da Secretaria de Educação Superior do MEC (SESu), relativos a abril deste ano, indicam que 22 universidades federais e estaduais trabalham com percentuais de cotas em seus vestibulares.

    Mais da metade dos entrevistados, 52%, se declarou a favor das cotas, mas os índices são diferentes entre os professores das instituições. Na Uneb, 73% são favoráveis e na Ufal apenas 35%. Entre os professores que já deram aula para cotistas – 45% dos entrevistados –, o percentual a favor aumenta para 66%. Em relação à pergunta sobre racismo na universidade, 46% dizem que existe. O percentual sobe para 53% na UnB e cai a 35% na Uerj.

    Para o secretário de Educação Superior e ministro da Educação interino, Nelson Maculan Filho, ao dar pontos à reserva de vagas nas universidades públicas e ao avaliar positivamente o desempenho dos alunos, os professores confirmam que o governo federal agiu corretamente ao abrir a discussão sobre a política de cotas raciais e sociais. A divulgação da pesquisa, diz, recoloca o debate nas ruas sobre a importância da aprovação do projeto de lei das cotas (PL 73/99) que tramita no Congresso Nacional.

    Desempenho – Os melhores índices da pesquisa nas quatro universidades estão no desempenho dos cotistas. Dos 251 professores da mostra que já deram aula para cotistas, 74% disseram que o desempenho dos alunos é bom ou muito bom. Mas a pesquisa constatou variações destes conceitos: na UnB e Uneb é de 75%; na Uerj, 65%; e na Ufal, 50%. O desempenho ruim obteve 6% e o regular, 19%. Quando a pergunta dizia respeito à cor dos estudantes, 87% dos professores disseram que o aproveitamento bom ou muito bom é comum a alunos negros e brancos.

    Na avaliação do sistema de cotas, 80% dos professores responderam que o nível acadêmico da instituição continuou igual, 10% disseram que melhorou e os outros 10%, que piorou. Em relação à possibilidade de adoção, pelas universidades, de um sistema de cotas raciais e sociais na graduação nos próximos anos, 37% dos professores se manifestaram favoráveis a que todas devem adotá-lo; 27% que apenas as instituições que desejarem; e menos de 37% se opuseram. Já as cotas na pós-graduação têm menos apoio: 28% são favoráveis, 56% são contra e 16% não têm posição. Neste quesito, o maior percentual de apoio vem dos professores da Uneb (42%).

    Dos professores que participaram da pesquisa, 57% são homens e 47% mulheres, 71% são brancos, 20% pardos, 6% pretos e apenas oito indígenas e quatro da raça amarela. Quanto à titulação, 47% são doutores, 9% estão em cursos de doutorado, 26% são mestres, 8% cursam mestrado e 10% não têm e não cursam mestrado. Na distribuição dos cursos, 109 lecionam na área de direito, 92 engenharia civil, 104 história, 98 medicina e 155 pedagogia.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Os professores não devem deixar que os apelos na mídia interfiram na escolha do livro didático. “Eles precisam ficar atentos aos apelos mercadológicos feitos pelas editoras de diferentes formas, entre elas, propagandas e programas de televisão e mídia impressa”, observa Jane Cristina da Silva, coordenadora geral de Estudos e Avaliação de Materiais Didáticos da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Segundo Jane Cristina, existe um código de conduta do MEC que proíbe as editoras de mandarem seus representantes às escolas para divulgar os livros que produzem. As normas desse código estão na Portaria 2.963, de 29 de agosto de 2005, assinada pelo ministro Fernando Haddad. “O processo de escolha dos livros didáticos deve ser realizado de forma a garantir transparência e confiabilidade dos programas, assegurando ao aluno o acesso a um material didático de qualidade, que contribua para o seu pleno desenvolvimento e para o exercício da cidadania”, diz o texto.

    Em seu artigo 2o, a Portaria 2.963, proíbe os titulares de direitos autorais ou seus representantes de realizar a divulgação dos materiais diretamente nas escolas, exceto o envio de livros e catálogos, se houver, por remessa postal. Veja a íntegra da portaria.

    Prazo - O Guia do Livro Didático, que indica várias opções de livros que podem ser adotados em 2007, chega até o dia 15 deste mês em 131 mil escolas públicas de 1a a 4a série da educação fundamental. Os professores precisam escolher os livros até dia 30 deste mês.

    “A escolha deve ser feita a partir da experiência dos professores e da leitura do guia”, comenta Jane Cristina. Ela acrescenta que as escolas têm o direito de escolher os livros, sem interferências. A escolha dos livros é por escola e não por município. Uma cidade com cinco escolas pode ter obras diferentes em cada uma.

    Novos -  É obrigação das escolas entregar livros novos aos alunos. “Mesmo que sejam parecidos, não são os mesmos de anos anteriores, pois estão atualizados”, diz Jane Cristina. Os livros didáticos são utilizados por três anos. Depois, precisam ser devolvidos à escola para que ela faça doações ou os coloque em sua biblioteca.

    Dentre os 95 livros e 145 coleções indicados pelo MEC, este ano, cada escola terá de optar por sete obras: um livro de alfabetização, um de geografia regional e um de história regional; e coleções de ciências, geografia, história, língua portuguesa e matemática, uma de cada área. Essa decisão encontra parâmetros e orientações nos sete volumes do Guia do Livro Didático, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e que vale para a adoção de livros e coleções, entre 2007 a 2009.

    A coleção do guia foi encaminhada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), que mandou confeccionar 155 mil exemplares de cada obra. As escolas que não receberem os volumes do guia poderão procurar as secretarias estaduais de educação, que têm reserva técnica, ou a Central de Atendimento do FNDE, pelo telefone 0800-616161. A escolha dos livros e coleções a serem adotados por cada escola deve ser indicada em um formulário anexo dos volumes do guia, já com selo pago para ser remetido ao MEC, até dia 30 de junho. O prazo é importante para que o professor que vai escolher os livros permita ao FNDE passar às etapas seguintes, como aquisição e distribuição dos livros.

    Modernos – Desta vez, os volumes do Guia de Livros Didáticos têm na capa um mosaico com bolas coloridas e crianças sorrindo. Guia de alfabetização (laranja); ciências (lilás); geografia (verde); história (marrom); língua portuguesa (vermelho); e matemática (azul). De linguagem objetiva, o material tem boas ilustrações e uma diagramação suave.

    Os volumes do guia trazem resenhas dos livros didáticos selecionados para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). “Mostram conteúdos, análise, sugestões para uso em sala e diferenças entre as coleções”, diz Jane Cristina. Ela explica que, com base no guia, os professores devem perceber os aspectos de cada obra que melhor se aplicam à realidade local e à sala de aula. “Deve ser um processo coletivo da escola”, ensina.

    Critérios – A avaliação das obras foi feita por universidades públicas. Foram aprovados 47 livros de alfabetização e 27 de história regional, além de 12 coleções de ciências, 31 de geografia, 30 de história, 37 de história regional e 35 de matemática. O processo de avaliação pedagógica das obras didáticas, iniciado em 1996, vem sendo aprimorado para auxiliar o professor na escolha. Os critérios durante o processo de avaliação são divididos em eliminatórios e classificatórios. Correção dos conceitos e informações básicas, correção e pertinência metodológicas e contribuição para a construção da cidadania são critérios eliminatórios. Os aspectos gráficos e editorais são classificatórios.

    Súsan Faria

  • Os interessados em concorrer ao Prêmio Professores do Brasil têm até o final da próxima semana para se dirigir às secretarias estaduais de educação, onde as inscrições estão sendo feitas até 2 de setembro. O prêmio tem o objetivo de reconhecer o trabalho dos professores da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental da rede pública. Os 20 melhores projetos pedagógicos vão receber R$ 5 mil cada, além de troféu, certificado e viagem a Brasília para participar de um seminário e da solenidade de premiação, em novembro.

    O Professores do Brasil unificou os prêmios Incentivo à Educação Fundamental e Qualidade na Educação Infantil. Segundo Jeanete Beauchamp, diretora de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), a avaliação em conjunto dos trabalhos nas creches e pré-escolas e nas turmas de 1ª a 4ª série é a mais correta. “É importante esse trabalho integrado entre educação infantil e as séries iniciais do ensino fundamental, porque estamos trabalhando com a infância, que não termina aos seis anos”, afirma.

    O prêmio é uma parceria do Ministério da Educação com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Fundação Bunge e a Fundação Orsa. Os projetos são selecionados em cada estado por uma comissão formada por especialistas em educação indicados por estas entidades. São premiados os dez melhores trabalhos da educação infantil e os dez melhores do ensino fundamental.

    Apresentação – “O prêmio permite que o conjunto do professorado nacional conheça trabalhos exitosos que estejam sendo realizados nos municípios brasileiros”, ressalta Jeanete Beauchamp. Após a apresentação dos trabalhos no seminário em Brasília, no dia 22 de novembro, eles serão publicados em revistas para serem distribuídos em escolas da rede pública municipal e estadual.

    Mais informações sobre o concurso no telefone 0800 616161 ou no portal do Ministério da Educação.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Os 20 educadores vencedores do 2° Prêmio Professores do Brasil serão homenageados na segunda-feira, 15, Dia do Professor. A secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, vai entregar o prêmio de R$ 5 mil a cada educador, às 10h, no auditório do MEC.

    O concurso tem como objetivo valorizar o trabalho dos bons professores e divulgar suas práticas como exemplo para outras escolas públicas de educação infantil e ensino fundamental. Este ano, foram inscritas 1.564 experiências. O Prêmio Professores do Brasil é uma parceria do MEC com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Fundação Bunge e Fundação Orsa.

    No dia seguinte ao da premiação, será realizado o Seminário Prêmio Professores do Brasil, no Hotel Nacional, também em Brasília, às 8h30. Os 20 professores selecionados apresentarão trabalhos e iniciativas que tornaram a sala de aula um ambiente agradável e as aulas mais produtivas.

    Para participar do encontro, é necessário preencher a ficha de inscrição e enviá-la pelo endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo fax (61) 2104-9274.

    A lista das experiências premiadas está na página eletrônica da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Flavia Nery

  • A partir desta terça-feira, 26, escolas e professores da rede pública de ensino médio de todo o país podem escolher os livros didáticos de língua portuguesa e matemática que serão utilizados em sala de aula em 2006. A escolha será feita com base no Guia do Livro Didático, que será encaminhado às escolas e está disponível na página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC). A opção pode ocorrer via internet ou formulário, enviado com o Guia. Pela internet, a escolha deve ser feita até o dia 2 de julho. Quem preferir usar o formulário impresso deve postar a remessa até 24 de julho.

    A Coordenação-Geral de Produção e Distribuição do FNDE expede, esta semana, carta-circular a todas as escolas públicas do ensino médio do Brasil com as orientações para a escolha. Com o documento, a coordenação está encaminhando o login (nome de acesso) e a senha para a escolha das obras, de uso exclusivo da direção da escola.

    A carta-circular alerta escolas e professores para a necessidade de conservação dos livros, que devem ter vida útil de três anos, e a obrigatoriedade de os alunos devolverem as obras no fim do ano letivo - os exemplares serão reutilizados no ano seguinte por outros estudantes. No caso de insuficiência de livros, a coordenação orienta as escolas a utilizar o Sistema de Controle de Remanejamento e Distribuição da Reserva Técnica (Siscort), também encontrado na página eletrônica do FNDE. O sistema facilita, registra e controla o remanejamento de livros entre escolas e secretarias de Educação.

    Disciplinas - O Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem) foi criado em 2004 e começou com um projeto-piloto destinado aos alunos da primeira série das regiões Norte e Nordeste. Foram distribuídos 2,7 milhões de livros de língua portuguesa e de matemática para 1,3 milhão de alunos de 5.392 escolas públicas. O investimento foi de R$ 25 milhões.

    Em 2006, o benefício será estendido a todo o País e contemplará as três séries do ensino médio com obras didáticas das duas disciplinas. Serão beneficiados 8,1 milhões de alunos de 16.148 escolas. O FNDE espera cobrir a grade curricular a partir de 2007 com a aquisição de livros de todas as disciplinas.

    Repórter: Lucy Cardoso

  • Os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal, estão oferecendo ou vão oferecer formação continuada a professores do ensino médio. Os docentes poderão fazer cursos de especialização e pós-graduação em biologia, física, química e matemática em instituições de ensino superior (Ifes) selecionadas pelo Ministério da Educação. Os recursos, de R$ 5,7 milhões, provêm do Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio (Promed), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

    O MEC selecionou 76 projetos de especialização e de pós-graduação de 56 Ifes. A seleção foi feita por meio do Programa Nacional de Incentivo à Formação Continuada de Professores do Ensino Médio (Pro-Ifem), da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). Com a iniciativa, o MEC dá ao professor a chance de se atualizar e de aprofundar conhecimentos.

    Os cursos de aperfeiçoamento ligados ao Pro-Ifem têm, no mínimo, 180 horas de aula. Os de especialização, 360. “O Pro-Ifem dá chance aos professores de retornar à universidade”, observou Francisco Potiguara, coordenador-geral de políticas do ensino médio. Segundo ele, os estados optaram pelo Pro-Ifem por reconhecer a importância da qualificação dos professores.

    “Até meados de 2006, os professores dos sete estados e do Distrito Federal envolvidos no processo de capacitação terão voltado à universidade”, previu Potiguara. Segundo ele, as secretarias que optaram pelo Pro-Ifem têm independência para montar seu projeto de formação.

    Plataforma— O superintendente do ensino médio da Secretaria de Educação de Goiás, Paulo Sérgio Pantaleão, avalia que o Pro-Ifem repercute na melhoria da educação. “O professor, além do ganho intelectual, tem conquistas no plano de carreira”, disse.

    Paulo Sérgio salientou que o MEC ofereceu à Secretaria de Educação de Goiás a plataforma e-Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação), da Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), ambiente digital de aprendizagem a distância. Com ele, os professores estudam on-line, recebem material impresso e trocam experiências com tutores.Mais informações pelos telefones 2104-8813 e 2104-8010.

    Repórter: Susan Faria

     

  • Para aprimorar o ensino de ciências nas escolas de educação básica de todo o país, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai oferecer um curso de especialização para os professores do sexto ao nono ano do ensino fundamental. A iniciativa foi batizada de Ciência é Dez! e faz parte do Programa Ciência na Escola, lançado na última quarta-feira, 11, como meta dos cem dias do governo federal.

    A iniciativa é dos ministérios da Educação, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Serão oferecidas quatro mil vagas em todo o Brasil, por intermédio da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

    O programa iniciará suas atividades este mês, com quatro ações simultâneas: chamada pública para as instituições ainda em abril, chamada pública para pesquisadores (edital aberto), Olimpíada Nacional de Ciências e, por fim, a realização da especialização Ciência é Dez!.

    O presidente da Capes, Anderson Correa, explica“Temos uma meta de especializar 50% dos professores em suas áreas de atuação, até 2024”, explica o presidente da Capes, Anderson Correa. De acordo com ele, o balanço dos 100 dias do governo federal inclui o Ciência nas Escolas entre as metas para a educação no país. “A Capes trabalha dentro dessas metas e o Programa Ciência é 10! é um dos resultados deste esforço.”

    O programa tem entre os seus objetivos aprimorar o ensino de ciências nas escolas de educação básica, promover o ensino por investigação voltado à solução de problemas, intensificar a qualificação de professores, além de estimular o interesse dos alunos pelas carreiras científicas e identificar jovens talentos para as ciências.

    “Inicialmente o curso será oferecido em 20 instituições de ensino superior a quatro mil professores-cursistas. É um curso de especialização lato sensu, focado na prática docente dos processos de investigação pergunta-resposta. Não é o ensino teórico tradicional da ciência. Ele vai preparar esses professores das redes de educação básica para ensinar prática na área de ciências aos seus alunos”, detalha o diretor de Educação a Distância da Capes, Carlos Lenuzza.

    O diferencial do curso está na sua forma pedagógica. É uma especialização sem materiais didáticos específicos, mas que instiga os professores-alunos a buscar conteúdos na internet e em matérias pré-selecionadas pela comissão pedagógica. Depois de estudar os conteúdos, eles podem aplicar o que foi pesquisado em sala de aula.

    Piloto – Em experiência piloto, o projeto envolveu seis polos da UAB, ao longo de 18 meses, em 2017 e 2018, em Pernambuco. Em sua próxima fase, o curso será aplicado em 133 polos de 20 instituições da UAB, distribuídas pelas cinco regiões do Brasil. A abertura dos editais para os professores interessados em fazer o curso será em setembro. O início das aulas está previsto para fevereiro de 2020.

    Acesse o Portal da Capes

    Obtenha mais informações na página do programa Ciência na Escola

    Assessoria de Comunicação Social

  • Foto: Júlio César PaesOs professores brasileiros e argentinos, que lecionam nas dez escolas públicas do projeto Escolas Bilíngües de Fronteira, participam nos próximos dias 11 e 25 da segunda das quatro etapas de formação previstas para este ano. O que é o bilingüismo, onde ele se diferencia do estudo da segunda língua e como esta temática se insere do projeto pedagógico das escolas são os conteúdos desta fase da formação.

    No dia 11, em Uruguaiana (RS), a formação será para professores de São Borja, Uruguaiana e Itaqui (no Rio Grande do Sul), e das escolas parceiras do projeto em Paso de Los Libres, São Tomé e La Cruz (na Argentina); no dia 25, em Foz do Iguaçu (PR), reúnem-se os professores das escolas de Dionísio Cerqueira (SC) e de Foz do Iguaçu e suas parceiras Bernardo Irigoyen e Puerto Iguazu, na Argentina. Desde a criação, há um ano e meio, o intercâmbio lingüístico ocorre nas 1ª e 2ª séries do ensino fundamental em dez escolas, uma de cada município. O modelo permite que professores brasileiros ensinem a língua portuguesa nas escolas argentinas e os professores argentinos ensinem o espanhol nas escolas daqui.

    Segundo a coordenadora-geral de Políticas de Formação da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Roberta de Oliveira, a experiência mostra que mais importante que o aprendizado das línguas é a troca cultural que as escolas promovem entre os estudantes dos dois países. Este ano, os professores brasileiros levaram a tradição da festa junina às escolas argentinas e no campo da literatura infantil trabalharam com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Em 9 de julho, data comemorativa da independência da Argentina, alunos brasileiros participaram das atividades cívicas das escolas do país vizinho e, em 7 de setembro, alunos argentinos vão atravessar a fronteira para participar dos desfiles em escolas daqui.

    Futuro – Em dezembro deste ano, os técnicos dos ministérios da Educação dos dois países reúnem-se em Buenos Aires para planejar as atividades e a expansão do projeto. Há interesse das escolas em manter a oferta do bilingüismo nas 1ª e 2ª séries e expandir para a 3ª série do ensino fundamental, além de iniciar a preparação dos professores das séries finais do ensino fundamental. O interesse das escolas corresponde à iniciativa dos países do bloco (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) e os associados de Bolívia, Chile e Venezuela, de incluir o projeto Escolas Bilíngües de Fronteira no plano de ação do Mercosul 2006/2010.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Cem professores do Timor Leste, que trabalham com as seis séries iniciais da educação básica, ingressam, em maio, no Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação) desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC). O curso, com duração de dois anos, será ministrado por técnicos que integram a missão educacional do Brasil no Timor Leste, sob a supervisão da Seed.

    De acordo com a coordenadora nacional do Proformação, Luciane Sá de Andrade, os quatro módulos do curso começam com uma fase presencial de dez dias, que ocorre nas férias escolares, seguida de atividades a distância sob a orientação de um tutor. Na etapa a distância, explica Luciane Andrade, o professor estuda os conteúdos e se encontra com o tutor, a cada 15 dias, para tirar dúvidas e receber orientação sobre as atividades que deve desenvolver.

    Dos 48 técnicos que o Ministério da Educação enviou ao Timor Leste no final de março, oito integram o Proformação e serão responsáveis pelas atividades de tutoria. A cada seis meses, informa a coordenadora, técnicos da Seed vão ao país para supervisionar e avaliar as atividades do programa. Além de receber os materiais didáticos produzidos no Brasil para a sua formação, os professores do Timor Leste deverão elaborar materiais complementares com foco na história, na cultura e nas peculiaridades sociais e econômicas do país.

    História - Criado em 1997, o Proformação começou a ser implantado em 1999 nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde havia maior carência de formação de professores. Hoje, o programa já formou 30 mil professores e está presente em todas as regiões.

    O Proformação tem como objetivos habilitar para o magistério, em nível médio, na modalidade normal, professores que exercem atividades nas séries iniciais, classes de alfabetização ou educação de jovens e adultos; elevar o nível de conhecimento e da competência profissional de professores em exercício; contribuir para o processo de ensino-aprendizagem e do desempenho dos alunos; valorizar o magistério pelo resgate da profissionalização da função e da qualidade do ensino.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

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    Promover a educação brasileira por meio da divulgação de projetos que deram certo é o principal objetivo dos prêmios criados pelo governo federal e várias instituições não-governamentais. São distribuídos bolsas de estudos, viagens e dinheiro para alunos, professores e escolas.

    As premiações pretendem valorizar iniciativas que mobilizem a comunidade escolar e sejam fáceis de serem aplicadas em outras realidades. Todos os níveis são atendidos, desde a educação infantil (Concurso de Cartografia, por exemplo) até a Educação de Jovens e Adultos (Prêmio Crer para Ver – Inovando a EJA).

    Normalmente são concedidos prêmios para estimular o estudo de disciplinas específicas, como o Concurso de Redação Ler é Preciso, o Prêmio Ciências no Ensino Médio e a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), mas também são reconhecidas experiências bem-sucedidas, como é o caso dos municípios que aplicam a verba da alimentação escolar de maneira correta (Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar).

    Experiências – Além do Concurso de Cartografia para as crianças, são oferecidos mais dois prêmios internacionais: o Prêmio Histórico-Literário Caminhos do Mercosul, que permite a troca de experiências entre adolescentes latino-americanos que estejam cursando o ensino médio; e o Prêmio Ibero-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, criado  para divulgar a obra de autores que escrevem em português e em espanhol.

    “Os prêmios têm como objetivo detectar no sistema as experiências que tiveram êxito. E, com a divulgação, mais municípios e estados podem conhecê-las. Começamos a publicar essas experiências a partir do ano passado. Evidentemente acabam também despertando a curiosidade dos alunos para pesquisas, o que é ótimo”, afirma Jeanete Beauchamp, diretora do Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC). Confira a lista completa das iniciativas, com informações mais detalhadas sobre inscrições e prêmios.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Consolidar o Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio (Pnlem). Este é o objetivo do Ministério da Educação ao realizar uma pesquisa sobre o uso dos livros das disciplinas português e matemática nas escolas de ensino médio, no período de 26 de março a 10 de abril.

    Para Lúcia Lodi, diretora do Departamento de Políticas do Ensino Médio, conhecer a opinião de diretores e professores sobre os livros, bem como a sua utilização nas atividades escolares, é essencial para o aprimoramento do programa. “Os professores participam do cotidiano dos alunos e é junto deles que podemos identificar a contribuição dos livros didáticos para o processo de ensino e aprendizagem”, explica. Para participar, é necessário preencher um formulário eletrônico.

    Histórico — Em 2005, o Pnlem atendeu a 1,3 milhão de alunos da primeira série do ensino médio de 5.392 escolas das regiões Norte e Nordeste. Elas receberam publicações de português e matemática. Já em 2006, o programa universalizou os livros destas matérias, atendendo a sete milhões de alunos das três séries do ensino médio de 13,2 mil estabelecimentos de ensino do país. E neste ano foram distribuídos 9,1 milhões de obras didáticas de biologia, beneficiando 6,9 milhões de estudantes, em 15,2 mil instituições.

    O ministério também distribuirá 7,2 milhões de livros didáticos de história a todos os alunos e professores do ensino médio, como forma de dar continuidade à universalização do Pnlem, em 2008. Haverá, ainda, a reposição de livros de português, matemática e biologia.

    César Augusto

    Republicada com correção de informações

  • A conservação do meio ambiente é um tema presente em 95,6% das escolas de ensino fundamental do País. A amplitude do debate é resultado de ações dos ministérios da Educação e do Meio Ambiente nos últimos três anos, como formação de professores e alunos, realização de conferências ambientais e criação de grupos jovens para difundir a educação ambiental. Em 2001, a temática era discutida em 60% das escolas.

    Desde 2004, foram formados 69 mil docentes e 21 mil estudantes para trabalhar a conservação do meio ambiente em sala de aula e na comunidade. De acordo com a coordenadora-geral de Educação Ambiental do MEC, Rachel Trajber, a proposta é inserir o tema no cotidiano das aulas para estimular a utilização racional do meio ambiente. “A educação ambiental é feita na ordem inversa, já que as crianças e jovens ensinam os adultos, assim como está ocorrendo com a informática”, explica.

    A 2ª Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente foi outra iniciativa importante, que mobilizou 12 mil escolas, entre os dias 23 e 28 de abril de 2006, em Luziânia (GO). Durante o evento, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os ministros da Cultura, Gilberto Gil, do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Educação, Fernando Haddad, receberam a Carta das Responsabilidades, documento preparado pelos jovens participantes da conferência, com o lema Vamos cuidar do Brasil. A carta reúne de maneira sintética uma série de medidas fundamentais para a conservação ambiental, evidenciando as responsabilidades que os jovens podem assumir.

    A estudante Viviane Ferreira de Matos Silva, de 13 anos, participa intensamente das atividades de sua escola, em Nova Xavantina, e esteve no evento como delegada de Mato Grosso. “Sempre me incomodou o descaso das pessoas com a natureza. Às vezes me sinto muito pequena para tentar fazer algo, mas quando vejo outros jovens com a mesma inquietação, isso me enche de forças.”

    Coletivos Jovens — A coordenadora de Educação Ambiental do MEC destaca também os movimentos juvenis presentes em todos os estados brasileiros. Denominados Coletivos Jovens, os grupos reúnem adolescentes que promovem encontros para difundir a sustentabilidade ambiental com base em três princípios: jovem educa jovem, jovem escolhe jovem e uma geração aprende com a outra. “Como o trabalho é todo desenvolvido entre eles, há uma interação constante e crescente que divulga cada vez mais a educação ambiental”, justifica.

    Flavia Nery

    Confira as notícias do Balanço 2006

  • As universidades federais poderão contratar 2,8 mil professores, cinco mil técnicos administrativos e preencher 600 cargos comissionados para atender o programa de expansão da educação pública superior. Também serão repostos cargos vagos em função de aposentadorias e demissões. O Projeto de Lei nº 3, que altera a Lei Orçamentária de 2007, foi aprovado pelo Congresso Nacional nesta quinta-feira, 8.

    A alteração aprovada por senadores e deputados prevê 7,8 mil contratações por meio de concursos públicos. Depois da assinatura do presidente da República, o Ministério da Educação fará a distribuição das vagas entre as universidades, de acordo com os projetos apresentados pelos reitores. A partir daí, cada universidade lançará seu próprio edital. Nos processos mais rápidos, as novas vagas devem ser preenchidas em cerca de três meses.

    Uma boa parte das vagas corresponde à reposição de professores e funcionários que se aposentaram ou pediram demissão para trabalhar na iniciativa privada. O restante atende a primeira fase do processo de expansão das universidades federais, mais precisamente a interiorização. Serão beneficiados os municípios com significativo potencial econômico e que ainda não ofereciam educação superior pública e gratuita. Cerca de um terço dos cargos em comissão deve ser direcionado para esses novos campi

    Assessoria de Comunicação Social

    * Republicada com correção de dados

  • Os professores de 1ª a 4ª série do ensino fundamental da rede pública têm opção este ano de escolher livros regionais de história e geografia que serão adotados pelas escolas de 2007 a 2009. São 27 títulos de história regional e outros 21 títulos de geografia regional para escolha e cujas resenhas e análises estão no Guia do Livro Didático, que chega às escolas até dia 15 próximo.

    A opção da escola deve ser por um único título de história regional e outro de geografia regional. Deve escolher também um livro de alfabetização e as coleções de ciências, geografia, história, língua portuguesa e matemática, uma de cada área. Até dia 30 deste mês, a escolha dos livros didáticos de 1ª a 4ª série precisa ser feita e enviada ao MEC pelos Correios, por meio de um formulário anexado ao Guia.

    Para os anos letivos de 2007, 2008 e 2009, as unidades da Federação contempladas com livros de Geografia Regional são Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

    Os livros regionais de história, constantes no Guia do Livro Didático deste ano, são dos estados de Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Pará, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso, Bahia, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Pernambuco. Alguns estados têm mais de uma opção para escolha.

    “São obras que propiciam realizar um trabalho diferenciado em salas de aula. Livros avaliados e selecionados por grupos de pesquisa já com experiência na área”, observa Jane Cristina da Silva, coordenadora-geral de Estudos e Avaliação de Materiais Didáticos da SEB/MEC. Além dos livros regionais, os alunos também recebem livros de história geral e geografia geral e das demais disciplinas. O MEC não distribui livros regionais para todos os estados e municípios, uma vez que as editoras não inscreveram livros que atendem a todas essas localidades.

    O Guia do Livro Didático foi encaminhado a 131 mil escolas públicas pelo FNDE, que mandou confeccionar 155 mil exemplares de cada volume. As escolas que não receberem o guia poderão entrar em contato com as secretarias de educação estaduais, que possuem uma reserva técnica, ou com a Central de Atendimento do FNDE, pelo telefone 0800-616161.

    Susan Faria

  • Termina nesta terça-feira, dia 30, o prazo para inscrição no programa Professor Visitante Estrangeiro (PVE), do Ministério da Educação. A duração das bolsas varia de quatro meses a um ano. Já se inscreveram 47 candidatos, de 16 países. As áreas mais procuradas são química, física, ciências agrárias e biologia.

    O MEC concede, anualmente, até duas bolsas por instituição para professores visitantes. Para concorrer, os candidatos devem ter título de doutor há cinco anos e produção científica constante e compatível. Será exigida, ainda, dedicação integral a atividades acadêmicas, como lecionar ou orientar dissertações e teses. Eles também devem ser formados em instituições estrangeiras — não serão aceitos diplomas de instituições brasileiras ou de professores com visto permanente no Brasil.

    O objetivo do programa é melhorar a qualidade dos cursos de pós-graduação no país por meio do convívio com professores estrangeiros com formação acadêmica diferenciada e competência reconhecida. O espanhol Josep Quer é um deles. Há duas semanas no país — no Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina —, o professor, de 40 anos, decidiu passar uma temporada no Brasil para consolidar o intercâmbio de pesquisa com os colegas da América do Sul. “Mais concretamente, com os brasileiros”, disse. Sua área de pesquisa é a linguagem de sinais.

    Josep Quer ressalta a importância do programa para a sua formação. “Sem a bolsa, eu não poderia ter vindo. Foi o argumento para que a instituição de pesquisa autorizasse minha estada aqui”, afirmou.

    Em 2004, houve 50 candidaturas e 43 doutores selecionados. Eles receberam, além da bolsa, passagem aérea de ida e volta e auxílio-instalação. Mais informações sobre o programa no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

    Argentinos são maioria — Cadastro de professores feito este ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) constata a presença de 3.262 estrangeiros entre os 230.830 professores da educação superior brasileira. A presença é maior de argentinos (257), portugueses (194), norte-americanos (151) e franceses (145). A maioria está na Região Sudeste.

    Repórter: Raquel Maranhão Sá

  • Um grupo de 120 professores de história, geografia, artes, português e matemática da rede estadual de educação do Espírito Santo volta à sala de aula em 2009 para receber formação em história da África e relações étnico-raciais. Eles participarão do primeiro curso de pós-graduação, nível de aperfeiçoamento, na temática étnico-racial, aberto pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A formação é prevista na Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

    De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufes, Maria Aparecida Santos Corrêa Barreto, a aula inaugural aconteceu na quarta-feira, 12, em Vitória, mas o primeiro encontro de formação será em fevereiro de 2009. A carga horária é de 200 horas presenciais, que devem ser cumpridas entre fevereiro e novembro do próximo ano.

    O currículo construído pela Ufes segue as diretrizes da Lei nº 10.639/2003. Entre os temas que serão abordados por pesquisadores da instituição, professores convidados e militantes do movimento negro nacional nas aulas, estão a literatura africana e afro-brasileira, violência e relações raciais, estudos sobre a África, relações étnico-raciais no Brasil, territórios quilombolas, saúde e grupos étnico-raciais.

    Como o interesse pelo curso foi além do número de vagas, Maria Aparecida diz que a Ufes definiu uma série de critérios para a seleção, entre eles, que o professor trabalhe em município que pediu o curso no Plano de Ações Articuladas (PAR), que seja efetivo na rede, com graduação e que tenha interesse na temática étnico-racial. O interesse pela área permitiu, por exemplo, que professores de matemática fossem selecionados.

    Para essa pós-graduação, a Universidade Federal do Espírito Santo receberá R$ 150 mil do MEC, por meio do Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). O recurso é para pagar os professores que darão as aulas e os materiais didáticos e pedagógicos. A secretaria de educação do estado vai custear o transporte, a alimentação e a hospedagem dos cursistas.

    Formação nacional – A Ufes integra um grupo de 20 universidades federais e cinco estaduais selecionadas pelo Ministério da Educação para fazer formação de professores da educação básica pública sobre história da África e relações raciais afro-brasileiras. As universidades federais de São Carlos (UFSCar) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) foram escolhidas para elaborar materiais didáticos para uso de professores e estudantes na sala de aula. A UFSCar vai produzir livros para o professor e para o aluno das séries finais do ensino fundamental e a UFRGS vai criar um vídeo sobre a história da África. No conjunto, o repasse para os cursos de formação e elaboração de materiais didáticos soma R$ 3,6 milhões. Os recursos por universidade variam de R$ 100 mil a R$ 150 mil.

    A maior porcentagem de projetos das universidades é para cursos de 180 horas, valor que Leonor Franco, coordenadora geral de diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério (Secad), considera ideal para que o professor se aproprie da abrangência da temática. Mas o MEC financia também cursos de 120 horas. Uma parte pequena das instituições apresentou projetos de cursos rápidos, de 60 horas, para sensibilizar os alunos de suas licenciaturas.

    Segundo Leonor Franco, o número de pedidos de formação de professores nessa área chega a 68 mil, daí a importância das universidades aderirem ao projeto. “É uma demanda desafiadora que vem de todo o país”, diz. Nos planos de ações articuladas (PAR), que é um planejamento para o período 2007 a 2011, 72% dos municípios pediram o curso.

    Ionice Lorenzoni

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