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  • Os professores das 59 instituições federais de educação superior (Ifes) têm prazo até o dia 23 próximo para participar do Censo Bibliográfico. O objetivo desta iniciativa do Ministério da Educação é evidenciar as necessidades bibliográficas dos cursos de graduação das universidades públicas.

    O diretor do Departamento de Modernização e Programas da Educação Superior do MEC, Celso Carneiro Ribeiro, destaca que pela primeira vez a consulta sobre livros é feita diretamente aos professores. "É uma oportunidade de eles dizerem o que precisam", afirmou. De acordo com Ribeiro, o MEC dispõe de R$ 20 milhões (R$ 10 milhões este ano) para equipar as bibliotecas das instituições, o que será feito com base no levantamento do censo. "Uma universidade que preenche corretamente o Censo terá sua necessidade de recursos mais bem refletida", observou.

    A relação das obras constituirá o Censo Bibliográfico da Graduação, cadastro que servirá como ponto de partida para a criação de um portal na internet e para a recuperação dos acervos das bibliotecas. A iniciativa do MEC visa a mapear a bibliografia utilizada nos cursos de graduação das instituições públicas, ampliar e modernizar o acesso da comunidade universitária à informação e possibilitar aos professores compartilhar com os colegas as obras adotadas nas diferentes regiões do país.

    A partir do Censo, o MEC programa a criação de um portal e de um programa de recuperação e qualificação das bibliotecas das Ifes, com a aquisição de obras. Para participar, pela internet, o professor deve informar o número de matrícula no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e o CPF, preencher o cadastro e informar os livros que utiliza e indica nas aulas.

    Outros portais - Ao estimular a criação de um portal bibliográfico da graduação, o MEC segue a mesma filosofia de democratização da informação que levou à criação do Portal de Periódicos, do Portal de Acesso Livre e do Portal Domínio Público.

    O Portal de Periódicos é uma biblioteca virtual, de fácil acesso à informação científico-tecnológica mundial, mantida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e utilizada por 163 instituições de ensino superior do país. Estão reunidos 9.530 documentos, com textos completos, que cobrem todas as áreas do conhecimento e 105 bases referenciais. Mais de 1,3 milhão de pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação utilizam as informações científicas do portal.

    A Capes mantém, ainda, o Portal de Acesso Livre, que coloca à disposição do público periódicos com textos completos, bases de dados referenciais, com resumos, patentes, teses e dissertações, estatísticas e outras publicações de acesso gratuito na internet selecionadas pelo nível acadêmico. Além desses textos, os pesquisadores têm à disposição 17 páginas eletrônicas que oferecem periódicos de acesso gratuito, bases de dados referenciais com indexação e memórias de documentos científicos e estatísticas mantidas por organismos nacionais e internacionais.

    O Portal Domínio Público é uma biblioteca digital, de acesso gratuito. Funciona em parceria com bibliotecas virtuais, editoras, gravadoras e universidades. Contém vídeos digitalizados da TV Escola, como os de literatura brasileira, que apresentam escritores como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, José de Alencar, Lima Barreto, Machado de Assis e Mário de Andrade. Oferece também acesso gratuito a livros de Eça de Queiroz, Aloísio Azevedo, Machado de Assis e William Shakespeare, por exemplo. O usuário tem a opção de baixar (fazer download) os textos e imprimi-los, totalmente ou em parte.

    Repórter: Susan Faria

  • Foto: Wanderley PessoaOs professores das instituições federais de ensino superior (Ifes) terão a carreira reestruturada e direito a reajuste, retroativo a 1o de janeiro deste ano, sobre os incentivos de titulação. Os benefícios constam da Medida Provisória nº 295, publicada nesta terça-feira, dia 30, no Diário Oficial da União. A medida concede também reajuste linear de 12% sobre o vencimento básico dos professores de primeiro e segundo graus dos centros federais de educação tecnológica (Cefets), das escolas técnicas e agrotécnicas federais, do Colégio Pedro II e dos colégios de aplicação das universidades federais. O reajuste é retroativo a 1o de fevereiro.

    De acordo com Maria do Socorro Mendes Gomes, coordenadora-geral de gestão de pessoas do Ministério da Educação, a medida provisória beneficia cerca de 90 mil professores — 70 mil de universidades. Dentre os benefícios aos professores de ensino superior está a criação da carreira de docente associado, que ampliará a possibilidade de progressão funcional dos profissionais que chegaram ao nível 4 da carreira. Hoje, oito mil professores nessa situação poderão ascender ao nível de docente associado, após avaliação de desempenho acadêmico. O ingresso de docentes associados vai vigorar a partir de 1o de janeiro, com efeito retroativo da recomposição salarial. Nos próximos dias, o MEC regulamentará os critérios da avaliação.

    Titulação — O aumento dos percentuais de titulação tem efeito retroativo a janeiro último. O professor-doutor, que ganhava 50% sobre o vencimento básico, terá 75%. Para os que têm título de mestre, o percentual subirá de 25% para 35%. O professor com especialização passará de 12% para 18%. Aqueles com título de aperfeiçoamento — antes não tinham ganhos por titulação — passam a ter 7,5% sobre os vencimentos.

    “Estamos trabalhando com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para acelerar o pagamento desses reajustes, com a perspectiva de corrigir a folha de pagamento de junho, que é paga no início de julho”, explicou Maria do Socorro. Segundo ela, a medida provisória traz alteração na pontuação da Gratificação por Estímulo à Docência (GED), tanto para professores que estão na ativa quanto para aposentados. A mudança vigorará a partir de 1o de julho. “Houve uma aproximação da equiparação da pontuação da GED dos aposentados em relação aos ativos”, disse Maria do Socorro.

    Para os professores de primeiro e segundo graus, outra novidade é a criação da classe especial, uma demanda histórica da categoria, que vai possibilitar tanto a ampliação da carreira quanto a melhoria salarial dos professores da classe E, a partir do tempo de serviço. Aqueles com oito anos de efetivo exercício e grau de mestre ou de doutor poderão passar para a classe especial. Também poderão entrar nessa classe os que tiverem 15 anos de exercício, independentemente de ter mestrado ou doutorado.

    Repórter: Susan Faria

  • Professores na função de formadores, de supervisores de cursos ou de tutores vão receber bolsas de estudos e pesquisas, como estabelece resolução divulgada nesta quinta-feira, dia 7, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC).

    As bolsas serão oferecidas pelos programas de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil) e de Formação de Professores em Exercício (Proformação) do Ministério da Educação. O período de duração das bolsas será de até dois anos.

    O Proinfantil oferece curso em nível médio, a distância, a professores da educação infantil em exercício nas creches e pré-escolas da rede pública de estados e municípios e da rede privada sem fins lucrativos.

    O curso do Proformação habilita o professor para o magistério na modalidade normal, em parceria com estados e municípios. O programa tem como principal foco o professor sem formação específica que leciona nas quatro séries iniciais, em classes de alfabetização ou na educação de jovens e adultos na rede pública de todo o país. Este ano, foram formados mais de 32 mil professores. No próximo, serão beneficiados mais 2,8 mil.

    O pagamento das bolsas será de responsabilidade do FNDE. A avaliação e o monitoramento dos projetos caberão às secretarias de Educação a Distância (Seed/MEC) e de Educação Básica (SEB/MEC). (Assessoria de Imprensa Seed)

  • Os ministros da Educação, Fernando Haddad; da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armando Félix, lançaram oficialmente nesta segunda-feira, dia 29, em Brasília, o curso de prevenção ao uso de drogas para educadores de escolas públicas. A iniciativa vai capacitar 20 mil professores da quinta à oitava série do ensino fundamental e do ensino médio para conviver com situações de uso de drogas entre os estudantes ou familiares.

    De acordo com o ministro da Educação, o curso é fundamental porque vai ensinar aos educadores a forma mais adequada de administrar a questão. “Muitas vezes, o professor até sabe identificar o problema, mas nem todos eles têm a facilidade ou a capacitação necessária para conversar com o aluno e tratar o problema da forma adequada”, explica.

    Os educadores que concluírem o curso, oferecido na modalidade a distância, serão capazes de desenvolver programas de prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco no contexto escolar. Além disso, saberão encaminhar os problemas detectados às redes de serviços de atenção aos usuários e familiares existentes na comunidade.

    Jorge Armando Felix disse que o curso é idealizado para que cada escola defina suas estratégicas de prevenção a partir da realidade local. “Queremos que o professor trabalhe o tema sem preconceito, medo ou banalização”, declarou.

    Álcool e tabaco — Dados da Secretaria Nacional Antidrogas revelam que 65% dos estudantes de ensino básico de escola pública já consumiram álcool alguma vez na vida. O tabaco e a maconha são os outros entorpecentes mais usados. A média de idade dos alunos que consumiram bebidas alcoólicas pela primeira vez é de 12,5 anos.

    Durante o processo de seleção, foram recebidos 33.943 pedidos de educadores de todo o País, para um total de 20 mil vagas. As aulas  começaram no dia 15 de janeiro. Na avaliação da coordenadora do curso na Região Sul, Marilene Nunes, os professores devem atingir o objetivo da proposta. “Espero que eles formem projetos concretos e executem as idéias dentro da escola para que assim consigamos diminuir o consumo de drogas entre os jovens”, afirmou.

    Flavia Nery

  • Professores cegos vão ter a oportunidade de realizar, gratuitamente, um curso específico de revisão de textos em braile, oferecido, pela primeira vez, pelo Ministério da Educação. As aulas serão ministradas de 28 de fevereiro a 10 de março próximo, das 8h às 17h, no Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio. Os participantes do curso, que terá 50 vagas, devem ser usuários do sistema braile e ter escolarização mínima de nível médio.

    Após o curso, que terá um módulo presencial de 80 horas e um a distância de 40 horas, os professores firmarão compromisso para atuar como revisores durante um período mínimo de dois anos. Eles poderão trabalhar na adaptação e transcrição de livros didáticos e como revisores de textos para garantir a qualidade do material produzido em braile pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

    As secretarias de educação municipais e estaduais, instituições federais e organizações não-governamentais para cegos de representatividade nacional indicarão os participantes do curso, que precisarão ter suficiente domínio dos documentos normatizadores da aplicação, produção e uso do sistema braile no Brasil.

    Em 2002, o MEC enviou a três mil escolas e instituições que trabalham com cegos publicações como Grafia Braile para a Língua Portuguesa, Normas Técnicas para a Produção de Textos em Braile, Grafia Química Braile para uso no Brasil e Código Matemático Unificado. Esse material está esgotado, mas deve ser reeditado pelo MEC.

    Capacitação - A professora Maria Glória Batista Mota, consultora da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), destaca que o MEC vem investindo na capacitação de recursos humanos para os 33 centros de apoio pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual e núcleos de apoio pedagógico e produção braile. Ela destaca que o livro didático é o principal e o mais importante instrumento para professores e alunos. O curso de revisão oferecido pelo MEC será importante para que o aluno cego brasileiro receba um livro de qualidade.

    O sistema braile, utilizado universalmente, foi criado na França entre 1824 e 1825 por Louis Braille, que nasceu em 1809 e ficou cego aos cinco anos de idade.

    Mais informações sobre o curso pelos telefones (61) 2104-8642, 2104-8552 e 2104-9259.

    Susan Faria

  • Mais de 2,2 mil professores da primeira à quarta série do ensino fundamental, em cinco estados, farão este ano um curso de formação continuada em ciências e matemática. O curso foi solicitado ao Ministério da Educação por diversas prefeituras nos planos de ações articuladas (PAR). A formação será ministrada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), instituição que integra a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica, composta por 19 universidades.

    A particularidade do curso da Unesp é que 80 das 120 horas serão presenciais e oferecidas durante dez sábados seguidos. As outras 40 horas vão ser destinadas a estudos complementares, leitura, desenvolvimento de projetos na sala de aula, troca de experiências com colegas e a tirar dúvidas com os tutores. De acordo com a coordenadora de formação da Unesp, Maria Isabel Freitas, é importante que o professor traga a experiência de sala de aula, que se envolva com a temática do curso e que se aproprie dos novos conhecimentos e habilidades e os incorporem na sua prática.

    Na formação, os professores vão estudar os conteúdos em pares de cadernos temáticos — um de ciências e outro de matemática. Maria Isabel explica que o curso estimula os professores a ampliar os conhecimentos nas duas áreas, que são complementares.

    Participarão da formação 884 professores de municípios do Piauí, 495 do Amazonas, 350 de Mato Grosso do Sul, 309 de Mato Grosso e 227 de São Paulo. O curso será ministrado por 101 tutores — estão recebendo capacitação de 120 horas — em instalações das secretarias estaduais e municipais de educação nas cidades-pólo. Para receber o certificado de extensão de 120 horas, os professores apresentarão um seminário de avaliação nas capitais, na presença dos coordenadores da Unesp e dos tutores.

    O curso tem início assim que a universidade conclui, em cada estado, a capacitação de tutores.

    Desafio — Com professores de quatro regiões do país, o desafio da universidade, segundo Maria Isabel, é buscar o melhor aproveitamento de cada um deles. Para a coordenadora, o bom desempenho no curso está diretamente associado ao estímulo que o professor recebe. “Um secretário de educação que facilita a participação do professor, ao oferecer tempo de estudo ou colocar um substituto, vai contribuir para o sucesso da formação”, explica.

    Para evitar que os professores tenham de faltar às aulas de formação para cumprir o horário na escola, a Unesp escolheu dez sábados para as aulas presenciais. Até agora, diz a coordenadora, apenas a secretaria de educação de São José dos Campos (SP) pediu para a universidade dar o curso em um dia da semana, pois vai liberar das tarefas escolares os cem professores inscritos.

    Ionice Lorenzoni

    Republicada com correção de informações

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  • As secretarias de Educação Superior (Sesu) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) divulgaram na segunda-feira, 15, a lista de instituições de ensino superior selecionadas para o programa Uniafro. A ação coloca em prática a Lei 10.639/2003, que trata do ensino obrigatório da história da África e da cultura afro-brasileira nas redes de educação básica públicas e privadas.

    Duas instituições, a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), serão responsáveis pela elaboração de material didático-pedagógico, com recursos totais de R$ 257,6 mil. Outras 25 foram selecionadas para a formação continuada de professores. Para essas, será destinado um total de R$ 3,6 milhões.

    Para formalizar o convênio, as instituições devem enviar a documentação necessária ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) até o dia 30 de setembro. A partir de então, cada uma seguirá seu próprio cronograma de elaboração do material, no caso da Ufscar e da Ufrgs, e de formação de professores. A meta é formar 6.195 docentes até 2010.

    Durante a formação, por ser continuada, os professores já poderão aplicar os conhecimentos adquiridos sobre a temática nas escolas em que trabalham, nas aulas de história, literatura e educação artística, principalmente. De acordo com a lei, o conteúdo programático deve incluir a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

    Letícia Tancredi

    Veja o resultado da seleção.

  • O Ministério da Educação lançou edital nesta sexta-feira, 18, convocando as instituições de ensino superior a constituir uma Rede de Educação para a Diversidade, no âmbito da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Está no centro deste projeto a qualificação de professores da educação básica em oito áreas da diversidade, atendendo a pedido apontado pelos Planos de Ações Articuladas (PAR), elaborados pelas prefeituras. A expectativa do ministério é abrir 75 mil vagas para professores e gestores em 2008.

    O projeto envolve as secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e Educação a Distância (Seed), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os cursos, todos na modalidade semi-presencial oferecidos nos pólos da UAB, serão de extensão, especialização e aperfeiçoamento, com carga horária de 40 horas a 360 horas.

    Os cursos pedidos pelo MEC às instituições que farão parte da rede serão nas áreas de diversidade e cidadania, relações étnico-raciais, gênero e diversidade, formação de tutores e educação de jovens e adultos, do campo, ambiental, integral e integrada. Além de cursos de formação, o ministério também vai receber propostas para gestão do portal da rede de formação para a diversidade.

    O edital propõe a criação de uma rede de instituições públicas e privadas e determina que, em 2008, o projeto será executado somente com instituições públicas federais, estaduais e municipais. O prazo para cadastro das instituições é de 90 dias, contados da publicação do edital. Todas as etapas do cadastro e envio de propostas estão detalhados no edital.

    Ionice Lorenzoni

  • O Ministério da Educação convoca as instituições públicas de educação superior a apresentar projetos de cursos de licenciatura em educação do campo. Em contrapartida, o ministério entra com incentivos financeiros e apoio técnico. Um edital de chamada pública foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 24.

    Os recursos para incentivar a formação de professores são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A ação está no âmbito do Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo, coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). O assunto também foi discutido durante a Conferência Nacional da Educação Básica, realizada entre os dias 14 e 18 deste mês. A demanda, aparentemente óbvia, não era apenas pela presença de escolas e professores na zona rural e sim por instituições de ensino que contemplem as especificidades do campo.

    “Numa mesma comunidade existem diversos grupos com identidades culturais, hábitos e regionalismos diversos”, explicou, durante a conferência, a professora Edla de Araújo, especialista em educação do campo.

    A escola desenvolvida para os moradores da zona rural deve, de acordo com os especialistas, seguir um padrão que não tenha a cidade como modelo e que contemple conteúdos como métodos de plantio e combate natural às pragas, por exemplo.

    Ana Guimarães

    Veja o edital publicado nesta quinta-feira.

  • O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira, 6, a nova estrutura da tabela de remuneração para os docentes das universidades federais. O evento contou com a participação do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (ProIfes).

    O anúncio foi feito após três meses de negociações entre os ministérios da Educação e do Planejamento e os representantes dos sindicatos e associações docentes. Entre 2008 e 2010, os professores das universidades federais (dependendo da classe, titulação e regime de trabalho) irão receber aumentos que representam ganhos salariais e reposição de perdas.

    De acordo com o presidente do ProIfes, Gil Vicente Reis, os aumentos ocorrerão em três etapas. A primeira, explicou, está prevista para ocorrer em março do próximo ano; a segunda, em julho de 2009; e a última, em julho de 2010.

    Os professores adjuntos com doutorado, em regime de dedicação exclusiva, poderão progredir para a classe de professor associado e obter aumento substancial. “A remuneração, que hoje é de R$ 5,9 mil, deve chegar a R$ 7,9 mil, em 2010, um ganho de 32,3%. Para os professores titulares, com dedicação exclusiva e doutorado, que hoje recebem R$ 7,3 mil, atingirão mais de R$ 11,7 mil em 2010”, explicou.

    Quanto ao impacto que esse aumento trará, Reis explicou que “no próximo ano a previsão é de que será investido cerca de R$ 1,7 bilhão na folha dos docentes; em 2009, o recurso será de R$ 2,4 bilhões; e, em 2010, poderá chegar próximo a R$ 3 bilhões”.

    Para o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, a sociedade é a maior beneficiada por essas ampliações. “Os professores ganham, mas a sociedade é a verdadeira beneficiada, pois estamos investindo para que os docentes se sintam estimulados, com salários compatíveis, para desempenhar melhor seus ofícios, sejam eles de ensino, pesquisa ou extensão.”

    Mota disse ainda que “esse acordo é uma vitória para todas as partes, pois atende a demandas históricas dos professores, de forma muito especial tornando a carreira muito estimulante aos jovens doutores que estão ou pretendem ingressar nas universidades federais”.

    Assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação Superior

  • Os Ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (ProIfes) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fecharam, na noite de quarta-feira, 5, acordo que propõe nova estruturação da tabela remuneratória dos professores das instituições federais de educação superior. Com isso, os professores universitários terão ganhos salariais e reposição de perdas.

    De acordo com o presidente do ProIfes, Gil Vicente Reis, as propostas do governo atendem demandas históricas. “Nos últimos 20 anos, não houve nenhum acordo como este. Isso é uma revolução para a educação superior brasileira”, comemorou.

    A partir da assinatura do acordo, será elaborado projeto de lei, a ser encaminhado ainda este ano ao Congresso Nacional para votação. Segundo o secretário de educação superior do MEC, Ronaldo Mota, as modificações ocorrerão ao longo dos próximos quatro anos. “As propostas definem que entre 2008 e 2010 os professores das universidades federais, dependendo da classe, titulação e regime de trabalho, recebam aumentos salariais significativos. Além disso, a proposta aprimora a atual estrutura e torna a carreira do magistério superior mais atrativa para a permanência de quadros qualificados nas nossas universidades”, destacou Mota.

    A carreira dos professores das universidades federais está estruturada em três regimes de trabalho (20 e 40 horas e dedicação exclusiva), cinco classes (titular, associado, adjunto, assistente e auxiliar) e cinco níveis de titulação (graduação, aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado).

    Assessoria de Comunicação Social

  • O Programa Professor Visitante Sênior nos Estados Unidos está com inscrições abertas até o dia 13 de abril. Desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), em parceria com a Comissão Fulbright, o programa possibilita a inserção acadêmica de professores brasileiros de destaque, de diferentes áreas do conhecimento, em instituições de ensino superior norte-americanas.

    Os professores irão ministrar aulas, fazer pesquisas e desenvolver atividades de orientação científica, divulgando a ciência, a tecnologia e a cultura brasileiras. Para se candidatar é necessário ter título de doutor há, no mínimo, cinco anos, estar credenciado como professor e orientador em programas de pós–graduação reconhecidos pela Capes, ter atuação acadêmica qualificada na área, ter somente nacionalidade brasileira e falar inglês fluentemente. Serão oferecidas dez vagas.

    Benefícios — Os candidatos selecionados receberão passagem de ida e volta, auxílio-hospedagem, seguro-saúde e bolsa mensal no valor de US$ 4 mil (cerca de R$ 8.400). As atividades terão início em setembro de 2007, início do calendário letivo americano. Mais informações e inscrições na página eletrônica da Capes. (Assessoria de Imprensa da Capes)

  • Criados 45.660 cargos efetivos de professor e de técnico administrativo em instituições federais de educação profissional, tecnológica e superior. (Foto: João Bittar)A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal aprovou na terça-feira, 17, o Projeto de Lei nº 91, deste ano,  que cria 45.660 cargos efetivos de professor e de técnico administrativo em instituições federais de educação profissional, tecnológica e superior. O dispositivo também abre 7.597 cargos em comissão e funções gratificadas para as mesmas instituições.

    O projeto, enviado pelo Ministério da Educação, tramita em regime de urgência e já foi aprovado pela Câmara dos Deputados. No Senado, o texto tramita simultaneamente nas comissões de Educação, Cultura e Esporte e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Deve, ainda, ser votado pelo Plenário.

    De acordo com o relator do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS), as universidades federais e os centros federais de educação tecnológica enfrentam fase difícil por estarem impedidos de repor recursos humanos com regularidade. “Em boa hora, o governo federal mudou a política que restringia o crescimento da oferta de cursos profissionais e de graduação em nível superior”, destacou.

    As vagas significam a efetivação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e do Plano de Expansão das Escolas Técnicas Federais.

    Assessoria de Imprensa da SESu

  • O plano estratégico para formação de professores em Mato Grosso deve ser concluído em 30 dias. Esta é uma das definições do encontro que reuniu dirigentes do Ministério da Educação responsáveis pelo desenvolvimento do Plano de Ações Articuladas (PAR) e representantes do governo do estado, de universidades, instituições nacionais e locais.

    Os representantes do MEC apresentaram programas e metas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), além da reestruturação da rede técnica federal e estatísticas do sistema Educacenso.

    O secretário de Educação do estado, Ságuas Moraes, identificou dois problemas principais em Mato Grosso. A oferta de cursos de formação inicial e continuada para professores por parte de mais uma instituição e o reduzido número de professores em áreas como física, matemática, biologia e química. Para o secretário, o ideal é que os professores sejam concursados por área, não por disciplina, como ocorre, e tenham condições de ficar em uma única escola. “Isso possibilitará que estes professores tenham condições de conhecer bem o projeto pedagógico escolar e consigam melhores resultados na qualidade de ensino”, destacou.

    A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, também defendeu a necessidade de o professor ter dedicação a uma única escola. “Não adianta gastar milhões em cursinhos que o professor faça nos fins de semana, pouco produtivos”, afirmou. “Temos de garantir uma formação que integre o professor ao dia-a-dia da escola.”

    O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, destacou a importância de planejar a oferta dos cursos de licenciatura para suprir a necessidade de professores nas diferentes regiões do estado, além de procurar adequar os já existentes à realidade da escola. “É fundamental que não haja duplicidade e sobreposição na oferta dos cursos de formação.”

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • “A saudade dói, mas temos de nos arriscar para garantir um futuro melhor para nós e para a nossa comunidade”, diz Lucimário do Carmo de Paula, de Formosa, Goiás. Ele é um dos 55 alunos do curso de licenciatura em educação do campo que teve início na última semana de outubro, no campus de Planaltina da Universidade de Brasília (UnB). Casado, 30 anos, dois filhos, Lucimário sabe que não será fácil ficar longe da família, mas está convicto de que o sacrifício vai valer a pena. “É difícil ter uma oportunidade igual a essa”, salienta.

    O curso, com duração de quatro anos (3.525 horas de aula), adota a estratégia de tempo-escola e tempo-comunidade. Ou seja, os alunos passam cerca de 60 dias na instituição, em regime de internato, com oito horas diárias de atividade, e 120 dias na comunidade onde vivem. No período de aulas, ficam hospedados na Escola Técnica de Planaltina. “Queremos garantir que o acesso à educação superior não seja condição que obrigue os estudantes a deixar de viver e morar no campo”, explica a coordenadora da licenciatura na UnB, Mônica Castagna Molina.

    Os estudantes são oriundos da área rural e querem atuar no campo. “Essa licenciatura é parte da estratégia do governo federal de criar táticas para possibilitar a expansão da oferta da educação básica no campo, formar mais educadores e garantir que tenham a titulação exigida pela legislação educacional brasileira”, salienta Mônica.

    Os integrantes da turma provêm de 20 comunidades rurais das cidades-satélites do Gama, Planaltina, Recanto das Emas e São Sebastião (DF); dos municípios de Cavalcante, Formosa e Planaltina (GO); Barra do Bugres e Tangará da Serra (MT) e Anastácio, Angélica e Ponta Porã (MS).

    O curso vai formar educadores para trabalhar nos anos finais do ensino fundamental e médio. A diferença é a formação para a docência multidisciplinar. O diplomado será habilitado para atuar como professor em uma das grandes áreas do conhecimento (artes, literatura e linguagens e ciências da natureza). Poderá, assim, lecionar em mais de uma disciplina da área que escolher.

    Oportunidade — Para Luernandi Alves de Miranda, 21 anos, de Barra do Bugres, fazer o curso é uma maneira de ajudar a desenvolver projetos dentro da comunidade onde reside. Morador de um sítio, com os pais e cinco irmãos, onde se cultivam bananas, ele é o único da família a ter a oportunidade de fazer um curso superior. “Meus pais acharam muito bom eu poder participar,” destaca.

    A expectativa de Rosana da Silva Moreira, 23 anos, casada, uma filha e novamente grávida, é, depois de formada, levar um ensino melhor a quem mora no campo. “Meu marido não gostou muito da idéia de eu ficar tanto tempo fora de casa, mas ele acaba se acostumando”, aposta Rosana, moradora do assentamento Antônio Conselheiro.

    “A zona rural precisa de professores que gostem de estar lá e que abracem mesmo a causa”, destaca Núria Renata Alves Nascimento, 27 anos, solteira, moradora da comunidade calunga de Engenho II, em Cavalcante. Professora concursada do estado, em caráter temporário, ela dá aulas na comunidade desde 2004. “Adoro dar aulas. É a minha paixão.”

    A licenciatura em educação no campo da UnB é um projeto do Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo), da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad). Além da UnB, participam do Procampo as universidades federais de Minas Gerais, da Bahia e de Sergipe.

    Saiba mais sobre educação no campo no Jornal do Professor.

    Fátima Schenini

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  • Nascida em Várzea Grande, Mato Grosso, Maria Auxiliadora de Oliveira é professora há 23 anos. Na família, as três irmãs também dedicaram a carreira à educação. “Lá em casa, é assim: todas as mulheres são professoras. Minha mãe, apesar de não ser professora, fez questão que estudássemos pedagogia”, conta. Segundo Maria Auxiliadora, quando tem almoço de família, a casa se transforma em uma sala de professores. As irmãs trocam experiências e discutem projetos e metodologias.

    Apaixonada pela profissão, ela já ganhou três prêmios nacionais. Entre eles, o Professores do Brasil de 2007. “Sempre procuramos inovar, trazendo um projeto diferente. Já estamos inscritas no concurso deste ano”, diz. Maria  Auxiliadora destaca a ajuda da professora Isabel Cristina Corrêa Ribeiro, com quem realiza os projetos há mais de 10 anos. “Sem ela, não teria conseguido.”

    Para a professora, trabalhar com projetos é a melhor forma de envolver alunos, pais e comunidade escolar. “Já chegamos a um patamar no qual as próprias crianças propõem as atividades”, afirma. Ela destaca, ainda, que os projetos ajudam as crianças a desenvolver o senso crítico e a ter opinião própria.

    O segredo para tanto sucesso é simples. Basta associar brincadeiras ao processo de ensino e aprendizagem. Em Cuiabá, na Escola Municipal de Educação Básica Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, onde leciona há 14 anos, Maria  Auxiliadora desenvolveu o projeto Cor e Som: Há Vida em suas Mãos. Aproximadamente 40 crianças de sete anos de idade foram alfabetizadas com música. “Nosso objetivo era estimular o interesse e a curiosidade das crianças, ampliando seu conhecimento e as situações de aprendizagem. Com os gêneros musicais, refletimos sobre as relações de respeito, amizade, auto-estima e propiciamos às crianças o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social”, explica.

    Com base no projeto político-pedagógico da escola, que prima pela interdisciplinaridade, Maria Auxiliadora elaborou inúmeras atividades. Os alunos produziram um CD e um DVD com músicas para o Dia das Mães,  conheceram danças de diferentes épocas, trabalharam com as letras de músicas de vários estilos, passearam pelo centro cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), conheceram um pouco sobre música e instrumentos musicais e pesquisaram a evolução da música, entre várias outras atividades.

    Além da premiação do ano passado, os projetos da professora mato-grossense renderam prêmios nacionais em 2001 e 2004. Para ela, isso significa que está trabalhando na direção certa. “É bom saber que estamos caminhando no rumo certo. Se queremos mudar o mundo, precisamos trabalhar com as crianças.” 

    Renata Chamarelli

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    Matérias publicadas no Portal do Professor

  • Plataforma educativa está disponível para download no site da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

     

    A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Aline Teixeira, transformou uma brincadeira com os filhos em casa em uma versão de jogo de dados para contar histórias sobre o coronavírus para crianças. O passatempo “Xô Corona” nasceu da ideia de entreter e educar a garotada durante a pandemia.

    O jogo foi criado para o programa de extensão #UFUemCasa. A docente atribuiu superpoderes a itens importantes para o combate ao coronavírus, como é o caso do “Super Álcool em Gel” e do “Super Sabão”. Ela acredita que essa é uma forma lúdica de a criança entender a importância da higienização correta, a fim de evitar o contágio.

    A professora observou, ao cuidar dos filhos em casa, como o isolamento social e a mudança abrupta de rotina deixaram as crianças ansiosas nesses últimos tempos. O jogo surge nesse cenário, para entreter os pequenos em um momento de menor contato com amigos e ao mesmo tempo ensiná-los o que tem ocorrido no mundo.

    “Nem sempre explicar de forma técnica e científica faz sentido para os pequenos. Por meio da brincadeira, eles têm mais facilidade de assimilar as informações”, afirmou a docente.

    Segundo Aline, a participação dos filhos na criação da versão temática e no resultado final do passatempo foi essencial. Ela disse que, ao desenhar a primeira imagem do vírus, a filha falou que as crianças iriam gostar do coronavírus, pois ele tinha ficado “fofinho”. “Eu queria romper o medo das crianças da pandemia, mas com informação, não com fantasia”, explicou.

    “Xô Corona” – O jogo está disponível para download no site da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFU. Para jogar, o participante deve soltar todos os dados de uma vez e, a partir do sorteio das faces, criar uma história. Caso haja mais de um participante, é necessário continuar a história do primeiro jogador.

    É importante seguir as instruções de recortes e dobras, além de se atentar ao formato de folha adequado para impressão, para que não haja problemas na montagem dos dados. Colorir as imagens é opcional.

    Assessoria de Comunicação Social, com informações da UFU


  • O livro Atendimento Educacional Especializado para Deficiência Mental, de autoria da professora Maria Teresa Eglér Mantoan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi lançado nesta quarta-feira, 13, em parceria com o Ministério da Educação. O lançamento ocorreu durante o 2º Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, organizado pela Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC), realizado no Hotel San Marco, em Brasília, até a próxima sexta-feira, 15.

    Maria Teresa, que proferiu palestra sobre o atendimento educacional especializado para deficiência mental, garantiu que dentre as deficiências apresentadas, a mental requer um atendimento mais complexo, mas que esse aluno também pode ser incluído na escola comum. "O aluno com deficiência mental tem condições de ser incluído e a garantia dessa inclusão é o atendimento educacional especializado", afirmou a educadora.

    A inclusão de crianças em escola comum com outras deficiências como: surdocegueira, auditiva, cegos ou com baixa visão também foram temas discutidos nesta quarta-feira, no seminário. Shirley Rodrigues Maia, presidente do Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial, defendeu que para obter êxito no processo de inclusão de um deficiente com surdocegueira é necessário levar em consideração a importância do profissional guia-intérprete ou do instrutor-mediador, porque eles serão a conexão do deficiente com o mundo que o rodeia.

    Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), referentes ao Censo Escolar 2004, revelam que o país tem 470.561 alunos com necessidades especiais. Destes, 76.531 estão matriculados em classes especiais; 99.178 já foram incluídos em classes comuns e 294.852 estão matriculados em classes exclusivamente especializadas.

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A professora de educação física do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (Cefet-BA) Claudete Blatt será a auxiliar técnica da seleção brasileira de basquete nos Jogos Pan-Americanos de Surdos, que vai ocorrer em setembro, na Venezuela. Com ela, vão para o campeonato quatro atletas integrantes do Centro de Surdos da Bahia (Cesba), organização não-govertitle_aliasntal que participa de um dos projetos de extensão que o Cefet-BA desenvolve na área do esporte.

    A parceria entre o Cefet e o Cesba acontece há um ano. Durante esse período, a professora Claudete dá aulas de basquetebol para surdos desta entidade. As aulas são nas segundas e quartas-feiras, à noite, no ginásio de esportes. São cerca de 20 alunos, todos homens, com 20 a 30 anos.

    Em recente participação no Campeonato Brasileiro de Surdos, realizado em Porto Alegre, a equipe treinada pelo Cefet-BA conquistou o título de vice-campeã. Com isso, surgiu a convocação de quatro atletas desta equipe para o campeonato da Venezuela e o convite para a professora Claudete compor o corpo técnico da seleção. (Assessoria de Comunicação do Cefet-BA)

  • Duas professoras brasileiras, Fabiana Ribas e Jerusa Garcia, aproveitaram a oportunidade de trabalhar no que gostam e conhecer outro país. Elas foram selecionadas em 2005 para auxiliar na formação em língua portuguesa de professores de escolas primárias do Timor Leste, país do sudeste da Ásia. Voltaram com muitas histórias para contar. Este ano a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC)  abriu novamente a seleção de bolsistas do Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa. As inscrições terminam no dia 12 de janeiro.

    Diante de desafios como pobreza, doenças e conflitos políticos, as professoras relatam como contribuíram para a reconstrução do sistema educacional do Timor Leste. O compromisso de ajuda faz parte do acordo de cooperação internacional firmado entre o Brasil e o Timor Leste.

    Formada em Biologia, mas com experiências em artes, meio ambiente e educação ambiental, Fabiana Ribas, de Caxias do Sul (RS), resolveu se candidatar a lecionar no Timor porque queria doar um pouco de tempo e conhecimento em favor de populações carentes.  O maior desafio foi a falta de material escolar. “A superação teve que ser feita com muita criatividade e dinamismo”, conta.

    Fabiana lembra que também enfrentou problemas com alimentação e  calor. E muitas vezes se viu sozinha na hora de resolver situações difíceis. “Para ultrapassar os obstáculos, é muito importante iniciativa, perseverança e  amor”, aconselha. “A satisfação no rosto do outro é a gratificação, o resultado do trabalho.” O crescimento profissional foi outro aspecto positivo. “Na ausência de apoio técnico, somos testados a desempenhar nossas funções, com o máximo de exigências”, afirma.

    Brasileiros – Segundo Fabiana, os timorenses têm um grande carinho e admiração pelos “irmãos brasileiros”, como são chamados os profissionais que saem do Brasil para trabalhar no Timor.  “Penso que os profissionais das licenciaturas tem uma responsabilidade muito grande para com o povo timorense; eles estão plantando as sementes que brotarão, não só em conhecimento científico, teorias e informações, mas também em virtudes, princípios e valores éticos”, conclui

    Ajuda à humanidade – Jerusa Garcia, de Embu das Artes (SP), foi para o Timor Leste com uma missão: ajudar a humanidade. Trabalhou na Universidade Nacional  e coordenou uma oficina teatral que resultou no espetáculo Planeta Luz, retratando uma proposta de reconciliação entre as facções que lutaram pelo poder no Timor nos últimos tempos, os Lorosaes e Loromonos. Participou de bancas de trabalho de conclusão de curso, foi orientadora de monografia, trabalhou em campos de refugiados com oficina de pintura para crianças e escreveu dois livros, que serão lançados em fevereiro.

    Em meio a tanto trabalho, Jerusa também se deparou com alguns desafios. Um deles era suportar a lentidão com que as coisas aconteciam por lá. “A maneira que encontrei para superar essa morosidade foi aprender a esperar, ter paciência, respeitar o ritmo deles e jamais comparar nada do que se vivencia lá com os referenciais que levamos conosco”, lembra. Outro grande desafio foi ter que driblar o medo de conflitos e brigas de gangues.

    Jerusa afirma que amadureceu muito com essa experiência e passou a valorizar cada detalhe do que deixou no Brasil. “Tudo agora tem um brilho diferente do que tinha antes”, diz.  “Mas é importante que estejamos lá no Timor, ao lado da população, a fim de que eles não se sintam sozinhos e desamparados”, pontua. “O povo timorense ama o Brasil, eles sabem que não estamos lá por dinheiro, mesmo porque as riquezas de que dispomos em nosso país são infinitamente maiores que as deles.”

    O novo edital do programa que envia professores brasileiros ao Timor Leste abriu 13 vagas em diversas áreas do conhecimento. A seleção dos candidatos, que devem comprovar formação mínima em licenciatura plena, será feita pela Capes.  O projeto terá duração de 12 meses e o trabalho começa já em fevereiro. Os selecionados receberão auxílio de US$ 1,1 mil para bolsista e US$ 2 mil para bolsista coordenador local da atividade e, ainda, seguro-saúde, auxílio-instalação e transporte aéreo.

    Letícia Tancredi

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