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  • O único grupo de professores indígenas do país fazendo curso superior em uma aldeia concluiu no final da semana passada a quarta de nove etapas da Licenciatura Intercultural para Professores Indígenas do Alto Solimões, no Amazonas. São 230 professores do povo ticuna e 20 dos povos cocama, caixana e cambeba divididos em seis turmas. As aulas presenciais ocorrem nas férias escolares de janeiro e julho na Aldeia Filadélfia, município de Benjamin Constant, a 1.628 quilômetros de Manaus.

    De acordo com o coordenador do Programa de Formação Superior e Licenciaturas Indígenas (Prolind) do Ministério da Educação, Eduardo Barnes, a licenciatura é oferecida na aldeia para atender a todos os professores que terminaram a formação de nível médio. Quando concluírem a licenciatura, explica, eles estarão aptos a lecionar da 5ª à 8ª série do ensino fundamental e também no ensino médio, que é onde reside a maior falta de professores para escolas indígenas.

    O curso, que é ministrado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), parceira do MEC na iniciativa, tem nove etapas presenciais ― de julho de 2006 a julho de 2010 ― e fases de pesquisas em serviço, que somam 3.440 horas. A estrutura do curso compreende um ciclo básico de cinco etapas que deve ser feito por todos os professores e um ciclo de formação específica de quatro fases. No currículo, explica Eduardo Barnes, é obrigatório o estudo da gestão escolar, que compreende a política da educação brasileira e a organização da educação básica indígena.

    Na parte específica do curso, os professores podem escolher uma entre três áreas de formação. A primeira é Estudos de Linguagem, que se subdivide em duas licenciaturas plenas: línguas indígenas, português, espanhol e literatura; e artes e educação física. A segunda, Ciências da Natureza e Matemática, que prepara em duas licenciaturas: biologia e química; e física e matemática. E a terceira, Ciências Humanas, para as licenciaturas de história e geografia; e antropologia, sociologia e filosofia.

    Pelo Prolind, o Ministério da Educação repassou à Universidade do Estado do Amazonas, R$ 599 mil para a realização das quatro primeiras etapas do curso, entre julho de 2006 e janeiro de 2008. A UEA foi selecionada em 2006 para receber recursos do Prolind, no eixo criação de curso superior intercultural para professores indígenas.

    Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) indicam que o Brasil tem hoje 200 professores indígenas graduados em cursos de licenciatura intercultural e 870, de 49 povos, fazendo formação em universidades públicas federais e estaduais.

    A região do Alto Solimões, que abrange partes do estado do Amazonas, no Brasil, da Colômbia e do Peru, é habitada por cerca de 60 mil ticunas, dos quais 50 mil vivem no Brasil.

    Ionice Lorenzoni

  • Brasília será sede, na próxima semana, entre os dias 26 e 30, no Bay Park Resort Hotel, do Encontro Nacional de Professores Formadores. O evento ocorre semestralmente e participam equipes de cada estado que fazem parte do Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (Proinfantil), uma parceria entre as secretarias de Educação Básica e de Educação a Distância do MEC.

    O encontro pretende favorecer a troca de experiência entre professores e formar professores formadores para os encontros estaduais. Serão reunidos 160 professores formadores e articuladores pedagógicos de educação infantil que irão atuar no segundo semestre deste ano no Proinfantil. Estão programadas palestras, minicursos sobre literatura infantil e linguagens na educação infantil, entre outros temas.

    “Para este encontro foram selecionados profissionais com reconhecida competência em temas da área de educação infantil e do ensino médio”, explicou a coordenadora do Programa de Formação de Professores em Exercício (Proformação), Luciane Sá de Andrade.

    Proinfantil — O Proinfantil é um curso de nível médio, a distância, na modalidade normal. É destinado aos professores da educação infantil em exercício em creches e pré-escolas das redes públicas — municipais e estaduais — e da rede privada sem fins lucrativos.

    Assessoria de Imprensa da Seed

  • A formação de professores para o atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais é uma questão central para o desenvolvimento da educação inclusiva. Entre 2003 e 2004, o Ministério da Educação formou 55 mil professores da rede pública para esse fim, com investimento de R$ 14 milhões. Este ano, outros 40 mil educadores estão sendo formados, a partir de investimento de mais R$ 8 milhões. Serão quase cem mil docentes formados em três anos, em todo o país, com recursos exclusivos da União.

    “Nossa preocupação é garantir o direito e o acesso de todos os alunos à educação regular, além de formar os profissionais para atender da melhor forma todos os alunos”, disse a secretária de educação especial do MEC, Cláudia Dutra.

    Para atender a demanda dos sistemas de ensino, o MEC criou, em 2003, o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. O ministério repassa recursos aos estados e municípios, os quais, com o apoio pedagógico do MEC, formam professores para o atendimento a alunos com necessidades especiais. Os profissionais indicados pelas secretarias estaduais e municipais recebem a formação e, posteriormente, levam os conhecimentos adquiridos aos próprios municípios (municípios-pólo) e às cidades vizinhas. Cria-se, assim, uma rede de formação continuada.

    Entre 2003 e 2004, o programa contou com 106 municípios-pólo, o que possibilitou a formação de 23 mil docentes em 1.869 cidades. Para este ano, com a adesão de 38 novos municípios-pólo, estão sendo formados 29 mil professores, em 2.623 cidades. Ao todo, são 144 municípios-pólo em todos os estados e no Distrito Federal.

    Esse programa, somado a outas ações de formação de professores desenvolvidas pelo MEC, tem proporcionado um crescente atendimento a alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram crescimento de 76,4% na matrícula de alunos portadores de necessidades educacionais especiais em classes comuns — de 110.704 alunos (24,6%) em 2002 para 195.370 (34,4%) em 2004. O Censo Escolar de 2004 aponta um total de 566.753 alunos com matrícula na educação especial, 323.258 deles na rede pública, o que representa 57% das matrículas.

    Legislação — Outro avanço, destaca Cláudia Dutra, é a legislação que trata da formação de professores. “O Conselho Nacional de Educação, nas diretrizes de formação de professores da educação básica, já coloca a prerrogativa na formação inicial, em todas as licenciaturas, de que os professores tenham formação para o atendimento das necessidades especiais dos alunos”, disse.

    Conforme a secretária, esse fato reverte um processo histórico de que apenas alguns professores, de escolas especiais, tinham esse conhecimento. “A formação inicial para todos os professores faz com que nenhum aluno passe a ser estranho a qualquer educador”, afirmou.

    Repórter: Rafael Ely

  • O Brasil tem hoje mais de dois milhões de professores no ensino fundamental e médio, responsáveis pela educação de 50 milhões de crianças e jovens. As mulheres, com idade média de 38 anos, formam a grande maioria (81,5%). Desse total, 65% têm renda familiar entre dois e dez salários mínimos, enquanto 24% recebem entre dez e 20 – o salário mínimo vale R$ 300. Apesar da baixa renda, boa parte demonstra gosto pela profissão. Quase 50% dos professores se declaram mais satisfeitos atualmente do que no início da carreira.

    Os dados, que o MEC divulga dentro de uma série de reportagens para comemorar o Dia do Professor (15 de outubro), constam da pesquisa O Perfil dos Professores Brasileiros, realizada em 2004 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Editora Moderna. O estudo foi feito a partir de questionários respondidos por cinco mil professores.

    Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o Brasil está mais sensível para a causa educacional. “Ao mesmo tempo em que o desafio é muito grande, dada a nossa dívida com os professores do país, é uma felicidade perceber que há uma conscientização muito maior em torno da figura do professor em relação ao passado”, disse.

    Habilitação— De acordo com a pesquisa, 67,5% dos docentes afirmaram ter concluído o ensino superior e 32,5%, o ensino médio. A questão da inadequada habilitação profissional — ter apenas o ensino médio, sem formação pedagógica, ou o ensino superior, sem licenciatura — aparece em todo o Brasil. É mais grave, porém, nas regiões Norte e Centro-Oeste.

    Para melhorar as condições de trabalho e a formação dos educadores, o Ministério da Educação tem dado prioridade à capacitação desses profissionais, ciente da influência positiva da formação continuada no ensino. São seis programas voltados para a formação inicial daqueles sem habilitação legal e atualização. Entre eles estão o Proinfantil, o Proformação, o Pró-Licenciatura, o Programa Universidade para Todos (ProUni), a Universidade Aberta e uma rede universitária de formação continuada de professores, composta por 20 pólos de ensino a distância.

    Repórter: Flavia Nery

     

  • Foto: Júlio César PaesO Ministério da Educação reuniu em Brasília, de 27 de novembro até este domingo, dia 3, 40 professores indígenas que trabalham na educação básica em aldeias de 11 estados. Eles participaram de um curso básico e de oficina de informática e programação visual para aprender a usar equipamentos de informática, abrir novos campos de pesquisa e elaborar  materiais didáticos específicos.

    Com 64 horas de duração, o curso atendeu de forma diferente cada professor, de acordo com o nível de conhecimento da área. Assim, uns começaram com aulas de introdução e outros, de reforço. Mas o compromisso de todos foi produzir um capítulo de um livro da matéria que lecionam e editar texto e imagem com os recursos da informática. O esforço da turma foi grande, segundo Vera Olinda, coordenadora pedagógica do curso e consultora do Ministério da Educação. A maioria dos professores não tem computador na escola na qual trabalha.

    Exemplo deste esforço é o professor Júlio Kamêr Apinajé, de Tocantinópolis (Tocantins). Aos 20 anos, Júlio faz a segunda série do ensino médio e leciona artes para os alunos da quinta à oitava série do ensino fundamental em sua aldeia. Ele não tem computador na escola, mas mantém o sonho de registrar a vida cultural do povo apinajé — danças, pinturas, músicas — em livros, fitas e vídeos. “O mundo muda muito, e nós não queremos perder as nossas raízes”, disse. Júlio fez até a quinta série do ensino fundamental na língua materna e, depois, teve de estudar fora da aldeia porque ali não tinha as outras séries. Na cidade, precisou aprender a língua portuguesa, mas tem orgulho de dizer que voltou à aldeia, onde hoje é professor.

    José Luiz Poyanawa, 27 anos, leciona na Escola Estadual Indígena 13 de Maio, em Manso Lima, Acre. Professor de artes e de ciências naturais da quinta à oitava série do ensino fundamental, cinegrafista, aluno da Universidade Estadual Rural do Acre, ele levou para o curso de informática vários capítulos sobre o etnomapeamento da terra. No trabalho, José Luiz aborda o manejo sustentável dos recursos naturais praticado pelos poianauas e a história desse povo, que tem hoje uma população de 510 pessoas, das quais 229 estudam na educação básica e 12, no ensino superior.

    Em uma aula, por exemplo, ele ensina as crianças e jovens a manejar de forma sustentável a coleta de frutas na aldeia. No caso do buriti, que é uma palmeira, se tiver quatro cachos de frutos, três podem ser colhidos. O outro, explica o professor, fica para as aves e outros animais. Além de se alimentar dos frutos, aves e animais espalham as sementes pela floresta. “Então, alimentam-se, plantam e ainda servem de caça para o povo. Isso é manejo sustentável”, disse. Os poianauas, segundo o professor, ensinam os filhos a proteger a anta, mamífero de porte médio, para que a espécie se reproduza e volte a ser fonte de alimento.

    Os 40 professores que participaram do curso são de 11 aldeias de todas as regiões do País: seis ticunas, do Alto Solimões (Amazonas); 13 macuxis e uapixanas, de Roraima; um poianaua, do Acre; um guarani e quatro terenas, de Mato Grosso do Sul; um xoclengue e um caingangue, de Santa Catarina; um xacriabá, de Minas Gerais; um pataxó, da Bahia; um xucuru e um trucá, de Pernambuco; dois tapirapés, de Mato Grosso; um potiguara, da Paraíba; e um apinajé, do Tocantins.

    A falta do computador nas escolas indígenas de ensino médio deve ser resolvida em 2007, de acordo com Mônica Pechincha, antropóloga e assessora da coordenação de educação escolar indígena do MEC. O programa Diversidade na Universidade prevê atendimento prioritário a escolas indígenas de ensino médio com mais de 35 alunos e que ainda não têm computador. Equipar as escolas, diz Mônica, é parte da política de incentivo à produção de material didático diferenciado, na língua materna ou bilíngüe, para assegurar o direito à diversidade.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaA Universidade Federal de Goiás (UFGO) é a quarta instituição pública de ensino superior a criar, em 2006, curso de licenciatura intercultural para formação de professores indígenas. As outras são as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte (MG), e da Grande Dourados (UFGD), em Dourados (MS), e a Estadual do Amazonas (UEAM), em Manaus (AM).

    A primeira turma da UFGO será formada por 60 professores dos Estados de Goiás e do Tocantins pertencentes aos povos carajá, apinajé, javaé, xerente, guarani e timbira que habitam a região do Araguaia (TO). O curso foi organizado pelo Departamento de Letras da UFGO, mas ele será desenvolvido em parceria com a UFTO e com o apoio financeiro das secretariais de Educação dos dois Estados e da Fundação Nacional do Índio (Funai). Entre os professores selecionados para a primeira turma, 11 são de Goiás e 49 do Tocantins.

    De acordo com a coordenadora do curso, Maria do Socorro Pimentel da Silva, a licenciatura tem duração de cinco anos, de janeiro de 2007 a 2011, dividida em módulos que serão oferecidos em Goiânia (GO), sede da universidade, nos meses de janeiro/fevereiro e julho/agosto, e em pólos nas aldeias. Nas férias escolares os professores indígenas vão à UFGO e durante o ano letivo os professores da universidade vão às aldeias acompanhar a vivência da escola indígena. “Nosso curso foi construído para favorecer o diálogo entre as culturas e os conhecimentos, daí a importância da universidade ir à aldeia”, diz Socorro Pimentel da Silva.

    Cursos – O coordenador de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, informa que 870 professores indígenas estão hoje em cursos de formação superior oferecidos por universidades públicas. Destas instituições, três são federais: a Universidade Federal de Roraima tem 180 professores em formação; UFMG, 140; UFGD, 60. Três são instituições estaduais: a Universidade do Estado de Mato Grosso tem 100 professores (e já formou 200); Universidade do Estado do Amazonas, 250; Universidade de São Paulo, 80. O curso da UFGO começa em janeiro de 2007 com 60 professores.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • A coordenação do Curso de Formação Intercultural de Professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inicia na sexta-feira, dia 7, o primeiro de uma série de sete encontros com as comunidades indígenas do estado para apresentar o formato do curso superior. As aulas começam em 8 de maio e vão até 2 de junho, durante a etapa presencial no campus da UFMG. Depois se desenvolvem em fases a distância nas aldeias.

    Segundo a coordenadora do curso, Lúcia Helena Alvarez Leite, a universidade vai ao encontro do povo Xacriabá no município de São João das Missões, no norte de Minas, de onde vêm mais de 100 dos 141 alunos que iniciam o primeiro curso de graduação para professores indígenas. O objetivo é apresentar à comunidade e aos alunos o projeto e como ele se desenvolverá nos próximos cinco anos.

    A Formação Intercultural de Professores oferecida pela UFMG está estruturada em três eixos: multilinguagens, realidade socioambiental e escola indígena e seus sujeitos. A coordenadora explica que o currículo será flexível, mas que terá disciplinas obrigatórias e optativas. Duas vezes por ano, os alunos terão fases presenciais intensivas; depois, atividades em serviço nas suas escolas e comunidades. Nas etapas a distância, os estudantes serão acompanhados por 12 tutores, alunos de cursos da pós-graduação da UFMG, que terão sob suas responsabilidades grupos de dez a 12 professores cursistas.

    Os recursos para a formação vêm de três fontes: Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para Formação de Professores Indígenas (Prolind/MEC), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Estadual de Educação e a infra-estrutura física e de professores da UFMG. Do Prolind, a universidade terá R$ 500 mil; da Funai, R$ 372 mil; e da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, R$ 89 mil.

    Povos – O primeiro Curso de Formação Intercultural de Professores oferecido pela UFMG vai atender aos sete povos que habitam o estado: Xacriabá, Maxacali, Crenaque, Pataxó, Caxixó, Xucuru-Cariri, Pancararu e Aranã. Os povos que têm menor participação no curso, com um professor cada, são os Pancararu e Aranã.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaA pedagogia e os direitos indígenas são os temas centrais do curso de licenciatura para professores indígenas do Alto Solimões, que começa esta semana, na Aldeia Filadélfia, em Benjamin Constant, Amazonas. A primeira turma do curso superior, que é oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), reúne 220 professores ticunas e outros 30 dos povos cocama, caixana e cambeba, que vivem às margens do Alto Solimões.

    Com duração de cinco anos, divididos em dez etapas presenciais e nove intermediárias, o curso forma professores para trabalhar nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio nas aldeias. O primeiro módulo presencial do curso, explica o coordenador de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, tem duração de três semanas.

    Na etapa seguinte, os professores desenvolverão pesquisas sobre temas de interesse de suas escolas e comunidades usando as metodologias ensinadas na fase presencial. A UEA oferecerá o segundo módulo presencial nas férias escolares, entre janeiro e fevereiro de 2007.

    Parceria – A graduação de professores indígenas oferecida por universidades federais e estaduais recebe apoio financeiro do Ministério da Educação por meio do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para a Formação de Professores Indígenas (Prolind). Os recursos do programa são repassados pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) e pela Secad.

    A UEA, por exemplo, recebeu R$ 500 mil para custear parte dos gastos com alimentação e hospedagem dos professores formadores e cursistas e para a aquisição de materiais didáticos das etapas presenciais de julho e agosto de 2006 e de janeiro e fevereiro de 2007. O curso superior da UEA conta, também, com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngüe (OGPTB) e do Fundo Indígena de Desenvolvimento, organização não-governamental com sede na Bolívia.

    Segundo Kleber Gesteira, recursos do Prolind também apóiam cursos de licenciaturas indígenas já implantados pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Roraima (UFRR) e pela estadual de Mato Grosso (Unemat), além de cursos em fase de elaboração nas universidades federais do Amazonas (Ufam) e de Campina Grande (UFCG) e das estaduais da Bahia (Uneb) e de Londrina (UEL).

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Os professores indígenas Iolanda dos Santos Mendonça e Raimundo Duarte Lima, do povo Potiguara da Paraíba, assumiram, esta semana, mandatos na estrutura da educação do estado. Iolanda Mendonça foi para o Conselho Estadual de Educação (CEE) para um mandato de três anos, e Raimundo Lima, para o Conselho Estadual de Alimentação Escolar (Ceae) para um período de dois anos.

    O CEE tem entre suas funções legislar sobre a educação estadual, analisar projetos e dar parecer. Já o Conselho Estadual de Merenda Escolar controla a aplicação dos recursos da merenda nas redes estadual e municipal. De acordo com o coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Kleber Gesteira, esta é a primeira vez que professores indígenas da Paraíba assumem cadeiras nos conselhos do estado. A abertura, explica, é resultado dos compromissos assumidos pela Secretaria de Educação durante o Seminário Estadual de Educação Escolar Indígena que aconteceu na Paraíba, no segundo semestre de 2004.

    O seminário da Paraíba foi um dos oito realizados pela Secad no ano passado. Esses eventos tiveram como objetivos mobilizar as lideranças e professores indígenas para avaliar a realidade local e apresentar propostas; promover o encontro do MEC com as secretarias estaduais e municipais de educação; e oferecer respostas para as reivindicações dos povos indígenas locais, especialmente a oferta do ensino médio nas escolas das aldeias.

    Potiguara - O povo Potiguara tem cerca de dez mil pessoas que habitam os municípios de Marcação, Rio Tinto e Baia da Traição, no litoral norte da Paraíba. Nos três municípios existem 29 escolas indígenas, das quais, 25 são municipais e quatro estaduais. Estão matriculados na educação infantil, 681 alunos; no ensino fundamental, 2.561; e na educação de jovens e adultos, 552. As primeiras escolas de ensino médio indígenas deverão ser abertas este ano, informa Kleber Gesteira.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O município de São Gabriel da Cachoeira (AM) realiza a partir de segunda-feira, 18, o Magistério 2, curso de formação de professores indígenas organizado em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, com assessoria pedagógica e técnica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). A abertura do evento será nesta sexta-feira, 15, às 10h30, no salão nobre da prefeitura.

    São 297 futuros educadores que, inicialmente, participarão de dez dias de discussão sobre metodologia. Eles só deverão estar formados daqui a quatro anos, após passarem por nove etapas. O objetivo desse longo processo é “suprir a necessidade de cada escolinha ter um professor falante da língua local, para poder trabalhar a cultura de cada grupo”, explica a secretária de educação do município, irmã Edilúcia.

    Em São Gabriel, fala-se sete línguas pertencentes a quatro troncos lingüísticos: aruak, maku, tukano e yanomami. O curso será realizado em cinco regiões, obedecendo a esta divisão. Existem na cidade 23 etnias, que representam cerca de 90% da população total, 33.170 habitantes, segundo dados do IBGE de 2004. O município possui 8% dos indígenas do país, dos quais 8.156 são estudantes, distribuídos em 201 escolas.

    Localizado no noroeste do Amazonas, na fronteira com Colômbia e Venezuela, São Gabriel é a maior cidade do estado e uma das maiores do país, com 109.185 quilômetros quadrados.

    Repórter: Julio Cruz Neto

  • Professores indígenas de cinco estados chegam a Santa Catarina neste final de semana para participar da terceira etapa presencial do Programa de Formação Escolar Guarani da Região Sul e Sudeste, que a Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia inicia na segunda-feira, 25, em Governador Celso Ramos, no Palmas Park Hotel.

    Um grupo de 30 educadores da etnia de escolas catarinenses recebe o secretário de Educação Jacó Anderle e os participantes de fora com um ritual de boas-vindas, às 8h. Das 9h às 12h e das 14h às 18h, os professores participam da oficina Alfabetização em Língua Guarani e Diferença da Fala e da Escrita Guarani. O objetivo é habilitar professores guaranis no magistério, para atuarem nas escolas, como forma de ampliar o acesso da população indígena à educação básica. Os educadores são formados em nível médio para a prática de educação diferenciada, bilíngüe e intercultural, que contemple a realidade sociocultural do povo Guarani.

    Participam 83 professores guaranis de escolas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Estarão presentes representantes do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai). "Uma das finalidades é dar aos professores condições de promover em sala de aula um processo educativo fundamentado na cultura Guarani e voltado para a melhoria de suas condições de vida", explica Jacó Anderle.

    Pesquisa - A partir de domingo, 24, a secretaria promove capacitação com professores que desenvolverão pesquisa com os participantes. Cada grupo de alunos escolherá um tema para conclusão do curso em forma de monografia, vídeo ou livro. "Queremos intensificar a formação dos educadores das escolas indígenas", diz a coordenadora do Núcleo de Educação Indígena da secretaria, Jane Motta. Em 1o de maio, os professores se reúnem com a consultora Cássia Ferri para definir os rumos da pesquisa.

    A primeira etapa presencial do programa, conhecido como Brasil Kuaa - MBO E, que significa conhecer e ensinar, foi em novembro de 2003, com 204 horas, e a segunda em agosto de 2004, com 219 horas de trabalho escolar, no total de 423 horas presenciais para os professores guaranis. Em março e abril, a secretaria promoveu outra capacitação em Governador Celso Ramos para os educadores de Santa Catarina. (Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia de SC)

     

  • As 2.228 escolas indígenas do país receberão em 2006, CDs, DVDs, vídeos, mapas, jogos e cartazes, como parte do material didático a ser utilizado durante as aulas para os 147 mil alunos do ensino básico. Setenta e um projetos, com vários títulos, estão sendo analisados até esta sexta-feira, 26, no Bittar Plaza Hotel, em Brasília, pela Comissão de Apoio à Produção de Materiais Didáticos (Capema), que tem 16 membros, entre oito professores indígenas e especialistas em educação indígena. A reunião foi aberta nesta quarta-feira, 24, com o professor Joaquim Mana entoando o “canto do cipó”, segundo ele, para dar concentração no trabalho de seleção.

    No dia 30, a Coordenação-Geral de Educação Escolar Indígena (CGEEI) do MEC divulga o resultado. Os projetos selecionados serão financiados pelo ministério. São materiais que valorizam a cultura, a história e a oralidade dos povos indígenas. Segundo Kleber Gesteira, coordenador-geral de Educação Escolar Indígena, após a seleção, será feita a licitação para confeccionar os materiais. Alguns estarão prontos em novembro.

    “A produção envolve uma mobilização, principalmente dos professores indígenas”, disse Kleber. Segundo ele, ao receber formação, com apoio do MEC, os professores pesquisaram em aldeias e aprofundaram conhecimentos para os novos materiais didáticos. O material será direcionado a cada povo, conforme sua língua materna. Poucos serão em português.

    O MEC tem R$ 668 mil, em 2005, para financiar a confecção do material didático para estudantes e professores indígenas e já destinou R$ 1 milhão do Programa Brasil Alfabetizado para fazer obras literárias indígenas, selecionadas, e que serão distribuídas nas escolas. Hoje, 7.500 professores trabalham nas 2.228 escolas indígenas do país, mas, destas, só 42 são do ensino médio. Já entre os professores, 90% são índios.

    Inédito – “Pela primeira vez, nós, índios, analisamos os projetos de material didático que vamos usar”, disse Joaquim Mana, professor indígena em Praia do Carapanã, a três dias de barco de Tarauacá, e mais uma hora de avião até Rio Branco (AC). Já o professor Francisco Sousa Santos, índio e secretário de Educação de São João das Missões (MG), destaca que o material didático indígena tem especificidades e daí a importância dos professores das aldeias fazerem parte da comissão que analisa o material.

    Segundo a indígena Francisca Novantina, do Conselho Nacional de Educação (CNE), entre os critérios na escolha do material está a vinculação ao interesse dos professores e alunos e a filosofia voltada para o contexto da comunidade. “A reivindicação das comunidades indígenas era antiga.” Ela acrescenta que pesquisa nas escolas verificou que a maior demanda é por material didático específico e de boa qualidade. Os 71 projetos em análise vieram das cinco regiões e de várias etnias indígenas, como Ashaninka, Ticuna, Tuyuka, Macuxi, Tembé, Pataxó, Xokó, Guarani, Bororo, Paresí e Yanomami. Mais informações pelos telefones (61) 2104-6237 e 2104-9382.

    Repórter: Susan Faria

  • O programa de formação de professores indígenas guaranis em magistério de nível médio, desenvolvido conjuntamente pelas secretarias estaduais de educação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro, com o apoio do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai), será avaliado nos dias 9 e 10, em Brasília.

    A formação, que realiza a quarta etapa de 13 de setembro a 9 de outubro, reúne cerca de 80 professores dos cinco estados. O curso completo terá 1.920 horas de aulas presenciais, em duas etapas por ano, e 480 horas descentralizadas para pesquisa, acompanhamento e para tirar dúvidas pontuais dos professores. De acordo com a coordenadora do programa e do núcleo indígena da Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina, Jane Mota, entre as dúvidas destaca-se a questão da língua guarani que estava ausente das escolas nessa região.

    O encontro de avaliação e de programação da próxima etapa vai reunir em Brasília os coordenadores das cinco secretarias estaduais de educação, cinco professores em formação, um por estado, a Coordenação de Educação Escolar Indígena do MEC e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).

    Protocolo – O programa de formação em magistério de nível médio do povo Guarani foi formalizado em 30 de setembro de 2004, em protocolo de intenções subscrito pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Funai e pelos cinco estados que estão no programa. A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo assinou o protocolo, mas não enviou professores indígenas guaranis para fazer a formação. O protocolo tem duração de cinco anos, 2004/2007, e prevê programas, projetos, extensão, estudos e pesquisas sobre a educação guarani na faixa litorânea que se estende do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • Professores brasileiros de nível médio e superior começam no próximo domingo, 15, um curso a distância sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) no ensino oferecido pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) em parceria com a Universidade de Oviedo, na Espanha, e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

    O curso, desenvolvido pelo Grupo Argo de Astúrias, da Espanha, e pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Tecnológica (Nepet) da UFSC, tem duração de sete meses e é dirigido a professores em exercício, especialmente para as áreas de ciências e matemática. É constituído de quatro módulos comuns a todos os professores onde serão tratados os temas: o que é ciência, tecnologia e CTS; um módulo de fundamentação onde os cursistas vão escolher um entre quatro temas: conflitos na gestão da água; as vacinas; a educação e as novas tecnologias; e o problema dos resíduos sólidos. O último módulo será um estudo de caso escolhido pelo professor entre quatro assuntos: água: problemas de contaminação; Aids 2000: vacina; a escola na rede; a gestão dos resíduos urbanos: o que fazemos com o lixo.

    Além do livro Introdução aos Estudos de CTS que traz os quatro primeiros módulos e um CD com todos os conteúdos do curso, o professor terá direito a dois tutores: um tutor acadêmico com quem vai discutir e tirar dúvidas sobre os assuntos e outro para a parte de informática. O curso custa 210 euros, o equivalente a R$ 672,00 em valores de hoje.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

  • O dia 23 de abril marca o prazo final para que professores de todas as áreas da graduação das 55 instituições federais de ensino superior (Ifes) participem do Censo Bibliográfico da Graduação (CBG). Parte inicial de um projeto do Ministério da Educação que se propõe a ampliar e modernizar o acesso à informação da comunidade universitária, o censo dá aos professores a oportunidade de indicar livros e periódicos que eles utilizam ou gostariam de ver nas bibliotecas das universidades onde trabalham.

    De 23 de janeiro deste ano, quando foi lançado, até esta segunda-feira, 3, o CBG registra a participação de 4.589 professores, com indicação de 26.899 bibliografias, entre livros e periódicos.

    Para fazer as indicações, o professor deve preencher o cadastro na página eletrônica do MEC e informar os números de matrícula no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

    A Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) lembra aos professores que não basta cadastrar livros e periódicos, é preciso ir até o final da ficha e indicar as obras. Será com base nas obras indicadas que o MEC vai montar o portal da graduação e adquirir livros e periódicos para reequipar as bibliotecas das universidades públicas federais. Em 2006 e 2007, o ministério vai investir R$ 20 milhões na qualificação dos acervos destas bibliotecas.

    Ionice Lorenzoni

  • Foto: Wanderley PessoaCerca de 7,5 milhões de alunos do ensino médio de 14.727 escolas públicas federais, estaduais e municipais vão receber livros de biologia no início do ano letivo de 2007. A escolha será feita pelos professores a partir da resenha de nove obras disponível no Guia do Livro Didático do Ensino Médio – Biologia, elaborado pela Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).

    Para cada obra, o Guia indica síntese avaliativa, sumário, resenha, análise e recomendações ao professor. Desta vez, a escolha será feita unicamente pela internet. A diretoria das escolas que não têm acesso à rede deve procurar a Secretaria de Educação.

    No período de setembro a dezembro próximo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) enviará os livros às escolas pelos Correios. A versão impressa do Guia chegará na próxima semana aos estabelecimentos de ensino, que terão prazo entre 1º e 18 de agosto para definir o título a ser adotado.

    Pela primeira vez, estudantes de ensino médio da rede pública receberão livros de biologia gratuitamente. “Isso é fundamental para os alunos e para os professores”, observou Sônia Schwartz Coelho, coordenadora de produção e distribuição de livros didáticos do FNDE. Ela destaca que são livros de excelente qualidade, tanto no conteúdo quanto no aspecto físico. Os exemplares devem durar no mínimo três anos — ao fim de cada ano letivo, o aluno terá de devolvê-lo à escola para dar a chance a outro estudante de utilizá-lo. “São obras que nas livrarias custariam caro e precisam ser conservadas”, ressaltou Sônia.

    Custos — A seleção e a distribuição de livros de biologia fazem parte do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem), que começou a ser executado em 2004 com distribuição de obras de português e matemática para estudantes das regiões Norte e Nordeste. Posteriormente, a ação foi estendida a todas as séries, em todo o Brasil. As escolas não precisam escolher as coleções de português e matemática porque a atual opção vale por três anos. Terão apenas de indicar o montante de reposição. A escolha só ocorrerá em caso de novas escolas.

    Em Minas Gerais, a Secretaria estadual de Educação tem programa próprio de distribuição dos livros. Portanto, somente as escolas federais e municipais receberão as obras de biologia.

    Para adquirir e distribuir os 8,2 milhões de exemplares, o investimento do FNDE é de R$ 94,9 milhões. Todas as escolas beneficiadas estão cadastradas no Censo Escolar de 2005, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).

    Os professores devem fazer a escolha e podem obter mais informações na página eletrônica do Guia.

    Repórteres:Susan Faria e Lucy Cardoso

  • Professores do ensino profissional e tecnológico aproveitarão a 1ª Jornada Nacional da Produção Científica em Educação Profissional e Tecnológica para lançar publicações. Serão divulgados sete novos livros no evento, entre os dias 27 e 29 próximos, em Brasília. A proposta da jornada é mostrar projetos e pesquisas de caráter científico e tecnológico realizados nas instituições de educação profissional e tecnológica brasileiras.

    O encontro terá conferências, miniconferências, mesas-redondas e painéis com convidados da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), mostra de projetos dos alunos das instituições federais de educação tecnológica, comunicação oral e pôsteres — serão aceitos trabalhos de estudantes, professores e pesquisadores. Em comunicação oral, foram aceitos textos e pesquisas em 24 áreas do conhecimento, de agropecuária e meio ambiente a informática e artes.

    A jornada será aberta às 19h do dia 27. Em seguida, haverá conferência sobre a educação tecnológica no Brasil, com o professor Luis Antônio Cunha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No encerramento, no dia 29, às 16h, Gaudêncio Frigotto, da Universidade Federal Fluminense (UFF), abordará a relação entre a educação tecnológica e o desenvolvimento nacional.

    Sophia Gebrim

  • Técnicos da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) vão coordenar o curso preparatório de formação nacional do programa Educar na Diversidade, em Natal (RN), nesta quinta e sexta-feira, dias 18 e 19. O evento será no Hotel Praia Mar, na Rua Pastor Rodolfo Beuttermuller, 140, Ponta Negra. São esperados mais de 200 participantes no curso.

    Em Natal, o programa Educar na Diversidade pretende formar 58 professores, de 29 municípios e oito estados da região Nordeste, com exceção da Bahia que formou seus professores na oficina de formação ministrada em Minas Gerais.

    “O programa Educar na Diversidade não se restringe somente à inclusão de estudantes portadores de necessidades especiais. Ele também aborda questões de gênero, raça, cultura, economia e valores regionais”, destaca Kátia Barbosa, coordenadora de Planejamento de Educação Especial.

    Oficinas – De acordo com Kátia, quatro oficinas de formação compõem o programa Educar na Diversidade. A primeira foi realizada em Minas Gerais no início do mês. Após o curso em Natal, será a vez de Curitiba (PR), nos dias 25 e 26 de agosto. A última edição acontece em Manaus (AM), nos dias 1º e 2 de setembro.

    A partir do próximo mês, 300 escolas públicas vão participar do programa de formação. Até dezembro, a estimativa é formar mais de 15 mil professores. 

    Repórter: Sonia Jacinto

  • A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, inicia nesta segunda-feira, 10, em Joinville (Santa Catarina), a primeira etapa de formação em alfabetização e linguagem de professores da primeira à quarta série (quinto ao nono ano) do ensino fundamental. O curso, que vai até quarta-feira, dia 12, atende pedido de municípios catarinenses integrados ao Plano de Ações Articuladas (PAR), que prevê o desenvolvimento de ações educacionais até 2011.

    O primeiro de quatro encontros no pólo da UEPG em Joinville terá 24 horas de atividades presenciais para formação de 108 professores, dos quais 23 de Itajaí, 15 de Ilhota e 70 de Joinville. O curso tem duração de 120 horas — 80 presenciais e 40 a distância. As últimas oito horas são destinadas à avaliação do curso.

    De acordo com a coordenadora da formação, Sandra do Rocio Ferreira Leal, os professores vão trabalhar com conteúdos que contemplem todo o processo de alfabetização de crianças, do letramento à produção e reescrita de textos, passando pela literatura infantil, gêneros textuais e leitura. Os cursistas receberão nove fascículos da coleção Séries Iniciais, Área de Alfabetização e Linguagem, produzidos pelo Centro de Formação Continuada, Desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para as Redes Públicas de Ensino (Cefortec), da universidade paranaense.

    A UEPG, que participa de Rede Nacional de Formação de Professores da Educação Básica com outras 19 instituições de educação superior públicas e comunitárias sem fins lucrativos, também prepara a formação em linguagem e letramento de professores do Rio Grande do Sul e do Paraná. Em Santa Catarina, onde promoverá a formação de 236 professores, a instituição montou pólos em Lages, para atender 81 docentes dos municípios de Anita Garibaldi, Santa Cecília, São Cristóvão do Sul, Agrolândia, Lebon Régis, Fraiburgo e Maracajá, e em Chapecó, para formar 47 professores de Caxambu do Sul, São Lourenço do Oeste, Lindóia do Sul, Vargem Bonita, Coronel Martins, Entre Rios e Galvão.

    Ionice Lorenzoni

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  • Os professores que trabalham com educação de jovens e adultos (EJA) nas escolas das redes públicas estaduais e municipais vão receber, até 31 de maio, uma coleção com cinco cadernos que os auxiliarão nas tarefas em sala de aula. A coleção Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos foi elaborada pela educadora, escritora e especialista em EJA, Vera Barreto, a pedido da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC).

    São 240 mil volumes agrupados em 48 mil kits. O mesmo conteúdo dos cadernos está em 6.100 CD-roms que a Secad enviará aos 27 coordenadores estaduais de EJA, aos 3.513 secretários municipais de educação que têm oferta de educação de jovens e adultos em suas redes e aos 2.051 municípios que ainda não têm. Os 3.513 municípios com EJA, além do CD-rom recebem, também, uma coleção dos cadernos, os fóruns estaduais e regionais de EJA, a coleção impressa e um CD-rom.

    Os cadernos, explica a coordenadora-geral de educação de jovens e adultos da Secad, Cláudia Veloso, são para os professores e os CD-roms, para as secretarias multiplicarem o material e oferecê-lo às suas escolas. Para ela, os cadernos abrem aos professores uma série de possibilidades: subsídio para discussões e estudos coletivos, estudos individuais e estímulo à troca de saberes na escola. Apesar da educação de jovens e adultos ser uma atividade especializada e com características próprias, diz a coordenadora, no Brasil ainda são raros os cursos de formação de professores, daí a importância destes materiais chegarem às escolas públicas.

    ConteúdosAlunas e Alunos da EJA é o primeiro caderno. Traz informações e procedimentos que ajudam o educador a conhecer seus alunos. Aborda itens como o perfil deste público: por que procuram os cursos, o que querem saber, o que já sabem e o que não sabem, suas relações com o mundo do trabalho e na sociedade em que vivem. O segundo volume – A Sala de Aula como um Grupo de Vivência e Aprendizagem – apresenta estratégias capazes de gerar, desenvolver e manter a sala de aula como um grupo de aprendizagem com interação professor/aluno e os alunos entre si. Os cadernos 3 e 4 – Observação e Registro, Avaliação e Planejamento – cuidam da prática pedagógica. No último volume – Processo de Aprendizagem dos Alunos e Professores – estão orientações e discussões relativas à teoria do conhecimento: como os alunos aprendem e como os professores aprendem ensinando.

    Repórter: Ionice Lorenzoni

     

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